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Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura


de João Pessoa-PB (Psicólogo em
Saúde) - Pós-Edital

Autor:
Marina Becalli
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25 de Dezembro de 2020

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SUMÁRIO PÁGINA

1. Política de Saúde Mental: Reforma psiquiátrica no


Brasil. 2. Nova lógica assistencial em saúde mental:
superação do modelo asilar. 3. Processo de trabalho nos
serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico. 4.
Reabilitação psi- cossocial. 5. Clínica da subjetividade,
compreensão do sofrimento psíquico,
0
interdisciplinaridade. 6. Garantia dos direitos de cidada-
nia aos portadores de sofrimento psíquico. 7. Urgência e
emergência em saúde mental, a atenção à crise e os
serviços psicossoci- ais. 8. Inserção dos Centros de 02
Atenção Psicossocial - CAPS no contexto político de
redemocratização do país e nas lutas pela revi- são dos
marcos conceituais das formas de atenção e de
financiamento das ações de saúde mental. 8. Bases
legais de sustentação para o credenciamento e
financiamento dos CAPS pelo SUS. 9. Características e
estratégias de atuação dos CAPS, Residências Te-
rapêuticas, projeto terapêutico singular, acolhimento,
clínica ampliada e matriciamento

2. Resolução de questões 45

3. Lista de questões 104

4. Gabarito 127

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1 – POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL: REFORMA PSIQUIÁTRICA NO


BRASIL. 2. NOVA LÓGICA ASSISTENCIAL EM SAÚDE MENTAL:
SUPERAÇÃO DO MODELO ASILAR. 3. PROCESSO DE TRABALHO NOS
SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS AO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO. 4.
REABILITAÇÃO PSI- COSSOCIAL. 5. CLÍNICA DA SUBJETIVIDADE,
COMPREENSÃO DO SOFRIMENTO PSÍQUICO, INTERDISCIPLINARIDADE.
6. GARANTIA DOS DIREITOS DE CIDADA- NIA AOS PORTADORES DE
SOFRIMENTO PSÍQUICO. 7. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM SAÚDE
MENTAL, A ATENÇÃO À CRISE E OS SERVIÇOS PSICOSSOCI- AIS. 8.
INSERÇÃO DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS NO
CONTEXTO POLÍTICO DE REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS E NAS LUTAS
PELA REVI- SÃO DOS MARCOS CONCEITUAIS DAS FORMAS DE ATENÇÃO
E DE FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE MENTAL. 8. BASES
LEGAIS DE SUSTENTAÇÃO PARA O CREDENCIAMENTO E
FINANCIAMENTO DOS CAPS PELO SUS. 9. CARACTERÍSTICAS E
ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO DOS CAPS, RESIDÊNCIAS TE-
RAPÊUTICAS, PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR, ACOLHIMENTO,
CLÍNICA AMPLIADA E MATRICIAMENTO

LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.

Dispõe sobre a proteção e os direitos das


pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde

mental.

Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que


trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça,
cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família,
recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno,
ou qualquer outra.

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Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus


familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados
no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua
saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na
comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade
ou não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu
tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental,
a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais,
com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em
estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que
ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os
recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente
em seu meio.
§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer
assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços
médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.

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§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em


instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos
mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no
parágrafo único do art. 2o.
Art. 5o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação
de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência
de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação
psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e
supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a
continuidade do tratamento, quando necessário.
Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico
circunstanciado que caracterize os seus motivos.
Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a
pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve
assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de
tratamento.
Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita
do paciente ou por determinação do médico assistente.
Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico
devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se
localize o estabelecimento.
§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas,
ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do
estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser
adotado quando da respectiva alta.

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§ 2o O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar,


ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo
tratamento.
Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente,
pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do
estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e
funcionários.
Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento
serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares,
ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável,
no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.
Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser
realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal,
e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho
Nacional de Saúde.
Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão
nacional para acompanhar a implementação desta Lei.

A Reforma Psiquiátrica é um processo político e social complexo e constitui um


conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, no
cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais.

Com a Constituição de 1988, é criado o SUS – Sistema Único de Saúde, formado pela articulação
entre as gestões federal, estadual e municipal, sob o poder de controle social, exercido através
dos “Conselhos Comunitários de Saúde”.

É somente no ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, que a Lei Paulo
Delgado é aprovada no país. A Lei Federal 10.216 traz mudanças na assistência em saúde
mental, O processo de desinstitucionalização de pessoas há muito tempo internadas é
modificado com a criação do Programa “De Volta para Casa”. São ações dos governos federal,

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estadual, municipal e dos movimentos sociais, buscando a transição de um modelo de


assistência centrado no hospital psiquiátrico, para um modelo de atenção comunitário.

Linhas específicas de financiamento são criadas pelo Ministério da Saúde para os serviços
abertos e substitutivos ao hospital psiquiátrico e novos mecanismos são criados para a
fiscalização, gestão e redução programada de leitos psiquiátricos no país.

O processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos e de desinstitucionalização de


pessoas com longo histórico de internação passa a tornar-se política pública no Brasil a partir
dos anos 90, e ganha grande impulso em 2002 com uma série de normatizações do Ministério
da Saúde, que instituem mecanismos claros, eficazes e seguros para a redução de leitos
psiquiátricos a partir dos macro-hospitais.

Em 2001 ocorreu a III Conferência Nacional de Saúde Mental, consolidando a Reforma


Psiquiátrica como política de governo, dando aos CAPS o valor estratégico para a mudança do
modelo de assistência. O processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos e de
desinstitucionalização de pessoas em internação torna-se política pública no Brasil.

A implementação e o financiamento de Serviços Residenciais


Terapêuticos (SRT) são muito importantes para a política de saúde mental na tentativa de
superação do modelo de atenção centrado no hospital psiquiátrico. São residências
terapêuticas, casas que servem de moradia de pessoas portadoras de transtornos
mentais graves, egressas de hospitais psiquiátricos ou não. Uma Residência Terapêutica
deve acolher, no máximo, oito moradores. Um cuidador ajuda os moradores nas tarefas e
conflitos cotidianos, em busca da autonomia do usuário.

O Programa de Volta para Casa é um dos instrumentos mais efetivos para a reintegração social
das pessoas com longo histórico de hospitalização. Busca contribuir para o processo de
inserção social das pessoas internadas em hospitais psiquiátricos, através do pagamento
mensal de um auxílio-reabilitação, no valor de R$240,00.

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A construção de uma rede comunitária de cuidados é fundamental para a consolidação da
Reforma

Psiquiátrica. O território não é apenas uma área geográfica, mas envolve as pessoas, as
instituições, as redes e os cenários nos quais se dão a vida comunitária. Assim, trabalhar no
território é trabalhar com os componentes, saberes e forças da comunidade que propõem
soluções, apresentam demandas e que podem construir objetivos comuns. O território deve
organizar a rede de atenção à saúde mental.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) têm valor estratégico para a Reforma


Psiquiátrica Brasileira. É função dos CAPS prestar atendimento clínico diariamente, promover
a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais;
regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar
suporte à atenção à saúde mental na rede básica.

Em outras palavras, os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, que
oferecem atendimento diário às pessoas com transtornos mentais severos e persistentes,
realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social destas pessoas através do acesso ao
trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

No apoio matricial, a equipe de saúde mental compartilha alguns casos com as equipes de
Atenção Básica. Esse compartilhamento envolve co-responsabilização pelos casos, excluindo
a lógica do encaminhamento, pois quer aumentar a capacidade resolutiva de problemas de
saúde pela equipe local.

Um desafio da Reforma Psiquiátrica é o uso do trabalho como instrumento de inclusão


social dos usuários dos serviços. Embora os diversos serviços da rede de atenção à saúde
mental formem cooperativas e associações e realizem oficinas de geração de renda, isso ainda
não é suficiente. A Economia Solidária, como movimento de luta contra a exclusão social e
econômica, surge como alternativa para a exclusão das pessoas com transtornos mentais do
mercado de trabalho.

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Neste sentido, as abordagens a partir de uma perspectiva interdisciplinar permitem uma


multiplicidade de intervenções no processo de trabalho. O paradigma da saúde mental, o
deslocamento das práticas para a comunidade, o campo psicossocial remetem ao
entrecruzamento de saberes e práticas que não pode se dar pela soma de disciplinas conexas.
Os profissionais que operam neste campo deverão ser capazes de ultrapassar limites impostos
pela doença, pelo estigma, pelas condições de vida adversas, para construir outros modos de
operar, mediante as situações específicas que se apresentam.

MULTIDISCIPLINARIDADE: É um modelo tradicional de


atuação, caracterizado pela intervenção de múltiplos profissionais, que atendem de forma
isolada, aplicando seus conhecimentos e práticas, sem atuação conjunta com os demais
membros da equipe. Na equipe multidisciplinar cada profissional avalia o paciente de maneira
independente e elabora seu plano de tratamento sem que haja um trabalho coordenado por
parte da equipe e nem uma identidade grupal (Tavares et al., 2012). Apesar de haver
profissionais de várias áreas, o atendimento continua fragmentado.

INTERDISCIPLINARIDADE: Há a substituição de uma concepção fragmentária para uma


concepção unitária do paciente, através de trocas de conhecimentos entre os profissionais e
através da integração das práticas em saúde. A equipe interdisciplinar é muito vantajosa pois
permite a colaboração de várias especialidades com conhecimentos distintos (Tavares et al.,
2012).

TRANSDISCIPLINARIDADE: Rompe com paradigmas e modelos das disciplinas, buscando


ultrapassar as barreiras que afastavam as áreas de conhecimento, para fundi-las em algo que
transcende a todas. Ou seja, busca estabelecer e integrar todos os elementos, criando um
conhecimento total e único da realidade que é dinâmica (Brandão, 2000; Tavares et al., 2012).

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Entretanto, as ações específicas de cada profissão devem ser


respeitadas. Por exemplo, em equipe interprofissional, o psicólogo compartilhará somente
informações relevantes para qualificar os serviços prestados, resguardando o caráter
confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade de quem as receber, de
preservar o sigilo. Além disso, o psicólogo preservará sua especificidade e limites de sua
intervenção, não se subordinando técnica e profissionalmente a outras áreas.

Nos documentos que embasam as atividades em equipe interprofissional, o psicólogo registrará


apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.

O trabalho da equipe interprofissional traz uma visão mais abrangente do problema,


tanto para os profissionais, quanto para o sujeito e sua família. Visa também estabelecer de
forma integrada o plano terapêutico, buscando um olhar global, sendo que um profissional
colabora com o saber do outro.

A base da instituição inventada a partir dos projetos de desinstitucionalização reside na ruptura


da causalidade linear doença-cura, problema-solução. As novas instituições deverão estar à
altura da complexidade da tarefa de intervir na sua existência – sofrimento, remetendo ao
processo da constante reconstrução deste sujeito. Para que isto ocorra, há a necessidade da
conformação de espaços coletivos, de lugares de reflexão crítica, de produção de
subjetividade e constituição de sujeitos. Espaços coletivos são espaços concretos (de lugar e
tempo) destinados à comunicação (escuta e circulação de informações sobre desejos, interesses
e aspectos da realidade), à elaboração (análise da escuta e das informações) e à tomada de
decisão (prioridades, projetos e contratos).

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As ações devem transpor a centralização das ações no modelo biomédico, na doença, através de
uma abordagem que articule tratamento, reabilitação psicossocial, clínica da subjetividade e
projetos terapêuticos individualizados.
A desinstitucionalização consiste no processo de desconstrução de práticas manicomiais e
construção de novos saberes, os quais sejam capazes de privilegiar a subjetividade e
autonomia do indivíduo, bem como o livre exercício de sua cidadania.
Uma das propostas mais relevantes dos CAPS é a reinserção social do indivíduo e a
promoção da inclusão na sociedade. Dentro de vários serviços dessa natureza existem
propostas que abrangem essa expectativa, como oficinas as quais servem de espaço terapêutico;
cooperativas que oportunizam a geração de renda e autonomia do indivíduo; espaços de trocas
na sociedade como apresentação de danças em eventos, participação em seminários.

Os CAPS podem oferecer diferentes tipos de atividades terapêuticas. Esses recursos vão além
do uso de consultas e de medicamentos, e caracterizam o que vem sendo denominado clínica
ampliada. Essa idéia de clínica vem sendo (re)construída nas práticas de atenção psicossocial,
provocando mudanças nas formas tradicionais de compreensão e de tratamento dos
transtornos mentais. Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde,
da família e da comunidade. É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas
na busca de um cuidado e tratamento de acordo com cada caso, com a criação de vínculo com o
usuário. A vulnerabilidade e o risco do indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só
pelo saber dos especialistas clínicos, mas também leva em conta a história de quem está sendo
cuidado.

Através da escuta, o trabalhador da saúde vai buscar junto ao usuário, os motivos pelos quais
ele adoeceu e como se sente com os sintomas, para compreender a doença e se responsabilizar
na produção de sua saúde. É importante estar atento para os afetos entre os trabalhadores e
usuários buscando a autonomia da pessoa diante do seu tratamento, ao mesmo tempo em que
seu caso é tratado de forma única e singular. Um hipertenso, por exemplo, pode e será cuidado
de forma diferente de outro hipertenso, já que cada caso é um caso. Se o usuário estiver
deprimido, isolado, desempregado, tudo isso interferirá no desenvolvimento da sua doença e
precisa ser ouvido pelo profissional de saúde.

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A clínica ampliada mostra que as teorias e os modelos prontos de atendimento vão se


tornando insuficientes frente às demandas das relações diárias com o sofrimento e a
singularidade desse tipo de atenção. É preciso criar, observar, escutar, estar atento à
complexidade da vida das pessoas, que é maior que a doença ou o transtorno. Para tanto, é
necessário que, ao definir atividades, como estratégias terapêuticas nos CAPS, se repensem os
conceitos, as práticas e as relações que podem promover saúde entre as pessoas: técnicos,
usuários, familiares e comunidade. Todos precisam estar envolvidos nessa estratégia,
questionando e avaliando permanentemente os rumos da clínica e do serviço.

A Reforma Psiquiátrica procura consolidar a formação de uma rede territorial de atenção em


saúde mental diversificada, atendendo os diversos tipos de problemas psiquiátricos. Essa rede
propicia diferentes projetos assistenciais que não limitam ao tratamento da doença mental em
si, mas tratam o sujeito em sua integralidade, visando à inserção social.

No espaço manicomial o “louco” não tem voz, cidadania e direitos. É considerado um sujeito
incapaz, irresponsável, inimputável. Porém, o processo de Reforma Psiquiátrica procura
romper esses estigmas e rótulos. Nesse sentido, os profissionais que atuam na saúde e,
principalmente direta ou indiretamente com as demandas da saúde mental devem estar
preparados para lidar com um modelo de tratamento baseado no território e na integralidade
das ações e dos serviços.

A Reforma Psiquiátrica busca desconstruir a lógica excludente do hospital psiquiátrico e


possibilitar ao doente mental estratégias para a inclusão social. A sociedade é chamada a
assumir sua responsabilidade com o portador de transtorno mental, e constata-se que o regime
aberto não oferece risco para ninguém, que o doente mental não é um impossibilitado e
que a inclusão social é mais eficaz para a sua reabilitação psicossocial, na perspectiva da
integração social e na produção da autonomia das pessoas.

A Reforma Psiquiátrica Brasileira irá possibilitar a construção de uma rede de


atenção à saúde mental substitutiva ao modelo centrado na internação hospitalar.

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Com base na necessidade de se colocar em prática as ações previstas na nova política de Saúde
Mental são criados serviços de saúde e programas enquanto estratégias de
desinstitucionalização voltados para a qualificação, expansão e fortalecimento da rede extra-
hospitalar, com o objetivo de inserir o portador de transtorno mental em suas atividades diárias,
no convívio familiar e na sociedade. São eles:

A) Residências Terapêuticas


Os Serviços Residenciais Terapêuticos como componente da Política Nacional de Saúde Mental,
surgem visando à superação do modelo hospitalocêntrico. Esses serviços consistem em
moradias terapêuticas localizadas geralmente no espaço urbano e visam responder às
necessidades de moradias de pessoas portadoras de transtorno mental egressas de hospitais
psiquiátricos ou não.

As Residências Terapêuticas promovem a inclusão dos portadores de transtorno mental


egressos de hospitais psiquiátricos a partir de uma equipe técnica, de um cuidador e deve
acolher no máximo oito moradores. De forma geral, o cuidador deve apoiar os moradores nas
tarefas, conflitos cotidianos do morar, do circular na cidade visando à autonomia do usuário.
Vale sinalizar que os direitos de morar e de circular nos espaços da cidade e da comunidade são
fundamentais com a implantação da Residência Terapêutica e tais residências estão
referenciadas a um Centro de Atenção Psicossocial, bem como à rede de saúde mental do
município.



B) O Programa de Volta para Casa

O Programa de Volta para Casa é um dos instrumentos mais efetivos para a reintegração social
das pessoas com longo histórico de hospitalização. Trata-se de uma das estratégias mais

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potencializadoras da emancipação de pessoas com transtornos mentais e dos processos de


desinstitucionalização e redução de leitos nos estados e municípios.

O objetivo do Programa é contribuir efetivamente para o processo de inserção social das


pessoas com longa história de internações em hospitais psiquiátricos, através do pagamento
mensal de um auxílio-reabilitação, no valor de R$240,00 (duzentos e quarenta reais,
aproximadamente 110 dólares) aos seus beneficiários .

Para receber o auxílio-reabilitação do Programa De Volta para Casa, a pessoa deve ser
egressa de Hospital Psiquiátrico ou de Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, e
ter indicação para inclusão em programa municipal de reintegração social. O Programa
possibilita a ampliação da rede de relações dos usuários, assegura o bem estar global da pessoa
e estimula o exercício pleno dos direitos civis, políticos e de cidadania, uma vez que prevê o
pagamento do auxílio-reabilitação diretamente ao beneficiário, através de convênio entre o
Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal. Seus efeitos no cotidiano das pessoas egressas
de hospitais psiquiátricos são imediatos, na medida em que se realiza uma intervenção
significativa no poder de contratualidade social dos beneficiários, potencializando sua
emancipação e autonomia.

C) O papel estratégico dos CAPS

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde


mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. É o surgimento destes
serviços que passa a demonstrar a possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao
Hospital Psiquiátrico no país. É função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de
atenção diária, evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos; promover a
inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais; regular a
porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar suporte
à atenção à saúde mental na rede básica. É função, portanto, e por excelência, dos CAPS
organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios.

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Os CAPS devem ser substitutivos, e não complementares ao


hospital psiquiátrico. Cabe aos CAPS o acolhimento e a atenção às pessoas com transtornos
mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em
seu território. De fato, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que
convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu
tratamento.

Os CAPS se diferenciam pelo porte, capacidade de atendimento, clientela atendida e organizam-


se no país de acordo com o perfil populacional dos municípios brasileiros. Assim, estes serviços
diferenciam-se como CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad.



A luta pela superação do aparato manicomial, disparada pela Reforma Psiquiátrica, implica,
para os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a transformação da assistência às
pessoas em situação de sofrimento psíquico. Nesse sentido, a atenção à crise se revela
como um eixo estratégico do cuidado da RAPS, uma vez que sua viabilização, fora do circuito
das internações nos hospitais psiquiátricos, garante a permanência dos usuários em seus
contextos familiares e sociocomunitários, possibilitando a territorialização do cuidado.
A Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) posiciona os CAPS como serviços que ocupam
função estratégica na missão de substituição da lógica manicomial. Componente da
atenção especializada da RAPS, o CAPS é um serviço de referência no cuidado de pessoas em
intenso sofrimento psíquico, em situações de crise, a partir do modelo de atenção e suporte
psicossocial dirigido ao reposicionamento subjetivo do sujeito, e, como indica o Ministério da
Saúde, à reintegração dos usuários em seus territórios familiares, sociais, afetivos:
espaços de contratualidade e cidadania.

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O modelo de Atenção Psicossocial é intensamente territorial. O espaço típico das práticas do


paradigma psicossocial funciona como dispositivos integrais territorializados. Modelo focado
no cuidado em liberdade, sustentar crise no território requer, portanto, intensa relação
dos CAPS com as equipes da Atenção Básica.
Atender a lógica territorial, promover cuidados no território e interromper o circuito de
internações e segregações implica viabilizá-los de forma articulada, tendo a Atenção Básica
como um núcleo central. Garantir a assistência em saúde mental a partir desse campo é
encaminhá-la na direção da integralidade do SUS, dos cuidados em rede e em liberdade.
Com a perspectiva da integralidade e da desinstitucionalização, as equipes da Atenção Básica,
também inscritas na lógica da Estratégia Atenção Psicossocial (Eaps), devem incluir ações de
saúde mental em suas agendas. Na realidade do país, observa-se pouca resolutividade das
equipes da Atenção Básica, por resistências e fragilidades na corresponsabilização, na
apropriação e no acompanhamento dos usuários com demandas de saúde mental pelas equipes
da Estratégia Saúde da Família (ESF).


