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1. Efeito Fotoelétrico. Indique quais os aspectos do efeito fotoelétrico que não podem ser
explicados em termos da teoria ondulatória (clássica) da luz.
SOLUÇÃO
3. Deveria haver um intervalo de tempo mensurável entre o instante em que a luz começa
a incidir sobre a superfı́cie e a ejeção dos fotoelétrons. Contudo, nenhum retardamento é
observado.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
2. Uma placa de potássio é colocada a 1 m de uma fonte luminosa pouco intensa, cuja
potência é de 1 W. Suponha que um fotoelétron ejetado possa ter coletado sua energia em
uma área circular da placa, cujo raio r é um raio atômico (1 Å). A energia necessária para
remover um elétron da superfı́cie do potássio é de cerca de 2.1 eV. Quanto tempo levaria o
elétron para absorver essa quantidade de energia da fonte luminosa?
SOLUÇÃO
A área do alvo é dada por πr2 = π × 10−20 m2 . A área de uma esfera com 1 m de raio,
centrada na fonte, é 4πre2 = 4π m2 . Se a fonte irradia uniformemente em todas as direções
(i.e., se a energia está uniformemente distribuı́da sobre frentes de onda esféricas que se afastam
da fonte, de acordo com a teoria clássica) a taxa R segundo a qual a energia incide sobre o
alvo é:
πr2
R = 1W × 2
= 2.5 × 10−21 J/s
4πre
1
O trabalho tudo vence!
1
Supondo que toda essa potência seja absorvida, pode-se calcular o tempo necessário para
que um elétron adquira energia suficiente para escapar. Esse valor é obtido calculando-se
a razão: (energia necessária para remover um elétron da superfı́cie/taxa segundo a qual a
energia incide sobre o alvo), ou seja
3.4 × 10−19 J
t= = 140 s ' 2 min.
2.5 × 10−21 J/s
Lembremo-nos de que é possı́vel estimar tempos menores. Nenhum, porém, que possa
comparar-se com o limite superior de 10−9 segundos fixado pelas primeiras experiências.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
2. Supôs que no processo fotoelétrico o fóton seja completamente absorvido por um elétron
no fotocátodo.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
4. (a) A energia necessária para que um elétron seja removido do sódio é 2.3 eV. O sódio
apresenta efeito fotoelétrico para a luz amarela, com λ = 5890 Å? Qual é o comprimento de
onda de corte para a emissão fotoelétrica do sódio?
SOLUÇÃO
c 3 × 108 m/s
λ0 = = = 5 395Å.
ν0 5.56 × 1014 1/s
2
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
5. O limiar fotoelétrico para o tungstênio é de 2300 Å. Determine a energia dos elétrons
ejetados da superfı́cie por luz ultravioleta de comprimento de onda λ = 1900 Å.
SOLUÇÃO
Nesse caso, temos de calcular primeiramente a função de trabalho para o material. Sabe-
mos que
c 3 × 108 m/s
W = hν0 = h = 6.626 × 10−3 J.s = 8.64261 × 10−19 J.
λ0 2.3 × 103 × 10−10 m
Ora, a energia cinética dos elétrons ejetados deve ser dada por:
µ ¶
c
K = hν − W = h −W
λ
3 × 108 m/s
= 6.626 × 10−34 J.s − 8.64261 × 10−19 J. = 1.8195 × 10−19 J = 1.13573 eV.
1.9 × 10−7 m
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
6. (Only for masters!)Um fóton de energia hν colide com um elétron estacionário de
massa de repouso m. Mostre que não é fisicamente possı́vel para o fóton transferir toda a sua
energia ao elétron.
SOLUÇÃO
O problema deve ser resolvido relativisticamente. Admitamos que o fóton transfira toda a
sua energia ao elétron. A conservação de momento exige que
hν
hν + mc2 = mγc2 , com = mγβc,
c
onde, como sabemos
v
β= e γ = (1 − β 2 )−1/2 .
c
A velocidade do elétron, depois da colisão, nesse caso, deve ser v. Eliminando-se hν da
equação de conservação, obtém-se:
γβ = γ − 1, (1)
cuja única solução é β = 0 ou γ = 1. Isto é uma contradição.
3
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
4
E0 + m0 c2 = E1 + K + m0 c2 , ou E0 − E1 = K.
c(p0 − p1 ) = K. (4)
Por outro lado, como E = K + m0 c2 (valia 0.5 ponto na primeira prova!), pode-se escrever
a relação geral E 2 = c2 p2 + (m0 c2 )2 na forma
K
(K + m0 c2 )2 = c2 p2 + (m0 c2 )2 =⇒ + 2Km0 c2 = p2 . (5)
c2
Substituindo p2 de (3) e K de (4) na expressão acima, obtemos:
SOLUÇÃO
5
O resultado acima independe do comprimento de onda incidente.
hc
Ex = hν = = 1.99 × 10−18 J = 12.4 keV.
