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UNDER GR O UND H AVEN APR ESENTA

E stados E m ocionais
(Não E ntre em Pânico!)
PO R TIAGO JO SE “ D EICIDE ”GALVÃO M O R EIR A

Te s te s de autocontrole s ão fe rram e ntas pode ros as para


inte ns ificar o clim a e aum e ntar a im e rs ão dos jogadore s no
am bie nte de jogo. No m undo re al, m uitas de nos s as de cis õe s
s ão influe nciadas pe lo m e do q ue nos paralis a e nos faz
A tenção!
h e s itar ou com e te r e rros , m as e m ge ral jogadore s não s e Es te docum e nto é um m ini-s uplem e nto para o livro
aprofundam nos te m ore s de s e us pe rs onage ns . D e s ta form a, Ao Cair d a Noite : Livro d e R e gras. Es te artigo, o
pe rs onage ns de R PG te nde m a não s e abalar e m s ituaçõe s próprio Livro d e R e gras e m uitos outros com plem e ntos
q ue nos de ixariam paralis ados de m e do. gratuitos pode m s e r e ncontrados na página online da
Im agine m os um e xe m plo s im ples : um as s altante Und e rground H ave n (w w w .und e rh ave n.com .b r).
s urge de re pe nte e põe o pe rs onage m s ob m ira de um Ao Cair d a Noite e De sb ravad ore s d o O cul to
re vólve r. Na vida re al, a vítim a, m e s m o tre inada e m s ão m arcas re gis tradas de U nde rground H ave n
autode fe s a, pode s e r tom ada pe lo m e do e não re agir, afinalo Publicaçõe s . Todo o ce nário, pe rs onage ns e te xtos de Ao
ris co de s ofre r um fe rim e nto fatalé grande . Num jogo de Cair d a Noite s ão de autoria de Tiago Jos é Galvão
R PG, porém , é praticam e nte garantido q ue o pe rs onage m M ore ira, todos os dire itos re s e rvados .
re agirá, pois m e s m o q ue o as s altante cons iga atirar, as re gras
tornam prováve la s obre vivência do pe rs onage m . Logo, ne s s a
s ituação, um te s te contra Pavor pode m udar tudo: e m cas o de
falha, a pe nalidade s ofrida pode s e r s uficie nte para intim idar
o jogador e faze r o pe rs onage m coope rar. Usando Testes E m ocionais
O s is te m a de e s tados e m ocionais é um artifício para
s e ge rar te ns ão nos jogadore s , de ixando-os apre e ns ivos e As m e lhore s s ituaçõe s para te s te s e m ocionais s ão as
aum e ntando s ua im e rs ão e m ocionalna h is tória. O s te s te s de q ue os pe rs onage ns :
autocontrole e as pe nalidade s im pos tas por e s tados — Age m s ob pre s s ão inte ns a e m s ituaçõe s não-
e m ocionais tornam as s ituaçõe s m ais caóticas e ince rtas e fam iliare s ou de grave ris co. Exe m plos : e s capar de um
obrigam os jogadore s a tom are m m e nos ris cos e m ais prédio e m ch am as ou fugir de um lobis om e m voraz;
pre cauçõe s . É tam bém um s is te m a jus to, pois pe rm ite q ue os — Confrontam algo q ue é claram e nte pe rturbador ou
jogadore s invis tam na capacidade de autocontrole de s e us h orríve lde m ais para s e r conte m plado. D e frontar-s e com um a
pe rs onage ns . ce na de violência e xtre m a ou e ncontrar um a criatura q ue
As re gras para e s tados e m ocionais s ão de line adas nas de s afia a conce pção de re alidade do pe rs onage m ;
páginas 64-66 do Livro d e R e gras, contudo o livro de ixa — São s urpre e ndidos por um a s ituação fora de s e u
vagas as s ituaçõe s e m q ue te s te s e m ocionais s e riam controle. Sofre r am e aça s úbita num m om e nto de dis tração ou
re com e ndados . Is s o é propos ital, pois a carga e m ocionalde te s te m unh ar um e nte q ue rido s ubm e tido a um a s ituação
um a ce na pode variar de acordo com o obje tivo do Narrador: te rríve l.
