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Eu sou o professor
Arthur Vieira de
Moraes
O que é um FII?
Como eu invisto?
R$ 10.000,00
= R$ 69,4444
R$ 144,00
É isso. Você envia uma ordem de compra e aguarda para saber se foi
executada. Tendo sido, você pagará dois dias úteis depois (D+2, no
jargão do mercado), mesma data em que receberá as cotas. A partir de
então você já se torna um dos cotistas daquele fundo imobiliário e
passará a receber uma participação dos lucros do fundo.
Um investidor que tenha 500 cotas vai receber R$ 360,00 (R$ 0,72 x 500
cotas), uma investidora que detenha 2.000 cotas vai receber R$
1.440,00 (R$ 0,72 x 2.000 cotas).
0,72
x 100 = 0,50%
144,00
É comum que o último dia útil do mês seja a Data-base, mas alguns
fundos estabelecem datas diferentes. O importante é que a data não
muda, é sempre a mesma todos os meses. Caso um fundo queira
mudar a sua Data-base terá que avisar ao mercado com antecedência.
Então pela Data-base identificamos no comunicado quem receberá os
rendimentos. Logo abaixo vem a data do pagamento e, em seguida, o
valor que será pago por cada cota. Nesse exemplo prático cada cotistas
do fundo recebeu exatamente R$ 0,74 por cada cota que detinham.
Você faz o que quiser com o dinheiro. Pode solicitar que a corretora
envie para a sua conta no banco, pode utilizar para comprar mais cotas,
pode deixar lá na conta da corretora. Você decide.
Pode acontecer de um fundo
parar de pagar rendimentos?
Ocorreria o mesmo com quem tem um imóvel para alugar que fica
temporariamente sem inquilino. Durante alguns meses esse imóvel,
que é um patrimônio, não gerará lucro e renda, até que volte a ser
alugado. Ainda assim o imóvel continua tendo valor.
No caso dos FII, esse risco de ficar sem renda é muito pequeno, ocorre
apenas em casos extremos e pode ser facilmente diminuído por meio
da diversificação. Você pode comprar fundos que já tenham muitos
imóveis e, melhor ainda, formar uma carteira de vários fundos que
tenham muitos imóveis e de segmentos diferentes. Assim, ainda que
um ou mais fundos da sua carteira, em caso extremo, fiquem sem
distribuir rendimentos, você terá uma redução da sua renda, mas ela
não será interrompida.
Oscila sim, mas não é como as ações. A volatilidade, o sobe e desce dos
preços, é bem menor. Repare no gráfico que tem o Ibovespa e o IFIX
(índice de fundos imobiliários), no período entre 2017 e 2019. A linha
vermelha é o índice Ibovespa, e a linha verde é o IFIX, note como a
oscilação dos fundos imobiliários é muito menor, o que significa menos
risco para o investidor.
Fonte: Economatica
Em 2020 o mundo e as bolsas foram muito abalados pela pandemia do
coronavírus. Os FII também foram e desvalorizaram, mas ainda assim a
volatilidade e a desvalorização dos fundos imobiliários foi mais amena
do que a das ações. O próximo gráfico mostra o Ibovespa (vermelho) e
o IFIX (verde) entre 2019 e início de 2020, durante as fortes quedas
ocasionadas pela pandemia. Note como, o sobe e desce dos preços foi
menor e a extensão da queda (desvalorização) também foi menor.
Por isso FII é um bom investimento para quem não está habituado com
essas oscilações típicas da Bolsa de Valores. Em alguns casos, os fundos
imobiliários oscilam até menos do que títulos do Tesouro Direto de
prazos longos.
Não. Os preços das cotas oscilam, sobem e desce, por muito motivos.
Expectativa dos investidores com a economia, com o mercado
imobiliário, com as taxas de juros, com a política e muitos outros
motivos. Isso em nada muda os rendimentos. O contrário sim, se o
rendimento de um fundo aumentar ou diminuir (porque o lucro do
fundo aumentou ou diminuiu) o preço das cotas vai ser influenciado. O
que a oscilação de preços muda é a rentabilidade que o rendimento
representa.
