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• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os

� aplicado pela banca Cebraspe

dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE

CONHECIMENTOS BÁSICOS 4 A forma verbal “há”, em “Mas há outros aspectos” (l. 5), po-
deria ser corretamente substituída por existe.

LÍNGUA PORTUGUESA 5 As palavras “ciência” e “solícito” são acentuadas de acordo

LUCAS LEMOS
com a mesma regra de acentuação gráfica.

A família dos porquês

1
A lógica costuma definir três modalidades distintas no
uso do termo “porque”: o “porque” causal (“a jarra que-
brou porque caiu”); o explicativo (“recusei o doce porque
desejo emagrecer”); e o indicador de argumento (“volte
5 logo, você sabe por quê”). Mas há outros aspectos que pre-
cisam ser considerados.

Imagine, por exemplo, que alguém inconformado com
a morte de uma pessoa especialmente querida exclama: “Eu
não consigo entender, isso não podia ter acontecido, por que
10 não eu? Por que uma criatura tão jovem e cheia de vida morre
assim?” Um médico solícito, se a ouvir nesse desabafo incon-
formado, poderá dizer-lhe: “Sinto muito pela perda, mas eu
examinei o caso de sua filha e posso dizer-lhe o que houve:
ela padecia de má-formação vascular e foi vítima da ruptura
15 da artéria carótida que irriga o lobo temporal direito.”

A explicação do médico é irretocável, mas seria a res-
posta ao “por quê” do pai inconsolável? Os porquês da ciên-
cia são por vezes rasos: mapas, registros e explicações cada
vez mais precisas e minuciosas da superfície causal do que
20 acontece. Eles excluem de antemão como ilegítimos os por-
quês que mais importam. O “porque” da ciência médica nem
sequer arranha o “por quê” do pai desconsolado.


(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São
Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 30-31.)
Considerando as estruturas gramaticais e semânticas do texto,
julgue as alternativas seguintes.
1 Os distintos usos lógicos da palavra “porque” asseguram que
há respostas para todas as perguntas.
2 Infere-se que a ciência se vale do vocábulo “porque” tanto
para interrogar como para explicar o que parecia inexplicável.
6 Em “A lógica costuma definir três modalidades distintas” (l.
1), o termo “modalidades” exerce a função de núcleo do com-
plemento direto do verbo “definir”.
7 As vírgulas que isolam a expressão “por exemplo” (l. 7) po-
deriam ser eliminadas sem prejuízo para a correção gramati-
cal do período no qual ela aparece.
Uma entrevista sincera
1
Quando morreu Rubem Braga, nosso maior cronista, a
parte mais importante de sua vida sobreviveu guardada nas
mais de 15 mil crônicas que ele escreveu em 62 anos de ati-
vidade jornalística. Tomei então uma decisão: resolvi usar as
5 crônicas como se fossem uma longa e sincera entrevista que
Braga tivesse me concedido antes de morrer.

A maior parte dos relatos deste livro não tem a preten-
são de ser uma reconstituição fiel dos fatos, mas apenas sua
evocação. A maioria absoluta das descrições e dos diálogos
10 deve ser lida, apenas, como uma recriação. A crônica foi, para
ele, um gênero eminentemente confessional, e os fatos, nada
mais do que os fatos, sua matéria-prima. Mas, ao ler seus es-
critos, logo se percebe que essas toneladas de acontecimentos
estão cimentadas pela força do lirismo e de vasta imaginação,
15 ou simplesmente desmoronariam. Em outras palavras: sem a
capacidade de sonhar, os fatos não subsistem e se tornam pó.
Só a mentira bem dita é capaz de moldar a verdade perdida.

Este livro não pretende ser uma biografia clássica de
Rubem Braga, mas apenas um retrato minimalista de um dos
20 maiores escritores que o Brasil já teve, que nos ensinou que
vidas não são feitas apenas de fatos, mas sobretudo do modo
como os torneamos. Não basta viver, é preciso dar sentido ao
viver, ou tudo se evapora.


(CASTELLO, José. Na cobertura de Rubem Braga. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1996, p.9-10)

3 Ao analisar a pergunta do pai e a resposta do médico, deve-se
concluir que a indagação do pai leva o médico a satisfazê-la
com uma explicação objetiva e minuciosa.
De acordo com as ideias e as estruturas linguísticas do texto,
julgue os itens seguintes.
8 Conclui-se que a fidedignidade aos fatos vividos deve ser a pre-
ocupação maior de quem escreve sobre as próprias experiências.

9 Afirma-se, no texto, que a capacidade de sonhar deve restrin-
gir-se ao mundo da imaginação, sem contato com as vivên-
cias da realidade.
10 Depreende-se a partir das ideias do texto que a crônica é o
produto da imaginação de modo a fazer o leitor se dar conta
de que tudo é mera fantasia.
11 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma
verbal “tem” (l. 7) poderia ser flexionada no plural.
12 A expressão “Rubem Braga” (l. 1) exerce função sintática de
complemento direto da forma verbal “morreu” (l. 1).
13 A expressão “nosso maior cronista” (l. 1) tem natureza expli-
cativa e faz referência ao termo que a antecede.
14 A oração introduzida pelo elemento “que”, no trecho “logo se
percebe que essas toneladas de acontecimentos estão cimen-
tadas pela força do lirismo” (l. 13), funciona como sujeito da
oração que inicia o período.
15 A contração “ao”, em “ao ler seus escritos” (l. 12-13), apre-
senta um valor circunstancial temporal.
Com base na relação entre a linguagem empregada no texto e as
informações veiculadas nele, julgue os itens seguintes.
16 O principal objetivo do texto é divulgar um serviço de de-
núncia disponibilizado à população, o qual está organizado
em torno de construções linguísticas que orientam o usuário
a respeito de como deve proceder ao ligar para o 197.
17 O vocábulo “arma”, empregado em “A sua arma de combate
ao crime”, foi utilizado em sentido conotativo.
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18 Caso o autor do texto desejasse reunir os dois períodos “Não
se cale. Você pode salvar uma vida” em um único período,
deveria utilizar um vocábulo explicativo para explicitar a re-
lação de sentido adequada.
19 Em “Não se cale.”, a colocação proclítica do pronome oblí-
quo “se” é opcional; portanto, poderia ter sido empregado
depois do verbo.
20 “Não é necessário identificação”, caso o vocábulo “identi-
ficação” estivesse determinado pelo pronome sua, a nova
redação deveria ser Não é necessária sua identificação. No
entanto, se fosse apenas substituído pelo substantivo identi-
ficações no plural, a construção deveria ser Não é necessário
identificações.
LÍNGUA INGLESA
ALEXANDRE HARTMANN
When Royals Perfumed Themselves with the Excretions of
Musk Deer and Civet Cats
In the era of Louis XV, it was fashionable to drench oneself in
“animal scents.”

Smell is a strange portal. In his Reasoned Dictionary
of French Architecture, the French art historian Eugène
Viollet-le-Duc recounts how an elder noblewoman, “of the
court of Louis XV,” passing through a hall stinking of human
excrement, exclaimed “This smell reminds me of good
times!” The Versailles of her childhood was gone, but its
characteristic stench brought her home again.

It was an era of less scrupulous sanitation. The malodor
of privies and cesspools was no doubt part of the distinctive
bouquet that jogged the lady’s memory. But it wasn’t just
the chamber pots that reeked. In the era of Louis XV, it was
fashionable to drench oneself in “animal scents:” musk from
the scent glands of fanged Himalayan deer; civet from the
perineal glands of civet cats; and ambergris from the intestines
of sperm whales. Noblemen perfumed themselves with the
same reeks that wild beasts used to mark their territory.

