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Bom Dia 2016
Bom Dia 2016
ISBN – 978-85-68190-02-9
248 A994b
1. Religião – Reflexões. I. Título.
Equipe de voluntários:
Capa: Marcelo Leiroz Pinto (sobre foto de Miriam Farid)
Revisão: Amurabe Farel Bernardes de Andrade, Ana Maria Suman Gomes,
Genilse Pinheiro, Itamar Alves, Margarethe Távora
Projeto gráfico e diagramação: Sonia Peticov
para
JANEIRO
1 nuvem entre nós e Deus.
Charles H. Brent
A escolha
(Dia Mundial da Paz)
Todos somos alvos de uma pressão, para que nos comportemos de
um modo padronizado.
Diante disto, antes de nos deixarmos influenciar, devemos in-
fluenciar. Não precisamos fugir do grupo, mas podemos mudá-lo,
a menos que notemos que estamos perdendo a batalha e, se persis-
tirmos, corramos o risco de nos perdermos juntos.
Não temos que pensar o que todo mundo pensa, usar o que todo
mundo usa, frequentar o lugar que todo mundo frequenta. Somos
livres para influenciar e livres para sermos influenciados.
Se queremos influenciar as pessoas de modo positivo, devemos
seguir o roteiro apresentado pela Bíblia. Os salmos bíblicos estão
repletos de orientações para uma vida plena de esperança.
Precisamos olhar o mundo com os olhos de Cristo, disposição
que nos faz ter nossas raízes plantadas junto ao riacho de onde
vem água pura.
Precisamos permitir que a Palavra de Deus cresça em nós. Isto
acontece quando levamos a sério seus ensinamentos, o que nos
habilitará a estar prontos para dar a razão da esperança que move
nossa vida.
Precisamos ser críticos de nossas próprias práticas e das práti-
cas do mundo em que estamos, uma vez que a maioria se deixa
influenciar por uma minoria. Por que pensamos de certo modo,
gostamos de certas coisas e aprovamos determinadas atitudes?
Não precisamos seguir a onda. Por melhor que seja, a onda é pés-
sima, porque não é algo que sai de dentro de nós, mas vem de fora.
É sempre uma imposição.
A nossa satisfação deve ser conhecer e seguir as recomendações
de Deus para termos uma vida verdadeiramente boa.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 1 e Marcos 1 a 3
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não
se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escar-
necedores”. (Salmo 1.1)
JANEIRO
2 a prosperidade é apenas uma madrasta.
Montesquieu
JANEIRO
3 demais e nenhum detalhe é pequeno demais.
Woodrow Kroll
JANEIRO
4 George Herbert
Noites tranquilas
Dormir tranquilo é o sonho de muitas pessoas, especialmente da-
quelas que têm dificuldade para pegar no sono.
Entre estas, estão algumas que têm distúrbios, que devem ser
tratados por profissionais.
Os problemas precisam de avaliação e cuidado, sempre de modo
responsável. Se há pessoas que se recusam a tomar um remédio ca-
paz de repor o que lhes falta no corpo, há outras que tomam remé-
dios desnecessariamente, para evitar qualquer desconforto. Ora, um
pouco de desconforto pode fazer parte da vida e não necessariamen-
te temos que tomar uma pílula para calá-lo.
Há também pessoas que não pegam no sono por excesso de pre-
ocupações ou mesmo por cansaço demasiado. Elas também devam
cuidar para que não percam horas necessárias para o repouso.
Um dos cuidados que precisamos é conhecer nosso próprio cor-
po e, a partir daí, desenvolvermos hábitos saudáveis, que contribu-
am para uma noite bem dormida.
Além dos cuidados corporais, há os cuidados espirituais. Todos
precisamos desenvolver a confiança em Deus. Tendo trabalhado o
dia inteiro, confiantes em Deus que nos abençoa em nossas ativi-
dades, temos certeza de que Deus continuará trabalhando por nós
enquanto repousamos. Precisamos confiar, como o salmista, que
Deus nos protege.
Fizemos o que devíamos ter feito? Podemos dormir tranquilos.
Não fizemos? Podemos pedir sinceramente perdão pelos nossos
pecados, experimentar a alegria do perdão e, por fim, dormir sos-
segados.
Uma manhã é um dom de Deus. Confiemos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 3.5-8 e Marcos 12 a 14
“Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta”.
(Salmo 3.5)
JANEIRO
5 Alfred de Musset
Quando as adversidades
parecem nos sufocar
Há momentos na vida em que imaginamos, mesmo sabendo que
isto é impossível, que Deus está aborrecido conosco e resolveu des-
pejar sua ira sobre nós.
Quem não se sente assim, por vezes, diante do silêncio de Deus?
Quem não se sente como um poeta da Bíblia que se disse cansado
de tanto gemer, exausto de tanto chorar, envelhecido de tanto su-
plicar, confuso de tanto esperar?
Parece que nossos ossos vão ser moídos; nosso coração dispara; o
ar falta; a vida parece estar próxima do fim. Nesses momentos não
sabemos o que pedir, senão misericórdia.
Muitas pessoas vivem este drama. Nós mesmos podemos estar
vivendo na adversidade.
O mesmo sofrimento ocorreu com diversos homens e mulheres
da Bíblia. Um deles, um poeta, nos conforta, narrando sua própria
experiência. Ele registra que Deus ouviu o seu lamento. Embora te-
nha demorado, o seu choro foi encerrado pela bondade de Deus. O
poeta nos mostra que, nas horas difíceis, precisamos nos lembrar
da graça de Deus.
Quando oramos, esta certeza deve nos mover.
Quando agimos assim e esperamos, percebemos Deus ouvindo a
nossa oração e atendendo ao nosso pedido.
E a paz vem.
Então sabemos que Deus não está aborrecido conosco, que va-
mos suportar as adversidades, que sempre somos alvos da bonda-
de do nosso Senhor, a quem podemos cantar “aleluias”.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 4 e Marcos 15 a 16
“Responde-me quando clamo, ó Deus que me fazes justiça! Dá-me alí-
vio da minha angústia; tem misericórdia de mim e ouve a minha ora-
ção”. (Salmo 4.1)
JANEIRO
6 circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.
Horácio
JANEIRO
7 pessoas que fazem diferença em nossas vidas.
John F. Kennedy
JANEIRO
8 Para mim, felicidade é compartilhar a vida
com quem se ama! Compartilhar a vida!
Com suas lutas, derrotas e vitórias.
Acidalia Tymchak
JANEIRO
9 o meu irmão”.
O policial levou um susto.
“Seu irmão, eminência?”. “É. Apesar da diferença de
nomes, somos filhos do mesmo Pai....”
Zildo Rocha
JANEIRO
10 em que vivo é sábio o suficiente para cuidar de mim.
Philip Yancey
O primeiro passo
Quando uma doença no corpo, seja suave e persistente ou grave e
devastadora, nos cassa a alegria e nos tolhe a esperança, precisamos
reconhecer que podemos lutar para que a saúde volte, com decisões e
disciplinas que nos tragam mais prazer ou menos dor. Quando uma
doença emocional, como, por exemplo, a depressão, que nos suga
toda a vontade de viver, nos alcança, precisamos reconhecer, em-
bora seja muito difícil, que devemos procurar ajuda.
Quando ofendemos alguém ou nos sentimos ofendidos por al-
guém e vamos vendo nossas vidas sendo corroídas pela praga da
mágoa, precisamos reconhecer que devemos tomar, mesmo que
doa, a iniciativa da reconciliação. Quando, por iniciativa própria
ou seguindo a onda, trilhamos o percurso da corrupção, oferecen-
do ou recebendo vantagens indevidas, precisamos reconhecer que
estamos errados, inapelavelmente errados.
Quando, diante de um hábito que sempre fez parte do nosso
jeito de ser, seja o da precipitação ou da procrastinação, seja o da
indisciplina nos horários e nas tarefas, seja o da alimentação noci-
va, precisamos reconhecer que será necessário mudar, em busca de
mais qualidade de vida. Quando percebemos que nossa vida parou,
por razão que sabemos ou por razão que sequer imaginamos, pre-
cisamos reconhecer que podemos voltar a existir, desejando, so-
nhando, projetando, realizando. Quando olhamos para aquilo que
sempre acreditamos e descobrimos, lendo a Bíblia, que estamos no
caminho que não deveria ser o nosso, e decidimos crer como Deus
espera que creiamos, teremos dado o primeiro passo.
E o primeiro passo deve ser acompanhado do segundo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 8 e Gênesis 15 a 18
“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as es-
trelas que ali firmaste, pergunto. Que é o homem, para que com ele
te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes? Tu o
fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória
e de honra”. (Salmo 8.3-5)
JANEIRO
11 Harvey Cox
A história de
uma intimidade
Deus escreve uma história conosco. E esta história é uma história
sagrada. Ao longo da Bíblia, como fez com Abraão, Ele nos convida
para escrever com Ele uma história, uma história sagrada.
Nossa profissão é parte desta história. Nosso casamento é par-
te desta história. Nossa vida é sagrada. É sagrada toda a história
que escrevemos em parceria com Deus. É sagrado todo o lugar onde
Deus é convidado para estar. É sagrada toda atividade humana de-
senvolvida com a consciência da missão, seja uma coisa pequena
(como um passeio, de férias), seja uma grande coisa (como atuar
num resgate de pessoas depois de um acidente).
Quando escrevemos nossa história sem que Deus seja convidado
para participar dela, não sabemos como vai terminar. Se Deus faz
parte desta história, temos intimidade com Ele; podemos peregri-
nar pelo deserto, mas nosso destino final será a terra prometida.
Temos intimidade com Deus quando desistimos de confiar em
nossa própria competência e permitimos que Deus nos torne com-
petentes para a salvação, isto é, tornando-nos justos por Deus,
por meio da morte de Jesus na cruz. Temos intimidade com Deus
quando entendemos que, sozinhos ou por nós mesmos, não somos
ninguém. Tudo o que somos foi Deus quem fez sem que o soubésse-
mos. Quando Ele nos salvou, estávamos mortos. Temos intimidade
com Deus quando confiamos nele. Confiar é mais que acreditar que
Ele responderá às nossas orações. Confiar é acreditar que Deus tra-
balha para nós, mesmo quando nada lhe pedimos. Confiar é mais
que acreditar: é saber que somos parte da sua família.
Foi assim que Abraão viveu. Podemos viver como ele.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 9.1-6 e Gênesis 19 a 23
“Ó SENHOR Deus, eu te louvarei com todo o coração e contarei todas
as coisas maravilhosas que tens feito”. (Salmo 9.1)
JANEIRO
12 do egoísmo, mas não é preciso, é a própria experiência
social que nos vai fazendo assim.
José Saramago
A arte de matar
Ao longo da vida, matamos e fazemos viver, mesmo que não dispo-
nhamos de armas capazes de ferir.
Matamos quando vivemos na perspectiva de que a única pessoa
que interessa seja a gente mesma. Quando só os nossos desejos são
prioridades, quem está ao nosso redor vai definhando como uma
folha pisada no chão. Matamos quando, escravos das realizações
pessoais, só enxergamos metas a bater, dinheiro a ganhar, sexo a
desfrutar, aplausos a receber, como se não fossem conquistas que o
vento leva num vento ligeiramente mais forte.
Matamos quando, não compreendendo a dinâmica da alma,
condenamos os que sofrem, não damos a mão para os que estão
atravessando o vale da sombra da ansiedade, da insegurança, do
pânico ou da depressão, achando que, para atravessá-lo, basta-lhes
tomar coragem. Matamos quando nos recusamos a mudar os pa-
drões, que podem vir de longe na história da nossa família, mas
são ruins porque motivados pela satisfação dos próprios instintos,
mesmo que assassinos.
Diferentemente, porém, podemos fazer viver.
Fazemos viver quando o outro, em casa ou fora de casa, nos im-
porta, como alguém realmente igual a nós.
Fazemos viver quando, revisando nosso jeito de ser e de agir,
passamos ao outro a bola para que ele faça o gol e celebre.
Fazemos viver quando nos recusamos a ser insensíveis, embora
tenha sido esta a herança que nos tenha tocado no latifúndio da
infância. Então, decidimos sorrir, abraçar, ouvir, apesar do modo
como fomos moldados.
Fazemos viver quando aceitamos as pessoas como elas são e as
ajudamos a ser o que precisam ser.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 9.7-12 e Gênesis 24 a 27
“O SENHOR é um abrigo para os que são perseguidos; ele os protege
em tempos de aflição”. (Salmo 9.9)
JANEIRO
13 mas também pelo que não fazemos.
Jean Moliére
É mais fácil
culpar os outros
Um jovem morreu depois de tomar excessivas rodadas de álcool
numa festa estúpida em que havia um concurso para eleger quem
bebia mais e mais rápido. Da polícia à família, as vozes se levan-
taram para dizer que a responsabilidade era dos organizadores da
macabra gincana por não terem disponibilizado uma ambulância
bem equipada. A responsabilidade não foi atribuída ao bêbado, que
livremente participou daquela roleta russa, nem aos fabricantes do
líquido mortífero. Antes que o assunto virasse apenas estatística,
nada se falou contra o modo de viver segundo o qual não se pode
viver sem álcool ou não se pode festejar sem excessos. Nenhuma
palavra se levantou contra os outros jovens que o pressionaram a
beber mais e mais.
Para não assumirmos culpas, negamos os fatos. Quando não po-
demos negá-los, jogamos a responsabilidade sobre os ombros de
outros, atribuindo-lhes fardos que são nossos. Quando a pressão
aumenta por causa de nossos erros, tendemos a fazer como aqueles
que, flagrados, explicam seus gestos e pedem discretas desculpas,
não porque tenham se arrependido, mas porque querem diminuir os
pesos que acham que talvez tenham que carregar.
Pessoas maduras erram. Erram privadamente. Erram publica-
mente. Quando erram, pessoas maduras pedem perdão.
Pessoas maduras sabem que pedir perdão nasce da confiança de
que Deus nos perdoa. Ele não nos livrará de ouvir as vozes que nos
condenam e nem mesmo das necessárias penas que precisaremos
cumprir, mas nos tirará do inferno da culpa que tínhamos e não te-
mos mais, porque fomos perdoados. O perdão nos faz viver em paz.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 9.13-26 e Gênesis 28 a 30
“Os pobres não serão esquecidos para sempre, e os necessitados não
perderão para sempre a esperança”. (Salmo 9.18)
JANEIRO
14 está pronta para amá-lo e obedecê-lo.
A.W. Tozer
Deus se importa
Qual o futuro dos explorados?
Pensemos numa criança que vive nas ruas, muitas vezes explo-
rada por adultos. Ou numa mulher vendida como escrava sexual.
Ou num trabalhador escravizado. Ou num grupo social condenado
a não ser livre.
A existência do sofrimento em geral e dos explorados em parti-
cular levou os poetas bíblicos a se perguntarem: “Meu Deus, onde
te escondes?”
O poeta brasileiro Castro Alves (1847-1871) demonstrou a mes-
ma indignação, quando cantou:
“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?”
Ele não se aborrece quando fazemos perguntas como estas.
Deus parece longe, mas está perto.
Deus parece desaparecido, mas está presente.
Tanto é que aqui e ali, ele inspira pessoas que gritam por justiça
e lutam pela paz.
Em outras palavras, Deus se importa com as pessoas exploradas
através de pessoas livres.
E pessoas livres que não se importam com as pessoas exploradas
não são verdadeiramente livres, porque escravas da indiferença e
do desamor, que o egoísmo produz.
Deus parece desinteressado quando nós nos desinteressamos.
Permitiremos que as pessoas exploradas achem que Deus lhes
está distante?
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 10.1-14 e Gênesis 31 a 33
“Mas tu, ó Deus, vês e percebes o sofrimento e a tristeza e sempre estás
pronto para ajudar. Os que não podem se defender confiam em ti; tu
sempre tens socorrido os necessitados”. (Salmo 10.14)
JANEIRO
15 e nunca fofocamos sobre pessoas pelas quais oramos.
Neste caso, a oração é um grande obstáculo.
Leonard Ravenhill
A maledicência mata
Chamamos de fofocas os comentários desfavoráveis que fazemos
sobre os outros.
“Fofoca” é palavra de possível origem africana e vem de “reme-
xer”; fofocar é remexer na vida alheia, como aquele que remexe a
lata do lixo, com a diferença que não procura o que serve, mas o
que não presta. A fofoca é como um furto, porque a pessoa se apro-
pria de uma história de vida que não é a sua.
Melhor que “fofoca” é a palavra “maledicência”, porque sua eti-
mologia revela o que tem de pior: é o ato de maldizer.
A maledicência não pode ser apenas um passatempo, como insi-
nuam as publicações especializadas em disseminá-las.
A maledicência destrói porque é uma invasão da privacidade
alheia. O maledicente compartilha notícias, falsas ou verdadeiras,
sobre pessoas que não aprovariam a maioria delas.
Escutar maledicências é ser cúmplice no assassinato do outro.
Andar “como mexeriqueiro” é “atentar contra a vida do próximo”
(Levítico 19.16). É pecado ouvir fuxico; é pecado passar adiante
uma informação não autorizada.
Com a proliferação da internet, há um outro tipo de maledicên-
cia, que vem no reencaminhamento de notas, algumas começando
assim: “Não sei se é verdade, mas, pelo sim, pelo não, encaminho a
mensagem que recebi...”. Quem repassa uma informação que pode
ser mentirosa mentiroso é. Antes de passar, devemos conferir; na dú-
vida, só nos cabe deletar. Nos comentários postados nas redes sociais
e nas páginas noticiosas, a maldade humana se revela em toda a sua
intensidade. Predominam os xingamentos, os palavrões, num ódio
gratuito, visando aniquilar pessoas ou ideias. Nossas palavras devem
ser sempre para bendizer.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 10.5-18 e Gênesis 34 a 36
“SENHOR Deus, tu ouvirás as orações dos que são perseguidos e lhes
darás coragem”. (Salmo 10.17)
JANEIRO
16 Deus e experimentamos a paz na vida. A quietude nos
enche da Presença de Deus.
E’yen A. Gardner
Diga “não”
Todas as vezes em que você for alvo de uma injustiça ou de uma
coleção de maldades, releia a história de José.
As crueldades que recebeu não produziram nele sentimentos de
pena de si mesmo (Gênesis 37-45).
Recordemos sua trajetória negativa: de filho predileto foi torna-
do escravo em terra estranha; de funcionário-padrão conheceu o
cárcere por fazer a coisa certa, ao recusar a tentação movida pela
patroa; de um homem cheio de sonhos virou um anônimo, um
prisioneiro; de arrimo de família foi abandonado pelos irmãos; na
prisão, foi esquecido pelo copeiro a quem ajudara num caso de vida
ou morte (Gênesis 40.23).
Por que José não cedeu à autocomiseração?
José sentiu o impacto do abandono, mas não se submeteu ao
desamparo. Ele chorou copiosamente, mas não ficou no choro.
José não permitiu que sua dor se tornasse um motivo para a
“piedade” dos outros. Ele não se transformou em vítima. Ele não
ficou procurando culpados para sua situação.
José teve uma perspectiva correta acerca dos fatos da sua vida,
marcada por quatro certezas: Deus estava na direção da sua vida;
Deus cuidava dele; Deus continuava Senhor até das situações ad-
versas; a sua vida tinha uma razão de ser.
Se queremos seguir as boas pegadas de José, devemos nos lem-
brar de quem somos para Deus (Salmo 8.5). Como José, devemos
ter sonhos, sonhos de grandeza e de vitória. Sonha quem tem a
cabeça erguida. Devemos, como José, externar os sentimentos de
perda, mas não nos deixar dominar por eles.
Não se torne um coitado. Tenha certeza do cuidado de Deus.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 11.1-3 e Gênesis 37 a 40
“Com Deus, o SENHOR, estou seguro. Não adianta me dizerem. ‘Fuja
como um pássaro para as montanhas’”. (Salmo 11.1)
JANEIRO
17 tem um destino.
Andy Stanley
JANEIRO
18 ninguém mais a quem pudesse dedicar seu amor.
Agostinho de Hipona
Mais é menos
Há alguns anos, um homem de destaque em seu segmento con-
vidou um autor, que escrevera a história de uma outra pessoa no
mesmo segmento, para escrever então a sua biografia. Ele explicou
a escolha do biógrafo, mas não achou necessário justificar a biogra-
fia. Era algo evidente, razão pela qual ficou perplexo com a recusa
ao trabalho por parte do escritor.
Os editores têm que rejeitar centenas de textos originais can-
didatos a livros com as histórias de pessoas que se candidatam a
deixar o seu legado.
Rumamos nos extremos. Uns achamos que nada temos a dizer,
com vidas comuns demais. Outros achamos que temos muito a di-
zer, com experiências exemplares.
É triste, mas não somos tão importantes assim. Nem sempre
nossa vida dá um livro. Nem sempre nossas vidas não são tão inte-
ressantes quanto julgamos.
Nosso legado bom começa quando, sentindo-nos amados por
Deus, recebemos dele os princípios que nos orientam e aceitamos
o modelo de felicidade ensinado e vivido por Jesus, procurando
seguir-lhe o seu exemplo.
Nosso bom legado começa em casa, onde ninguém está vendo,
porque os holofotes não estão acesos, as câmeras não estão ligadas,
os aplausos inexistem.
Nossa vida, que pode incluir palavras e mesmo livros, deve ser o
nosso maior legado, reconhecido ou não.
Nossa vida deve ser digna dos elogios que nunca ouviremos, que
são aqueles desferidos diante do caixão que guarda o nosso corpo.
Eles podem ser até exagerados, por causa do amor, mas, se forem
sinceros, terá valido a pena viver.
Precisamos saber disto agora.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 12 e Gênesis 45 a 47
“As palavras do Senhor são puras, são como prata purificada num for-
no, sete vezes refinada”. (Salmo 12.6)
JANEIRO
19 John Steinbeck
A sabedoria do descanso
Um dos terríveis inimigos que temos a enfrentar é o cansaço físico.
Ele vem quando desenvolvemos tarefas além de nossa capacidade
de as realizar.
O cansaço é um déficit. Ficamos cansados quando as energias
gastas não são repostas em tempo hábil para serem novamente
empregadas. O cansaço é um desequilíbrio entre a força real e a
força necessária, o que faz com que o peso daquela tarefa nos che-
gue como uma sobrecarga.
O cansaço se torna uma realidade quando ignoramos o nosso
ritmo e nos pomos a correr numa velocidade além de nossa com-
petência. O cansaço nos deixa fracos até para fazer o que sempre
fizemos. Diante desta perspectiva, podemos continuar cansados
ou podemos descansar. Não há meio termo.
Como as exigências são muitas e queremos dar conta do que nos
cabe — ou achamos que nos caiba —, continuamos mais cansados
hoje do que ontem, mais exaustos amanhã do que hoje.
Como queremos competir com os mais velozes, como se não fôs-
semos pessoas diferentes, arrebentamos os nossos músculos, às
vezes irrecuperavelmente e, quando isto acontece, somos deixados
de lado pelo sistema ao qual servimos.
Como queremos provar a nós mesmos que não somos frágeis, nos-
sas forças vão sendo drenadas, como a água desperdiçada na rua por
um cano rompido. A atitude simples a ser tomada é a mais difícil. Na
hora do cansaço, não adianta resistir-lhe. É hora de se entregar a ele,
que é sempre é o único caminho para a vitória.
Essa perda se chama descanso. Descanse. Depois do descanso, as
forças voltarão, as atividades serão mais leves.
E você observará que o mundo não acabou porque, por um tem-
po, você parou de girar a sua feérica roda. Os sábios descansam.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 13 e Gênesis 48 a 50
“Eu, porém, confio em teu amor; o meu coração exulta em tua salva-
ção”. (Salmo 13.5)
JANEIRO
20 geralmente alimentados por faíscas inesperadas.
Samuel Johnson
JANEIRO
21 pelo menos, não parecerem o que não.
William Shakespeare
JANEIRO
22 Na trama da minha ausência, inventaram tela falsa.
Clarice Lispector
JANEIRO
23 vida e, às vezes, Ele permite que elas se agitem.
Mas, não importa qual seja o clima, Ele sempre
acalma e conforta seus filhos.
Lisa Harper
Acalme-se
Lemos a promessa feita numa hora de grande turbulência: “O Se-
nhor lutará por vocês. Tão somente, acalmem-se” (Êxodo 14.14).
De modo aparentemente contraditório, somos chamados a lutar
e, ao mesmo tempo, a nos acalmar.
Observamos que, nesta instrução, quem luta é um e quem se acal-
ma é outro. Essa é a grande questão da vida. E, às vezes, nós somos
tentados a trocar o sujeito da oração. Tendemos a inverter as posi-
ções. Nós queremos lutar e queremos que Deus se acalme.
A promessa é clara: Deus luta por nós. Então, podemos nos acal-
mar. Nós, às vezes, contudo, lutamos contra Deus, quando Ele come-
ça a lutar por nós e a fazer coisas por nós. Por não compreendermos a
sua dinâmica, queremos que Ele lute com as nossas armas, do nosso
jeito, no nosso ritmo. Mas Deus luta com o jeito dele, com os recursos
dele, no ritmo dele, e a nós cabe a calma.
Como é que vamos nos acalmar se as ondas estão bravias? Como
é que vamos nos acalmar, se a poeira do deserto nos asfixia? Como
é que vamos nos acalmar, se não sentimos na noite que está chegan-
do o dia? Como é que vamos nos acalmar, se segue intensa a porfia?
Paremos de brigar contra Deus. O adversário não é Ele; são os
nossos problemas, nossas adversidades, nossos temores. O nosso
amigo, o nosso comandante, o lutador por nós, este é Deus. É por
isso que podemos nos acalmar. Por que estamos agitados? Pode-
mos nos acalmar, porque Deus luta por nossa vida.
Se interferirmos, vamos atrapalhar. Não sejamos como aquele
que se coloca no lugar de Deus. Deixemos que Ele lute por nós.
Quando Ele luta,nós vencemos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 16.7-11 e Êxodo 12 a 14
“Estou certo de que o SENHOR está sempre comigo; ele está ao meu
lado direito, e nada pode me abalar”. (Salmo 16.8)
JANEIRO
24 deserto, esperamos, choramos e aprendemos a viver.
Alan Jones
JANEIRO
25 que as circunstâncias tenham mudado.
David Jeremiah
Relacione-se com
integridade (1/2)
Todos queremos nos relacionar bem uns com os outros. Todos que-
remos ter relacionamentos saudáveis. Eis, para tanto, alguns bons
ensinamentos para cada um de nós.
1. Beba de Deus os seus valores, não junto aos ídolos deitados nos
panteões e postos em pé ao lado nas avenidas. Os ídolos seduzem com
ofertas de coisas fáceis em letras gigantes, mas escondem nas le-
tras pequenas o alto custo da adoração que requerem. Quanto a
Deus, o que Ele nos pede é realmente bom para nós. Sem dúvida,
“ter fé ou confiança em qualquer coisa que Deus não prometeu é
pura idolatria, numa adoração de sua própria imaginação em lugar
de Deus”. (William Tyndale)
2. Adore a Deus, não adore a si mesmo. Rejeite pensar em você
como se fosse uma trindade egocêntrica (eu, eu, eu). Infelizmente,
“a mente do homem é como uma loja de idolatria e superstição.
Quanto mais o homem crê em sua própria mente, mais abandona
a Deus e forja algum ídolo em seu próprio cérebro”. (João Calvino)
3. Vigie para não cair na malha da idolatria, seja ela religiosa, ide-
ológica ou psicológica. Na idolatria religiosa, Deus é posto de lado,
trocado por ídolos. Na idolatria ideológica, sacrifica-se a verdade.
Na idolatria psicológica, pessoas admiráveis são colocadas nos al-
tares para adoração.
4. Tenha com as mercadorias uma relação saudável. Mercadorias são
mercadorias. Dinheiro é dinheiro; é para ser dominado, não para do-
minar. Carro é carro, um móvel motorizado que o transporta; não
deve ter nenhum valor além de sua utilidade prática. Conhecimento
é conhecimento; quem o tem deve utilizá-lo para tornar melhores as
vidas das pessoas, não apenas a sua. [CONTINUA amanhã]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 7.7-15 e Êxodo 19 a 20
“Protege-me como protegerias os teus próprios olhos e, na sombra das
tuas asas, esconde-me dos ataques dos maus”. (Salmo 17.8-9)
JANEIRO
26 desenvolver em três atitudes: fale a verdade, cumpra
suas promessas e seja responsável por seus atos.
Ross Campbell
Relacione-se com
integridade (2/2)
Seguem outros ensinamentos para que mantenhamos relaciona-
mentos saudáveis:
5. Relacione-se com pessoas como sendo pessoas, não como se fossem
coisas. Coisas são descartáveis e descartadas. Pessoas nem a morte as
leva de nós. Lamente quando é descartado. Não aceite fazer o mes-
mo. Não use as pessoas e depois jogue fora como laranjas sem doce.
6. Valorize as pessoas pelo que elas são, não pelo que podem lhe ofere-
cer. Não mercantilize seus relacionamentos. Dê, dê afeto, dê coisas,
não troque. Não tente comprar as pessoas.
7. Relacione-se com pessoas sabendo que são falíveis, como você.
Não faça das pessoas imagens de escultura. Não espere demais das
pessoas. Não espere demais de você mesmo. Não adoeça os outros
com suas exigências. Não se adoeça.
8. Se for o caso, pare de jogar com as pessoas para alcançar seus fins.
Por mais que pareça, pela profusão de programas televisivos neste
modelo, a vida não é um “reality show” em que ganham os que jogam
com os sentimentos das pessoas, para aniquilá-las.
9. Seja o que você é, sem querer parecer o que você não é. Um bom
teste é verificar o seu avatar ou perfil nas redes sociais eletrônicas:
que mensagem sobre você mesmo quer passar? Essa mensagem é
verdadeira? Não se estribe em perfis falsos, porque você sabe que
são falsos.
10. Busque, como foco de sua vida, a fidelidade aos valores de Deus,
não o sucesso. A fidelidade leva ao céu. O sucesso pode terminar no
inferno. Prefira ir para onde Deus quer lhe levar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 19.1-5 e Êxodo 21 a 23
“Ó SENHOR Deus, como eu te amo! Tu és a minha força”. (Salmo 18.1)
JANEIRO
27 mundanas: a simplicidade e a pureza. A primeira
busca Deus; a segunda o encontra e nele se rejubila.
Tomás de Kempis
JANEIRO
28 transformar a experiência mais dura de nossas vidas
em algo produtivo, benéfico e positivo.
Charles Stanley
O refúgio
O poeta diz que ama a Deus.
“Ó Senhor Deus, como eu te amo! Tu és a minha força”.
(Salmo 18.1)
Nós dizemos que amamos a Deus. Depois desta confissão, as de-
mais são consequências.
Só quem ama a Deus pode considerá-lo a rocha da sua vida, isto
é, a base sobre a qual os seus passos se dão. Só quem ama a Deus
clama por Ele com a certeza que vai ser atendido. Só quem ama a
Deus procura guardar todos os seus mandamentos, que são per-
feitos, embora não seja fácil ser fiel assim. Só quem ama a Deus
se sente capaz de superar as defesas dos inimigos. Só quem ama
a Deus lhe canta louvores que o glorificam. Só quem ama tem real
interesse pelos necessitados. Quem ama a Deus assim pode olhar
para a sua vida e recordar, com alegria:
“Quando eu estava em dificuldade, (...) o Senhor me protegeu”
(Salmo 18.18)
O relacionamento de amor com Ele nos mostra que Deus é aque-
le que transforma em luz as nossas trevas. Em outros termos, é
Deus quem nos purifica de nós mesmos, de nossos desejos egoís-
tas, de nossos desvios, de nosso prazer no que é errado.
Deus é aquele que nos dá força para prosseguir avante, mesmo
que adiante esteja um mar aparentemente intransponível.
Deus é aquele que nos serve de refúgio quando somos atacados
por inimigos internos (nossas emoções ruins e nossos maus hábitos,
por exemplo) e externos (nossos problemas difíceis e sedutores, que
nos levam aos lugares elevados e mostram o que podemos ganhar,
se os obedecermos). Deus é aquele que nos ama. Que mais importa?
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 19.14-19 e Êxodo 29 a 31
“Lá do alto, o SENHOR me estendeu a mão e me segurou; ele me tirou
do mar profundo”. (Salmo 18.16)
JANEIRO
29 ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é consequência.
Albert Einstein
Os benefícios
da honestidade
Ficamos surpresos quando uma pessoa, geralmente pobre (uma
faxineira, um gari, um taxista ou um transeunte), encontra uma
bolsa ou carteira recheada de dinheiro e procura o dono para devol-
ver o que achou. Não devíamos nos surpreender com a honestidade,
vinda dos pobres ou dos que não precisam, porque ser honesto é um
dever. No entanto, de tanto ver a desonestidade sendo premiada,
tendemos a achar que a desonestidade é um recurso honesto.