λ
A energia perdida pelo fóton é igual à energia ganha pelo elétron, ou seja, 0.295 keV, de forma
que a perda percentual de energia é
0.295 keV
× 100% = 2.4%.
12.4 keV
O mesmo tipo de cálculo feito para o fóton dos raios γ, fornece, respectivamente os resultados:
378 keV
Eγ = 660 keV e × 100% = 57%.
660 keV
Assim, os fótons mais energéticos (aqueles que têm menores comprimentos de onda) sofrem
uma maior perda percentual de energia no espalhamento Compton. Issso corresponde ao fato
de os fótons de menores comprimentos de onda sofrerem um maior aumento percentual em
seu comprimento de onda ao serem espalhados. Isso se depreende da expressão para a perda
relativa de energia, dada simplesmente por
K h c ∆λ/λ(λ + ∆λ ∆λ
= = (12)
E h c/λ λ + ∆λ.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
6
10. Obtenha a relação
à !
θ hν
cot = 1 + tan φ
2 m0 c2
SOLUÇÃO
Usando a primeira forma das equações (7) e a relação 1−cos θ = 2 sin2 θ/2, podemos escrever
à !
θ hν
cot = 1 + tan φ. Q.E.D.
2 m0 c2
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
11. Obtenha uma relação entre a energia cinética K de recuo dos elétrons e a energia E
do fóton incidente no Efeito Compton. Uma forma para essa relação é
³ ´
K
2hν
m0 c2
sin2 ( 2θ )
= ³ ´
E 1 + m2hν 2 sin2 ( 2θ )
0c
SOLUÇÃO
7
Podemos usar diretamente a equação (12) com (8) para escrever:
K 2 sin2 2θ sin2 2θ
= m0 c2
= 2
E hν
+ 2 sin2 θ
2
( m2hν
0c
) + sin2 θ
2
³ ´
2hν
m0 c2
sin2 ( 2θ )
= ³ ´ Q.E.D.
1 + m2hν0c
2 sin2 ( 2θ )
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
12. Sempre naquele estilo econômico, diga em que consiste o modelo atômico de Thomson
e quais são as suas principais imperfeições.
SOLUÇÃO
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
Suponhamos que o elétron esteja a uma distância a do centro, com a menor do que o raio
da esfera. Da lei de Gauss, sabemos que podemos calcular a força que atua sobre o elétron
usando a lei de Coulomb
µ ¶
1 4 3 e ρea
F =− πa ρ 2
=− ,
4π²0 3 a 3²0
8
onde (4/3)πa3 ρ é a carga positiva total em uma esfera de raio a. Portanto, podemos escrever
F = −ka, onde a constante k = ρe/3²0 . Se o elétron, inicialmente em repouso em a, é
deixado livre, sem velocidade inicial, essa força vai produzir movimento harmônico simples ao
longo de um diâmetro da esfera, pois ela está sempre dirigida para o centro e tem módulo
proporcional à distância ao centro.
(b) Temos
e
ρ= 4 .
3
πr03
Assim
ρe e e e2
k= = 4 03 = 03
= 2.3 × 102 N/m.
3²0 3
πr 3² 0 4π²0 r
s s
1 k 1 2.3 × 102 N/m
ν= = −31
= 2.5 × 1015 s−1 .
2π m 2π 9.11 × 10 kg
Como (em analogia com a radiação emitida por elétrons oscilando em uma antena) a radiação
emitida pelo átomo terá esta mesma freqüência, ela corresponderá a um comprimento de onda
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
µ ¶2 Ã !2 µ ¶
1 zZe2 2 Θ
πIρt cot ,
4π²0 M v2 2
9
SOLUÇÃO
Em sala de aula – é verdade que com a presença de poucos estudantes4 , devido ao elevado
número de faltas – ficou demonstrado, com todos os detalhes, que o número de partı́culas α
espalhadas entre os ângulos Θ e Θ + dΘ era dado por:
µ ¶2 Ã !2
1 zZe2 Iρt2π sin Θ
N (Θ)dΘ = dΘ.
4π²0 2M v 2 sin4 Θ/2
O que se pede agora é que calculemos o número de partı́culas espalhadas com ângulos que
variam entre Θ e valores maiores, isto é, até π. Esse número deve ser dado simplesmente
integrando-se a expressão anterior na forma abaixo:
Z π
N (> Θ) = N (Θ)dΘ.