In their natural state, each of these substances smell
about as bad as you would expect. The noxiousness of civet,
for instance, can be indicated by the fact that early settlers of
Virginia thought the skunks they smelled around the woods
were a local variety of civet cat, and proposed bottling and
selling their secretions for “good profit.” In the same vein,
human excrement was occasionally referred to as “occidental
Civet,” as the historian Karl H. Dannenfeldt notes in the
Journal of the History of Biology.

What made these animal stenches so popular?
Concentration makes all the difference between sickening
and intriguing. Undiluted, they are rank and fecal-smelling;
watered down and mixed with other fragrances, they help
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perfumes linger longer on the skin by acting as fixatives, and
impart a subtle bodily funk.

This frank animalness was associated with sensuality.
As the artist and designer Lee Jensen notes in Skank, or the
Queer Fascination with Animalic Notes in Contemporary
Niche Perfume, “even today, many popular sources of
fragrances have a little something fetid to them:

…in myrrh, styrax, and labdanum, we may encounter the
balsamic note of the scalp, something sweaty and pungent.
From costus root comes an oil with a sultry odor, akin
to rancid fat, and from the jewel hibiscus we get ambrette
seed oil, which has strong sweaty and fatty notes, the plant
equivalent of musk.”

There were also more pragmatic reasons for the adoption
of animal scents. Early physicians believed that the nostrils
led directly to the brain, meaning that smells had potent
effects on the body. The physician Giovanni Cardano wrote
that “smell alone amongst the senses can either destroy or
quite remake the man.” In this sense, the benefit of animal-
derived perfumes was not so much that they smelled good
but that they smelled strong. Powerful odors could provide
a shield of protection against the more dangerous stenches
exuded by the sick and dying.

This was a time in which travelers carried powders of incense
and aloeswood on the road so that they could fumigate their
inn rooms by casting them on the fire. Ladies strung their
necklaces with hollow beads filled with ambergris, and wore
tiny perfume flasks as earrings. Rumors circulated of murder
by poisonous perfume. The best protection was living in a
constant cloud of strong scent.

But fashions change, and so does medical advice. By
the mid-eighteenth century, popular feelings about dangerous
odors had turned definitively against civet and musk, and
doctors had begun to urge their patients to deodorize their
spaces completely, rather than fumigating them with strong
scents. As hygiene was reimagined, so was fashion. Rather
than exuding fragrance from every fold of your dress, curl
of your wig, and flutter of your fan, the new standard was
to smell, ever so faintly, of fresh flowers. It was in this
newly deodorized world that an elderly lady could sigh with
nostalgia for the stinks of a lost time.
Source: https://daily.jstor.org/when-royals-perfumed-themsel-
ves-with-the-excretions-of-musk-deer-and-civet-cats/
Decide whether the statements are right (C) or wrong (E) according
to the text.
23 According to Lee Jensen, many perfume manufacturers still
use animal products in their fragrances.
24 Whereas the early eighteenth-century society used strong
animal scents to eliminate bad smell, the late eighteenth-
century society and other subsequent opted more and more
to use floral scents.
25 “nostalgia,” in the last paragraph, can be defined as a feeling
of happiness when you think about things that happened
in the past.
RIDE
REBECCA GUIMARÃES
De acordo com a realidade étnica, histórica, geográfica, social,
política, cultural e econômica do Distrito Federal e região do
entorno, julgue os itens que se seguem.
26 Não existe a região administrativa de Brasília; por Brasília
entende-se a soma da área compreendida por toda área do
Distrito Federal.
27 As atividades produtivas do DF estão concentradas no setor
terciário da economia, não havendo grandes empresas no setor
secundário, além de um setor primário de baixa produtividade.
28 A inexistência de grandes áreas de produção rural no Distrito
Federal é compensada pelos municípios do entorno, que são
fornecedores de produtos hortifrutigranjeiros para a popula-
ção brasiliense.
29 A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal
e Entorno (RIDE/DF) foi criada pela Lei Complementar n.
94/1998 e o objetivo comum do DF e dos municípios par-
ticipantes da Região Integrada é a construção de infraestru-
turas de interesse comum, visando a reduzir as desigualda-
des sociais.
30 A Estação Ecológica de Águas Emendadas é uma importan-
te unidade de conservação do Distrito Federal. Localizada
na região administrativa de Brazlândia, foi declarada pela
UNESCO, em 1992, como área nuclear da Reserva da Bios-
fera do Cerrado.

21 The unpleasant smell of excrement was a mark of the nobles

in the fifteenth century.

22 It can be inferred from the first paragraph that the woman

who passed through a fetid hall had a smell disorder.
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LEGISLAÇÃO NOVA LEI DE ABUSO

RAFAEL OLIVEIRA
Acerca do Decreto-Lei n. 2.266/1985 (criação da carreira PCDF,
cargos, valores e vencimentos), julgue os itens.
31 Após a recente reforma administrativa, foi acrescentada
uma nova classe nas carreiras da Polícia Civil do Distrito
Federal, sendo acrescentadas a terceira e a quarta classes às
classes já existentes.
32 O diligente Escrivão Anderson solicitou ao seu chefe imedia-
to seu afastamento para a realização de um curso de especia-
lização na França, o que foi encaminhado ao Diretor-Geral,
que, prontamente autorizou o afastamento do servidor, contu-
do, sem a contagem do tempo de serviço.
Em conformidade com o Decreto n. 2.226/1985, agiu cor-
retamente o mencionado Diretor, uma vez que Anderson só
faria jus ao tempo de serviço após seu retorno às atividades
na corporação.
Sobre o Decreto n. 30.490/2009 (Regimento Interno da PCDF),
julgue os itens.
33 De acordo com a Estrutura Orgânica da Polícia Civil do Dis-
trito Federal, a Divisão de Gerência de Concursos e a Divisão
de Polícia Comunitária são divisões pertencentes à Academia
de Polícia Civil do Distrito Federal.
34 Alberto Roberto, conhecido por ser o Delegado mais comu-
nicativo da Polícia Civil do Distrito Federal, compareceu em
uma conferência realizada em Oxford, local em que assesso-
rou o Diretor-Geral nos assuntos de interesse da Instituição,
perante os organismos externos e, após tal missão, ao chegar
em seu gabinete, acompanhou a tramitação de projetos, pro-
gramas, acordos, convênios e demais processos que tratavam
de matéria de interesse institucional e, por fim, promoveu, ain-
da, o acompanhamento dos trabalhos parlamentares relativos à
Polícia Civil, na Câmara Legislativa e no Congresso Nacional.
Diante das informações contidas na assertiva, infere-se que
Alberto Roberto exerce suas atividades na Assessoria para
Assuntos Institucionais da Polícia Civil.
DE AUTORIDADE
DIEGO FONTES
36 Todos os crimes previstos na Lei n. 13.869/2019 podem ter
suas penas privativas de liberdade substituídas por penas res-
tritivas de direito.
37 Trata-se de crime de abuso de autoridade previsto na Lei n.
13.869/2019 a conduta de divulgar gravação ou trecho de
gravação com relação à prova que se pretenda produzir, ex-
pondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a
imagem do investigado ou acusado.
38 Constitui crime de abuso expressamente previsto na Lei n.
13.869/2019 a conduta de solicitar que funcionário ou em-
pregado de instituição hospitalar pública ou privada admita
para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com
o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando
sua apuração.
LEI N. 8.112/1990
RAPHAEL SPYERE
Sobre a concessão de afastamento para pós stricto sensu aos servi-
dores públicos federais, julgue a assertiva a seguir.
39 Um dos requisitos necessários para a autorização de afasta-
mento de servidor público, para estudo no exterior, destinado
à realização de programa de mestrado, consiste na exigência
de que o servidor titular de cargo efetivo esteja no respectivo
órgão há pelo menos quatro anos, incluído o período de está-
gio probatório.
LEI N. 8.429/1992
RAPHAEL SPYERE
Considerando a Lei Geral de Improbidade Administrativa – Lei
n. 8.429/1992 e o entendimento jurisprudencial perfilhado pelo
Superior Tribunal de Justiça, atribua os valores de Certo ou Errado
à assertiva adiante.