A honestidade deve fazer parte de nossos planos de vida e de
nossas práticas no dia a dia. Nunca devemos planejar fazer algo
desonesto, por mais que a recompensa pareça elevada.
Por isto, devemos aplaudir os honestos, para que a desonesti-
dade não suba para o pódio como se virtude fosse. Devemos agir
para que ninguém tenha vergonha de ser honesto. A maioria das
pessoas é honesta. Embora não deva se orgulhar da sua virtude,
deve ter a alegria de se olhar no espelho.
Os pais devem ensinar, com palavras e exemplos, a honestidade
aos seus filhos. Sua mensagem ficará para sempre.
Em nosso caso, se a tentação vier para reter o que não nos per-
tence, devemos resistir.
Se outros planejam e nos convidam para participar de suas frau-
des, por mais comum que seja, nossa resposta deve ser a recusa em
participar de qualquer esquema. Não vendamos nossa consciência.
Quando errarmos, tenhamos vergonha, vergonha de ser desonesto,
não do contrário, não importa que música esteja tocando mais alto.
Lembremos sempre que a desonestidade beneficia uns poucos e
traz prejuízo a muitos. Por outro lado, a honestidade pode trazer
prejuízo a uns poucos, mas beneficia a muitos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 19.20-29 e Êxodo 32 a 34
“Eu tenho feito a vontade do SENHOR e nunca cometi o pecado de
abandonar o meu Deus”. (Salmo 18.21)
JANEIRO
30 numa imensa população.
Charles Swindoll
O medo
O medo é saudável quando nos inspira a cuidar de nosso corpo
porque preocupados com as consequências dos venenos da alimen-
tação errada e da falta de exercício.
O medo nos faz bem quando nos ajuda a evitar de cair nas redes
sufocantes do vício.
O medo é prudência quando nos faz fugir de um inimigo mais
poderoso que nós.
O medo nos leva para longe do abismo.
Viva o medo!
O medo nos leva para longe de coisas novas e boas e nos faz fazer
as mesmas coisas todos os dias, até aquelas que não devemos fazer.
O medo nos encapsula num esconderijo por causa de um inimigo
que não existe mais.
O medo nos impede de dar o primeiro passo para a liberdade,
quebrando as algemas do vício.
O medo nos proíbe de tomar decisões e agir de modo a ter uma
vida saudável.
Morra o medo!
O medo é um território fértil para o crescimento do passado e
para o minguamento do nosso futuro.
O medo é empecilho para aceitarmos o convite para uma vida
cheia de alegria, a alegria completa, que não depende de como as
coisas vão ou daquilo que enfiamos no nosso corpo, mas de como
estamos, porque podemos estar seguros de que o amor de Deus
nos chama para fora da caverna do medo.
Viva a coragem!
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 19.30-39 e Êxodo 35 a 38
“Este Deus faz tudo perfeito e cumpre o que promete. Ele é como um
escudo para os que procuram a sua proteção”. (Salmo 18.30)
JANEIRO
31 brotarem do fundo do coração. As palavras que
não dão luz aumentam a escuridão.
Teresa de Calcutá
Em busca das
palavras certas
Há momentos em que precisamos de palavras que nos animem.
Diante de uma doença, em nosso corpo ou no corpo de uma pes-
soa querida, precisamos de palavras que nos estimulem a lutar
pela vida. Há momentos em que precisamos de palavras que nos
despertem. Diante do erro em que nos metemos ou dos caminhos
equivocados que nos soam como bons, precisamos de palavras que
nos mostrem melhores itinerários.
Há momentos em que precisamos de palavras que nos confor-
tem. Diante da perda de uma pessoa que era parte de nossa his-
tória, dilacerada agora por sua presença esculpida com a certeza
dolorosa da saudade, precisamos de palavras que recolham as nos-
sas lágrimas. Há momentos em que precisamos de palavras que
nos alegrem. Diante de uma festa, para celebrar um nascimento,
um aniversário, um casamento, uma vitória, precisamos de pala-
vras que se juntem à nossa celebração.
Dizer essas palavras exige de nós um coração que se importa com
a vida do outro, que não se alimenta de palavras feitas, mas de pala-
vras produzidas pelo sentimento verdadeiro. Dizer palavras verda-
deiras exige de nós sabedoria para aparar a sedução dos excessos e
conter a tentação das mentiras. Palavras que animam, despertam,
confortam ou alegram não podem doer, amargurar ou matar. Por
isto, em muitos casos, nossas palavras precisam ser mínimas ou
mesmo nenhumas, porque simplesmente substituídas por abraços
generosos. Antes de lhes falar, precisamos pensar as palavras que
vamos dizer. Para pensar palavras que tragam vida, precisamos
orar, pedindo a Deus sabedoria, coragem, solidariedade e alegria.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 19.40-50 e Êxodo 39 a 40
“O SENHOR vive. Louvem aquele que é a minha rocha, anunciem a
grandeza do Deus que salva a minha vida”. (Salmo 18.46)
FEVEREIRO
1 raízes mais profundas.
George Herbert
FEVEREIRO
2 Nunca poderemos ter um impacto na sociedade
se não nos mudarmos primeiro. Os grandes
pacificadores são todos gente de grande integridade
e honestidade mas, também, de humildade.
Nelson Mandela
FEVEREIRO
3 está nos levando porque Ele quer que confiemos
nele a cada passo.
Stormie Omartian
FEVEREIRO
4 o sentimento da presença de Deus.
Irmão Lourenço
FEVEREIRO
5 idolatria sem nos curvarmos diante de pedaços de
madeira ou pedra.
Bill Bright
Chega de idolatria
A idolatria é a uma tentação constante. Sua tentação vem do que
oferece. Diante do que oferece, é difícil resistir. Parece que os ine-
xistentes deuses nos oferecem o que buscamos: felicidade, sucesso,
riqueza, poder, beleza, brilho.
Podemos idolatrar o Deus verdadeiro, tornando-o um ídolo. Po-
demos idolatrar pessoas, atribuindo-lhes até mesmo qualidades
que não têm. A maneira como nos relacionamos com as pessoas
pode ser idólatra. Isto acontece quando nos relacionamos com elas
em função daquilo que podem nos dar. Quando alguém faz aniver-
sário, por vezes ouve:
— Parabéns! Que Deus lhe dê muitos anos de vida para continu-
ar nos abençoando.
As pessoas não percebem que suas palavras querem dizer que
não amam o aniversariante pelo que são, mas pelo que, eventu-
almente, pode oferecer. Podemos nos idolatrar a nós mesmos,
curvando-nos diante da trindade formada pelo eu, eu, eu. O que
importa é o que sentimos e como nos sentimos. O que importa é
que a nossa autoestima esteja alta. Achamos que as pessoas pre-
cisam nos aceitar como nós somos, mesmo com nossos defeitos
de caráter que não admitimos e não queremos mudar. Boas são as
coisas que nos dão prazer, mesmo que nos furtem a consciência.
Temos que estar sempre bem. Idolatramos a felicidade.
Lendo a Bíblia, percebemos bem a quem estamos adorando, se a
Deus ou a algum ídolo. Se é a algum ídolo, precisamos nos conver-
ter em direção ao Deus verdadeiro, que pede menos culto e mais
misericórdia para com os necessitados. É assim que seremos verda-
deiros. É assim que nos relacionaremos, com Deus, com as pessoas
e com as coisas de modo sincero. Este é o caminho da integridade.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 21 e Levítico 13 a 15
“Exalta-te, SENHOR, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o
teu poder”. (Salmo 21.13)
FEVEREIRO
6 que satisfaz nossas necessidades de sermos amados,
aceitos e seguros. Este tipo de fé gera alegria.
Josh McDowell
Quando Deus é o
nosso pastor (1/5)
“O Senhor é o meu pastor”, canta o poeta.
Então, tem certeza o cantor: “Nada me faltará”.
Deus, a quem temos como o Senhor de nossas vidas, dirige-nos
os passos, conduz os nossos corações, orienta as nossas decisões,
aconselha-nos nos nossos propósitos, alimenta-nos com sua pala-
vra, livra-nos dos perigos, corrige-nos dos nossos erros, organiza
as nossas emoções. Deus, a quem temos como o Senhor de nossas
histórias, não deixe que nos falte o pão, não permite que sejamos
derrotados, garante que mantenhamos a esperança, transforma a
solidão em comunhão, faz com que dancemos depois de chorarmos.
E todos nos fortalecemos com promessa tão clara, tão firme, tão
real, como esta.
Para que a promessa nos alcance, devemos, em todos os instan-
tes, relacionar as duas frases do verso. Porque o Senhor Deus é o
nosso pastor, nada nos faltará. Nada nos faltará quando o Senhor
Deus for o nosso pastor. Nossa tendência é que nós mesmos nos
pastoreemos e exijamos de Deus que nada nos falte.
Permitamos que Deus seja o nosso pastor. Então, nada nos falta-
rá. Fazemos também uma confusão entre desejos e necessidades.
A promessa tem a ver com necessidades, não com desejos. Muitos
desejos nossos são ilegítimos, ditados de fora para dentro. Nada
muda em nossas vidas quando são satisfeitos. As necessidades,
quando não supridas, trazem problemas. Os desejos, sempre aten-
didos, trazem outros tipos de problemas.
Permitamos que Deus nos instrua de modo a que vejamos com
clareza o que são necessidades e o que são desejos. Em nossas ne-
cessidades, nada nos faltará. [CONTINUA amanhã]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 22.1-10 e Levítico 16 a 18
“Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel. Nossos
pais confiaram em ti; confiaram, e os livraste”. (Salmo 22.10)
FEVEREIRO
7 independentemente de Deus.
Neil T. Anderson
Quando Deus é o
nosso pastor (2/5)
O bom Pastor nos faz descansar em jardim de gramas bem verdes.
O bom Pastor nos faz beber águas que nos revigoram as forças
para a jornada.
O bom Pastor nos faz andar pelos caminhos que nos levam a
lindos lugares, não a precipícios.
Na grande floresta da vida, há muitas trilhas. Umas levam a fon-
tes de águas boas, que podemos beber. Outras nos levam a fontes
de águas poluídas, capazes de matar quem delas bebe. Por qual de-
las seguir? Não precisamos ficar desesperados. O bom Pastor nos
garante que nos guiará pelas trilhas que terminam nas fontes de-
senhadas para nos renovar o vigor.
A floresta é para ser conquistada. Há muito trabalho a ser feito.
Há casas a serem construídas, para nelas nos abrigarmos. Há estra-
das a serem abertas, para com elas nos comunicarmos. Há praças
a serem preparadas, para nelas nos encontrarmos. Teremos que
trabalhar até morrer? Não precisamos ficar desesperados. Temos
que trabalhar e descansar. O bom Pastor nos garante que nos dará
força para o trabalho no tempo do trabalho e oportunidade para o
descanso na hora do descanso e para o prazer na hora da alegria.
Sim, são muitas as possibilidades, mas o bom Pastor vai conosco
por aquelas que resultam em felicidade. São muitos os esforços,
mas o bom Pastor nos mostra aqueles que valem a pena e produ-
zem esperança. São muitas as fontes a jorrar águas, mas o bom Pas-
tor experimenta primeiro aquelas que devemos tomar. São muitos
os prazeres, mas o bom Pastor estará conosco naqueles que nos
levantam e nos tornam pessoas melhores. [CONTINUA amanhã]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 22.11-14 e Levítico 19 a 21
“A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio
da congregação; vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós
todos”. (Salmo 22.22-23a)
FEVEREIRO
8 mas a certeza da presença de Deus.
Miriam Iwashige
Quando Deus é o
nosso pastor (3/5)
Os vales de trevas e morte são escavados pela natureza das coisas.
São escavados no nosso corpo, como uma depressão, por exem-
plo. São escavados por causa das circunstâncias da vida, como a
economia que faz uma empresa naufragar e demitir empregados.
São escavadas por acidentes que matam sonhos em definitivo, dei-
xando apenas saudade em seu lugar. São escavados com a morte de
uma pessoa que muito amamos.
Os vales de trevas e morte são escavados também por causa da
crueldade das pessoas. Eles tomam a forma, por exemplo, de assal-
tos violentos, que levam bens e, às vezes, vidas. Eles são cobertos
pelas flores amargas dos invejosos cujo desejo é destruir as outras
pessoas por causa daquilo que eles são. Eles surgem com as decep-
ções que vamos acumulando.
Quando percorremos esses valores, não precisamos ter medo.
Se temos o Senhor como nosso pastor, Ele nos guardará. Ele está
conosco e nos protegerá.
Há vales de trevas e morte escavados ainda pelos nossos peca-
dos, os quais vão destruindo os planaltos e afundando os solos por
onde caminhamos, quando traímos, mentimos, enganamos, des-
viamos; quando trocamos amores sólidos por paixões passageiras;
quando preferimos mentiras em lugar das verdades; quando humi-
lhamos os iguais a nós com o dinheiro e poder que temos nas mãos.
Nestes vales, Deus está conosco, primeiro para nos perdoar, quan-
do confessamos os nossos pecados e nos dispomos a mudar de vida.
Quando Ele nos perdoa, o vale de trevas e morte se transforma num
planalto protegido pelo bom Pastor, com luz e vida.[CONTINUA
amanhã]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 22.25-31 e Levítico 22 a 24
“De ti vem o meu louvor na grande congregação; cumprirei os meus
votos na presença dos que o temem.” (Salmo 22.25)
FEVEREIRO
9 sabemos que não existe mais condenação e que
estamos livres para viver em vitória.
Bob Moorehead
Quando Deus é o
nosso pastor (4/5)
Na vida, todos, sim, todos podemos passar por momentos difíceis,
que podem vir em diferentes situações: num acidente, numa de-
pressão, num desemprego, numa violência, numa traição. Mesmo
quem ama a Deus não está isento de coisas ruins lhe acontecerem.
O mesmo pode se dar conosco.
Quando passamos por dificuldades, podemos olhar para Jesus
(aquele que nos lembrou que passaríamos por aflições) e vê-lo ao
nosso lado. Sua promessa de presença constante é vívida para nós,
para ser vivida por nós.
Então, podemos olhar para as dificuldades (que o poeta chama
de “inimigos”) e vê-las superadas.
Podemos imaginar o drama do poeta. Vindo correndo do vale
escuro, onde seus inimigos quase o alcançaram, ele chega a uma
cabana segura, ainda no deserto. Entra correndo e se sente prote-
gido. Mais que protegido, se sente acolhido. Mais que acolhido, se
sente reconhecido. Aquele que o recebe dá-lhe comida; na verda-
de, não lhe dá o resto, mas prepara-lhe um banquete. Trata-o com
honra. Trata-o como uma pessoa amada. Põe fim ao vale. Cessa as
dificuldades.
Para ele e para nós, a chegada e a partida das dificuldades são
uma prova do amor de Deus para conosco. Por isto, pode relaxar e
sorrir. Por isto, podemos descansar e nos alegrar.
Vitoriosos, pela graça de Deus, podemos ver o copo (símbolo da
alegria, por conter o vinho nele) diante de nós. O copo diante de
nós é a garantia da alegria de volta a nós.
Sim, o Senhor é o nosso Pastor. A alegria, mesmo que hoje perdida,
voltará. Eis a promessa do Bom Pastor. [CONTINUA amanhã]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 23.1-3 e Levítico 25 a 27
“O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará”. (Salmo 23.1)
FEVEREIRO
10 nos esperando atrás da porta da morte.
Kirk Cameron
Quando Deus é o
nosso pastor (5/5)
A bondade e o amor de Deus ficarão conosco enquanto vivermos.
Sabemos disto por experiência própria. Nossas memórias podem
ser fontes de força. O Senhor é o nosso pastor e nos lembrará de
como nada nos faltou ao longo da vida e de como fomos conduzidos
por caminhos bons e floridos e de como nossa sede foi satisfeita e
de como fomos renovados em nossas forças.
As adversidades nos lançaram no vale da sombra da morte, mas,
como Deus estava lá também, fomos retirados e colocados na pla-
nície com uma ordem: corram!
O suor da corrida ainda corre, até alcançarmos um lugar seguro
onde somos recebidos em festa, participando de um banquete com
uma mesa farta, na presença de Deus.
Deus conosco é garantia de amor dedicado e permanente. Um
dia corremos; agora é como se a bondade e o amor de Deus corres-
sem atrás de nós para não permitir que escapemos jamais.
Falta-nos entrar na casa de Deus e agradecer. Pode ser num tem-
plo de barro, tijolo e pedra. Pode ser no barro de que é feito o nos-
so próprio coração, capaz de guardar a bondade e o amor de Deus
como melhores tesouros. Nossa jornada pode ser feita como se es-
tivéssemos num templo onde só o bom Pastor importa, como cen-
tro de nossas atenções. Nosso coração pode ser este templo. Nossa
reunião com os que creem pode ser este santuário. Nossa vida pode
desfrutar da presença de Deus, certos de que a consciência dela nos
enche de alegria para vida, sejam boas ou sejam difíceis as circuns-
tâncias. Se é noite, Ele está conosco para expulsar o medo. Se é dia,
Deus está conosco para festejar junto.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 23.4-6 e Números 1 a 3
“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal
nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me con-
solam”. (Salmo 23.4)
FEVEREIRO
11 capacita a contar nossas bênçãos.
Eric Hoffer
FEVEREIRO
12 cada pequeno gesto da vida.
Mabel Hale
FEVEREIRO
13 para que Deus possa trabalhar.
Hannah Whitall Smith
Eu idolatro, tu idolatras,
nós idolatramos
Quando lemos sobre um empresário que tinha um carro no meio
da sala de uma de suas muitas casas, ficamos surpresos, mas não
devíamos, porque somos realmente capazes de criar ídolos. Na
verdade, não somos iconoclastas (aqueles que derrubam ídolos);
somos idólatras (aqueles que levantam ídolos).
Podemos idolatrar as coisas, com as quais devíamos ter uma re-
lação sadia, já que são apenas coisas. Podemos idolatrar os objetos
eletrônicos que possuímos, mesmo sabendo que ficarão obsole-
tos. Podemos idolatrar o conhecimento que adquirimos. Podemos
decorar as paredes dos nossos escritórios com diplomas e certifi-
cados. Podemos idolatrar as ideologias, tanto as políticas ou filosó-
ficas quanto as de consumo, que se tornam moda. Sentimo-nos na
obrigação de pensar o que nos dizem para pensar ou de vestir o que
nos dizem para vestir ou frequentar o restaurante que nos man-
dam ir. Dizemos que nossas escolhas são racionais, porque assim
nos são vendidas. Elas podem ser racionais para os seus formula-
dores, não para os seus consumidores. Podemos idolatrar pessoas
públicas, celebridades e subcelebridades. Nós olhamos para suas
imagens como se olhássemos para elas. Nós as vemos na televisão
e achamos que nos relacionamos com elas. Não há imagem mais
perfeita para a idolatria.
Objetos, conhecimentos, ideologias e pessoas públicas são coisas, a
menos que lhes sopremos o fôlego da vida. Quando Jesus deu ao di-
nheiro o nome de um deus (Mamom), estava nos lembrando que pode-
mos idolatrar as coisas. Por isto, o mandamento bíblico é claro: “não
faças para ti imagens de escultura” (Êxodo 20.4).
Ou adoramos livremente o Deus verdadeiro ou nos tornamos
escravos das coisas. Podemos escolher.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 25.1-7 e Números 10 a 12
“Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha sal-
vação, em quem eu espero todo o dia”. (Salmo 25.5)
FEVEREIRO
14 homem os espaços que, com o tempo, outras formas
de egoísmo deixam vazios.
Monteiro Lobato
Há vida lá fora
Devemos olhar para dentro de nós mesmos.
Esta é uma tarefa para todos os dias, para vários momentos num
mesmo dia. No entanto, a velocidade das nossas horas mal permite
que pensemos no que estamos fazendo, quanto mais no como esta-
mos fazendo ou como estamos sendo. Precisamos nos olhar.
Quando nos olhamos, um horizonte se abre diante de nós e per-
cebemos que a nossa vida pode ser mais do que é; um universo se
descortina diante nós e notamos que podemos contribuir para que
as vidas de outras pessoas sejam mais do que são.
Podemos viver na convicção de que somos amados por Deus.
Podemos deixar de lado o tempo em que éramos o centro do mun-
do. Curados do egoísmo, eis o paradoxo, nós olhamos para dentro de
nós para olharmos melhor para fora. Há vida fora de nós.
Não precisamos ser vítimas, mesmo que nos tenham feito mal. O
que já vivemos é apenas um trampolim para os próximos saltos.
Para nos olharmos, precisamos parar. Parar de fazer o que não
sabemos porque fazemos. Parar de fazer o que fazemos errado.
Para de fazer o que nos destrói. Parar de achar que o pecado é uma
virtude. Parar de achar que somos o que não somos.
Para nos olharmos corretamente, precisamos nos assentar sob o
sol da graça de Jesus e deixar que ele nos bronzeie.
E a graça de Deus nunca fica na superfície. Ela adentra ao nosso
ser. A cada movimento dela pelos corredores de nossa vida, vamos
sendo confrontados.
Confrontados e reprovados:
— Senhor, remove de mim o que está errado e, por favor, dirige-
me pelo caminho certo. Confrontados e aprovados:
— Senhor, é por tua graça que sou o que sou.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 25 8-13 e Números 13 a 15
“Ele é fiel e com amor guia todos os que são fiéis à sua aliança e que
obedecem aos seus mandamentos”. (Salmo 25.10)
FEVEREIRO
15 de Deus. Não é estar sempre em euforia.
Há momentos que podemos estar tristes,
mas a nossa alegria deve estar em Cristo.
Antonio Carlos Matheus
FEVEREIRO
16 sentimentais devem se calar.
Archibald Alexander
A autoridade última
A ideia de que existe uma autoridade última capaz de nos orientar
é, cada vez mais, vista como obsoleta. Para boa parte das pessoas,
ser moderno é ser independente. Para muitos, dar ouvidos a pala-
vras de terceiros representa uma negação da própria autonomia.
Parece que o homem de hoje se acha superior aos dos períodos an-
teriores, aos quais chama de “primitivos” ou “antigos”, sejam os
gregos com seus deuses humanizados, sejam os judeus-cristãos
com seu Deus transcendente. Prestar atenção a estes “antigos” é
ser antigo, dizem os modernos, crentes no ideário da autonomia,
que acabou entronizada no panteão, o lugar dos deuses.
Os modernos dizem rejeitar todo tipo de heteronomia, tornada
sagrada, embora usem as roupas que todo mundo usa, apreciem di-
zer o que todo mundo diz, cultivem a ideologia que todos seguem.
Se tem uma coisa que os ditos modernos fazem é seguir. Não por
acaso, as redes sociais são feitas de “seguidores”.
Melhor seria se admitíssemos que não somos autônomos. Somos
idealmente autônomos, mas não somos realmente autônomos. Por
isto, nossa autonomia deve começar com a autocrítica.
A boa autonomia é coisa da razão que se torna humilde ao pon-
to de reconhecer sua limitação e sua necessidade de Deus, a auto-
ridade maior. A boa autonomia é teonômica (isto é, centrada em
Deus). A autonomia teonômica parte do pressuposto que existe
uma autoridade última, que decide entre o que é certo e o que é
errado, entre o que é bom e o que é ruim, entre o que gera vida e
o que produz destruição. A autonomia teonômica vai à Bíblia em
busca de orientação, para com ela tecer sua teologia e sua prática.
A autonomia teonômica procura ajuda, seja para aclarar suas ideias
ou para equilibrar suas emoções.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 26.1-7 e Números 20 a 22
“Examina-me e põe-me à prova, ó SENHOR; julga os meus desejos e os
meus pensamentos, pois o teu amor me guia, e a tua verdade sempre
me orienta”. (Salmo 26.2-3)
FEVEREIRO
17 que vivemos.
James MacDonald
Gratidão por
palavras amargas
Gostamos de palavras suaves, sejam elogios, sejam votos de “su-
cesso”.
Essas palavras têm um grande poder sobre nós, ao nos anima-
rem para a realização de nossos projetos. Nós emolduramos pa-
lavras agradáveis. Nós as memorizamos para nos acompanharem
nas horas tensas. Elas são como ventos favoráveis.
Mais do que gostar, nós precisamos de palavras agradáveis.
Mas também precisamos de palavras desagradáveis. São aquelas
que recebemos como se fossem “contra” nós. Elas estão contra uma
prática ruim, um hábito destruidor, um jeito de ser tóxico, um pe-
cado resiliente em nós.
Nós não gostamos de ouvir que estamos errados, mesmo quando
estamos errados.
Pois, diferentemente de nossas atitudes comuns diante das pala-
vras amargas, nós deveríamos agradecer a quem no-las oferece. Em
lugar de as evitar, gritemos “bem-vindas” às palavras que nos des-
pertam da preguiça, que nos acordam da indisciplina, que tocam a
nossa insensibilidade, que nos provocam para perceber a realidade,
que nos desmascaram, que nos advertem contra o nosso pecado.
Palavras duras nos fazem mais suaves; palavras ruins nos fazem
melhores, desde que as ouçamos.
Parte do que somos devemos às pessoas que nos disseram pa-
lavras que nos fizeram sorrir e parte do que somos tributamos às
pessoas que nos proferiram palavras que nos arrancaram lágrimas.
Por estes dois tipos de palavras, sejamos agradecidos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 26.6-8 e Números 23 a 26
“Ó SENHOR Deus, eu amo a casa onde vives, o lugar onde está presen-
te a tua glória”. (Salmo 26.8)
FEVEREIRO
18 pode dizer: ‘de quem terei medo’.
Alexander MacLaren
Vivendo na
dinâmica do perdão
Jesus nos ensinou a pedir e a oferecer perdão. Por meio de Jesus, Deus
nos perdoou. Perdoados, precisamos viver a dinâmica do perdão, per-
doando: perdoando-nos a nós mesmos, perdoando os outros. Quem
perdoa é livre, porque o perdão fecha a ferida. Quem não perdoa san-
gra. Precisamos ser membros da comunidade dos perdoados que
perdoam, prestando atenção às seguintes palavras:
1. Seja menos exigente com as pessoas.
2. Seja menos crítico das pessoas.
3. Ouça antes de julgar.
4. Para ser honesto consigo mesmo, lembre-se que a ofensa que
recebeu, você mesmo poderia tê-la feito.
5. Saiba que você nunca se arrependerá por ter perdoado, mas po-
derá se arrepender de não ter perdoado (ou por ter julgado mau
uma pessoa ou a pessoa morrer antes de vocês celebrarem a pos-
sível reconciliação).
6. Como um teste prático, deseje agora reencontrar no céu o “desafe-
to” de hoje, até porque lá você não poderá escolher onde vai viver
ou quem vai se relacionar. Lá é o céu, não o inferno. Lá as ruas não
dividem, os bairros não segregam, as cidades não escondem.
7. Para ter forças para viver na dinâmica do perdão, olhe para o
exemplo de Jesus.
8. Deseje seguir o exemplo de Jesus.
9. Peça a Jesus para ser igual a Ele na arte de perdoar.
10.Para demonstrar a sua fidelidade diante do Deus perdoador, “or-
gulhe-se” de perdoar, não de cobrar as dívidas ou devolver as ofen-
sas. Se você é “duro”, “justo”, você pode não ser assim. Você pode
perdoar, suavemente, graciosamente, assim como é perdoado.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 27.1-7 e Números 28 a 30
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor? O
Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo?”. (Salmo 27.1)
FEVEREIRO
19 regularizo-me a mim mesmo.
Michel de Montaigne
FEVEREIRO
20 esperar é geralmente mais difícil do que trabalhar.
Peter Marshall
Palavras de força
Se considero como divinas as palavras de Jesus fincadas nos Evan-
gelhos, preciso meditar nelas.
A palavra vem da mesma raiz de medicar, de cuidar, mas também
de exercitar-se, de preparar. Meditar nas palavras de Jesus é cuidar
das suas palavras, arrumá-las no nosso coração, para que possam
ser eficazes em nossas vidas. Assim, se medito nas palavras de Je-
sus, eu falo as palavras de Jesus.
• Estou sendo tentado? Eu ponho em prática a advertência de Jesus:
“Vigiem e orem para que não caiam em tentação” (Mateus 26.41).
• Pequei? Eu me recordo da missão de Jesus: “Não são os que têm
saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim
chamar justos, mas pecadores ao arrependimento” (Lucas 5.31-32).
• Fui ofendido? Eu digo, como Jesus: “Pai, perdoa-lhes, pois não
sabem o que estão fazendo” (Lucas 23.34).
• Estou cheio de planos para o futuro? Eu me rendo à sabedoria de
Jesus: e serei “como um homem que, ao construir uma casa, cavou
fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a
torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, por-
que estava bem construída” (Lucas 6.47-48).
• Estou doente? Eu me inspiro no ensino de Jesus: “Neste mundo
vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”
(João 16.33).
• Vivo cansado? Eu sorvo o convite de Jesus: “Venham a mim, to-
dos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei des-
canso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois
sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso
para as suas almas”. (Mateus 11.28-30).
As palavras de Jesus são a luz de nossa vida. São elas que nos
sustentam e nos fazem crescer.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 28.1-6 e Números 34 a 36
“Ouve as minhas súplicas quando clamo a ti por socorro, quando ergo
as mãos para o teu Lugar Santíssimo”. (Salmo 28.2)
FEVEREIRO
21 mas não temos que ser prisioneiros dele.
Rick Warren
Abra a porta
Um campo de teste para conferirmos se estamos amadurecendo, e
não apenas envelhecendo, é a maneira como tratamos nossos pró-
prios erros.
As pessoas maduras se preocupam com os seus erros. O erro tem
consequências e não gostamos delas, por mais que, por vezes, errar
seja prazeroso, o que explica porque pecamos tanto. Uma pessoa
madura procura não errar. Estamos progredindo como pessoas
quando admitimos que erramos, poderemos errar ou já erramos.
Parece passo fácil, mas não é. Tendo errado, o segundo passo é re-
conhecer que erramos. Não devíamos, mas erramos.
O reconhecimento do erro não nos deve gerar outro pecado: o
de nos rejeitarmos a nós mesmos, considerando-nos indignos dos
outros, de nós mesmos e até do amor de Deus. Não devemos tam-
bém pendular para o extremo de banalizar o erro. Nenhum erro é
banal. O reconhecimento do erro deve contribuir para solidificar
em nós o desejo de não errar mais. Para que este desejo pise cada
vez mais o território da realidade, precisamos refletir sobre a nossa
inclinação para o erro. Se perdemos algo, perdemos: o objeto não
saiu voando de nossas mãos e se escondeu em algum lugar. Se inge-
rimos o que não devíamos, o copo não se assentou em nossa mesa.
Se ferimos alguém, ferimos.
Em muitos casos, precisamos admitir que continuaremos erran-
do, potencialmente até alcançar o fundo da destruição, se não bus-
carmos ajuda. Talvez, por mais que doa, tenhamos que abrir mão de
nossa soberania, para permitir que alguém intervenha e nos socor-
ra. Pode estar aí a chance de realizarmos nosso desejo de não errar
mais. Talvez Deus mesmo esteja batendo à nossa porta, esperando
que a abramos, para nos orientar na estrada do amadurecimento.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 28.7-9 e Deuteronômio 1 a 3
“O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e
dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico
lhe darei graças”. (Salmo 28.7)
FEVEREIRO
22 mas se tem coragem de agir.
Jentezen Franklin
Tenha coragem
de colocar os valores
acima dos benefícios
Na moral de muitas pessoas, os fins justificam os meios.
Se o resultado da mentira é o lucro, elas mentem.
Se, para subirem, a bajulação funciona, elas bajulam.
Se o errado se torna certo, elas se alegram com o erro.
Os frutos de uma vida segundo os padrões dos benefícios ime-
diatos são capazes de nos cegar, para não ver os malefícios, nem
sempre imediatos. Mesmo que as consequências não venham, o
errado não se torna certo por isto.
Por isto, colocar os valores acima dos benefícios demanda coragem.
Ninguém deve preferir ficar com os valores pelos benefícios que
possam trazer. Fazer assim é como, por exemplo, tomar o nome de
Deus em vão. É parecer bom, quando não se é.
Em nossa trajetória, precisamos sempre avaliar nossos gestos,
começando por nossas motivações. Antes de avaliar o que faze-
mos, precisamos nos perguntar por que fazemos o que fazemos.
Demandará coragem.
Precisamos também de coragem para enfrentar as consequên-
cias. De modo bem claro, precisamos nos dispor a sofrer pelos va-
lores ensinados por Deus. Fiquemos bem com Deus, mesmo que
tenhamos que ficar mal com o resto do mundo. Alegremo-nos por
sermos considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Deus
(Atos 5.41).