Θ
Z π
sin x
dx = 2 cot2 (x/2).
Θ sin4 (x/2)
Assim
Z πµ ¶ Ã !2
1 2 zZe2 Iρt2π sin Θ
N (> Θ) = dΘ
Θ 4π²0 2M v 2 sin4 Θ/2
µ ¶2 Ã !2 µ ¶
1 zZe2 Θ
= πIρt cot2 .
4π²0 M v2 2
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
10
SOLUÇÃO
Usamos a condição de estabilidade mecânica do elétron, i.e., (força coulombiana que atua
sobre o elétron ) = ( força centrı́peta que mantém o elétron em sua órbita circular), ou seja
1 Ze2 v2
=m , (13)
4π²0 r r
onde v é a velocidade do elétron em sua órbita e r é raio dessa órbita. A quantização do
momento angular - um dos postulados de Bohr que foram enunciados na questão anterior pelo
estudante diligente - assevera que
nh̄
mvr = nh̄, n = 1, 2, 3, ... ou v= . (14)
mr
Usando a expressão acima para v na (13) obtém-se
n2 h̄2
rn = 4π²0 , n = 1, 2, 3, ...,
mZe2
e, usando o valor de rn obtido em (14) vem:
nh̄ 1 Ze2
vn = = , n = 1, 2, 3, ... .
mrn 4π²0 nh̄
Por fim, a energia potencial é dada por
Ze2 1
V =− = −2 mvn2 = −2K.
4π²0 r 2
Assim, a energia total será E = K + V = −K, ou seja
mZ 2 e4 1
En = − , n = 1, 2, 3, ... .
(4π²0 )2 2h̄2 n2
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
11
A energia de ligação do átomo de hidrogênio (a energia que liga o elétron ao núcleo) é
numericamente igual à energia do menor estado ( o estado fundamental). Assim:
µ ¶2
1 me4
Elig = E1 = − = −13.6 eV
4π²0 2h̄2
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
18. Estime a temperatura de um gás contendo átomos de hidrogênio para o qual serão
observadas linhas da série de Balmer para ao espectro de absorção.
SOLUÇÃO
n2 e−E2 /kB T 5
= −E1 /k T = e(−1.18×10 K)/T .
n1 e B
Assim, uma fração significativa de átomos de hidrogênio estará no primeiro estado excitado
somente quando a temperatura for da ordem de 105 K. Onde entra a série de Balmer? Somente
quando os átomos absorvem a partir desse estado eles podem produzir linhas da série de
Balmer, que são, de fato, observadas no gás hidrogênio de algumas atmosferas estelares.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
19. Explique como a correção para a massa nuclear finita do átomo de hidrogênio permite
distinguir linhas espectrais deslocadas que levaram à descoberta do deutério em 1932.
SOLUÇÃO
O espectro seria idêntico se não fosse a correção para a massa nuclear finita. A constante
de Rydberg para um átomo cujo núcleo possua massa infinita é dada por:
µ ¶2
1 me4
R∞ = .
4π²0 4πh̄3 c
A constante de Rydberg corrigida para massa finita é dada por
µ
RHM = R∞ ,
m
5
Meu xará!
12
pois no lugar da massa do elétron m usamos a massa reduzida do sistema elétron + núcleo,
isto é, usamos µ = m M/(m + M , onde M é a massa do núcleo. No caso em baila, temos
para o hidrogênio (M = massa de um próton)
R∞ 109737 cm−1
RH = m = 1 = 109678 cm−1 ,
1+ M 1 + 1836
R∞ 109737 cm−1
RD = m = 1 = 109707 cm−1 .
1+ M 1 + 2×1836
Assim, RD > RH (uma miséria) mostrando que as linhas espectrais do deutério são deslocadas
para comprimentos de onda ligeiramente menores se comparados aos do hidrogênio.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
Enuncie.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
Sabemos que 1/4π²0 = 9.0 × 109 J. m/C2 e que G = 6.67 × 10−11 N m2 /kg2 . A razão
entre os módulos das as duas forças é:
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
13
22. Quais são a energia, o momento e o comprimento de onda de um fóton emitido por
um átomo de hidrogênio ao fazer uma transição direta de um estado excitado com n = 10
para o estado fundamental? Obtenha a velocidade de recuo do átomo de hidrogênio neste
processo.
SOLUÇÃO
a) Energia
µ ¶
1 1
∆E = E10 − E1 = −13.6 2
− 2 = 13.5 eV.