por e xe m plo, jogos de ação e xigirão be m m e nos te s te s Le m bre -s e , contudo, q ue nada incom oda m ais um
e m ocionais do q ue os de s us pe ns e , m e s m o q ue e nvolvam jogador de R PG do q ue pe rde r o controle s obre s e u
s ituaçõe s s im ilare s . Logo, o s is te m a de e s tados e m ocionais é pe rs onage m , m e s m o q ue te m porária ou parcialm e nte . Por
s ubje tivo; us á-lo é um a opção de pe nde nte do clim a q ue o is s o, os te s te s de autocontrole s e tornam frus trante s q uando
Narrador de s e ja im por à h is tória. abus ados ; o ide alé pe di-los s om e nte para aum e ntar a te ns ão
Es te artigo s e de dica a e xpandir as idéias por trás de um a ce na, nunca para de ixar os pe rs onage ns num a
de s s e s te s te s e m ocionais , dando cons e lhos e dicas de com o o s ituação e m baraços a. Se você s e ntir q ue um te s te e m ocional
Narrador pode utilizá-los para aum e ntar a te ns ão de s ua ape nas atrapalhará ou com plicará o jogo, ignore -o e de ixe a
tram a. Em adição, s ão apre s e ntadas algum as re gras e xtras , ação s e guir naturalm e nte .
q ue e xpande m opçõe s a ce nas com forte conte údo e m ocional.

E STADO S E M O CIO NAIS (NÃO E NTR E EM PÂNICO !) 1


É im portante lem brar tam bém q ue , s e te s te s e m ocio-
nais fore m us ados com fre q üência, os jogadore s pode m
s im ples m e nte com prar m uitos pontos e m Es pírito para s e us
pe rs onage ns , tornando tais te s te s banais e s e m im pacto. A ções Racionais?
Logo, o ide alé us á-los com m ode ração. Poupe os jogadore s
q ue inte rpre tam be m os m e dos de s e us pe rs onage ns , as s im Le m bre -s e q ue as pe nalidade s im pos tas por
ince ntivando os de m ais a faze re m o m e s m o. e s tados e m ocionais s ó s e aplicam a “açõe s racionais ” .
Bas icam e nte , e s s a re s trição foi criada para q ue os
jogadore s ainda te nh am um m ínim o de controle s obre s e us
Q UALE STADO USAR ? pe rs onage ns , pos s ibilitando-os ne gociar com o Narrador
Um a jogada de autocontrole (tam bém ch am ada de açõe s “de s e s pe radas ”ou “im pe ns adas ”q ue pos s am s e r
te s te e m ocional) é um te s te de Es pírito q ue , e m cas o de falha, fe itas s e m pe nalidade s num a de te rm inada s ituação.
provoca um e s tado e m ocional. O s e s tados e as re gras para Por e xe m plo, um pe rs onage m h is térico te m -4
te s te s s e e ncontram nas páginas 64-65 do Livro d e R e gras. dados e m açõe s racionais . D igam os q ue e le e s tá s e ndo
Alguns pode re s s obre naturais e s ituaçõe s padrõe s pe rs e guido por m ons tros e te m um a arm a e m m ãos .
de s critas nos livros pode m indicar ao Narrador contra q ual Norm alm e nte , o ato de bus car cobe rtura, m irar e dis parar
e s tado e m ocionalum te s te é fe ito, m as com o de finir o m e lhor a arm a e xige calm a e pre cis ão, s e ndo um a “ação
e s tado para s ituaçõe s q ue não e s tão cobe rtas pe las re gras ?Se racional” . Contudo, o Narrador pode pe rm itir q ue o
o pe rs onage m é s urpre e ndido por um as s altante , o Narrador pe rs onage m dis pare a e s m o (us ando as re gras de “fogo
de ve pe dir um te s te contra Pânico, H is te ria ou M e do? s upre s s or”ou “fogo difus o” , pg. 111 do Livro d e R e gras)
Com o re gra padrão, s e tive r dúvidas o m e lhor é pe dir na te ntativa de atingir as criaturas , s e m pe nalidade algum a.
