Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Moraes - Notas Sobre Identidade Nacional e Institucionalização Da Geografia No Brasil
Moraes - Notas Sobre Identidade Nacional e Institucionalização Da Geografia No Brasil
INTITUCIONALIZA AODA
GEOGRAFIA NO BRASIL *
• Este IUIO f� apresentado no Grupo ck Tr.balho Penumenlo SoCIal do Brasil no XV Encontro Anual d. Anpocs.
Caxambu,1991
se as fronteiras, e estas qualificam povos, Alsácia e Lorena. Isto para ficar apenas nos
cujo caráter vai sendo moldado num iItin clássicos. Um traço, todavia, parece apro
te � to intercâmbio com seus tOrTÕCS na
f ximar as várias manifestações: a cenlralida
taIS. de do dicurso geográfico nos momentos de
168 ESlUDOS HlSroRlros-l991A1
dade nacional (tomada projeto) que em si do, não existe Brasil sem a instalação por
I1kSma legitima o Estado. tuguesa em terras sul-americanas, e mais,
o "povo" no seu devido lugar, qual seja, de sem uma efetiva consolidação dessa pre
subalterno: tudo isso envolto numa lingua sença-processo que demora cerca de dois
gem altamente eientificista, que apenas séculos para se estabelecer.
"constata" pela uobservação empírica" os É interessante observar que foi apenas
"falos" presentes na superfieie tellestre. no bojo da finalização de tal processo que
Fica evidente a eficáeia de tal discurso face começa a emergir a consciência da existên
aos contextos já mencionados vivenciados, cia de interesses autóctones e autocentrados
por exemplo, pelos países latino-america na Colônia. t6 E é somente a partir dessa
nos. consciência que é possível falar de Brasil
Nesse sentido, seria lícito aventar que como embrião de uma unidade política com
em tais países: a geografia, como comuni identidade própria, e não como mero apên
dade acadêmica e disciplina escola r, deve dice do território ultramarino português.
ria conhecer um desenvolvimento rápido e fortalecimento dessa consciência - nas eli
pleno; à centralidade real ou potencial do tes, é claro - se objetivou num maior grau
discurso geográfico corresponderia uma de cruaizamento à terra e num progressivo
forte institucionalidade; o "geognílico" movimento de conquista territorial que
galgasse um status reconhecido de ciência atravessa o processo de independência,
básica; OS geógrafos conhecessem certa sendo inclusive um de seus alimentos. A
profissionalização e gozassem de relativo integridade do espaço potencial de ocupa
prestígio nos círculos de poder. Enfim, ção da Colônia aparece como o grande
seria sustentável a hipótese da centralidade atrativo da estratégia do compromisso em
da dimensão espacial nesses países vir tomo do príncipe português, a qual legiti
acompanhada de uma valorização explíci maria - pela continuidade dinástica - a
ta da geogra lia, como a ocorrida nos países unidade do território brasileiro.
europeus. Vê·se que, no caso brasileiro, a centrali
dade da dimensão espacial comum às for
mações coloniais manifesta-se em toda ple
nitude.
do solo aliado a um padrão intensivo de
111 apropriação dos recursos (numa ótica que
incluía entre esses as populações encontra
A fomlação brasileira aparece como das)t7 foi aqui instalado, gemndo um siste
exemplar no que tange às características ma produtivo ávido de braços e de terras.
mencionadas no ítem anterior. Um;:1 colô Objetivando-o, desenvolveu-se uma estru
nia sem atrativos imediatos paro o conquis tum social em cuja base imperavam rela
tador, constrói·se pela ocupação do solo ções escravistas de produção, que vão mar
com a efetiva criação de um apamto produ· car profundamente toda a sociabilidade
tivo, sendo assim mais uma obm de edifi brasileira (Franco, 1969; Schwarz, 1977). •
cação de algo novo do que de apropriação Tal quadro foi integralmente herdado quan-
de urna estrutura preexistente - como em do da emancipação política da Colônia,
outras partes do mundo colonial e da pró colocando o novo país no rol daqueles que
pria América (Moraes, 1991). conhecem dificuldades para annnar sua
nesse sentido, é geneticamente uma inven identidade nacional (Ortiz, 1985).