Coragem é coisa que vem do coração. Precisamos dela para usar
santamente o nome de Deus. Quando fazemos as coisas que as
pessoas dizem ser certas, tememos suas amizades. Quando segui-
mos corajosamente os dizeres de Deus, temos a amizade dele
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 29.1-6 e Deuteronômio 4 a 7
“Atribuam ao Senhor a glória que o seu nome merece; adorem o Senhor
no esplendor do seu santuário”. (Salmo 29.2)
FEVEREIRO
23 uma vida humana plena, num tempo sem
a riqueza da experiência, do esforço criativo,
da alegria e do sofrimento.
Dietrich Bonhoeffer
Depois do desânimo
O desânimo não escolhe idade. O desânimo vem por causa de uma
decepção, nem sempre percebida, com pessoas e causas. O tempo
e o talento investidos, na amizade ou no ideal, soam como tempo
e talento desperdiçados e como um aviso de que lutar não vale a
pena. O desânimo vem em meio ao cansaço, esse ladrão de energia
que usa diferentes disfarces para assaltar de surpresa. O desânimo
vem por causa do sucesso. Havia um projeto que concentrava todos
os esforços, noite e dia. O fim do projeto é o início do vazio.
Não devemos nos desesperar por experimentar um período de-
sanimado, mesmo que sejamos geralmente animados. Devemos
nos preocupar se a condição se insinua como permanente.
Precisamos de criatividade para formular projetos bons, mas nós
não somos nossos projetos. Nós os temos, mas somos maiores que
eles. Nossa vida não pode acabar quando um projeto termina.
Se o desânimo se instalou por causa da frustração, sabemos que pre-
cisamos avaliar as origens do mal-estar e retomar nossos feitos para
dificultar que ela nos retorne. Se o desânimo é filho do cansaço, sabe-
mos o que fazer. Por isto mesmo Deus estabeleceu o dia do descanso.
Temos muito ainda para ser. Ainda não somos o que podemos
ser. Há mais para nós. Não importa o que conquistamos.
Temos muito ainda a contribuir. Ainda não entregamos tudo o
que podemos. Há mais para os outros a partir de nós. Não importa
o quanto tenhamos ajudado.
O mundo (nossa família, nossa rua, nosso trabalho, nossa co-
munidade, nosso corpo, nossa mente) pode ser melhor. É o que
queremos? Viver para um mundo melhor seja a nossa ideologia.
Prossigamos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 29.7-11 e Deuteronômio 8 a 11
“O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá a seu povo a bênção da
paz”. (Salmo 29.11)
FEVEREIRO
24 e ainda assim não conseguimos reconhecê-los.
Tim Hansel
FEVEREIRO
25 quando podemos olhar para Deus.
D. L. Moody
A dança
Há coisas que nos parecem impossíveis de ser transformadas.
Pensamos que é impossível àquele morador de rua ser restaura-
do, tão degradada está a sua autoimagem.
Achamos que é improvável àquele ladrão passar a viver de modo
honesto, sem nada tomar dos outros.
Julgamos ser zero a chance daquele que tem o corpo pronto para
responder rispidamente a algo que ouviu ou recebeu.
Consideramos incontrolável aquela língua preparada para divul-
gar maledicências sobre os outros.
Estamos certos de que a depressão que alcançou uma alma será
para sempre.
Afirmamos que aquela menina que foi alvo de abuso na infância
nunca terá uma vida normal.
Se pensamos assim, estamos errados, completamente errados,
porque estamos colocando a graça de Deus dentro de uma caixinha.
O que julgamos impossível Deus transforma em realidade. Não
há impossível para Ele.
Por causa do seu amor, moradores de rua são recuperados, la-
drões passam a viver do que ganham com o seu trabalho, pessoas
prontas para explodir têm seus temperamentos controlados, male-
dicentes se tornam pacificadores e doentes, físicos ou emocionais,
são curados.
Deus muda as coisas. Ele transforma o nosso choro em riso, para
que cantemos. Ele permite que voltemos a dançar. Os feridos já po-
dem na ponta dos dedos. Os braços curtos podem alcançar lugares
altos. O corpo curvado pode fazer movimentos pelo salão.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 30.6-12 e Deuteronômio 16 a 19
“Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste
de alegria”. (Salmo 30.11)
FEVEREIRO
26 obter a instável aceitação das pessoas, mas, antes,
tem sua fonte no amor e na aceitação de Deus.
Robert McGee
FEVEREIRO
27 problemas e defeitos de caráter, Deus nos mantém
responsáveis para lidar com eles e enfrentar as
duras mudanças que precisamos fazer.
Henry Cloud e John Townsend
Parando a destruição
Por causa de nossa natureza, temos a incrível capacidade de nos
autodestruir.
Como o filho pródigo da parábola contada por Jesus, deixamos
a serenidade em busca do vendaval que pode arrastar, juntos, pes-
soas a quem amamos.
Nós nos destruímos em nome do amor, do amor a nós mesmos,
que é o que ignora o outro, que desrespeita o outro, que agride o outro.
Não dilaceremos o que construímos. Não nos firamos a vida in-
teira, com noites em que o silêncio não embala o sono, por causa
de uma experiência traumática de infância que repugnamos, mas
repetimos. Se fomos vítimas, não nos tornemos algozes de inocen-
tes. Não são os inocentes que temos que derrotar. Temos que en-
frentar nossos traumas, para ser curados. Precisamos interromper
o ciclo da destruição, da qual nos tornamos dóceis soldados.
Não aceitemos o domínio do vício, mesmo aquele referendado
como aceitável pela sociedade, porque não fomos feitos para a morte.
Como faz o motorista embriagado de álcool ou autossuficiência, os
acidentes que provocamos ceifam também pessoas que amavam viver.
Tomemos coragem para fazer hoje o que não deve ser feito
amanhã. Tenhamos sabedoria para não fazer agora o que deve
ser decidido amanhã ou talvez jamais. Se precisamos dar um pas-
so para uma vida realmente boa, o dia é este. Se precisamos de
alguém que nos pegue pela mão, estendamos a nossa, como um
pedinte. Pode ser que, como uma injeção, doa, mas o benefício é
incomparável. Se o nosso passo precisa começar com um pedido de
perdão, não resistamos em dobrar os joelhos.
A vida ainda nos espera, como o pai da parábola.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 31.9-14 e Deuteronômio 26 a 28
“Mas eu confio em ti, Senhor, e digo. Tu és o meu Deus”. (Salmo 31.14)
FEVEREIRO
28 creem e vivem o que dizem.
Kay Arthur
Inteiramente íntegros
Quando vemos imagens de corruptos e corruptores indo para ca-
deia, nem que seja por apenas alguns dias, com alguns deles en-
capuzando seus rostos, não podemos esquecer que atrás daqueles
nomes há histórias de indivíduos, famílias e instituições.
Não é pequena — e nem deveria ser — a nossa indignação, mas
não podemos deixar de fazer algumas perguntas. Do alto dos seus po-
deres, aqueles homens desviaram dinheiro de suas finalidades para
outras. Corruptos e corruptores não nasceram assim. Tornaram-se.
Havia neles a tendência de serem corruptos e corruptores, como
há em cada um de nós, e não podemos ser ingênuos em pensar que
nascemos bons. É possível que, durante todas as suas vidas e até
recentemente, esses agora corruptos e corruptores nunca tenham
se apropriado de dinheiro alheio. Então, surgiu a oportunidade,
para eles e centenas de outros. Centenas resistiram, mas eles ce-
deram. Eram íntegros e se tornaram bandidos. Talvez fossem ínte-
gros por fora mas não o eram por dentro.
Eles aproveitaram as oportunidades porque eram boas para eles.
Talvez no início tenham resistido, mas seus colegas mostraram as
vantagens. Aderiram. Talvez tenham tido medo de ser descobertos,
mas a leitura dos jornais lhes mostrou que o crime compensa. Aderi-
ram. Pode ser até que alguns tenham sido primeiramente forçados,
mas lhes faltou a coragem de pular do trem em movimento. Ade-
riram. Pode ser que achem que nada fizeram de errado. Aderiram.
Esta é a anatomia de toda adesão. Aderimos até as práticas com
as quais não concordamos. Quanto aos que aderem, só lhes resta
o arrependimento, com a disposição de devolver o que roubaram e
contribuir para que a cultura da corrupção diminua.
Quanto a nós, espectadores dos crimes alheios, cabe-nos vigiar
para sermos íntegros por fora e por dentro.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 31.10-20 e Deuteronômio 29 a 31
“Como é grande a tua bondade, que reservaste para aqueles que te te-
mem, e que, à vista dos homens, concedes àqueles que se refugiam em
ti!”. (Salmo 31.19)
FEVEREIRO
29 tomado pelo preconceito.
Charles Ware
O preconceito mata
Desmond Tutu, que ganhou um prémio Nobel da Paz, recordou o
evento mais determinante da sua vida: “Quando eu era criança, vi
um homem branco cumprimentar com o chapéu uma mulher ne-
gra. Peço que entendam que tal gesto era totalmente desconhecido
em meu país. O homem branco era um bispo episcopal e a mulher
negra era a minha mãe”.
Nós somos naturalmente preconceituosos, embora nos aborre-
çamos profundamente diante dos preconceituosos quando somos
as suas vítimas.
Quem vê o outro como igual tem o Espírito de Deus. Quem vê
o outro como inferior distribui destruição. O autor de “Meia-Noi-
te, Cristãos”, Placide Capeau de Roquemaure (1847) canta que no
nascimento de Jesus,
“O Redentor tirou todo o agravo.
Eis livre a terra, o céu se pode ver.
Torna um irmão quem antes era escravo.
O amor o medo fará desfazer”.
Raramente admitimos, mas o preconceito tem a ver com a eco-
nomia. Na verdade, a economia tem sua origem na psicologia.
Quando os empregos diminuem, os nacionais querem fechar as
portas para os imigrantes, mas não dizem que estão com medo de
perder suas posições de trabalho; assacam frases feitas contra os
estrangeiros, como “preguiçosos”, “doentes”, “sujos”, etc. O pre-
conceito estava dentro e aflorou. O preconceito só precisa de um
pretexto para disparar a bala, seja uma palavra ou um ato.
O preconceito mata o outro, sem direito de defesa.
O preconceito aniquila o outro, sem que tenha feito algo.
O preconceito massacra o outro, ao lhe negar o direito de ser.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 31.21-24 e Deuteronômio 32 a 34
“Bendito seja o Senhor, pois mostrou o seu maravilhoso amor para co-
migo quando eu estava numa cidade cercada”. (Salmo 31.21)
MARÇO
1 uma pessoa insensata, na língua.
Ivan Panin
Culpa e perdão
O rei Davi, de Israel, foi um pecador, como todos somos.
Diante de um de seus pecados, primeiro ele negou, como, às ve-
zes, fazemos.
Confrontado, confessou, caminho que deve ser o nosso.
Com a história de Davi, aprendemos algumas verdades, das
quais não podemos fugir:
1. O perdão divino é uma necessidade humana básica. A experi-
ência da falta de perdão é a mais dramática do ser humano. Nós
não podemos conviver com a culpa. A não confissão do pecado
nos faz adoecer física, emocional e espiritualmente, tirando-nos
a razão de viver. Precisamos de perdão.
2. Deus perdoa todo tipo de erro que cometemos. O perdão divino
é abrangente. Não há um tipo sequer de erro que Deus não apa-
gue das páginas de nossas vidas, seja errar o alvo dele para as
nossas vidas, seja o delito consciente de ultrapassar um limite
estabelecido (como no trânsito). Deus quer perdoar os nossos
pecados. Ele é o esconderijo onde podemos depositar os nossos
pecados. Quando depositamos nele nossos pecados, ficamos li-
vres da angústia e cantamos poemas de libertação da culpa. Pre-
cisamos de perdão.
3. Há pessoas que se sentem tristes não por terem pecado, mas por-
que foram descobertas em seus pecados. Não há arrependimento,
mas decepção. Precisamos aprender a pedir perdão a Deus. Pedir
perdão é um estilo de vida, que abre o portão no caminho da feli-
cidade. Temos dificuldade de pedir perdão porque confessar dói.
A aprendizagem da confissão é dolorosa. Precisamos aprender
que ser perdoado é ser cercado pela misericórdia de Deus. O per-
dão divino é algo à nossa disposição. Precisamos aprender esta
realidade e mudar nossas vidas. Precisamos de perdão.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 32.1-7 e Mateus 1 a 2
“Tu és o meu abrigo; tu me preservarás das angústias e me cercarás de
canções de livramento”. (Salmo 32.7)
MARÇO
2 desconhecidos, enfrentar tempestades imprevisíveis,
aproveitar quando a maré está tranquila, é aprender
a ter esperança e, com ela avistar o melhor horizonte
e ver em Jesus o único porto seguro.
Sylvia da Costa
MARÇO
3 o qual você se preocupou ontem.
Dale Carnegie
Preocupação mata
Quando sofremos diante de situações realizadas (como uma doen-
ça, um desemprego, uma decepção), sofremos por razões certas.
Quando sofremos diante de situações não realizadas (como uma
doença, um desemprego, uma decepção), sofremos por antecipa-
ção, logo sem razão.
No entanto, o sofrimento, também nestes casos, é real.
Vem de dentro um terror pelo que não aconteceu, e talvez jamais
aconteça. Vem do fundo um sentimento de inadequação diante de
expectativas que formamos ou formaram para nós.
Era um casamento que não aconteceu, como se todos tivéssemos
que nos casar... e logo.
Era um emprego estável que não chegou, como se a estabilidade
financeira fosse nosso objetivo de vida.
Era uma perfeição que sabemos nunca alcançaremos mas que
nos enche de uma culpa corrosivamente covarde.
Ouvimos Jesus nos dizendo para não ficarmos preocupados com
essas coisas, já que, por exemplo, não podemos produzir a altura que
gostaríamos de ter ou alcançar a idade que sonharíamos ter antes de
morrer. Se nestas coisas tão essenciais, nada podemos fazer, por que
vamos sofrer com aquelas com as quais podemos viver sem realizar?
Devemos ter metas, as nossas, não as dos outros.
Devemos ter metas, as nossas, corrigindo-as para que não gerem
atitudes que impeçam o seu alcance.
Devemos desejar ser melhores, chegando cada vez mais perto da
perfeição, sabendo que só a alcançaremos no céu.
Quando errarmos REALMENTE, precisamos saber que o erro
integra a nossa condição (limitados somos), sempre com a disposi-
ção alegre de recomeçar, do zero até, se for o caso.
Deus estará sempre conosco neste projeto.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 33.1-9 e Mateus 5 a 6
“A palavra do Senhor é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz”.
(Salmo 33.4)
MARÇO
4 abre a porta para a onipotência de Deus.
Jack Hayford
Ponha na cocheira
seus cavalos de guerra
Muitas pessoas nos dizem:
— Eu sou ansioso.
Nem todas as pessoas que admitem a sua ansiedade querem dei-
xar essa condição.
A liberdade se esboça com a sábia descoberta que, por mais que
nos dediquemos ou nos arrebentemos, não resolveremos todos os
problemas, não venceremos todos os conflitos, não tiraremos nota
dez em todos os quesitos, não satisfaremos todas as expectativas
que têm a nosso respeito.
Há outras atitudes. Uma delas é evitar aquelas situações que nos
deixam ansiosos, desde que evitá-las não implique em evitar a vida.
Outra é, sabendo-nos amados por Deus, ter certeza que não pre-
cisamos provar nada para ele ou para os outros ou para nós mes-
mos. Os que não confiam em nós continuarão a não confiar, por
mais que mostremos nossas virtudes. Os que confiam em nós con-
tinuarão a gostar de nós, mesmo que falhemos.
A atitude melhor e mais difícil é confiar em Deus. Tomaremos
cuidado, mas é Deus quem nos protege. Faremos nossa parte no
trabalho, mas é Deus quem fará que tudo se encaixe e o negócio
prospere. Procuraremos ser corretos, mas é Deus quem testemu-
nhará a nosso favor.
No meio do caminho, não se desespere por descobrir que você
não é tão bom quanto imaginava. Outras pessoas podem fazer o
que você faz e, quem sabe, ainda melhor.
PÓS-ESCRITO — Experimente, de vez em quanto, deixar para
fazer amanhã o que teria que fazer hoje. No dia seguinte, talvez
você se descubra que a tarefa urgente podia esperar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 33.10-17 e Mateus 7 a 8
“Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus, o povo que ele
escolheu para lhe pertencer!”. (Salmo 33.12)
MARÇO
5 pregação e mais cântico. O que importa é a Palavra.
É a Palavra que realiza. A Palavra é o próprio Jesus.
Enéas Tognini
A espada
Entre as frases de Jesus que nos deixam atordoados, uma diz: —
Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas
espada. (Mateus 10.34) Príncipe da paz, definitivamente, Jesus é
contra o uso da força bruta. Ele nunca a empregou.
A espada é um objeto capaz de cortar um corpo ao meio. Jesus
sabe que sua mensagem é completamente revolucionária, por pro-
por um outro tipo de vida, que rejeita, por exemplo, a enraizada
ideia do mérito. Ele viveu pela graça de Deus e nos convida a viver
como ele viveu. O convite será aceito ou rejeitado. É sobre a espada
da decisão que Jesus nos fala. A espada é um objeto longo e simbo-
liza a escolha de muitos que vivem sem olhar para dentro de si mes-
mos, sem olhar para o que está acima do que os seus olhos alcançam,
sem admitir que a vida nos chega embrulhada como mistério, o qual
entenderemos um pouco se nos esforçarmos ou ignoraremos como
se não existisse. Viver é mistério; não é apenas levantar, trabalhar e
dormir. Morrer é mistério; não é apenas fechar os olhos pela última
vez. Amar é mistério; não é escolher numa gôndola uma marca de
pessoa, com um tipo de sorriso e levar para casa.
Ao trazer a espada, Jesus veio nos mostrar que há um outro tipo
de vida e ela se encontra abaixo da superfície. Essa espada é pala-
vra que divide entre uma vida vegetativa e uma vida criativa, uma
vida que recebe e uma vida que oferece, uma vida medrosa e uma
vida corajosa, uma vida fechada em si mesma e uma vida aberta
para o outro, uma vida sem sentido e uma vida cheia de plenitu-
de, tornada possível pela graça oferecida na cruz de Jesus Cristo, o
maior mistério da história, graça que não é para ser inteiramente
compreendida mas completamente recebida.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 33.18-22 e Mateus 9 a 10
“O cavalo é vã esperança de vitória; apesar da sua grande força, é inca-
paz de salvar. Mas o Senhor protege aqueles que o temem, aqueles que
firmam a esperança no seu amor”. (Salmo 33.17-18)
MARÇO
6 mestre.
John Townsend
MARÇO
7 para o seu progresso, você deveria incluir
todas as coisas em sua gratidão.
Ralph Waldo Emerson
Desembrulhe
o seu presente
Cada manhã, além de ser uma manhã, é um símbolo de um dia e
representa uma vida.
Podemos receber, então, cada manhã, como um presente, um
presente de Deus para nós. Este presente vem embrulhado.
O que fazemos com ele?
Se o deixarmos embrulhado, não será um presente, porque será
um presente apenas em potencial. O objeto pode vir a ser um pre-
sente, mas ainda não o é. Falta-nos recebê-lo de fato.
Quando abrimos esse presente, podemos, então, desfrutá-lo ou
podemos jogá-lo fora.
A vida é como um presente que nos foi entregue embrulhado.
Podemos desembrulhá-la e desfrutá-la. Podemos até mesmo de-
sembrulhá-la e descartá-la.
Nós jogamos fora a nossa vida quando deixamos o tempo sim-
plesmente passar, quando não fazemos hoje o que devemos.
Precisamos desembrulhar o nosso presente. Podemos usar bem
o nosso tempo, o tempo que nos foi dado como presente. Desem-
brulhamos bem o nosso presente — que pode ser uma pesquisa,
um trabalho, um passeio, um exercício —, quando pesquisamos,
trabalhamos, passeamos ou brincamos.
Desfrute o seu dia. Receba-o como um presente, um lindo pre-
sente de Deus para a sua vida.
O dia de hoje é um símbolo de toda a sua vida, um símbolo de
tudo aquilo que Deus pode fazer e tem feito para você.
Desembrulhe o seu presente de hoje.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 34.8-15 e Mateus 13 a 14
“Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele
se refugia!”. (Salmo 34.8)
MARÇO
8 a vida dos afetos como as folhas o são para a vida de
uma árvore. Se forem inteiramente contidas, o amor
vai morrer nas raízes.
Nathaniel Hawthorne
MARÇO
9 Jude D’Souza
Rocha e fortaleza
Os poetas da Bíblia gostam de comparar a segurança que Deus nos
oferece à solidez da rocha e ao abrigo da fortaleza.
A mensagem é clara. No entanto, pode parecer menos forte para
pessoas que moram em regiões formadas por planícies.
Não era este o caso dos poetas bíblicos. Israel é um pais de mui-
tas montanhas e muitos vales. Para qualquer lado que se olhe, lá
estão as montanhas de formação rochosa.
As montanhas eram também lugares de profundas experiências
com Deus. Abraão foi aprovado por Deus numa montanha. Moisés
se encontrou com Deus numa montanha. Elias viu o poder de Deus
numa montanha. Davi construiu sua cidade numa montanha. Je-
sus mostrou sua glória aos discípulos numa montanha.
Além disto, todas as cidades dos tempos antigos tinham um ide-
al: serem cercadas por muros, formando fortalezas que bandidos
ou soldados não podiam entrar com facilidade.
Destas experiências de vida, os poetas bíblicos nos oferecem
uma certeza: podemos confiar em Deus sem medo. Deus não é
comparado a um mar de areias que se movem sob os nossos pés.
Ele é como uma rocha, que, uma vez pisada, dá segurança. Deus é
comparado a uma fortaleza que não pode ser destruída. Quem está
na fortaleza não pode ser alcançado pelo adversário.
Crer em Deus assim é viver uma vida marcada pela confiança que
não desconfia.
Quem confia em Deus, como rocha e fortaleza, encontra ânimo
para enfrentar todas as dificuldades da vida.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 35.1-9 e Mateus 17 a 18
“Defende-me, Senhor, dos que me acusam; luta contra os que lutam
comigo”. (Salmo 35.1)
MARÇO
10 eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores
digestões da minha vida são as dos jantares em que
sou brindado.
Machado de Assis
Palmas para o
sucesso do outro
O que faz o professor quando o trabalho do seu colega é reconhecido?
O que faz o aluno quando o companheiro do lado tira notas melhores?
O que faz o executivo quando a empresa do outro acumula bons resul-
tados? O que faz o pai quando o filho do seu amigo é aprovado num
concurso? O que faz a mulher estéril quando sua amiga engravida?
Diante do sucesso do outro, podemos avaliar que ele o alcançou
apenas porque as condições lhe foram favoráveis. Neste caso, es-
tamos reagindo com despeito. O sucesso do outro pode nos levar
a perguntar porque não alcançamos o mesmo brilho que merecía-
mos. Neste caso, a inveja nos domina.
Podemos também, contemplada a alegria do outro, lamentar o
seu triunfo. Neste caso, a amargura nos marca. Podemos também
mentir a nós mesmos, dizendo que não queremos o sucesso.
Devemos aplaudir o sucesso do outro, se foi obtido dentro de
regras limpas e como resultado do esforço da inteligência e da cria-
tividade. Devemos dar graças a Deus pelo sucesso do outro e lhe
desejar ainda mais sucesso. Devemos aprender com o outro, não
para fazer igual, porque temos ritmos e contextos diferentes, mas
para permitir que sua trajetória ilumine a nossa caminhada, co-
meçando pela percepção de que o trabalho vale a pena. Com quem
acertou podemos aperfeiçoar o que fazemos ou eventualmente
mudar o modo como procedemos.
Mesmo que o triunfo do outro não seja do tipo que almejamos, por
serem outros os nossos ideais, devemos recebê-lo como uma prova
de que também podemos escrever nossa própria história de sucesso.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 35.10-18 e Mateus 19 a 20
“Todo o meu ser exclamará. Quem se compara a ti, Senhor? Tu livras
os necessitados daqueles que são mais poderosos do que eles, livras os
necessitados e os pobres daqueles que os exploram”. (Salmo 35.10)
MARÇO
11 não tem a coragem de se afastar da costa.
André Gide
MARÇO
12 assim, ainda gosta de você.
Kim Hubbard
Proposta de reencontro
Quando nos vai para sempre um amigo, dizemos que a morte nos
separou.
Nem sempre a frase é completamente verdadeira. Talvez só seja
real para os que se reencontram periodicamente, mesmo que com
menos um a cada reunião.
Quanto aos demais, notamos que dos amigos que vamos tendo
também deles nos vamos separando.
Separa-nos a geografia. Saímos pelo mundo, em endereços mui-
tas vezes ignotos. Afastam-nos os projetos de vida, que demandam
intensidades diversas. Distanciam-nos as agendas, com cada vez
menos linhas em branco para encontros que não entrem na rubrica
de “produtivos”. Entrincheiram-nos as intrigas, quando ouvimos
palavras que o outro nunca disse.
Para todas as esgarçaduras há a solução do encontro. Se quere-
mos, ajuda-nos, por exemplo, a infotecnologia, que nos pode pôr
em contato, para compartilharmos histórias, novos personagens
(os filhos, por exemplo), projetos comuns e boas realizações. Se
queremos, podemos marcar encontros periódicos para rirmos jun-
tos de novo e sonharmos novamente todos.
Só não há solução para o desinteresse, que lança no fundo do
mar memórias doces que não poderiam ser apagadas como se não
tivessem existido. Para o desinteresse pelo encontro, não há remé-
dio senão o desejo.
Embora o nosso tempo seja hoje, o que somos agora é também
aquele tempo em que acreditávamos que iríamos mudar o mundo.
Se fomos amigos ontem, devemos ser amigos hoje.
Vamos nos reencontrar?
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 36.1-6 e Mateus 23 a 24
“A tua justiça é firme como as altas montanhas; as tuas decisões in-
sondáveis como o grande mar. Tu, Senhor, preservas tanto os homens
quanto os animais”. (Salmo 36.6)
MARÇO
13 do jardim para que elas venham até você.
Mario Quintana
Cuidar de nós
mesmos é nossa tarefa
Temos dificuldade em lidar com a nossa enfermidade, seja física,
seja emocional.
A doença é uma quebra de uma lei natural, seja ela psíquica, seja
ela corporal; ficamos doentes quando alguma coisa no nosso cor-
po/mente para de funcionar. Se nós conhecemos essa lei ou não
conhecemos, isso não importa, a lei funciona do mesmo jeito. Às
vezes, Deus impede que as leis naturais funcionem conosco e às
vezes ele permite que elas aconteçam. Por que? Não sabemos.
Nós somos responsáveis para cuidar do nosso corpo, segundo
as leis. Não é tarefa do nosso pai, de nossa esposa, de nosso filho,
de nosso irmão. A tarefa de cuidar do nosso corpo/mente é nossa.
Temos que fazer exercícios, porque a vida sedentária leva a que-
bra de uma lei natural. Se você, por exemplo, acumula gordura no
seu corpo, ele vai entupir. É simples, é muito simples! Temos que
nos alimentar bem, nos horários, na qualidade e na quantidade.
Não é com muita comida, mas algumas vezes ao dia, de três em
três horas. Precisamos comer coisas boas, saladas, legumes, frutas.
Quando não fazemos isto, pagamos o preço. Então, oramos a
Deus pra nos curar, mas Ele espera que cuidemos do nosso corpo. É
claro que, às vezes, nós cuidamos e ainda assim temos problemas,
porque uma lei natural se quebra, sem uma razão que saibamos.
Se sabemos qual é a razão, se sabemos que precisamos fazer
exercícios, se sabemos que precisamos nos alimentar, se sabemos
que temos que cultivar uma mente sadia e nós não o fazemos, por
que não o fazemos?
Deus nos deu a tarefa de cuidar de nossa vida, corpo e mente.
Ele espera que nos previnamos, evitando o que pode ser evitado.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 36.7-12 e Mateus 25
“Pois em ti está a fonte da vida; graças à tua luz, vemos a luz”.
(Salmo 36.9)
MARÇO
14 Tullian Tchividjian
Convite à entrega
Ponha a sua vida nas mãos de Deus.
Somos chamados a entregar a nossa vida ao Senhor Deus.
Sigamos caminhando, mas entreguemos nossa caminhada ao
Senhor Deus. Ele nos redime do passado. Ele nos ilumina o presen-
te. Ele nos sinaliza o futuro.
Se as finanças estão apertadas, paremos de gastar o que não ga-
nhamos; esta é a caminhada que Deus abençoa.
Se o futuro parece sombrio, estudemos mais para ter um empre-
go melhor; esta é a caminhada que Deus abençoa.
Se os relacionamentos não duram, paremos de ser agressivos
com os outros; esta é a caminhada que Deus abençoa.
Se nossas emoções estão em frangalhos, procuremos ajuda; esta
é a caminhada que Deus abençoa.
Se a Bíblia não tem sido Palavra de Deus aos nossos corações,
voltemo-nos para suas páginas de vida; esta é a caminhada que
Deus abençoa.
A bênção de Deus inclui a parte que nos foi delegada para fazer.
É parte da nossa parte a paciência, que, portanto, faz parte da
caminhada, que tem momentos de corrida e descanso, suor e sono.
A paciência produz o descanso. Descanse em Deus. O homem
rico, que procurou Jesus, fez uma oração diferente e equivocada:
ele queria descansar nos seus bens, que trazem mais fadiga (Lucas
12.19). Perdeu o principal, embora tenha conservado o secundá-
rio. Nossa oração deve ser a do salmista: “Descanse somente em
Deus, ó minha alma; dele vem a minha esperança” (Salmo 62.5).
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 37.1-7 e Mateus 26
“Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência; não se aborre-
ça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal”.
(Salmo 37.7)
MARÇO
15 mas nunca me levei realmente a sério; é que tem
mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas
minhas pernas, mais esperança nos meus passos,
do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no
meu coração do que medo na minha cabeça.
Cora Coralina
“Sobrou?”
Em muitas ruas de cidades empobrecidas, é comum, no começo da
tarde, pessoas chamarem os moradores ao portão de sua casas com
uma indagação: — Sobrou? A pergunta é feita por pessoas que, não
tendo comida em suas mesas, pedem aos que, tendo-a, podem ofere-
cer o que lhes sobejou. Quem tem e diz “sim” é solidário. Bom seria
que a solidariedade precisasse se exercitar em palavras de conforto e
ânimo aos que estão desolados mas não pela fome.
É valiosa a solidariedade dispensada a quem está na dependência
química. É confortador notar um gesto amigo que atenua o peso de
uma tragédia. É digno de registro a acolhida a quem vê no próprio
corpo as feridas deixadas pela perda. É dramático quando as mãos se
estendem em busca de alimento como vozes sem conta perguntando
se sobrou. É um insulto à humanidade quando o que sobra vai para
o lixo. É uma expressão de severa desumanidade não escutar o “so-
brou?” que alguém, estranho ou próximo, profere. É aviltante para
quem precisa comer ouvir explicações sobre a sua condição ou conde-
nações para o seu triste estado, por causa de crônica insensibilidade
ou preconceitos enraizados. Ninguém deveria precisar ir em busca do
que sobrou. Humanos são os que vão ao encontro dos que não têm.
Solidariedade não devia precisar ser ensinada, porque a nossa
igualdade uns com os outros a impõe. Solidariedade devia ser algo
natural em nós, pelo que a falta dela nos deveria envergonhar. So-
lidariedade não devia ser elogiada, mas praticada como dever moral
de cada um de nós, Solidariedade é gesto de pessoas espirituais, que
são aquelas que almejam ir além de satisfazer os desejos da sua pele.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 37.8-17 e Mateus 27 a 28
“Melhor é o pouco do justo do que a riqueza de muitos ímpios”.
(Salmo 37.16)
MARÇO
16 são esquecidas na calmaria.
Thomas Fuller
Precisamos de coragem
Na hora do medo, temos medo. O medo é para todos. Sentimos
medo quando as coisas que estavam arrumadas, caminhando bem,
ficam fora de controle. Quando Josué teve que substituir Moisés,
precisou ouvir:
“Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Se-
nhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”. (Josué 1.9)
Ele precisava de coragem. Nós precisamos de coragem. Precisa-
mos de coragem quando temos para realizar uma tarefa que julgamos
maior do que nós. Tarefas precisam de pessoas corajosas. Precisamos
de coragem quando perdemos um companheiro (líder, cônjuge,
filho, pai, irmão) e doa muito. Tragédias precisam de pessoas de
coragem. Precisamos de coragem quando estamos doentes. Temos
que enfrentar nossas enfermidades físicas: buscar o diagnóstico; se
demandar uma cirurgia, enfrentá-la. Precisamos enfrentar nossas
enfermidades psíquicas: buscar o diagnóstico, aceitar o diagnósti-
co e buscar a terapia, seja para a cura ou para a convivência. Doen-
ças precisam de pessoas de coragem.