Visando responder à perspectiva da integralidade, promover corresponsabilização e aumentar
a capacidade resolutiva da Atenção Básica, a Política coloca em operação a ferramenta do
apoio matricial: uma tecnologia de arranjo organizacional que viabiliza suporte técnico em
áreas especializadas para as equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações de saúde
mental na Atenção Básica.
Ofertar o apoio matricial a essas equipes é, portanto, também, uma missão dos CAPS. Assim, o
matriciamento é outro elemento estratégico da PNSM. Ao passo que a atenção à crise e o apoio
matricial são dois elementos estratégicos da PNSM, reconhece-se o desafio de fortalecê-los na
prática dos serviços.

Ao propor a superação do modelo hospitalocêntrico no atendimento das pessoas com
transtornos mentais, a Reforma Psiquiátrica nos conduz a um cuidado que não as afaste do
seu espaço social. Nessa direção, Yasui e Costa-Rosa defendem que a Atenção Básica à saúde é
locus privilegiado de intervenção na Atenção Psicossocial, apresentando-se como estratégia

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fundamental para traçar ações territoriais, na medida em que está inserida na vida cotidiana e
nos espaços comunitários de vida das pessoas, podendo atuar nos espaços onde a vida circula.
Desta forma inscrita, considera-se que a ESF tem meios de

“[...] interferir em situações que transcendem a especificidade do setor saúde e têm


efeitos determinantes sobre as condições de vida e saúde dos indivíduos, famílias-
comunidade” (p. 65). Dada essa relevância, o apoio matricial em saúde mental “[...]
surgiu a partir da constatação de que a reforma psiquiátrica não pode avançar se a
atenção básica não for incorporada ao processo” (p. 66).



O apoio matricial compõe um conjunto amplo de estratégias e recursos utilizados pela
equipe do CAPS no cuidado à crise:

• horário estendido;
• acolhimento;
• encaminhamento;
• intervenção medicamentosa;
• contenção física;
• cuidado intensivo;
• reinserção e reabilitação psicossocial;
• assistência domiciliar e familiar;
• ações territoriais.


A prática do matriciamento almeja ampliar e qualificar o escopo de ações das equipes da
Atenção Básica. Uma das principais apostas do apoio matricial está focada na troca de saberes
entre equipes, na construção de ofertas que tenham força para ampliar as ações e modificar os
problemas de saúde.
No cruzamento de diferentes núcleos de saberes, promove-se ampliação nas ações de saúde.

Para tanto, atendimentos e intervenções conjuntas entre trabalhadores da equipe matricial e os
da equipe de referência são previstos no rol de atividades do matriciamento. É por esta via que
ele opera diminuindo as fragmentações do saber, do cuidado e dos processos de trabalho
decorrentes da hiperespecialização das diversas áreas do conhecimento.

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Isto possibilita o enfrentamento do problema da corresponsabilização e da fragmentação do


saber, que conduz ao tradicional pensamento de que somente as equipes de saúde mental têm
responsabilidades sanitárias sobre as demandas de saúde mental.
Esta função articuladora do matriciamento tem grande relevância, posto que vem sendo
analisado por autores que um dos fortes obstáculos dos CAPS tem sido a centralização em si
mesmos, pela pouca abertura ao território.
Articulando rede, o matriciamento se volta contra a ambulatorização dos CAPS, seu
isolamento e “encapsulamento”, que os leva a operar um tipo de substituição indesejada:
substituição total. Em atitude de fechamento, muitos CAPS atuam “preenchendo” a função das
equipes da Atenção Básica e o seu lugar na RAPS, mesmo com a compreensão de ser impossível
dar conta de tal substituição.
Ao articular rede, o apoio matricial se inclina contra o “encapsulamento” e esse tipo de
substituição total, produzindo um efeito reorganizador das demandas de saúde mental na
rede, com melhor distribuição e adequação dos usuários dentro dos pontos de assistência, em
sintonia com suas demandas, evitando que todas elas sejam dirigidas ao CAPS, superlotando-o.


A Atenção Básica precisa ser porta de entrada do sistema de saúde, e há o papel estratégico do
apoio matricial como regulador de fluxos e organizador das ações de saúde mental. Com
ações continuadas do matriciamento, espera-se disparar um processo gradativo de aumento
de responsabilização e autonomia das equipes matriciadas, na medida em que vão
incorporando habilidades para intervir em situações anteriormente reconhecidas como
possíveis apenas à equipe de especialistas e a eles frequentemente delegadas.
Como prevê a PNSM, ao contribuir para que as equipes da ESF (Saúde da Família) se
responsabilizem pela demanda de saúde mental do território, a ferramenta do apoio matricial
opera em favor de racionalizar o acesso e o uso de recursos especializados.
Ampliada a capacidade de lidar com as demandas de saúde mental e de identificar casos que
necessitariam de apoio especializado, ocorreria uma filtragem dos usuários a serem
encaminhados para a assistência no CAPS. Assim, rompe com a lógica indiscriminada e

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medicalizante do encaminhamento, utilizada por equipes como forma de “se livrarem”


dos problemas de saúde mental que não se sentem capazes ou apoiadas para responder.
Ao fortalecer a lógica territorial-comunitária, interagindo e provocando a cidade, produzindo
expansão de territórios e conexões com seu entorno, o apoio matricial impulsiona processos de
inserção. Assim, em situações de crise, o apoio matricial pode interferir para a mudança
no itinerário dos usuários em crise: dos hospitais psiquiátricos para os serviços
territoriais.
Na atenção à crise, operando como um facilitador, o apoio matricial é capaz de evitar
situações de crise ou abordá-las antes que se tornem mais graves, evitando, também,
outras formas de intervenção invasivas, tais como: a utilização da polícia, o uso da força física,
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as conduções involuntárias para a emergência, internação hospitalar ou, mesmo, para o CAPS.
Minozzo e Costa revelam que, frente a situações de crise, o encaminhamento para a
internação psiquiátrica é uma das primeiras alternativas pensadas por trabalhadores da
ESF. O sentimento de medo é indicado por estes autores como um fator que atravessa as equipes
e esse sentimento advém da suposição da periculosidade que uma pessoa em crise comporta.
Assim, há dificuldades nas equipes da ESF em se aproximar e escutar, para melhor
compreenderem a demanda dos usuários, fragilizando a contratualização das intervenções,
assim como a própria possibilidade de cuidado.
Além de emergir como um facilitador da realização de intervenções à crise no território, o apoio
matricial aumenta as possibilidades de cuidado, de prevenir situações de crise ou
abordá-las antes de se tornarem mais graves e de evitar formas de intervenção invasivas.
Para tanto, é necessário intensificar as estratégias que possam incluir e qualificar o acolhimento,
a avaliação e intervenções à crise no cotidiano das equipes da Atenção Básica, como meio de
fortalecer a prática dessas equipes.


Apoio matricial é uma ferramenta fundamental no cenário da Reforma Psiquiátrica, na atenção
à crise, como um artifício que produz resistência à captura manicomial, em favor da
desinstitucionalização e do modelo psicossocial.
Entretanto, há problemas na operacionalização do matriciamento em nível nacional:

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• fragilização da política de atenção básica;


• diversidade de concepções e modelos de atuação;
• falta de suporte das gestões e gerência dos serviços;
• falta de regularidade do processo e pouca interferência na regulação dos fluxos
na RAPS;
• diferentes agendas e problemas relacionais entre a ESF e equipes apoiadoras;
pouca presença do psiquiatra nas ações de matriciamento;
• lógica ambulatorial focada na prática do encaminhamento e marcação de
consultas, assim como a forma de implantação da proposta em muitos
municípios do país.

Apesar disso, o apoio matricial tem produzido efeitos importantes que podem ser interpretados
com indicadores da ampliação do cuidado em saúde mental, como:

• redução das situações de crise e dos índices de internação psiquiátrica;


• detecção precoce, evitando-se novas hospitalizações;
• aumento das ações ofertadas na atenção básica e especializada, indicando
maior cobertura assistencial;
• aumento da capacidade de referência em saúde mental para a população
adscrita de um território; diminuição das demandas para o CAPS;
• maior articulação entre o médico da ESF e o psiquiatra do CAPS, impactando
no seguimento e continuidade de cuidados;
• atenção mais sensível em casos de pessoas em sofrimento psíquico e aumento
da responsabilização em casos de maior complexidade;
• maior qualificação dos encaminhamentos e transformações na vida dos
usuários no sentido de ampliação de vínculos e redes de sociabilidades.

PORTARIA Nº 336, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002


Art.1º Estabelecer que os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes
modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem crescente de
porte/complexidade e abrangência populacional, conforme disposto nesta Portaria;

§ 1º As três modalidades de serviços cumprem a mesma função no atendimento público em


saúde mental, distinguindo-se pelas características descritas no Artigo 3o desta Portaria, e

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deverão estar capacitadas para realizar prioritariamente o atendimento de pacientes com


transtornos mentais severos e persistentes em sua área territorial, em regime de tratamento
intensivo, semi-intensivo e nãointensivo, conforme definido adiante.

§ 2º Os CAPS deverão constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária que funcione


segundo a lógica do território;

Art. 2º Definir que somente os serviços de natureza jurídica pública poderão executar as
atribuições de supervisão e de regulação da rede de serviços de saúde mental.

Art. 3º Estabelecer que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) só poderão funcionar em


área física específica e independente de qualquer estrutura hospitalar.

Parágrafo único. Os CAPS poderão localizar-se dentro dos limites da área física de uma unidade
hospitalar geral, ou dentro do conjunto arquitetônico de instituições universitárias de saúde,
desde que independentes de sua estrutura física, com acesso privativo e equipe profissional
própria.

Art. 4º Definir, que as modalidades de serviços estabelecidas pelo Artigo 1º desta Portaria
correspondem às características abaixo discriminadas:

4.1 - CAPS I - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em
municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes, com as seguintes características:

a - responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda


e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu território;
b - possuir capacidade técnica para desempenhar o papel de regulador da porta de
entrada da rede assistencial no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial,
definido na Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), de acordo com a
determinação do gestor local;
c - coordenar, por delegação do gestor local, as atividades de supervisão de unidades
hospitalares psiquiátricas no âmbito do seu território;
d - supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de
saúde mental no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial;
e - realizar, e manter atualizado, o cadastramento dos pacientes que utilizam
medicamentos essenciais para a área de saúde mental regulamentados pela
Portaria/GM/MS nº 1077 de 24 de agosto de 1999 e medicamentos excepcionais,
regulamentados pela Portaria/ SAS/MS nº 341 de 22 de agosto de 2001, dentro de
sua área assistencial;

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f - funcionar no período de 08 às 18 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias


úteis da semana;

4.1.1 - A assistência prestada ao paciente no CAPS I inclui as seguintes atividades:

a - atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre


outros);
b - atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte
social, entre outras);
c - atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível
superior ou nível médio;
d - visitas domiciliares;
e - atendimento à família;
f - atividades comunitárias enfocando a integração do paciente na comunidade e sua
inserção familiar e social;
g - os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária, os
assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias.

4.1.2 - Recursos Humanos: A equipe técnica mínima para atuação no CAPS I, para o
atendimento de 20 (vinte) pacientes por turno, tendo como limite máximo 30 (trinta)
pacientes/dia, em regime de atendimento intensivo, será composta por:

a - 01 (um) médico com formação em saúde mental;

b - 01 (um) enfermeiro;

c - 03 (três) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais:


psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário
ao projeto terapêutico.

d - 04 (quatro) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico


administrativo, técnico educacional e artesão;

4.2 - CAPS II - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento
em municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes, com as seguintes
características:

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a - responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda


e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu território;
b - possuir capacidade técnica para desempenhar o papel de regulador da porta de
entrada da rede assistencial no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial,
definido na Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), por determinação do
gestor local;
c - coordenar, por delegação do gestor local, as atividades de supervisão de unidades
hospitalares psiquiátricas no âmbito do seu território;
d - supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de
saúde mental no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial;
e - realizar, e manter atualizado, o cadastramento dos pacientes que utilizam
medicamentos essenciais para a área de saúde mental regulamentados pela
Portaria/GM/MS nº 1077 de 24 de agosto de 1999 e medicamentos excepcionais,
regulamentados pela Portaria/ SAS/MS nº 341 de 22 de agosto de 2001, dentro de
sua área assistencial;
f - funcionar de 8:00 às 18:00 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias
úteis da semana, podendo comportar um terceiro turno funcionando até às
21:00 horas.

4.2.1 - A assistência prestada ao paciente no CAPS II inclui as seguintes atividades:


a - atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros);

b - atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre


outras);

c - atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissionalde nível superior ou nível


médio;

d - visitas domiciliares;

e - atendimento à família;

f - atividades comunitárias enfocando a integração do doente mental na comunidade e sua


inserção familiar e social;

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g - os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária: os assistidos
em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias.

4.2.2 - Recursos Humanos: A equipe técnica mínima para atuação no CAPS II, para o
atendimento de 30 (trinta) pacientes por turno, tendo como limite máximo 45 (quarenta e
cinco) pacientes/dia, em regime intensivo, será composta por:

a - 01 (um) médico psiquiatra;


b - 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental;
c - 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias
profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional,
pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico.
d - 06 (seis) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem,
técnico administrativo, técnico educacional e artesão.

4.3 - CAPS III - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para
atendimento em municípios com população acima de 200.000 habitantes, com as
seguintes características:


a - constituir-se em serviço ambulatorial de atenção contínua, durante 24 horas
diariamente, incluindo feriados e finais de semana;

b - responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede


de cuidados em saúde mental no âmbito do seu território;

c - possuir capacidade técnica para desempenhar o papel de regulador da porta de entrada da


rede assistencial no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial, definido na Norma
Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), por determinação do gestor local;

d - coordenar, por delegação do gestor local, as atividades de supervisão de unidades


hospitalares psiquiátricas no âmbito do seu território;

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e - supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental


no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial; f - realizar, e manter atualizado, o
cadastramento dos pacientes que utilizam medicamentos essenciais para a área de saúde
mental regulamentados pela Portaria/GM/MS nº 1077 de 24 de agosto de 1999 e medicamentos
excepcionais, regulamentados pela Portaria/ SAS/MS nº 341 de 22 de agosto de 2001, dentro
de sua área assistencial;

g - estar referenciado a um serviço de atendimento de urgência/ emergência geral de sua região,


que fará o suporte de atenção médica.

4.3.1 - A assistência prestada ao paciente no CAPS III inclui as seguintes atividades:

a - atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, orientação, entre outros);

b - atendimento grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre


outras);

c - atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível


médio;

d - visitas e atendimentos domiciliares;

e - atendimento à família;

f - atividades comunitárias enfocando a integração do doente mental na comunidade e sua


inserção familiar e social;

g - acolhimento noturno, nos feriados e finais de semana, com no máximo 05 (cinco) leitos, para
eventual repouso e/ou observação;

h - os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos
em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias, e os que permanecerem no serviço
durante 24 horas contínuas receberão 04 (quatro) refeições diárias;

i - a permanência de um mesmo paciente no acolhimento noturno fica limitada a 07 (sete) dias


corridos ou 10 (dez) dias intercalados em um período de 30 (trinta) dias.

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4.3.2 - Recursos Humanos: A equipe técnica mínima para atuação no CAPS III, para o
atendimento de 40 (quarenta) pacientes por turno, tendo como limite máximo 60 (sessenta)
pacientes/dia, em regime intensivo, será composta por

a - 02 (dois) médicos psiquiatras;


b - 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental.
c - 05 (cinco) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias: psicólogo,
assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional
necessário ao projeto terapêutico;
d - 08 (oito) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem,
técnico administrativo, técnico educacional e artesão.

4.3.2.1 - Para o período de acolhimento noturno, em plantões corridos de 12 horas, a


equipe deve ser composta por:

a - 03 (três) técnicos/auxiliares de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do serviço;

b - 01 (um) profissional de nível médio da área de apoio;

4.3.2.2 - Para as 12 horas diurnas, nos sábados, domingos e feriados, a equipe deve ser
composta por:

a - 01 (um) profissional de nível superior dentre as seguintes categorias: médico, enfermeiro,


psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, ou outro profissional de nível superior
justificado pelo projeto terapêutico;

b - 03 (três) técnicos/auxiliares técnicos de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do


serviço

c - 01 (um) profissional de nível médio da área de apoio.

4.4 - CAPS i II - Serviço de atenção psicossocial para atendimentos a crianças e


adolescentes, constituindo-se na referência para uma população de cerca de 200.000

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habitantes, ou outro parâmetro populacional a ser definido pelo gestor local, atendendo a
critérios epidemiológicos, com as seguintes características:


a - constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária destinado a crianças e adolescentes
com transtornos mentais;

b - possuir capacidade técnica para desempenhar o papel de regulador da porta de entrada da


rede assistencial no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial, definido na Norma
Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), de acordo com a determinação do gestor local;

c - responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede


de cuidados em saúde mental de crianças e adolescentes no âmbito do seu território;

d - coordenar, por delegação do gestor local, as atividades de supervisão de unidades de


atendimento psiquiátrico a crianças e adolescentes no âmbito do seu território

e - supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental


no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial, na atenção à infância e adolescência;

f - realizar, e manter atualizado, o cadastramento dos pacientes que utilizam medicamentos


essenciais para a área de saúde mental regulamentados pela Portaria/GM/MS nº 1077 de 24 de
agosto de 1999 e medicamentos excepcionais, regulamentados pela Portaria/ SAS/MS nº 341
de 22 de agosto de 2001, dentro de sua área assistencial;

g - funcionar de 8:00 às 18:00 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias úteis da
semana, podendo comportar um terceiro turno que funcione até às 21:00 horas.

4.4.1- A assistência prestada ao paciente no CAPS i II inclui as seguintes atividades:

a - atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre


outros);
b - atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte
social, entre outros);

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c - atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível


superior ou nível médio;
d - visitas e atendimentos domiciliares;
e - atendimento à família;
f - atividades comunitárias enfocando a integração da criança
e do adolescente na família, na escola, na comunidade ou quaisquer outras formas de
inserção social;
g - desenvolvimento de ações inter-setoriais, principalmente com as áreas de
assistência social, educação e justiça;
h - os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária, os
assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias;

4.4.2 - Recursos Humanos: A equipe técnica mínima para atuação no CAPS i II, para o
atendimento de 15 (quinze) crianças e/ou adolescentes por turno, tendo como limite máximo
25 (vinte e cinco) pacientes/dia, será composta por:

a - 01 (um) médico psiquiatra, ou neurologista ou pediatra com formação em saúde


mental;
b - 01 (um) enfermeiro.
c - 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias
profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional,
fonoaudiólogo, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico;
d - 05 (cinco) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem,
técnico administrativo, técnico educacional e artesão.

4.5 - CAPS ad II - Serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com


transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, com
capacidade operacional para atendimento em municípios com população superior a
70.000, com as seguintes características:


a - constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária, de referência para área de
abrangência populacional definida pelo gestor local;

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b - sob coordenação do gestor local, responsabilizar-se pela organização da demanda e da rede


de instituições de atenção a usuários de álcool e drogas, no âmbito de seu território;

c - possuir capacidade técnica para desempenhar o papel de regulador da porta de entrada da


rede assistencial local no âmbito de seu território e/ou do módulo assistencial, definido na
Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), de acordo com a determinação do gestor
local;

d - coordenar, no âmbito de sua área de abrangência e por delegação do gestor local, a atividades
de supervisão de serviços de atenção a usuários de drogas, em articulação com o Conselho
Municipal de Entorpecentes;

e - supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental


local no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial;

f - realizar, e manter atualizado, o cadastramento dos pacientes que utilizam medicamentos


essenciais para a área de saúde mental regulamentados pela Portaria/GM/MS nº 1077 de 24 de
agosto de 1999 e medicamentos excepcionais, regulamentados pela Portaria/ SAS/MS nº 341
de 22 de agosto de 2001, dentro de sua área assistencial;

g - funcionar de 8:00 às 18:00 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias úteis da
semana, podendo comportar um terceiro turno funcionando até às 21:00 horas.

h - manter de 02 (dois) a 04 (quatro) leitos para desintoxicação e repouso.

4.5.1. A assistência prestada ao paciente no CAPS ad II para pacientes com transtornos


decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas inclui as seguintes
atividades:

a - atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre


outros);
b - atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte
social, entre outras);
c - atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível
superior ou nível médio;

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d - visitas e atendimentos domiciliares;


e - atendimento à família;
f - atividades comunitárias enfocando a integração do dependente químico na
comunidade e sua inserção familiar e social;
g - os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os
assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias.
h - atendimento de desintoxicação.