ção lusitana, um resultado da expansão co Tal situação se expressou, por exemplo,
l4
lonial européia Ontologicamente falan- na base regional dos movimentos contes-
170 ESTUDOS IIlSTÓRICOS 199118
-
23
tematiza m a tarefa das elites- a construção período (como a da história urbana)
do país -, questionando bastante 110 povo Rastrear as leituras efetuadas dos geógra
de que dispomos para realizar tal tarefa". fos da época, os usos realizados das dife
Observa-se claramente nesses escritos a rentes teorias e conceitos, as rdiaçóes as
visão do país como um espaço a se ganhar, sumidas, sem dúvida ajudaria a explicar o
sendo sua população apenas o veículo da porquê da não-institucionalização da geo
tal ação. Vale lembrar que este é um perío grafia no país, apesar de sua centratidade
do de forte dinamismo no avanço de fren prática c ideológica. Enfim, muito há que
tes pioneiras por diferentes qu.1drantes do se pesquisar para fornecer uma resposta
território, tanto na Amazônia (animada pe adequada a essa questão.
la extração da borracha) quanto no Sudeste
(dentro da marcha do café), ou ainda em
outros movimentos de rncnorcnvergadura
(como a ocupação do terceiro plarutllo ca
tarinense). v
Observa-se, assim, uma época de acen
tuação tanto do processo de produção ma O período da institucionalização da
terial do espaço brasileiro - a construção geogrnfia no Brnsil também se revela alta
da geografia material do país ou a valori mente interessante para explicar a questão
zação objetiva de seu espaço - quanto de proposta: L11110 pelo exame dos elementos
sua produção simbólica -de construção de que objetivam-na naquela conjuntura.
representaçôcs dos dois planos animou a quanto. por contraste, para lançar luz sobre
instalação no país da geografia como um sua não-objetivação anterior. Como visto,
campo especializado e institucionalizado. a annação de um aparato institucional de
O primeiro aponta um pouco mais nesse dicado a essa disciplina data da década de
sentido, gerando alguns institutos que se 1930com a organização dos cursos univer
dedicam ao levantamento geográfico das sitários de geogrdfia no Rio de Janeiro e
áreas pioneiras, um labor desempenhado em São Paulo (1934), a nonnatização da
por um corpo de especialistas denomina disciplina no ensino básico de alguns esta
dos "engenheiros topógrafos". Estes, dos, a fundação da Associação dos Geó
apesar de aludirem amiúde a geógrafos e a grafos Brasileiros (1935), a mação. pelo
teorias geográficas, se aproximam mais Estado, do Conselho Nacional de Geogra
dos naturalistas dos séculos XVU-XVIII fia (1937) e do Instituto Brasileiro de Geo
que do pensamento geográfico europeu grafia e Estatística (1939). Tais atos, inter
que lhes era contemporãneo. Este estará ligados, rapidamente confonnam uma co
mais presente no plano da construção sim munidade de geógrafos no país.