Precisamos de coragem quando temos que mudar a nós mesmos.
Se há um hábito ou um vício a ser abandonado, um perdão a ser
oferecido, uma herança familiar a ser rejeitada, precisamos de co-
ragem. Nossa vida depende da coragem. Nossas autotransforma-
ções precisam de coragem.
Então, a promessa se repete aos nossos ouvidos: “Não se apavore,
nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde
você andar”, mesmo que esteja doendo a travessia das mudanças pes-
soais, mesmo que esteja num leito de hospital, mesmo que as coisas
lhe pareçam hoje sem sentido, mesmo que haja um mar a ser vencido,
como foi com Moisés, um rio a ser atravessado, como foi com Josué.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 37.18-24 e Josué 1 a 3
“O Senhor cuida da vida dos íntegros, e a herança deles permanecerá
para sempre”. (Salmo 37.18)
MARÇO
17 mas é a lei. Para os ricos, é ‘dura lex, sed latex’.
A lei é dura, mas estica.
Fernando Sabino
A desigualdade mata
Não há oportunidades para todos. Por causa do pecado, a desigual-
dade é o fio que conduz a história.
No século 21 o mar Mediterrâneo, que liga a rica Europa à pobre
África, se tornou um cemitério de adultos e crianças africanos, to-
dos em busca de oportunidades que o seu continente lhes nega. A
desigualdade leva ao desespero, que é explorado por traficantes de
seres humanos. É tanta a diferença que Winnie Byanyima, presi-
dente de uma ONG que monitora a desigualdade perguntou:
— Vocês querem realmente viver em um mundo em que 1% das
pessoas possui mais do que o resto de todos nós, somados?.
A denúncia do profeta Amós, há quase 3 mil anos, parece tirada
das organizações sociais proféticas de hoje: “Ai de vocês que gos-
tam de banquetes, em que se deitam em sofás luxuosos e comem
carne de ovelhas e de bezerros gordos! (...) Bebem vinho em taças
enormes, usam os perfumes mais caros, mas não se importam com
a desgraça do país” (Amós 6.4-6).
De onde vem esta riqueza toda? Pode vir de fonte honesta, mas
se multiplica com a exploração da mão de obra. Só interessa o lu-
cro, que vem, entre outras estratégias, pelo pagamento de salários
iníquos em comparação aos ganhos ou pelo engano.
Um homem prestes a se aposentar, depois de 40 anos de traba-
lho braçal, foi convencido por um gerente a receber seu vencimento
pelo banco como conta corrente. O bancário provavelmente bateu
sua meta, mas o banco ficava com 10% do valor da aposentadoria, a
título de remuneração dos desnecessários serviços do banco. A desi-
gualdade torna os humanos menos humanos, arrastando-se apenas
para sobreviver. Não podemos aceitar a desigualdade como natural.
É um atentado contra o sexto mandamento bíblico: “não matarás”.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 37.25-33 e Josué 4 a 6
“Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado,
nem seus filhos mendigando o pão”. (Salmo 37.25)
MARÇO
18 e tornar-se quem você realmente é.
E.E. Cumming
Fé e coragem
A fé nos ensina a ver certo.
Diante de um problema, temos que avaliá-lo.
Para enfrentá-lo, precisamos de coragem.
Coragem não é pressa para decidir.
Coragem não é dimensionar errado as forças e as adversidades,
supervalorizando aquelas e menosprezando estas.
Coragem não é se lançar sem avaliar prós e contras.
Coragem não é confiar demasiadamente em si mesmo.
O corajoso é destemido mas não é irresponsável. O corajoso é des-
temido mas não é leviano. O corajoso sabe que Deus está com ele.
Para conquistar nosso alvo, precisamos da coragem que vem da
fé-confiança.
De que um soldado, ao pé da montanha, com uma bandeira na
mão, precisa para fixá-la no topo? Ele precisa olhar para o alvo com
a certeza que chegará ao topo. Ele sobe até fincar a bandeira no
alto, à vista de todos. Ele não pensa nos obstáculos, embora saiba
que existam. Ele não duvida de suas forças, embora esteja cansado.
Ele confia que o seu general deu a ordem certa. E sobe, até ao topo.
Quando esta força de vontade vem da confiança que o nome do
comandante é Jesus Cristo. Foi Ele quem nos colocou o alvo e Ele
mesmo nos puxa para cima. Esta força-de-vontade tem um nome:
fé, fé por parte de quem confia na vitória prometida.
Enquanto ouvimos a promessa, devemos prosseguir, para ven-
cermos.
A vitória vem com a luta.
Se Deus estiver conosco, se a nossa luta for uma coisa de Deus,
lutaremos e venceremos. Lutemos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 37.34-40 e Josué 7 a 9
“Espere no Senhor e siga a sua vontade. Ele o exaltará, dando-lhe a
terra por herança; quando os ímpios forem eliminados, você o verá”.
(Salmo 37.34)
MARÇO
19 Charles Colton
MARÇO
20 quem perde um amigo perde mais;
mas quem perde a coragem perde tudo.
Miguel de Cervantes
A beleza do outono
Há dias em que nos sentimos no outono, embora seja primavera.
Há dias em que acordamos cansados, conquanto tenhamos dormi-
do a noite toda. Há dias em que nos faltam as forças para as traves-
sias que os momentos requerem e ainda vão requerer. Há dias em
que olhamos para cima e não vemos o céu, apenas o firmamento.
Há dias em que tememos por chuvas, a despeito de o sol brilhar
forte. Há dias em que nossas pernas, sempre firmes, cambaleiam.
Há dias em que nossos pensamentos — de que tanto nos orgulha-
mos — não fluem. Há dias em que amar pesa. Há dias em que as
palavras amigas chegam como comida sem sal, pudim sem doce.
Felizes somos nesses dias escuros dentro de nós, porque, se não
tínhamos percebido a nossa humanidade, acabamos de descobri-la.
Felizes somos por sabermos que não somos tão fortes quanto pa-
recemos diante dos outros.
Felizes somos quando não nos reconhecemos completamente
nos sorrisos das fotos que estampamos como nossos avatares nas
redes sociais.
Somos felizes porque podemos entrar no silêncio de nós mes-
mos e abrir as janelas do coração e admitir diante de Deus a nossa
fragilidade. Ele a conhece, mas nós negávamos.
Somos felizes porque, enquanto caem as folhas no outono, pode-
mos pedir a Deus que nos mantenha cheios de esperança, trazendo de
volta a alegria partida, o vigor ainda lívido, a beleza perdida da graça.
Somos felizes porque podemos orar ao Deus que se importa co-
nosco e sopra sobre as folhas no chão até que formem um colorido
buquê que perfume de novo as nossas vidas.
Então, veremos que o outono também é bonito, mesmo que não
segure flores.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 38.10-12 e Josué 13 a 15
“Senhor, em ti espero; tu me responderás, ó Senhor meu Deus!”.
(Salmo 38.15)
MARÇO
21 para você, assim como você é um dom para ela.
Desmond Tutu
MARÇO
22 ou a liberdade: só tem valor quando acaba.
João Guimaraes Rosa
Água sempre
(Dia Mundial da Água)
Todos precisamos avaliar nossas atitudes em relação aos recursos
naturais, procurando nos informar para sermos mais consciente-
mente responsáveis.
Não sejamos poluidores, não queiramos ser destruidores, não
desejemos ser assassinos, não amemos ser gastadores dos recur-
sos que Deus colocou sob nossa administração. A solução da crise
ambiental passa pela aceitação do senhorio de Deus sobre a terra
e inclui uma atitude responsável para com o meio ambiente por
parte daqueles que aceitam este senhorio.
Por isto, não desperdicemos água, no banheiro, no jardim, na
calçada, na garagem. A água não é inesgotável. Um banho de ducha
por 15 minutos, com a torneira meio aberta, consome 243 litros,
mas se a pessoa fechar o registro enquanto se ensaboa, diminuin-
do o tempo de banho para 5 minutos, o consumo cai para 81 litros.
Não vamos desperdiçar energia, seja elétrica ou de qualquer ou-
tra fonte. Não saiamos de casa (ou do quarto) deixando a(s) luz(es)
acesa(s). Não vamos descarregar na atmosfera o ozônio que puder-
mos não descarregar. Não vamos desperdiçar alimento, o que implica
pormos no prato só que devemos e podemos comer, em casa ou no
restaurante. Não vamos jogar lixo (copo, papel, garrafa, objetos) na
rua, na praça, no parque, no ônibus, no trem, no rio ou na praia. Que-
remos a calçada limpa para quem caminhar depois de nós. Queremos
o rio limpo para que as águas corram. Queremos a praia limpa para
quem vier amanhã. Não vamos sujar o que pudermos não sujar, para
que mais água não seja gasta para limpar o que já poderia estar limpo.
É difícil mudar, mas precisamos nos esforçar para usar a água
como uma bênção de Deus e bênção de Deus não se desperdiça.
Desperdício é pecado.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 39.8-13 e Josué 20 a 22
“Ó SENHOR Deus, ouve a minha oração! Escuta o meu pedido. Não te
cales quando choro. Como todos os meus antepassados, sou teu hóspe-
de por pouco tempo”. (Salmo 39.12)
MARÇO
23 me ama muito e tem um plano para mim.
Susan McCarthy Peabody
Um mundo novo
(Dia Internacional do Livro)
Diz a sabedoria popular que nós somos o nosso nome. Devemos
prezar por ele. Valorizando-o, temos mais valor. Podemos colocar
essa sabedoria nas seguintes palavras: “Um homem vive quando
recita seu nome”. Concorda?
Essa frase está num texto escrito há 3.300 anos, no Egito.
Por essa mesma época, Moises perguntou a Deus: — Qual é o
seu nome? A resposta foi: — Eu sou o que sou.
Nós pensamos coisas novas, revolucionários até, seguindo tri-
lhas já abertas, que vamos deixando para os outros que vêm de-
pois. Como descobrimos onde estão as trilhas? Como sabemos o
que pensavam os que vieram antes de nós?
Lendo, eis a resposta.
Pode ser um texto de hoje, de ontem, de 100 anos ou de dois mil
anos. Quando o lemos, é uma revelação.
Ler é descobrir. Nascemos para descobrir. Ler é mergulhar num
mar cheio de tesouros. Nascemos para ir mais fundo. Ler é nos
aventurar por uma floresta cheia de jardins secretos. Nascemos
para contemplar a beleza. A leitura pode ser alienação ou envolvi-
mento. Que ela seja descanso que nos revigore.
Pode ser preguiça ou reflexão. Que ela nos faça pensar. É sonho
acordado regido pelo tilintar de cada capítulo percorrido. Pode ser de-
pressão diante de nossa absurda ignorância, mas pode ser uma cata-
pulta para a transformação, a nossa e a do mundo. Pode gerar tristeza
pelo que descobrimos sobre nós mesmos. Que nos infunda alegria
pelo que podemos ser, guiados por páginas tão densas. Podemos ler
para esquecer ou podemos ler para lembrar. A decisão é nossa.
Então, pare tudo e leia um livro ou vários na sequência. Ė um
mundo novo à sua espera.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 40.1-10 e Josué 23 a 24
“Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ou-
viu o meu clamor”. (Salmo 40.1)
MARÇO
24 é um relógio que espera o tempo certo para agir,
pelos motivos certos e do modo certo.
Fulton J. Sheen
Aprendendo a
esperar com paciência
Você se considera uma pessoa paciente?
Se não é, talvez queira ser.
Ser paciente não é ser resignado, suportando passivamente to-
das as cargas da vida. Antes, é ter a capacidade de ponderar os fa-
tos, tomar decisões sem precipitação e aguardar confiantemente
os resultados.
A impaciência é um jeito de ser, forjado por nossa biologia e pelo
aprendizado. Se aprendemos a ser impacientes, podemos aprender
também a paciência.
Matriculados na academia da paciência, o conteúdo da nossa pri-
meira aula é concordar que ser paciente é bom e, logo, desejável.
Na segunda aula, precisamos descobrir que a raiz da impaciência
é o nosso desejo por controlar, verbo que vem do esquecimento que
Deus luta conosco e que, por fim, tem o controle de todas as coisas.
Como aprendemos isto?
Precisamos fazer o dever de casa.
O primeiro é ler regularmente a Bíblia, cujas histórias, orações e
instruções nos moldam. A leitura da Bíblia nos transporta para um
outro mundo, em que a voz de Deus é ouvida.
O segundo é orar regularmente. Ao orarmos, vamos contra a
nossa natureza e admitimos a nossa fragilidade. A oração nos põe
na trilha da ação, ação que precisa ser regada pela esperança.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 40.11-17 e Juízes 1 a 3
“Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim. tu és o meu au-
xílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus”. (Salmo 40.17)
MARÇO
25 David Livingstone
Para recuperar
a nossa saúde
Quando ficamos doentes, devemos buscar os recursos médicos ou
os recursos divinos?
Esta é, na verdade, uma falsa pergunta, porque imagina que os re-
cursos médicos não são recursos divinos. Ela parte também do erro
de achar que Deus não usa os recursos médicos, estimulados por Ele.
Paul Miller teve esta certeza quando inventaram um aparelho
com o qual a sua filha podia falar. A menina tinha uma deficiên-
cia no aparelho fonador. A família orava pela cura da garota. Anos
depois, perto de sua cidade, uma fábrica começou a testar um ex-
perimento, que consistia num equipamento que, preso às costas,
transformava as vibrações internas em som, em som audível, em
voz, com a qual a menina se comunicava. A resposta à oração veio
por meio da engenharia médica.
Quando ficamos doentes, devemos buscar os recursos médicos e
os recursos divinos.
A nossa atitude primeira deve ser orar. Em nossa oração, peça-
mos confiantemente para Deus agir. Podemos e devemos pedir por
cura. Podemos e devemos esperar que Deus aja conforme a vonta-
de dele. A nossa segunda atitude é buscar os recursos médicos, que
são recursos que Deus põe à nossa disposição para nos curar. As ci-
ências da saúde (medicina, farmácia, psicologia, fisioterapia, entre
outras) são meios que Deus usa para nos ajudar. Ele pode nos curar
sem esses recursos; Ele pode nos curar por meio desses recursos.
Depois de orar e buscar os recursos, devemos fazer o que nos
tiver sido indicado (seja tomar um remédio, passar por uma cirur-
gia, fazer uma terapia psicológica, cumprir sessões de fisioterapia,
entre outras). Em todo o processo, devemos confiar que Deus está
nos dando saúde novamente.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 41.1-3 e Juízes 4 a 7
“Como é feliz aquele que se interessa pelo pobre! O Senhor o livra em
tempos de adversidade”. (Salmo 41.1)
MARÇO
26 mesmo nos momentos mais difíceis; é o exercício da
confiança e do descanso em Jesus Cristo.
Bianca Bittencourt
MARÇO
27 providenciado para mim’. Deus lhe diz.
‘Você nunca confiou em mim’.
Corallie Buchanan
Hora de confiar
Viver é colecionar notícias. Sabemos lidar com as boas notícias, as
quais celebramos. Temos dificuldade em enfrentar as notícias ruins
e são muitas as suas constelações: danos, desempregos, difamações,
doenças, dúvidas. Diante das notícias dolorosas, temos, na verdade,
um caminho (não uma coisa, mas uma plêiade de atitudes) a tomar.
1. Não devemos nos surpreender. Só se surpreendem os que têm
uma visão “romântica” da vida, imaginando-a rósea e vendo os
seres humanos como bons e as empresas como gratas. No mun-
do real, podemos ser descartados, por causa de uma crise exis-
tente ou de uma crise fabricada a serviço de outros interesses.
2. Não devemos tomar decisões irrefletidas, fazendo mudanças
bruscas. Muitas vezes, precisamos tomar medidas radicais, até
mesmo rápidas, mas nunca precipitadas. Um bom critério é ima-
ginar as consequências das nossas decisões; se durarem um tem-
po curto, podemos decidir logo; se alcançarem a longa duração,
devemos ponderar até à exaustão. Devemos conversar com pes-
soas queridas e também com pessoas que nos possam orientar
nos passos a serem dados.
3. Não devemos perder a confiança, achando que estamos sozinhos
e que Deus perdeu o poder de reverter notícias ruins em novi-
dades boas ou que não estará conosco no vale que encharcamos
de lágrimas. Se, antes, quando tudo ia bem, não precisávamos
confiar, agora, com espadas pendendo sobre nossas cabeças, pre-
cisamos confiar. Tudo pode ter mudado ao nosso lado e mesmo
dentro de nós, mas Deus continua o mesmo, firme e forte, aten-
to e amoroso, Senhor de todas as coisas, até das surpresas desa-
gradáveis e das piores injustiças. Nós podemos confiar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 42.1-6 e Juízes 11 a 12
“Por que estou tão triste? Por que estou tão aflito? Eu porei a minha
esperança em Deus e ainda o louvarei. Ele é o meu Salvador e o meu
Deus”. (Salmo 42.5)
MARÇO
28 e que nos diz centenas de coisas. Ela nos impede
de apodrecer como um cogumelo debaixo de
uma árvore e pouco a pouco vai fabricando uma
provisão de ensinamentos para a vida.
Juliuz Slowacki
Olhando para
a nossa tristeza
A tristeza é uma condição humana antiga. Jesus mesmo experi-
mentou muitos momentos de tristeza em sua jornada conosco.
Cada época lida com ela ao seu modo. Na nossa, em que é repelida
como uma desgraça, os remédios são receitados e usados como se
fossem capazes de produzir alegria.
É bom distinguir tristeza de tristeza, tristeza temporária e tris-
teza permanente, tristeza como uma circunstância e tristeza como
uma condição. É claro que ficamos tristes quando não somos bem
tratados numa loja ou numa igreja. Ficamos tristes quando não
conseguimos comprar um produto que tanto almejávamos ou,
quando o recebemos, notamos que não tem tudo o que desejamos
que tivesse. Ficamos tristes quando perdemos uma pessoa que-
rida, por morte ou por separação. Ficamos tristes quando somos
obrigados a ficar em casa, embora quiséssemos estar em outro lu-
gar. Ficamos tristes quando alguém a quem amamos está sofrendo.
Ficamos tristes quando somos confrontados com a miséria social
de nosso mundo. Ficamos tristes quando estamos cansados física,
emocional ou espiritualmente. Diante da tristeza, o que fazer?
Você precisa de uma visão adequada do que seja a tristeza. Não
confunda “momentos tristes” com “tristeza”, que é um sentimento
profundo, doloroso e intenso. A vida real não é só festa. A semana
tem sete dias e não apenas fins de semana. Diante da morte de uma
pessoa querida ou de uma frustração na vida profissional, por exem-
plo, é normal e saudável ficar triste. Não recuse estes momentos tris-
tes. Com ela, você compartilha da dor do outro, sofrendo com ele.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 42.7-11 e Juízes 13 a 16
“Que ele me mostre durante o dia o seu amor, e assim de noite eu can-
tarei uma canção, uma oração ao Deus que me dá vida”. (Salmo 42.8)
MARÇO
29 Vitor Hugo
MARÇO
30 a violência e o terror.
Carl Gustav Jung
Nada de espadas
Gostamos de espadas. Tanto gostamos que as temos guardadas em
casa. Dizemos que é para uma emergência, mas é uma forma de
dizer que somos capazes de nos defender sozinhos.
Tanto gostamos de espadas que as polimos para que não enfer-
rujem. Nossas espadas podem ser de metal mas podem ser de ou-
tros materiais.
Podem ser diplomas que penduramos na parede, não para agra-
decer, para enaltecer nossos méritos. Podem ser nossos currículos
acadêmicos que atualizamos sempre, não para registrar, mas para
humilhar.
Pode ser nossa lógica pessoal, pronta para respostas, próprias e
impróprias, pensadas e impensadas. Pode ser o nosso braço rete-
sado para empurrar o outro. Pode ser a língua, a caneta ou o tecla-
do que usamos para responder rápida e ofensivamente os que nos
questionam.
Disseram-nos que, se queremos a paz, devemos estar preparados
para a guerra e acreditamos. Reclamamos da agressividade no mundo,
mas agredimos. Lamentamos a mentalidade guerreira nos relaciona-
mentos e no trabalho, mas mantemos afiadas as nossas espadas.
No fundo, acreditamos no poder da nossa força. Estamos sem-
pre medindo forças, acreditando em nosso próprio poder. Estamos
convencidos que somos capazes de convencer os outros, com as ar-
mas dos argumentos demolidores ou com as espadas da violência.
E quando as espadas nos ferem, o que fazemos? Reclamamos.
Reclamaríamos menos se não crêssemos no poder das espadas e
jogássemos no lixo as nossas. Trata-se de um outro modo de viver;
na verdade, trata-se de um modo feliz de viver.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 44.1-5 e Juízes 20 a 21
“Não foi com espadas que os nossos antepassados conquistaram
aquela terra; não foi com o seu próprio poder que eles venceram. Eles
venceram com o teu poder, com a tua força e com a luz da tua presença.
Assim tu mostraste o teu amor por eles”. (Salmo 44.3)
MARÇO
31 é necessário olhar para o que se vê.
António Vieira
ABRIL
1 uma mochila pesada e cheia de coisas agradáveis,
mas desnecessárias. Os peregrinos viajam leve.
Randy Alcorn
ABRIL
2 Jonathan Edwards
Quinze minutos
A senhora, bem vestida, carrega pela calçada seu copo de plástico,
café, leite e colherzinha para mexer o açúcar. Sem parar, toma um
gole após outro.
O rapaz, com o laço inacabado na gravata, aproxima-se suando,
aos saltos, da entrada do banco onde trabalha. No peito o crachá
também saltita.
O pai arrasta a criança para a escola, sob os olhares dos colegas
que conversam do lado de dentro da casa do conhecimento.
A moça tira os sapatos de saltos altos para correr melhor em di-
reção ao ônibus que acaba de perder.
Em frente à igreja, a família puxa, envergonhada, um pelo outro
para entrar e pegar as partes do serviço religioso que ainda faltam.
Nossas manhãs retratam realidades sem palavras. Se ouvísse-
mos, ouviríamos lamentos, xingamentos, explicações. “É duro ter
de trabalhar. Os horários deviam ser flexíveis. As escolas deviam
ser mais tolerantes. O motorista do ônibus poderia ter esperado.
O domingo tem que ser tranquilo”.
Se, em lugar de lamentar, xingar ou explicar, parássemos de
transferir nossas responsabilidades, tomaríamos café como se
deve, não começaríamos suados o dia, brincaríamos antes de a
aula começar, correríamos menos risco de tropeçar, esperaríamos
assentados o início do programa, não perderíamos a hora da prova
do concurso, não seríamos barrados na porta do teatro, não jogarí-
amos fora o dinheiro da passagem, leríamos um capítulo da Bíblia
a cada manhã, teríamos mais saúde.
Basta que, diante dos nossos compromissos, acordemos 15 mi-
nutos mais cedo, o que talvez inclua dormir, na noite anterior, 15
minutos antes.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 44.23-26 e Romanos 4 a 6
“Levanta-te e vem ajudar-nos. Salva-nos por causa do teu amor”.
(Salmo 44.26)
ABRIL
3 nas ações, no jeito de olhar, no dia a dia e até no que
não é dito com palavras, mas fica no ar.
Manuel Bandeira
Em busca de palavras
bem ditas (1/2)
Quando nos vemos no meio de um conflito entre pessoas amigas,
não devemos aceitar apenas o papel de testemunhas. Temos que agir.
E a primeira boa atitude a não tomar é não falar nada. Calarmo-
nos passa longe da posição impossível de neutralidade. Calar é a
atitude sábia na hora pesada, em que as palavras duras são jogadas
de um lado para o outro como verdades que precisam ser proferi-
das, como se dizê-las nessas horas servisse para construir pontes
ou para manter abertas as portas. Nessas horas tensas, na verdade,
a verdade é nocauteada, porque uma verdade movida pelo ódio não
está a serviço da verdade. E nós não devemos participar desta core-
ografia amarga de palavras malditas.
Precisamos tirar o ódio do tatame e levar temporariamente cada
lutador para longe um do outro. Talvez cada um descarregue seu
ódio sobre nós. O risco faz parte do nosso papel. Precisamos ouvir
os dois lados, mesmo que um deles já nos tenha convencido de sua
condição de ofendido. Ouvir os dois lados implica em não ter lado.
Quem não tem lado pode continuar ouvindo os dois lados.
Quando o coração do ofendido não estiver mais saindo pela boca,
devemos falar. Então, em particular — e quem sabe, em conjunto
um dia — lembremos dos afetos que os dois lados já trocaram, dos
bons desejos que já nutriram um pelo outro, dos compromissos que
já assumiram em conjunto, dos projetos que já realizaram juntos,
da necessidade que um tem do outro para tocarem bem a sua vida.
Quanto a nós, devemos saber que promover a paz pede paciên-
cia, muita paciência, mas quase sempre a aposta pela reconciliação
ganha, mesmo que demore o prêmio.
Não desistamos. [CONTINUA em 10/8]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 45.1-7 e Romanos 7 a 8
“O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de justiça é o
cetro do teu reino”. (Salmo 45.6)
ABRIL
4 confiança nos planos de Deus e soberania dele em
nossa vida nos mais diversos momentos.
Danieli Ferraz
ABRIL
5 E. M. Bounds
Manual de
Sobrevivência para
um novo estilo de vida
Ao longo da vida, somos atacados, perdemos a vontade de viver,
ficamos agitados, perplexos, cansados. Sentimo-nos sós.
Como reagiremos?
1. Você foi atacado? Saiba que Deus é o seu refúgio e a sua fortale-
za, auxílio sempre presente na adversidade. Deixe Deus brigar por
você. Acalme-se.
2. Você anda sem vigor? Deus está em sua vida, como um rio que
se renova. Beba da água do rio de Deus. Acalme-se.
3. Você está agitado? Recorde-se das vezes em que Deus veio em
seu auxílio em lindas manhãs. Ponha seus ouvidos na boca de Deus
para escutar a sua voz libertadora. A agitação drena suas energias;
acalmar-se concentra suas forças. Acalme-se.
4. Você está perplexo? Ao ver os senhores do mundo em ação, você
se pergunta onde Deus está? Veja o que Deus tem feito. Junte-se
ao seu exército. Ele está com você nas lutas que precisa travar. Ele
lhe dá a cobertura para enfrentar os seus adversários. Acalme-se.
5. Você está cansado? Está na hora de você descansar, desacele-
rar, desagitar. Está na hora de erguer um canto pessoal e coletivo a
Deus, para celebrar que Ele é o Senhor Deus, mesmo que não esteja
vendo a sua vontade prevalecendo, mesmo que tudo à sua volta es-
teja esboroando-se, mesmo que sua fé esteja pequenininha. Deus é
o Senhor Deus apesar de você. Acalme-se.
6. Você se sente solitário? Lembre-se que, ao final de sua vida, o
reformador religioso e social John Wesley suspirou: “O melhor de
tudo é que Deus está conosco”. Acalme-se.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 46.1-7 e Romanos 12 a 14
“O SENHOR Todo-Poderoso está do nosso lado; o Deus de Jacó é o
nosso refúgio”. (Salmo 46.7)
ABRIL
6 Khalil Gibran
ABRIL
7 Os princípios concentram-se no coração.
Scott Turansky e Joanne Miller
Precisamos de regras
Precisamos de regras para viver, mas gostamos de brigar contra
elas. Lutamos contra a hora de acordar. Desafiamos as leis do trân-
sito. Recusamos, como se fosse razoável, até as leis naturais que
coordenam o cosmos, como a da gravidade.
Se há regras ruins — e há —, feitas por aqueles que querem im-
por a desigualdade em benefício próprio e de seus iguais, temos
que enfrentá-las até mudá-las. A existência de regras ruins não nos
exime de seguir as boas.
Se predomina o autoritarismo — e, às vezes, predomina —, na
elaboração ou na coordenação das regras, o processo pode e deve
ser discutido, nunca a necessidade delas.
Uma criança sem regras bem definidas não sabe por onde ir. Um
adolescente sem regras interpreta que não é amado. Um jovem
sem regras não sabe sequer o que não deve pensar. O profissional
sem regras não tem esperança de crescer na sua empresa ou orga-
nização, como se estivesse num pesadelo.
Precisamos de regras, lembrados que algumas delas funcionarão
independentemente do que pensamos a seu respeito.
A ilusão de um mundo sem regras é apenas isto: uma ilusão. Até
os grupos que querem se manter informais precisam de regras para
conservar a sua informalidade.
As regras não são apenas para a vida em comunidade; elas são
boas para a vida em família e indispensáveis para o indivíduo, mes-
mo em sua expressão máxima de solitude. Até quem deseja um
mundo sem regras precisará carregar as suas próprias tábuas de
mandamentos na jornada, para continuar vivo.
Um mundo em que tudo pode não faz bem a ninguém. Um mun-
do assim não é sequer verdadeiro.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 47 e 1Samuel 1 a 3
“Os que governam os povos se reúnem com o povo do Deus de Abraão, pois
todo poder neste mundo pertence a Deus; ele domina tudo”. (Salmo 47.9)
ABRIL
8 de guardar a agitação que vai nos seus corações.
François La Rochefoucauld
ABRIL
9 bem feito.
Philip Chesterfield
ABRIL
10 longe descobrirão o quão longe se pode ir.
T. S. Eliot
Escondidos na bagagem
Deus escolheu Saul para ser o primeiro rei de Israel. Contudo, o
fato de ter sido escolhido por Deus não isentava Saul de fazer a
sua parte.
Deus nos escolheu para viver como reis, mas isto não significa di-
zer que podemos nos acomodar e relaxar na vida, porque, quando
relaxamos (desobedecendo), pagamos o preço.
Diante da tarefa, primeiro Saul ficou feliz, depois teve medo.
Embora de estatura elevada, Saul procurou se esconder no meio da
bagagem. Foi logo descoberto.
Muitas vezes, também nos escondemos na bagagem da vida,
com medo de viver.
O gesto de Saul mostrava que ele se recusava a ser rei. Nós, por
vezes, nos recusamos a ter vidas de reis, por causa do medo.
Saul mostrou-se pequeno, ao se esconder. Um pouco antes, dera
um exemplo de grandeza, quando não se preocupou com o grupo
de desocupados que o ofendeu publicamente. Ele mostrou sua for-
ça, não reagindo aos ataques.
Depois, infelizmente, Saul mostrou sua fragilidade. Diante da
grande oportunidade da sua vida, tremeu. Na hora de escrever seu
nome na história, tentou fugir.
Que Saul queremos ser: o Saul, forte, que não reage com violên-
cia aos ataques verbais sofridos? Queremos ser o Saul que procura
a bagagem para se esquivar?
Seja a paz a nossa escolha, mas paz corajosa.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 49.1-10 e 1Samuel 9 a 11
“Mas ninguém pode salvar a si mesmo, nem pagar a Deus o preço da
sua vida, pois não há dinheiro que pague a vida de alguém. Por mais
dinheiro que uma pessoa tenha”. (Salmo 49.7-8)
ABRIL
11 Deus traz paz, segurança e direção através da vida.
Thomas Blackaby
Para se reencantar
com a vida
É um engano pensar que você começará a viver quando tiver saúde,
quanto tiver resolvidos os seus problemas. Mesmo que enfrente-
mos dificuldades, não devemos desistir de viver. Para que a vida
volte a ter sentido, há uma tarefa a ser executada:
1. Mantenha a visão de quem Deus é. O desencanto com a vida
advém de uma falta de visão de quem Deus é. Ele se relaciona co-
nosco. Deus é como um marido cuidadoso, fiel, infalível. Deus é
forte e está acima de qualquer força e de qualquer obstáculo. Deus
é perfeito. Não há limite em sua ação para conosco.
2. Louve a Deus, pelo que Ele fará. Embora não veja, creia de todo
o coração que Ele agirá.
O desencanto com a vida se expressa na lamentação. Acontece
por causa da ilusão, que é o encanto com pessoas e causas. Perde-
mos a visão de Deus quando olhamos apenas para nós mesmos e
nos detemos apenas nos nossos problemas. Louve aquele Deus que
está atento às suas necessidades.
3. Faça grandes coisas. Mesmo que pareçam sem sentido, faça
grandes coisas, mesmo que movido apenas pela fé. Faça inteiro.
Faça grande. Não deixe nada pela metade.
4. Faça grandes coisas para Deus. Seja o propósito da sua vida fa-
zer grandes coisas para Deus, como aconteceu com o missionário
William Carey.
