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29/05/2020

Prof. Adriano Trindade

Direito é um conjunto de regras obrigatórias que


garantem a convivência social, graças ao
estabelecimento de limites à ação de cada um de
seus membros.
Assim, o Direito está ligado à ideia de disciplina e
convivência social, só existindo na sociedade, nas
relações entre pessoas. O Direito é dividido em dois
grandes ramos, Direito Público e Direito Privado.

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O Direito Administrativo pertence ao ramo do


Direito Público, uma vez que rege a
organização e o exercício de atividades do
Estado voltadas para a satisfação de
interesses públicos.

O objeto de estudo do Direito Administrativo


é a Administração Pública. A concepção
moderna de Direito Administrativo atribui a
esse ramo do Direito um âmbito de atuação
cada vez mais amplo, que inclui todas as
funções exercidas pelas autoridades
administrativas, sejam elas originárias do
Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do
Poder Judiciário.

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O Direito Administrativo no Brasil não se


encontra codificado, o que significa dizer que
os textos administrativos não estão reunidos
num só corpo de lei, como ocorre com outros
ramos do nosso Direito, que possuem suas
leis básicas (Código Penal, Código Civil e
Código Tributário, entre outros).

as regras administrativas consubstanciadas no


texto da Constituição seguem uma infinidade de
leis esparsas, tais como: Lei nº 8.666, de 1993, e
alterações – Lei das Licitações e Contratos; Lei nº
8.112, de 1990 – Regime dos Servidores Públicos
Civis da União; e Lei nº 9.784, de 1999 – Processo
Administrativo Federal, entre outras. Tal fato
dificulta aos interessados o conhecimento e a
formação de uma visão sistêmica desse
importante ramo do Direito.

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Direito Financeiro é o ramo do


Direito Público que, sob o aspecto
jurídico, estuda e disciplina
normativamente a atividade
financeira do Estado.

Assim, podemos dizer que se


inclui no campo de atuação do
Direito Financeiro o estudo da
despesa pública, da receita
pública originária, do orçamento
público e do crédito público.

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Direito Financeiro no Brasil não se encontra


codificado, o que significa dizer que os textos
financeiros não estão reunidos num só corpo de
lei. Na ausência desse “Código Financeiro
Brasileiro”, as regras financeiras
consubstanciadas no texto da Constituição
seguem numa infinidade de leis esparsas, tais
como: Lei nº 4.320, de 1964 – institui Normas de
Direito Financeiro, Orçamento e Contabilidade
Pública; Lei Complementar nº 101, de 2000 – Lei
de Responsabilidade Fiscal – institui Normas de
Finanças Públicas.

A lei é a fonte primária do Direito Financeiro,


abrangendo a Constituição, as leis
complementares, ordinárias e delegadas, os
atos normativos com força de lei, as medidas
provisórias e os antigos decretos-lei.

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A doutrina, compreendida como conjunto


teórico de princípios aplicáveis ao direito
positivo, emanado dos grandes estudiosos do
Direito, constitui-se em fonte do Direito
Financeiro, exercendo influência não
somente na elaboração de novas leis, como
também na decisão das contendas de caráter
financeiro.

A jurisprudência, traduzida pelas reiteradas


decisões judiciais num mesmo sentido,
também constitui fonte do Direito Financeiro,
influenciando sobremaneira a construção e a
consolidação desse ramo do Direito.

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O costume, em face da evolução do


Direito Financeiro, tem perdido muito de
sua importância como fonte desse ramo
do Direito. No entanto, em situações
concretas, em razão da deficiência da
legislação, a prática das atividades
financeiras costumeiras ainda
desempenha algum papel, ainda que de
diminuta importância.

O Direito Tributário é um ramo do


Direito Público e um dos mais
desenvolvidos do Direito Financeiro, que
age disciplinando e normatizando as
relações jurídicas que envolvem o
Estado e os particulares, decorrentes da
atividade financeira do Estado oriunda
da obtenção de receitas tributárias.

