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MOTIVAÇÃO: Iniciante
A intenção principal ao praticarmos é a nossa aspiração de superarmos o nosso próprio sofrimento e ao mesmo
tempo contribuirmos para o alívio do sofrimento de todos os demais seres.
Na condição em que estamos isso não nos é possível ou nos é possível em escala limitada.
Ao removermos os obscurecimentos que encobrem a Verdadeira Natureza da nossa mente a capacidade de
trazermos benefícios aos outros seres aumenta além de qualquer medida.
Ao estabelecermos essa motivação propomo-nos a fazer a prática de forma diligente e concentrada de modo a
rapidamente alcançarmos os seus benefícios.
HOMENAGEM
Homenagem ao exaltado, iluminado, Buda inteiramente desperto.
REFÚGIO Mahaiana
No Buda, no Darma e na excelente assembleia da Sanga, até que eu alcance a iluminação, neles tomo refúgio.
Através da minha prática das seis perfeições, possam todos os seres atingir o estado búdico.
(repetir 3 vezes)
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PRECE DE DEDICAÇÃO
Ao longo de minhas muitas vidas e até este momento, todas as virtudes que eu tenha alcançado, inclusive os
méritos gerados por esta prática e todas as que vier a conseguir, ofereço para o bem-estar dos seres
sencientes.
Possam a doença, a guerra, a fome e o sofrimento diminuir para todos os seres, enquanto sua sabedoria e
compaixão aumentam nesta e em vidas futuras.
Possa eu claramente perceber todas as experiências como sendo tão insubstanciais quanto o tecido do
sonho durante a noite e imediatamente despertar para perceber a manifestação de sabedoria pura no surgir
de cada fenômeno.
Possa eu rapidamente alcançar a iluminação para trabalhar sem cessar pela liberação de todos os seres.
Desejo Auspicioso
Neste exato momento, possam nem mesmo os nomes doença, fome, guerra e sofrimento ser ouvidos pelas
pessoas e nações da Terra;
Mas possam, sim, sua conduta moral, mérito, riqueza e prosperidade crescer e possam a suprema
bem-aventurança e bem-estar sempre surgir para elas.
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Instruções de Corpo: 1) Sentamos sobre uma almofada como uma cunha elevando o cóccix para que os joelhos
fiquem rentes ao chão. 2) Alongue a coluna como se um fio puxasse o topo da cabeça. 3) Contraímos suavemente o
abdômen, asas abertas, queixo recolhido. 4) Face, ombro e todo o corpo relaxados. 5) Respiração abdominal. 6) Na
inspiração puxe o fio – relaxe o corpo na exalação. 7) Olhos abertos fixos num ponto a frente e para baixo. 8) Ponta
da língua toca o céu da boca. 9) Mentalmente esboçamos um sorriso. 10) INSPIRAMOS E EXPIRAMOS
PROFUNDAMENTE 3 vezes. 11) Retornamos a respiração natural. 12) Iniciamos a Prática conforme instrução
específica. SEJA FELIZ para o benefício de TODOS OS SERES.
MEDITAÇÃO Shamata Pura – Atenção Aberta: 1) Siga as instruções de corpo. 2) Inicie Shamata Impura. 3)
Determine um tempo para Shamata Pura. 4) Abra os 5 sentidos mais o 6° a mente. 5) Não dê sequência ao
quer que surja (historinhas). 6) Não rememore. 7) Não planeje. 8) Não se entregue às circunstâncias. 9)
Como barcos pensamentos fluem rio abaixo. Não entre no barco. 10) Atenção relaxada. 11) Quando devanear
gentilmente traga a mente para meditação. 12) Retome a partir do (4). Vezes após vezes.
Esta é a Prática: Treinar, pacificar, domar, aquietar, subjugar, dirigir, concentrar, controlar, direcionar enfim
familializar-se com a mente tornando-a dócil. 04
MANTRA DA COMPAIXÃO
Centro: 3 ANIMAIS
Semicírculo Preto
Ações negativas levam a mais SOFRIMENTO. Impede seguir o Caminho e transcender.
Semicírculo Branco
Ações positivas levam a felicidade comum. Facilita seguir o Caminho que des-COBRE a FELICIDADE SUBLIME.