Quando estava próximo da morte, notou que as pessoas come-
çavam a falar dele e do seu trabalho. Ele, então, chamou um amigo
e disse:
— Dr. Duff! Você tem falado acerca do Dr. Carey. Quando eu par-
tir, não diga nada sobre o Dr. Carey; fale sobre o Deus do Dr. Carey.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 49.11-15 e 1Samuel 12 a 13
“O ser humano, por mais importante que seja, não pode escapar da
morte; como os animais morrem, ele também morre”. (Salmo 49.12)
ABRIL
12 mais fácil porque não é vivida por nós.
Marguerite Yourcenar
O prazer de falar
bem do outro
No topo das virtudes está o prazer de falar bem do outro.
É virtude rara porque é pouco buscada.
É virtude rara porque demanda virtudes que lhe antecedem.
É virtude rara porque exige prestar atenção no outro.
É virtude rara porque é de nossa natureza buscar defeitos.
É virtude rara porque fala bem do outro quem tem uma autoes-
tima equilibrada e não pende para a inveja diante do sucesso que
vê ao seu redor.
É virtude rara porque fala bem do outro quem é humilde, sendo
a humildade a arte de reconhecer o que se é, embora desejando o
que se pode e se deve ser.
É virtude rara porque fala bem do outro quem admite que o ou-
tro lhe é superior, numa área ou em muitas áreas, e tem a coragem
de tê-lo como uma referência para fazer melhor o que faz.
É virtude rara porque fala bem do outro quem é grato ao outro,
por, longe ou perto, no passado ou no presente, direta ou indireta-
mente, lhe ter aberto novas avenidas a percorrer, seja com um gesto
cheio de graça, com uma palavra plena de vida, com um livro arre-
batador, com um favor inesperado ou com uma ideia iluminadora.
E virtude rara porque fala bem do outro quem pensa bem do
outro.
Dizemos que temos montanhas de virtudes que se destacam da
planície das nossas fragilidades. Perguntemos em que lugar está
o nosso prazer de falar bem do outro, sem reservas. Que esteja
no topo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 49.16-20 e 1Samuel 14 a 15
“Não se preocupem quando alguém fica rico, e a sua riqueza aumen-
ta cada vez mais. Pois, quando morrer, ele não poderá levar nada; a sua
riqueza não irá com ele para a sepultura”. (Salmo 49.16-17)
ABRIL
13 sucesso, mas muito sobre o coração,
o lugar onde o verdadeiro começa.
Charles Swindoll
Sem vergonha
Não devemos ter vergonha de começar um projeto novo, seja um
curso, um concurso, um emprego, um negócio, um ministério, por
nos acharmos incapazes ou velhos. Devemos ter vergonha em não
começar e deixar a vida acabar diante dos nossos olhos e nossos
braços cruzados.
Não devemos ter vergonha de confessar os nossos pecados, se-
jam considerados leves ou pesados, porque a confissão é o primeiro
passo para nos livrarmos deles. Devemos ter vergonha em nos es-
conder, em parecer o que não somos, em rejeitar o perdão que Deus
nos oferece e permanecer na culpa que pode ser extirpada.
Não devemos ter vergonha em decidir mudar, não importa a área
que precise ser transformada; se decidimos é porque acreditamos
que podemos trilhar um caminho novo. Devemos ter vergonha em
desistir de viver, quando a vida está apenas um salto.
Nunca é tarde para começarmos. Nunca estamos suficientemen-
te velhos que não possamos dar início a um projeto novo, talvez
postergado a vida toda. Nunca somos tão incapazes para começar
algo novo que não possamos aprender.
Nunca é inoportuno reconhecer nossos erros, admitir nossos
traumas, lutar contra nossos vícios. Inoportuno é reclamar e nada
fazer, sem nada esperar, sem que a vida já tivesse terminado.
Nunca terá passado o tempo de darmos início ao processo de re-
tomada de nossa vida, mentoreada pelas mentiras, arrastada pelo
ódio, despedaçada pela decepção, sufocada pela solidão, fustigada
pela frustração. Não somos obrigados a viver, não importam as he-
ranças que tenhamos herdado ou os erros que tenhamos cometido.
Podemos e devemos passar nossa vida a limpo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 50.1-6 e 1Crônicas 9 e 10
“O Deus poderoso, o SENHOR, falou e chamou a terra desde o nasci-
mento do sol até ao seu ocaso”. (Salmo 50.1)
ABRIL
14 um coração de pedra num coração humano.
François Fénelon
ABRIL
15 do que pessoas que fracassam!
Henry Ford
ABRIL
16 traz frutos mais ricos que a justiça estrita.
Abraham Lincoln
ABRIL
17 Henry Blackaby
ABRIL
18 as pessoas. Não para humilhá-las.
Mário Sérgio Cortella
A humilhação mata
Parece que, para sermos alguém, precisamos negar que o outro
também seja alguém de valor.
É por causa desta disposição interna que, por vezes, humilhamos
as pessoas, salientando, por exemplo, um defeito que imaginamos
que elas tenham. Assim, nós as chamamos em função de sua altu-
ra, do seu cabelo ou da sua fala ou da sua profissão. Nesses casos,
as pessoas não têm nomes, mas características. Um é baixinho. O
outro é careca. Aquele é gago. Ela é negra. Ela é especial. Ela é feia.
Somos capazes de eleger algumas características como ruins, para
humilhar as pessoas, às vezes como uma forma de diversão.
Por que as piadas têm, necessariamente, que humilhar as pesso-
as? Por que nossas brincadeiras na escola, quando éramos crianças,
escolhiam palavras que encolhiam os colegas? Mesmo entre os pe-
quenos, ai do que manca, ai do que usa óculos de grau forte, ai do
gago, ai do gordo, ai do tímido.
Quando humilhamos uma pessoa em público nós lhe tiramos a
motivação para viver. Se ela estiver certa, nós desestimularemos
sua vontade de continuar a fazer o que é correto. Se ela estiver er-
rada, não será desafiada a se arrepender e mudar. Quando publica-
mente destruímos a reputação de alguém, o seu caminho da volta
será mais difícil pelas impressões negativas que deixamos naqueles
que testemunharam o deboche que promovemos.
Humilhar é uma forma de matar. Para controlar o nosso ímpeto,
devemos nos imaginar no lugar daquele a quem humilhamos.
Não há graça alguma em palavras divertidas que humilham. Pa-
lavras matam. Palavras que humilham são palavras que aniquilam.
Há graça em valorizar as pessoas.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 51.15-19 e 1Samuel 27 a 29
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração
quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”. (Salmo 51.17)
ABRIL
19 meio às tempestades da vida.
Rich Mendola
ABRIL
20 ela é um prêmio por algo que tenha feito.
Paul e Nicole Johnson
ABRIL
21 o mesmo efeito de parar de respirar.
Brent Curtis
O convite à esperança
Quando a aflição entra em casa, entram sem bater os convites. O
mais temível é o convite ao desespero. Junto com o desespero, vem
o convite à busca de soluções fáceis. Quem se deixa levar por estes
convites termina ou num rodamoinho que joga a vida de um lado
para outro ou num túnel cujo fim é invisível e inalcançável.
Nem todos os convites são sombrios, porque há o convite do
Evangelho à esperança.
O convite evangélico à esperança não é aquele oferecido com pa-
lavras leves do tipo “vai passar” ou “tudo vai dar certo”.
O convite do Evangelho não vem embrulhado em palavras que
trazem culpa. Quando há responsabilidade pela aflição dentro de
casa, o Evangelho não a nega, mas uma vez, admitida, seu perdão
fortalece para as próxima etapas, não como carga, mas como alívio.
O convite do Evangelho não rejeita também a realidade da vida,
muitas vezes aflitiva. Jesus mesmo, que o trouxe, enfrentou afli-
ções e Ele nunca pecou.
O convite do Evangelho é um desafio: lute. A luta pode demo-
rar, pode doer, pode abater, pode machucar, mas não deve jamais
desesperar. Não deve desesperar porque o convite do Evangelho
inclui uma promessa: Deus estará conosco durante a luta, seja uma
luta contra a saudade de quem se foi, seja uma guerra travada junto
com o bisturi ou com o remédio que corta o corpo, seja uma bata-
lha contra o transtorno que quer empurrar a mente para o fundo
da caverna, seja a busca pelo fim da decepção que a certeza da in-
justiça introjeta como se fosse para sempre,
O convite do Evangelho não diz que Deus impede a luta, mas
garante que Ele luta conosco. A alternativa é o desespero.
Fiquemos, enquanto lutamos, com o convite do Evangelho à es-
perança. Há esperança.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 54.1-4 e 2Samuel 5 a 6
“Eu sei que é o Senhor Deus quem me ajuda, sei que é ele quem me
defende”. (Salmo 54.4)
ABRIL
22 caminham ou rodam sobre asfalto, as aventuras que
experimentam lhes são proporcionadas pela TV ou
vídeo. Já não sabem o que é sentir orvalho no pé
descalço, admirar de perto a maravilhosa estrutura
de uma espiga de capim, observar intensamente o
trabalho incrível de uma aranha tecendo sua teia.
José A. Lutzemberger
Cuidar da terra
é tarefa nossa
(Dia Mundial da Terra)
É por causa do pecado que o homem amaldiçoa a terra, com seu
descuido e sua ganância. Nosso parâmetro, no entanto, não pode
ser a maldição humana, mas a bênção divina para a terra. Na nar-
rativa da criação, temos duas expressões. Uma é, várias vezes, apli-
cada à obra geral: “Deus viu que ficou bom”. A outra é utilizada no
contexto da criação dos seres vivos, os humanos incluídos: “Deus
os abençoou”. Devemos aceitar a bênção divina e recusar a mal-
dição humana. O estrago foi feito; o estrago está sendo feito. No
entanto, se queremos viver como imagens e semelhanças de Deus,
não devemos amaldiçoar a obra do Criador.
Embora não possamos zerar todos os malefícios que já causamos
ao nosso planeta, é nosso dever nos empenhar para minimizar es-
ses ataques. O mandamento divino para a criação (em Gênesis 1)
não foi revogado na queda (em Gênesis 3). Deus renova, ao longo
da Bíblia, o cuidado que devemos ter com toda a sua obra, que in-
clui os seres humanos, os animais e o meio ambiente.
Com o pecado, esta tarefa tornou-se mais difícil, mas continua
como encargo do ser humano, mesmo decaído. A criação será redi-
mida. Enquanto isto não acontece, a criação geme e espera que os
filhos de Deus se manifestem para que haja paz na terra. O esca-
pismo deixa a terra à mercê dos destruidores. Deus não abandonou
a terra por causa do pecado humano. Ele ainda ama a sua criação.
Devemos amar também terra e cuidar dela.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 54.5-7 e 2Samuel 7 a 10
“Deus me livrou de todas as minhas angústias, e os meus olhos contem-
plaram a derrota dos meus inimigos”. (Salmo 54.7)
ABRIL
23 o que fizemos é alcançada em segredo,
por antecipação, por meio da oração.
Samuel Gordon
A oração fez
dele um vencedor
Dar um nome a um filho é tarefa de alegria e responsabilidade.
Você daria ao seu bebê o nome de “tristeza”? A mãe dele o fez.
Jabez (que quer dizer “tristeza”) era o seu nome. Em lugar de
ficar se lamentando, ele fez uma oração a Deus:
“Oh, Senhor. Abençoa-me. Sim, abençoa-me! Dá-me terras, gran-
des extensões de terra. Protege-me com a tua presença. Livra-me
do mal” (1Crônicas 4.10)
Jabez pede que Deus o abençoe. Nada vale a pena sem Deus co-
nosco, que é a nossa maior bênção. Jabez sabe que Deus nos aben-
çoa com toda a sorte de bênçãos espirituais, que englobam todas as
outras mais visíveis que gera.
Ele pede que Deus amplie as suas terras, que podemos atualizar
como sendo nossas realizações, sejam elas materiais ou emocionais.
Com mais terras, sua família poderia crescer. Jabez foi atendido.
Ele pede que a presença de Deus o acompanhe. O que virá não
importa. O que importa é a presença de Deus, para que caminhe
em segurança. Jabez foi acompanhado.
Ele pede que seja livre do mal, algo que também devemos pedir,
segundo o ensino de Jesus na oração do “Pai Nosso” (Mateus 6.13).
Jabez não quer ser tirado do mundo, mas ficar livre do mal (João
17.15). Jabez foi ouvido.
A oração de Jabez resume todas as nossas.
Jabez, um homem sem credenciais, um homem sem fama, um
homem como qualquer um de nós, uma pessoa de oração que cada
um de nós pode ser.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 55.1-8 e 1Crônicas 1 a 4
“Escuta a minha oração, ó Deus, não ignores a minha súplica”.
(Salmo 55.1)
ABRIL
24 a simplicidade é a suprema virtude.
Henry Wadsworth Longfellow
O veneno da comparação
Em qualquer área da vida, há pessoas que se destacam.
Há pessoas que fazem coisas melhores do que nós. Não temos
como não comparar. Não temos como não nos comparar.
Num primeiro momento, a comparação nos faz bem. É quando,
vendo o que os outros fazem, somos estimulados a fazer melhor o
que realizamos.
A partir daí, a comparação perde seu valor e se torna um veneno.
Se não tomarmos cuidado, a comparação revelará o que há de
pior em nós.
Diante do sucesso do outro, que sequer sabemos se é real, des-
prezamos o que o outro faz, julgando suas intenções como más e
seus métodos como indignos.
Diante do brilho do outro, nós nos sentimos injustiçados. Acha-
mos que não estamos sendo reconhecidos no que fazemos. Lamen-
tamos que não tenhamos a mesma oportunidade do outro.
A comparação, quando se apossa de nós, nos leva a pensar que
somos fracassados. Passamos a reprovar o nosso próprio modo de
fazer as coisas, não porque seja errado, mas porque não dá os re-
sultados que o outro colhe.
O passo seguinte é sermos possuídos pela inveja, esse terrível
desejo de ser o que não devemos ser e ter o que não vale a pena ter.
A inveja nos corrói.
A inveja nos torna amargos. A inveja estanca a nossa disposição
de nos dedicar ao que amamos fazer. A inveja mata a nossa criati-
vidade. A inveja mina o trabalho em equipe. A inveja tem o poder
de nos tornar homicidas, ao nos fazer desejar eliminar aquele com
quem nos comparamos.
A inveja tira de nós a possibilidade de aprender com o outro, em-
bora a única coisa boa em nos comparar com outro é precisamente
perceber o que podemos fazer melhor.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 55.9-16 e 1Crônicas 5 a 8
“Eu, porém, clamo a Deus, e o Senhor me salvará”. ( Salmo 55.16)
ABRIL
25 magicamente, simplesmente porque a desejamos. Só
é moral o desejo acompanhado da severa vontade de
prover os meios para sua execução.
José Ortega y Gasset
ABRIL
26 as pessoas ouvem sua Palavra, amam
sua Palavra e obedecem a sua Palavra.
Albert Mohler Jr.
ABRIL
27 mais que o medo da morte.
H. Norman Wright
ABRIL
28 as virtudes que a prosperidade lhes tira.
Eugène Delacroix
Estamos nos
braços de Deus
Olhe para um bebê no colo de sua mãe ou do seu pai ou do seu avô.
De que ele precisa?
Ele precisa de cuidado. Ele precisa de roupa. Ele precisa de ali-
mento. Ele precisa, sobretudo, de segurança.
Estar seguro é se sentir aceito.
Estar seguro é se sentir protegido.
Estar seguro é se sentir amado.
Fomos bebês, mas nossa necessidade de segurança não mudou.
Ainda precisamos nos sentir seguros, especialmente quando nos
sentimos ameaçados pela falta de carinho (para desfrutar o amor),
pela falta de dinheiro (para pagar as contas), pela falta de saúde
(para continuar firme).
Precisamos nos sentir seguros diante da indiferença das pessoas
ou do ódio dos rostos diante de nós.
Precisamos nos sentir seguros diante da morte, sobretudo para
saber que podemos esperar que, depois da morte, a nossa vida con-
tinua nos braços de Jesus.
Continuamos bebês e Deus nos faz nos sentir seguros.
Por isto, podemos cantar:
“Que segurança sou de Jesus
E já desfruto as bênçãos da luz
Sou por Jesus herdeiro de Deus
Ele me leva à glória dos céus”.
(Fanny Crosby)
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 57.1-5 e 1Crônicas 17 a 18
“Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti procu-
ro segurança! Na sombra das tuas asas eu encontro proteção até que
passe o perigo”. (Salmo 57.1)
ABRIL
29 fazemos é também uma expressão do nosso caráter.
Gordon MacDonald
A missão do trabalho
Podemos usar a nossa profissão para ganhar a vida ou podemos
usar a nossa profissão também para ganhar vidas. Em outras pala-
vras, podemos simplesmente fazer do nosso trabalho uma agência
para receber o dinheiro para tocar nossas vidas ou podemos fazer
dele um meio para tocar os corações das pessoas.
Nosso emprego é uma providência de Deus para transformar o
mundo. Pelo trabalho, feito numa empresa ou em casa, podemos
ser agentes de mudança, sem ir diretamente aos campos. Somos
agentes de transformação quando trabalhamos e usamos o dinhei-
ro resultante para sustentar os que vão a esses campos para aten-
der os que estão em necessidade.
O trabalho bem feito, honesto, criterioso, é uma mensagem que
anunciamos. Uma relação profissional em que as pessoas — sejam
chefes, iguais ou subordinadas — realmente importam é uma mis-
são de grande valor.
Precisamos de uma visão missional do trabalho. Nossos talentos
não nos são dados apenas para nosso deleite, mas para abençoar
outras pessoas.
Para tanto, devemos cuidar muito cuidado para não entrarmos
na dança da competição e da corrupção, porque nossa escolha de-
via ser sempre a cooperação e o companheirismo. Essa espiral só
nos leva a pensar em nós mesmos. Trabalhar só para nós mesmos
não tem sentido.
Devemos vigiar constantemente para permanecermos fieis à
nossa vocação.
Devemos, também no dia a dia do trabalho, crer que estamos
num lugar onde Deus nos colocou.
Quando trabalhamos assim, as horas passam logo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 57.6-11 e 1Crônicas 19 a 21
“O meu coração está firme, ó Deus, bem firme; eu cantarei hinos em
teu louvor”. (Salmo 57.7)
ABRIL
30 Tem-se acendido fogueiras em nome da caridade,
tem-se guilhotinado em nome da fraternidade.
No teatro das coisas humanas, o cartaz é quase
sempre o contrário da peça.
Jules Goncourt
Podemos ir além
“Deus te abençoe” — podemos dizer a alguém que pede nossa ajuda.
“Ó, Deus, ajude-a” — oramos sinceramente por uma pessoa em
dificuldade.
Estamos sendo sinceros, mas a sinceridade é apenas um dever
nosso que não gera qualquer mudança na vida do outro.
Devemos continuar desejando coisas boas para os outros. Deve-
mos continuar pedindo a Deus pelo aflito. No entanto, podemos
orar com outro conteúdo, que revele um outro coração:
“Senhor, o que é que eu posso fazer para ajudar?”
Quando dizemos “Deus te abençoe” para uma pessoa em difi-
culdade, talvez estejamos apenas tentando nos livrar do problema
ou talvez estejamos reconhecendo que não temos nada mesmo a
fazer. E pode ser que não tenhamos mesmo e, neste caso, só nos
resta pedir que Deus a abençoe.
Quando dizemos “Ó, Deus, ajude-a” para uma pessoa que está
sofrendo, podemos estar em busca de uma solução ou simplesmen-
te transferindo para Deus um passo que poderíamos dar.
No entanto, quando dizemos “Senhor, o que é que eu posso fazer
para ajudar”, diante do sofrimento do outro, estamos de fato nos
importando com o outro, crendo que Deus pode agir, esperando
que Deus aja e nos colocando disponíveis para Deus se Ele quer
agir através de nós.
Podemos ir além. Devemos ir além.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 58.1-5 e 2Samuel 11 a 13
“Será que vocês, autoridades, dão sentenças justas? Será que julgam
com justiça as pessoas?”. (Salmo 58.1)
MAIO
1 honre Deus no seu trabalho.
Max Lucado
MAIO
2 Doce será nos céus quando nossa jornada terminar.
George Whitefield
A invenção do descanso
Gostamos de ir além dos nossos limites.
Por isto, trabalhamos muito.
Mesmo quando fazemos aquilo que gostamos — o que nos colo-
ca na categoria dos privilegiados porque a maioria das pessoas tra-
balha apenas pelo dinheiro que recebem — sim, mesmo fazendo o
que amamos ficamos cansados.
Pode ser que trabalhemos demais por causa das exigências que
nos são impostas ou porque nós mesmos nos tenhamos imposto
um ritmo insano, seja para ganhar uma competição, real ou imagi-
nária, seja para provar que somos bons.
Quem aplaude o nosso trabalho não fica cansado. Nós ficamos.
O cansaço afeta todas as áreas da nossa vida, prejudica pode-
rosamente os nossos relacionamentos e solapa profundamente a
nossa vontade de viver e fazer o que é bom.
Nesta hora, é bom pararmos diante do espelho e nos perguntar:
— Onde você quer chegar?
Descansar faz bem à saúde física e emocional. Descansar faz bem
aos relacionamentos. Descansar nos faz trabalhar melhor. Descan-
sar faz com que nos encontremos conosco mesmos, ao nos permi-
tir ver que o trabalho é apenas uma das dimensões da vida, porque
há outras, muitas outras.
Quem inventou o trabalho inventou também o descanso. E Ele
(Deus) sabe das coisas.
Peça a Ele sabedoria e coragem para descansar pelo menos um
dia por semana. Os próximos dias serão melhores.
Peça a Ele a oportunidade de sair de férias, sozinho (se for soltei-
ro) ou com sua família. Você voltará outro. O descanso nos melhora.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 59.1-9 e 2Samuel 17.24 a 20.26
“Ó Deus, eu confio no teu poder; tu és a minha fortaleza”.
(Salmo 59.9)
MAIO
3 me e, então, a vida de Jesus em mim realiza a vontade
perfeita de Deus.
Ivênio dos Santos
MAIO
4 que você fracassou; é admitir que você é humano.
Gary Chapman
MAIO
5 Fernanda Defáveri Alcântara
MAIO
6 os piores se encontram cheios de intensa paixão.
W.B. Yeats
MAIO
7 James R. Lowell
MAIO
8 e ver nesta nova vida a graça de Deus.
Soraia Valarka
Felizes os filhos
cujas mães cantam
(Dia das Mães)
Ela vivia cantando.
Ela cantava enquanto costurava.
Ela cantava enquanto arrumava a casa.
Ela cantava enquanto lavava ao tanque.
Ela cantava enquanto preparava a comida.
Ela cantava enquanto esperava a chegada dos filhos.
Ela continuou o cantar quando o canário da casa ficou ferido
num acidente doméstico e parou de cantar. Desaprendeu. Depois
de um tempo, de tanto ouvi-la, reaprendeu.
Ele parou de cantar outra vez. Foi quando ela ficou seriamente
doente. Desde o momento em que a ambulância parou à porta para
levá-la, o pássaro parou de piar. Quando, dias depois, o veículo re-
tornou para trazê-la, restaurada, o canário voltou a encantar a casa.
Como todas as pessoas, ela passou por problemas, principal-
mente a perda precoce do marido, que deixou pequenos os filhos,
que, pelo resto de suas vidas, vão se lembrar dela como uma mu-
lher que cantava.
A mãe que cantava não cantava para os filhos, mas os filhos vão
se lembrar dos cânticos dela. A mãe que cantava enquanto traba-
lhava para sustentar os meninos também lhes legou o valor do tra-
balho, herança que vai atravessar gerações. A mãe que cantava e
orava, assentada e de joelhos, partiu, mas seus filhos e netos vão
sempre honrá-la como uma mulher que orava por eles.
Felizes as pessoas que podem ser lembradas assim.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 62.7-12 e 1Reis 1 a 2 e 2Crônicas 1
“Não confiem na violência, nem esperem ganhar alguma coisa com
o roubo. Ainda que as suas riquezas aumentem, não confiem nelas”.
(Salmo 62.10)
MAIO
9 Rosabeth Moss Kanter
Marchemos
Nós gostamos de coisas que nos aconteçam num piscar de olhos.
Apreciamos surpresas, desde que sejam agradáveis.
Talvez por isto ainda nos encantemos com os mágicos, que fa-
zem ilusões diante dos nossos olhos. Até pensamos:
— Ah, se na nossa vida fosse assim, com coisas boas ocorrendo
num passe de mágico.
O problema é quando queremos que aconteçam mágicas dentro
nós, dos nossos olhos para dentro. O passo da mágica não existe.
Por não vigiar, vamos deixando que os traumas nos firam e es-
culpam suas direções em nossas vidas. Quando os descobrimos,
achamos que podemos nos livrar deles no momento seguinte.
Seduzidos, vamos nos viciando, seja na droga de um produto
químico ou na da mentira. Felizmente descobrimos o poder des-
truidor dos vícios. A descoberta nos leva a achar que amanhã esta-
remos limpos definitivamente.
Por gostarmos, vamos nos moldando por hábitos ruins, que nos
levam a comportamento que, felizmente, decidimos que não serão
mais os nossos. Então, achamos que esses hábitos nocivos não nos
habitarão desde já.
Não mudamos nossa vida porque lemos um livro ou escutamos
um recado, por mais claro e contundente que seja. A função da lei-
tura ou da audição é gerar em nós uma desejo.
O que vem depois é uma caminhada, cuja duração depende de
cada um e cujo ritmo é peculiar a cada um.
Em todas as situações, o importante é que nos ponhamos a ca-
minho. Como disse Moisés ao povo sob sua liderança, o importan-
te é que marchemos rumo ao alvo que queremos, seja em linha reta
ou seja em círculos. Marchemos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 63.1-4 e 1Reis 3 a 4
“O teu amor é melhor do que a própria vida, e por isso eu te louvarei”.
(Salmo 63.3)
MAIO
10 esforços, fazer uma bela e notável contribuição
para a nossa geração.
W. Phillip Keller
MAIO
11 quando ela existe para a humanidade.
Dietrich Bonhoeffer
MAIO
12 duas vezes e ainda culpa o mar.
Publilus Syrus
Se erramos de novo
Quando um amigo ou um líder cai, cometendo um pecado que es-
candaliza a muitas pessoas, dizemos para nós mesmos que nunca
erraremos desse jeito.
Nosso desejo é verdadeiro, mas não há garantia que seremos
fieis ao nosso desejo.
Por isto, quando pecamos, nós nos sentimos derrotados.
Temos razão de nos sentirmos derrotados. Em muitas situações,
sabíamos como terminaria a história, mas não paramos com as
nossas atitudes.
É muito ruim nos sentirmos assim.
Precisamos ser realistas em relação a nós mesmos. O apóstolo
Paulo deu um suspiro para dizer que era um pecador miserável.
Na verdade, precisamos ser pessimistas em relação a nós mesmos.
Precisamos pedir a Deus que nos sonde e nos toque, para nos des-
pertar ou mesmo para nos lançar para fora do caminho ruim. Nem
sempre percebemos o precípicio que nos espera, mesmo tão perto.
Precisamos confiar na graça. Esta é a parte boa. É bom saber que
Deus nos perdoa, até nestes casos.
Em nossos relacionamentos, quando advertimos uma pessoa
sobre o seu erro e ela continua no seu caminho, muitas vezes lhe
dizemos:
— Eu não lhe falei?
Deus age diferente. Ele nos perdoa. Ele nos perdoa completa-
mente. Ele só quer de nós que confessemos e nos disponhamos a
não pecar mais.
Assim mesmo, se errarmos de novo, Ele nos perdoa.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 65.1-5 e 1Reis 10 e 11 e 2Crônicas 9
“Tu nos respondes com temíveis feitos de justiça, ó Deus, nosso Salva-
dor, esperança de todos os confins da terra e dos mais distantes mares”.
(Salmo 65.5)
MAIO
13 quando nossa confiança vem de Deus e
o nosso lucro vem de uma vida de integridade.
Pam Farrel
Sobre a derrota
Ao longo da vida, vamos colecionando vitórias e derrotas. As vi-
tórias celebramos, no que fazemos bem, mas deveríamos meditar
também nelas. Já que sabemos que as vitórias de hoje não garan-
tem as de amanhã, precisamos vencer e nos preparar para vencer
de novo. Se as vitórias nos animam, as derrotam nos deprimem.
E ficaremos apenas deprimidos, se não refletirmos sobre elas.
Uma derrota pode ser uma curva na estrada ou pode ser o seu fim.
Derrotados, precisamos assumir as nossas responsabilidades, mas
só as que nos pertencem, e sem culpar os outros que não podem
ser trazidos para o palco da história porque não participaram dela.
Derrotados, precisamos organizar nossas emoções, para que, equi-
libradas, nos deem forças para a vida que se descortina daqui para
a frente. Derrotados, precisamos fazer uma autoavaliação moral de
nossas atitudes. Não terão, por exemplo, as vitórias anteriores nos
catapultado para o planeta do orgulho, de onde só vem a queda?
Quem nos derrotou: o excesso de confiança ou o medo?
Derrotados, precisamos fazer uma avaliação intelectual em tor-
no do modo como lutamos: estudamos bem a adversidade para
vencê-la, levando-a a sério ou tratando dela com displicência?
Derrotados, precisamos saber que a derrota é o que ela é: uma
derrota. Se tudo correr bem, esta não foi a última.
A humildade, que começa com o reconhecimento dos erros na
derrota, nos capacita para o retorno do triunfo. Afinal, como diz
uma antiga canção,
“Não é dos fortes a vitória nem dos que correm melhor!
Mas dos fiéis e sinceros, como nos diz o Senhor!”
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 65.6-8 e 1Reis 12 a 14
“Por causa das grandes coisas que tens feito, o mundo todo está cheio
de espanto. Por causa das maravilhas que tens feito há gritos de ale-
gria de um lado da terra ao outro”. (Salmo 65.8)
MAIO
14 ele confunde a noção de tempo e apaga toda
a lembrança de um começo e todo medo de um fim.
Germaine de Stael
A rejeição mata
Somos pessoas muito sensíveis.
Por isto, as palavras que nos dizem ou dizem sobre nós, desde
o berço (e talvez deste o ventre materno), são essenciais. Elas nos
fazem nos sentir pertencentes ou estranhos. Elas nos acolhem ou
nos repudiam. Eis como nos sentimos.
Um menino que ouve do seu pai ou da sua mãe que não vai dar
certo na vida lutará a vida inteira para dar certo e talvez dê errado,
a menos que se trate.
Uma menina que escuta que sua chegada ao mundo transtornou
a vida dos seus pais carregará uma culpa que não tem pelo resto da
vida, a menos que seja curada.
Uma criança entregue para adoção precisará de afeto redobrado
da mãe ou do pai do coração para se sentir realmente amada.
Uma pessoa recém-chegada a um novo grupo precisará ser rece-
bida com carinho para se sentir pertencente a ele.
Uma palavra negativa, um gesto de indiferença, um olhar de
reprovação, um golpe no corpo são formas de rejeição capazes de
matar o outro, no sentido que o impede de viver de fato.
Precisamos cuidar de nossas atitudes, para que não sejam assas-
sinas. Quando a percepção de que somos rejeitados nos alcança,
precisamos reconhecer que as pessoas são capazes de nos rejeitar,
sem que nada tenhamos feito.
Precisamos parar de depender da aprovação dos outros, que nos
julgam pela forma que falamos, andamos ou nos vestimos.
Precisar corajosamente confiar que Deus nos ama e nos aprova.
EM TEMPO: Precisamos também refletir sobre se não fizemos o
mesmo com os outros, rejeitando-os.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 65.9-13 e 1Reis 15 a 17
“Cuidas da terra e a regas; fartamente a enriqueces. Os riachos de
Deus transbordam para que nunca falte o trigo, pois assim ordenaste”.
(Salmo 65.9)
MAIO
15 espiritual onde crescem flores para hoje
e sementes para amanhã.
Dennis e Barbara Rainey
Vivam as diferenças!
(Dia Mundial das Famílias)
A vida familiar é quando todos se esforçam para torná-la saudável.
No entanto, quando os corações que a integram, por falta do amor
de Deus, colocam a satisfação dos seus desejos como os fins supre-
mos das suas vidas, o resultado é a fragilização do vínculo familiar.
A razão é simples: nossos desejos, como aprendemos na Bíblia, es-
tão contaminados com o pecado.”O coração é mais enganoso que
qualquer outra coisa e sua doença é incurável” (Jeremias 17.9).