Acerca da Lei n. 9.264/1996 (que dispõe sobre o desmembramento

40 A despeito de a Lei Geral de Improbidade Administrativa
e a reorganização da Carreira Policial Civil do Distrito Federal),
expressamente exigir decisão judicial transitada em julgado
julgue o item.
para aplicação da perda da função pública ao sujeito conde-
nado por improbidade, o Superior Tribunal de Justiça vem
35 Segundo a Lei n. 9.264/1996, no caso de servidores afasta-
afastando essa regra quando se tratar de servidor com regime
dos ou licenciados, no momento da publicação dessa Lei,
jurídico que disponha expressamente sobre a possibilidade de
por período superior a 180 (cento e oitenta) dias, as lota-
perda da função pública como decorrência de um Processo
ções serão alteradas automaticamente pela unidade admi-
Administrativo Disciplinar.
nistrativa competente.  
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RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO 48 Os gráficos das funções P(x) = -x2 + 7x + 5 e

MARCELO LEITE H(x) = -x2 – 10x + 39 se interceptam em um ponto cuja
abscissa é igual a 2.
41 Considere que as afirmações a seguir sejam verdadeiras.
P1: Caso o suspeito Paulo assinar o depoimento, ele será de- 49 Considere a função definida por F(x) = A.x2 + B.x + C, com
clarado cúmplice do delito. A ≠ 0, cuja representação gráfica é dada por:
P2: Paulo não foi declarado cúmplice do delito.
Conclui-se que “O suspeito Paulo não assinou o depoimento”
é verdadeira.

42 A expressão “Como a PCDF está realizando novas operações

para combater o tráfico de drogas, logo a quantidade de dro-
gas apreendida irá superar o ano anterior” pode ser represen-
tada por “A PCDF realizar novas operações para combater o
tráfico de drogas é condição suficiente para que a quantidade
de drogas apreendida supere o ano anterior”.
A partir das informações do gráfico, é correto concluir que
Nesse final de semana, no Distrito Federal, ocorreram nove assas- C < 0.
sinatos. Desses, três merecem destaque pela crueldade. Esses três
crimes foram cometidos em três cidades distintas: Taguatinga, 50 Considere que a sequência (a1, a2, a3, ..., an) possui a seguinte
Sobradinho e Ceilândia. As vítimas foram um adolescente, uma lei de formação, a partir do 3º termo, an = 2.an-1 + an-2. Sabe-
criança e outro um homem adulto. Os instrumentos utilizados nos -se que nessa sequência a1 = 3 e a2 = 5, então o 5º termo será
crimes foram: Picareta, Faca e Motosserra, sendo que cada vítima superior a 76.
foi morta por apenas um instrumento e que não ocorreu vítima
morta com o mesmo instrumento. Sabe-se que:
- A vítima que faleceu em Taguatinga foi morta por picareta. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
- A criança faleceu em Sobradinho.
- O homem adulto foi assinado com motosserra. DIREITO ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
Com base nessas informações, julgue os itens subsequentes:
Acerca dos Atributos dos Atos Administrativos, julgue os itens
43 O instrumento que matou a criança foi a faca. subsecutivos.

44 O homem adulto não foi morto na Ceilândia.
Em uma delegacia estão detidos 20 suspeitos de cometerem delitos
variados no Distrito Federal, dentre esses, roubo, tráfico de drogas
e outros delitos. Sabe-se que seis praticaram somente roubo, e que
quatro praticaram apenas tráfico de drogas, enquanto cinco come-
teram outros delitos.
Com base no texto, julgue os itens a seguir:
45 Entre os suspeitos detidos, onze cometeram Roubo.
51 A presunção de legitimidade dos atos administrativos é juris
et de jure.
52 A tipicidade é um atributo encontrado em todos os atos prati-
cados pela Administração.
Sobre a Organização da Administração Pública, julgue as asserti-
vas a seguir.
53 Segundo a Teoria da Imputação, o exercício da função admi-
nistrativa pelo órgão e seus agentes é atribuído à entidade.

46 Caso três suspeitos, entre os que cometeram tráfico de dro- 54 As autarquias são pessoas jurídicas de direito público cuja
gas, sejam escolhidos aleatoriamente, a quantidade de manei- criação, em face disso, não depende de registro em cartório
ras que esses suspeitos podem ser escolhidos será igual a 4. como exigido comumente para pessoas jurídicas criadas pe-
los particulares.
47 Caso sejam escolhidos aleatoriamente dois suspeitos, a chan-
ce de que um tenha cometido apenas roubo e o outro tenha
6
cometido somente tráfico de drogas será igual a 95 .

Sobre as regras jurídicas aplicadas às Licitações Públicas, julgue
os itens a seguir.
55 Diferentemente das modalidades tomada de preços e convite,
cuja realização está vinculada a natureza e o valor do objeto a
ser contratado, a execução do pregão está condicionada espe-
cificamente à natureza comum do bem ou serviço.
56 Os contratos para a prestação de serviços técnicos profissio-
nais especializados deverão, necessariamente, ser celebrados
mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de
prêmio ou remuneração ao vencedor.
Sobre o exercício do Poder de Polícia e a Responsabilidade Civil
Extracontratual do Estado, verifique a correção dos itens subsecutivos.
57 A suspensão das atividades de uma associação poderá se dar
por meio de ato administrativo, como expressão da autoexe-
cutoriedade do poder de polícia administrativa.
58 A depender do grau de participação da vítima no evento de dano,
a responsabilidade estatal poderá ser afastada ou atenuada.
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue o item em relação aos direitos individuais.
59 Em relação ao conceito de domicílio, o STJ entendeu que o
ingresso desautorizado em gabinete de delegado de polícia
caracterizava o crime de invasão de domicílio, previsto no
art. 150 do Código Penal, porque o local era de acesso restrito
ao público.
60 Habeas corpus seve para proteger o direito de ir e vir, porém
não será admitido o Habeas corpus na forma coletiva.
Julgue o item em relação aos direitos sociais.
61 A ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária (Anvisa) impede, como regra geral, o fornecimento de
medicamento por decisão judicial.
62 O art. 7º da CF/1988 apresenta vários direitos dos trabalhado-
res, estabelecidos ao longo de 34 incisos. Ainda assim, esse
rol de direitos seria meramente exemplificativo, não impe-
dindo o reconhecimento de outros.
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE
Julgue os itens em relação à nacionalidade.
63 A fim de evitar a condição de filhos de brasileiros considera-
dos apátridas, o STF entende que, no instante em que o filho
de pais brasileiros nascido no exterior ingressar em nosso ter-
ritório, automaticamente adquirirá a nacionalidade brasileira,
passando à condição de nato até que atinja a maioridade. A
partir daí, como ele já pode fazer a opção voluntariamente, a
sua nacionalidade ficará suspensa, aguardando confirmação.
64 Brasileiro nato que, tendo perdido a nacionalidade brasileira
em razão da aquisição de outra nacionalidade, readquiri-la
mediante o atendimento dos requisitos necessários terá o
status de brasileiro nato.
Julgue o item em relação aos direitos políticos.
65 Os direitos políticos positivos compreendem a capacidade
eleitoral ativa e as regras de inelegibilidade.
Julgue o item em relação à segurança pública.
66 A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pú-
blica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas
vias públicas compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Car-
reira, na forma do decreto editado pelo chefe do executivo. 
DIREITO PENAL
(GERAL E ESPECIAL)
ÉRICO PALAZZO
No que se refere à extraterritorialidade da lei penal, julgue o
item seguinte.
67 Em razão do princípio real, também denominado princípio
da defesa, ficam incondicionalmente sujeitos à lei brasi-
leira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a
vida ou a liberdade do Presidente da República, bem como
os crimes contra o patrimônio ou a fé pública de uma autar-
quia estadual.
68 O princípio da culpabilidade impede a responsabilização pe-
nal objetiva.
69 Crime praticado por brasileiro no exterior pode ser punido
segundo a lei penal brasileira, desde que, entre outras condi-
ções, o agente entre no território nacional, seja o fato punível
também no país em que foi praticado e não tenha sido absol-
vido ou condenado no estrangeiro.