Ma-sam-diê-me-she-rab-pa-rol-tchin
Inconcebível, inexprimível, Prajnaparamita
Ma-ke-mi-gak Nam-ka-hi-uh-ôh-ni
Não-nascida, incessante, por natureza semelhante ao céu.
So-so-ran-rik Ye-she-tiô-iul-uá
Experienciada pela cognição discriminativa prístina da consciência autorreflexiva.
Tu-sum Gyal-uê Yum-lá Tshá-sá-lô
Mãe de todos os vitoriosos dos três tempos, a você presto homenagem! (repetir 3 vezes)
Uma vez o Abençoado estava residindo em Rajagriha, na montanha do Pico dos Abutres. Junto com ele estava um grande grupo
da Sanga dos Monges e da Sanga dos Bodisatvas. Em dado momento, o Abençoado entrou no samadi que examina os diferentes
tipos de darma, chamado “profunda iluminação”. E, ao mesmo tempo, o nobre Avalokitesvara, o Bodisatva-Mahasatva,
enquanto praticava a profunda Prajnaparamita, viu que os cinco skandas eram vazios por natureza.
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Então, pelo poder do Buda, o venerável Sariputra disse ao nobre Avalokitesvara, o Bodisatva-Mahasatva: “Como deveria proceder
o filho ou a filha de nobres qualidades que quisesse praticar a profunda Prajnaparamita?” Por ter sido perguntado desta forma, o
nobre Avalokitesvara, o Bodisatva-Mahasatva, disse ao venerável Sariputra: “Ó Sariputra, um filho ou uma filha de nobres
qualidades que desejasse praticar a profunda Prajnaparamita deveria ver assim: - todos os cinco skandas têm a natureza da
vacuidade:
Forma é vazio, vazio é forma. Forma nada mais é do que vazio, vazio nada mais é do que forma.
Do mesmo modo, sensação, percepção, formação mental e consciência são todos vacuidade.
Assim Sariputra, todos os darmas são vacuidade. Não têm características. São não nascidos e não cessam.
Nem impuros e nem livres da impureza. Nem decrescem e nem crescem.
Portanto Sariputra, a vacuidade não tem forma, nem sensação, nem percepção, nem formação mental, nem consciência.
Não tem olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente. Não tem aparência, som, cheiro, sabor, tato e objetos da mente.
Não tem os elementos de consciência relacionados aos olhos e aos demais sentidos físicos, e não tem mente ou elemento de
consciência da mente.
Não tem ignorância, nem extinção da ignorância, nem os elos subsequentes até velhice e morte, e a extinção da velhice e morte.
Do mesmo modo, não há sofrimento, ou origem do sofrimento, ou extinção do sofrimento, nem caminho. Nem sabedoria, nem
realização e nem não realização. 13
Portanto Sariputra, uma vez que os Bodisatvas não têm nada para atingir, eles se manifestam através da confiança na
Prajnaparamita. Uma vez que não há obscuridades mentais, não há medos. Transcendendo completamente as visões falsas,
atingem o derradeiro nirvana. Todos os Budas dos três tempos, por repousarem na Prajnaparamita, atingem completamente a
iluminação perfeita e insuperável.
Portanto, o mantra da Prajnaparamita, o mantra da grande lucidez, é o mantra insuperável, o mantra que torna igual o que é
desigual, o mantra que pacifica por inteiro todo o sofrimento. Uma vez que não produz enganos deveria ser reconhecido como
verdadeiro. O mantra da Prajnaparamita é recitado assim:
Então, o Abençoado retornou de seu samadi e louvou o nobre Avalokitesvara, o Bodisatva-Mahasatva, dizendo: “Muito bom,
muito bom! Ó filho de nobres qualidades: Assim é! Assim é! É exatamente como ensinou. Deve-se praticar a profunda
Prajnaparamita! Todos os Tatágatas irão felicitar!”
Quando o Abençoado pronunciou estas palavras, o venerável Sariputra e o nobre Avalokitesvara, o Bodisatva-Mahasatva, junto
com toda a assembleia e todo o mundo com seus deuses, humanos, asuras e gandarvas todos se alegraram, louvando o que o
Abençoado havia dito.
PADMASAMBHAVA
Guru Rinpoche