Quando o coração, isto é, os desejos que dele nascem, se constitui
no fundamento da casa, cada um só vê o seu bem-estar, os seus
projetos, os seus sonhos. As prioridades na família não são as mes-
mas, quando as há. O egoísmo mata o amor; o egoísmo inviabiliza
o convívio. O egoísta só olha numa direção: para si mesmo. O ego-
ísta não se relaciona: ele usa os outros. O egoísta ama apenas a si
mesmo. O egoísta não vive realmente em família. Quando os de-
sejos pessoais prevalecem, os familiares não conseguem conviver
com as suas diferenças. Elas passam a ser vistas como impeditivas
ao relacionamento, quando devem ser vistas como desafios, jamais
como impedimento.
Reconhecer, valorizar e cultivar as diferenças são os verbos que
permitem a boa vida familiar.
Não faltam diferenças, de gostos, de hábitos, de estilos, de tem-
peramentos. Uns gostam de música clássica, outros de reggae. Uns
se deliciam às noites, outros preferem as luzes do sol. Uns vão di-
reto ao ponto, outros fazem circunlóquios. Uns são calados, outros
são falantes. Essas diferenças não são para estilhaçar os relaciona-
mentos mas para fortalecê-los.
Vamos valorizar e cultivar as diferenças em casa?
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 66.1-15 e 1Reis 18 a 19
“Como é grande a colheita que vem da tua bondade! Por onde passas,
há fartura”. (Salmo 65.11)
MAIO
16 que os escultores enfiam no meio do barro;
ela sustém, é uma força!
Honoré de Balzac
O que fazemos
com as nossas forças
Com nossas forças e fraquezas nós realizamos o que nós realiza-
mos ou deixamos de realizar o que deveríamos.
O que fazer, então, com as nossas forças? Às vezes, podemos
estar enganados e aquilo que nos parece ser uma força pode ser
uma fraqueza. Por exemplo, alguém pode achar que é uma força ser
rápido na tomada de decisões, não ser indeciso, ser firme. Mas em
alguns momentos essa força pode ser uma fraqueza.
Não podemos esquecer que as nossas forças não podem ser usa-
das para oprimir as outras pessoas, para ferir as outras pessoas.
Por exemplo, estudamos muito, alcançamos graus elevados na car-
reira acadêmica, lemos muito. Não podemos usar o nosso conhe-
cimento para humilhar as outras pessoas, mas, antes, para tornar
melhores as outras pessoas também.
Devemos, portanto, colocar as nossas forças a serviço das vitó-
rias que queremos alcançar; são para isto que elas existem. Pode-
ríamos até dizer que, para tal, nos foram dadas por Deus. Logo,
devemos usar as nossas forças com o sentimento de gratidão a
Deus, que no-las deu.
Se nós queremos realmente vencer, com as forças que temos,
precisamos de disposição para usar.
Nossas forças, para funcionarem, precisam da força da disposição
e sobretudo força da disciplina. Precisamos nos disciplinar, nos or-
ganizar ou mesmo reorganizar as nossas vidas, para que as nossas
forças sejam bem usadas e redundem nas vitórias que queremos.
Sim, nós temos forças, forças para realizar, forças para vencer,
forças para triunfar. Usemos bem as nossas forças no dia de hoje.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 66.16-20 e 1Reis 20 a 22
“Eu louvo a Deus porque ele não deixou de ouvir a minha oração e nun-
ca me negou o seu amor”. (Salmo 66.20)
MAIO
17 é a coisa mais importante.
John Wooden
Em dia com as
oportunidades
Em meio às nossas forças e fraquezas, nós nos encontramos com
oportunidades, que nos fazem ir além de nossas fraquezas e pôr
em destaque as nossas forças.
É uma boa oportunidade a herança que recebemos, seja uma for-
mação emocional, moral e espiritual sólida, seja uma empresa para
tocar, uma ideia para viver. Devemos ver como oportunidades as
mãos que nos mostram a avenida depois do beco ou os livros que
nos abrem horizontes que antes não vislumbrávamos.
Oportunidades são ideias que ninguém teve antes de nós e com
as quais podemos compor músicas ou abrir negócios.
As oportunidades podem ser grandes, mas começam pequenas,
razão pela qual algumas pessoas param no tempo porque não ima-
ginam o tempo adiante. As oportunidades podem ser até eventos
que nos expulsam da bolsa da sombra da tranquilidade e nos fazem
colocar a mochila às costas e partir, rumo, por vezes, ao desconheci-
do, como aconteceu com Abraão quando era Abrão e morava em Ur.
Oportunidades são desejos de mudar o mundo. Se recebemos
oportunidades, devemos torná-las nossas e agradecer, vibrando com
os olhos. Se criamos oportunidades, devemos nos colocar em ação
com corações agradecidos a Deus, que é um sentimento próprio dos
que confiam. Com as oportunidades nas mãos, devemos organizar
nossas vidas para não desistir, até realizá-las, uma a uma.
Só assim transformaremos as oportunidades em realizações, mui-
to além dos desejos, em que muitos podemos ficar. Com todas as le-
tras digamos: quem tem uma oportunidade e não a realiza fracassou.
Diferentemente, quando vencemos, realizando as oportunida-
des, devemos mirar novas oportunidades. Elas fazem nossas vidas
vibrar e brilhar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 67; 2Reis 1 a 3 e Obadias 1
“Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplande-
cer o seu rosto sobre nós”. (Salmo 67.1)
MAIO
18 na direção de criar mais violência.
Margaret J. Wheatley
Deus, nosso
modelo de justiça
Entre as virtudes de Deus está a justiça.
Ele trata a todos igualmente. Não aceita propina para dar razão
ao culpado. Ele se põe ao lado dos mais fracos.
No Antigo Testamento, os fracos eram sobretudo os órfãos, as
viúvas e os estrangeiros. Nos nossos dias, ainda vemos crianças
dormindo nas ruas das cidades médias e grandes. Nos grandes cen-
tros, migrantes vindos de cidades ou países mais pobres ainda são
submetidos a trabalhos semelhantes à escravidão.
Pela Bíblia toda ressoa o louvor a Deus como sendo o Senhor
da justiça. Mais ainda, pela Bíblia toda somos convidados a amar
os órfãos, as viúvas e os estrangeiros. Deus ama a essas pessoas.
Quando as amamos também, nós refletimos o amor de Deus.
Quando lemos a Bíblia toda, vemos que o amor de Deus é sempre
concreto, nunca apenas de palavras. É assim que devemos amar.
Deus é o Deus da justiça. Para os órfãos, Ele é um pai. Para as
viúvas, Ele é um advogado.
A injustiça no mundo é um desafio à bondade de Deus.
Deus é o Deus da solidariedade. Para os solitários, Ele providen-
cia uma família. Para os presos arrependidos, Ele indica um cami-
nho de vida. A solidão dos seus filhos é um desafio à bondade de
Deus. Aqueles que têm experimentado estas verdades, temos o de-
safio de sermos corpos de Deus para que a sua bondade saia do céu
e se espalhe pela terra.
Ao narrar sua história de conversão, uma senhora deu o seguinte
testemunho: — Aqui eu encontrei uma família.
Ela se referia a uma igreja. Toda igreja deve ser assim.
Toda família deve ser assim.
MAIO
19 problemas de hoje. As misericórdias de amanhã
serão para os problemas de amanhã.
Ray Pritchard
MAIO
20 para nossas vidas e, por sua graça, nos
tornarmos o que Ele nos chamou para ser.
Neil Anderson
MAIO
21 do que seja a verdadeira felicidade. Ela não é
alcançada através da autogratificação mas
através da fidelidade a um propósito digno.
Helen Adams Keller
O apito do juiz
A tecnologia nos distrai, como se ela estivesse construindo uma
nova terra, em que tudo funcione perfeitamente.
O dinheiro nos entusiasma, como se pudéssemos comprar com
ele o sentido da vida.
O poder nos seduz, como se, com ele, pudéssemos fazer tudo o
que devemos.
A tecnologia de ponta hoje será sucata amanhã.
O dinheiro volumoso hoje pode virar notas sem valor amanhã.
A fama brilha hoje mas amanhã pode estar encoberta pelo pó
num túmulo.
Quem tem poder hoje pode ser substituído amanhã.
O único que subsiste, e para sempre, é o nosso Deus.
Nossas vidas podem estar arrasadas hoje como Jerusalém ao
tempo do profeta Zacarias, mas Deus as reconstruirá.
Quando Ele apitar o final de uma vida, vai começar uma nova.
Quando deixar o campo, chamará os que creem nele para uma vida
feliz junto com Ele. Iremos?
Esta é a resposta que cada um precisa dar para si mesmo.
Jesus Cristo veio para nos mostrar o caminho para uma vida
feliz aqui e na eternidade. Ele mesmo abriu o caminho. “Não há
outro meio de ir” — como diz uma antiga canção.
Jesus Cristo já foi na frente preparar nossa casa final e agora
espera por nós. Iremos?
De todas as perguntas, esta é a mais importante.
De todas as certezas, a melhor é ter a certeza que vamos, não por
nossos méritos, mas por causa da graça de Deus, que mantém o
convite enquanto estamos vivos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 68.20-31 e Jonas 1 a 4
“A favor de vocês, manifeste Deus o seu poder! Mostra, ó Deus, o poder
que já tens operado para conosco”. (Salmo 68.28)
MAIO
22 mais bonita e preciosa da alma.
Ludovicus Blosius
MAIO
23 habilidades ou melhores oportunidades.
Precisamos usar o que temos.
Basil W. Walsh
Ajustando o relógio
Orar é entregar o nosso problema a Deus. Podemos entregá-lo de
verdade ou podemos fazer de conta que o entregamos.
Quando não entregamos de verdade, controlamos. Fazemos
como aquela pessoa que, tendo uma aplicação financeira, todo dia
confere para ver quanto ganhou. Quando não entregamos, marca-
mos as horas para a resposta, como se entendêssemos melhor de
calendário do que Deus. Quando entregamos, descansamos.
Dizemos a Deus:
— Quando quiseres responder, está ótimo. Tu sabes das coisas.
Orar e entregar é um ato duplo de fé. Por si só, orar demanda
fé. Entregar também demanda fé. Como vamos confiar, se a hora
do vencimento do boleto se aproxima e não temos dinheiro para
quitá-lo? Como vamos confiar, se a hora da programada cirurgia
se aproxima e o risco tem que ser corrido? Como vamos confiar, se
sempre confiamos em nós mesmos e em mais ninguém?
Também nessas horas, temos que orar, dizendo que esperaremos
pelo relógio de Deus.
O profeta Elias conheceu bem este relógio. Numa situação de
grande adversidade, Deus prometeu que mandaria chuva. Elias en-
viou o seu secretário para se aproximar do mar Mediterrâneo e ver
se vinham nuvens. Na segunda vez, não havia qualquer sinal. Na
terceira, uma nesga mínima de nuvem se formava no alto. Elias per-
cebeu que o tempo da resposta de Deus se avizinhava. Para espanto
do secretário, ele o enviou a dizer ao povo que iria chover. Na hora
marcada no calendário de Deus, choveu. Elias confiou no Deus do
calendário, sem se apressar, porque ele confiava.
O relógio de Elias era o relógio da confiança em Deus. A confian-
ça em Deus sincroniza o nosso relógio com o dele.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 69.1-7 e Amós 4 a 6
“Ó SENHOR, Deus Todo-Poderoso, não deixes que aqueles que con-
fiam em ti passem vergonha por causa de mim”. (Salmo 69.6b)
MAIO
24 para testar a integridade de um homem.
William Scott Downey
Contra a solidão
Por vezes, nós, seres humanos, queremos fazer as coisas sozinhos.
Não conseguimos. Precisamos uns dos outros.
Deus, por sua vez, que realmente poderia fazer tudo sozinho,
procura parceiros.
Deus busca homens e mulheres que orem para terem seus pró-
prios corações cheios do próprio Deus, para que desejem o que é
bom, perfeito e agradável. Deus busca homens e mulheres que
anunciem que Ele está pronto a perdoar.
Deus busca homens e mulheres que vivam no compasso da sua
extraordinária graça. Deus busca homens e mulheres que amem a
justiça como Ele ama e se ponham prontos para promover a paz.
Deus busca homens e mulheres que ainda se indignem diante da
desigualdade, que faz tantas vítimas, perto e longe.
Deus procura parceiros.
Se olhar para nós, Deus verá que somos seus parceiros?
Estamos nós empenhados realmente em ser pessoas melhores?
Estamos nós envolvidos na construção de um mundo melhor?
Estamos nós interessados em viver do modo como Deus deseja?
Queremos gastar o dinheiro que ganhamos do modo que Deus
quer?
Queremos olhar para as pessoas do mesmo modo que Deus olha?
Muitas vezes, vamos a Deus não para pedir por outras pessoas,
mas por nós mesmos. Muitas vezes, oramos, não para que Deus
faça a sua vontade, mas execute expressamente a nossa. Muitas ve-
zes, queremos que Deus seja o nosso parceiro, sem que queiramos
ser parceiros dele.
Deus nos chamou para sermos seus colaboradores. Ele quer restau-
rar o mundo e procura por pessoas que queiram trabalhar nesta causa.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 69.8-14 e Amós 7 a 9
“Porém eu, ó SENHOR Deus, faço a minha oração a ti. Ó Deus, respon-
de-me quando achares por bem, pois me amas muito! Salva-me como
prometeste”. (Salmo 69.13)
MAIO
25 do que ficar cego pela prosperidade.
João Calvino
MAIO
26 as alegrias da vida. Talvez possamos tentar
arrolar as bênçãos de cada dia. Devemos começar,
mas nunca vamos terminar. Não há caneta
ou papel suficientes no mundo inteiro.
George A. Buttrick
Receber é uma
forma de agradecer
A família (o casal e seus dois filhos adolescentes) assentou-se à
mesa para receber os convidados. Esperou-os, embora fosse tarde.
Os convidados vinham de longe. Estavam na cidade a trabalho.
Chegaram e pediram os pratos. O casal tirava fotos e elogiava os
convidados recentes cujos nomes eram mencionados com prazer.
No meio do jantar, a menina se vira para um dos convidados e
dispara a seguinte pergunta:
— Quando serão as suas férias? Se forem demorar muito, eu
mesma vou ligar para o seu chefe para lhe dar férias logo, para você
passar uns dias lá em casa.
Diante do espanto do outro convidado, o pai, acompanhado pelos
ouvidos alegres da esposa, foi arrolando os nomes das pessoas que
eram amigas dela. Os olhos da filha brilhavam diante dos nomes.
Naquele mesmo dia, seu pai tinha deixado de lado os compro-
missos da manhã e da tarde para conduzir os amigos pela cidade.
Receber com alegria os convidados era a forma que aquela fa-
mília tinha para agradecer a Deus pelas vida que tinham e pelos
amigos com que podiam desfrutar os presentes de Deus.
O gesto da menina à mesa evidencia que a atmosfera de gratidão
dos pais se tornou o ar que os filhos respiravam.
Cada um de nós, seja filho ou pai ou irmão, pode contribuir para
que o ar respirado em casa seja de gratidão.
Nosso ambiente de trabalho também pode respirar o prazer do
encontro, a cada dia.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 69.18-29 e Oseias 4 a 6
“Eu estou sofrendo, desesperado; ó Deus, levanta-me e salva-me!”.
(Salmo 69.29)
MAIO
27 que grandes coisas planejadas.
Peter Marshall
Os realizadores
Quando olhamos para as histórias empreendedoras, escritas al-
gumas por nós mesmos, vemos algumas atitudes comuns, umas
aprendidas de forma inesperada.
Uma história de sucesso começa com o desejo de mudar a própria
história. Um menino pobre de Fortaleza decidiu mudar a sua vida
procurando emprego. Encontrando-o numa loja, precisou, roupa ras-
gada, subir numa árvore para destrançar uns fios. Tendo deixado a
sandália arrebentada sobre um tambor que lhe servia de escada, viu
do alto passar um homem e levar a sua sandália. Naquele momento,
ele decidiu que não iria calçar as sandálias dos outros e seria um em-
preendedor. Anos depois, tornou-se um empresário de livros, com
várias lojas. A primeira dela começou no quarto do filho pequeno.
Uma história de sucesso inclui a observação das coisas que os
outros fazem e como as fazem. Nesse momento nasce o desejo de
fazer igual, ao agregar um elemento que faça diferença no negócio
ou na missão. Quem aprende faz bem. Quem se basta a si mesmo,
apenas se repete e quem se repete fica onde chegou.
Uma história de sucesso se escreve com um sentido de missão. A
certeza da relevância gera perseverança, que enfrenta adversidades,
atravessa rios, supera aflições, sobe montanhas, vira noites, dribla
obstáculos, ignora incompreensões, não teme os cenários som-
brios, para seguir sempre em frente. Há uma missão que precisa
ser cumprida... e será cumprida. Uma história de sucesso é marcada
pela gratidão. Todo sucesso se estabelece sobre vários ombros. O
bom empreendedor é grato a Deus pelos sonhos e pelas orienta-
ções que recebeu. O bom empreendedor sabe que não é uma ilha,
mas um arquipélago. O bom empreendedor não é amargo, embora
firme; pode ser sério, mas não rude; líder, reconhece o esforço da-
queles que construíram com Ele uma história coletiva de sucesso.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 69.30-36 e Oseias 7 a 10
“Louvarei a Deus com uma canção; anunciarei com gratidão a sua
grandeza”. (Salmo 69.30)
MAIO
28 Samuel Rutherford
Graça é brisa
que vence o vendaval
A graça de Deus nos basta porque é certeza de vida, mesmo que
nossos ossos estejam virando pó. A graça de Deus faz o pó acordar,
se ajuntar e se levantar, trazendo a vida de volta.
A graça de Deus é companhia constante, mesmo naqueles lu-
gares que imaginamos Deus não poderia estar, mas está, em sua
discreta e poderosa majestade. O poder de Deus pode ser ruidoso
como um trovão e suave como um assobio distante.
A graça de Deus é braço que nos aponta feliz um futuro diferente
do presente. Enquanto temos esperança, ficamos firmes. É por isto
que a graça nos põe foco, ao nos dizer que Deus é infinitamente
poderoso para fazer mais do que imaginamos.
A graça de Deus é sopro soprando vida onde a decepção tornou-
se uma caveira que nos contempla. A alegria que se foi pode ser
alegria que volta, porque a graça é Deus sorrindo, embora só te-
nhamos soluços nos lábios.
A graça de Deus é força para nos ajudar a resistir à fraqueza, para
então nos permitir fugir da fraqueza.
A graça de Deus é milagre que nos tira do fundo do poço. Mesmo
que tenham fechado o poço com uma rocha, a graça de Deus man-
da: “Tirem a pedra!”.
A graça de Deus é muro onde podemos nos firmar, na certeza
de que o muro está ali e estará ali, firme sempre, sempre firme. A
graça pode ser a voz de um amigo (“estou aqui”) ou uma melodia do
céu, que encanta nossos ouvidos e nos reanima.
A graça de Deus é palavra de consolo, mesmo que a desolação
pareça o único cenário. A graça é como uma ressurreição. A graça
de Deus é presença em forma de brisa que vence o vendaval.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 70 e Oseias 11 a 14
“Eu sou pobre e necessitado; vem depressa em meu auxílio, ó Deus. Tu
és a minha ajuda e o meu libertador; não te demores em me socorrer, ó
SENHOR Deus!”. ( Salmo 70.5)
MAIO
29 Blaise Pascal
MAIO
30 Deus já estava olhando para nós.
John Stott
“Deus é fiel”
A frase (“Deus é fiel”), retirada da Bíblia, está presente em mui-
tos lugares, sobretudo como dizeres colocados como adesivos nos
móveis e automóveis ou mesmo inscritos nas pedras ao longo das
estradas. Vem da Bíblia, onde lemos:
“Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do
que podem suportar. Mas, quando forem tentados, Ele mesmo
lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1
Coríntios 10.13).
Sim, Deus é fiel e esta certeza nos deve animar para a vida. Por
sua fidelidade, Ele mantém “a aliança e a bondade por mil gerações
daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos” (Deu-
teronômio 7.9).
Devemos nos agarrar a esta certeza.
Com o mesmo vigor, devemos nos empenhar em ser fiéis para
com Deus.
Se é verdade que a fidelidade de Deus é unilateral, o que nos en-
che de alegria, não devemos banalizar esta fidelidade, como se fos-
se uma frase mágica.
A fidelidade de Deus é uma promessa sublime e deve nos servir
como uma bandeira, bandeira que nos indica a nossa identidade
(amados por Deus) e aponta para o cuidado dele para conosco. Ao
mesmo tempo, esta bandeira, sob a qual nos sentimos seguros, nos
deve inspirar a viver de modo digno dela.
Não podemos ser fiéis como Deus é, mas devemos desejar ser
fiéis para com Ele e para com as pessoas com as quais convivemos.
Nossa fidelidade deve refletir a fidelidade de Deus.
Deus é fiel.
“Senhor, ajuda-nos a ser fiéis” — eis como devemos orar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 71.6-14 e 2Reis 19 a 23
“Toda a minha vida tenho me apoiado em ti; desde o meu nascimento
tu tens me protegido. Eu sempre te louvarei”. (Salmo 71.6)
MAIO
31 se sempre caminhar na ponta dos pé.
Leymath Gbowee
Mãe honrada
Aconteceu na China do século 21. Uma mulher chegou numa casa
habitada por mulheres, mulheres tiradas das situações de risco,
mulheres que estudavam para servir em suas comunidades.
Então, chegou uma mulher. Estava encurvada pelo sofrimento.
O que viria pedir? Ela não viera pedir nada.
Viera trazer uma oferta. Na verdade, viera trazer tudo o que ti-
nha. Era o dinheiro guardado durante toda a sua vida.
Quando ela soube que havia um lugar em que as mulheres eram
respeitadas, ela decidira entregar seus bens todos para esta casa.
Seus bens todos cabiam numa pequena bolsa de mulher.
Não tinha família, mas tinha um desejo muito grande de fazer
algo bom. Por isto, quis levar todo o seu dinheiro, que não era mui-
to, para doar. Dava para comprar alguns vestidos.
Entregou a sua oferta e estava pronta para partir. O missionário lhe
disse para ficar um pouco mais. Ela ficou. No diante seguinte, também
ficou. Foi continuando. Acabou se tornando conselheira das mulhe-
res mais jovens, que lhe deram o nome de La Oma (mãe honrada).
Para as outras mulheres, La Oma era a mãe que Deus lhes man-
dou para lhes ensinar a ser felizes.
Ela tinha tão pouco, mas lhes deixou tudo o que tinha.
Ela tinha Deus e quem convivia com ela via Deus.
Por vezes, imaginamos que podemos fazer muito se temos mui-
to. Por vezes, imaginamos que podemos receber muito de quem
tem muito. Sabemos que estamos errados, mas persistimos no mo-
delo. Por isto, queremos ter amigos fortes, famosos e poderosos.
Eles nos tiram mais do que dão, na verdade.
Como aquela mãe honrada, que seguiu o exemplo da viúva po-
bre, cuja história está nos evangelhos, podemos fazer muito com o
pouco que temos, se tivermos a mesma disposição.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 71.15-18 e 2Reis 24 a 26
“Anunciarei que tu és fiel; o dia inteiro falarei da tua salvação, embora
não seja capaz de entendê-la”. (Salmo 71.15)
JUNHO
1 quando a Graça dança, eu devo dançar.
W.H. Auden
JUNHO
2 para aqueles que são oprimidos e vitimizados, a
misericórdia que estendemos para aqueles que
necessitam de bens materiais ou conforto espiritual
e a fidelidade que demonstramos nos nossos
relacionamentos são os testes reais do que a nossa fé
é, não o quanto mantemos as regras.
Robin Chaddock
JUNHO
3 qual o futuro invade nossas vidas.
Alvin Toffler
Os capítulos que
escrevemos
Sabemos um pouco sobre o nosso nascimento, pelas fotos, se fo-
ram feitas e guardadas; ou pelos relatos, se nos são feitos. Nas-
cemos antes junto com os padrões de nossas famílias. Antes de
nascermos já tínhamos a propensão para uma doença ou estáva-
mos marcados para a força; dezenas de anos antes da palmadinha
primordial nas nádegas, estava inscrito como andaríamos; o modo
como nossos pais tratavam o dinheiro já era o nosso jeito de nos
relacionar com o meio de pagar ou ser feliz; o jeito como nossos
avós enfrentavam os seus desafios nós o reproduzimos.
Então, com pompa e circunstância, nascemos, tendo diante de
nós três alternativas, entre outras: carimbamos tudo como sendo
a nossa vida, nos recusamos a receber as heranças todas ou vamos
fazendo mudanças no roteiro.
Precisamos tomar consciência da vida que somos. Em nossa sin-
gularidade, carregamos traços que nos precedem e vamos fazendo
marcas que nos acompanham. Não somos apenas resto de fumaça,
porque podemos ser fogo. Não somos apenas papel amassado, por-
que podemos ser folha nova. Não somos laranja bichada, porque
podemos ser produto limpo. Não somos gado no quintal, porque
podemos ser o vaqueiro.
Diante das heranças (de ontem) e das influências (de hoje), ao
som dos embates do momento, vamos dando contorno aos nossos
músculos. A história que escrevemos é a nossa história. Talvez não
peguemos do primeiro capítulo, mas temos o poder de mudar o
enredo e preparar a capa do romance da nossa existência.
Nossa história será a que fizermos dela. Não estamos condenados
a repetir o passado ou a fazer o que todo mundo faz. Fomos feitos
por Deus para vidas plenas e não podemos aceitar senão a plenitude.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 72.11-20 e João 7 a 8
“Louvem para sempre o seu nome glorioso, e que a sua glória encha o
mundo inteiro! Amém! Amém!”. (Salmo 72.19)
JUNHO
4 as promessas de Deus continuam verdadeiras.
Bruce Carroll
JUNHO
5 e não faz, você já escolheu.
William James
JUNHO
6 que a vida te impõe e mesmo assim ter esperança.
Ser realmente feliz é ter Cristo na vida,
pois sem Ele é impossível a felicidade.
Mônica A. Abreu de Brito
JUNHO
7 Esta é a escolha contínua.
John C. Maxwell
Nossas escolhas
Não há criatividade no pecado. Geralmente, pecamos do mesmo
modo. Muitas vezes, pecamos como nossos pais pecaram.
A aprendizagem tem um poder maior do que admitimos.
Um pai mentiroso será um exemplo na história na vida do seu
filho.
O comportamento de um pai violento estará presente na atitude
dos seus filhos.
A infidelidade, seja a Deus, seja ao cônjuge, pode ser a prática
dos filhos.
Pais desorganizados tendem a ter filhos indisciplinados.
O vício pode, muitas vezes, ser herdado.
Os filhos, no entanto, precisam saber que as consequências dos
seus gestos, mesmo os aprendidos, recairão sobre eles, não sobre
os seus pais. Suas vidas lhes pertencem.
Assim, precisamos saber que não estamos obrigados a cometer
os mesmos pecados dos nossos pais.
Podemos escolher outros caminhos.
Se nossos pais eram mentirosos, podemos ser verdadeiros.
Se nossos pais eram violentos, podemos ser pessoas de paz, em
casa e na rua.
Se nossos pais eram infiéis, podemos escolher a fidelidade como
nosso alvo.
Se nossos pais eram desorganizados, sem horário, atrasando os
compromissos e as contas, nós podemos ser pessoas organizadas.
Se nossos pais tinham algum vício, podemos passar longe de
qualquer um deles.
Qual a nossa escolha?
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 74.1-3 e João 15 a 17
“Lembra do teu povo, que há tanto tempo escolheste para ser teu e que
livraste da escravidão para ser a tua própria gente” (Salmo 74.2)
JUNHO
8 e a segurança do que a interrogação.
Interrogação que é conhecimento, que é pôr
em questão, que é imaginação e descoberta e que,
com tudo isto, é caminho de verdade e liberdade.
António Alçada Baptista
JUNHO
9 orar para obter mais do próprio Deus, suas súplicas
soarão mais como as manhas de um pirralho mimado
que com os pedidos de uma criança dependente.
Larry Crabb
JUNHO
10 importante em nossa vida pensa que seremos.
Pense o melhor, creia o melhor e fale o melhor dos
outros. Sua afirmação não somente o tornará mais
interessante para as pessoas, como será parte
integrante do desenvolvimento pessoal delas
John C. Maxwell
A arte de elogiar
A verdadeira beleza de uma pessoa não está nela; está em quem a
ama.
Quem ama vê beleza onde alguns não veem, força que alguns
não percebem, saúde embora todos vejam doença, futuro que nem
todos enxergam.
Quem ama admira a quem ama.
Esse é um dos testes do amor conjugal.
Se o nosso cônjuge tem mais defeitos do que qualidades, o nosso
amor está morrendo. Nesse caso, é preciso que reflitamos um pou-
co: quando a balança começou a pesar mais para a crítica e menos
para o elogio? Esse cuidado é essencial. Se a nossa amargura domi-
nar nosso relacionamento conjugal, dentro de pouco tempo não
haverá mais casamento verdadeiro.
Precisamos de um olhar sempre apaixonado, de um modo positi-
vo de ver nosso querido ou querida. Isto não quer dizer que ele/ela
não tenha problemas, mas que, juntos, vamos superá-los.
A convivência conjugal nos torna melhores. Nós, maridos, so-
mos influenciadas por nossas esposas. Nós, esposas, somos in-
fluenciados por nossos maridos.
A reciprocidade é o jardim em que o amor cresce.
A falta de admiração mútua é a lama onde o amor afunda.
Continuemos admirando o cônjuge que Deus nos deu para amar.
Casais que se admiram não se separam.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 75.1-6 e Cântico dos Cânticos 1 a 3
“Damos-te graças, ó Deus, damos-te graças, pois perto está o teu
nome; todos falam dos teus feitos maravilhosos”. (Salmo 75.1)
JUNHO
11 guardei a minha no bolso. E fui.
Clarice Lispector
Amar é cuidar
Amar é acompanhar o cônjuge ao médico, mesmo que tenha que
cancelar todos os outros compromissos.
Amar é levar o café na cama, se isto agrada ao outro.
Amar é defender o cônjuge dos perigos potenciais e reais da vida.
Amar é fazer uma coisa desagradável desde que seja agradável
para o seu querido.
No livro de Cantares (ou Cântico dos Cânticos), todo ele dedi-
cado ao prazer da vida conjugal, o casamento é apresentado como
o tempo em que aparecem as flores na terra. Com ele, acabou o
inverno da espera. Chegou o tempo em que o casal estará junto
sem separação. É o tempo das flores, que embelezam o ambiente e
lembra que é tempo de viver.
As flores não ficam vivas e coloridas para sempre, a menos que as
reguemos e cultivemos. A vida conjugal é para ser cultivada.
A tarefa dos cônjuges é cuidar para que as raposas não venham
colher o que não plantaram. Os cônjuges devem cuidar para que
elas não lhes furtem a vida.
Para isto, cada um deve pastorear o outro. Pastorear é cuidar um
do outro como uma missão desenvolvida a serviço de Deus. Cada
cônjuge deve desenvolver a vida espiritual do outro. A pessoa ama-
da deve ser vista como alguém que deve ser levada à presença de
Deus.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 75.7-10 e Cântico dos Cânticos 4 a 6
“Quanto a mim, para sempre anunciarei essas coisas; cantarei louvo-
res ao Deus de Jacó”. (Salmo 75.9)
JUNHO
12 necessita de agendas porque a gente não esquece.
O que a memória ama fica eterno.
Adélia Prado
JUNHO
13 todo o conteúdo do nosso coração, joio e trigo juntos,
sabendo que as mãos gentis peneirarão, guardando o
que é de valor e soprando o resto com gentileza.
Dick Innes)
Fiéis e companheiros
Houve um dia, mais provavelmente uma noite, em que, ao nos ca-
sarmos, fizemos livremente votos um para o outro.
Talvez tenhamos dito que seriamos fiéis. Talvez tenhamos afir-
mado que seríamos companheiros.
Por isto, trocamos alianças. Estavam na mão direita e aterrissa-
ram na esquerda. Essas alianças gravaram os compromissos.
Neste poema, a mulher quer o seu nome gravado no coração do
marido. Ela quer também o seu nome no anel que está na mão dele.
Ela está falando dos dois pilares do casamento: a fidelidade e o
companheirismo.
Um nome gravado no coração não pode ser apagado. Foi um ato
voluntário. Uma vez inscrito o nome dentro do coração, não tem
como ser arrancado, a não ser com muita violência. Gravar o nome
no coração do cônjuge é para sempre. Gravar no coração o nome é
um compromisso de permanente fidelidade, mesmo que venham
os conflitos, as dores e as tentações.
Gravar no anel o nome é um compromisso de companheirismo.
A aliança tem gravado o nome do companheiro. Onde estiver, ele
verá aquele nome e se lembrará.