te s te s ape nas contra dois e s tados : Pânico ou Pavor. Us e Is s o tam bém vale para de fe s a. Um pe rs onage m e m
Pânico s e h ouve r um a ch ance da ce na caus ar gritos h is téricos pânico pe ns a ape nas e m corre r para be m longe , m as s e
ou fugas de s e s pe radas ; ou us e Pavor s e não q uis e r q ue a atacado ainda pode te ntar e vadir ou e s q uivar s e m
re ação dos pe rs onage ns s e ja tão e xtre m a. pe nalidade s . Contudo, s e e le te ntar algo m ais e legante ,
Se ja q ual for o e s tado e m ocional q ue é re s is tido, com o um a de fe s a totalou um bloq ue io s e guido de contra-
lem bre -s e q ue s uce s s os no te s te não anulam de im e diato o ataq ue , o Narrador pode cons ide rar e s s as açõe s
de s controle, m as s im o tornam m ais am e no. Por is s o, ao “racionais ”e im pe di-las ou pe nalizá-las , de acordo com o
e s colhe r um e s tado e m ocional, lem bre -s e de levar e m e s tado e m ocionals ofrido.
cons ide ração q ue os pe rs onage ns ainda pode m s ofre r e fe itos Note q ue ce rtas açõe s pode m não e xigir te s te s ,
m e nore s m e s m o e m cas o de s uce s s o. Plane je a ce na levando m as ainda as s im s e r pre judicadas pe lo de s controle, afinal
e m conta q ue poucos pe rs onage ns falharão no te s te ; a açõe s s im ples , com o ligar um carro, pode m s e r de s afios
m aioria cons e guirá um ou dois s uce s s os e m m édia. q uando s e e s tá h is térico ou apavorado. Se o pe rs onage m
O s m e lhore s us os para cada um dos e s tados e s tão q uis e r faze r um a ação racional q ue norm alm e nte não
de s critos abaixo: e xige te s te s , o Narrador pode pe dir um te s te de Espírito
Catatonia: D e ve s e r e vitado: pe rs onage ns q ue (com a pe nalidade apropriada) para ve r s e e le cons e gue
falham no te s te ficarão incons cie nte s e incapaze s de agir, e m ante r calm a s uficie nte para re alizar aq ue la ação.
m e s m o os q ue obte nh am um ou dois s uce s s os ainda e s tarão
praticam e nte incapacitados (e m pânico ou h is téricos ,
re s pe ctivam e nte ). Logo, ape nas gatilhos re alm e nte grave s ou
e xtre m os de ve m s e r us ados para s e pe dir um te s te contra
Catatonia. M e d o: O e s tado de m e do não é ide alcom o alvo de
Pânico: O e s tado de pânico é o m e lhor a s e r us ado um te s te , pois e le caus a ape nas pe nalidade s leve s . Além
q uando s e q ue r q ue os pe rs onage ns tom e m açõe s e xtre m as ou dis s o, com um s uce s s o, o pe rs onage m e s tará abalado;
im pe ns adas , com o fugir de s e s pe radam e nte ou atacar s e m q ualque r q uantidade m aior de s uce s s os e lim ina por com pleto
pe ns ar q uando e ncurralados . Contudo, o e s tado de pânico as pe nalidade s .
pode provocar frus tração nos jogadore s s e for us ado com Ab al o: As s im com o o m e do, e s te e s tado não é ide al
fre q üência. Le m bre -s e q ue m e s m o com um ou dois s uce s s os com o alvo de um te s te e m ocional: e le im plica e m
no te s te , os pe rs onage ns e s tarão h is téricos ou apavorados , de pe nalidade s circuns tanciais (ape nas “m e io dado” ) e q ualque r
form a q ue s uas açõe s racionais s ofre rão pe nalidade s s e ve ras . s uce s s o no te s te e lim ina as pe nalidade s por com pleto.
