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Resenha dos capítulos 1 e 2 do livro Totem e Tabu e outros trabalhos

Juracy santana Marinho – 1° Direito

Capítulo 1 – O Horror ao Incesto

O livro aborda, em seu primeiro capítulo, o comportamento de tribos


primitivas australianas e faz observações referente a algumas delas e cita pontos
que para o autor são importantes como o fato desses povos não constituirem um
vínculo mais eficiente com o meio em que vivem, o autor cita como exemplo o
não cultivo do solo e a não domesticação de animais para formação de criações,
ausências de religião e conhecimentos sobre arte. Esses povos aborígines se
organizam socialmente pela liderança de um conselho de ânciões e as regras do
sistema de totemismo..
O sistema do totemismo, para essas tribos, resulta em uma organização
em clãs, cada um com seu totem específico que pode ser atribuído a um animal,
um vegetal ou um fenômeno natural. Esse sistema adota regras rígidas e que
devem ser observadas por todos da tribo, como não matar o animal que
representar o totem e não comer da carne de algum animal sagrado. O totem
não faz distinção quanto ao sexo dos protegidos e uma de suas regras é o
convívio pacífico com outros clãs.
A questão do incesto possue uma ligação com o sistema do totemismo,
pois dentro de clã é proibido o relacionamento entre membro de mesmo totem,
dessa forma o incesto não ocorre, e isso não é devido a algum conceito moral e
sim as evitações impostas pelo sistema de totem, essa regra quando
descumprida leva à aplicação de sanções severas.
Esses comportamento por parte dos integrantes do clã leva a procurar
relação em outras tribos de totem diferente o que caracteriza a exogamia.

Capítulo 2 – Tabu e Ambivalência Emocional

O termo tabu possui origem na Polinésia e representa uma palavra que possui
mais de um sentido, como sagrado, consagrado ou impuro, proibido. Sendo muito
utilizado para proibições e restrições, em sua maioria de cunho moral ou religioso,
não possuem uma fudamentação e sua origem é desconhecida. Para Wundt (1906)
é considerado o código de leis não escrito mais antigo do homem.
A pessoa que viola um tabu passa a ser considerada tabu e se espera que o
próprio tabu puna o transgressor. Existem comparações feitas no texto sobre o
tabu e as neuroses, onde no tabu as consequências recaem sobre a pessoa que
viola, enquanto nas neuroses recaem sobre pessoas próximas ao violador.
Os tabus apresentam restrições severas para quem deva obedecê-los, sendo
evitados por alguns povos a responsabilidade de liderança para não arcar com o
ônus dessa obediência. Essas proibições dirigem-se principalmente contra a
liberdade de prazer, de movimento e comunicação, existe tambem situações de
povos que fazem uso do tabu para justificar e resguardar suas ações.
Os tabus recaem basicamente sobre dois grupos: tabu quanto aos animais e
quanto a pessoas. Em relação aos animais, a proibição de matar o animal do seu
totem ou de consumir a carne de alguma animal sagrado se demonstra como o
mais importante, já quanto as pessoas, existem tabus com relação a certos grupos
como os adolescentes, as mulheres durante o período da menstruação e logo após
parto, os recém-nascidos, os enfermos e os mortos.
O tabu, no texto, é estudado e comparado com as neuroses e dividido em
grupos quanto ao objto do tabu, são eles:
 Tabu quanto ao tratamento com o inimigo – onde existe a crença da
vigança e perseguição por parte do espírito do guerreiro derrotado.
 Tabu quanto aos governantes – Onde evitações severas são praticadas
para que desgraças não venham a acontecer com o seu povo e também a
crença de poderes de cura por parte de alguns governantes.
 Tabu quanto aos mortos – a crença que o contato com os mortos é
virulento e torna a pessoa impura, existindo restições a alimentação e
convívio social na tribo.

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