O companheirismo é para as horas boas, dos passeios, dos suces-
sos, mas é também para as horas duras, quando nada parece valer a
pena, mas um ajuda o outro e ambos são fortes. O companheirismo
é fonte de prazer. Nós nos casamos para ser companheiros e não po-
demos permitir que os caminhos da vida nos afastem um do outro.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 76.5-12 e Cântico dos Cânticos 7 a 8
“Faça ao Eterno o que você disse que faria — afinal de contas, ele é
seu Deus. Que todos na cidade tragam ofertas ao Único que Vê cada
movimento nosso. Ninguém passa despercebido, ninguém brinca com
ele”. (Salmo 76.11-12)
JUNHO
14 em algum lugar entre a dor e a catástrofe.
Henry Cloud e John Townsend
JUNHO
15 pai terreno que falhou, há uma promessa de um Pai
celestial que não falha, que não pode falhar.
Ed Young
O futuro da imaginação
Futuro é imaginação. Imaginando o futuro, decidimos. Decidimos
para definir o futuro. A incerteza, portanto, é o nosso inescapável
território. Não podemos ter certeza se seremos felizes em nossas
escolhas, mas temos que fazê-las. Dizer “sim” é decidir. Afirmar
“não” é determinar. Murmurar “não sei” é escolher.
Agimos bem quando imaginamos bem. Imaginamos bem quan-
do unimos poesia (mesmo que sem palavras) e humildade. Quan-
do imaginamos bem, pensamos sons bonitos, escutamos imagens
coloridas, modelamos cenários felizes. Quando pensamos com
humildade, reconhecemos que, no caminho, talvez tenhamos que
recalcular a rota. Reimaginaremos, novamente com humildade.
A força da humildade não pode ser maior que o poder da imagi-
nação. A força da humildade está em nos mostrar que não precisa-
mos transformar sozinhos o sonho em realidade. Podemos crer em
Deus como amigo na jornada.
Para muitos, o problema é que fé também é imaginação. Se, para
se realizarem, admitem o poder da imaginação em todas as áreas
da vida, no capítulo da fé querem certezas materializadas. Perdem
estes o poder da fé.
Faz bem à razão imaginar que Deus está presente. Podemos vê-lo,
seja de mãos dadas conosco ou com os braços abertos no alto da mon-
tanha onde nos espera. Podemos notar suas pegadas no chão para
facilitar nosso percurso, sentir seu calor nas horas sombrias, perceber
seus músculos levantando obstáculos humanamente intransponí-
veis, escutar sua instrução para a tomada de decisões sábias.
A fé se robustece nas experiências já vividas, mas se alimenta da
imaginação corajosa.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 77.7-11 e Isaías 6 e Isaías 1 a 2
“Lembrar-me-ei, pois, das obras do SENHOR; certamente que me lem-
brarei das tuas maravilhas da antiguidade”. (Salmo 77.11)
JUNHO
16 aprendizado. Não investem tempo para aprender.
Hernandes Dias Lopes
JUNHO
17 nossas decisões nos cercam e nos fazem.
Francis William Boreham
Antes de decidir
Você recebeu um desafio.
Se a ideia é moralmente aprovada, você precisa fazer três per-
guntas, antes de decidir se vai aceitar ou recusar o convite:
1. Você quer?
Pode ser apresentar um estudo num congresso, escrever um li-
vro, colaborar regularmente para um veículo de comunicação.
Pode ser liderar uma equipe, mudar de emprego, trocar de cidade.
Pode ser fazer uma viagem internacional.
Pode ser prestar um concurso.
Você quer?
2. Você é capaz?
Você é capaz, se se dedica. Você é capaz, se estuda e pesquisa. Você
é capaz, se busca ajuda. Você é capaz, se está disposto a aprender.
Você é capaz?
3. Você está disposto a pagar o preço?
Neste processo, você não pode se esquecer que o novo desafio
cobra um preço. Você vai ter que reorganizar a sua vida. Vai ter que
encontrar mais tempo, o que implica em deixar de fazer algumas
coisas. Vai ter que aprender a fazer coisas que nunca executou.
JUNHO
18 Paul Tillich
JUNHO
19 não desanime de você.
C.C. Crafton
Quando o desânimo
parece até que vai vencer
Os desanimados são cansados que, por razões diferentes, tendem a
se curvar sob o peso ameaçador da desesperança.
Ele está desanimado porque as energias gastas estavam acima
das reservas. Ela está desanimada porque as frustrações foram se
acumulando, tentativas após tentativas.
Este está desanimado porque há um déficit crônico de saúde emo-
cional e qualquer esforço lhe drena as forças para o ralo do nada.
Esta está desanimada porque o tempo de espera para que suas
orações sejam respondidas por Deus já se esgotou.
Os desanimados precisam respirar e guardar energia porque a
vida pode enviar telegramas convocando para novas lutas. E o car-
teiro pode chegar a qualquer momento.
Os desanimados podem gritar, com todas as suas forças: “Se-
nhor, estou cansado”. Ele ouve. Ele renova as forças dos cansados
para que continuem lutando.
Os desanimados devem buscar atividades e desenvolver atitudes
que contribuam para que sua taxa de confiança em Deus aumente
em níveis capazes de lançar a paz para o interior de suas vidas.
Os desanimados farão bem se, como o rei Salomão da Bíblia, não
pedirem as soluções que precisam, mas rogarem a Deus sabedoria
para ver, agir e viver.
Os desanimados — pode ser — talvez precisem da coragem para
buscar uma ajuda externa que os animem a entender a misteriosa
dinâmica interna das suas mentes e corações.
Os desanimados — por mais cansados que estejam — sabem
que Deus dá força aos cansados e que Ele os convida a esperar um
pouco mais enquanto Ele está trabalhando com aquele seu método
sem microfone ou megafone.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 78.9-17 e Isaías 13, 14 e 21
“Deus dividiu o mar para que pudessem passar; fez a água erguer-se
como um muro”. (Salmo 78.13)
JUNHO
20 Elton Trueblood
JUNHO
21 vem com a aceitação da responsabilidade.
Ed Cole
Sinais de maturidade
Em tese, todos estamos a caminho de nos tornarmos maduros.
O adjetivo não é bom. Maduro é rima perfeita para obsolescên-
cia, na cultura dos dias que correm. Você tem uma palavra melhor
para quem consegue viver de modo equilibrado?
Supondo que todos aceitamos a palavra, em que pesem suas co-
notações, reflitamos sobre a maturidade que não tem a ver com
idade.
Maturidade é um processo, de baixo para cima, mas sem topo.
A pessoa madura gosta de vencer, mas vencer verdadeiramente,
sem equívocos, sem gritos, sabendo que perder também pode ser
vencer.
A pessoa madura se dispõe a ceder, seja a vez numa fila, a mão
numa caminhada, o dinheiro numa necessidade, a vitória numa
discussão.
A pessoa madura sabe que não é verdadeiramente livre, porque
há pesados condicionantes à liberdade, que implica em pesada res-
ponsabilidade.
A pessoa madura se alegra em aprender, como o professor que
estuda, como o pastor que ouve, como o jovem que presta atenção.
A pessoa madura pergunta quando não sabe e pergunta quando
sabe.
A pessoa madura dialoga com o seu passado pessoal, mas não se
deixa escravizar por ele.
A pessoa madura se cala quando o silêncio é santidade.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 78.36-44 e Isaías 15 a 17
“Com a boca o adulavam, com a língua o enganavam”. (Salmo 78.36)
JUNHO
22 à mudança entrarão em colapso primeiro.
Eckhart Tolle
Transigir ou não
Não é tarefa fácil saber quando devemos ceder e quando devemos
ficar firmes.
Tendo um ideal e enfrentando oposição, não devemos desistir
dele, mesmo que tenhamos que marchar sozinhos. Desistir de um
ideal dado por Deus é desistir de Deus.
Havendo um valor moral elevado, não devemos dispensá-lo por-
que os que nos cercam o abandonaram. Dispensar um ideal é des-
valorizar o Deus amoroso que nos legou o mandamento.
Diante de um serviço a ser executado, não devemos parar por
causa das dificuldades ou das críticas. Parar no meio de uma mis-
são é deixar que o vazio seja a nossa causa.
Os nossos olhos devem continuar brilhando, mesmo que não ve-
jam. O nosso coração deve continuar vibrando forte, mesmo que
nos achem teimosos. O ideal deve crescer dentro de nós, mesmo
que silenciosamente. O projeto deve continuar, mesmo que tenha-
mos que recuar uma vez ou tomar algum atalho.
Sabemos, pelo suor e pelo sangue, que continuar não é tarefa
fácil, como também sabemos que, em toda e qualquer circunstân-
cia, nunca devemos ofender, mesmo que a causa seja nobre. Quem
ofende se torna igual ao seu ofensor. Nossa primeira causa será
sempre amar.
Quando cremos com amor, não agrediremos quem pensa dife-
rente.
Quando discutimos com amor, não desclassificaremos o outro.
Quando fazemos com amor, não colocaremos os resultados aci-
ma dos valores.
Quando agimos com amor, não desistiremos dos nossos ideais.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 78.45-52 e Miqueias 1 a 3
“Mas tirou o seu povo como ovelhas e o conduziu como a um rebanho
pelo deserto”. (Salmo 78.52)
JUNHO
23 limitações e esta convicção é a minha força.
Mahatma Gandhi
Apesar de
nossas limitações
Quando nascemos, foi como se nos dissessem:
— Supere os seus limites.
Viver de forma relevante implica em seguir os exemplos de nos-
sos pais ou, se for o caso, fazer mais e melhor do que os nossos pais
conseguiram. Viver de forma que valha a pena é deixar melhor o
mundo que pegamos.
Vivemos assim quando não aceitamos os limites que nos são dados.
Mas limites são também limitações.
Precisamos conhecer as nossas e decidir quais vamos aceitar e
quais vamos buscar ultrapassar.
Precisamos saber quais são os limites do nosso corpo, se que-
remos tirar o máximo dele. Precisamos conhecer nossas próprias
histórias, se queremos escrever biografias diferentes. Precisamos
perceber porque sempre trilhamos a mesma estrada, para que an-
demos por outra.
Se o nosso corpo não permite que sejamos atletas de elite, ainda
assim podemos ser corredores cuja vitória é chegar. Se a nossa his-
tória tem marcadores trágicos, não somos obrigado a repeti-la. Se
a estrada de sempre tem uma trilha que nos leva para fora da vida,
podemos seguir por outra onde o coração dispare.
A vida transbordante que Jesus promete não é a que os outros
vivem, mas aquela que nós podemos viver e vivemos cheios de en-
tusiasmo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 78.53-61 e Miqueias 4 a 5
“Ele os guiou em segurança, e não tiveram medo; e os seus inimigos
afundaram-se no mar”. (Salmo 78.52-53)
JUNHO
24 certo tempo, mas a longo prazo a alegria tem
de ser compartilhada por duas pessoas.
Henrik Ibsen
A alegria tem
que ser completa
Uma das manifestações da alegria é o riso e o sorriso. O sorriso é
uma forma de comunicação visual, enquanto o riso é uma expe-
riência auditiva (Robert Provine). A propósito, as mulheres riam
20% a mais que os homens.
Para não serem apenas expressões momentâneas, o riso e o sor-
riso devem vir de dentro, para que seja realmente frutos da alegria.
Alegria para ser alegria precisa ser completa.
A alegria completa vem da certeza de que somos amados. Quan-
do nos sentimos amados, suportamos a doença, aguentamos a crí-
tica e resistimos ao medo.
A alegria completa forma a nossa identidade, que não é dada pe-
las circunstâncias, sejam felizes ou tristes, mas pelo retrato que
Deus pinta com um pincel formada por fios de amor.
A alegria completa dispensa aditivos externos, porque nasce do
coração onde o Espírito de Deus faz a sua casa e faz fluir um paz
que transborda.
A alegria completa contempla o presente, mesmo que sombrio,
com os olhos da esperança, que divisam o sol sob as nuvens, a luz
sob as trevas, a reta depois da curva, o sorriso depois da decepção,
a saúde após a aflição e a harmonia depois da discussão.
A alegria completa olha confiante para o futuro. A esperança faz
que a alegria não dependa das circunstâncias.
A alegria completa encontra-se disponível, não numa bula de
remédio, mas nas receitas de Deus em sua Palavra, onde nos en-
contramos com Jesus, a alegria dos homens, e, sob o seu comando,
começamos a fazer a travessia pelo mar até o porto seguro.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 78.62-72 e Miqueias 6 a 7
“O Senhor construiu o seu santuário como as alturas; como a terra o
firmou para sempre”. (Salmo 78.69)
JUNHO
25 ou se assenta conosco em silêncio até que não
consigamos evitar o esplêndido reconhecimento
que Ele, neste momento, está aqui.
Gloria Gaither
Nada de medo
Quando nos põe em alerta para o perigo o medo é bom. Fora disso,
não faz bem.
Não faz bem a começar por sua origem.
Nós temos medo por causa de alguma experiência no passado,
como por exemplo, um ataque de cães, que nos faz ter medo de
animais.
Temos medo por causa daquilo que nos ensinaram. Para pôr
limites, muitos pais ameaçam com aflições, hospitalizações, inje-
ções, lacerações, queimações, separações, e se não funcionarem,
com bichos papões.
Temos medo por causa da religião. Disseram-nos que devemos
amar a Deus, se não o castigo virá. Que devemos dar o dízimo, se
não o gafanhoto comerá tudo o que guardamos. Que devemos ser
fiéis à verdade, se não o inferno arderá em nós. Que devemos fazer
o bem, se não vamos colher o mal.
Contaram que Deus está no céu, mas tem olhos de Raios X e nos
pega para derrubar. Mas, não devemos e nem precisamos ter medo
da religião anunciada por Jesus Cristo. Quando Ele nasceu em Be-
lém, os pastores escutaram que não precisavam ter medo, porque
surgia a notícia que causaria alegria em todos que a ouvissem. As-
sim, conhecedor de nossos temores infundados e terrores sem fim,
Deus inspira os autores da Bíblia a dizerem e a repetir centenas de
vezes: “Não tenham medo!”
Quem tem medo, seja do que for, ainda não entendeu. Quem
não entendeu o evangelho pode entender, começando agora.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 79.1-8, 2Crônicas 28 e Isaías 7 e 30
“Não cobres de nós as maldades dos nossos antepassados; venha de-
pressa ao nosso encontro a tua misericórdia, pois estamos totalmente
desanimados!”. (Salmo 79.8)
JUNHO
26 toxinas de natureza emocional, psicológica e
espiritual. Tais toxinas tendem a impedir o nosso
desenvolvimento e nossa realização pessoal. Temos
de substituir as crenças erradas da nossa mente por
valores eternos que nascem em Deus.
Lecio Dornas
Desintoxique-se
Viva a sua vida, não a dos outros, nem a que os outros acham que
você deve viver. Para isto, você precisa se desintoxicar de algumas
práticas e ideias.
1. Desintoxique-se, por exemplo, da ideia que a bênção de Deus
decorre do mérito humano. Bênção é graça de Deus em ação. Se
viesse para quem merece, não seria graça, esse favor divino que
ninguém merece.
2. Desintoxique-se, por exemplo, da cultura do conformismo, se-
gundo a qual, havendo coisas a serem transformadas, não adian-
ta o empenho para a mudança, seja no campo emocional, seja no
campo profissional.
3. Desintoxique-se, por exemplo, de uma prática pecaminosa, que,
por mais que seja justificada e até mesmo infelizmente aceita,
afasta você do propósito de Deus para a sua vida.
4. Desintoxique-se, por exemplo, da cultura da força, aquela que os
reis da terra adotam para subjugar os mais fracos, aquela que os
mais fortes utilizam para se prevalecer nas ruas e nos tribunais.
De tanto soarem os tambores de guerra, as pessoas acabam por
acreditar que este é o caminho, não o da cultura da paz.
5. Desintoxique-se, por exemplo, da cultura das marcas de produ-
tos. Certas pessoas estão cativas de certas marcas e pagam mais
caro por isto. Há, por exemplo, camisas em que a marca ocupa
toda a parte superior; é como se o usuário dissesse: eu não uso
camisa, eu uso a marca, como se a marca, e não a camisa, cobris-
se o seu corpo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 79.9-11 e Isaías 20 e 22
“Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, para a glória do teu nome; livra-
nos e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome”. (Salmo 79.9)
JUNHO
27 mas seres humanos como nós somos, não
um mundo ideal, mas o mundo real.
Dietrich Bonhoeffer
Os recursos de Deus
Deus tem um propósito para cada pessoa que criou. Seu propósito
é um plano que se desenvolve em parceria. Se não há parceria, não
há plano, não há propósito. A escolha é nossa.É feliz quem permite
que a sua história se entrelace com a história de Deus. Feliz é quem
sabe que sua história está escrita na história de Deus.
Para cumprir o seu propósito, poderoso (Salmo 32.19), para co-
nosco, Deus nos dá força e coragem e nos livra.
Deus faz mais que nos dar força e coragem. Ele intervém. Nas expe-
riências dos homens e mulheres de Deus, ao longo da história bíblica
e depois dela, Deus livra agindo de modo sobrenatural, em resposta à
oração, seja ou não do nosso conhecimento o que Ele nos faz.
A Bíblia está repleta desses relatos de intervenções de Deus. E
Deus continua o mesmo. Ele nos livra enviando pessoas (algumas
que aparecem e desaparecem) que nos resgatam de situações das
quais sozinhos não tínhamos como sair.
Ele nos livra orientando-nos para seguir uma trilha diferente da
que estamos seguindo, por saber que ela leva para a morte. Sofremos
muito por nos recusarmos a ouvir a voz de Deus, por meio da sua Pa-
lavra revelada ou pela palavra inspirada de pessoas santas e sábias!
Ele nos livra inspirando pessoas que intervém e ficam ao nosso
lado, falando ou em silêncio. Essas pessoas integram a família de
Deus (Efésios 2.19-22). A família de Deus é um meio pelo qual ele
alcança as pessoas.
Deus usa a igreja, mesmo com suas falhas, para consolar, para
ensinar, para fortalecer. Na igreja somos filhos do mesmo Pai, que
carregam as cargas uns dos outros como forma de viver de modo
digno do evangelho de Jesus Cristo (Gálatas 6.2).
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 79.9-11 e Isaías 25 a 26
“Então nós, o teu povo, as ovelhas das tuas pastagens, para sempre
te louvaremos; de geração em geração cantaremos os teus louvores”.
(Salmo 79.13)
JUNHO
28 partem, partirem com uma oração.
Matthew Henry
Confiança e amizade
É muito comum, ouvir-se nas ruas, a seguinte expressão:
— O homem lá de cima está olhando para isto.
Às vezes, é uma frase de advertência. Em outras, é um tipo de au-
toindulgência, em que a pessoa se aprova no que está fazendo, seja
certo ou errado. Em outras circunstâncias, é um pedido de ajuda.
A frase é infeliz, porque Deus não é homem. No entanto, a frase
revela um certo grau de confiança em Deus.
Sim, Deus, lá de cima, olha para nós. Seu olhar é de cuidado.
Temos que ser honestos porque esse olhar pode ser de reprovação.
Somos convidados a olhar para Deus. Quando olhamos para ele,
nossa confiança é renovada.
Confiantes, pedimos que nos livre. Ele nos livra porque somos a
árvore que Ele plantou no jardim e quer que seja vigorosa.
Nossa confiança não pode ser apenas para as horas difíceis, mas
para todas. Nossa confiança deve fortalecer a nossa amizade para
com Deus.
Precisamos aprender a desenvolver esta confiança quando tudo
vai bem conosco. Nessas horas, precisamos reafirmar que Deus
está conosco. Nas horas difíceis, exercitaremos nossa confiança
a partir da reserva emocional e espiritual que temos acumulado.
Sem esta reserva, tendemos a nos desesperar. Antes do problema,
sabemos que podemos confiar no socorro divino, para que, na hora
no sofrimento, a confiança nos acompanhe.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 80.1-7 e Isaías 27 a 28
“Restaura-nos, ó Deus! Faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para
que sejamos salvos”. (Salmo 80.3)
JUNHO
29 até que tenham algo para perdoar.
C. S. Lewis
JUNHO
30 abraço a afirmar que acima das ideias estão os
homens. Um sol tépido a iluminar a paisagem de paz
onde esse abraço se deu, forte e repousante. Que belo
e que natural é ter um amigo!
Miguel Torga
Esperando o
trânsito melhorar
Os dois professores se encontraram depois de muito tempo, agora
reunidos para participarem de uma banca numa universidade, ati-
vidade que desenvolveram muitas vezes na instituição em que tra-
balharam por anos a fio. A história se encarregou de lhes designar
diferentes geografias. Agora terminado o exame, tomaram o cami-
nho da rua. Postos os pés na calçada, o mais velho deles propôs:
— O trânsito está péssimo. Que tal tomarmos um café?
Encontraram cadeiras vazias e ocuparam uma mesinha.
E o diálogo teve como roteiro a narrativa de suas vidas desde a
separação.
Duas horas depois, como se tivessem sido alguns minutos, le-
vantaram-se para ir embora e ainda permaneceram tecendo suas
histórias. Um deles anotou:
— Quando morreu o JS, estive no seu funeral, mas não fôra visitá
-lo. Não temos tempo nem para as pessoas que um dia se assentaram
do nosso lado e com as quais rimos e falamos do futuro que juntos
sonhávamos. A vida não pode ser isto. Decidi buscar essas pessoas e
valorizar os encontros amigos, como Jesus tantas vezes fez.
Carreira tinindo, o outro, mais moço, admitiu:
— Eu tenho muitas dificuldades nesta área.
No auge de sua vida, o primeiro também confessou:
— Eu também não sou bom nisto, mas a vida é muito curta.
Seguiram mais um pouco e o mais jovem, agradeceu:
— Esta nossa conversa fez valer o meu dia.
E foram para as suas casas.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 80.17-19 e Isaías 36 a 37
“Faze com que prosperemos de novo, ó SENHOR, Deus Todo-Poderoso!
Mostra-nos a tua misericórdia, e seremos salvos”. (Salmo 80.19)
JULHO
1 Como sois usurpadores / Da liberdade dos mais?
Manuel Bocage
JULHO
2 sobrevivência física, a maior necessidade de um ser
humano é ser compreendido, afirmado e apreciado.
J. Allan Petersen
JULHO
3 e misericórdia para nós.
David Hawkins
JULHO
4 pouco utilizada, ela definha; bem utilizada,
ela melhora e se expande.
Daniel Goleman
JULHO
5 Seu amor por nós é o mesmo. Seu poder para atender
nossas necessidades não mudou.
Jim Cymbala
JULHO
6 ser feito mesmo que você esteja assustado e cansado.
Rick Johnson
Tenha a coragem de
assumir compromissos
Tenha a coragem de assumir compromissos. Uma das facetas do
medo é a falta de coragem para firmar compromissos, como se a
vida pudesse ser vivida sem eles. Uma das fontes do medo é a ati-
tude diante da crítica que poderá vir. O medo da crítica mata a
ousadia. Por isto, soa ainda necessário recordar um dos discursos
do presidente norte-americano Theodore Roosevelt em 1910:
“Não é o crítico que importa; nem aquele que aponta onde foi que
o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter fei-
to melhor. O crédito pertence ao homem que está por inteiro na
arena da vida, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue;
que luta bravamente; que erra, que decepciona, porque não há es-
forço sem erros e decepções; mas que, na verdade, se empenha em
seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se
entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece
no final o triunfo da grande conquista e que, na pior, se fracassar,
ao menos fracassa ousando grandemente”.
Aquele que sabe que faz parte da família de Deus, e não é mais
estrangeiro e peregrino (Efésios 2.19), pode firmar compromissos.
Os fortes se comprometem. Os fracos se escondem.
O cronista bíblico registra a atitude de Saul. Escolhido rei, quan-
do foi procurado para tomar posse, estava escondido entre a baga-
gem (1Samuel 10.22).
Há muitas pessoas escondidas na bagagem. Creem em Deus,
mas não o suficiente para confiar nele. Creem em Deus, mas não
têm o poder de Deus, porque não pedem para serem fortalecidos
segundo a riqueza da glória de Deus (Efésios 3.14-16).
Seja o seu caminho ousar. Quem ousa realiza.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 84.1-4 e Jeremias 1 a 4
“Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são pere-
grinos de coração!”. (Salmo 84.5)
JULHO
7 do ser humano e a sua maior realização.
Horace Bushnell
Completamente perdoados
Deus é bom. Por isto, continua viva a promessa da restauração,
tanto no plano espiritual quanto no plano emocional.
Nossos pecados foram lançados no fundo mar (Miqueias 7.19).
A sentença foi rasgada e não sobrou cópia (Colossenses 2.13-15).
No plano espiritual, não permitamos que nada nos tire a alegria
deste perdão.
No plano emocional, não nos deixemos escravizar outra vez.
Se temos um vício, não façamos dele uma prática na expectati-
va do abrigo do perdão de Deus. Ponhamos nosso vício diante de
Deus, para que Ele nos perdoe e nos liberte.
Se temos um trauma, não façamos dele uma desculpa para con-
tinuar nos ferindo. Ponhamos nosso trauma no colo de Deus e vi-
veremos livres.
Se temos uma compulsão, seja ela qual for, não façamos dela
um guarda-chuva para a uma vida enfraquecida. Ponhamos nossa
compulsão no altar de Deus e peçamos a Deus que nos ajude a ficar
libertos.
Perdoemo-nos a nós mesmos. Sejamos misericordiosos conosco.
Deus já nos perdoou.
Decidamos viver como somos ou podemos ser: perdoados por
Deus, completamente perdoados.
Não aceitemos a mentira que nos diz que o que o fizemos ou até
fazemos é grave demais para ser perdoado. As pessoas podem não
nos perdoar. Nós mesmos podemos não nos perdoar. Deus, quan-
do vamos a Ele em sinceridade, nos perdoa sempre e totalmente.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 84.5-12 e Jeremias 5 e 6
“O Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar; prefiro
ficar à porta da casa do meu Deus a habitar nas tendas dos ímpios”.
(Salmo 84.10)
JULHO
8 regado no nosso íntimo. Este sentimento nos ajuda a
aprender a enfrentar diariamente, situações difíceis
que surgem em nossas vidas, sem perdermos a
verdadeira ‘alegria do Senhor, que é a nossa força’.
Maria de Jesus Evangelista
JULHO
9 tentativa de realizar o nosso potencial é o medo de
cometer um erro, o bem humano temor do fracasso.
E, no entanto, a excelência se baseia no fracasso,
geralmente um fracasso após o outro.
Ted Engstrom
JULHO
10 [é um fracasso, mas que você admite que é humano.
Gary Chapman
JULHO
11 planejar bem, preparar em oração, agir
positivamente e persistir com perseverança.
William Arthur Ward
Nossa certeza
Devemos pedir insistentemente que Deus veja o nosso estado de
necessidade e supra a nossa vida dos elementos que precisamos
para seguir em frente. Precisamos ter de volta a alegria do nosso
coração, desaparecida diante das circunstâncias ruins da vida.
Nossa oração deve se fundamentar no caráter de Deus, que res-
ponde as orações dos seus filhos e que faz coisas incríveis na vida
daqueles que o amam.
Por experiências próprias, como o poeta bíblico, sabemos que,
no turbilhão das dificuldades, aquele que crê em Deus sabe que Ele
está atento ao seu pedido e age para suprir as carências dos aflitos.
Esta é a nossa certeza.
Nas palavras bíblicas, Deus é suficientemente poderoso para
nos fazer mais do que pedimos ou pensamos (Efésios 3.20). Sim, é
suficientemente poderoso para nos fazer o que pedimos e é igual-
mente poderoso para nos conceder o que pensamos em pedir, mas
ainda não pedimos.
Podemos ampliar, para dizer que Deus é suficientemente pode-
roso para nos oferecer aquilo que apenas imaginamos. Talvez não
venhamos a receber, por não pedirmos. Talvez recebamos tendo
apenas imaginado, porque Deus conhece os nossos pensamentos,
até aqueles ainda não claramente formulados. Dependerá dele.
Quanto a nós, devemos pedir, na certeza de que somos ouvidos.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 86.6-10, 2Crônicas 36 e Isaías 18 e 19
“Em tempos de angústia eu te chamo, pois tu me respondes”.
(Salmo 86.7)
JULHO
12 que Deus sabe, Deus ama e Deus está em ação.
Charles Stanley
JULHO
13 além da nossa dor, mas devemos tentar.
Ruth Graham
De volta à vida
Deus “não é Deus de mortos e sim de vivos” (Mateus 22.32) —
Esta é uma das mais enigmáticas frases de Jesus.
Desde muito cedo, os chamados à morte são poderosos.
Uma decepção, com uma pessoa, com uma ideologia, com uma
religião, com um sistema ou com a nossa própria família nos mos-
tra que não vale a pena viver. É difícil pensar o contrário.
Uma frustração faz com que diminuamos o ritmo da corrida e
pode nos levar a parar de andar. É difícil ter de volta o vigor.
Uma doença nos chega como um decreto que, se não for certa
a morte, a vida também não valerá a pena. É difícil imaginar uma
história viva para nós.
A morte de uma pessoa muito próxima nos empurra para dentro
do lamento como uma afirmação da completa falta de sentido da
vida sem aquele ou aquela que nos deixou. É difícil ter vontade de
acordar a cada manhã.
No entanto, promete Jesus, Deus nos chama para a vida. Deus
nos atrai para a vida, como se fosse um ímã. Deus nos envia pesso-
as que nos aceitam e se assentam ao nosso lado. Deus nos dá ou-
tros sonhos, ao nos garantir que está conosco. Deus nos empurra
para novos horizontes, percorridos com Ele ao nosso lado. Deus
nos alimenta com esperança, mesmo que, por dentro, a enfermida-
de nos corroa ainda. Deus nos enxuga todas as lágrimas e inspira
nossos lábios, mesmo marejados, a esboçar um sorriso.
Deus “não é Deus de mortos e sim de vivos” — Esta é uma das
mais poderosas frases de Jesus, porque nos mostra que Deus nos
chama para a vida.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 87 e Jeremias 36, 45 e 25
“O SENHOR escreverá uma lista dos povos, e nela todos eles serão ci-
dadãos de Jerusalém”. (Salmo 87.6)
JULHO
14 sempre os sintomas de nossa enfermidade.
Karen Burton Mains
A temperatura
das palavras
As palavras têm temperatura. Às vezes, estão com febre.
Quando as ideias circulam, aplaudimos umas, como se as tivés-
semos pensado, e discordamos de outras, que julgamos impró-
prias, impertinentes, inadequadas, infelizes, injuriosas.
Diante das ideias que não aprovamos, é que a febre pode vir, re-
velando a nossa enfermidade.
Em lugar de apenas apor nosso selo de rejeição, nós partimos
para o debate, o que é muito salutar. Ideias devem ser partilhadas
e compartilhadas, ideias devem ser debatidas e combatidas. O pro-
cesso se aplica às nossas ideias e às ideias dos outros.
Diante das ideias dos outros, devemos argumentar, como aceita-
mos que façam quando esposamos as nossas perspectivas.
Não precisamos atacar o emissor das ideias com as quais não
concordamos. Por mais absurdo que nos soe o que alguém nos
diz, devemos combater o que foi dito, não quem o disse. As ideias
merecem adjetivos, não os seus autores. Quando nos exaltamos e
ofendemos aquele que se posta no campo oposto ao nosso, perde-
mos a razão que imaginamos ter. E se o outro lado se expressa com
violência, lembremos que nós nos tornamos iguais a quem comba-
temos se, por exemplo, apelamos para o xingamento.
No debate, nunca devemos deixar de lado o respeito pelo outro.
No debate, sempre devemos tratar o outro como gostaríamos de
ser tratados, mesmo quando estamos errados. No debate, deve-
mos também considerar que podemos trocar de lado, defendendo
ideias hoje que ontem repudiávamos.
Desclassificar o outro nos desclassifica. A razão não precisa ser
gritada. A verdade não precisa de palavrão. Quando debatemos,
precisamos prestar atenção no termômetro das nossas palavras.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 88.1-13 e Jeremias 40 e 41
“Ó SENHOR, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti”.
(Salmo 88.1)
JULHO
15 precioso e de grande valor.
Luci Shaw
Desapologia do futebol
O futebol tornou-se mais que jogo para quem joga e passatempo
para quem vê. Futebol é economia. Parte do capital do mundo gira
em torno do que acontece nas quatro linhas. Por esta razão, a desi-
gualdade é um dos seus paradigmas, como no mundo real. Uns jo-
gadores recebem milhões num mês e outros atuam subnutridos ao
longo da sua vida. Futebol é ideologia. Nele, o lazer recebe o con-
dão de ser visto como a finalidade da vida Futebol é idolatria, como
se fosse uma religião, na qual os jogadores são reverenciados como
deuses. Para os torcedores, vencer é adentrar os muros do céu.
Precisamos colocar o futebol no seu lugar.