bólica, onde, todavia, manifesta-se de mo É cena como alerta Massimo Quaini
"4
do bastante difuso, não gerando nem espe (1983:34) que não se pode confundir a
cialistas nem instituições especializadas. história de uma disciplina com a da sua
O que foi apresentado faz desse período institucionaJização. Todavia, a constitui
de trnnsição um universo interessante para ção de uma comunidade geográfica espe
se analisar o tema da construção de uma ciali7Jlda, se não monopoliza a fonnulação
identidade nacional em bases geográficas, do discurso espacializante (e sua projeção
isto é, por referência ao território e não à no tema da identidade nacional) interfere
sociedade que o habita: um universo ainda fortemente em sua produção e divulgação
pouco explorado, bem menos que outras (Otpel. 1977). O movimento de aUlolegi;
abordagens que se dedicaram à análise do timação do trabalho científico, impulsio-
172 ES11JDOS HlSroRlOOS - 1991A
nado pela afinnação de uma razão técnica, contemplados os temas clássicos da rene
ZS
gera a figura do especialista e com ele o xão geográfica. Vale lembrar que este
argumento de autoridade, que só pode ser bloco se mostrou atento à necessidade de
questionado interpares (Habennas, 1980). gerar uma política cultural de massa (coisa
Assim, a renexão sobre o espaço passa a que o Estado Novo colocará em prática), e,
ter o seu [ocus de legitimação. Vale lem nesta, a construção de uma nova imagem
brar que a primeira batalha dessa comuni do país recebeu relativo destaque (Olivei
dade no Brasil Coi contra o ensaísmo domi ra, Velloso & Gomes, 1982).
nante, destituído do "rigor empírico" da O Estado Novo Coi um período de inten
Hciência". sa Connulação oficial de políticas territo
Mesmo caindo no alvo da crítica dos riais explícitas (Costa, 1988). Pode-se di
geógraCos "científicos", o levantamemo de zer que nesse período Coi criado (e territo
alguns equacionamentos - mesmo que seja rializado) o próprio aparelho de Estado
como hipótese de trabalho -aparece como brasileiro (Draibe, 1985). Construía-se as
incsislÍvel, em primeiro lugar, pelo Cato da sim, uma nova geografia material do país,
institucionalização ocorrer num momento e eSta se razia acompanhar de uma nova
de ampliação da pal1icipação política, que construção simbólica da identidade nacio
trazem seu bojo um alargamento da neces nal: o nacional agora claramente expresso
sidade de uma base ideológica de massas como estatal e oficial. Por isso, o período
para legitimar as Connas de dominação também foi rico no que tange à Connulação
vigentes (Cândido, 1984). O fato de a de representações do espaço, uma época de
estrutura social do país ter-se tornado mais ampla di Cusão de ideologias geográficas.
complexa ao longo das primeiras décadas O exposto pennite levantar uma segunda
do presente século - e, notadamente, o hipótese: seguindo cel1a similaridade com
incremento da urbanização - acarretou a o process o europeu, a centralidade da geo
ultrapassagem das Connas de repre grafia no contexto brasileiro estaria apoia
sentação política tradicionais, o que se ex da em sua eficácia ideológica na conjuntu
pressa na instabilidade das décadas de ra de afirmação não da nacionalidade em
1920 e 1930. Nesse quadro acirrou-se em si, mas do Estado nacional? Repousaria tal
muito a luta ideológica presente no pensa eficácia na possibilidade abel1a por essa
mento brasileiro, multiplicando-se as ver disciplina no que se reCere à construção de
•
tentes teóricas em disputa pela construção uma identidade pelo espaço?
de uma hegemonia (Mota, 1976). Este questionamento torna-se mais
Apesar do discurso geográfico (ou es complexo com a entrada em cena do con
pacializante) aparecer com relativa ênCase ceito de região. Este, também uma possi
em várias dessas vel1entes, o papel aí de bilidade de identidade pelo espaço, conhe
sempenhado pela geografia e pelos geó ce uma significativa base objetiva de Cor
graCos resta ainda pouco estudado. A rela mulação no país. Indagar acerca dos sujei
ção entre a institucionalização da geografia tos e contextos de criação e divulgação dos
e a construção de uma base política de discursos dos diCerentes regionalismos
massas, com uma larga ampliação do mer presentes no Brasil abre outro fonnidável
26
cado cultural, não conheceu ainda um tra universo de pesquisa. Até que ponto a
tamento sistemático. De todo modo, o blo identidade regional cumpriu um papel de
CO vencedornessa disputa -aglutinado em [oeus de resistência dos dominados? Até
tomo da liderança de Getúlio Vargas - que ponto Coi uma estratégia oligárquica
apresentou no processo (e praticou no go para se contrapor ao processo de centrali
verno) uma plataConna çnde estão bem zação política? Até que ponto Coi um ex-
IDENTIDADE NAOONAL E lNsnWOONAII
lAÇAo DA GEOOIlAFlA 173
tÕe5 que demandam um cabedal empírico está entre os autores que enfatizam a -extratem
lorialidade" dos Estados dinásticos.
ainda e m elaboração.