10 1
b) Momento
∆E 13.5 × 1.602 × 10−19 J
p= = 8
= 7.21 × 10−27 kg m/s.
c 3 × 10 m/s
c) Comprimento de onda
É bem grande!
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
14
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
24. (a) Usando a fórmula de Bohr, calcule os três maiores comprimentos de onda da série
de Balmer. (b) Entre quais limites de comprimentos de onda está a série de Balmer?
SOLUÇÃO
µ ¶
1 1 1
= RH 2 − 2 , m = 3, 4, 5, ... .
λ 2 m
Os três primeiros comprimentos (são os três maiores) são dados por:
µ ¶
1 1 1
= RH 2 − 2 = (6565Å)−1 vermelho
λ1 2 3
µ ¶
1 1 1
= RH 2 − 2 = (4863Å)−1 azul − verde
λ2 2 4
µ ¶
1 1 1
= RH 2 − 2 = (4342Å)−1 violeta
λ3 2 5
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
25. Considere um corpo girando livremente em torno de um eixo fixo. Aplique as regras
de quantização de Bohr-Sommerfeld, e mostre que os valores possı́veis para a energia total
são:
h̄2 n2
En = , n = 0, 1, 2, ...,
2I
onde I é o momento de inércia em torno do eixo de rotação.
SOLUÇÃO
15
Um corpo girando em torno de um eixo fixo tem energia cinética rotacional dada por
1 2 L2
E = Iω = ,
2 2I
onde ω é a velocidade angular do movimento e L = Iω é o momento angular. Basta considerar
o postulado de Bohr, para o qual L = nh̄, e teremos o que se pede, i. e.,
h̄2 n2
En = , n = 0, 1, 2, .... .
2I
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
26. Suponha que o momento angular da Terra (cuja massa é de 6.0 × 1024 kg) devido a
seu movimento em torno do Sol (órbita de raio= 1.5 × 1011 m) seja quantizado segundo a
relação de Bohr L = nh/(2π). Qual é o valor do número quântico n? Poderı́amos detectar
tal quantização?
SOLUÇÃO
Sabemos que L = mvr = nh̄. No caso em baila, devemos considerar a velocidade orbital
da terra (média) que sabemos ser v = 3 × 104 m/s. Teremos (no SI):
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
Descubra!.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
28. (a) Qual é o comprimento de onda de de Broglie de uma bola de masa m = 1.0 kg
movendo-se a v = 10 m/s? (b) e de um elétron cuja energia cinética é de 100 eV?
SOLUÇÃO
16
a) No caso de uma bola
h h 6.6 × 10−34 J s
λel = =√ =q = 1.2×10−10 m = 1.2Å.
p 2mK −31 −19
2 × 9.1 × 10 kg × 100 eV × 1.6 × 10 J/eV
(16)
.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
29. (For Masters!. Mostre que para associar uma onde de de Broglie com a propagação
de fótons, os fótons devem viajar à velocidade da luz c e sua massa de repouso deve ser zero.
SOLUÇÃO
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
30. Um critério que distingue se uma dada configuração é clássica ou quântica pode ser
estabelecido por meio do comprimento de de Broglie λ nos seguintes termos. Se L for uma
escala de comprimento tı́pica da configuração em baila, pode-se afirmar que é clássica se
λ¿L
17
e que é quântica se
λ À L.
Usando esses critérios diga qual ‘fı́sica’ é relevante nos casos que seguem.
(a) Um elétron atômico. Para comprimento tı́pico use o raio de Bohr. Para energia tı́pica use
um Rydberg (descubra quanto vale!);
SOLUÇÃO
h 6.6 × 10−34 Js
λ= √ =q = 3.3 × 10−10 m.
2×m×K 2 × 9.1 × 10−31 kg × 13.6 eV × 1.6 × 10−19 J/eV
(20)
Portanto, λ ' 6L e a configuração é quântica.
(b) Um próton em um núcleo. Para o tamanho do núcleo, use 1 fermi. Para energia use ' 10
MeV;
√
b) Nesse caso, L = 10−15 m = 1 fermi e, por outro lado, usando p = 2mK, podemos
obter
6.6 × 10−34 J s
p= q = 9 × 10−15 m = 9fermi > L.
2 × 1.7 × 10−27 kg × 100 × 106 eV × 1.6 × 10−19 J/eV
(21)
Portanto, esta configuração também é quântica.
(c) Um elétron em um tubo de vácuo operando a 10kV;
18
que, de fato, mostra-nos tratar-se de uma configuração clássica, pois λ ¿ L, mesmo que
o tubo de raios catódicos fosse muitas vezes menor (i.e., L fosse menor do que aquele que
estimamos).
