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Economia
A história do Ocidente na Alta Idade Média é
aquela da fusão entre as heranças romana, germâ
nica e cristã, na formação de um novo mundo. Se
Roma já legara um a tendência à ampliação das vilas
e à constituição de novas relações de produção não
escravistas no campo, os germanos, por sua vez, con
tribuíram para acentuá-lás, ao propiciarem a recria
ção de um campesinato livre na Europa. Esse cam
pesinato, oriundo de um a estrutura tribal que já co
nhecia a propriedade privada, guardava resquícios
de uma organização comunal de trabalho, decorrente
de seu próprio sistema de cultivo. Em cada aldeia,
cada família detinha um a faixa de terra que, por sua
forma longa e estreita, obrigava ao trabalho conjun
to. Coletivo também era o uso dos prados e bosques.
Logo, conviviam no Ocidente cristão a grande
propriedade e a pequena exploração familiar; o tra
balho escravo e o camponês livre; a escravidão e a
liberdade, numa gama enorme de matizes. Como vie
ram a fundir-se esses elementos?
Os germanos, que eram camponeses proprietá
rios de terras livres (ou alódios), sofreram alguns
constrangimentos para se colocar sob a proteção de
um senhor. Havia ajpressãq decorrente do clima de
insegurança generalizada da época. E também aque
la decorrente da dificuldade de manterem o seu pró
prio estatuto de homens livres, já que, como tais,
eram obrigados a atender às convocações militares e
aos tribunais populares, ficando impossibilitados de
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O regime dominial
A s cidades e o comércio
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Sociedade
Recém-instalados no território do antigo Im pé
rio Romano do Ocidente, os bárbaros foram respon-
sáveis pela criação dos inúmeros reinos que surgiram
em seu lugar. Todos eles, no entanto, apesar de suas
diversidades, tinham por fundamento a noção da fi
delidade pessoal entre os homens ou, para sermos
mais exatos, entre o chefe do bando arm ado (o rei) e
o seu séquito de guerreiros. Essencialmente militar
e espontânea, a solidariedade germânica era incom
patível com a idéia ,de Estado ou de bem público. Ela
servia de base para um a concepção de reino que se
confundia com a propriedade particular do soberano
e dele o monarca dispunha como bem lhe aprouvesse.
A solidariedade era garantida pela prestação de um