3. Vale lembrar que a produção do discurso
das "histórias nacionais", como em Michelet
para o caso fraocis. contemplava sempre um
capítulo inlrodutório de amho geográfico, que
apresentava o "palco" onde transcorria a cons
V1 trução da naciooalidade. Ver Oaval & Nardi,
(1968).
Finalizando, vale ressaltar que a eficá 4. Sobre a descontinuidade na história da
cia das ideologias deriva em muito de sua geografia, ver Osval (1974).
não-transparência. A plena reificação é o 5. Para um comentário sobre Foucault, ver
total encobrimento dos processos, seu não Moraes (1987).
questionamento. Assim, a temática aqui 6. A definição do território como área de
tratada poderá parecer para alguns como exercicio de um poder unitário, central, na for
válida apenas num sentido estritamente mulação da idéia de soberania aparece já nos
historiográfico; como uma questão ultra escritos de Jean Sodin. na segunda metade do
passada pela marcha da história; como século XVI (cf. Bobbio, 1980). Segundo Ander
son (1984), tal perspectiva espacializada seria
uma ideologia antiga na nossa época de
um elemento de diferenciação entre 8 aborda
"fim dos Estados nacionais", veiculada por
gem de Sodin e a de Machiavel.
um discurso anacrônico e desgastado.
7. Aqui ít geografia inoorpora em muito a
Porém, quando se observam - por
temática de índole dos povos comum na filosofia
exemplo - a composição do poder legisla
política do século XVIII, sendo rreqüentes nos
tivo no Brasil, o critério espacial e não dássicos da geografia moderna 8S alusões, por
populacional de sua montagem, a ampla exemplo. a Montesquieu ou a Herder(cr. Quaini,
desproporcionalidade da representação po 1983).
lítica a que ele conduz e a imponância que 8. O que alerta pard os perigos, do ponto de
isso joga na definição da vida da sociedade vista das ciências humanas, da atual onda am·
brasileira, bem como a ação das bancadas b;ent..1Iista, que pode veicular certo retomo natu·
"regionais" na câmara e seu corporativis rali z a n t e e x a t a m e n t e n e s s e r e s g ate d a
mo, o questionamento das ideologias geo perspectiva hoJrstica (cf. Moraes, 1986a).
gráficas e da identidade pelo espaço parece 9. O oonceilo de região, por exemplo, deriva
adquirir relevo, exatamente pela sua efeti originariamente da geologia(onde caradérizava
vidade. Se não, basta passar pela alfândega áreas de certa homogeneidade em tennos de
estrutura geológica); o conceito de território foi
de algum país europeu portando um passa
tomado da botânica e da zoologia (onde em
porte de país periférico para se sentir objeto
aplicado na identificação das zonas de domínio
de uma qualificação pelo lugar. de uma espécie vegetal ou animal); e assim por
diante (cf. Bcrdoulay, 1988).
12, Cabe aqui resgatar 8 distinção efetuada meio". Todavia, não é taro encontrar argumen
por Darcy Ribeiro (1975) entre os povos "no tações que combinam as teses racistas com as do
vos", "transplantados" e "Ieslemunhos". determinismo geográfico.