70 A qualificadora do homicídio mediante paga, promessa de
recompensa, ou outro motivo torpe é subjetiva, razão por que
esta circunstância não se comunica no concurso de pessoas.
Texto das questões 71 e 72:
Géssica, funcionária pública, viajou para Brasília a trabalho.
Aproveitando um dia de folga, visitou o Palácio do Buriti, sede
do Governo do Distrito Federal, e realizou as seguintes condutas:
I – Subtraiu uma medalha que o Governador do DF havia recebido
do prefeito de Macau, China, cidade-irmã de Brasília.
II – Danificou a estátua da loba amamentando Rômulo e Remo,
que se encontra em frente ao Palácio do Buriti.
Diante desses fatos, julgue os itens a seguir:
71 É correto afirmar que Géssica praticou peculato-furto em
relação à subtração da medalha recebida do prefeito de Ma-
cau, China.
72 Géssica praticou dano simples, mas por ter o Distrito Federal
como sujeito passivo, é considerado delito de ação penal pú-
blica incondicionada.
73 Andreia, com a intenção de possuir canais de TV a cabo em
sua residência, mas sem dinheiro para tanto, efetuou uma li-
gação clandestina e passou a assistir continuamente diversos
canais pelos quais não havia efetuado qualquer pagamento.
De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a conduta de
Andreia configura fato atípico.
74 Natália, funcionária pública da Secretaria da Fazenda do DF,
exigiu tributo que sabia indevido. De todo o valor exigido,
a maior parte foi entregue ao erário e Natália não desviou
qualquer valor. Nesse caso, em razão da exigência indevida,
Natália será responsabilizada pelo crime de excesso de exa-
ção, mas com diminuição de pena, pois reverteu todo o valor
ao Estado.
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DEUSDEDY SOLANO
Analise a seguinte situação hipotética, e julgue os três itens de
acordo com o que dispõe o Código de Processo Penal e legisla-
ções correlatas.
Situação hipotética: Durante o atendimento policial em uma das
unidades de polícia civil do Distrito Federal, foram registradas três
ocorrências policiais, uma de ameaça (art. 147 do CP), outra de
homicídio doloso (art. 121, caput, do CP) e a terceira de furto sim-
ples (art. 155, caput, do CP).
75 Em relação ao crime de ameaça, por se tratar de uma infra-
ção de menor potencial ofensivo, o termo circunstanciado
de ocorrência independerá da representação da vítima, pois
a condição de procedibilidade só é necessária para instau-
rar inquérito, não exigida para infrações de menor poten-
cial ofensivo.
76 Em relação ao homicídio, logo que tiver conhecimento da
prática da infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-
-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado
e conservação das coisas, até a saída dos peritos criminais.
77 Se o registro da ocorrência do furto foi minutos depois de o cri-
me ter ocorrido, e o suspeito for encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas e os produtos do crime que façam presumir
ser ele autor da infração, poderá ocorrer a prisão em flagrante
com denominação doutrinária de flagrante ficto ou presumido.
Conforme dispõe o Código de Processo Penal e legislação corre-
lata, julgue os três itens a seguir.
78 As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício, a
requerimento das partes ou, quando no curso da investigação
criminal, por representação da autoridade policial ou median-
te requerimento do Ministério Público.
79 A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, bem
como admitirá interpretação extensiva e suplemento dos prin-
cípios gerais de direito, mas não admitirá aplicação analógica.
80 Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quais-
quer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.

À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em relação
às disposições constitucionais aplicáveis ao direito processual
penal, julgue os dois itens a seguir.
81 A privação antecipada da liberdade do cidadão acusado de cri-
me reveste-se de caráter excepcional em nosso ordenamento
jurídico, e a medida deve estar embasada em decisão judicial
fundamentada conforme previsão legal e constitucional.
82 Em relação à liberdade provisória, é correto afirmar que o in-
divíduo possui, como regra, no Estado Democrático de Direi-
to, direito de recorrer em liberdade; todavia, tal direito, como
todos os outros garantidos pelo ordenamento jurídico, não é
absoluto e cede quando há justificativa concreta para mantê-
-lo segregado para garantia dos demais indivíduos e para o
bom desenvolvimento do processo.
DIREITOS HUMANOS
LUCIANO FAVARO
Julgue os itens a seguir acerca da incorporação dos tratados inter-
nacionais de direitos humanos ao ordenamento jurídico brasileiro
e a responsabilização internacional dos Estados no caso de viola-
ção dos direitos humanos.
83 A aprovação pelo Congresso Nacional de tratado interna-
cional de direitos humanos em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros é o único ato praticado
internamente para que o tratado passe a ter status de emen-
da constitucional.
84 Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, o Su-
premo Tribunal Federal passou a identificar duas possibili-
dades de incorporação dos tratados internacionais de direitos
humanos, o que ficou denominado como teoria do duplo es-
tatuto de incorporação desses tratados.
85 A teoria do duplo estatuto dos tratados internacionais de di-
reitos humanos aplica-se exclusivamente aos tratados que
contêm enumeração de direitos humanos de primeira e se-
gunda gerações.
86 A eventual responsabilização do Estado brasileiro por viola-
ção de tratados internacionais de direitos humanos pode ocor-
rer em âmbito global ou regional.
87 A responsabilização internacional de um país por violação
de direitos humanos se dará ainda se provado que o agente
violador do ato agiu de acordo com ordens emanadas por au-
toridade superior violadoras daqueles direitos.
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE
88 A responsabilização internacional do Brasil em decorrência
de atos legislativos não será admitida na hipótese de emenda
constitucional violar tratado internacional de direitos huma-
nos, uma vez que esses tratados apresentam o mesmo estatuto
hierárquico das emendas constitucionais..
Considerando o histórico dos direitos humanos e a política nacio-
nal de direitos humanos, julgue os itens subsequentes:
89 A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi irrelevante
no contexto da aprovação, no Brasil, da Política Nacional de
Direitos Humanos.
90 O atual Programa Nacional de Direitos Humanos apresenta
eixo com propostas para que o Poder Público se aperfeiçoe
no desenvolvimento de políticas públicas de prevenção ao
crime e à violência, reforçando a noção de acesso universal à
Justiça como direito fundamental.
CONTABILIDADE
FELIPHE ARAÚJO
Em relação às operações com duplicatas, julgue o item seguinte.
91 A empresa FERNANDO Ltda. realizou, no banco em que é
correntista, uma operação de desconto de duplicatas com in-
cidência de juros. O lançamento necessário para contabilizar
essa operação no Diário da empresa é um fato contábil per-
mutativo de 2ª fórmula.
Com relação à escrituração contábil nos livros das sociedades,
julgue o item subsequente.
92 Em função da competência contábil, deve ser considerado
despesa de março/2020 o valor do salário de empregados que
tenha sido pago nesse mesmo mês, referente ao mês trabalha-
do de fevereiro de 2020.
93 Caso uma empresa possua R$ 60.000,00 de capital de ter-
ceiros, que representa 25% do total de recursos à disposi-
ção da sociedade, o ativo total da empresa será inferior a R$
250.000,00.
 POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE

