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Queremos encontrar o produto h(∆x)2 ih(∆p)2 i para uma partı́cula unidimensional confinada entre duas
paredes rı́gidas:
0 se 0 < x < a
V (x) =
∞ c.c.
Como a hamiltoniana não depende explicitamente do tempo, podemos escrever Ψ(x, t) como:
iEn t
Ψn (x, t) = ψn (x)e− ~ (5)
1
Portanto,
a2
6
h(∆x)2 i = hx2 i − hxi2 = 1− (10)
12 n2 π 2
Podemos encontar hpi, o valor esperado do momento, “ensanduichando”o operador p̂ entre ψn e ψn∗ :
Z Z a nπx ~ ∂
h ∂ 2 nπx
hpi = ψn∗ (x) ψn (x) dx = sin sin dx
i ∂x a 0 a i ∂x a
Z a
2nπ~ nπx nπx
hpi = sin cos dx = 0 (11)
ia2 0 a a
Analogamente, para hp2 i, temos:
Z 2 Z a nπx ~ ∂ 2
h ∂ 2 nπx
hp2 i = ψn∗ (x) ψn (x) dx = sin sin dx
i ∂x a 0 a i ∂x a
a
2n2 π 2 ~2
Z nπx
hp2 i = sin2 dx (12)
a3 0 a
Resolvendo a integral acima, obtemos:
x=a
n 2 π 2 ~2 n 2 π 2 ~2
x a 2nπx
hp2 i =
− sin = (13)
a3 2 4πn a
x=0 a2
Então:
n 2 π 2 ~2
h(∆p)2 i = hp2 i − hpi2 = (14)
a2
E o produto das incertezas fica:
n 2 π 2 ~2
6
h(∆x)2 ih(∆p)2 i = 1− (15)
12 n2 π 2
2
Questão 02 (Exercı́cio 23, cap. 01 do Sakurai):
Os operadores A e B podem ser representados na base dos kets |1i, |2i e |3i como:
a 0 0 b 0 0
. .
A= 0 −a 0 B= 0 0 −ib , com a, b ∈ R.
0 0 −a 0 ib 0
(a) Para verificar se B possui um espectro degenerado, resolvemos a equação caracterı́stica para encontrar
seus autovalores:
b−λ 0 0
0 −λ −ib = (b − λ)(λ2 − b2 ) = 0 (16)
0 ib −λ
(b) Para mostrar que A e B comutam, basta mostrar que AB = BA. Temos:
a 0 0 b 0 0 ab 0 0
AB = 0 −a 0 · 0 0 −ib = 0 0 iab (17)
0 0 −a 0 ib 0 0 −iab 0
b 0 0 a 0 0 ab 0 0
BA = 0 0 −ib · 0 −a 0 = 0 0 iab (18)
0 ib 0 0 0 −a 0 −iab 0
(c) Queremos encontrar um novo conjunto de autokets |a0 , b0 i que sejam simultaneamente autokets de
A e B, ou seja, tal que:
A|a0 , b0 i = a0 |a0 , b0 i
B|a0 , b0 i = b0 |a0 , b0 i
b 0 0 x x
0 0 −ib · y = ±b · y
0 ib 0 z z
1 0 0
(1) 1 (2) 1
| + bi = 0 | − bi = √ i , | + bi = √ −i
2 2
0 1 1
3
Agora, observe que:
a 1
A| + bi = 0 = a · 0 (19)
0 0
a 0 0 0 0 0
A| − bi = 0 −a 0 · i = −ai = −a · i = −a| − bi (20)
0 0 −a 1 −a 1
a 0 0 0 0 0
(2) (2)
A| + bi = 0 −a 0 · −i = +ai = −a · −i = −a| + bi (21)
0 0 −a 1 −a 1
b 1
(1) (1)
B| + bi = 0 = b · 0 b| + bi (22)
0 0
b 0 0 0 0 0
B| − bi = 0 b −ib · i = −ib = −b · i = −b| − bi (23)
0 ib 0 1 −b 1
b 0 0 0 0 0
(2) (2)
B| + bi = 0 b −ib · −i = −ib = b · −i = b| + bi (24)
0 ib 0 1 b 1
1 1
|a, bi = |1i, | − a, −bi = √ (i|2i + |3i), | − a, bi = √ (−i|2i + |3i)
2 2
Como podemos ver acima, especificar os autovalores de fato caracteriza cada autoket.
4
Questão 03 (Exercı́cio 26, cap. 01 do Sakurai):
Queremos construir um operador unitário que nos dê a transformação entre a base diagonal de Sz e a
base diagonal de Sx , ou seja:
Para abreviar a notação, vamos chamar |Sz ; ±i apenas de |±i. No exercı́cio 09 (segunda lista), provamos
que:
β β
|S · n̂; +i = cos |+i + sin eiα |−i (26)
2 2
Utilizamos a equação acima com α = 0 e β = π/2 para escrever:
1
|Sx ; ±i = √ = (|+i ± |−i) (27)
2
Assim, calulamos os elementos de matriz de U como:
1
h+|U |+i = h+|Sx ; +i = √
2
1
h+|U |−i = h+|Sx ; −i = √
2
1
h−|U |+i = h−|Sx ; +i = √
2
1
h−|U |−i = h−|Sx ; −i = − √
2
De maneira que U pode ser escrito em forma matricial como:
!