(d) Um gás de elétrons cuja densidade é de 1020 elétrons por cm3 a uma temperatura de 300K.
Ora, um gás de elétrons ( gás de Fermi) desse tipo tem um volume por partı́cula dado por
V 1
v= = = 10−20 cm−3 . (23)
N N/V
Isso significa que o comprimento tı́pico que estamos procurando deve ser da ordem de L '
v 1/3 ' 2 × 10−7 cm = 20Å.
Por outro lado, se a temperatura é de 300 K, significa que a energia média de cada uma
das partı́culas do gás é da ordem de K = kB T ' 4.0 × 10−21 J. Ora, isso nos permite calcular
h
λ= √ ' 7.6 × 10−9 m = 76Å. (24)
2mK
Nesse caso, mais uma vez, temos uma configuração quântica, pois λ À L. De fato, nesse
regime, o gás de Fermi vem tratado como um gás degenerado!
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
Z ∞
ψ(x, t) = g(k)ei(kx−ω(k)t) dk,
−∞
com
2
g(k) = e−a(k−k0 ) .
Desenvolvendo ω(k) em torno de k0 , obtenha a forma explı́cita para ψ(x, t). Calcule as
larguras dos pacotes definidos por |g(k)|2 (∆k ) e por |ψ(x, 0)|2 (∆x) e mostre que
∆k∆x ≥ O(1).
19
SOLUÇÃO
Este problema está feito no caderno do aluno freqüente, pois feito com detalhes - quase que
tediosos! -, em sala de aula. Não somente uma vez; foi revisado na aula subseqënte.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
33. Considere uma partı́cula com energia E = p2 /2m movendo-se em uma dimensão
(ao longo de x). A incerteza em sua localização é ∆x. Mostre que se ∆x∆p > h̄, então
∆E∆t > h̄, onde (p/m)∆t = ∆x.
SOLUÇÃO
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
SOLUÇÃO
c 3 × 108
E=h = 6.6 × 10−34 × ' 2 × 10−14 J. (26)
λ 10−11
A conversão em eV fica por conta do leitor!
b) Basta calcular ∆p = h̄/∆x, considerando que ∆x = 10−9 .
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
p2 1
E= + Cx2 .
2m 2
20
Mostre, usando a relação de incerteza (no seu valor mı́nimo h̄/2 ), que a energia mı́nima do
oscilador é dada por E0 = hν/2, where
s
1 C
ν= .
2π m
SOLUÇÃO
(∆p)2 1 h̄2 1
E= + C(∆x)2 = 2
+ C∆x2 . (27)
2m 2 28 m ∆x 2
O mı́nimo a energia vem para
à !1/2
dE −h̄2 2 h̄2
= + C∆x = 0 =⇒ (∆x) = . (28)
d(∆x) 4m∆x3 4mC
Para este valor de ∆x a energia total é mı́nima e se torna:
s s
1 C 1 1 C
E = h̄ = h ν, com ν= .
2 m 2 2π m
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
36. Num certo experimento com fenda dupla, com um detector apropriado, se uma fenda
estiver fechada, a amplitude
s
1 −y2 /2 i(ωt−ay)
ψ1 = e e
2
é medida. Se a outra fenda estiver fechada, a amplitude
s
1 −y2 /2 i(ωt−ay−by)
ψ1 = e e
2
será medida. Qual será o padrão de intensidade ao longo de y quando ambas as fendas
estiverem abertas?
SOLUÇÃO
21
Antes de mais nada convém reconhecer que as amplitudes podem ser escritas na forma:
θ1 = ωt − ay e θ2 = ωt − ay − by = θ1 − by. (30)
Para cada uma das fendas abertas (quando a outra está fechada) as intensidades das ondas
são dadas por
ψ = ψ1 + ψ2 . (32)
A intensidade resultante correspondente pode ser escrita na forma
2
I = e−y cos by. (34)
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
37. Um elétron está localizado no espaço com uma incerteza ∆x = 10−6 m. Sua veloci-
dade é de, aproximadamente, 106 m/s. Deseja-se medir o seu momento com uma precisão de
1 parte em 103 . É possı́vel? Explique.
SOLUÇÃO
22
Por outro lado, o Princı́pio de Incerteza prevê que com a precisão que se tem em x, tenhamos
por preciso (máxima) em p a quantidade
h̄ 1.05 × 10−34
∆p = = ' 0.5 × 10−28 kgm/s. (36)
2 ∆x 2 × 10−6
A conclusão fica por conta do leitor!
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
38. Descanse!
SOLUÇÃO
23