4.5.2 - Recursos Humanos: A equipe técnica mínima para atuação no CAPS ad II para
atendimento de 25 (vinte e cinco) pacientes por turno, tendo como limite máximo 45 (quarenta
e cinco) pacientes/dia, será composta por:

a - 01 (um) médico psiquiatra;


b - 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental;
c - 01 (um) médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento
das intercorrências clínicas;
d - 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias
profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional,
pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico; e - 06 (seis)
profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico
administrativo, técnico educacional e artesão.

Art.5º Estabelecer que os CAPS I, II, III, CAPS i II e CAPS ad II deverão estar capacitados para o
acompanhamento dos pacientes de forma intensiva, semi-intensiva e não-intensiva, dentro de
limites quantitativos mensais que serão fixados em ato normativo da Secretaria de Assistência
à Saúde do Ministério da Saúde.

Parágrafo único. Define-se como atendimento intensivo aquele destinado aos pacientes que,
em função de seu quadro clínico atual, necessitem acompanhamento diário; semi-intensivo é o
tratamento destinado aos pacientes que necessitam de acompanhamento freqüente, fixado em
seu projeto terapêutico, mas não precisam estar diariamente no CAPS; não-intensivo é o
atendimento que, em função do quadro clínico, pode ter uma freqüência menor. A descrição
minuciosa destas três modalidades deverá ser objeto de portaria da Secretaria de Assistência à

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Saúde do Ministério da Saúde, que fixará os limites mensais (número máximo de atendimentos);
para o atendimento intensivo (atenção diária), será levada em conta a capacidade máxima de
cada CAPS, conforme definida no Artigo 2o.

Art. 6º Estabelecer que os atuais CAPS e NAPS deverão ser recadastrados nas modalidades CAPS
I, II, III, CAPS i II e CAPS ad II pelo gestor estadual, após parecer técnico da Secretaria de
Assistênciaà Saúde do Ministério da Saúde.

Parágrafo único. O mesmo procedimento se aplicará aos novos CAPS que vierem a ser
implantados.

Art.7º Definir que os procedimentos realizados pelos CAPS e NAPS atualmente existentes, após
o seu recadastramento, assim como os novos que vierem a ser criados e cadastrados, serão
remunerados através do Sistema APAC/SIA, sendo incluídos na relação de procedimentos
estratégicos do SUS e financiados com recursos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação
- FAEC.

Art.8º. Estabelecer que serão alocados no FAEC, para a finalidade descrita no art. 5o, durante
os exercícios de 2002 e 2003, recursos financeiros no valor total de R$52.000.000,00 (cinqüenta
e dois milhões de reais), previstos no orçamento do Ministério da Saúde.

Art.9º Definir que os procedimentos a serem realizados pelos CAPS, nas modalidades I, II
(incluídos CAPS i II e CAPS adII) e III, objetos da presente Portaria, serão regulamentados em
ato próprio do Secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde.



PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011

Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental
e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS).

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Art. 1º Fica instituída a Rede de Atenção Psicossocial, cuja finalidade é a criação, ampliação e
articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS).

Art. 2º Constituem-se diretrizes para o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial:

I - respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas;


II - promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
III - combate a estigmas e preconceitos;
IV - garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e
assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
V - atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
VI - diversificação das estratégias de cuidado;
VII - desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com
vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
VIII - desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;
IX - ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle
social dos usuários e de seus familiares;
X - organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
XI - promoção de estratégias de educação permanente; e
XII - desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como
eixo central a construção do projeto terapêutico singular.

Art. 3º São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial:

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I - ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;

II - promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes
do uso de crack, álcool e outras
drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e

III - garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território,
qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às
urgências.

Art. 4º São objetivos específicos da Rede de Atenção Psicossocial:

I - promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis


(criança, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas);
II - prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas;
III - reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas;
IV - promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por
meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária;
V - promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde;
VI - desenvolver ações intersetoriais de prevenção e redução de danos em parceria
com organizações governamentais e da sociedade civil;
VII - produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de prevenção
e cuidado e os serviços disponíveis na rede;
VIII - regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção
Psicossocial; e
IX - monitorar e avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores de
efetividade e resolutividade da atenção.

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Art. 5º A Rede de Atenção Psicossocial é constituída pelos seguintes componentes:

I - atenção básica em saúde, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) Unidade Básica de Saúde;

b) equipe de atenção básica para populações específicas:

1. Equipe de Consultório na Rua;

2. Equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório;

c) Centros de Convivência;

II - atenção psicossocial especializada, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades;

III - atenção de urgência e emergência, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) SAMU 192;

b) Sala de Estabilização;

c) UPA 24 horas;

d) portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro;

e) Unidades Básicas de Saúde, entre outros;

IV - atenção residencial de caráter transitório, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) Unidade de Recolhimento;

b) Serviços de Atenção em Regime Residencial;

V - atenção hospitalar, formada pelos seguintes pontos de atenção:

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a) enfermaria especializada em Hospital Geral;

b) serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno


mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas;

VI - estratégias de desinstitucionalização, formada pelo seguinte ponto de atenção:

a) Serviços Residenciais Terapêuticos; e

VII - reabilitação psicossocial.

Art. 6º São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção básica em saúde os
seguintes serviços:


I - Unidade Básica de Saúde: serviço de saúde constituído por equipe multiprofissional
responsável por um conjunto de ações de saúde, de âmbito individual e coletivo, que abrange a
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver a
atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes
e condicionantes de saúde das coletividades;

II - Equipes de Atenção Básica para populações em situações específicas:

a) Equipe de Consultório na Rua: equipe constituída por profissionais que atuam de forma
itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em situação de rua,
considerando suas diferentes necessidades de saúde, sendo responsabilidade dessa equipe, no
âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, ofertar cuidados em saúde mental, para:

1. pessoas em situação de rua em geral;

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2. pessoas com transtornos mentais;

3. usuários de crack, álcool e outras drogas, incluindo ações de redução de danos, em parceria
com equipes de outros pontos de atenção da rede de saúde, como Unidades Básicas de Saúde,
Centros de Atenção Psicossocial, Prontos-Socorros, entre outros;

b) equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório:


oferece suporte clínico e apoio a esses pontos de atenção, coordenando o cuidado e prestando
serviços de atenção à saúde de forma longitudinal e articulada com os outros pontos de atenção
da rede; e

III - Centro de Convivência: é unidade pública, articulada às Redes de Atenção à Saúde, em


especial à Rede de Atenção Psicossocial, onde são oferecidos à população em geral espaços de
sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade.

§ 1º A Unidade Básica de Saúde, de que trata o inciso I deste artigo, como ponto de atenção da
Rede de Atenção Psicossocial tem a responsabilidade de desenvolver ações de promoção
de saúde mental, prevenção e cuidado dos transtornos mentais, ações de redução de
danos e cuidado para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e
outras drogas, compartilhadas, sempre que necessário, com os demais pontos da rede.

§ 2º O Núcleo de Apoio à Saúde da Família, vinculado à Unidade Básica de Saúde, de que trata o
inciso I deste artigo, é constituído por profissionais de saúde de diferentes áreas de
conhecimento, que atuam de maneira integrada, sendo responsável por apoiar as Equipes de
Saúde da Família, as Equipes de Atenção Básica para populações específicas e equipes da
academia da saúde, atuando diretamente no apoio matricial e, quando necessário, no cuidado
compartilhado junto às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o Núcleo de Apoio à Saúde da
Família está vinculado, incluindo o suporte ao manejo de situações relacionadas ao sofrimento
ou transtorno mental e aos problemas relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas.

§ 3º Quando necessário, a Equipe de Consultório na Rua, de que trata a alínea "a" do inciso II
deste artigo, poderá utilizar as instalações das Unidades Básicas de Saúde do território.

§ 4º Os Centros de Convivência, de que trata o inciso III deste artigo, são estratégicos para
a inclusão social das pessoas com transtornos mentais e pessoas que fazem uso de crack,

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álcool e outras drogas, por meio da construção de espaços de convívio e sustentação das
diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade.

Art. 7º O ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção psicossocial


especializada é o Centro de Atenção Psicossocial.

§ 1º O Centro de Atenção Psicossocial de que trata o caput deste artigo é constituído por equipe
multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza atendimento às pessoas
com transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área territorial, em regime de
tratamento intensivo, semi-intensivo, e não intensivo.

§ 2º As atividades no Centro de Atenção Psicossocial são realizadas prioritariamente em


espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma
articulada com os outros pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes.

§ 3º O cuidado, no âmbito do Centro de Atenção Psicossocial,é desenvolvido por intermédio de


Projeto Terapêutico Individual, envolvendo em sua construção a equipe, o usuário e sua
família, e a ordenação do cuidado estará sob a responsabilidade do Centro de Atenção
Psicossocial ou da Atenção Básica, garantindo permanente processo de cogestão e
acompanhamento longitudinal do caso.

§ 4º Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes modalidades:

I - CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também


com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as
faixas etárias; indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes;
II - CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo
também atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e

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outras drogas, conforme a organização da rede de saúde local, indicado para


Municípios com população acima de setenta mil habitantes;
III - CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes.
Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas,
incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento
noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS Ad, indicado para
Municípios ou regiões com população acima de duzentos mil habitantes;
IV - CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas
do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de
crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter
comunitário, indicado para Municípios ou regiões com população acima de setenta
mil habitantes;
V - CAPS AD III: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as
normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados
clínicos contínuos. Serviço com no máximo doze leitos leitos para observação e
monitoramento, de funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana;
indicado para Municípios ou regiões com população acima de duzentos mil
habitantes; e
VI - CAPS I: atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e
persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço aberto e de
caráter comunitário indicado para municípios ou regiões com população acima de
cento e cinquenta mil habitantes.

Art. 8º São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de urgência e


emergência o SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas, as portas hospitalares de atenção
à urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde, entre outros

§ 1º Os pontos de atenção de urgência e emergência são responsáveis, em seu âmbito de


atuação, pelo acolhimento, classificação de risco e cuidado nas situações de urgência e

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emergência das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes
do uso de crack, álcool e outras drogas.

§ 2º Os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de urgência e emergência


deverão se articular com os
Centros de Atenção Psicossocial, os quais realizam o acolhimento e o cuidado das pessoas em
fase aguda do transtorno mental, seja ele decorrente ou não do uso de crack, álcool e outras
drogas, devendo nas situações que necessitem de internação ou de serviços residenciais de
caráter transitório, articular e coordenar o cuidado.

Art. 9º São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção residencial de caráter
transitório os seguintes serviços:


I - Unidade de Acolhimento: oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento de
vinte e quatro horas, em ambiente residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que apresentem acentuada
vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de
caráter transitório cujo tempo de permanência é de até seis meses; e

II - Serviços de Atenção em Regime Residencial, entre os quais Comunidades Terapêuticas:


serviço de saúde destinado a oferecer cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial
transitório por até nove meses para adultos com necessidades clínicas estáveis decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas.

§ 1º O acolhimento na Unidade de Acolhimento será definido exclusivamente pela equipe do


Centro de Atenção Psicossocial de referência que será responsável pela elaboração do projeto
terapêutico singular do usuário, considerando a hierarquização do cuidado, priorizando a
atenção em serviços comunitários de saúde.

§ 2º As Unidades de Acolhimento estão organizadas nas seguintes modalidades:

I - Unidade de Acolhimento Adulto, destinados a pessoas que fazem uso do crack, álcool e outras
drogas, maiores de dezoito anos; e

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II - Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil, destinadas a adolescentes e jovens (de doze até


dezoito anos completos).

§ 3º Os serviços de que trata o inciso II deste artigo funcionam de forma articulada com:

I - a atenção básica, que apoia e reforça o cuidado clínico geral dos seus usuários; e

II - o Centro de Atenção Psicossocial, que é responsável pela indicação do acolhimento, pelo


acompanhamento especializado durante este período, pelo planejamento da saída e pelo
seguimento do cuidado, bem como pela participação de forma ativa da articulação intersetorial
para promover a reinserção do usuário na comunidade.

Art. 10. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção hospitalar os
seguintes serviços:


I - enfermaria especializada para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em Hospital Geral,
oferece tratamento hospitalar para casos graves relacionados aos transtornos mentais e ao uso
de álcool, crack e outras drogas, em especial de abstinências e intoxicações severas;

II - serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno


mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas oferece suporte
hospitalar, por meio de internações de curta duração, para usuários de álcool e/ou outras
drogas, em situações assistenciais que evidenciarem indicativos de ocorrência de comorbidades
de ordem clínica e/ou psíquica, sempre respeitadas as determinações da Lei nº 10.216, de 6 de
abril de 2001, e sempre acolhendo os pacientes em regime de curtíssima ou curta permanência.
Funciona em regime integral, durante vinte e quatro horas diárias, nos sete dias da semana, sem
interrupção da continuidade entre os turnos.

§ 1º O cuidado ofertado no âmbito da enfermaria especializada em Hospital Geral de que trata


o inciso I deste artigo deve estar articulado com o Projeto Terapêutico Individual

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desenvolvido pelo serviço de referência do usuário e a internação deve ser de curta duração até
a estabilidade clínica.

§ 2º O acesso aos leitos na enfermaria especializada em Hospital Geral, de que trata o inciso I
deste artigo, deve ser regulado com base em critérios clínicos e de gestão por intermédio do
Centro de Atenção Psicossocial de referência e, no caso do usuário acessar a Rede por meio deste
ponto de atenção, deve ser providenciado sua vinculação e referência a um Centro de Atenção
Psicossocial, que assumirá o caso.

§ 3º A equipe que atua em enfermaria especializada em saúde mental de Hospital Geral, de que
trata o inciso I deste artigo, deve ter garantida composição multidisciplinar e modo de
funcionamento interdisciplinar.

§ 4º No que se refere ao inciso II deste artigo, em nível local ou regional, compõe a rede
hospitalar de retaguarda aos usuários de álcool e outras drogas, observando o território, a lógica
da redução de danos e outras premissas e princípios do SUS.

Art. 11. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial nas Estratégias de
Desinstitucionalização os Serviços Residenciais Terapêuticos, que são moradias inseridas
na comunidade, destinadas a acolher pessoas egressas de internação de longa permanência
(dois anos ou mais ininterruptos), egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia,
entre outros.

§ 1º O componente Estratégias de Desinstitucionalização é constituído por iniciativas que visam


a garantir às pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas, em situação de internação de longa permanência, o cuidado integral por
meio de estratégias substitutivas, na perspectiva da garantia de direitos com a promoção de
autonomia e o exercício de cidadania, buscando sua progressiva inclusão social.

§ 2º O hospital psiquiátrico pode ser acionado para o cuidado das pessoas com transtorno
mental nas regiões de saúde enquanto o processo de implantação e expansão da Rede de
Atenção Psicossocial ainda não se apresenta suficiente, devendo estas regiões de saúde
priorizar a expansão e qualificação dos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial para
dar continuidade ao processo de substituição dos leitos em hospitais psiquiátricos.

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§ 3º O Programa de Volta para Casa, enquanto estratégia de desinstitucionalização, é uma


política pública de inclusão social que visa contribuir e fortalecer o processo de
desinstitucionalização, instituída pela Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003, que provê auxílio
reabilitação para pessoas com transtorno mental egressas de internação de longa permanência.

Art. 12. O componente Reabilitação Psicossocial da Rede de Atenção Psicossocial é composto


por iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos
solidários/cooperativas sociais.

§ 1º As ações de caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por meio da inclusão


produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental ou com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em iniciativas de geração de
trabalho e renda/empreendimentos solidários/ cooperativas sociais.

§ 2º As iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos


solidários/cooperativas sociais de que trata o § 1º deste artigo devem articular
sistematicamente as redes de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis
no território para garantir a melhoria das condições concretas de vida, ampliação da
autonomia, contratualidade e inclusão social de usuários da rede e seus familiares.

Art. 13. A operacionalização da implantação da Rede de Atenção Psicossocial se dará pela


execução de quatro fases:

I - Fase I - Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial:


a) realização pelo Colegiado de Gestão Regional (CGR) e pelo Colegiado de Gestão da Secretaria
de Estado de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF), com o apoio da SES, de análise da situação
de saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas, com dados primários, incluindo dados demográficos e
epidemiológicos, dimensionamento da demanda assistencial, dimensionamento da oferta
assistencial e análise da situação da regulação, da avaliação e do controle, da vigilância

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epidemiológica, do apoio diagnóstico, do transporte e da auditoria e do controle externo, entre


outros;

b) pactuação do Desenho da Rede de Atenção Psicossocial no CGR e no CGSES/DF;

c) elaboração da proposta de Plano de Ação Regional, pactuado no CGR e no CGSES/DF, com a


programação da atenção à saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, incluindo as atribuições, as
responsabilidades e o aporte de recursos necessários pela União, pelo Estado, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios envolvidos; na sequencia, serão elaborados os Planos de Ação
Municipais dos Municípios integrantes do CGR;

d) estímulo à instituição do Fórum Rede de Atenção Psicossocial que tem como finalidade a
construção de espaços coletivos plurais, heterogêneos e múltiplos para participação cidadã na
construção de um novo modelo de atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e
com necessidades decorrentes do uso de crack,álcool e outras drogas, mediante o
acompanhamento e contribuição na implementação da Rede de Atenção Psicossocial na Região;

II - Fase II - adesão e diagnóstico:

a) apresentação da Rede de Atenção Psicossocial no Estado, Distrito Federal e nos Municípios;

b) apresentação e análise da matriz diagnóstica, conforme o Anexo I a esta Portaria, na Comissão


Intergestores Bipartite (CIB), no CGSES/DF e no CGR;

c) homologação da região inicial de implementação da Rede de Atenção Psicossocial na CIB e


CGSES/DF;

d) instituição de Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, formado pela SES,
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e apoio institucional do
Ministério da Saúde, que terá como atribuições:

1. mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase;


2. apoiar a organização dos processos de trabalho voltados a
implantação/implementação da rede;

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3. identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase;


4. monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede;

e) contratualização dos Pontos de Atenção;

f) qualificação dos componentes;

III - Fase 3 - Contratualização dos Pontos de Atenção:

a) elaboração do desenho da Rede de Atenção Psicossocial;

b) contratualização pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município dos pontos
de atenção da Rede de Atenção Psicossocial observadas as responsabilidades definidas para
cada componente da Rede;

c) instituição do Grupo Condutor Municipal em cada Município que compõe o CGR, com apoio
institucional da SES;

IV - Fase 4 - Qualificação dos componentes:

a) realização das ações de atenção à saúde definidas para cada componente da Rede, previstas
nos arts. 6° ao 12 desta Portaria; e

b) cumprimento das metas relacionadas às ações de atenção à saúde, que deverão ser definidas
na matriz diagnóstica para cada componente da Rede serão acompanhadas de acordo com o
Plano de Ação Regional e dos Planos de Ações Municipais.

Art. 14. Para operacionalização da Rede de Atenção Psicossocial cabe:

I - à União, por intermédio do Ministério da Saúde, o apoio à implementação, financiamento,


monitoramento e avaliação da Rede de Atenção Psicossocial em todo território nacional;

II - ao Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, apoio à implementação, coordenação


do Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, financiamento, contratualização
com os pontos de atenção à saúde sob sua gestão, monitoramento e avaliação da Rede de
Atenção Psicossocial no território estadual de forma regionalizada; e

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III - ao Município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, implementação, coordenação do


Grupo Condutor Municipal da Rede de Atenção Psicossocial, financiamento, contratualização
com os pontos de atenção à saúde sob sua gestão, monitoramento e avaliação da Rede De
Atenção Psicossocial no território municipal.

Art. 15. Os critérios definidos para implantação de cada componente e seu financiamento, por
parte da União, serão objetos de normas específicas a serem publicadas pelo Ministério da
Saúde.

Art. 16. Fica constituído Grupo de Trabalho Tripartite, coordenado pelo Ministério da Saúde, a
ser definido por Portaria específica, para acompanhar, monitorar, avaliar e se necessário,
revisar esta Portaria em até cento e oitenta dias.

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2 – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

1. (PREF. CARLÓPOLIS – FAFIPA – 2016) Considere a afirmação abaixo:

Os ____________________ são instituições destinadas a acolher os pacientes com


_________________________, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas
de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Sua característica
principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu
“território”, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida quotidiana de usuários e familiares.
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas.

(A) Lares temporários – problemas de abandono.

(B) CREAS – problemas familiares e de violação de direitos.

(C) Lares temporários – pais ausentes.

(D) CAPS – transtorno mental.

COMENTÁRIOS:

O espaço que atende os pacientes em seu território, que busca uma integração com a sua vida
cotidiana e social é o CAPS, cujo público são pacientes com transtornos mentais.

