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FI001 - Quarta Lista

Marina Vasques Moreira RA: 71824

Questão 01 (Exercı́cio 05, cap. 02 do Sakurai):

p2
Temos uma partı́cula se movendo em uma dimensão, com hamiltoniana dada por: H = + V (x).
2m
2
X ~
Queremos provar que |ha00 |x|a0 i|2 (Ea0 − Ea00 ) = , onde |a0 i é um autoket da energia com autovalor
0
2m
a
Ea0 . Calculamos [[H, x], x]

p2
  2 
:0

p 
[H, x] = + V (x), x = , x +
[V
(x),
 x]
2m 2m

1 2 1 1 pi~
[H, x] = [p , x] = (p[p, x] + [p, x]p) = (2pi~) = (1)
2m 2m 2m m
Portanto

~2
 
pi~ i~ i~
[[H, x], x] = ,x = [p, x] = − [x, p] = − (2)
m m m m
X
Calculamos f = |ha00 |x|a0 i|2 (Ea0 − Ea00 ) como sendo
a0
X
f= |ha00 |x|a0 i|2 (Ea0 − Ea00 )
a0
X
f= ha00 |x|a0 iha0 |x|a00 i(Ea0 − Ea00 ) = ha00 |[x, H]x|a00 i
a0
X
= ha00 |xH − Hx|a0 iha0 |x|a00 i = ha00 |[x, H]x|a00 i
a0
X
= ha00 |x|a0 iha0 |Hx − xH|a00 i = ha00 |x[x, H]|a00 i
a0

Note que as duas linhas acima foram obtidas ao multiplicar (Ea0 − Ea00 ) inicialmente por ha00 |x|a0 i e em
seguida por ha0 |x|a00 i. Somando as duas linhas obtemos

~2 ~2
2f = −ha0 |[H, x], x|a00 i = −→ f = 
m 2m

Questão 02 (Exercı́cio 08, cap. 02 do Sakurai):

Sejam |a0 i e |a00 i autoestados de um operador Hermitinao A com autovalores a0 e a00 , respectivamente (a0 6=
00
a ). O operador hamiltoniano é dado por

H = |a0 iδha00 | + |a00 iδha0 |, com δ ∈ R

(a) Queremos encontrar os autoestados do Hamiltoniano e seus autovalores. Na base {|a0 i, |a00 i} escrevemos

1
! !
ha0 |H|a0 i ha0 |H|a00 i 0 δ
H= =
ha00 |H|a0 i ha00 |H|a00 i δ 0

Encontramos os autovalores resolvendo det(H − λI) = 0:



−λ δ
= λ2 − δ 2 = 0 → λ± = ±δ


δ −λ

Os autovetores são:

 Para λ+ = δ ! ! !
−δ δ x 0
= → −δx + δy = 0 → x = y
δ −δ y 0
!
1 1 1
Portanto: |λ+ i = √ = √ (|a0 i + |a00 i).
2 1 2
 Para λ− = −δ ! ! !
δ δ x 0
= → δx + δy = 0 → x = −y
δ δ y 0
!
1 1 1
E temos: |λ− i = √ = √ (|a0 i − |a00 i).
2 −1 2

(b) Dado que o sistema está no estado |a0 i em t = 0, queremos encontar o estado do sistema ára t > 0. Na
base dos autovetores de H temos
H = δ|λ+ ihλ+ | − δ|λ− ihλ− |

H|λ± i = λ± |λ± i = ±δ|λ± i

O operador de evolução temporal U (t, 0) é dado por


   
−iHt XX −iHt
U (t, 0) = exp = |λj ihλj | exp |λi ihλi |
~ ~
λi λj

     
X −iλi t −iδt −i(−δ)t
= exp |λi ihλi | = exp |λ+ ihλ+ | + exp |λ− ihλ− |
~ ~ ~
λi

Para um instante t > 0:

1
|α(t)i = U (t, 0)|a0 i = (e−iδt/~ |λ+ ihλ+ | + eiδt/~ |λ− ihλ− |) √ (|λ+ i + |λ− i)
2

1 1
= √ [e−iδt/~ |λ+ ihλ+ |λ+ i + eiδt/~ |λ− ihλ− |λ− i = √ [e−iδt/~ |λ+ i + eiδt/~ |λ+ i
2 2
1 −iδt/~
= [e |λ+ i + eiδt/~ |λ+ i
2
1 0 −iδt/~
= [|a i(e + eiδt/~ ) + |a00 i(e−iδt/~ − eiδt/~ )]
2
   