Com base na tabela abaixo, que apresenta os saldos das contas Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
contábeis da Cia. CURITIBA S/A, referentes ao exercício findo
em 31/12/2019, julgue os próximos três itens. 98 O lançamento contábil a ser realizado na data de aquisição
dos materiais reconhecerá o valor de R$ 470.000 na conta
Contas Saldo (R$) estoque do ativo circulante.
amortização acumulada 10.000
Com relação às operações com mercadorias, julgue a asser-
bancos 50.000
tiva abaixo.
capital social 155.000
contas a pagar 25.000 99 Situação hipotética: A empresa ALFA recebeu, em devolu-
contas a receber 45.000 ção, mercadorias vendidas a prazo no valor de R$ 4.000,00.
custo das mercadorias vendidas 120.000 Assertiva: O lançamento de devolução das mercadorias é um
depreciação acumulada 20.000 fato modificativo de primeira fórmula.
despesas antecipadas 15.000
despesas comercial e administrativas 50.000 Com base na Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TSP
Estrutura Conceitual/2016, julgue o item seguinte.
despesas com tributos sobre o lucro 20.000
despesas financeiras 25.000
100 As informações financeiras e não financeiras têm valor con-
encargos a transcorrer de financia- 13.000 firmatório se confirmarem ou alterarem expectativas passa-
mento de longo prazo das ou presentes.
estimativa de perdas para crédito de 11.000
liquidação duvidosa (EPCLD)
estoques 55.000
INFORMÁTICA
TIAGO PÁDUA/MAURÍCIO FRANCESCHINI
financiamento de longo prazo 60.000
fornecedores 40.000 101 Considere os seguintes comandos na programação em Python:
impostos a recolher 17.000 uma-var = 10
investimento em coligada 25.000 outra-var = 20
máquinas e equipamentos 105.000 print(uma-var * outra-var)
marcas e patentes 95.000
A sintaxe do programa está correta e ao ser executado imprimirá:
receita de equivalência patrimonial 11.000
200
receita de vendas 255.000
reserva de lucros 10.000 102 Python é uma linguagem interpretada. Deste modo, para que
reserva legal 45.000 uma aplicação escrita em Python seja executada em um com-
tributos sobre vendas 41.000 putador, esse computador também deverá ter instalado o in-
terpretador Python.
94 No balancete de contas apresentado, há 12 contas de natureza
credora e 13 de natureza devedora. Com relação à programação R, julgue o item que segue.

95 O ativo circulante da empresa em 31/12/2019 apresenta um
valor total de R$ 154.000,00.
96 O lucro líquido apurado em 2019 foi de R$ 10.000,00.
97 Devido à variação cambial passiva, a entidade deverá reco-
nhecer, no primeiro semestre de 2020, uma despesa financei-
ra de R$ 40.000.
Uma empresa adquiriu R$ 500.000 de materiais para a produção,
sendo recuperáveis R$ 25.000 de IPI e R$ 30.000 de ICMS.
103 Arrays são objetos de dados R criados utilizando-se a função
array( ) e que podem armazenar apenas um tipo de dados em
mais de duas dimensões.
104 Algumas linguagens de programação, como o Python, for-
necem um conjunto de APIs que se comunicam com as APIs
de sistema operacional abstraindo os detalhes dos sistemas
operacionais subjacentes, o que permite que essas APIs sejam
neutras em relação à plataforma de execução.
 POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE

105 Os metadados de preservação destinam-se a armazenar de-
talhes técnicos sobre o formato, estrutura e uso do conteúdo
digital, o histórico de todas as ações realizadas no recurso e
informações de autenticidade. Um exemplo é o checksum,
uma assinatura digital que permite a verificação da autentici-
dade da origem de um arquivo.
106 Data Mining e KDD são sinônimos de métodos de minera-
ção de dados.
107 Uma das técnicas de Data Mining é a clusterização ou agru-
pamento, a qual permite descobrir categorias por meio das
diferenças encontradas nos dados e agrupar os dados com ca-
racterísticas semelhantes dentro da mesma categoria.
108 A chave primária de uma tabela de banco de dados pode ser
constituída por um ou mais atributos, sendo que a chave com
um único atributo é chamada de chave simples, enquanto a de
vários atributos é chamada chave composta.
109 Na modelagem conceitual de banco de dados relacional, o
atributo chave, ou seja, aquele que identifica uma chave pri-
mária, é representado por uma elipse tracejada.
110 O relacionamento entre as tabelas Servidor_PCDF (a qual
identifica os servidores do órgão PCDF) e Dependentes_Ser-
vidor_PCDF (a qual identifica os dependentes dos servidores
da PCDF) deve possuir cardinalidade 1:N, ou seja, um para
muitos, no qual um servidor pode conter vários dependentes,
mas cada dependente deve pertencer a apenas um servidor.
112 A mediana do número de funcionários por setor antes da pri-
vatização é igual a 1.389.
113 Com a privatização do departamento F, a mediana será redu-
zida em aproximadamente 18%.
114 A média é uma estimativa robusta, enquanto a mediana é uma
estimativa sensível a valores extremos.
Considere o seguinte texto para as questões 115 e 116.
Em um departamento de pesquisa, foi feita uma amostragem a res-
peito da altura média de um grupo de pessoas, registrando-se a
média igual a 174 cm e desvio padrão igual a 8 cm.
Considere os seguintes valores para a distribuição normal.
Dados: P (0 < Z < 1,64) = 0,45 e P (0 < Z < 1,96) = 0,475.
115 A amostragem sistemática é uma técnica mais custosa, po-
rém, mais eficiente do que a amostragem aleatória simples.
116 O intervalo de confiança com grau de confiança igual a 95%
para a média populacional tem largura igual a 2,624 cm.
Sejam X e Y duas variáveis aleatórias, tais que a covariância entre
elas é dada por SXY = 3, cujas variâncias são iguais a SXX = 4 e SYY
= 9 e cujas médias são iguais, respectivamente, a μX = 4 e μY = 0.
A respeito dessa situação, julgue os seguintes itens.
117 O modelo de regressão linear entre as duas variáveis é Y =
X/3 – 4/3.

118 O coeficiente de determinação do modelo de regressão linear

ESTATÍSTICA
THIAGO CARDOSO é igual a 25%.