RESPOSTA: D.

2. (PREF. DOUTOR ULYSSES – FAFIPA – 2016) Com relação aos psicólogos em equipes
interdisciplinares, assinale a alternativa CORRETA.

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(A) No caso de instituições que possuam equipes multiprofissionais constituídas por psicólogos,
enfermeiros, assistentes sociais ou pedagogos, os psicólogos poderão ministrar medicamentos
somente em casos de orientação junto a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,
farmacêuticos e médicos.

(B) Caso o psicólogo tome conhecimento do exercício ilegal de profissão por um psicólogo ou
outro profissional, deverá orientá-lo e encaminhá-lo ao órgão competente.

(C) Os psicólogos que integram uma equipe multiprofissional devem ser cautelosos ao serem
solicitados a colaborar com outros profissionais, tendo sempre em foco que não podem assumir
atividades que sejam privativas de outra profissão.

(D) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Os psicólogos não podem administrar medicamentos, nem em equipes


multidisciplinares.

(B) INCORRETA. Deve fazer denúncia junto ao Conselho.

(C) CORRETA. Deve-se ter o cuidado de respeitar os limites de cada profissão.

(D) INCORRETA. A letra C está correta.

3. (PREF. UNIFLOR – FAFIPA – 2016) A respeito da Reforma Psiquiátrica, assinale a alternativa


CORRETA.

(A) A Reforma Psiquiátrica caracteriza-se pela crítica e manutenção do tratamento e das


instituições psiquiátricas, pela defesa dos direitos humanos e o resgate da cidadania das pessoas
com transtornos mentais.

(B) O movimento da Reforma Psiquiátrica objetiva a manutenção do sistema de tratamento


clínico da doença mental através de internações.

(C) O modelo da Reforma Psiquiátrica propõem a substituição dos hospitais psiquiátricos por
uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial.

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(D) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Não busca a manutenção das instituições psiquiátricas.

(B) INCORRETA. Não busca a continuidade das internações.

(C) CORRETA. É a sua proposta.

(D) INCORRETA. A letra C está correta.

4. (PREF. UNIFLOR – FAFIPA – 2016) A respeito da caracterização dos Centros de Atenção


Psicossocial (CAPS), assinale a alternativa CORRETA:

(A) Os CAPs fazem o direcionamento local das políticas e programas de Saúde Mental,
desenvolvendo projetos terapêuticos e comunitários, não dispensando medicamentos.

(B) O CAPS tem a missão de dar um atendimento diuturno às pessoas que sofrem de transtorno
mentais leves, num dado território, oferecendo cuidados clínicos e de reabilitação psicossocial.

(C) O CAPS tem como objetivos manter o modelo hospitalocêntrico, através de internações e da
inclusão social dos usuários e de suas famílias.

(D) O CAPS é um espaço de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos
mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência
justifiquem sua permanência.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Nem todos os casos necessitam de medicação.

(B) INCORRETA. O foco não é em transtornos mentais leves e sim nos graves.

(C) INCORRETA. Busca descontruir o modelo hospitalocêntrico.

(D) CORRETA. De acordo com sua proposta.

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5. (PREF. MATELÂNDIA – FAFIPA – 2015) As oficinas terapêuticas funcionam como um dos


elementos organizador do cotidiano nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). São
estratégias de cuidado, interação e socialização. Sendo assim, assinale a alternativa
INCORRETA:

I. Os CAPS são definidos como dispositivos comunitários e regionalizados que oportunizam


assistência de alcance intersetorial e reabilitação psicossocial pelo acesso ao trabalho, lazer,
educação, cultura, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e
comunitários aos sujeitos em sofrimento mental.

II. As oficinas são caracterizadas pelo Ministério da Saúde (MS) como atividades grupais
destinadas à socialização familiar e social dos usuários, à expressão de sentimentos e emoções,
ao desenvolvimento de habilidades, da autonomia e ao exercício da cidadania.

III. As oficinas terapêuticas realizadas nos CAPS são espaços de interação e socialização que
visam à inserção do usuário em um espaço social, por meio de atividades que promovem a
expressão de sentimentos e vivências.

(A) Apenas uma alternativa correta

(B) Apenas uma alternativa incorreta

(C) Nenhuma alternativa correta

(D) Todas alternativas corretas

COMENTÁRIOS:

I – CORRETA. Os CAPS buscam a reabilitação psicossocial.

II – CORRETA. Definição correta das oficinas.

III- CORRETA. As oficinas buscam a socialização e a integração dos pacientes.

RESPOSTA: D.

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6. PREF. FLORAÍ – FAFIPA – 2015) Com relação à Reforma Psiquiátrica e a mudança do modelo
assistencial em saúde mental, assinale a alternativa CORRETA:

(A) A Reforma Psiquiátrica teve início com o movimento da Luta Antimanicomial na Itália em
meados do século XIX e no Brasil teve início na década de 50.

(B) A Reforma Psiquiátrica caracteriza-se pelo tratamento em instituições psiquiátricas e pela


defesa dos direitos humanos e da cidadania das pessoas com transtornos mentais.

(C) O modelo da Reforma Psiquiátrica propõe a substituição dos hospitais psiquiátricos por uma
rede de serviços territoriais de atenção psicossocial, com vista à integração da pessoa que sofre
de transtornos mentais à comunidade.

(D) O movimento da Reforma Psiquiátrica objetiva o sistema de tratamento clínico da doença


mental e a internação de pessoas com transtornos mentais.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. A Reforma Psiquiátrica teve início no século XX, tanto na Itália quanto no
Brasil.

(B) INCORRETA. Seu objetivo é superar o tratamento em instituições psiquiátricas.

(C) CORRETA. São seus objetivos.

(D) INCORRETA. Não busca a internação das pessoas com transtornos mentais.

7. (DPE-SP – FCC – 2009) Diversos dispositivos legais tem sido criados com a finalidade de
melhorar a qualidade do atendimento em saúde mental. São sem dúvida um reflexo do
processo da reforma psiquiátrica brasileira e da luta antimanicomial, iniciada a partir dos
anos 80 e que levou ao surgimento de serviços alternativos de saúde mental, como por
exemplo, as transformações decorrentes da Lei no 10.216/01 aprovada no Brasil, que
dispõe sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o

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modelo assistencial de saúde. Podemos citar como um dos substitutivos a uma saúde mental
centrada no hospital o

(A) Conselho Tutelar.

(B) Pronto Socorro de Urgência Psiquiátrica.

(C) Delegacia da Defesa da Mulher.

(D) Alojamento Conjunto.

(E) Centro de Atenção Psicossocial.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Ligado a proteção da criança e do adolescente.

(B) INCORRETA. Não é reflexo da luta antimanicomial.

(C) INCORRETA. Serviço ligado à proteção da mulher.

(D)INCORRETA. Não existe esse serviço.

(E) CORRETA. O CAPS é o dispositivo que marca a nova política de saúde mental.

8. (FUNDASUS – AOCP – 2015) A Reforma Psiquiátrica, iniciada nos anos 70 no Brasil,


prevê

(A) aumento do número de leitos em hospitais psiquiátricos.

(B) diminuição do número de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).

(C) transferência de todos os pacientes dos hospitais psiquiátricos para hospitais gerais.

(D) redução de leitos em hospitais psiquiátricos e desinstitucionalização de pessoas com


longo histórico de internações.

(E) aumento do número de médicos e enfermeiros nos hospitais


psiquiátricos.

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COMENTÁRIO

(A) INCORRETA. Prevê diminuição/extinção dos hospitais psiquiátricos.

(B) INCORRETA. Prevê a instituição dos CAPS.

(C) INCORRETA. Não é essa a recomendação.

(D) CORRETA. São objetivos da Reforma psiquiátrica.

(E) INCORRETA. Visa acabar com o modelo dos hospitais psiquiátricos.


==0==

9. (PREF. ANGRA DOS REIS/RJ – AOCP – 2015) A Reforma Psiquiátrica iniciou em favor de
mudanças no modelo de atenção à saúde. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.

(A) Foi um movimento liderado pelos hospitais psiquiátricos, visando garantir direitos aos
pacientes internados.

(B) Tem o intuito de manter o modelo hospitalocêntrico e


a mercantilização da loucura.

(C) O Programa de volta para casa consiste em um auxílio com passagem/condução a pacientes
egressos de internamentos, que não têm condições financeiras e que desejam voltar para a
família.

(D) O modelo da Reforma Psiquiátrica visa à substituição progressiva dos leitos psiquiátricos
por uma rede de atenção à saúde mental.

(E) Residência terapêutica garante moradia a todas as pessoas egressas de hospitais


psiquiátricos que queiram permanecer. Nesse espaço, o paciente convive com outras 20
pessoas e tem um cuidador designado para auxiliá-los.

COMENTÁRIO

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(A) INCORRETA. Não foi liderada pelos hospitais psiquiátricos.

(B) INCORRETA. Visa acabar com o modelo hospitalocêntrico.

(C) INCORRETA. O programa busca contribuir para o processo de inserção social


das pessoas internadas em hospitais psiquiátricos, através do pagamento
mensal de um auxílio-reabilitação, no valor de R$240,00.

(D) CORRETA. É um dos seus objetivos.

(E) INCORRETA. Tem-se, geralmente, oito pacientes.

10. (PREF. ANGRA DOS REIS/RJ – AOCP – 2015) Local de referência e tratamento
em regime de atenção diária para pessoas que sofrem com transtornos mentais,
psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja constância ou a severidade do
transtorno justifiquem um tratamento de cuidado intensivo e personalizado, serviço
substituto aos hospitais psiquiátricos, possibilitando que o indivíduo tenha seu
convívio social mantido, por não se tratar de tratamento em tempo integral. Essa
descrição se refere

(A) a emergências psiquiátricas.

(B) a residências terapêuticas.

(C) ao centro de Atenção Psicossocial.

(D) à estratégia Saúde da Família

(E) a grupos operativos

COMENTÁRIO

(A) INCORRETA. Não é um serviço de atenção diária.

(B) INCORRETA. Não é um tratamento em tempo integral.

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(C) CORRETA. É a descrição do CAPS.

(D) INCORRETA. Não é o serviço característico para tratar de transtornos


mentais.

(E) INCORRETA. Grupos operativos constituem uma forma de


terapia.

11. (PREF. LUNARDELI – FAFIPA – 2015) Em relação aos pacientes atendidos no


CAPS assinale a alternativa CORRETA:

(A) Crianças e adolescentes com transtornos mentais não são atendidos pelo CAPS.

(B) A atual Política Nacional em Saúde Mental visa o aumento do número de leitos em
Hospitais Psiquiátricos.

(C) As pessoas atendidas nos CAPS são apenas aquelas que apresentam sofrimento
psíquico leve.

(D) As pessoas atendidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são aquelas que
apresentam intenso sofrimento psíquico, que lhes impossibilita de viver e realizar
seus projetos de vida.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. São pacientes do CAPS sim.

(B) INCORRETA. Visa diminuir o número de leitos em Hospitais Psiquiátricos.

(C) INCORRETA. São atendidos também, e principalmente, pessoas com sofrimento


psíquico grave.

(D) CORRETA. São o público alvo do CAPS.

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12. (PREF. SANTA FÉ – FAFIPA – 2015) No que se trata de pacientes egressos de


internações psiquiátricas, é CORRETO afirmar:

I. Após a mudança de paradigmas proposta no movimento que culminou na Reforma


Psiquiátrica, ocorreu o desenvolvimento de novos e mais eficientes psicofármacos,
além de programas multidisciplinares para melhorias na manutenção do tratamento.

II. A assistência profissional em saúde mental é o reflexo de inúmeras discussões e


mudanças que culminaram no processo de desinstitucionalização do cuidado aos
doentes.

III. A internação psiquiátrica é atualmente indicada para casos graves quando foram
esgotados os recursos extra-hospitalares para o tratamento ou manejo do problema,
sendo proibida a internação de pessoas em instituições com características asilares.

IV. A finalidade centra-se, na estabilização do paciente, minimizando riscos,


levantando necessidades psicossociais, ajustando o tratamento psicofarmacológico e
a reinserção social do paciente em seu meio.

(A) Apenas uma alternativa está correta.

(B) Apenas uma alternativa está incorreta.

(C) Todas estão corretas.

(D) Nenhuma está correta.

COMENTÁRIOS:

I – CORRETA. Além das melhoras nos psicofármacos, a proposta de atendimento é


multidisciplinar.

II – CORRETA. As mudanças foram resultados de muitas discussões e de muita luta,


buscando-se a desinstitucionalização dos pacientes.

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III – CORRETA. A internação somente é indicada nesses casos, mas é proibido a


internação em instituições com características asilares.

IV – CORRETA. Busca-se a estabilização do paciente e a sua reinserção social

RESPOSTA: C.

13. (UFFS – FAFIPA – 2014) De acordo com a Política de Saúde Mental, analise as
assertivas e assinale a alternativa CORRETA:

(A) É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a


assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais,
com a devida participação da sociedade e da família.

(B) A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os


recursos extra-hospitalares se mostrarem suficientes.

(C) A internação psiquiátrica somente será realizada mediante atestado judicial


circunstanciado que caracterize os seus motivos.

(D) Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos poderão ser


realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal.

(E) A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo


poder legislativo competente, que levará em conta as condições de segurança do
estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e
funcionários.

COMENTÁRIOS:

(A) CORRETA. É uma responsabilidade do Estado, mas devendo contar com a


participação da família e da sociedade.

(B) INCORRETA. A internação, em qualquer de suas modalidades, só será


indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

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(C) INCORRETA. Não há tal previsão.

(D) INCORRETA. É essencial o consentimento do paciente ou de seu representante


legal.

(E) INCORRETA. A internação compulsória não é determinada pelo Poder Legislativo.

14. (PREF. MARIA HELENA – FAFIPA – 2014) A atenção de saúde mental deve ser
prestada dentro de uma rede de cuidados e estão incluídos nesta rede os Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS). Com relação aos CAPS, assinale a alternativa CORRETA:

(A) Os CAPS têm a missão de dar um atendimento às pessoas que sofrem com
transtornos mentais leves, oferecendo cuidados clínicos com a prioridade a
internações.

(B) A reinserção social não pode ocorrer a partir do CAPS, esta reinserção ocorre a
partir de outras equipes de saúde mental, sempre em direção à comunidade.

(C) Os CAPS desenvolvem projetos terapêuticos e comunitários e fazem uso exclusivo


de medicamentos.

(D) Os CAPS acolhem pacientes com transtornos mentais, estimulam sua integração
social e familiar, apoiam a busca da autonomia e oferecem atendimentos médicos e
psicológicos.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Os CAPS não priorizam as internações.

(B) INCORRETA. A reinserção pode e ocorre sim a partir do CAPS.

(C) INCORRETA. Existem oficinas terapêuticas, atendimentos psicológicos, oficinas


de geração de renda, etc.

(D) CORRETA. Buscam a autonomia dos pacientes com transtornos mentais.

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15. (AL/MT – FGV -2013) O processo de modificação da assistência em saúde mental no Brasil
foi iniciado na década de 70 com a substituição do modelo hospitalocentrico. A esse respeito,
assinale a afirmativa correta:

(A) no modelo de atenção psicossocial brasileiro, há manifesta preocupação com o impacto da


atuação nos CAPS sobre a equipe de saúde.

(B) o adoecimento de trabalhadores ligados a programas de CAPS não é comum

(C) na atualidade, há medidas de prevenção de sofrimento mental do trabalhador que atua no


CAPS.

(D) a criação de espaços de reflexão tem efeitos positivos sobre os trabalhadores em saúde
mental.

(E) na atualidade, há inúmeros programas de capacitação para profissionais que atuam na área.

COMENTÁRIOS

(A) INCORRETA. Não há essa preocupação.

(B) INCORRETA. O adoecimento de profissionais que trabalham com a saúde mental, de modo
geral, tem aumentado.

(C) INCORRETA. Não há medidas sistematizadas de prevenção.

(D) CORRETA. Como não há medidas sistematizadas de prevenção, a promoção de espaços de


reflexão em que pode falar sobre suas angústias é um importante dispositivo para o cuidado
com a saúde do trabalhador.

(E) INCORRETA. A capacitação para esses profissionais é muito deficitária.

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16. (SUSAM – FGV – 2014)


Em relação ao atendimento realizado no CAPS, analise as afirmativas a seguir.

I. O atendimento realizado no CAPS consiste em consultas terapêutica individuais.
II. As oficinas terapêuticas são desenvolvidas a partir dos interesse dos usuários e das
possibilidades dos técnicos que atuam no CAPS.
III. As oficinas realizadas no CAPS compreendem as oficinas expressivas e a geradoras de
renda.
Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas

(E) e somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

COMENTÁRIOS

I – INCORRETA. O atendimento no CAPS pode ser tanto individual quanto coletivo, por meio de
grupos e oficinas terapêuticas.

II – CORRETA. As oficinas terapêuticas são desenvolvidas de acordo com as demandas dos


usuários e do que o serviço e os profissionais podem oferecer, como os recursos materiais.

III – INCORRETA. As oficinas dos CAPS não têm o objetivo de gerar uma renda, isso pode ser
fruto de iniciativas de cada usuário, com o que aprende no CAPS.

RESPOSTA: B.

17. (CÂMARA DE RECIFE/PE – FGV – 2014) A Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, dispõe
sobre os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental. Faz parte das
estratégias da Reforma Psiquiátrica para a mudança na atenção em Saúde Mental no Brasil:

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(A) a imediata erradicação dos leitos psiquiátricos.

(B) a concentração do modelo hospitalocêntrico nos municípios mais populosos.

(C) a criação de residências terapêuticas para pacientes egressos de manicômios e suas famílias.

(D) o protagonismo dos interditandos psiquiátricos na escolha de seus curadores;

(E) a construção de uma rede comunitária de cuidados.

COMENTÁRIOS

(A) INCORRETA. Os hospitais ainda podem ter alguns leitos psiquiátricos.

(B) INCORRETA. O movimento da reforma surge justamente para acabar com a hospitalização
de pessoas com transtorno.

(C) INCORRETA. As residências terapêuticas são para pessoas com que perderam o vínculo
familiar.

(D) INCORRETA. Não se aplica, pois não é esse o protagonismo que a reforma prega.

(E) CORRETA. Nas diretrizes da reforma psiquiátrica fica evidente a importância da construção
de uma rede comunitária para os cuidados, como os CAPS e as residências terapêuticas.

18. (PREFEITURA DE OSASCO/SP –FGV- 2014) A Reforma Psiquiátrica Brasileira (RFB)


consolidou-se ao longo das duas últimas décadas depois de um movimento amplo e organizado
de luta antimanicomial, consolidando marcos legais e normativos de suma importância.
Ultimamente a inclusão do usuário de drogas, em particular do Crack, vem suscitando novos
debates no contexto da assistência em saúde mental. A alternativa que NÃO pertence às
diretrizes defendidas pela RFB é:

(A) fomentar um modelo de atenção psiquiátrica baseado na comunidade e não centrado no


hospital.

(B) instituir os serviços residenciais terapêuticos a fim de viabilizar a reabilitação psicossocial


assistida de pacientes institucionalizados.

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C) defender ações em rede na Atenção Básica, nos Ambulatórios Especializados, nos CAPS AD,
nas Unidades Residenciais Transitórias, nos Serviços Residenciais Terapêuticos, nos leitos em
Hospitais Gerais e nas pequenas enfermarias especializadas.

(D) enfatizar os Pontos de Encontro, os Centros de Convivência e as Oficinas de Geração de


Renda e Trabalho.

(E) fortalecer a criação e ampliação das comunidades terapêuticas para o tratamento específico
de usuários de drogas, com ênfase na abstinência.

COMENTÁRIOS

A reforma psiquiátrica em conjunto com a luta antimanicomial consolidou marcos legais


importantes para o cuidado as pessoas com transtorno mental, entre eles os modelos
substitutivos ao manicômio, como as residências terapêuticas e os CAPS. A reforma busca
fortalecer também o atendimento comunitários, promovendo assim a reinserção social, pois
com isso podem ser fortalecidos pontos de encontro no território, como em centros de
convivência.

Com a luta antimanicomial não se fortalece a inserção dos usuários de crack em comunidades
terapêuticas, justamente por essas trabalharem o a ênfase na abstinência, visto que a luta apoia
a perspectiva da redução de danos.

RESPOSTA: E.

19. (PREFEITURA DE OSASCO/SP –FGV- 2014) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),


entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma
Psiquiátrica Brasileira. Os CAPS são os articuladores estratégicos da rede de atenção às pessoas
com transtornos mentais e da política de saúde mental num determinado território, por meio
da seguinte linha de ação:

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(A) prestação de atendimento clínico em regime de atenção mensal, evitando assim as


internações em hospitais psiquiátricos.

(B) promoção da inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações
intersetoriais.

(C) regulação da porta de entrada da rede manicomial de saúde mental na sua área de atuação.