H iste ria: Es te e s tado é s im ilar ao pânico, e xce to por
pe rm itir q ue o pe rs onage m tom e açõe s racionais , ainda q ue R ETO M ANDO O CO NTR O LE
com pe nalidade s s e ve ras . Ele é ide alcas o você q ue ira os O utra q ue s tão q ue as re gras de ixam e m abe rto é por
jogadore s ativos m e s m o q ue falhe m no te s te , m as lem bre -s e q uanto te m po um e s tado e m ocionalpe rm ane ce . Com o re gra
q ue pe rs onage ns q ue tive re m um ou dois s uce s s os no te s te ge ral, um e s tado e m ocional pe rdura e nq uanto s ua fonte
ainda e s tarão apavorados ou am e drontados , logo te rão e s tive r pre s e nte ou próxim a o s uficie nte para s e r s e ntida.
algum as pe nalidade s , m e s m o q ue não s e jam tão s e ve ras . Quando o pe rs onage m pe rde contato com a fonte de s e us
Pavor: Es te e s tado é o m e lhor para pas s ar aos m e dos , s ua m e nte racionalte nta re cobrar o controle.
jogadore s a s e ns ação de q ue e s tão num a s ituação te ns a, m as O q uão rápido is s o ocorre de pe nde da vontade do
dando a e les um a ch ance jus ta de s upe rare m o m e do. Pavor Narrador. Um e s tado e m ocional pode s um ir lentam e nte ,
não provoca pe nalidade s tão inte ns as , m as ainda é incôm odo. avançando para e s tados m e nos s e ve ros ao longo de vários
Com um ou dois s uce s s os , o pe rs onage m e s tará am e drontado turnos , ou o autocontrole pode s e r re cobrado num ins tante . O
ou abalado, s ofre ndo pe nalidade s leve s , e bas tam três prim e iro cas o é o m e lhor para q uando o pe rs onage m ainda
s uce s s os para q ue o controle s e ja m antido por com pleto. te m razõe s para acre ditar q ue e s tá s ob ris co; o s e gundo é
ide alpara q uando h á ce rte za de s e gurança.

2 E STADO S E M O CIO NAIS (NÃO E NTR E EM PÂNICO !)


Novos Sistem as
É s e m pre pos s íve l acre s ce ntar opçõe s para tornar
s ituaçõe s m e cânicas e m de s afios . Afinal, jogadore s de te s tam
pe rde r o controle s obre s e us pe rs onage ns , m as adoram ve nce r
um de s afio, e ntão porq ue não juntar o útilao agradáve l?A
s e guir e s tão alguns s is te m as adicionais q ue pode m tornar
m om e ntos de de s controle e m ocionalm ais inte rativos e até
de s afiadore s .

PR EPAR AÇÃO
Pe rs onage ns m ais facilm e nte pode m lidar com s e us
m e dos s e tive re m algum a pre paração ante rior. Afinal, s e r
s urpre e ndido pode s e r de s e s pe rador, m as plane jam e nto
Gl ad ius: Le m bre -s e q ue pe rs onage ns pode m us ar pe rm ite à m e nte s e pre parar para q ue o e s tá por vir.
Gladius para re cobrare m o autocontrole por um turno. Siste m a: Is s o já e s tá parcialm e nte cobe rto no Livro
Contudo, gas tar Gladius ainda re q ue r q ue o pe rs onage m s e d e R e gras, pg. 65: pre paração m e ntal com ante ce dência
ve ja num a s ituação de vida ou m orte ou s e ja forçado a agir re duz e m dois a dificuldade de um te s te e m ocional. Contudo,
contra s e us inte re s s e s m ais íntim os . Gladius tam bém pode s e r para q ue e s s a pre paração s e ja be m -s uce dida, o e ve nto
us ado para ignorar pe nalidade s e re ce be r bônus num único vindouro de ve e s tar de ntro de parâm e tros pre de te rm inados .
te s te , m as e s te us o re q ue r q ue o pe rs onage m aja de acordo Ne nh um a pre paração ajudará contra algo com pletam e nte fora
com s e u Ím pe to ou Com portam e nto. das pre vis õe s .