Considere o seguinte texto para as questões 111 a 114. Julgue os seguintes itens a respeito da teoria das probabilidades.

Em um órgão público, o número de funcionários públicos que tra- 119 Sabendo que dois eventos A e B são independentes e suas
balham nos departamentos A, B, C, D, E e F está representado no probabilidades são iguais a P(A) = 0,5 e P(B) = 0,4, podemos
seguinte quadro: concluir que a probabilidade da união é P(A Ս B) = 0,9.

699 3.211 695 1.144 1.634 39.717 120 Sabendo que dois eventos C e D são tais que P(C) = 0,7 e
A B C D E F P(D) = 0,5, podemos concluir que 0,2 < P(A Ո B) < 0,5.

Como o departamento F tinha um número maior de funcionários

do que os demais setores, houve a proposta de privatizar esse
departamento.

A respeito dessa situação, julgue os itens a seguir.

111 Com a privatização do departamento F, a média do número

de funcionários por setor será reduzida a menos de 20% da
média inicial.
 POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE

PROVA DISCURSIVA
FERNANDO MOURA

• Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado no presente caderno. Em seguida, transcreva
o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não será avaliado frag-
mento de texto escrito em local indevido.
• Qualquer fragmento de texto além da extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado.
• Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qualquer marca identificadora no espaço destinado à transcrição do texto definitivo
acarretará a anulação da sua prova discursiva.
• Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 30,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação (legibi-
lidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado).

Leia o texto seguinte.

Atualmente, existe grande debate acerca da linha tênue entre liberdade de expressão e  discurso de ódio. O primeiro é funda-
mental para uma democracia existir; o outro, por sua vez, representa fala intolerante e sem empatia.
Dessarte, existe a necessidade de compreender o que caracteriza o discurso de ódio e quão prejudicial ele pode ser para uma
sociedade democrática. Há inúmeras visões de estudiosos sobre esse assunto, exemplos de discurso de ódio e suas repercussões.
Mas há maneiras de combater essa prática, tanto na internet quanto no mundo real.
Inara Chagas, Universidade Federal de Santa Catarina, 4/6/2020 (com adaptações).

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DISCURSO DE ÓDIO.

Ao elaborar seu texto, trate, necessariamente, dos seguintes aspectos:

1) diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio; [valor: 7,00 pontos]
2) características e exemplos do discurso de ódio; [valor: 7,00 pontos]
3) criminalização do discurso de ódio; [valor: 7,00 pontos]
4) medidas para o combate ao crime de ódio. [valor: 8,00 pontos]
 SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL
AGENTE

GABARITO

Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Gabarito E E E E E C E E E E C E C C C E C C E C

Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Gabarito E E E C E C E E C E E E C C C E E E E C

Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito C C C E C E E C C E E E C C C E E C C E

Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
Gabarito C C C C E E C C E C E E E E E E C E E C

Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Gabarito C C E C E C C E E C E E C C C C E E C C

Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito E C C C E E C C E C C C C E E X E C E C
 POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE

CONHECIMENTOS BÁSICOS como ilegítimos os porquês que mais importam. O ‘porque’ da

ciência médica nem sequer arranha o ‘por quê’ do pai descon-
solado”. Ou seja, o item está incorreto.
LÍNGUA PORTUGUESA
LUCAS LEMOS 3 Ao analisar a pergunta do pai e a resposta do médico, deve-se
concluir que a indagação do pai leva o médico a satisfazê-la
A família dos porquês
com uma explicação objetiva e minuciosa.

1
A lógica costuma definir três modalidades distintas no

Errado.
uso do termo “porque”: o “porque” causal (“a jarra que-
O item está incorreto, pois o médico apenas descreve, cientifi-
brou porque caiu”); o explicativo (“recusei o doce porque camente, o que de fato ocorreu com o filho, não necessariamen-
desejo emagrecer”); e o indicador de argumento (“volte te satisfazendo o pai emocionalmente.
5 logo, você sabe por quê”). Mas há outros aspectos que pre-
cisam ser considerados.
4 A forma verbal “há”, em “Mas há outros aspectos” (l. 5), po-

Imagine, por exemplo, que alguém inconformado com
deria ser corretamente substituída por existe.
a morte de uma pessoa especialmente querida exclama: “Eu
não consigo entender, isso não podia ter acontecido, por que
Errado.
10 não eu? Por que uma criatura tão jovem e cheia de vida morre
Ao substituir o verbo haver por existir no trecho “Mas há ou-
assim?” Um médico solícito, se a ouvir nesse desabafo incon-
tros aspectos”, será necessário fazer a devida concordância com
formado, poderá dizer-lhe: “Sinto muito pela perda, mas eu
a expressão “outros aspectos”. Dessa forma, a construção ade-
examinei o caso de sua filha e posso dizer-lhe o que houve:
quada será: Mas existem outros aspectos.
ela padecia de má-formação vascular e foi vítima da ruptura
15 da artéria carótida que irriga o lobo temporal direito.”
5 As palavras “ciência” e “solícito” são acentuadas de acordo

A explicação do médico é irretocável, mas seria a res-
com a mesma regra de acentuação gráfica.
posta ao “por quê” do pai inconsolável? Os porquês da ciên-
cia são por vezes rasos: mapas, registros e explicações cada
Errado.
vez mais precisas e minuciosas da superfície causal do que
A palavra “ciência” recebe acento gráfico por se tratar de paro-
20 acontece. Eles excluem de antemão como ilegítimos os por-
xítona terminada em ditongo, ao passo que o vocábulo “solíci-
quês que mais importam. O “porque” da ciência médica nem
to” é acentuado por ser uma proparoxítona. Ou seja, a questão
sequer arranha o “por quê” do pai desconsolado.
está errada.


(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São
Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 30-31.) 6 Em “A lógica costuma definir três modalidades distintas” (l.
1), o termo “modalidades” exerce a função de núcleo do com-
Considerando as estruturas gramaticais e semânticas do texto, plemento direto do verbo “definir”.
julgue as alternativas seguintes.
Certo.
1 Os distintos usos lógicos da palavra “porque” asseguram que Na frase “A lógica costuma definir três modalidades distintas”,
há respostas para todas as perguntas. notamos que o verbo “definir” é transitivo direto e apresenta a
expressão “três modalidades distintas” como objeto direto, em
Errado. que o núcleo é a palavra “modalidades”.
Conforme o último período do primeiro parágrafo: “Mas há ou-
tros aspectos que precisam ser considerados”, notamos que não há 7 As vírgulas que isolam a expressão “por exemplo” (l. 7) po-
respostas para todas as perguntas. Por isso, o item está incorreto. deriam ser eliminadas sem prejuízo para a correção gramati-
cal do período no qual ela aparece.
2 Infere-se que a ciência se vale do vocábulo “porque” tanto
para interrogar como para explicar o que parecia inexplicável. Errado.
Em “Imagine, por exemplo, que (…)”, a expressão “por exem-
Errado. plo” deve obrigatoriamente permanecer entre vírgulas, pois se
Segundo o texto, a ciência não explica o que é inexplicável. trata de uma intercalação. Por essa razão, o emprego das vírgu-
Observa-se isso no seguinte seguimento: “A explicação do mé- las é obrigatório.
dico é irretocável, mas seria a resposta ao ‘por quê’ do pai in-
consolável? Os porquês da ciência são por vezes rasos: mapas,
registros e explicações cada vez mais precisas e minuciosas da
superfície causal do que acontece. Eles excluem de antemão

Uma entrevista sincera
1
Quando morreu Rubem Braga, nosso maior cronista, a
parte mais importante de sua vida sobreviveu guardada nas
mais de 15 mil crônicas que ele escreveu em 62 anos de ati-
vidade jornalística. Tomei então uma decisão: resolvi usar as
5 crônicas como se fossem uma longa e sincera entrevista que
Braga tivesse me concedido antes de morrer.