(D) fornecimento de suporte à atenção à saúde mental na rede básica e hospitalar.

(E) implementação e gestão dos serviços residenciais terapêuticos destinados a egressos do


sistema asilar.

COMENTÁRIOS

(A) INCORRETA. O CAPS presta serviços diários as pessoas com transtorno mental.

(B) CORRETA. Os CAPS são os articuladores estratégicos da rede de atenção destinado a


pessoas com transtorno mental, que promovem ações intersetoriais ligados a encontros em
centros de conivência, ações de empregabilidade, articulação com unidades de saúde e
residências terapêuticas, para promover a inserção social.

(C) INCORRETA. CAPS é um serviço substitutivo, criado para não haver mais internações em
manicômios.

(D) INCORRETA. O CAPS é o articulador principal.

(E) INCORRETA. O CAPS é um serviço substitutivo assim como a residência terapêutica.

20. (MPE/MS –FGV-2013) Nos CAPs devem ser oferecidas várias modalidades de atendimento
aos pacientes. A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta.

(A) O atendimento medicamentoso que se fizer necessário será providenciado por meio do
CAPs.

(B) O paciente deve ter um Projeto de Acompanhamento Individualizado.

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(C) O paciente deve ter um técnico de referência, escolhido entre os psiquiatras e psicólogos
que atuam no local.

(D) Ao paciente devem ser propostas oficinas de convivência.

(E) Ao paciente devem ser propostas atividades terapêuticas grupais e acompanhamento


familiar.

COMENTÁRIOS

Os Caps devem oferecer medicamentos quando necessários, assim como elaborar um projeto
terapêutico singular ou projeto de acompanhamento individual, para que se possa nortear as
condutas do tratamento em parceria com o próprio usuário. E uma dessas condutas pode ser a
proposta de oficinas de convivência e terapêuticas, que possibilite uma integração com os
outros. É fundamental um técnico de referência, mas essa função não está restrita ao psicólogo
e psiquiátrica.

RESPOSTA: C.

21. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – VUNESP -2012) As práticas realizadas
nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) têm como uma de suas características:

(A) dedicarem-se ao tratamento de pessoas com transtornos mentais de baixa complexidade.

(B) ocorrerem em ambiente aberto, acolhedor e inserido na cidade e no bairro.

(C) promoverem atenção em saúde mental com caráter assistencialista e ambulatorial.

(D) prepararem os usuários para internações necessárias nos hospitais psiquiátricos da rede.

(E) eliminarem a prática de atendimentos psicológicos e psiquiátricos em caráter individual.

COMENTÁRIOS

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(A) INCORRETA. Os CAPS atendem pessoas com transtornos mentais de todas as


complexidades.

(B) CORRETA. O CAPS é inserido na rotina de um bairro, justamente para evitar-se a prática de
segregação da população que frequenta esse espaço, além de ser um ambiente acolhedor.

(C) INCORRETA. O CAPS não promove uma prática a saúde ambulatorial e muito menos
assistencialista.

(D) INCORRETA. O CAPS é um serviço substitutivo aos hospitais psiquiátricos. Foi criado
justamente para que as internações não sejam a primeira opção.

(E) INCORRETA. O CAPS oferece vários tipos de atendimentos, tanto em grupo, quanto
individual e ambos são fundamentais para o tratamento.

22. (PREFEITURA DE ARAJÁ/SP – VUNESP 2015) Os CAPSs (Centros de Atenção Psicossocial)


têm papel estratégico na Política Nacional de Saúde Mental. Sua função principal é:

(A) prevenir a drogadicção e o abuso de substância da população mais vulnerável a esses


problemas.

(B) conscientizar a comunidade do seu papel na prevenção de problemas mentais e sociais que
levem à marginalização.

(C) buscar integrar pacientes com transtornos mentais a um ambiente social e cultural concreto,
designado como seu “território”.

(D) assegurar o atendimento médico-hospitalar aos moradores da região em que estão


instalados.

(E) proteger crianças e adolescentes contra o abuso físico ou sexual, mantendo-as afastadas de
áreas ou ambientes de risco.

COMENTÁRIOS

(A) INCORRETA. Não compete como principal função a prevenção, mas sim o acolhimento das
pessoas que chegam por essa questão.

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(B) INCORRETA. A conscientização é um papel dos equipamentos de saúde, não só do CAPS.

(C) CORRETA. O principal objetivo é integrar essas pessoas no território, permitindo a


construção de laços sociais.

(D) INCORRETA. O CAPS não é um serviço hospitalar.

(E) INCORRETA. Não compete ao CAPS essa questão.

23. (PREFEITURA DE ALUMÍNIO/SP – VUNESP – 2016) Por meio da prática matricial é


possível que a realização do trabalho das Unidades Básicas de Saúde conte com a participação
de diversas especialidades médicas, e outras categorias profissionais, junto aos profissionais
que compõem as equipes de referência em atenção básica à saúde. Inicialmente, a atenção
horizontalizada proposta por esse modelo foi voltada à saúde mental. A prática do
matriciamento:

(A) implementa a resolubilidade na atenção primária e capacita os profissionais para uma


prática mais integrativa, além de facilitar a articulação das redes de saúde.

(B) facilita o encaminhamento dos casos mais complexos que procuram atendimento nas
unidades básicas de saúde para os diversos especialistas disponíveis na rede.

(C) possibilita o atendimento em saúde mental ou outra especialidade em um único local,


facilitando a troca de informações entre os profissionais e diminuindo os custos.

(D) garante que todas as intervenções com caráter psicossocial e coletivo sejam realizadas por
profissionais qualificados (matriciadores), e não pela equipe da unidade.

(E) permite maior eficácia no atendimento oferecido à população, evitando a necessidade de


articulação e encaminhamentos a outros equipamentos em saúde mental.

COMENTÁRIOS

(A) CORRETA. O objetivo do matriciamento é capacitar os profissionais para o trabalho de uma


forma mais articulada, logo promover o trabalho em rede e o que facilita pensar a resolução dos
casos e as condutas adequadas.

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(B) INCORRETA. Não se trata de facilitar o encaminhamento para profissionais, mas sim pensar
como os encaminhamentos acontecem e como a unidade de saúde pode dar suporte.

(C) INCORRETA. O objetivo é instrumentalizar os profissionais além de possibilitar uma


integração em rede, não diz respeito ao local que isso é feito.

(D) INCORRETA. O matriciamento não visa desqualificar os profissionais da unidade de saúde,


mas sim que tanto matriciadores quando profissionais da unidade possam trabalhar em rede.

(E) INCORRETA. Possibilita maior eficácia, mas não impede os encaminhamentos, pois estes
também são importantes.

24. (UNESP – VUNESP – 2012) Como destaca o documento: Saúde Mental no SUS: os Centros
de Atenção Psicossocial (2004), um dos objetivos da política em saúde mental em relação aos
familiares dos portadores de transtornos mentais é o de:

(A) esclarecê-los em relação à sua responsabilidade na produção do adoecimento psíquico.

(B) transformá-los em parceiros no tratamento e participantes nos projetos terapêuticos.

(C) acolhê-los no período de afastamento necessário durante os processos de atendimento.

(D) conscientizá-los sobre a importância de eles também realizarem atendimento psicológico.

(E) instrumentalizá-los para socorrerem o membro da família adoecido durante suas crises.

COMENTÁRIOS

(A) INCORRETA. Essa é uma prática que visa culpabilizá-los, não sendo o objetivo da política.

(B) CORRETA. O objetivo da política é poder contar com os familiares, para que estes também
sejam o suporte no momento do tratamento e possam participar juntamente com o usuário do
projeto terapêutico.

(C) INCORRETA. Acolhe-os durante todo o processo de acompanhamento.

(D) INCORRETA. Não é o objetivo.

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(E) INCORRETA. Não é um objetivo da política, mas essa orientação pode ser feita por
profissionais dos setores.

25. (PREF. DE SERTÃOZINHO – VUNESP – 2018) As oficinas terapêuticas são uma das
principais formas de tratamento oferecidas pelos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS. As
oficinais terapêuticas propõem uma série de atividades que

(A) devem atender, fundamentalmente, aos interesses determinados pelos técnicos


encarregados do serviço para a reabilitação dos usuários.

(B) podem ser definidas de acordo com os interesses dos usuários, das possibilidades dos
técnicos ou das necessidades do serviço de saúde.

(C) visam, prioritariamente, a recuperação da capacidade produtiva e a recomposição da renda


dos portadores de transtornos mentais.

(D) possibilitam aos portadores de transtornos mentais um contato mais profundo com a sua
dinâmica psíquica e com as suas limitações afetivas.

(E) eliminam as angústias dos usuários do serviço, favorecendo sua aderência ao tratamento e
às estratégias adotadas para sua recuperação.

COMENTÁRIOS:

A configuração das oficinas pode considerar os interesses dos usuários, as possibilidades das
pessoas que trabalham no serviço e as necessidades do serviço.

RESPOSTA: B.

26. (PREF. DE SERTÃOZINHO – VUNESP – 2018) Os Centros de Convivência e Cooperativa


foram criados, em 1989, na cidade de São Paulo, como um

(A) meio para atuar nas lacunas identificadas em outras instituições de saúde, com o objetivo
de recuperar a cidadania dos portadores de transtornos mentais.

(B) ambiente para conectar as pessoas pelas suas patologias, favorecendo o encontro entre os
iguais para o compartilhamento de experiências.

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(C) modo para oferecer assistência psiquiátrica e psicológica com caráter mais individualizado
aos portadores de transtornos psíquicos.

(D) serviço que tinha como função prioritária na rede de saúde a inclusão dos usuários das
unidades em saúde mental no tecido social.

(E) dispositivo para garantir a renda de portadores de transtornos mentais que, devido à sua
condição, não conseguem inserção no mercado de trabalho.

COMENTÁRIOS:

Nos Centros de Convivência, são desenvolvidas atividades relacionadas a arte, educação, lazer,
cultura e economia solidária, visando estreitar laços sociais e afetivos entre usuárias(os) do
serviço e a comunidade.

Os centros são abertos: qualquer pessoa pode frequentar e participar das suas atividades e não
há necessidade de encaminhamento nem restrições de acesso. Da riqueza dessa experiência
ímpar de inclusão social por meio do encontro das diferenças, surge a necessidade de realizar
um encontro para discutir e problematizar o que são os Centros de Convivência e que lugar de
fato têm ocupado na rede substitutiva...

O Centro de Convivência pegou para si o desafio de discutir a reabilitação psicossocial, a


cidadania, a emancipação do sujeito, o combate ao estigma das pessoas com transtorno mental.

RESPOSTA: D.

27. (MPE/ES – VUNESP – 2013) As equipes multidisciplinares nos Centros de Atenção


Psicossocial (CAPs) têm, como principal objetivo,

A) atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e


fortalecer os laços sociais do usuário em seu território.

B) oferecer serviços complementares aos proporcionados por hospitais psiquiátricos em um


determinado território.

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C) promover o modelo asilar para o atendimento de portadores de transtornos mentais, como


determina a Reforma Psiquiátrica Brasileira.

D) ofertar o abrigamento noturno para usuários de drogas e outras substâncias a fim de


minimizar o risco de reincidência.

E) estimular a integração social de portadores de transtornos mentais a comunidades de


pacientes portadores de patologias similares.

COMENTÁRIOS:

O objetivo do CAPS é atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes,


procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território.

RESPOSTA: A.

28. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – VUNESP -2015) As Redes de Atenção
Psicossocial – RAPS têm como um de seus objetivos gerais

A) oferecer abrigo às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack.

B) encaminhar as pessoas com transtorno mental aos serviços da comunidade.

C) efetivar ações de controle junto aos indivíduos dependentes de álcool.

D) ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral.

E) realizar estudos epidemiológicos que indiquem as demandas das comunidades.

COMENTÁRIOS:

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Art. 3º – São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial:

I - ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;

II - promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes
do uso de crack, álcool e outras

drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e

III - garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território,
qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às
urgências.

RESPOSTA: D.

29. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – VUNESP -2015) A Política de Saúde
Mental preconiza a criação de serviços alternativos para reintegrar as pessoas em desvantagem
no mercado econômico, dentre elas os portadores de transtornos mentais. A alternativa criada
com a finalidade de inserir esses indivíduos junto à comunidade por meio do trabalho é o(a)

A) Empresa Solidária.

B) Oficina terapêutica.

C) Cooperativa Social.

D) Centro de Convivência.

E) Sistema Local de Saúde.

COMENTÁRIOS:

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Art. 12 – O componente Reabilitação Psicossocial da Rede de Atenção Psicossocial é composto


por iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas
sociais.

RESPOSTA: C.

30. (SESACRE – IBFC – 2019) No que concerne as práticas e atendimentos desenvolvidos nos
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), assinale a alternativa correta.

a) Caracterizam por ocorrerem em ambientes fechados, com estrutura física delimitada, cujas
ações valorizam o suporte profissional oferecido ao sujeito

b) Os atendimentos oferecidos nos CAPS deverão ser realizados individualmente, preocupando-


se com o sujeito em sua singularidade, história, cultura e vida cotidiana

c) Cada usuário do CAPS deverá ter um projeto terapêutico individual, isto é, um conjunto de
atendimentos personalizados, que respeitam as particularidades do sujeito e propõem
atividades durante a permanência diária no serviço, segundo suas necessidades

d) As visitas domiciliares, feitas por profissional do CAPS, são prioritariamente realizadas aos
usuários que estejam vivenciando quadros surtos psicóticos

COMENTÁRIOS:

No que concerne as práticas e atendimentos desenvolvidos nos Centros de Atenção


Psicossocial (CAPS), assinale a alternativa correta.


a) INCORRETA.

"De acordo com o Ministério da Saúde,

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'CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Lugar de
referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses
graves e demais quadros, cuja severidade ou persistência justifiquem sua permanência num
dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida, realizando
acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer,
exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.' (BRASIL, 2004)"


b) INCORRETA.

"O trabalho no Centro de Atenção Psicossocial é realizado prioritariamente em espaços coletivos


(grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma articulada com os outros
pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes. O cuidado é desenvolvido através de
Projeto Terapêutico Individual, envolvendo em sua construção a equipe, o usuário e sua família."


c) CORRETA.

"A modalidade de atendimento é definida pela avaliação conjunta da equipe técnica do CAPS, a
partir da avaliação da história de vida de cada sujeito, do grau de comprometimento que
apresenta no momento do ingresso no serviço e pelo potencial de adesão ao tratamento, devendo
ser reavaliado periodicamente com o objetivo de acompanhar a evolução de cada caso.

Cada usuário de CAPS deve ter um projeto terapêutico individual, isto é, um conjunto de
atendimentos que respeite a sua particularidade, que personalize o atendimento de cada pessoa
na unidade e fora dela e proponha atividades durante a permanência diária no serviço, segundo
suas necessidades."

d) INCORRETA.

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"As visitas domiciliares e os atendimentos conjuntos também fazem parte do trabalho territorial.
Não há regras ou critérios rígidos a serem seguidos, a necessidade de realizar visitas domiciliares
é uma decisão conjunta entre ESF e CAPS, de acordo com cada situação e cada família.

Essas ações, geralmente, são realizadas quando se observa situações de maior vulnerabilidade
(conflitos familiares, sofrimento psíquico intenso, auto ou heteroagressividade) ou riscos de
internações psiquiátricas. Em grande parte das vezes, realiza-se a visita com um ou dois
profissionais da Saúde Mental e um ou dois do PSF. Lembramos que a presença do Agente
Comunitário de Saúde – ACS é essencial, pois são eles que possuem o maior vínculo com as
famílias."

31. (SESACRE – IBFC – 2019) O Projeto Terapêutico Singular (PTS) trata-se de um conjunto
de propostas de condutas terapêuticas adotado para condução de casos encaminhados aos
serviços públicos de atendimento em saúde mental. Considere esta estratégia, analise as
afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

a) O plano de atendimento formulado a partir do PTS deve incluir ações formuladas pelo
psicólogo e médico psiquiatra da equipe

b) A divisão de metas de curto, médio e longo prazo, deverá ser negociada com o usuário, pelo
membro da equipe que tiver o melhor vínculo

c) Ao ser elaborado o PTS, é eleito um Terapeuta de Referência (TR), representado pela figura
do psicólogo, o qual monitorará, junto ao usuário, todo o processo de tratamento

d) O “não envolvimento” dos profissionais de saúde com determinadas situações vivenciadas


pelos usuários é o principal mecanismo de ação de cuidado adotado pela equipe para a
realização do PTS

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a) INCORRETA.

"As reuniões para discussão de PTS: de todos os aspectos que já discutimos em relação à reunião
de equipe, o mais importante no caso deste encontro para a realização do PTS é o vínculo dos
membros da equipe com o usuário e a família. (...) Defendemos que os profissionais que tenham
vínculo mais estreito assumam mais responsabilidade na coordenação do PTS. Assim como
o médico generalista ou outro especialista pode assumir a coordenação de um tratamento frente
a outros profissionais, um membro da equipe também pode assumir a coordenação de um projeto
terapêutico singular frente à equipe.


b) CORRETA.

De acordo com o Ministério da Saúde:

"O PTS contém quatro momentos:

1) O diagnóstico: que deverá conter uma avaliação orgânica, psicológica e social, que possibilite
uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do usuário. Deve tentar captar como o
Sujeito singular se produz diante de forças como as doenças, os desejos e os interesses, assim como
também o trabalho, a cultura, a família e a rede social. Ou seja, tentar entender o que o Sujeito faz
de tudo que fi zeram dele.

2) Definição de metas: uma vez que a equipe fez os diagnósticos, ela faz propostas de curto,
médio e longo prazo, que serão negociadas com o Sujeito doente pelo membro da equipe
que tiver um vínculo melhor.

3) Divisão de responsabilidades: é importante definir as tarefas de cada um com clareza.

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4) Reavaliação: momento em que se discutirá a evolução e se farão as devidas correções de rumo."


c) INCORRETA.

O correto seria falar de uma equipe de referência.


d) INCORRETA.

"A presunção de 'não envolvimento' compromete as ações de cuidado e adoece trabalhadores


de saúde e usuários, porque, como se sabe, é um mecanismo de negação simples, que tem eficiência
precária. O melhor é aprender a lidar com o sofrimento inerente ao trabalho em saúde de forma
solidária na equipe (ou seja, criando condições para que se possa falar dele quando ocorrer)."

32. (DIVINÓPOLIS – IBFC – 2018) A Rede de Atenção Psicossocial, cuja finalidade é a criação,
ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no
âmbito do Sistema Único de Saúde, tem uma série de componentes, que possuem como pontos
de atenção.

I. Unidade Básica de Saúde.

II. SAMU.

III. Unidade de Recolhimento.

IV. Enfermaria Especializada em Hospital Geral.

São corretas as seguintes afirmações:

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a) I e IV somente

b) II e III somente

c) I, III e IV somente

d) I, II, III e IV

COMENTÁRIOS:

A portaria 3088, que institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), apresenta estes componentes em seu artigo 5°:

“Art. 5º A Rede de Atenção Psicossocial é constituída pelos seguintes componentes:

I - atenção básica em saúde, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) Unidade Básica de Saúde;

b) equipe de atenção básica para populações específicas:

1. Equipe de Consultório na Rua;

2. Equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório;

c) Centros de Convivência;

II - atenção psicossocial especializada, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades;

III - atenção de urgência e emergência, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) SAMU 192;

b) Sala de Estabilização;

c) UPA 24 horas;

d) portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro;

e) Unidades Básicas de Saúde, entre outros;

IV - atenção residencial de caráter transitório, formada pelos seguintes pontos de atenção:

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a) Unidade de Recolhimento;

b) Serviços de Atenção em Regime Residencial;

V - atenção hospitalar, formada pelos seguintes pontos de atenção:

a) enfermaria especializada em Hospital Geral;

b) serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental
e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas;

VI - estratégias de desinstitucionalização, formada pelo seguinte ponto de atenção:

a) Serviços Residenciais Terapêuticos; e

VII - reabilitação psicossocial.”

Percebemos que todos os componentes apresentados pela questão estão presentes na


portaria.

RESPOSTA: D.

33. (EBSERH – IBFC – 2017) O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço de saúde
aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS), que é referência em tratamento para
pessoas que sofrem com transtornos mentais severos e ou persistentes, incluindo os
transtornos relacionados às substâncias psicoativas. Assinale a alternativa incorreta a respeito
do CAPS.

a) O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência,


realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho,
lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários

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b) Os CAPS tem a responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde mental de seu


território

c) É um serviço de atendimento de saúde mental criado para acontecer de forma simultânea às


internações em hospitais psiquiátricos

d) Os CAPS visam prestar atendimento em regime de atenção diária

e) Podem existir nas modalidades CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS ad e CAPS i

COMENTÁRIOS:

a) Certo. “O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de


abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo
acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e
comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às
internações em hospitais psiquiátricos.”


b) Certo! Veja:

“Os CAPS visam:

• prestar atendimento em regime de atenção diária;

• gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente e personalizado;

• promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam
educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento
dos problemas.