Vamos imaginar que um fundo venha distribuindo R$ 0,50 de
rendimentos por mês e que acreditamos que vá continuar distribuindo
esse valor nos próximos meses. Se um investidor comprar cotas por R$
100,00 e receber R$ 0,50 de rendimentos, terá rentabilidade de 0,50%.
Um outro investidor que compre cotas do mesmo fundo por R$ 120,00
e receba os mesmos R$ 0,50 de rendimento, vai ter rentabilidade
equivalente a 0,42%.
Não tenha dúvida que sim! As alternativas não são excludentes, você
não precisa investir em imóveis ou em fundos imobiliários, invista nos
dois! Os seus imóveis são residenciais? Utilize os FII para ter
investimentos em imóveis comerciais de grande porte e em recebíveis
imobiliários. Seus imóveis são comerciais? Invista em FII de outros
segmentos. Investe para construir e vender? Então prefira os FII que
exploram renda de locação. Com isso seu patrimônio ficará muito
melhor diversificado, o risco diminui e as oportunidades se
multiplicam.
Com certeza! Incluir FII em uma carteira que já tem ações vai te trazer
benefícios, principalmente diminuir os riscos do seu portfólio sem
comprometer o retorno esperado. Você já entende e está habituado
com investimentos em Bolsa, já sabe como comprar e vender, como
receber dividendos e como acompanhar as cotações. Tudo isso é igual
para os fundos imobiliários, com duas grandes diferenças. A primeira é
que os dividendos de fundos imobiliários são chamados de
rendimentos e, na maioria das vezes, são creditados mensalmente na
sua conta. A segunda diferença é que a volatilidade (sobe e desce dos
preços) das cotas de FII é muito menor do que a das ações. Em média
os FII oscilam metade do que oscilam as ações (comparação entre IFIX
e IBOVESPA). No entanto, o retorno médio das duas classes de ativos é
muito parecido (praticamente igual). Por isso, quando você inclui cotas
de FII na sua carteira de investimentos, o risco do portfólio diminui, mas
o retorno esperado não.
Nesse caso, não. Quem é especulador deve buscar ativos com alta
volatilidade e alta liquidez. Não é o caso dos FII. A volatilidade é baixa,
bem menor do que das ações, opções e contratos futuros. A liquidez
também não é muito grande. É possível especular no curto prazo e até
fazer day trade com cotas de FII, mas não é a melhor classe de ativos
para essa finalidade.
E o imposto de renda, como funciona?
Eu tenho certeza que esse curso vai ser muito valioso para você. Digo
isso porque milhares de pessoas já fizeram o curso e muitos me
escrevem agradecendo pelo aprendizado e dizendo que ficaram
confiantes para investir. Mesmo alunos que já investem e já têm algum
conhecimento me escrevem dizendo que passaram a compreender
muito melhor o mercado e investir melhor.
E se você não gostar do conteúdo tem até sete dias após a compra pra
pedir o reembolso do valor pago. O InfoMoney devolve, sem burocracia.
Um abraço,
Prof. Arthur Vieira de Moraes
Estive pensando, quando você começar a investir passará a fazer parte
de um novo ambiente, de um novo mercado. Como é comum, esse
mercado tem jargões próprios, termos e siglas que existem para
facilitar o dia-a-dia, mas que, no início, confundem quem é iniciante.
Por isso preparei também um glossário com 50 termos usuais no
mercado de Fundos Imobiliários, para facilitar ainda mais o seu
aprendizado.
ABL: Sigla para Área Bruta Locável, que corresponde a área total de um
imóvel que pode ser efetivamente alugado.
B3: Bolsa de Valores do Brasil, onde são negociadas as cotas dos FII. B3
- Brasil, Bolsa e Balcão.
D+2: Sigla utilizada do mercado financeiro para definir três dias úteis
após uma data. A liquidação física e financeira das operações com
cotas de FII ocorrem em D+2.
Ganho de capital: Lucro com a venda de cotas de um FII (ou outro ativo
qualquer). Difere do ganho com rendimentos ou aluguéis,
principalmente por não ser recorrente.
High Grade: Significa nota alta, e denota CRI com baixo risco de crédito
e, como consequência, menor retorno esperado. Portanto um FII High
Grade é mais indicado para investidores conservadores.