M e m órias: Le m bre -s e q ue as m e m órias dos e ve ntos O utras form as de pre paração tam bém e xis te m . Um
pode m s e r pre judicadas por um e s tado de de s controle. e xe m plo é o rito Sinal de Prote ção (pg. 80 de
D e pe nde ndo do cas o, o pe rs onage m pode não s e lem brar de De sb ravad ore s d o O cul to), q ue pode s e r us ado até por não-
nada do q ue aconte ce u, e m bora ainda te nh a um a vaga idéia ritualis tas . Em e s s ência, o rito é algum s inal, ge s to ou prática
dos m om e ntos q ue pre ce de ram o e ve nto. Se o e s tado q ue traz s e gurança, com o faze r o s inalda cruz ou e ntoar
e m ocional garantir m e m órias parciais , o pe rs onage m te m “D e us m e prote ja”diante de algo ruim , e q ue conce de um
um a idéia ge raldo q ue aconte ce u, m as pre cis a de te s te s de bônus te m porário aos Ae gis do pe rs onage m .
Pe rspicácia (dif. 8) para s e lem brar de de talhe s e s pe cíficos Por fim , organizar o grupo, de finir funçõe s e m e lhorar
da ce na. o e ntros am e nto e ntre pe rs onage ns pode m e lhorar a m oraldo
grupo, pe rm itindo s ubs tituir te s te s de autocontrole por te s te s
Variações E m otivas de m oral(ve ja adiante ). Um pe rs onage m , e m ge ralo líde r ou
a s e rviço de um líde r m e nos caris m ático, pode faze r te s te s
O Livro d e R e gras cobre s e te e s tados de de s controle e s te ndidos de Carism a + Lid e rança (te m po m ínim o de um
e m ocional bas e ados e m m e do irracional, m as outras m inuto, um s uce s s o e xigido por pe rs onage m pre s e nte ) para
e m oçõe s , q uando e xtre m as , pode m levar a s ituaçõe s coorde nar e ins pirar os pre s e nte s , aum e ntando s e u
s im ilare s , e m particular fas cínio e raiva. Logo, s ob cas os e ntros am e nto.
e s pe cíficos , o Narrador pode adaptar as re gras originais ,
faze ndo com q ue um pe rs onage m e xploda e m raiva diante de M O R ALDE GR UPO
um a grande injus tiça ou fiq ue atordoado por algo O s e r h um ano é um anim als ocial, e o com portam e nto
inde s critive lm e nte be lo. do grupo influe ncia o indivíduo. Por is s o, um grupo unido e
Ne s s e s cas os , você s im ples m e nte troca a atitude organizado pode s upe rar s ituaçõe s q ue levariam indivíduos
principaldo pe rs onage m : m e do im plica e m de fe s a irracional; ao de s e s pe ro, pe lo s im ples m otivo de q ue o te m or de trair,
raiva incita agre s s ividade e xtre m a, e fas cínio caus a grande abandonar ou e nve rgonh ar os com panh e iros pode contrapor
pas s ividade . Logo, as “açõe s racionais ”q ue s ão pe nalizadas ou s upe rar o m e do caus ado pe la s ituação. Por outro lado, a
por cada tipo de e m oção tam bém m udam : ao invés de pe ns ar m oral do grupo s e m antém ape nas e nq uanto o grupo
ape nas na própria s obre vivência, um pe rs onage m raivos o a pe rm ane ce r unido: um a ve z q ue os indivíduos s e s e param ,
ignora por com pleto para atacar o alvo de s e u ódio. D e form a ape nas o autocontrole pe s s oalpas s a a ditar o com portam e nto
s im ilar, um pe rs onage m fas cinado ignora tanto de fe s a com o de cada um .