Os CAPS também têm a responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde mental


de seu território;

• dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, PSF (Programa de Saúde
da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde);

• regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área;

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• coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades hospitalares


psiquiátricas que atuem no seu território;

• manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos para a
saúde mental.”


c) Errado! Ele é criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos.


d) Certo! Essa informação está presente no trecho apresentado na letra B.


e) Certo!

“CAPS I – municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes Funciona das 8 às 18
horas

De segunda a sexta-feira

CAPS II – municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes Funciona das 8 às 18
horas

De segunda a sexta-feira

Pode ter um terceiro período, funcionando até 21 horas

CAPS III – municípios com população acima de 200.000 habitantes Funciona 24 horas,
diariamente, também nos feriados e fins de semana

CAPSi – municípios com população acima de 200.000 habitantes Funciona das 8 às 18 horas

De segunda a sexta-feira

Pode ter um terceiro período, funcionando até 21 horas

CAPSad – municípios com população acima de 100.000 habitantes Funciona das 8 às 18 horas

De segunda a sexta-feira

Pode ter um terceiro período, funcionando até 21 horas”

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34. (MGS – IBFC – 2017) Sobre a relação entre a rede básica de saúde e os Centros de Atenção
Psicossociais (CAPS), assinale a alternativa correta.

a) O CAPS deve realizar apoio matricial às equipes da atenção básica, isto é, fornecer-lhes
orientação e supervisão.

b) A rede básicas e os CAPS devem realizar os atendimentos de maneira independente, a fim de


não sobrecarregar o SUS.

c) As visitas domiciliares são dever apenas dos serviços básicos de saúde.

d) Cabe ao CAPS atender exclusivamente os casos já previamente diagnosticados pelas


Unidades Básicas de Saúde.

COMENTÁRIOS:

O CAPS precisa:

a) conhecer e interagir com as equipes de atenção básica de seu território;

b) estabelecer iniciativas conjuntas de levantamento de dados relevantes sobre os principais


problemas e necessidades de saúde mental no território;

c) realizar apoio matricial às equipes da atenção básica, isto é, fornecer-lhes orientação e


supervisão, atender conjuntamente situações mais complexas, realizar visitas domiciliares
acompanhadas das equipes da atenção básica, atender casos complexos por solicitação da atenção
básica;

d) realizar atividades de educação permanente (capacitação, supervisão) sobre saúde mental, em


cooperação com as equipes da atenção básica.

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RESPOSTA: A.

35. (Pref Novo Hamburgo – AOCP – 2020)

Sobre Projeto Terapêutico Singular, assinale a alternativa correta.

a) Considera o sujeito em seu contexto, sua dinamicidade, com ações que favoreçam a
participação ativa e a autonomia. O projeto pode ser pensado para o indivíduo ou para o
coletivo.

b) De perspectiva unidisciplinar, está arraigado à prática e saber tradicional.

c) É o conjunto de objetivos e ações estabelecidos e executados pela equipe


multidisciplinar, pautado no modelo tecnoassistencial.

d) O profissional tem o papel de organizador e executor do Projeto Terapêutico, sendo


singular, voltado exclusivamente ao indivíduo, a partir da articulação entre os profissionais.

e) É pensado a partir de múltiplos olhares, em que cada profissional atua a partir de seu
saber específico, sem interlocução com as demais categorias profissionais, o que fortalece a
interdisciplinaridade.

COMENTARIOS:

a) Certo!

“O Projeto Terapêutico Singular (PTS) traz o singular em substituição ao individual, pautando-se


fundamentalmente no fato de que na saúde coletiva é importante considerar não só o
indivíduo, mas todo o contexto social. Cada usuário tem uma história de vida, construída no seio
familiar e inserida em um meio social. Isso serve para todos, pois cada um é singular e único. Então,
o termo ‘singular’ se mostra mais afinado à dinamicidade e complexidade do cuidado
humano. Contudo, o PTS pode ser pensado, seja para um indivíduo, seja para um coletivo. A
configuração mais próxima do que seja o PTS surge no início da década de 1990, época do auge

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das inquietações quanto às mudanças do modelo tecnoassistencial, com forte influência do


movimento de reforma psiquiátrica italiano, como relatam Oliveira (2010) e Chiaverini (2011).”

b) Errado. O PTS tem perspectiva interdisciplinar, pautada em uma clínica ampliada.

c) Errado. O PTS surge tentando superar o modelo tecnoassistencial.

d) Errado. É voltado não só para o individuo, mas também para o grupo.

“O PT pode assumir novos aspectos e nomenclaturas dependendo do autor. Merhy apresenta o


Projeto Terapêutico Individual (PTI) em que o profissional de saúde assume o papel de gestor e
executor do mesmo, voltado tanto para o indivíduo como para um grupo, articulado tanto
entre os profissionais em si, quanto entre estes e os usuários (OLIVEIRA, 2010)”

e) Errado. Para caracterizar a interdisciplinaridade, é necessário a interlocução entre os


saberes.

36. (Pref Novo Hamburgo – AOCP – 2020)

Quanto às posturas recomendadas à prática na clínica ampliada, assinale a alternativa correta.

a) Estipular ao paciente mudanças de hábitos baseadas em experiências totalmente


novas, as quais ele deve obedecer em todos os aspectos para que o tratamento funcione.

b) Tratamentos e intervenções só fazem bem.

c) Orientar enfaticamente os usuários sobre o que fazer e evitar, falando muito e


demonstrando seu saber.

d) Restrições ajudam o usuário a aderir ao tratamento.

e) Estabelecer vínculo e afeto aumenta as possibilidades de ajudar o usuário.

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COMENTARIOS:

a) Errado. Essas recomendações muito restritas não funcionam.

b) Errado. Intervenções também podem prejudicar o individuo se não forem feitas de forma
adequada.

c) Errado. Fazendo assim, o individuo se irrita se não conseguir seguir as recomendações, o


que provavelmente ele não vai conseguir a risca, gerando culpa.

“É muito importante tentar produzir co-responsabilidade e não culpa. A culpa anestesia, gera
resistência e pode até humilhar. Muitas vezes, entra em funcionamento uma forma inconsciente
da equipe de lidar com as limitações do tratamento transferindo o ônus de um possível fracasso
para o usuário”

d) Errado. “TRABALHAR COM OFERTAS E NÃO APENAS COM RESTRIÇÕES – As mudanças de


hábitos podem ser encaradas como ofertas de experiências novas e não apenas como
restrições. Atividade física pode ser uma prazerosa descoberta, pratos mais adequados podem ser
bons, etc. Se admitirmos que o jeito normal de viver a vida é apenas mais um, e não o único, e que
as descobertas podem ser interessantes, fica mais fácil construir conjuntamente propostas
aceitáveis.”

e) Certo!

“Algumas sugestões práticas

VÍNCULO E AFETOS – Tanto profissionais quanto usuários, individualmente ou coletivamente,


transferem afetos. Um usuário pode associar um profissional com um parente e vice-versa. Um
profissional que tem um parente com diabete não vai sentir-se da mesma forma, ao cuidar de um

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sujeito com diabete, que um profissional que não tem este vínculo afetivo. É necessário aprender a
prestar atenção nesses fluxos de afetos para melhor compreender-se e compreender o outro, e
poder ajudar a pessoa doente a ganhar mais autonomia e lidar com a doença de modo proveitoso
para ela. Nesse processo, a equipe de referência é muito importante, porque os fluxos de afetos de
cada membro da equipe com o usuário e familiares são diferentes, permitindo que as
possibilidades de ajudar o sujeito doente sejam maiores. Sem esquecer que, dentro da própria
equipe estas transferências também acontecem.”

37. (Pref Betim – AOCP – 2020)

A Clínica ampliada surge como uma possibilidade de humanização da atenção e da gestão no


SUS. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.

a) A proposta da clínica ampliada entende que não são apenas os médicos que fazem a
clínica, mas todos os profissionais de saúde, embora o diagnóstico médico já seja suficiente para
a proposição de intervenções.

b) O profissional de saúde na clínica ampliada deve ter como foco combater as doenças,
priorizando o diagnóstico médico enquanto norteador de sua prática.

c) Mesmo na situação de atenção à emergência e durante procedimentos em que o sujeito


está sedado, é imprescindível dialogar com o usuário para um melhor planejamento da
intervenção.

d) Devem ser priorizados a responsabilização e o compartilhamento entre os serviços,


em detrimento do encaminhamento de pacientes.

e) Problemas como a baixa adesão aos tratamentos podem ser resolvidos pela prática
clínica centrada na doença.

COMENTARIOS:

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a) INCORRETA. A questão está baseada no documento "Clínica ampliada, equipe de referência


e projeto terapêutico singular" do Ministério da Saúde.

O diagnóstico médico não é suficiente. Essa afirmativa distorce o seguinte trecho:

"A humanização da atenção e da gestão no SUS é uma prioridade inadiável. Sabemos que, se por
um lado, a falta de recursos compromete a qualidade, por outro, a existência deles pode não ser
suficiente. Se o desafio é humanizar a atenção e a gestão do SUS, temos, também, o desafio de criar
instrumentos para que a clínica e a gestão sejam pensadas juntas, inseparavelmente. Entendendo
que não só médicos fazem a clínica mas todos os profissionais de saúde fazem cada um a
sua clínica, apresentamos a proposta da clínica ampliada.

Uma prática muito comum nos serviços de saúde é justamente a redução dos usuários a um recorte
diagnóstico ou burocrático (o diabético, o alcoolista ou, pior ainda, o leito número tal...). A
proposta de clínica ampliada é ser um instrumento para que os trabalhadores e gestores de saúde
possam enxergar e atuar na clínica para além dos pedaços fragmentados, sem deixar de
reconhecer e utilizar o potencial desses saberes."

b) INCORRETA.

Na clínica ampliada, o diagnóstico não é priorizado. Veja o que diz o texto do Ministério da
Saúde:

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"O diagnóstico pressupõe uma certa regularidade, uma repetição. Mas para que se realize uma
clínica adequada é preciso saber, além do que o sujeito apresenta de igual, o que ele apresenta de
diferente, de singular, inclusive, um conjunto de sinais e sintomas que somente nele se expressam
de determinado modo."

c) INCORRETA.

"Exceto as situações de atenção à emergência e os momentos de procedimentos em que os


sujeitos estão sedados, é cada vez mais vital para qualificar os serviços dialogar com os Sujeitos."

d) CORRETA.

Essa é a alternativa que está de acordo com o texto do Ministério da Saúde:

"Como propiciar um diálogo interativo e criativo,


com responsabilização e compartilhamento (em vez de encaminhamento de pacientes)
entre os diversos serviços em diferentes níveis de atenção (atenção básica, hospital,
especialidades), indo além da referência e contrareferência?"

e) INCORRETA.

Na verdade, esses problemas evidenciam os limites da prática clínica centrada na doença. Veja:

"Alguns problemas como a baixa adesão a tratamentos, os pacientes refratários (ou


'poliqueixosos') e a dependência dos usuários dos serviços de saúde, entre outros, evidenciam a
complexidade dos Sujeitos que utilizam serviços de saúde e os limites da prática clínica
centrada na doença."

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38. (Pref Betim – AOCP – 2020)

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é formada por unidades com finalidades distintas que
atendem, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde. Assinale a alternativa correta
no que se refere ao atendimento oferecido pela RAPS.

a) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) oferecem atendimento ao usuário sem a


necessidade de afastamento da sua família, substituindo os serviços de urgência e emergência.

b) O CAPS I pode atender a todas as faixas etárias, em casos de transtornos mentais graves
e persistentes, mas não prevê atendimento pelo uso de substâncias psicoativas.

c) O CAPS II pode atender a todas as faixas etárias, em casos de transtornos mentais


graves e persistentes, e dispõe de vagas de acolhimento noturno.

d) O CAPSi oferece atendimento a crianças e adolescentes que apresentam transtornos


mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas.

e) O CAPSad atende apenas adultos em situação de uso de substâncias psicoativas.

COMENTARIOS:

a) INCORRETA.

Na verdade, os CAPS são substitutivos ao modelo asilar. Observe o texto do Ministério da


Saúde:

"Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são pontos de atenção
estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituído por equipe

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multiprofissional e que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento


às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes
do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos
de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar."

b) INCORRETA.

Veja o texto do Ministério da Saúde:

CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e


persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com
pelo menos 15 mil habitantes.

c) INCORRETA.

O CAPS II não dispõe de vagas de acolhimento noturno. Isso é característica do CAPS III.

CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes,
inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil
habitantes.

CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas
etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas,
atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.

d) CORRETA.

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Essa é a afirmativa que está de acordo com o Ministério da Saúde. Veja:

CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes,


inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil
habitantes.

e) INCORRETA.

Observe o texto do Ministério da Saúde:

CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos


pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.

39. (Pref Betim – AOCP – 2020)

Assinale a alternativa correta acerca da Reabilitação Psicossocial e da Reinserção Psicossocial.

a) O Programa de Volta para Casa contribui para a reinserção social de pessoas que
passaram longos períodos hospitalizadas em instituições psiquiátricas ou em CAPS.

b) O auxílio-reabilitação, previsto no Programa de Volta para Casa, deve ser pago a um


membro da família, e não diretamente ao beneficiário, devido ao seu transtorno mental.

c) Egressos de tratamentos em hospital-dia também podem receber o auxílioreabilitação.

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d) A Reabilitação Psicossocial prevê articulação com recursos do território nas áreas do


trabalho, habitação, educação, cultura, segurança e direitos humanos.

e) Os hospitais psiquiátricos possuem um importante papel no âmbito da


desinstitucionalização do paciente com transtorno mental.

COMENTARIOS:

a) INCORRETA.

O texto do Ministério da Saúde não fala sobre o CAPS. Veja:

"O Programa de Volta para Casa é um dos instrumentos mais efetivos para a reintegração social
das pessoas com longo histórico de hospitalização. Trata-se de uma das estratégias
mais potencializadoras da emancipação de pessoas com transtornos mentais e dos processos
de desinstitucionalização e redução de leitos nos estados e municípios. Criado por lei federal, o
Programa é a concretização de uma reivindicação histórica do movimento da
Reforma Psiquiátrica Brasileira.

O objetivo é contribuir efetivamente para o processo de inserção social das pessoas com longa
história de internações em hospitais psiquiátricos, por meio do pagamento mensal de um
auxílio-reabilitação aos beneficiários."

b) INCORRETA.

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O pagamento acontece diretamente ao beneficiário. Veja o texto do Ministério da Saúde:

"Para receber o auxílio-reabilitação do Programa De Volta para Casa, a pessoa deve ser egressa
de Hospital Psiquiátrico ou de Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, e ter indicação
para inclusão em programa municipal de reintegração social. O Programa possibilita a ampliação
da rede de relações dos usuários, assegura o bem estar global da pessoa e estimula o exercício
pleno dos direitos civis, políticos e de cidadania, uma vez que prevê o pagamento do auxílio-
reabilitação diretamente ao beneficiário, por meio de convênio entre o Ministério da Saúde e a
Caixa Econômica Federal."

c) INCORRETA.

O Ministério da Saúde não fala sobre o hospital-dia. Veja:

"Para receber o auxílio-reabilitação do Programa De Volta para Casa, a pessoa deve ser egressa
de Hospital Psiquiátrico ou de Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, e ter
indicação para inclusão em programa municipal de reintegração social."

d) CORRETA.

Essa é a afirmativa que está de acordo com o Ministério da Saúde. Veja:

"A reabilitação psicossocial é compreendida como um conjunto de ações que buscam o


fortalecimento, a inclusão e o exercício de direitos de cidadania de pacientes e familiares, mediante

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a criação e o desenvolvimento de iniciativas articuladas com os recursos do território nos


campos do trabalho, habitação, educação, cultura, segurança e direitos humanos."

e) INCORRETA.

O texto do Ministério da Saúde fala sobre o importante papel do Programa de Volta para
Casa no âmbito da desinstitucionalização. Veja:

"O Programa de Volta para Casa é um dos instrumentos mais efetivos para a reintegração social
das pessoas com longo histórico de hospitalização. Trata-se de uma das estratégias
mais potencializadoras da emancipação de pessoas com transtornos mentais e dos processos
de desinstitucionalização e redução de leitos nos estados e municípios. "

40. (ESPBA – AOCP – 2020)

Sobre o cuidado em saúde mental com famílias, assinale a alternativa correta.

a) A disponibilização de informações sobre os cuidados em saúde mental deve ser


realizada apenas pela equipe de saúde, evitando a troca de experiências entre os familiares das
pessoas que sofrem de transtornos mentais.

b) O cuidado com família e amigos das pessoas que sofrem de transtornos mentais não
deve ser inserido no projeto terapêutico singular.

c) A rede de atenção à saúde mental deve garantir o cuidado em internações hospitalares


em detrimento do cuidado ofertado pelo CAPS, uma vez que, nesse serviço, mantém-se as
relações de convivência familiar e social.

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d) Os cuidados em atenção em saúde mental são exclusivos das equipes nos Centros de
Atendimento Psicossocial (Caps), pois profissionais da atenção básica e de outros setores da
saúde não têm conhecimento em saúde mental com famílias.

e) O trabalho dos profissionais em saúde mental com famílias não deve se limitar a
estratégias definitivas e com saberes prévios padronizados.

COMENTARIOS:

a) Errado. A família deve ser envolvida e ter as informações necessárias para auxiliar no
tratamento do paciente, também para que seus medos e angústias se dissipem um pouco.

b) Errado. Devem sim ser incluídos.

“O desenvolvimento da autonomia da usuária deve ser incluído nas ações do PTS [projeto
terapêutico singular], pois se efetiva quando a família e as redes sociais se envolvem no cuidado,
por meio da troca de informações e concretização das ações. Também é importante que o
usuário, família e amigos sejam estimulados à liberdade de verbalizar suas ansiedades e
medos, entre outros, com escuta atenta da equipe. Durante essa interação, é imprescindível
oferecer ao usuário possibilidades que o levem à reinserção social e à autonomia”.

c) Errado. Pelo contrário, o cuidado ofertado pelo CAPS deve ser privilegiado em relação a
internações, justamente pela manutenção das relações de convivência, que são positivas para o
tratamento.

d) Errado. Profissionais de atenção básica e outros setores também podem ser envolvidos nos
cuidados em saúde mental.

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e) Certo!

41. (ESPBA – AOCP – 2020)

Sobre a Clínica Ampliada, assinale a alternativa correta.

a) É específica da prática da Psicologia.

b) O setting deve ser exclusivamente em uma sala da UBS.

c) Desvaloriza o trabalho transdisciplinar e multiprofissional.

d) Valoriza a intersetorialidade para atender às demandas dos pacientes.

e) É específica dos Médicos.

COMENTARIOS:

a) Errado. A clínica ampliada não é específica de uma profissão.

b) Errado. Se assim fosse, não seria uma ampliação do cuidado.

c) Errado. Pelo contrário, ela valoriza essa forma de trabalho, para atender o usuário como um
todo.

d) Certo!

e) Errado. A clínica ampliada não é específica de uma profissão.

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42. (ESPBA – AOCP – 2020)

Dentro da política nacional de saúde mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são
referência para os portadores de sofrimento psíquico grave e/ou crônico, incluindo-se os
sujeitos psicóticos. Os CAPS visam algumas ações, EXCETO

a) dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica.

b) promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam,
entre outros, educação e trabalho.

c) manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos
para a saúde mental.

d) gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente, padronizado e


humanizado.

e) coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades


hospitalares psiquiátricas que atuem no seu território.

COMENTARIOS:

“Os CAPS visam:

• prestar atendimento em regime de atenção diária;

• gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente e personalizado;

• promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam
educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento

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dos problemas. Os CAPS também têm a responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde
mental de seu território;

• dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, PSF (Programa de
Saúde da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde);

• regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área;

• coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades hospitalares


psiquiátricas que atuem no seu território;

• manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos
para a saúde mental.”

a) Certo!

b) Certo!

c) Certo!

d) Errado. O cuidado deve ser eficiente e personalizado, não padronizado.

e) Certo!

43. (SESMA BELEM – AOCP – 2020) Acerca do processo de reabilitação e reinserção


psicossocial, assinale a alternativa correta.

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a) A reinserção psicossocial deve buscar a adequação do paciente às demandas


normativas da sociedade em que se encontra inserido, com foco em seus aspectos individuais.

b) O cuidado em saúde mental está ligado diretamente ao aumento da autonomia,


funcionamento psicossocial e integração comunitária das pessoas com transtornos mentais.

c) O processo de reinserção social não deve estar vinculado ao campo de interesses do


paciente.

d) A reabilitação psicossocial, por considerar os aspectos econômicos, socioculturais e


políticos do adoecimento do paciente, não é considerada uma prática clínica.

e) O objetivo da reabilitação psicossocial é a cura do paciente e sua reinserção nas


diversas áreas da vida, como família, trabalho e comunidade.