δt δt
= cos |a0 i − i sin |a00 i
~ ~

(c) A probabilidade de encontrar o sistema no estado |a00 i, dado que o sistema em t = 0 está np estado |a0 i,
é dada por |ha00 |U (t, 0)|a0 i|2 que é igual a:

2
    2  
00 0 2
00 δt 0 δt 00 0
2 δt
|ha |U (t, 0)|a i| = ha | cos
|a i − i sin |a i|a i = sin
~ ~ ~

(d) Uma situação fı́sica


! que corresponde ao problema é o hamiltoniano de um sistema de spin 1/2, com
0 1
H=δ = Sx , δ = ~/2. A evolução do sistema é descrita por |α(t)i
1 0

Questão 03 (Exercı́cio 09, cap. 02 do Sakurai):

Temos uma partı́cula dentro de uma caixa dividida em um compaartimento esquerdo (L) e direito (R) por
uma fina partição. Se a partı́cula está no lado esquerdo, seu estado é representado por |Li; se está no lado
direito, é representada por |Ri. O vetor de estado mais geral é escrito como:

|αi = |RihR|αi + |LihL|αi

A partı́cula pode tunelar através da partição, e este efeito de tunelamento é descrito pela Hamiltoniana
H = ∆(|LihR| + |RihL|), onde ∆ é um número real com dimensão de energia.

(a) Para encontrar os autokets normalizados de H e seus respectivos autovalores, fazemos:


Na base {|Li, |Ri} escrevemos
! !
hL|H|Li hL|H|Ri 0 ∆
H= =
hR|H|Li hR|H|Ri ∆ 0

Este hamiltoniano é idêntico ao do exercı́cio acima. Seus autovalores são λ± = ±∆, e seus respectivos
autovetores são
1
| + ∆i = √ (|Ri + |Li)
2
1
| − ∆i = √ (|Ri − |Li)
2

O estado |αi pode ser representado como

αR + αL αR − αL
|αi = √ | + ∆i + √ |∆i
2 2

onde αR = hR|αi e αL = hL|αi.

(b) Queremos encontrar |α, t0 = 0; ti para t > 0. O hamiltoniano H = ∆(|LihR| + |RihL|) é escrito na base
{| + ∆i, | − ∆i como:

H = ∆(| + ∆ih+∆| − | − ∆ih−∆|)

Assim, para t0 = 0,

αR + αL −i∆t/~ αR − αL i∆t/~
|α, ti = e−iHt/~ |αi = √ e | + ∆i + √ e | − ∆i
2 2

(c) Sabendo que a partı́cula está do lado direito em t = 0, temos αR = 1 e αL = 0, a evolução temporal deste
estado é dada por:

1 1
|R, ti = √ e−i∆t/~ | + ∆i + √ ei∆t/~ | − ∆i
2 2

3
Escrevendo | + ∆i e | − ∆i conforme encontramos no item anterior, temos

1 1 1 1
|R, ti = √ √ e−i∆t/~ (|Ri + |Li) + √ √ ei∆t/~ (|Ri − |Li)
2 2 2 2
1 −i∆t/~ 1
|R, ti = (e + ei∆t/~ )|Ri + (e−i∆t/~ − ei∆t/~ )|Li
2 2
   
∆t ∆t
|R, ti = cos |Ri − i sin |Li
~ ~

Portanto, a probabilidade de se observar a partı́cula do lado esquerdo, em função do tempo, é dada por
 
∆t
|hL|R, ti|2 = sin2
~

(d) Do item (b) podemos escrever


   
(αR + αL ) −i∆t/~ (αR − αL ) i∆t/~ ∆t ∆t
hR|α, ti = √ e | + ∆i + √ e | − ∆i = cos αR − i sin αL
2 2 ~ ~
   
(αR + αL ) −i∆t/~ (αR − αL ) i∆t/~ ∆t ∆t
hL|α, ti = √ e | + ∆i − √ e | − ∆i = i sin αR + cos αL
2 2 ~ ~

As equações de Schrodinger acopladas são escritas como



i~hR|α, ti = hR|H|α, ti = ∆hL|α, ti
i~hL|α, ti = hL|H|α, ti = ∆hR|α, ti

Escrevendo H = ∆(|RihL| + |LihR|, e lembrando que no formalismo de Schrodinger os kets da base


|Ri e |Li são fixos, escrevemos as equações acopladas como

i~ ∂αR (t) = ∆ ∂αL (t)

∂t ∂t
i~ ∂αL (t) = ∆ ∂αR (t)