ataq ue , ce de ndo à s ua atração pe lo fe nôm e no q ue o arre bata. Siste m a: D e s de q ue e s te jam unidos , organizados e
Nom e s alte rnativos para os e s tados : de ntro de um propós ito e s tipulado, um grupo de pe rs onage ns
Pânico: Fre ne s i ou Arre batam e nto. ganh a força e s piritual. Quando s urge um a s ituação q ue e xige
H iste ria: Fúria ou Encantam e nto. um te s te e m ocional do grupo, faça um único “te s te de
Pavor: Ira ou D e lírio. m oral” , cujo re s ultado funciona com o um te s te de
M e d o: R aiva ou Fas cínio. autocontrole, m as s e aplica a todos os pe rs onage ns pre s e nte s .
Ab al o: Exaltação ou Atração. A parada de dados de um te s te de m oral é
O s e s tados de catatonia e controle não s e alte ram . de te rm inada com o num te s te conjunto: us e o m aior níve lde
D e s controle e m ocionalbas e ado e m raiva ou fas cínio Es pírito do grupo, + 1 dado por pe rs onage m pre s e nte além do
é e m ge ralcaus ado por influências s obre naturais , vis to q ue prim e iro (m áxim o + 5 dados ). Em adição, s e algum
não s ão fe rram e ntas de autode fe s a naturais , com o é o cas o do pe rs onage m tive r bônus (por H is tóricos ou h abilidade s
m e do, m as s im fruto de algum de s e q uilíbrio e m ocional e s pe ciais ) ou pe nalidade e m te s te s de Es pírito ou de
inte ns o. Fonte s m undanas para tais e s tados cos tum am s e r autocontrole, apliq ue o m aior bônus pre s e nte e a m e nor
e xtre m as e de pe nde nte s da pe rs onalidade , de s e jos e pe rfil pe nalidade .
m e ntalda vítim a.
E STADO S E M O CIO NAIS (NÃO E NTR E EM PÂNICO !) 3
Exe m plo: O grupo te m três pe rs onage ns , com níve is Cada s uce s s o obtido avança o e s tado e m ocionalatual
2, 3 e 5 de Es pírito. D ois de les têm o H is tórico O cultis ta do com panh e iro e m um a pos ição. Contudo, não é pos s íve l
Expe rie nte , q ue garante + 2 dados e m s e us te s te s de ajudar um com panh e iro a avançar para um e s tado m e lhor do
autocontrole. U m de les e s tá fe rido (-1 dado). A parada de q ue o próprio pe rs onage m s e e ncontra. Logo, um pe rs onage m
m oraldo grupo é de 9 dados : 5 do m aior Es pírito, + 2 pe los apavorado pode us ar e s ta h abilidade para ajudar um
pe rs onage ns adicionais e + 2 pe lo bônus de O cultis ta com panh e iro e m pânico, m as no m áxim o até de ixar o
Expe rie nte . Com o ape nas um de les te m pe nalidade (os outros com panh e iro tam bém apavorado.
dois têm “pe nalidade ze ro” ), o grupo e m s i não é pe nalizado. Es te te s te pode s e r re pe tido m últiplas ve ze s , com
Contudo, a m oral de um grupo te m um a s éria s uce s s os s e acum ulando. Contudo, falhas no te s te im põe m
de s vantage m : e la s ó é válida e nq uanto o grupo e s tive r unido pe nalidade s nas te ntativas s e guinte s . Pe nalidade s por danos
e organizado. Se m pre q ue um pe rs onage m fugir, s e s e parar ou de s controle e m ocional s e aplicam norm alm e nte a e s te
do grupo, ficar incons cie nte ou for de algum a form a te s te , logo um pe rs onage m calm o te m m ais ch ance s de
ne utralizado, de ve rá s e r fe ito um novo te s te de m oral acalm ar um com panh e iro do q ue um pe rs onage m h is térico ou
(ajus tado de acordo com os m e m bros re s tante s ) contra a apavorado.