1 1 1
U=√ (28)
2 1 −1
X
Queremos mostrar que este resultado é consistente com U = |b(r) iha(r) |:
r
1 1
U = |+ihSx ; +| + |−ihSx ; −| = √ (|+ih+| + |+ih−|) + √ (|−ih+| + |−ih−|)
2 2
Ou, em forma matricial:
!
1 1 1
U=√ , (29)
2 1 −1
que é exatamente o resultado que obtivemos anteriormente.
5
Questão 04 (Exercı́cio 33, cap. 01 do Sakurai):
∂ 0
hp0 |x|αi = i~ hp |αi
∂p0
Z
0
hp |x|αi = dp00 hp0 |x|p00 ihp00 |αi
Z Z
hp0 |x|p00 i = dx0 hp0 |x|x0 ihx0 |p00 i = dx0 x0 hp0 |x0 ihx0 |p00 i
∂
= i~ δ(p0 − p00 ) (30)
∂p0
Portanto:
Z Z
∂ ∂
hp0 |x|αi = dp00 hp0 |x|p00 ihp00 |αi = dp00 i~ 0
δ(p0 − p00 )hp00 |αi = i~ 0 hp0 |αi (31)
∂p ∂p
(ii) Z
∂
hβ|x|αi = dp0 φ∗β (p0 )i~ φα (p0 )
∂p0
Z
hβ|x|αi = dp0 hβ|p0 ihp0 |x|αi (32)
Z Z Z
∂ 0 ∂
hβ|x|αi = dp0 hβ|p0 ihp0 |x|αi = dp0 hβ|p0 ii~ hp |αi = dp0 φ∗β (p0 )i~ φα (p0 ) (33)
∂p0 ∂p0
ixΞ
(b) Para entender o significado fı́sico de exp , onde x é o operador de posição e Ξ é um número
~
0 0
com de momento, aplicamos este operador em um ket |p i, obtendo um novo ket |p , Ξi =
dimensão
ixΞ
exp |p0 i. Em seguida, aplicamos o operador de momento p̂ ao ket |p0 , Ξi.
~
6
∂
Lembrando que o operador momento é definido como p̂ = −i~ , para o ket |p0 , Ξi temos:
∂x
ixΞ Ξ ixΞ ixΞ
p̂|p0 , Ξi = exp p̂|p0 i + ~ · exp |p0 i = (p0 + Ξ) exp |p0 i (35)
~ ~ ~ ~
ixΞ
Da expressão acima, |p0 , Ξi é autoket de p̂ com autovalor (p0 + Ξ), e o operador exp nos dá
~
a translação no espaço de momentos.
Questão 05
(a) (i) Dados dois operadores A e B que comutam com [A, B], queremos provar que [A, B n ] = nB n−1 [A, B].
Utilizaremos indução matemática. Iniciamos a prova por indução verificando que a relação é válida
para n = 1.
Para n = 1, obtemos [A, B] = [A, B] (verdadeiro sempre!). Vamos mostrar agora que se a relação
vale para n = k, também vale para n = k + 1, e com isso a prova por indução estará completa. Para
n = k, temos:
Para n = k + 1:
Na equação acima, utilizamos a propriedade da comutação [A, BC] = B[A, C] + [A, B]C. Como B
comuta com [A, B], podemos escrever [A, B]B = B[A, B], e a expressã acima fica:
(ii) A demonstração de que [An , B] = nAn−1 [A, B] segue diretamente da demonstração acima:
(i)
[An , B] = −[B, An ] = −n · An−1 [B, A] = nAn−1 [A, B] (37)
A A2 A3
(b) Definido o operador eA = 1 + + + ..., queremos mostrar a identidade:
1! 2! 3!
1 1
eA B e−A = B + [A, B] + [A, [A, B]] + [A, [A, [A, B]]] + ...
2! 3!
A A2 A3 A A2 A3
Temos eA = 1 + + + ..., e−A = 1 − + − ....
1! 2! 3! 1! 2! 3!
Substituindo em eA B e−A :
A A2 A3 A A2 A3
eA B e−A = 1+ + + ... B 1 − + − ... (38)
1! 2! 3! 1! 2! 3!
A A2 A3 BA BA2 BA3
= 1+ + + ... B− + − ... (39)
1! 2! 3! 1! 2! 3!
7
Vamos efetuar a multiplicação para os primeiros termos do primeiro parêntese para observar qual é
a forma de eA B e−A
BA BA2 BA3
AB ABA
eA B e−A = B− + − ... + − + ... +
1! 2! 3! 1! 1!1!
ABA2 ABA3
2
A2 BA A2 BA2
A B
+ − + ... + − + + ... + ... (40)
1!2! 1!3! 2! 2!1! 2!2!
AB − BA BA2 + ABA2 − A2 BA
eA B e−A == B + + + ...
1! 2!
1
= B + [A, B] + [A, [A, B]] + ... (41)
2!