COMENTARIOS:

a) INCORRETA.

Essa afirmativa traz uma perspectiva adaptacionista que é criticada por Gruska e Dimenstein.
Veja:

"Neste trabalho, a perspectiva de reabilitação psicossocial que nos orienta é dada a partir
da crítica dos modelos adaptacionistasderivados da tradição psiquiátrica kraepeliana, para os
quais o transtorno mental e as desabilitações psicossociais dele decorrentes se produzem
desconexos dos marcos sociopolíticos da realidade em que ocorrem, obedecendo a um regime de
deterioração progressiva e irreversível das funções normais do indivíduo. Assentados sobre a
nosologia biomédica e dirigidos por uma perspectiva utilitarista, tais modelos propositam
a adequação do paciente às demandas normativas de seu ambiente social, produzindo
práticas que, concebidas na ausência de uma maior problematização sobre a relação loucura-

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cidadania, focam na correção intransitiva dos comportamentos desviantes e na ortopedização da


dinâmica sócio familiar do paciente (Saraceno, 1996)."

b) CORRETA.

Essa afirmativa está de acordo com o texto de Gruska e Dimenstein:

"Em sintonia com as diretrizes internacionais que preconizam que o cuidado em saúde mental
(acesso e qualidade) está na dependência direta do aumento do grau de autonomia pessoal,
funcionamento psicossocial e integração comunitária de usuários, consideramos que as
possibilidades de análise e aperfeiçoamento do dispositivo AT através de sua articulação ao
modelo sociopolítico proposto por Saraceno podem contribuir para a expansão do modelo
psicossocial de cuidado e para a consolidação dos direitos e garantias dos usuários com
transtornos mentais, em especial no que tange a assistência e suporte social."

c) INCORRETA.

O processo de reinserção social deve estar, sim, vinculado aos interesses do paciente. Veja o
texto dos autores supracitados:

"É preciso identificar os interesses e as potencialidades manifestos na execução das tarefas


diárias, mas também avaliar o manejo no trato com os problemas que enfrenta tanto no ambiente
doméstico quanto nos espaços públicos e coletivos da rua. Deve observar-se, pois, suas habilidades
sociais, aptidões laborais, níveis de destreza no autocontrole e higiene, padrões de locomoção,
modos de comunicação, assim como demais capacidades envolvidas na ampliação de seus
gradientes de autonomia, aspectos que são fundamentais no processo de reabilitação. Assim sendo,

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a participação intensiva nas atividades cotidianas do paciente possibilita ao acompanhante o


reconhecimento dos diversos recursos que mobiliza como parte de sua estratégia de vida."

d) INCORRETA.

Observe o texto de Gruska e Dimenstein:

"Podemos assim pensá-la como um processo gradual e complexo de 'reconstrução, um exercício


pleno de cidadania e, também, de plena contratualidade nos três grandes cenários: hábitat, rede
social e trabalho com valor social' (Saraceno, 1996, p. 16). Nesse sentido, a reabilitação
caracteriza-se como uma prática clínica diretamente conectada às variáveis reais da vida do
paciente, as quais não estão restritas à sua doença, tampouco existem fora da inelutável
articulação entre sujeito, ambiente e intersubjetividade."

e) INCORRETA.

Observe como a reabilitação psicossocial não segue o paradigma da cura, segundo Gruska e
Dimenstein:

"Contrariamente a esse entendimento, acreditamos que a reabilitação psicossocial deve planejar


e estruturar seus esforços terapêuticos sobre as necessidades concretas de moradia, trabalho e
socialização apresentadas por cada paciente, expandindo seu escopo de ação para além das
consequências sintomáticas mais imediatas do sofrimento psíquico. Trata-se de facilitar aos
indivíduos com limitações a restauração no melhor nível possível de autonomia de suas funções na
comunidade (Pitta, 1996), auxiliando-os na superação da identidade e da trajetória de
doente psiquiátrico e na remitência dos efeitos comórbidos associados a essa condição,

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quais sejam a pobreza, o desemprego, a interdição das possibilidades de participação política, as


dificuldades de acesso à educação formal, a invisibilização e o isolamento social (Basaglia, 2005;
Lussi et al., 2006)."

44. (SESMA BELEM – AOCP – 2020)

A forma de olhar, cuidar e pensar o sofrimento psíquico mudou nos últimos anos no Brasil.
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.

a) O modelo dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) representam uma forma


diferente de ver o sofrimento psíquico após o Movimento de Luta Antimanicomial, concebendo
o indivíduo como dotado de direitos e potencialidades.

b) Os CAPS buscam o atendimento integral do indivíduo, retirando a pessoa da sua


comunidade, pois ali ela pode estar estabelecendo vínculos negativos.

c) A Reforma Psiquiátrica, também conhecida como Movimento Sanitário, ocorreu nos


anos 70 e propôs um projeto de saúde coletiva e equidade na oferta dos serviços em saúde
mental.

d) O trabalho dos CAPS vai além de amenizar o sofrimento do indivíduo, pois busca sua
cura e adaptação aos padrões de normalidade da sociedade.

e) O processo de desinstitucionalização, que ocorreu a partir dos anos 90, consistiu na


eliminação de leitos em hospitais psiquiátricos.

COMENTARIOS:

a) CORRETA.

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Essa afirmativa está de acordo com o seguinte texto de Feltes e Hoch:

"No Brasil a reforma psiquiátrica se dá através das lutas sociais, surgindo assim o Movimento de
Luta Antimanicomial que implementa nova estratégia de trabalho por meio de mudanças no
plano legislativo, na qual surge a lei 10.216, 'Lei Paulo Delgado' que dispõe sobre a proteção e os
direitos das com transtornos mentais e redireciona a assistência em serviços de bases
comunitárias. Nesse contexto, o Ministério da Saúde busca organizar o cuidado em saúde
mental através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), estes devem funcionar como
serviços ambulatoriais especializados, integrados aos demais serviços do sistema (BRASIL, 2004).

(...)

Sales e Dimenstein (2009) comentam que o CAPS busca estabelecer cuidados em saúde mental na
perspectiva de atendimento integral e territorial que preza pela permanência das pessoas na
comunidade, favorecendo a formação de vínculos estáveis e a garantia de direitos de cidadania.
Nesse sentido, verifica-se a existência de um novo olhar no cuidado em relação a pessoa em
sofrimento psíquico, reconhecendo esta como um ser de direitos e potencialidades, sendo
assim, a intenção deste estudo é pesquisar como é reconhecido a autonomia e como se constrói a
subjetividade do individuo em sofrimento psíquico nos novos dispositivos de atenção a saúde
mental.

b) INCORRETA.

Como vimos acima, os CAPS prezam pela permanência das pessoas na comunidade.

c) INCORRETA.

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Na verdade, a Reforma Psiquiátrica é contemporânea do Movimento Sanitário, ou seja, não são


a mesma coisa. Veja o que diz o Ministério da Saúde:

"O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do


'movimento sanitário', nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas
práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, eqüidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos
trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de tecnologias
de cuidado."

d) INCORRETA.

A reforma psiquiátrica não está baseada no modelo de cura. Veja o texto de Feltes e Hoch:

"O modelo anterior de cuidado a pessoa em sofrimento mental centrava-se na incapacidade do


sujeito, em alguém que precisava ser curado, no entanto surge a reforma psiquiátrica que
contempla uma reorientação para o modelo hospitalocêntrico mostrando novas possibilidades a
esse sujeito, pautando-se assim em cuidados que visam a autonomia do mesmo (JORGE e BEZERRA,
2004)."

e) INCORRETA.

Esse processo consistiu na redução de leitos. Observe o que diz o Ministério da Saúde:

"O processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos e de desinstitucionalização de pessoas


com longo histórico de internação passa a tornar-se política pública no Brasil a partir dos anos
90, e ganha grande impulso em 2002 com uma série de normatizações do Ministério da Saúde, que

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instituem mecanismos claros, eficazes e seguros para a redução de leitos psiquiátricos a partir dos
macro-hospitais."

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3 – LISTA DE QUESTÕES


1. (PREF. CARLÓPOLIS – FAFIPA – 2016) Considere a afirmação abaixo:

Os ____________________ são instituições destinadas a acolher os pacientes com


_________________________, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas
de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Sua característica
principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu
“território”, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida quotidiana de usuários e familiares.
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas.

(A) Lares temporários – problemas de abandono.

(B) CREAS – problemas familiares e de violação de direitos.

(C) Lares temporários – pais ausentes.

(D) CAPS – transtorno mental.

2. (PREF. DOUTOR ULYSSES – FAFIPA – 2016) Com relação aos psicólogos em equipes
interdisciplinares, assinale a alternativa CORRETA.

(A) No caso de instituições que possuam equipes multiprofissionais constituídas por psicólogos,
enfermeiros, assistentes sociais ou pedagogos, os psicólogos poderão ministrar medicamentos
somente em casos de orientação junto a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,
farmacêuticos e médicos.

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(B) Caso o psicólogo tome conhecimento do exercício ilegal de profissão por um psicólogo ou
outro profissional, deverá orientá-lo e encaminhá-lo ao órgão competente.

(C) Os psicólogos que integram uma equipe multiprofissional devem ser cautelosos ao serem
solicitados a colaborar com outros profissionais, tendo sempre em foco que não podem assumir
atividades que sejam privativas de outra profissão.

(D) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

3. (PREF. UNIFLOR – FAFIPA – 2016) A respeito da Reforma Psiquiátrica, assinale a alternativa


CORRETA.

(A) A Reforma Psiquiátrica caracteriza-se pela crítica e manutenção do tratamento e das


instituições psiquiátricas, pela defesa dos direitos humanos e o resgate da cidadania das pessoas
com transtornos mentais.

(B) O movimento da Reforma Psiquiátrica objetiva a manutenção do sistema de tratamento


clínico da doença mental através de internações.

(C) O modelo da Reforma Psiquiátrica propõem a substituição dos hospitais psiquiátricos por
uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial.

(D) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

4. (PREF. UNIFLOR – FAFIPA – 2016) A respeito da caracterização dos Centros de Atenção


Psicossocial (CAPS), assinale a alternativa CORRETA:

(A) Os CAPs fazem o direcionamento local das políticas e programas de Saúde Mental,
desenvolvendo projetos terapêuticos e comunitários, não dispensando medicamentos.

(B) O CAPS tem a missão de dar um atendimento diuturno às pessoas que sofrem de transtorno
mentais leves, num dado território, oferecendo cuidados clínicos e de reabilitação psicossocial.

(C) O CAPS tem como objetivos manter o modelo hospitalocêntrico, através de internações e da
inclusão social dos usuários e de suas famílias.

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(D) O CAPS é um espaço de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos
mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência
justifiquem sua permanência.

5. (PREF. MATELÂNDIA – FAFIPA – 2015) As oficinas terapêuticas funcionam como um dos


elementos organizador do cotidiano nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). São
estratégias de cuidado, interação e socialização. Sendo assim, assinale a alternativa
INCORRETA:

I. Os CAPS são definidos como dispositivos comunitários e regionalizados que oportunizam


assistência de alcance intersetorial e reabilitação psicossocial pelo acesso ao trabalho, lazer,
educação, cultura, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e
comunitários aos sujeitos em sofrimento mental.

II. As oficinas são caracterizadas pelo Ministério da Saúde (MS) como atividades grupais
destinadas à socialização familiar e social dos usuários, à expressão de sentimentos e emoções,
ao desenvolvimento de habilidades, da autonomia e ao exercício da cidadania.

III. As oficinas terapêuticas realizadas nos CAPS são espaços de interação e socialização que
visam à inserção do usuário em um espaço social, por meio de atividades que promovem a
expressão de sentimentos e vivências.

(A) Apenas uma alternativa correta

(B) Apenas uma alternativa incorreta

(C) Nenhuma alternativa correta

(D) Todas alternativas corretas

6. PREF. FLORAÍ – FAFIPA – 2015) Com relação à Reforma Psiquiátrica e a mudança do modelo
assistencial em saúde mental, assinale a alternativa CORRETA:

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(A) A Reforma Psiquiátrica teve início com o movimento da Luta Antimanicomial na Itália em
meados do século XIX e no Brasil teve início na década de 50.

(B) A Reforma Psiquiátrica caracteriza-se pelo tratamento em instituições psiquiátricas e pela


defesa dos direitos humanos e da cidadania das pessoas com transtornos mentais.

(C) O modelo da Reforma Psiquiátrica propõe a substituição dos hospitais psiquiátricos por uma
rede de serviços territoriais de atenção psicossocial, com vista à integração da pessoa que sofre
de transtornos mentais à comunidade.

(D) O movimento da Reforma Psiquiátrica objetiva o sistema de tratamento clínico da doença


mental e a internação de pessoas com transtornos mentais.

7. (DPE-SP – FCC – 2009) Diversos dispositivos legais tem sido criados com a finalidade de
melhorar a qualidade do atendimento em saúde mental. São sem dúvida um reflexo do processo
da reforma psiquiátrica brasileira e da luta antimanicomial, iniciada a partir dos anos 80 e que
levou ao surgimento de serviços alternativos de saúde mental, como por exemplo, as
transformações decorrentes da Lei no 10.216/01 aprovada no Brasil, que dispõe sobre os
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial de
saúde. Podemos citar como um dos substitutivos a uma saúde mental centrada no hospital o

(F) Conselho Tutelar.

(G) Pronto Socorro de Urgência Psiquiátrica.

(H) Delegacia da Defesa da Mulher.

(I) Alojamento Conjunto.

(J) Centro de Atenção Psicossocial.

8. (FUNDASUS – AOCP – 2015) A Reforma Psiquiátrica, iniciada nos anos 70 no Brasil, prevê

(F) aumento do número de leitos em hospitais psiquiátricos.

(G) diminuição do número de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).

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(H) transferência de todos os pacientes dos hospitais psiquiátricos para hospitais gerais.

(I) redução de leitos em hospitais psiquiátricos e desinstitucionalização de pessoas com


longo histórico de internações.

(J) aumento do número de médicos e enfermeiros nos hospitais


psiquiátricos.

9. (PREF. ANGRA DOS REIS/RJ – AOCP – 2015) A Reforma Psiquiátrica iniciou em favor de
mudanças no modelo de atenção à saúde. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.

(F) Foi um movimento liderado pelos hospitais psiquiátricos, visando garantir direitos aos
pacientes internados.

(G) Tem o intuito de manter o modelo hospitalocêntrico e


a mercantilização da loucura.

(H) O Programa de volta para casa consiste em um auxílio com passagem/condução a pacientes
egressos de internamentos, que não têm condições financeiras e que desejam voltar para a
família.

(I) O modelo da Reforma Psiquiátrica visa à substituição progressiva dos leitos psiquiátricos
por uma rede de atenção à saúde mental.

(J) Residência terapêutica garante moradia a todas as pessoas egressas de hospitais


psiquiátricos que queiram permanecer. Nesse espaço, o paciente convive com outras 20
pessoas e tem um cuidador designado para auxiliá-los.

10. (PREF. ANGRA DOS REIS/RJ – AOCP – 2015) Local de referência e tratamento em regime
de atenção diária para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves
e demais quadros, cuja constância ou a severidade do transtorno justifiquem um tratamento de
cuidado intensivo e personalizado, serviço substituto aos hospitais psiquiátricos, possibilitando

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que o indivíduo tenha seu convívio social mantido, por não se tratar de tratamento em tempo
integral. Essa descrição se refere

(F) a emergências psiquiátricas.

(G) a residências terapêuticas.

(H) ao centro de Atenção Psicossocial.

(I) à estratégia Saúde da Família

(J) a grupos operativos

11. (PREF. LUNARDELI – FAFIPA – 2015) Em relação aos pacientes atendidos no CAPS
assinale a alternativa CORRETA:

(A) Crianças e adolescentes com transtornos mentais não são atendidos pelo CAPS.

(B) A atual Política Nacional em Saúde Mental visa o aumento do número de leitos em Hospitais
Psiquiátricos.

(C) As pessoas atendidas nos CAPS são apenas aquelas que apresentam sofrimento psíquico
leve.

(D) As pessoas atendidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são aquelas que
apresentam intenso sofrimento psíquico, que lhes impossibilita de viver e realizar seus projetos
de vida.

12. (PREF. SANTA FÉ – FAFIPA – 2015) No que se trata de pacientes egressos de internações
psiquiátricas, é CORRETO afirmar:

I. Após a mudança de paradigmas proposta no movimento que culminou na Reforma


Psiquiátrica, ocorreu o desenvolvimento de novos e mais eficientes psicofármacos, além de
programas multidisciplinares para melhorias na manutenção do tratamento.

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II. A assistência profissional em saúde mental é o reflexo de inúmeras discussões e mudanças


que culminaram no processo de desinstitucionalização do cuidado aos doentes.

III. A internação psiquiátrica é atualmente indicada para casos graves quando foram esgotados
os recursos extra-hospitalares para o tratamento ou manejo do problema, sendo proibida a
internação de pessoas em instituições com características asilares.

IV. A finalidade centra-se, na estabilização do paciente, minimizando riscos, levantando


necessidades psicossociais, ajustando o tratamento psicofarmacológico e a reinserção social do
paciente em seu meio.

(A) Apenas uma alternativa está correta.

(B) Apenas uma alternativa está incorreta.

(C) Todas estão corretas.

(D) Nenhuma está correta.

13. (UFFS – FAFIPA – 2014) De acordo com a Política de Saúde Mental, analise as assertivas e
assinale a alternativa CORRETA:

(A) É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência


e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida
participação da sociedade e da família.

(B) A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-
hospitalares se mostrarem suficientes.

(C) A internação psiquiátrica somente será realizada mediante atestado judicial circunstanciado
que caracterize os seus motivos.

(D) Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos poderão ser realizadas sem o
consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal.

(E) A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo poder
legislativo competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento,
quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.

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14. (PREF. MARIA HELENA – FAFIPA – 2014) A atenção de saúde mental deve ser prestada
dentro de uma rede de cuidados e estão incluídos nesta rede os Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS). Com relação aos CAPS, assinale a alternativa CORRETA:

(A) Os CAPS têm a missão de dar um atendimento às pessoas que sofrem com transtornos
mentais leves, oferecendo cuidados clínicos com a prioridade a internações.

(B) A reinserção social não pode ocorrer a partir do CAPS, esta reinserção ocorre a partir de
outras equipes de saúde mental, sempre em direção à comunidade.

(C) Os CAPS desenvolvem projetos terapêuticos e comunitários e fazem uso exclusivo de


medicamentos.

(D) Os CAPS acolhem pacientes com transtornos mentais, estimulam sua integração social e
familiar, apoiam a busca da autonomia e oferecem atendimentos médicos e psicológicos.

15. (AL/MT – FGV -2013) O processo de modificação da assistência em saúde mental no Brasil
foi iniciado na década de 70 com a substituição do modelo hospitalocentrico. A esse respeito,
assinale a afirmativa correta:

(A) no modelo de atenção psicossocial brasileiro, há manifesta preocupação com o impacto da


atuação nos CAPS sobre a equipe de saúde.

(B) o adoecimento de trabalhadores ligados a programas de CAPS não é comum

(C) na atualidade, há medidas de prevenção de sofrimento mental do trabalhador que atua no


CAPS.

(D) a criação de espaços de reflexão tem efeitos positivos sobre os trabalhadores em saúde
mental.

(E) na atualidade, há inúmeros programas de capacitação para profissionais que atuam na área.

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16. (SUSAM – FGV – 2014)


Em relação ao atendimento realizado no CAPS, analise as afirmativas a seguir.

I. O atendimento realizado no CAPS consiste em consultas terapêutica individuais.
II. As oficinas terapêuticas são desenvolvidas a partir dos interesse dos usuários e das
possibilidades dos técnicos que atuam no CAPS.
III. As oficinas realizadas no CAPS compreendem as oficinas expressivas e a geradoras de
renda.
Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas

(E) e somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

17. (CÂMARA DE RECIFE/PE – FGV – 2014) A Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, dispõe
sobre os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental. Faz parte das
estratégias da Reforma Psiquiátrica para a mudança na atenção em Saúde Mental no Brasil:

(A) a imediata erradicação dos leitos psiquiátricos.

(B) a concentração do modelo hospitalocêntrico nos municípios mais populosos.

(C) a criação de residências terapêuticas para pacientes egressos de manicômios e suas famílias.

(D) o protagonismo dos interditandos psiquiátricos na escolha de seus curadores;

(E) a construção de uma rede comunitária de cuidados.