A maior parte dos relatos deste livro não tem a preten-
são de ser uma reconstituição fiel dos fatos, mas apenas sua
evocação. A maioria absoluta das descrições e dos diálogos
10 deve ser lida, apenas, como uma recriação. A crônica foi, para
ele, um gênero eminentemente confessional, e os fatos, nada
mais do que os fatos, sua matéria-prima. Mas, ao ler seus es-
critos, logo se percebe que essas toneladas de acontecimentos
estão cimentadas pela força do lirismo e de vasta imaginação,
15 ou simplesmente desmoronariam. Em outras palavras: sem a
capacidade de sonhar, os fatos não subsistem e se tornam pó.
Só a mentira bem dita é capaz de moldar a verdade perdida.

Este livro não pretende ser uma biografia clássica de
Rubem Braga, mas apenas um retrato minimalista de um dos
20 maiores escritores que o Brasil já teve, que nos ensinou que
vidas não são feitas apenas de fatos, mas sobretudo do modo
como os torneamos. Não basta viver, é preciso dar sentido ao
viver, ou tudo se evapora.
(CASTELLO, José. Na cobertura de Rubem Braga. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1996, p.9-10)
De acordo com as ideias e as estruturas linguísticas do texto,
julgue os itens seguintes.
8 Conclui-se que a fidedignidade aos fatos vividos deve ser a pre-
ocupação maior de quem escreve sobre as próprias experiências.
Errado.
Conforme a leitura do trecho do texto “A maior parte dos rela-
tos deste livro não tem a pretensão de ser uma reconstituição
fiel dos fatos, mas apenas sua evocação”, podemos afirmar que
o item está incorreto.
9 Afirma-se, no texto, que a capacidade de sonhar deve restrin-
gir-se ao mundo da imaginação, sem contato com as vivên-
cias da realidade.
Errado.
Em “(…) e os fatos, nada mais do que os fatos, sua matéria-
-prima. Ele se baseava nos fatos para construir suas crônicas”,
notamos que se deve reservar à ideia do mundo real. Por isso,
o item está incorreto.
POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE
10 Depreende-se a partir das ideias do texto que a crônica é o
produto da imaginação de modo a fazer o leitor se dar conta
de que tudo é mera fantasia.
Errado.
O texto não diz nada sobre ser produto da fantasia, já que as
crônicas são baseadas em fatos. Por isso, o item está incorreto.
11 Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma
verbal “tem” (l. 7) poderia ser flexionada no plural.
Certo.
Em “A maior parte dos relatos deste livro não tem a pretensão
de ser uma reconstituição fiel dos fatos, mas apenas sua evo-
cação”, o sujeito da forma verbal “tem” permite que o verbo
passe para o plural. Note-se que a expressão “A maior parte
dos relatos” constitui o sujeito partitivo. Sempre que houver
uma expressão partitiva (parte, maioria, minoria) seguida uma
palavra pluralizada, o verbo poderá permanecer no singular ou
passar para o plural. Sendo assim, o item está correto.
12 A expressão “Rubem Braga” (l. 1) exerce função sintática de
complemento direto da forma verbal “morreu” (l. 1).
Errado.
Na frase “Quando morreu Rubem Braga”, a expressão “Rubem
Braga” exerce a função de sujeito da forma verbal “morreu”,
que se trata de um verbo intransitivo. Então, o item está errado.
13 A expressão “nosso maior cronista” (l. 1) tem natureza expli-
cativa e faz referência ao termo que a antecede.
Certo.
Em “Quando morreu Rubem Braga, nosso maior cronista,
(…)”, o trecho “nosso maior cronista” exerce a função sintática
de aposto do nome “Rubem Braga”, ou seja, refere-se ao termo
antecedente. Por estar seguido de vírgula, o trecho apresenta
valor explicativo. Dessa forma, o item está correto.
14 A oração introduzida pelo elemento “que”, no trecho “logo se
percebe que essas toneladas de acontecimentos estão cimen-
tadas pela força do lirismo” (l. 13), funciona como sujeito da
oração que inicia o período.
Certo.
Na frase “logo se percebe que essas toneladas de acontecimen-
tos estão cimentadas pela força do lirismo”, a conjunção inte-
grante “que” introduz uma oração subordinada substantiva sub-
jetiva, pois a partícula “se” funciona, contextualmente, como
pronome apassivador.
DICA IMPORTANTE
FUNÇÕES DA PARTÍCULA SE
1 – ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO: co-
nhecido também como pronome impessoalizador, símbolo de
indeterminação do sujeito, ou ainda como pronome indeter-
minador do sujeito, sempre aparece junto ao verbo intransi-
 POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL – AGENTE

tivo, transitivo indireto ou de ligação. Pode até aparecer junto

ao verbo transitivo direto, contanto que o objeto direto venha
preposicionado. Como o próprio nome já diz, quando exerce
essa função, a palavra SE indetermina ou não indica o sujeito
da oração. Esse tipo de oração não admite a transposição para
a voz passiva analítica, e o verbo ficará sempre na 3ª pessoa
do singular.
Ex.:
Vive-se bem naquele país. (V.I.)
Necessita-se de ética na política. (V.T.I.)
É-se infeliz neste país? (V.L.)
Respeitou-se às normas. (V.T.D. + O.D. preposicionado)
2 – PARTÍCULA APASSIVADORA OU PRONOME APAS-
SIVADOR: apresenta-se na formação da voz passiva sintética,
com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos;
com verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação,
não há possibilidade de caracterizar a partícula apassivadora.
Na prática, a frase pode ser transposta para a voz passiva analí-
tica (com locução verbal).
Com base na relação entre a linguagem empregada no texto e as
Ex.:
informações veiculadas nele, julgue os itens seguintes.
Vendem-se carros seminovos. (= Carros seminovos
são vendidos)
16 O principal objetivo do texto é divulgar um serviço de de-
Entregou-se a medalha ao atleta que obteve o melhor desem-
núncia disponibilizado à população, o qual está organizado
penho. (= A medalha foi entregue ao atleta que obteve o me-
lhor desempenho). em torno de construções linguísticas que orientam o usuário
a respeito de como deve proceder ao ligar para o 197.
15 A contração “ao”, em “ao ler seus escritos” (l. 12-13), apre-
Errado.
senta um valor circunstancial temporal.
Não há como fazer alguma inferência sobre como se deve proce-
der quando liga para o 197. Por esse motivo, o item está incorreto.
Certo.
A expressão “ao” seguido de um verbo no infinitivo indicará
um valor temporal. Por isso, o item está correto. Leia a seguir 17 O vocábulo “arma”, empregado em “A sua arma de combate
a dica importante. ao crime”, foi utilizado em sentido conotativo.
DICA IMPORTANTE
Contração ao + infinitivo = tempo: Ao chegar, devolva-me Certo.
os passaportes. A palavra “arma” foi empregada em sentido metafórico e não
Preposição por + infinitivo = causa: Por chegar tarde, literal (real); ou seja, temos aqui uma ideia figurada, conotativa.
foi demitido. Então, o item está correto.
Preposição para (ou a fim de) + infinitivo = finalidade: Para
chegar a tempo, corra. 18 Caso o autor do texto desejasse reunir os dois períodos “Não
Locução prepositiva apesar de + infinitivo = concessão: Ape- se cale. Você pode salvar uma vida” em um único período,
sar de ter acordado cedo, chegou atrasado. deveria utilizar um vocábulo explicativo para explicitar a re-
lação de sentido adequada.