∂t ∂t
onde αR (t) = hR|α, t0 = 0; ti e αL (t) = hL|α, t0 = 0; ti. Resolvemos as equações acoplados fazendo

d2 αR,L (t) ∆2
+ 2 αR,L (t) = 0
dt2 ~
que tem como solução combinações de seno e cosseno:
   
∆t ∆t
αL (t) = A1 cos + B1 sin
~ ~
   
∆t ∆t
αR (t) = A2 cos + B2 sin
~ ~

Aplicamos a condição inicial e a normalização para encontrar as constantes A1 , B1 , A2 e B2 . Em t = 0,


|αi = hR|αi|Ri + hL|αi|Li, portanto αR (0) = A2 = hR|αi e αL (0) = A1 = hL|αi. A condição de
normalização nos dá:
hα, t0 = 0; t|α, t0 = 0; ti = 1
       
∆t ∗ ∗ ∗ ∗ ∆t ∆t 2 ∆t
cos2 +(hR|αi B2 +B2 hR|αi+hL|αi B1 +B1 hL|αi) cos sin 2 2
+(|B1 | +|B2 | ) sin =1
~ ~ ~ ~

−→ B2 = −ihL|αi e B1 = −ihR|αi

4
   
∆t ∆t
αL (t) = hL|αi cos − ihR|αi sin
~ ~
   
∆t ∆t
αR (t) = hR|αi cos − ihL|αi sin
~ ~

(e) Ao invés do H anteriormente definido, temos agora H = ∆|LihR|. Escrevemos o operador de evolução
temporal como:
 N
itH
U (t, t0 = 0) = lim 1−
N →∞ ~N

Para o hamiltoninano dado, temos H 2 = ∆2 |LihR|LihR| = 0, então H N = 0 para N > 1. Assim, o nosso
it∆
operador de evolução temporal é U (t, t0 = 0) = 1 − |LihR|. Defina um estado genérico como sendo
~
|αi = a|Li + b|Ri, com a e b números reais. Aplicando o operador de evolução temporal neste estado
genérico, temos:

it∆
|α, ti = U (t, t0 = 0)|αi = a|Li + b|Ri − |Li
~
A probabilidade de encontrar a partı́cula no lado esquerdo é
2
it∆
2
p(|Li) = |hL|α, ti| = a −
b
~

Analogamente, a probabilidade de encontrar a partı́cula no lado direito é:

p(|Li) = |hR|α, ti|2 = |b|2

Somando as duas probabilidade, obtemos


2
it∆
b + |b|2 6= |a|2 + |b|2 = 1

p(|Li) + p(|Ri) = a −

~

Com isso, mostramos que para o hamiltoniano não-hermitiano dado temos uma violação da probabilidade.

Questão 04 (Exercı́cio 15, cap. 02 do Sakurai):

A função de correlação é definida como: C(t) = hx(t)x(0)i onde x(t) é o operador de posição. Vamos avaliar
esta função para o estado fundamental de um oscilador harmônico simples em uma dimensão.
Utilizamos a equação 2.3.45a do Sakurai que nos dá, para o oscilador harmônico
 
sin ωt
x(t) = cos(ωt)x(0) + p(0)

Escrevemos x(0) e p(0) utilizando os operadores x̂ e p̂ e substituimos na função de correlação:
 
sin ωt
C(t) = cos(ωt)h0|x̂2 |0i + h0|p̂x̂|0i

1 1
Reescrevemos p̂x̂ utilizando o anticomutador: p̂x̂ = ({x̂, p̂} − [x̂, p̂) = ({x̂, p̂} − i~), portanto:
2 2
~e−iωt
 
~ sin ωt 1 ~
C(t) = cos(ωt) ·1+ · (o − i~) = (cos ωt − i sin ωt) =
2mω mω 2 2mω 2mω

5
Questão 05 (Exercı́cio 18, cap. 02 do Sakurai):

O estado coerente de um oscilador harmônico simples 1-D é definido como o autoestado do operador (não-
Hermitiano) de aniquilação a: a|λi = λ|λi, onde λ é, em geral, um número complexo.
2
/2 λa† |0i
(a) Queremos provar que λ = e−|λ| e é um estado coerente.

(b) A relação de incerteza mı́nima para um estado como o descrito acima é dada por...

(c) Escrevemos λ como:


X
λ= f (n)|ni
n=0

Para mostrar que a dsitribuição de |f (n)|2 com respeito a n é uma distribuição de Poisson, basta...
O valor mais esperado de n pode ser encontrado...

(d) Queremos mostrar que um estado coerente também pode ser obtido aplicando um operador de translação
e−ipl/~ ao estado fundamental.

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