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ferramenta legal de planejamento do Estado


onde são apresentadas as receitas previstas
e despesas fixadas que serão realizadas pelo
ente, em um determinado período,
objetivando a execução de programas de
governo (manutenção e investimentos), bem
como as transferências legais e voluntárias,
os pagamentos de dívidas e outros encargos
decorrentes da atividade estatal.

Orçamento Público, na concepção de Orçamento-


Programa, pode ser definido, em sentido amplo,
como o instrumento técnico-legal de explicitação
da ação de planejamento do Estado, que articula as
diretrizes e programas governamentais a objetivos,
prioridades e metas, estabelecendo a previsão da
receita a ser arrecadada (estimativa dos ingressos
de recursos pertencentes ao Estado) e a fixação da
despesa a ser realizada (autorização dos gastos a
serem incorridos pelo Poder Público para atender
às necessidades coletivas).

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Estudar o Orçamento Público também é examinar a


maneira pela qual a receita e os gastos
governamentais afetam a economia nacional.
O governo pode fazer que a demanda total
aumente, tanto por meio de suas aquisições de
bens e contratação de serviços, como por meio do
estímulo ao consumo da população, mediante
reduções na carga tributária e concessões de
financiamentos e subsídios ao setor privado.

Da mesma forma, o governo pode reduzir a


demanda total, ao cortar seus gastos ou ao
aumentar a tributação, ou adotando ambas as
medidas. Portanto, o Orçamento Público é
uma poderosa ferramenta de intervenção do
Estado na economia, com efeitos diretos na
sociedade.

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, “o ciclo orçamentário pode ser definido como uma


série de passos, que se repetem em períodos
prefixados, segundo os quais os orçamentos
sucessivos são preparados, votados, executados, os
resultados avaliados e as contas aprovadas”.
Constitui, portanto, a articulação de um conjunto de
processos, dotados de características próprias, que
se sucedem ao longo do tempo e se realimentam a
cada novo ciclo

O processo orçamentário tem sua


obrigatoriedade estabelecida na Constituição
Federal, art.165, que determina a necessidade
do planejamento das ações de governo por
meio do PLANO PLURIANUAL - PPA, da LEI DE
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO e da LEI
DE ORÇAMENTO ANUAL - LOA.

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O Governo ordena suas ações com a finalidade de


atingir objetivos e metas por meio do PPA, um
plano de médio prazo elaborado no primeiro ano
de mandato do presidente eleito, para execução
nos quatro anos seguintes.
O PPA é instituído por lei, estabelecendo, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração Pública para as despesas de capital
e outras delas decorrentes e para aquelas
referentes a programas de duração continuada.

A LDO tem a finalidade precípua de


estabelecer as metas e prioridades
para o exercício financeiro
subsequente e orientar a elaboração
do orçamento;

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Uma das inovações trazidas pela constituição


de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias -
LDO submete à soberania popular, por meio
de seus representantes, a definição das
prioridades para aplicação dos recursos
públicos.

Assim, a LDO tem o objetivo de estabelecer um elo


entre o Plano Plurianual - PPA e os orçamentos
anuais, compatibilizando as metas do Plano à
estimativa das disponibilidades financeiras para
determinado exercício.
O que possibilita ajustar as ações de governo,
previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa.

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A Lei Orçamentária Anual (LOA) é


uma lei elaborada pelo Poder
Executivo que estabelece as despesas
e as receitas que serão realizadas no
próximo ano

AVALIAÇÃO E CONTROLE.
Finalmente, na fase de avaliação e controle, parte da
qual ocorre concomitantemente à execução, são
produzidos os balanços, segundo as normas legais
pertinentes à matéria.
Estes são apreciados e auditados pelos órgãos
auxiliares do Poder Legislativo (Tribunal de Contas) e
as contas são julgadas pelo Parlamento.
Integram também essa fase as avaliações realizadas
pelos órgãos de coordenação e pelas unidades
setoriais do Governo com vistas à realimentação do
processo de planejamento.

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