condição e m ocional original s e s ua caus a ainda e s tive r
pre s e nte . Logo, a q ue da de um líde r pode de ixar todo o grupo E VENTO S M O M ENTÂNEO S
apavorado ou e m pânico. Se o grupo s e de s organizar ou s e O cas ionalm e nte , s om os s urpre e ndidos por e ve ntos
de s fize r por com pleto, cada m e m bro te rá de faze r um te s te re pe ntinos e m om e ntâne os q ue nos confunde m , m as não s ão
individualde autocontrole. s uficie nte s para nos lançar num ataq ue de pânico. Ainda
Note q ue te s te s de m orals ó s e aplicam a grupos be m as s im , h á cons e q üências m om e ntâne as : um grito de pavor,
e ntros ados . D is s idências , dis cus s õe s ou te ns õe s pe s s oais um a ação im pe ns ada, um de s cuido m om e ntâne o, e tc.
pode m fragm e ntar o grupo, influe nciando s ua m oral. Cabe ao Siste m a: Em jogo, o Narrador pode pe dir te s te s de
Narrador de te rm inar s e o grupo e s tá e ntros ado ou organizado autocontrole contra e ve ntos m e nore s , m as os e fe itos do te s te
o s uficie nte para s e be ne ficiar dos te s te s de m oral. Se ape nas durarão ape nas um turno, influe nciando a próxim a ação do
parte do grupo e s tive r e ntros ada, us e te s te s de m oralpara e s ta pe rs onage m e nada m ais . Em ge ral, is s o é caus ado por um
parte , e te s te s de autocontrole individuais para os m e m bros e ve nto de curta duração, às ve ze s um a bre ve e xpos ição ao
dis s ide nte s ou re be lde s . s obre natural, com o pre s e nciar um a pe s s oa s e tornar névoa ou
ve r indire tam e nte e por um ins tante um a criatura m ons truos a
A CALM ANDO CO M PANH EIR O S e s pre itando. Es s e tipo de te s te cos tum a te r um a dificuldade
Através de palavras , um pe rs onage m pode acalm ar m e nor q ue e m s ituaçõe s m ais dire tas (no Livro d e R e gras,
um am igo de s controlado. M uitas ve ze s , is s o e xige e ncarar o re com e nda-s e baixar a dificuldade e m dois para “e ve ntos
colega e conve rs ar com e le, pe dindo q ue s e acalm e e bre ve s , q uas e ins tantâne os ”
).
apontando razõe s para q ue e le te nte voltar a s i. Em alguns Gatilhos m om e ntâne os para te s te s e m ocionais s ão
cas os , com o para acalm ar um colega e m pânico ou e m fuga, úte is para s e criar re açõe s ve ros s im ilhante s a s ituaçõe s fora
pode s e r ne ce s s ário agarrá-lo ou im obilizá-lo te m po o do com um . Por e xe m plo, ao ve r um fugitivo s e tornar um
s uficie nte para q ue e le pre s te ate nção no q ue e s tá s e ndo dito. m orce go, o pe rs onage m pode te r um m om e nto de confus ão
Siste m a: Com o um a ação bás ica, um pe rs onage m q ue o im pe de de fe ch ar a jane la do apos e nto a te m po da
pode te s tar Carism a + Lid e rança (dif. variáve l) para ajudar criatura e s capar. Contudo, cas o o pe rs onage m já e s tive r
um com panh e iro a s e controlar. Is s o e xige q ue o cie nte da pos s ibilidade do e ve nto ocorre r, pode s e r
com panh e iro e s te ja dis pos to a ouvir o pe rs onage m , logo um de s ne ce s s ário e xigir um te s te , vis to q ue s ua m e nte já e s tará
com panh e iro e m pânico de ve prim e iro s e r agarrado ou pre parada para aq ue la e ve ntualidade .
im obilizado para q ue pos s a ouvir o pe rs onage m . A
dificuldade do te s te é a m e s m a do te s te de autocontrole q ue
caus ou o e s tado e m ocional.

4 E STADO S E M O CIO NAIS (NÃO E NTR E EM PÂNICO !)

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