18. (PREFEITURA DE OSASCO/SP –FGV- 2014) A Reforma Psiquiátrica Brasileira (RFB)


consolidou-se ao longo das duas últimas décadas depois de um movimento amplo e organizado
de luta antimanicomial, consolidando marcos legais e normativos de suma importância.

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Ultimamente a inclusão do usuário de drogas, em particular do Crack, vem suscitando novos


debates no contexto da assistência em saúde mental. A alternativa que NÃO pertence às
diretrizes defendidas pela RFB é:

(A) fomentar um modelo de atenção psiquiátrica baseado na comunidade e não centrado no


hospital.

(B) instituir os serviços residenciais terapêuticos a fim de viabilizar a reabilitação psicossocial


assistida de pacientes institucionalizados.

C) defender ações em rede na Atenção Básica, nos Ambulatórios Especializados, nos CAPS AD,
nas Unidades Residenciais Transitórias, nos Serviços Residenciais Terapêuticos, nos leitos em
Hospitais Gerais e nas pequenas enfermarias especializadas.

(D) enfatizar os Pontos de Encontro, os Centros de Convivência e as Oficinas de Geração de


Renda e Trabalho.

(E) fortalecer a criação e ampliação das comunidades terapêuticas para o tratamento específico
de usuários de drogas, com ênfase na abstinência.

19. (PREFEITURA DE OSASCO/SP –FGV- 2014) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),


entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma
Psiquiátrica Brasileira. Os CAPS são os articuladores estratégicos da rede de atenção às pessoas
com transtornos mentais e da política de saúde mental num determinado território, por meio
da seguinte linha de ação:

(A) prestação de atendimento clínico em regime de atenção mensal, evitando assim as


internações em hospitais psiquiátricos.

(B) promoção da inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações
intersetoriais.

(C) regulação da porta de entrada da rede manicomial de saúde mental na sua área de atuação.

(D) fornecimento de suporte à atenção à saúde mental na rede básica e hospitalar.

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(E) implementação e gestão dos serviços residenciais terapêuticos destinados a egressos do


sistema asilar.

20. (MPE/MS –FGV-2013) Nos CAPs devem ser oferecidas várias modalidades de atendimento
aos pacientes. A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta.

(A) O atendimento medicamentoso que se fizer necessário será providenciado por meio do
CAPs.

(B) O paciente deve ter um Projeto de Acompanhamento Individualizado.

(C) O paciente deve ter um técnico de referência, escolhido entre os psiquiatras e psicólogos
que atuam no local.

(D) Ao paciente devem ser propostas oficinas de convivência.

(E) Ao paciente devem ser propostas atividades terapêuticas grupais e acompanhamento


familiar.

21. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – VUNESP -2012) As práticas realizadas
nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) têm como uma de suas características:

(A) dedicarem-se ao tratamento de pessoas com transtornos mentais de baixa complexidade.

(B) ocorrerem em ambiente aberto, acolhedor e inserido na cidade e no bairro.

(C) promoverem atenção em saúde mental com caráter assistencialista e ambulatorial.

(D) prepararem os usuários para internações necessárias nos hospitais psiquiátricos da rede.

(E) eliminarem a prática de atendimentos psicológicos e psiquiátricos em caráter individual.

22. (PREFEITURA DE ARAJÁ/SP – VUNESP 2015) Os CAPSs (Centros de Atenção Psicossocial)


têm papel estratégico na Política Nacional de Saúde Mental. Sua função principal é:

(A) prevenir a drogadicção e o abuso de substância da população mais vulnerável a esses


problemas.

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(B) conscientizar a comunidade do seu papel na prevenção de problemas mentais e sociais que
levem à marginalização.

(C) buscar integrar pacientes com transtornos mentais a um ambiente social e cultural concreto,
designado como seu “território”.

(D) assegurar o atendimento médico-hospitalar aos moradores da região em que estão


instalados.

(E) proteger crianças e adolescentes contra o abuso físico ou sexual, mantendo-as afastadas de
áreas ou ambientes de risco.

23. (PREFEITURA DE ALUMÍNIO/SP – VUNESP – 2016) Por meio da prática matricial é


possível que a realização do trabalho das Unidades Básicas de Saúde conte com a participação
de diversas especialidades médicas, e outras categorias profissionais, junto aos profissionais
que compõem as equipes de referência em atenção básica à saúde. Inicialmente, a atenção
horizontalizada proposta por esse modelo foi voltada à saúde mental. A prática do
matriciamento:

(A) implementa a resolubilidade na atenção primária e capacita os profissionais para uma


prática mais integrativa, além de facilitar a articulação das redes de saúde.

(B) facilita o encaminhamento dos casos mais complexos que procuram atendimento nas
unidades básicas de saúde para os diversos especialistas disponíveis na rede.

(C) possibilita o atendimento em saúde mental ou outra especialidade em um único local,


facilitando a troca de informações entre os profissionais e diminuindo os custos.

(D) garante que todas as intervenções com caráter psicossocial e coletivo sejam realizadas por
profissionais qualificados (matriciadores), e não pela equipe da unidade.

(E) permite maior eficácia no atendimento oferecido à população, evitando a necessidade de


articulação e encaminhamentos a outros equipamentos em saúde mental.

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24. (UNESP – VUNESP – 2012) Como destaca o documento: Saúde Mental no SUS: os Centros
de Atenção Psicossocial (2004), um dos objetivos da política em saúde mental em relação aos
familiares dos portadores de transtornos mentais é o de:

(A) esclarecê-los em relação à sua responsabilidade na produção do adoecimento psíquico.

(B) transformá-los em parceiros no tratamento e participantes nos projetos terapêuticos.

(C) acolhê-los no período de afastamento necessário durante os processos de atendimento.

(D) conscientizá-los sobre a importância de eles também realizarem atendimento psicológico.

(E) instrumentalizá-los para socorrerem o membro da família adoecido durante suas crises.

25. (PREF. DE SERTÃOZINHO – VUNESP – 2018) As oficinas terapêuticas são uma das
principais formas de tratamento oferecidas pelos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS. As
oficinais terapêuticas propõem uma série de atividades que

(A) devem atender, fundamentalmente, aos interesses determinados pelos técnicos


encarregados do serviço para a reabilitação dos usuários.

(B) podem ser definidas de acordo com os interesses dos usuários, das possibilidades dos
técnicos ou das necessidades do serviço de saúde.

(C) visam, prioritariamente, a recuperação da capacidade produtiva e a recomposição da renda


dos portadores de transtornos mentais.

(D) possibilitam aos portadores de transtornos mentais um contato mais profundo com a sua
dinâmica psíquica e com as suas limitações afetivas.

(E) eliminam as angústias dos usuários do serviço, favorecendo sua aderência ao tratamento e
às estratégias adotadas para sua recuperação.

26. (PREF. DE SERTÃOZINHO – VUNESP – 2018) Os Centros de Convivência e Cooperativa


foram criados, em 1989, na cidade de São Paulo, como um

(A) meio para atuar nas lacunas identificadas em outras instituições de saúde, com o objetivo
de recuperar a cidadania dos portadores de transtornos mentais.

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(B) ambiente para conectar as pessoas pelas suas patologias, favorecendo o encontro entre os
iguais para o compartilhamento de experiências.

(C) modo para oferecer assistência psiquiátrica e psicológica com caráter mais individualizado
aos portadores de transtornos psíquicos.

(D) serviço que tinha como função prioritária na rede de saúde a inclusão dos usuários das
unidades em saúde mental no tecido social.

(E) dispositivo para garantir a renda de portadores de transtornos mentais que, devido à sua
condição, não conseguem inserção no mercado de trabalho.

27. (MPE/ES – VUNESP – 2013) As equipes multidisciplinares nos Centros de Atenção


Psicossocial (CAPs) têm, como principal objetivo,

A) atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e


fortalecer os laços sociais do usuário em seu território.

B) oferecer serviços complementares aos proporcionados por hospitais psiquiátricos em um


determinado território.

C) promover o modelo asilar para o atendimento de portadores de transtornos mentais, como


determina a Reforma Psiquiátrica Brasileira.

D) ofertar o abrigamento noturno para usuários de drogas e outras substâncias a fim de


minimizar o risco de reincidência.

E) estimular a integração social de portadores de transtornos mentais a comunidades de


pacientes portadores de patologias similares.

28. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – VUNESP -2015) As Redes de Atenção
Psicossocial – RAPS têm como um de seus objetivos gerais

A) oferecer abrigo às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack.

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B) encaminhar as pessoas com transtorno mental aos serviços da comunidade.

C) efetivar ações de controle junto aos indivíduos dependentes de álcool.

D) ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral.

E) realizar estudos epidemiológicos que indiquem as demandas das comunidades.

29. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – VUNESP -2015) A Política de Saúde
Mental preconiza a criação de serviços alternativos para reintegrar as pessoas em desvantagem
no mercado econômico, dentre elas os portadores de transtornos mentais. A alternativa criada
com a finalidade de inserir esses indivíduos junto à comunidade por meio do trabalho é o(a)

A) Empresa Solidária.

B) Oficina terapêutica.

C) Cooperativa Social.

D) Centro de Convivência.

E) Sistema Local de Saúde.

30. (SESACRE – IBFC – 2019) No que concerne as práticas e atendimentos desenvolvidos nos
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), assinale a alternativa correta.

a) Caracterizam por ocorrerem em ambientes fechados, com estrutura física delimitada, cujas
ações valorizam o suporte profissional oferecido ao sujeito

b) Os atendimentos oferecidos nos CAPS deverão ser realizados individualmente, preocupando-


se com o sujeito em sua singularidade, história, cultura e vida cotidiana

c) Cada usuário do CAPS deverá ter um projeto terapêutico individual, isto é, um conjunto de
atendimentos personalizados, que respeitam as particularidades do sujeito e propõem
atividades durante a permanência diária no serviço, segundo suas necessidades

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d) As visitas domiciliares, feitas por profissional do CAPS, são prioritariamente realizadas aos
usuários que estejam vivenciando quadros surtos psicóticos

31. (SESACRE – IBFC – 2019) O Projeto Terapêutico Singular (PTS) trata-se de um conjunto
de propostas de condutas terapêuticas adotado para condução de casos encaminhados aos
serviços públicos de atendimento em saúde mental. Considere esta estratégia, analise as
afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

a) O plano de atendimento formulado a partir do PTS deve incluir ações formuladas pelo
psicólogo e médico psiquiatra da equipe

b) A divisão de metas de curto, médio e longo prazo, deverá ser negociada com o usuário, pelo
membro da equipe que tiver o melhor vínculo

c) Ao ser elaborado o PTS, é eleito um Terapeuta de Referência (TR), representado pela figura
do psicólogo, o qual monitorará, junto ao usuário, todo o processo de tratamento

d) O “não envolvimento” dos profissionais de saúde com determinadas situações vivenciadas


pelos usuários é o principal mecanismo de ação de cuidado adotado pela equipe para a
realização do PTS

32. (DIVINÓPOLIS – IBFC – 2018) A Rede de Atenção Psicossocial, cuja finalidade é a criação,
ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no
âmbito do Sistema Único de Saúde, tem uma série de componentes, que possuem como pontos
de atenção.

I. Unidade Básica de Saúde.

II. SAMU.

III. Unidade de Recolhimento.

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IV. Enfermaria Especializada em Hospital Geral.

São corretas as seguintes afirmações:

a) I e IV somente

b) II e III somente

c) I, III e IV somente

d) I, II, III e IV

33. (EBSERH – IBFC – 2017) O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço de saúde
aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS), que é referência em tratamento para
pessoas que sofrem com transtornos mentais severos e ou persistentes, incluindo os
transtornos relacionados às substâncias psicoativas. Assinale a alternativa incorreta a respeito
do CAPS.

a) O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência,


realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho,
lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários

b) Os CAPS tem a responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde mental de seu


território

c) É um serviço de atendimento de saúde mental criado para acontecer de forma simultânea às


internações em hospitais psiquiátricos

d) Os CAPS visam prestar atendimento em regime de atenção diária

e) Podem existir nas modalidades CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS ad e CAPS i

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34. (MGS – IBFC – 2017) Sobre a relação entre a rede básica de saúde e os Centros de Atenção
Psicossociais (CAPS), assinale a alternativa correta.

a) O CAPS deve realizar apoio matricial às equipes da atenção básica, isto é, fornecer-lhes
orientação e supervisão.

b) A rede básicas e os CAPS devem realizar os atendimentos de maneira independente, a fim de


não sobrecarregar o SUS.

c) As visitas domiciliares são dever apenas dos serviços básicos de saúde.

d) Cabe ao CAPS atender exclusivamente os casos já previamente diagnosticados pelas


Unidades Básicas de Saúde.

35. (Pref Novo Hamburgo – AOCP – 2020)

Sobre Projeto Terapêutico Singular, assinale a alternativa correta.

a) Considera o sujeito em seu contexto, sua dinamicidade, com ações que favoreçam a
participação ativa e a autonomia. O projeto pode ser pensado para o indivíduo ou para o
coletivo.

b) De perspectiva unidisciplinar, está arraigado à prática e saber tradicional.

c) É o conjunto de objetivos e ações estabelecidos e executados pela equipe


multidisciplinar, pautado no modelo tecnoassistencial.

d) O profissional tem o papel de organizador e executor do Projeto Terapêutico, sendo


singular, voltado exclusivamente ao indivíduo, a partir da articulação entre os profissionais.

e) É pensado a partir de múltiplos olhares, em que cada profissional atua a partir de seu
saber específico, sem interlocução com as demais categorias profissionais, o que fortalece a
interdisciplinaridade.

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36. (Pref Novo Hamburgo – AOCP – 2020)

Quanto às posturas recomendadas à prática na clínica ampliada, assinale a alternativa correta.

a) Estipular ao paciente mudanças de hábitos baseadas em experiências totalmente


novas, as quais ele deve obedecer em todos os aspectos para que o tratamento funcione.

b) Tratamentos e intervenções só fazem bem.

c) Orientar enfaticamente os usuários sobre o que fazer e evitar, falando muito e


demonstrando seu saber.

d) Restrições ajudam o usuário a aderir ao tratamento.

e) Estabelecer vínculo e afeto aumenta as possibilidades de ajudar o usuário.

37. (Pref Betim – AOCP – 2020)

A Clínica ampliada surge como uma possibilidade de humanização da atenção e da gestão no


SUS. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.

a) A proposta da clínica ampliada entende que não são apenas os médicos que fazem a
clínica, mas todos os profissionais de saúde, embora o diagnóstico médico já seja suficiente para
a proposição de intervenções.

b) O profissional de saúde na clínica ampliada deve ter como foco combater as doenças,
priorizando o diagnóstico médico enquanto norteador de sua prática.

c) Mesmo na situação de atenção à emergência e durante procedimentos em que o sujeito


está sedado, é imprescindível dialogar com o usuário para um melhor planejamento da
intervenção.

d) Devem ser priorizados a responsabilização e o compartilhamento entre os serviços,


em detrimento do encaminhamento de pacientes.

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e) Problemas como a baixa adesão aos tratamentos podem ser resolvidos pela prática
clínica centrada na doença.

38. (Pref Betim – AOCP – 2020)

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é formada por unidades com finalidades distintas que
atendem, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde. Assinale a alternativa correta
no que se refere ao atendimento oferecido pela RAPS.

a) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) oferecem atendimento ao usuário sem a


necessidade de afastamento da sua família, substituindo os serviços de urgência e emergência.

b) O CAPS I pode atender a todas as faixas etárias, em casos de transtornos mentais graves
e persistentes, mas não prevê atendimento pelo uso de substâncias psicoativas.

c) O CAPS II pode atender a todas as faixas etárias, em casos de transtornos mentais


graves e persistentes, e dispõe de vagas de acolhimento noturno.

d) O CAPSi oferece atendimento a crianças e adolescentes que apresentam transtornos


mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas.

e) O CAPSad atende apenas adultos em situação de uso de substâncias psicoativas.

39. (Pref Betim – AOCP – 2020)

Assinale a alternativa correta acerca da Reabilitação Psicossocial e da Reinserção Psicossocial.

a) O Programa de Volta para Casa contribui para a reinserção social de pessoas que
passaram longos períodos hospitalizadas em instituições psiquiátricas ou em CAPS.

b) O auxílio-reabilitação, previsto no Programa de Volta para Casa, deve ser pago a um


membro da família, e não diretamente ao beneficiário, devido ao seu transtorno mental.

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c) Egressos de tratamentos em hospital-dia também podem receber o auxílioreabilitação.

d) A Reabilitação Psicossocial prevê articulação com recursos do território nas áreas do


trabalho, habitação, educação, cultura, segurança e direitos humanos.

e) Os hospitais psiquiátricos possuem um importante papel no âmbito da


desinstitucionalização do paciente com transtorno mental.

40. (ESPBA – AOCP – 2020)

Sobre o cuidado em saúde mental com famílias, assinale a alternativa correta.

a) A disponibilização de informações sobre os cuidados em saúde mental deve ser


realizada apenas pela equipe de saúde, evitando a troca de experiências entre os familiares das
pessoas que sofrem de transtornos mentais.

b) O cuidado com família e amigos das pessoas que sofrem de transtornos mentais não
deve ser inserido no projeto terapêutico singular.

c) A rede de atenção à saúde mental deve garantir o cuidado em internações hospitalares


em detrimento do cuidado ofertado pelo CAPS, uma vez que, nesse serviço, mantém-se as
relações de convivência familiar e social.

d) Os cuidados em atenção em saúde mental são exclusivos das equipes nos Centros de
Atendimento Psicossocial (Caps), pois profissionais da atenção básica e de outros setores da
saúde não têm conhecimento em saúde mental com famílias.

e) O trabalho dos profissionais em saúde mental com famílias não deve se limitar a
estratégias definitivas e com saberes prévios padronizados.

41. (ESPBA – AOCP – 2020)

Sobre a Clínica Ampliada, assinale a alternativa correta.

a) É específica da prática da Psicologia.

b) O setting deve ser exclusivamente em uma sala da UBS.

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c) Desvaloriza o trabalho transdisciplinar e multiprofissional.

d) Valoriza a intersetorialidade para atender às demandas dos pacientes.

e) É específica dos Médicos.

42. (ESPBA – AOCP – 2020)

Dentro da política nacional de saúde mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são
referência para os portadores de sofrimento psíquico grave e/ou crônico, incluindo-se os
sujeitos psicóticos. Os CAPS visam algumas ações, EXCETO

a) dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica.

b) promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam,
entre outros, educação e trabalho.

c) manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos
para a saúde mental.

d) gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente, padronizado e


humanizado.

e) coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades


hospitalares psiquiátricas que atuem no seu território.

43. (SESMA BELEM – AOCP – 2020) Acerca do processo de reabilitação e reinserção


psicossocial, assinale a alternativa correta.

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a) A reinserção psicossocial deve buscar a adequação do paciente às demandas


normativas da sociedade em que se encontra inserido, com foco em seus aspectos individuais.

b) O cuidado em saúde mental está ligado diretamente ao aumento da autonomia,


funcionamento psicossocial e integração comunitária das pessoas com transtornos mentais.

c) O processo de reinserção social não deve estar vinculado ao campo de interesses do


paciente.

d) A reabilitação psicossocial, por considerar os aspectos econômicos, socioculturais e


políticos do adoecimento do paciente, não é considerada uma prática clínica.

e) O objetivo da reabilitação psicossocial é a cura do paciente e sua reinserção nas


diversas áreas da vida, como família, trabalho e comunidade.

44. (SESMA BELEM – AOCP – 2020)

A forma de olhar, cuidar e pensar o sofrimento psíquico mudou nos últimos anos no Brasil.
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.

a) O modelo dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) representam uma forma


diferente de ver o sofrimento psíquico após o Movimento de Luta Antimanicomial, concebendo
o indivíduo como dotado de direitos e potencialidades.

b) Os CAPS buscam o atendimento integral do indivíduo, retirando a pessoa da sua


comunidade, pois ali ela pode estar estabelecendo vínculos negativos.

c) A Reforma Psiquiátrica, também conhecida como Movimento Sanitário, ocorreu nos


anos 70 e propôs um projeto de saúde coletiva e equidade na oferta dos serviços em saúde
mental.

d) O trabalho dos CAPS vai além de amenizar o sofrimento do indivíduo, pois busca sua
cura e adaptação aos padrões de normalidade da sociedade.

e) O processo de desinstitucionalização, que ocorreu a partir dos anos 90, consistiu na


eliminação de leitos em hospitais psiquiátricos.

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4 – GABARITO

1. D
2. C
3. C
4. D
5. D
6. C
7. E
8. D
9. D
10. C
11. D
12. C
13. A
14. D
15. D
16. B
17. E
18. E
19. B
20. C
21. B
22. C
23. A
24. B
25. B
26. D
27. A
28. D
29. C
30. C
31. B
32. D
33. C
34. A
35. A
36. E

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37. D
38. D
39. D
40. E
41. D
42. D
43. B
44. A


























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