13. Vale lembrar a fundamentação da geogra· 22. O levantamento sistemático dos leitores
fia moderna no positivismo comteano. Ratzel, o de Ratzcl no Brasil resta ainda romo um tema
pioneiro fonnulador de uma geografia especial para investigações futuras.
mente dedicada aos problemas humanos, prople 23. As cidades brasileiras na virada do século
a sua antropogeografia como um romplemenlo já oonhecem interessa ntes estudos, tanto no que
à física social de Augusto Cornle (cf. Moraes, se refere à produção e reprodução material do
1990). espaço urbano quanto no que toca à sua vivência
14. Aceita-se aqui a interpretação desenvol e apropriação simbólica. Tome-se, por exemplo,
vida por Edmundo O'Gorroan (1984) de que, do Svecenko, 1983.
ponto de vista ontológico, a América como um 24. Porém, há que se aceitar também que a
todo foi uma construção européia. inslitudonalização da disciplina traz qualidades
15. Vale lembrar que em meados do século novas à legitimação de seu discurso (Capei,
XVII convivem no atual lerrit6rio brasileiro dis 1977).
tintas zonas de soberania: além do estado do 25. Esta temática é, no momento, objeto de
Brasil, também o do Maranhão (o primeiro res pesquisa da dissertação de mestrado de Luis
pondendo na época ao Conselho de Portugal, e Lopes Dinis Filho - Território e Estado Novo,
o segundo diretamente à corte de Madri). o Bra ideologias geográficas e políticas territoriais na
sil holandês (ou Nova Holanda), o território livre ditadura Vargas, Departamento de Geografia,
de Palmares (soberano em seu espaço) e os FFLCH/USP, em rase de redação.
territórios missionários (de ambíguas relações
26. Nessa temática já existem algullS bons
de obediência, formal mente vinculados à Coroa
estudos como: Silveira, 1984; Oliven, 1984 e
espanhola ou portuguesa, mas também respon
1989; Carvalho, 1984. Sobre a oenlralidade da
dendo ao oomando papal).
questão regional no contexto da década de 1930,
16. E tal ronsci!ncia forjou-se na lula rontra ver: Oliveira, 1987; Oliven.1986.
o domínio holandês, onde a reronquista foi efe
tuada sem uma intervenção maior da metrópole
portuguesa (na época envolvida com a consoli
dação de sua própria autonomia). a. Mello,
1975.
Bibliografia
1·7. Vale recordar com Pierre Chaunu
(1984:243) que, já no início da colonização, a
divisão dos índios aparecia como "o espólio ABELLAN,losé Luis. 19n. La id"" da Améri
. cai origen y elJOluc;ól1. Madrid, Istmo.
privilegiado da conquista".
ALUES, Paul. 1980. L 'inven/;ol1 du lerrilo;re.
18. a. Lahuerta, 1982. O lema do ·pacifica
[GrenobleJ, Presses Universitaires de Gre
dor" nacional, o duque de Caxias, bem poderia noble.
ser: tutela do povo em nome da integridade . ANDERSON, lames. 1978. Geografia e ideolo
territorial. gia. São Paulo, Associação dos Geógraros
19. Lucia Lippi Oliveira (1990:57) observa Brasileiros. (Seleção de Texlos, 1.)
que a incorporação do "geográfico" na ronstru ANDERSON, Perry. 1984. Lin},agens do Esta
ção da nacionalidade "faz parte do imaginário do absolutista. Porto, Afrontam,ento.
culto do Brasil". BENASSAR, Bartolomé. 1987. La América es
pano/a y la América portuguesa; siglos
20. Para uma história da institucionalização
XVI-XVIII. Barcelona, Mal. p. 208.
da geografia no Brasil, ver Monteiro, 1980.
BERDOULAY, Vinoenl. 1988. Des mOls el des
21. As formulações deterministas de Eucli lieux; la dYl1amique du discours géographi
des da Cunha, por exemplo, veiculam um claro que. Paris, CNRS.
apelo humanista. No geral, a argumentação ra BOBBIO, Norberto. 1980. Teoria das formas de
cista não deixa espaço para a tlinnuência do governo. Brasília, UNB.