Certo.
Sempre que houver um verbo no imperativo, haverá na sequên-
cia uma ideia explicativa. Veja que poderíamos usar, por exem-
plo, a conjunção “pois”: Não se cale, pois você pode salvar
uma vida. Por isso, a questão está correta.

19 Em “Não se cale.”, a colocação proclítica do pronome oblí-
quo “se” é opcional; portanto, poderia ter sido empregado
depois do verbo.
Errado.
O vocábulo “não” é um advérbio de negação; logo se trata de
um fator de atração. Ou seja, exige a colocação do pronome
antes do verbo. Então, a questão está errada.
20 “Não é necessário identificação”, caso o vocábulo “identi-
ficação” estivesse determinado pelo pronome sua, a nova
redação deveria ser Não é necessária sua identificação. No
entanto, se fosse apenas substituído pelo substantivo identi-
ficações no plural, a construção deveria ser Não é necessário
identificações.
Certo.
A regra diz que a expressão “é necessário” só concorda com
o substantivo se vier acompanhado de artigo ou pronome que
determine o tal substantivo. Se não houver determinante, a con-
cordância deverá ser feita no masculino e singular. A questão,
portanto, está perfeita.
LÍNGUA INGLESA
ALEXANDRE HARTMANN
When Royals Perfumed Themselves with the Excretions of
Musk Deer and Civet Cats
In the era of Louis XV, it was fashionable to drench oneself in
“animal scents.”

Smell is a strange portal. In his Reasoned Dictionary
of French Architecture, the French art historian Eugène
Viollet-le-Duc recounts how an elder noblewoman, “of the
court of Louis XV,” passing through a hall stinking of human
excrement, exclaimed “This smell reminds me of good
times!” The Versailles of her childhood was gone, but its
characteristic stench brought her home again.

It was an era of less scrupulous sanitation. The malodor
of privies and cesspools was no doubt part of the distinctive
bouquet that jogged the lady’s memory. But it wasn’t just
the chamber pots that reeked. In the era of Louis XV, it was
fashionable to drench oneself in “animal scents:” musk from
the scent glands of fanged Himalayan deer; civet from the
perineal glands of civet cats; and ambergris from the intestines
of sperm whales. Noblemen perfumed themselves with the
same reeks that wild beasts used to mark their territory.

In their natural state, each of these substances smell
about as bad as you would expect. The noxiousness of civet,
for instance, can be indicated by the fact that early settlers of
Virginia thought the skunks they smelled around the woods
were a local variety of civet cat, and proposed bottling and
selling their secretions for “good profit.” In the same vein,
human excrement was occasionally referred to as “occidental
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Civet,” as the historian Karl H. Dannenfeldt notes in the
Journal of the History of Biology.

What made these animal stenches so popular?
Concentration makes all the difference between sickening
and intriguing. Undiluted, they are rank and fecal-smelling;
watered down and mixed with other fragrances, they help
perfumes linger longer on the skin by acting as fixatives, and
impart a subtle bodily funk.

This frank animalness was associated with sensuality.
As the artist and designer Lee Jensen notes in Skank, or the
Queer Fascination with Animalic Notes in Contemporary
Niche Perfume, “even today, many popular sources of
fragrances have a little something fetid to them:

…in myrrh, styrax, and labdanum, we may encounter the
balsamic note of the scalp, something sweaty and pungent.
From costus root comes an oil with a sultry odor, akin
to rancid fat, and from the jewel hibiscus we get ambrette
seed oil, which has strong sweaty and fatty notes, the plant
equivalent of musk.”

There were also more pragmatic reasons for the adoption
of animal scents. Early physicians believed that the nostrils
led directly to the brain, meaning that smells had potent
effects on the body. The physician Giovanni Cardano wrote
that “smell alone amongst the senses can either destroy or
quite remake the man.” In this sense, the benefit of animal-
derived perfumes was not so much that they smelled good
but that they smelled strong. Powerful odors could provide
a shield of protection against the more dangerous stenches
exuded by the sick and dying.

This was a time in which travelers carried powders of incense
and aloeswood on the road so that they could fumigate their
inn rooms by casting them on the fire. Ladies strung their
necklaces with hollow beads filled with ambergris, and wore
tiny perfume flasks as earrings. Rumors circulated of murder
by poisonous perfume. The best protection was living in a
constant cloud of strong scent.

But fashions change, and so does medical advice. By
the mid-eighteenth century, popular feelings about dangerous
odors had turned definitively against civet and musk, and
doctors had begun to urge their patients to deodorize their
spaces completely, rather than fumigating them with strong
scents. As hygiene was reimagined, so was fashion. Rather
than exuding fragrance from every fold of your dress, curl
of your wig, and flutter of your fan, the new standard was
to smell, ever so faintly, of fresh flowers. It was in this
newly deodorized world that an elderly lady could sigh with
nostalgia for the stinks of a lost time.
Source: https://daily.jstor.org/when-royals-perfumed-themsel-
ves-with-the-excretions-of-musk-deer-and-civet-cats/

Decide whether the statements are right (C) or wrong (E) according
to the text.
21 The unpleasant smell of excrement was a mark of the nobles
in the fifteenth century.
Errado.
O texto cita a era de Louis XV e “By the mid-eighteenth
century,” (último parágrafo). Não se pode afirmar qualquer
coisa acerca do século XV.
22 It can be inferred from the first paragraph that the woman
who passed through a fetid hall had a smell disorder.
Errado.
O fato de o mau cheiro recordar a uma senhora da nobreza os
bons tempos de sua infância não é indício suficiente para inferir
que ela tinha um distúrbio olfativo.
23 According to Lee Jensen, many perfume manufacturers still
use animal products in their fragrances.
Errado.
A questão traz a assertiva, “De acordo com Lee Jensen, muitos
fabricantes de perfumes ainda usam produtos animais em suas
fragrâncias”. No entanto, o autor cita frase de Lee Jensen, “even
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today, many popular sources of fragrances have a little something
fetid to them:” [ainda hoje, muitas fontes populares de fragrâncias
possuem algo mal cheiroso] – que não ratifica a questão.
24 Whereas the early eighteenth-century society used strong
animal scents to eliminate bad smell, the late eighteenth-
century society and other subsequent opted more and more
to use floral scents.
Certo.
A questão traz a assertiva, “Enquanto as sociedades do início
do século XVIII usaram essências animais fortes para eliminar
o mau cheiro, a sociedade do final do século XVIII e outras
subsequentes optaram cada vez mais usar essências florais”. O
texto afirma, “By the mid-eighteenth century, popular feelings
about dangerous odors had turned definitively against civet and
musk, and doctors had begun to urge their patients to deodorize
their spaces completely, rather than fumigating them with
strong scents. (…). Rather than exuding fragrance from every
fold of your dress, curl of your wig, and flutter of your fan, the
new standard was to smell, ever so faintly, of fresh flowers”.
25 “nostalgia,” in the last paragraph, can be defined as a feeling
of happiness when you think about things that happened
in the past.