IDEfI,'llDADENAOONAL l'.. lNSWltlOONA',17AÇÃO DA OEOGRAFlA 175
CÂNDIDO, AntOnio. 1984. "A Revolução de 30 MELLO, Evaldo Cabral de. 1975. Olinda res·
e Icultura". Novos Estudos Cebrap. São taurada; guerra e açúcar no Nordeste
Pa ulo, n. 4. 1630/1654. São Paulo, ForenselEdusp.
CAPEI., Horacio. 1977, "Inslilucionalización MEYER, Marlise. 1980. "A descobena do Bra
de la geograrra y estrategias de la romunidad sil; o eterno retomo",Cadernos do Centro
científica de los geógrafos". Geocrílica. Bar de Estudos Rurais e Urbanos, São Paulo, n,
celona, n. 8/9. 13.
CARVALHO, Maria Alice R. de. 1984. Rei n MONTl"EIRO, Carlos Augusto de Figueiredo.
(1934·1977);
"
Paulo , Ilucitcc/Edusp.
DE GEOGRAFIA cld'n A, 2. Bueno., Ai·
1990. Rar:el. S'o Paulo, Ática. (Coleção
res, 1985. Anales, Oucnos Aircs, s, ed.
_.
Janeiro, GrilaI.
O'GORMAN, Edmundo. 1984. La invención de
FRANCO, Mana Sylvia de Carnl ho. 1969 . Ho América; investigación acerca de la eslruc
mens livres na ordem escrallOCrala, Sáo tura histórica dd nuellO mundo y deI smtido
Paulo, Instituto de Estudos Brasileiros/USP, de su devenir. México, Fondo de Cullura,
FRANCO, JR., lIilário. 1986. Idade Média; o OLIVEIRA, Lúcia Lippi. 1987. -Repensando a
nascimento do OcidenIe, São Paulo, Brasi tradição", Ciência Hoje. Rio de Janeiro,
licn.�c, n.38.
HABERMAS, Jurgen. 1980. Conhecimento e --c. 1990, "Modernidade e questão nacional".
inleresse. São Paulo, Abril. (Coleção Os Pen Lua Nova. São Paulo, n, 20,
sadores.) _. VELLOSO, MÔnica P. e GOMES, Angela
KOSIK. Karel, 1974,Dia/ética do concreto. Rio M. C. 1982, Estado Novo; ideologia e poder.
de Janeiro, Paz e Terra, R io de Janeiro, Zahar.
lAHUERTA, Milton. 1982. O "nacional" co OLlVEN, Ruben George. 1984 . • A rabricação
mo posi/ividade: lute/a do povo e domínio do do gaúcho", em ANPOCS. Ciências Sociais
território. São Paulo, s. cd. mimeo. lIoje. São Paulo, Cortez.
176 ES11JOOS HISTÓRIOOS - 1991/8
_' 1986. "O nacional e o regional na amslrU SILVEIRA, Rosa M. Godoy. 1984. O regiona
ção da identidade brasileira", Revista lismo nordestino. São Paulo, �Modema.
Brasilt!irQ de Ciências Sociais. São Paulo, SEVCENKO, Nicolau. 1983. Li/era/ura como
n. 2. missão; tensões sociais e criaçlio cuúural
_.1989. ·0 Rio Grande do Sul e o Brasil; uma na Primeira República. 510 Paulo, Brasi
relação oontrovertida".Revista Brasileira de Iien.se.
Cibu:iasSociais. São Paulo, n. 9. WUNDER, Heide. 1988. 'Organizacióo campe
OR11l, Renato. 1985. CulJura brasileira e iden sina y amniClO de clases en la Alemania
tidade nacional. São Paulo. Brasiliense. Orienlal y Occidenlal", em ASI'ON, T. H.
& PHILPIN, C. H.,orgs. EI debate Bren,..,.;
PENA. Orlando. 1989. Estados y tt!"itorios en
-