Torçamos, mas não esperemos o dia do jogo como se fosse um dia
de adoração Apreciemos a arte da bela jogada, mas não a tratemos
como o sentido da nossa vida Recordemos que a derrota ou a vitória
do nosso time não nos acrescenta nada. Foi apenas um jogo.
Não ataquemos os torcedores dos outros clubes, como se fossem
piores do que nós porque torcem por outros clubes Não faltemos
aos nossos compromissos por causa de uma partida num campo.
Não aplaudamos as faltas numa partida, nem as fraudes levanta-
das em busca de um triunfo. Não absolvamos os dirigentes que
mentem dentro e fora do campo. A moral não está suspensa. Não
obriguemos nossos filhos a escolher os nossos times.
O futebol é apenas diversão, espetáculo e brincadeira. Dura al-
guns minutos. Não pode ser uma paixão
Assim, a camisa, que identifica o nosso time e vende marcas
alheias, é para ser usada nos estádios, nas ruas, não nas reparti-
ções e nas igrejas.
O futebol não é uma ideia. Não tem ideal. Não tem significado.
Deve ser celebrado quando for arte e abominado quando for estu-
pidez. É apenas uma forma de lazer, como outras.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 88.14-18 e Jeremias 35 e 22
“Ó SENHOR Deus, eu te chamo pedindo ajuda; todas as manhãs eu
oro a ti”. (Salmo 88.13)
JULHO
16 Quais dos seus dons enriquecem sua vida e as vidas
das pessoas ao seu redor?
Virginia Ann Froehle
Aperte com
capricho o parafuso
Ele era um jovem recém-formado em Direito. Foi aprovado num
concurso para trabalhar na área administrativa de nível técnico,
aquém de sua formação, num Tribunal de Justiça.
O ex-menino pobre que passou dificuldade para comer e estudar
passou no concurso.
Já no seu trabalho, entra um dia uma juíza do Tribunal. Ela pede
um processo. Vários funcionários estão na sala. Procuram pelo
processo. A juíza deixa a sala. Todos param de procurar, menos um.
É o recém-formado. Em sua busca, localiza o processo. Está no
alto de uma pilha numa estante muito elevada.
Ele improvisa uma escada e sobe para pegar a pasta. Os colegas
debocham.
A juíza entra, de novo. Todos se calam. O novo profissional ainda
está descendo, com o volume na mão. Entrega-o à juíza.
A vida segue. Anos depois, a juíza é promovida a desembargado-
ra e, depois, escolhida para presidir o Tribunal. Ela precisa de um
diretor. Chama o jovem que lhe pegara o processo no alto de uma
pilha anos atrás e o convida para o cargo. Ele pergunta:
— Por que?
Ela responde:
— Eu preciso de pessoas dedicadas como você.
Na verdade, ele fez apenas a sua obrigação, mas fez com dedi-
cação.
Desperdiça uma oportunidade aquele que faz de qualquer ma-
neira o que lhe vem as mãos para fazer, mesmo que ninguém esteja
vendo. Pode ser que a nossa tarefa seja apertar um parafuso. Quem
o aperta com dedicação é feliz.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 89.1-7 e Jeremias 11 a 14
“Cantarei para sempre o amor do Senhor; com minha boca anunciarei
a tua fidelidade por todas as gerações”. (Salmo 89.1)
JULHO
17 Quando não vemos a esperança e nem saída,
então a fé surge e conduz à vitória.
Lee Roberson
Buscando a vitória
A grandeza de Deus é a base para a nossa coragem.
Esta verdade está na base das grandes vitórias, como as registra-
das na Bíblia.
Sem esta visão, não nos levantamos para vencer.
Se fôssemos espiões vasculhando a terra prometida, nós nos ali-
nharíamos entre os dez, que viram os inimigos como invencíveis, e
não como os dois, que viram Deus como maior do que eles.
Se fôssemos Débora, nós diríamos que guerra é coisa para ho-
mem e colheríamos a derrota junto com o povo.
Se fôssemos Gideão, passaríamos a tarefa para os irmãos mais
velhos.
Se fôssemos Davi, não ousaríamos desafiar o invencível Golias,
porque preferiríamos ficar no papel que nossa família nos designou.
Se fôssemos Elias, tremeríamos diante de 400 profetas e, depois,
nem precisaríamos nos esconder em alguma caverna.
Se fôssemos Jeremias, concordaríamos em falar o que os gran-
des da terra pediam, não o que Deus mandava, já que o risco era
grande.
A fé em Deus nos faz ver os problemas de um modo diferente.
Como aprendemos na história de Neemias, precisamos orar e
trabalhar (Neemias 4.9). Orar pode ser um refúgio para a inércia.
Trabalhar pode ser um refúgio para a autodependência. Orar e tra-
balhar — eis o segredo da vitória. Só orar é insuficiente. Só traba-
lhar é incompleto.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 89.8-14 e Jeremias 15 a 17
“Ó Senhor, Deus dos Exércitos, quem é semelhante a ti? És poderoso,
Senhor, envolto em tua fidelidade”. (Salmo 89.8)
JULHO
18 Da mesma forma como a infecção se espalha
corrompendo o que é saudável, assim também tão
logo surge a inveja, ela transforma até mesmo as
melhores ações em mau cheiro.
Francis Bacon
Genealogia da inveja
A raiz da inveja é a comparação. O invejoso primeiro olha e desdenha.
Depois lamenta: “por que eles têm e eu, não?” O invejoso colhe as fo-
lhas da amargura e da tristeza. Portanto, não adianta ceifar os ramos
ou recolher os frutos. É preciso radicalizar, de dentro para fora.
Se nos amamos, não devemos nos comparar ao outro, por amor
a nós mesmos. Se amamos o nosso próximo, devemos ficar felizes
com o que ele tem, como ele está, mesmo que, aparentemente, es-
teja melhor que nós. O que nós somos, o que nós temos, não de-
pende do que o outro é. Quando a tentação da comparação chegar,
atente para os seguintes cuidados:
1. Admita que você sente inveja, de vez em quando ou como um
estilo de vida.
2. Corajosamente chame a inveja do que ela é: pecado. Pecado porque
se trata de uma suspeita que Deus não está sendo justo com você.
3. Pense também no que ela fez com você, na pessoa amargurada
que você se tornou.
4. Corte a raiz e lance-a fora. Pare de se comparar aos outros. Você
sequer os conhece.
5. Reavalie os seus desejos. Se são legítimos, cultive-os até os re-
alizar. Isso lhe trará paz, porque “a paz de espírito dá saúde ao
corpo, mas a inveja destrói como câncer” (Provérbios 14.30).
6. Lembre-se de que tudo é graça. O que você recebe e o que o ou-
tro recebe. Talvez o outro não o mereça. Nem você. Mas o que é
recebido de Deus não é merecido: é graça.
Tenha como alvo viver pela graça. Nesse compasso, não há inveja
nem amargura.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 89.15 e Jeremias 18 a 20
“Como é feliz o povo que aprendeu a aclamar-te, Senhor, e que anda na
luz da tua presença!”. (Salmo 89.15)
JULHO
19 se tem alguém a quem o dizer.
Gustavo Adolfo Becquer
Quem é o outro
Para rir, precisamos do outro.
Para falar, precisamos do outro.
Para chorar, precisamos do outro.
Para amar, precisamos do outro.
Para cultuar, precisamos do outro.
Para nos entendermos a nós mesmos, precisamos do outro.
Para sermos relevantes, precisamos do outro.
Pessoas de verdade são relacionais.
Deus é relacional.
Cada um de nós precisa do outro, que devemos ter como melhor
do que nós.
Se olharmos para as pessoas de nossa família ou de nosso traba-
lho ou de nossa igreja e as julgarmos como piores do que nós, não
teremos amizade com elas. Poderemos usá-las e depois descartá-
-las. Poderemos ter breves contatos para nossos próprios interes-
ses, como se fossem apenas coisas.
Não temos amigos para receber deles, mas para lhes oferecer.
Somos como instrumentistas numa orquestra, oferecendo o me-
lhor para a música que todos tocam. A beleza da orquestra não vem
do maestro ou de um instrumentista em particular; antes, vem da
entrega de cada instrumentista ao seu instrumento.
Temos amigos para os fortalecermos. Quando eles fazem o mes-
mo conosco, também somos fortalecidos. O círculo virtuoso pode
começar conosco, mesmo que o outro não responda. Quando co-
meça com o outro, sejamos sábios para responder.
Há um outro modo de viver, longe da escravidão ao egoísmo e
ao interesse próprio. Se acreditarmos que a alegria do outro nos
fortalece, nós a veremos em nossos próprios rostos também.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 89.16-37 e Jeremias 46 a 48
“Senhor, tu és a nossa glória e a nossa força, e pelo teu favor exaltas a
nossa força”. (Salmo 89.17)
JULHO
20 temos sede de encontrar um amigo.
Antoine de Saint-Exupéry
O prazer do elogio
(Dia do Amigo)
Se o ambiente em que vivemos é minimamente saudável, somos elo-
giados. Uma palavra boa que proferimos pode receber um parágrafo
de aprovação. Um gesto generoso de nossa parte pode gerar uma
coroa de flores de gratidão. As formas do elogio podem ganhar di-
ferentes contornos, como um comentário, um sorriso, um abraço.
Nestes casos, como devemos reagir?
O elogio pode polir a nossa vaidade. Neste caso, podemos ser
levados a pensar que somos mais capazes ou mais fortes ou mais
velozes ou mais bonitos do que somos. Podemos passar a depen-
der dos elogios. Podemos passar a comprar os elogios ou mesmo a
mendigá-los. Está acesa a luz vermelha do perigo.
O elogio pode colidir com a avaliação que fazemos de nós mes-
mos. Talvez por um problema nosso, de autoestima baixa, descar-
tamos palavras sinceras, as quais deveríamos receber como um
estímulo para fazer melhor o que já fazemos.
Todo elogio exige muito cuidado de nossa parte.
Se forem sinceros, privados ou públicos, devem receber, pelo me-
nos, um “muito obrigado”. Nossa gratidão estimulará o elogiador
a continuar vendo virtudes nos outros, num movimento capaz de
ajudar o mundo a ser melhor porque a virtude muda as coisas.
Se forem mentirosos ou interesseiros, devemos incinerá-los.
Além de recebermos os elogios honestos como estímulos, deve-
mos viver de tal modo a merecê-los como verdadeiros. Se disse-
ram que falamos bem, vamos falar melhor. Se disseram que fomos
atenciosos, vamos ser ainda mais cuidadosos.
Diante de um elogio bom, notemos o quanto ele nos fez bem e
também nos lembremos que o elogio que proferimos fará bem a
quem o ouvir, como nos animou aquele que escutamos.
Vamos criticar menos e elogiar mais?
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 89.38-52 e Jeremias 49 a 51
“Que homem pode viver e não ver a morte, ou livrar-se do poder da
sepultura?”. (Salmo 89.48)
JULHO
21 tuoso, e devemos uns aos outros uma terrível lealdade.
G.K. Chesterton
JULHO
22 constroem paredes em vez de pontes.
Joseph F. Newton
JULHO
23 a noite, mas vai levar tempo para fazer crescer
um carvalho ou uma sequoia gigante.
Warren Wiersbe
O presente do tempo
Vivemos com três recursos: conhecimento, dinheiro e tempo.
Conhecimento conquistamos observando, escutando e estudando.
Dinheiro adquirimos trabalhando. Esta é a regra, admitidas al-
gumas raras exceções. Tempo recebemos. É uma dádiva, que pode
ser reconhecida a cada manhã ou em todo momento em que faze-
mos uma revisão de nossas vidas.
O que fazemos com o conhecimento que conquistamos? Os ver-
dadeiramente sábios o disseminam. O que fazemos com o dinheiro
que adquirimos? Os apenas ricos o multiplicam e os ricos e genero-
sos o redistribuem. Estes têm que ser sábios para não virarem seus
escravos nem ingênuos diante de tantas mãos que o pedem.
Quanto ao tempo, podemos nos esquecer que o recebemos como
dádiva e passar a classificá-lo na mesma categoria do conhecimen-
to e do dinheiro. Podemos organizá-lo em frações como se fossem
moedas a ser protegidas, vivê-lo em ritmos que nos cansam os
músculos e as emoções e permitir que nos dominem como se tives-
se vida própria. Então, nestes casos, não temos tempo para nada.
Não temos tempo sequer para fruir o presente recebido. Não te-
mos tempo para celebrar as amizades. Não temos tempo para estar
com aqueles que precisam de um abraço regado a silêncios que os
confortem ou a palavras que os orientem.
Podemos fazer no dia o que nele cabe ou tentar colocar o que não
cabe, como desvairados que perderam o controle dos seus senti-
dos. Quem é sábio coloca em sua agenda o que é necessário.
E, para hoje, a nossa missão, que o estilo de muitos tem torna-
do impossível, é fazer brilhar na constelação das horas o desejo
de dedicar parte do nosso tempo para estar com pessoas e tornar
melhores as vidas em questão, a nossa e as dos outros.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 90.8-11 e Jeremias 52 e 21
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos
coração sábio”. (Salmo 90.12)
JULHO
24 em algum aspecto sobre o qual eu aprendo algo.
Ralph Emerson
JULHO
25 a Ele — dele dependemos e nunca o possuímos,
mas somos possuídos por Ele — a oração é o fôlego
que nos é dado por Deus, que nos envolve e alimenta
a nossa vida.
Valdir Raul Steuernagel
JULHO
26 e curtir os netos com mais experiência
de vida e maior dependência de Deus.
Flávia Fioranelli
Felizes os netos
(Dia dos Avós)
Avós moram longe. Avós moram perto. Avós moram junto.
Avós são para brincar. Suas casas são para neto brincar, correr,
bagunçar.
Mesmo quando escutam bem, avós não se importam com o ba-
rulho. Mesmo que sejam cuidadosos com os seus alimentos, os ne-
tos podem comer o que quiserem, sob protestos dos pais: grandes
sanduíches, refrigerantes livres e taças repetidas de sorvete. (“É só
hoje” — desculpam-se os avós). Mesmo que sejam disciplinados,
seus horários não valem para os netos, que podem acordar e dor-
mir quando quiserem. (“Ah, eles vão ter tempo para se preocupar
com essas coisas!). Na casa dos avós são férias sempre.
Felizes os avós.
Avós são para educar. Talvez não falem tanto quanto falavam
quando eram pais. É que aprenderam que os exemplos são mais
eloquentes. Agora, mais que antes, creem no poder do afeto. Avós
são para educar. Alguns podem levar os netos na escola e fazer com
eles as tarefas. São muito pacientes. Avós são para pastorear. Agora
eles olham para os seus filhos e computam acertos e erros, para
evitar os equívocos e repetir os acertos no cuidado dos netos. Avós
que amam a Deus querem que seus netos amem a Deus. Contam
histórias da Bíblia. Levam à igreja para o estudo bíblico.
Avós têm as coisas mais valiosas do mundo: tempo e sabedoria.
Parte do seu tempo dedicam à brincadeira com seus netos, à ins-
trução dos seus netos, ao pastoreio dos seus netos. Com a sabedo-
ria que têm, gastam melhor o seu tempo.
Felizes os avós que amam ser avós.
Felizes os netos que gostam de estar perto dos seus avós, este-
jam eles junto, perto ou longe.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 91.1-7 e Jeremias 37 a 39
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipo-
tente descansará”. (Salmo 91.1)
JULHO
27 Para aqueles que a enfrentam com uma
atitude positiva, é sempre o começo.
J. Barry Griswell
Fé é diferente
de superstição
Quando avassaladoramente tentou Jesus, Satanás citou a promes-
sa de que Deus enviaria seus anjos para cuidar dos seus filhos.
A resposta de Jesus foi:
— Não ponha à prova o Senhor seu Deus.
Em muitas casas e escritórios, é comum encontrar-se uma Bíblia
grande aberta no Salmo 91. É possível que haja, neste gesto, uma
atitude de confiança no cuidado de Deus, mas pode ser que seja
também uma concessão à superstição.
A fé confia que Deus age, segundo a vontade dele. A superstição
confia que a pessoa pode fazer algumas coisas para fazer Deus agir.
Fé e superstição são coisas muitos diferentes.
A fé é profunda. A superstição é superficial.
A fé é relacional. A superstição é mágica.
A fé lê a Bíblia toda. A superstição se agarra a algumas promessas
soltas, sem entender o que elas significam.
A fé obedece. A superstição determina o que Deus tem que fazer.
A fé é responsável, buscando viver o que lê na Bíblia. A supers-
tição é irresponsável, deixando tudo para Deus, até o que cabe ao
ser humano fazer.
Fé produz esperança. Superstição patina na ilusão.
Sabemos que podemos confiar. E sabemos que precisamos nos
relacionar com o Deus que tem vontade própria, em sua amorosa
soberania e sabedoria.
A superstição nos afasta de Deus, porque faz com que confiemos
em frases ou objetos acima de Deus.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 91.8-16 e Jeremias 42, 23, 33
“Quando eles me chamarem, eu responderei e estarei com eles nas ho-
ras de aflição. Eu os livrarei e farei com que sejam respeitados”.
(Salmo 91.15)
JULHO
28 é a prova dos homens fortes.
Sêneca
Deus sabe de
todas as coisas
Ninguém quer mais processar o médico.
Quando deu à luz ao seu quarto filho, a mãe decidiu ligar as
trompas, já que o risco para ela seria muito alto numa eventual
nova gestação.
Ela se submeteu à cirurgia, conduzida por um médico conhecido
da família.
Quatro anos depois, ela se viu grávida. Foi um choque. Revolta-
do, alguém na família pensou em processar o médico.
À medida que o ventre crescia, crescia o amor pelo neném que
nasceria.
A menina chegou.
Perto de ela completar um ano de idade, um dos seus irmãos
ficou enfermo. Em busca de cura para a leucemia do garoto, a mãe
procurou o melhor hospital do país. Os médicos recomendaram
um transplante de medula.
O doador devia ser alguém da família. Feitos os testes, o único
sangue compatível era o da irmã mais nova, aquela que viera de-
pois da ligadura das trompas de sua mãe.
Os médicos relutaram porque a menina tinha apenas um ano de
idade, mas a mãe pediu para que seguissem em frente. Seguiram.
E o garoto sobreviveu, firme e forte. A menininha seguiu sau-
dável.
Acabou a revolta contra o médico que fez a ligadura.
Agora há, em todos os familiares, uma convicção renovada de
que não podemos entender os pensamentos de Deus, que faz con-
vergir todas (sim: todas) as coisas para o bem.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 92.1-8 e Jeremias 43 a 44
“Bom é render graças ao SENHOR e cantar louvores ao teu nome, ó
Altíssimo”. (Salmo 92.1)
JULHO
29 diferença entre o sucesso e o fracasso.
Charles R. Swindoll
JULHO
30 gentilmente, amorosamente e com um propósito.
Amy Nappa
Deus é firme
Porque Deus é firme, podemos viver firmes.
Todos precisamos de segurança, com proteção para nossos cor-
pos e mentes. O Deus justo é poderoso o bastante para nos prote-
ger e nos deixar seguros. Ele nos protege até dos pensamentos e
sentimentos que nos fazem mal, como o da excessiva preocupação
(Filipenses 4.6-7). Deus monta guarda de modo completo em nos-
sos corações.
Por isto, diante das dificuldades, podemos orar:
“Tu, Senhor, és o escudo que me protege;
és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida.
Eu me deito e durmo, e torno a acordar,
porque é o Senhor que me sustem”.
(Salmo 3.3,5).
“Tu, Senhor, abençoas o justo;
o teu favor o protege como um escudo”.
(Salmo 5.12).
“O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia.
Ele protege os que nele confiam”. (Naum 1.7)
Um poeta moderno nos ensina a cantar nos mesmos termos:
“Canta, minha alma!Canta ao Senhor!
Rende-lhe sempre ardente louvor!
Ao seu amor eu me submeti
e extasiado então me senti.
Anjos cantando nos altos céus
louvam a excelsa graça de Deus”.
(Fanny Jane Crosby)
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 93 e Lamentações 3
“Mais poderoso do que o estrondo das águas impetuosas, mais pode-
roso do que as ondas do mar é o Senhor nas alturas”. (Salmo 93.4)
JULHO
31 François de La Rochefoucauld
AGOSTO
1 mas nem sempre amadurecem.
Alphonse Daudet
Felizes são
os que aprendem
Estamos sempre aprendendo.
Aprender não é para todos. Começa com o reconhecimento de
uma necessidade. Para desempenhar nossas funções profissionais
ou para desfrutar a vida, precisamos aprender.
Aprender é para os que querem e não se contentam com o que
sabem.
Aprendemos com as aulas que recebemos, com as músicas que
ouvimos, com os livros que lemos, com os exemplos que nos tocam.
Precisamos reconhecer que estamos sempre aprendendo, que-
rendo ou não.
Devemos aprender de Deus, diretamente na Palavra dele ou atra-
vés dos mestres e dos meios que nos ajudam a perceber a completa
vontade de Deus para nossas vidas.
Se nos empenhamos em aprender de Deus, não precisamos
aprender de outras fontes? Precisamos de outras fontes
Aprendemos a como fazer as coisas nas várias fontes de conheci-
mento, inclusive e sobretudo na escola.
No caso da literatura, não precisamos ser pessoas de um livro
só, mas de muitos livros. Apaixonados pela Bíblia, não deve ela ser
o nosso único livro. Devemos ler muitos livros, sejam ensaios, ro-
mances, poemas, memórias, didáticos, tanto para o aprimoramen-
to profissional quanto para o prazer.
O importante é que estejamos sempre aprendendo nas boa fon-
tes. Aprendendo sempre, devemos conferir o conteúdo das várias
leituras com os princípios da Palavra de Deus, nos quais só há acerto.
Suas verdades são aprovadas e comprovadas no tempo, sempre
comunicando vida.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 94.12-21 e Daniel 1 a 4
“Ó SENHOR Deus, felizes são aqueles que tu ensinas, aqueles a quem
ensinas a tua lei!”. (Salmo 94.12)
AGOSTO
2 A onipotência de Deus é uma maravilha.
A santidade extraordinária de Deus é uma maravilha.
Não podemos compreender nenhuma delas.
A maior delas, no entanto, é a misericórdia de Deus.
Andrew Murray
Pedagogia do cuidado
do corpo (1/3)
Viver é cuidar. Somos um corpo para cuidar. Ainda no ventre fo-
mos cuidados. Depois fomos sendo cuidados. Na arte de cuidar de
nós, ensinaram-nos, sem e com palavras. Ensinaram-nos certo.
Ensinaram-nos errado. Aprendemos. A partir do que fomos apren-
dendo, passamos a cuidar do corpo que somos.
Somos obviamente o nosso corpo, não o corpo dos outros. Se
nos alimentamos errado, somos nós que nos alimentamos. Se nos
exercitamos errado, somos nós que nos exercitamos.
Quem aprendeu que o prazer da mesa é uma fonte de felicidade
aprendeu certo, mas aprendeu errado quem aprendeu que comer é
apenas prazer. A comida é um ato de cuidado.
O que comemos pode nos trazer infelicidade: “os bêbados e
os glutões se empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos”
(Provérbios 23.21). Se comemos menos ou mais do que devemos,
pagamos um preço. Se comemos depressa demais, o mal hábito
nos manda a conta. Se os itens ingeridos não nos nutrem, ficamos
cheios mas subnutridos. Se os itens saboreados são pesados de-
mais, entopem o sistema. Se, pela manhã, tomamos qualquer coisa
andando a caminho do trabalho, sem nos assentarmos para um
café decente, a fatura da ignorância nos é enviada. Se ficamos ho-
ras seguidas sem nada comer, por falta de tempo ou achando que
vamos emagrecer, a colheita da desgraça chega.
Podemos não saber disto, mas alegar ignorância sobre a alimen-
tação não nos exime de nossa responsabilidade. Somos um corpo
para cuidar. Cuidemos do ato de comer. [CONTINUA em 27/8]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 94.22-23 e Ezequiel 1 a 3
“Quando estou aflito e preocupado, tu me consolas e me alegras”.
(Salmo 94.19)
AGOSTO
3 Florence Nightingale
Tenha a coragem
de viver de modo
coerente com a sua fé
Coragem não deve ser confundida com teimosia. Teimoso é quem,
contra todas as possibilidades, insiste num projeto, só para provar
que está certo. E se estiver certo, não fará a menor diferença. Absa-
lão, o filho rebelde de Davi, não era corajoso; era teimoso e perdeu
a vida.
Coragem não deve ser confundida com temeridade. Age temera-
riamente aquele que não examina os lados da questões, os perigos
do empreendimento, os riscos dos projeto.
O fato de Deus estar conosco, conforme a sua promessa, não
quer dizer que lute todas as nossas lutas; Ele luta as batalhas que
Ele aprova. Se o queremos conosco, devemos consultá-lo antes,
como Davi tantas vezes vez fez antes de ir para as guerras.
Uma coragem confiante em Deus é uma atitude coerente com a
fé professada com os lábios.
Ao contrário, hipocrisia é o nome certo para a religião quando usa-
mos o nome de Deus e não vivemos como Deus quer que vivamos.
Devemos procurar fazer aquilo que afirmamos crer.
Precisamos de coragem de falar a verdade e de viver a verdade.
Não devemos dizer o que não pensamos, apenas para agradar.
Tenhamos a coragem de dizer a verdade, mesmo que não venha-
mos a lucrar com a verdade. Quando formos dizer a verdade, cui-
demos apenas para não causar dano.
Não devemos viver como as pessoas acham que devemos. Tenha-
mos a coragem de viver segundo os princípios que recebemos de
Deus.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 95.1-5 e Ezequiel 4 a 5
“Vinde, cantemos ao SENHOR! Cantemos com júbilo à rocha da nossa
salvação!”. (Salmo 95.1)
AGOSTO
4 seguro de se pensar do que o nosso amor por ele.
C.S. Lewis
Como sabemos
que Deus nos ama
Sabemos que Deus nos ama quando lemos a Palavra que nos dei-
xou. Na Bíblia, nós nos encontramos com o Deus que ama até o
fim. Este amor se evidencia pelos ensinamentos que nos oferece,
por meio de histórias, poemas, pensamentos e mandamentos.
Sabemos que Deus nos ama quando conhecemos a história de
Jesus, o Filho único que o Pai enviou à terra e que se fez homem
como a gente, amando-nos até o fim, o que inclui a sua própria
morte em nosso lugar.
Sabemos que Deus nos ama quando, olhando para a nossa pró-
pria história, percebemos as intervenções dele em nossas vidas,
muitas vezes fazendo convergir para o nosso bem até mesmo acon-
tecimentos ruins, como doenças e demissões.
Sabemos que Deus nos ama quando, diante dele, apresentamos
nossos pedidos e nos sentimos ouvidos em nossas orações.
Sabemos que Deus nos ama quando somos capacitados por Ele a
fazer coisas que naturalmente não seriamos capazes.
Sabemos que Deus nos ama quando perdemos tudo, mas Ele nos
conserva a esperança.
Sabemos que Deus nos ama quando, em dificuldade, Ele nos en-
via pessoas, que talvez não conhecessem o nosso caso, para nos
socorrer sem nada esperar em troca.
Sabemos que Deus nos ama quando, tendo que tomar alguma
decisão, experimentamos paz no coração para seguir em frente,
com a convicção de ter escolhido o melhor caminho.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 95.6-11 e Isaías 40 a 42
“Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do SENHOR
que nos criou. Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e
ovelhas da sua mão”. (Salmo 96.6-7)
AGOSTO
5 imediatamente combatida. Já se não dá o mesmo com
a mentira que constitui parte de uma verdade.
Alfred Tennyson
O nome da mentira
Digamos que você tenha um vício. Suponhamos que você o deteste e
gostaria de deixá-lo. No entanto, o mundo em que você vive lhe diz:
— Seja feliz como você é.
Se você acreditar nesta mentira, vai pagar um preço alto. Não o
pagará o amigo, ou colega ou vizinho, ou mentor que elogia o seu
vício. Será você.
Vício é vício e virtude é virtude.
Imaginemos que você tenha um mal hábito. Concluamos que
você o lamente e gostaria de abandoná-lo. No entanto, o mundo
em que você vive se posiciona contra você ao estimulá-lo a manter
o hábito que lhe causa dano:
— Está bom assim. Aceite-se como você é.
Se você acreditar nesta mentira, saiba que nada custará aos pro-
fessores, artistas e influenciadores que são indulgentes com o seu
mal hábito. Custará a você.
O resto é mentira, que mata quem nela acredita, enquanto ela
segue seu curso em busca de outros incautos.
Hábitos ruins são ruins. Hábitos bons são bons.
Acredite que você pode ficar livre dos vícios e longe dos maus
hábitos, para uma vida melhor. Aposte.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 96.1-7 e Isaías 43 a 45
“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, todas as
terras”. (Salmo 96.1)
AGOSTO
6 que eu faço para Deus. A coisa mais importante
é tornar Deus a coisa mais importante.
Phil Vischer
AGOSTO
7 a Deus com confiança e você será
fortalecido iluminado e instruído.
João da Cruz
Diante da tristeza
que não passa (1/2)
Há eventos em nossas vidas que nos deixam tristes. E se não fica-
mos tristes diante deles, algo de errado em nós há.
Não devemos achar que haja algo de errado conosco quando
passamos por eventos tristes e nos entristecemos. É normal que
fiquemos tristes por algum tempo.
Quando nos sentimos permanentemente tristes ou passamos
mais tempo tristes do que alegres, aí, sim, há algo de errado conosco.
As coisas estão erradas quando nos sentimos permanentemente
desconfortáveis no mundo. Quando achamos que tudo está erra-
do, algo está errado conosco.
Podemos ser maduros o suficiente para sabermos que o mundo é
o que ele é e não vai mudar porque achamos que tenha que mudar. E
aqui não se trata de um hino ao conformismo. Se vemos algo errado,
precisamos nos empenhar para mudar, mas este empenho deve se
dar na perspectiva da esperança, não do desespero e da tristeza.
A maturidade nos ensina o lugar da adaptação. Não precisamos
concordar, mas podemos nos adaptar, mantendo os nossos princí-
pios, mesmo que, muitas vezes e em muitas circunstâncias, apenas
para nós mesmos. O nosso santo e valioso inconformismo com o
que é errado não nos deve entristecer, mas nos motivar a viver do
modo certo e a mudar o que é errado. E enquanto a mudança não
ocorre, toquemos a nossa vida com alegria. [CONTINUA amanhã]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 97.1-9 e Isaías 49 a 51
“Reina o SENHOR. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas”.
(Salmo 97.1)
AGOSTO
8 Uma coisa emprestada pode ser tomada; uma coisa
dada não é tirada. A alegria é dada; a tristeza é
emprestada. Então, a tristeza será levada embora,
mas alegria eterna será um dom do nosso Pai para
nós, pelo que o Senhor Deus enxugará todas as
lágrimas de todos os rostos.
Amy Carmichael
Diante da tristeza
que não passa (2/2)
Depois de entendermos a necessidade da adaptação ao mundo e,
ainda assim a nossa tristeza continuar, precisamos olhar para den-
tro de nós mesmos, pondo uma luminária sobre nossas heranças,
nossos hábitos, nossos convívios, nosso corpo e nossa alma. Te-
mos que deixar que eles falem. Precisamos ver como tratamos as
pessoas, talvez esperando delas o que nós não lhes damos.
Precisamos fazer um autorretrato, para ver se somos aquilo que
imaginamos: interessados pelo outro, altruístas, amigos. Precisa-
mos conferir o nosso corpo, para ver se está saudável ou se alguma
carência nele está nos afetando globalmente. Muitos estados de-
pressivos têm origem endógena (dentro de nossa mente), com uma
falta que um medicamento pode suprir e fazer cessar a dor. Neste
caso, não devemos temer tomá-lo.
Precisamos rever nossas histórias, como nos formaram, o que
nos ensinaram, para notar se estamos carregando pesos que não
devemos sobraçar, fantasmas que não nos deviam assustar. Pre-
cisamos examinar nossos relacionamentos, para observar se são
tóxicos ou orgânicos, se nos fazem bem ou mal. Precisamos refletir
sobre o nosso relacionamento com Deus, se é baseado na graça li-
vre de Jesus Cristo ou em nossos pretensos méritos.
Com estas difíceis, amargas e dolorosas informações em mãos,
podemos tomar as decisões que precisamos, para que viver não doa
demais. Viver demanda sabedoria e coragem.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 97.10-12 e Isaías 52 a 53
“Vós que amais o SENHOR, detestai o mal; ele guarda a alma dos seus
santos, livra-os da mão dos ímpios”. (Salmo 97.10)
AGOSTO
9 nunca é fatal. É a coragem que conta.
John Wooden
AGOSTO
10 George Herbert
Em busca de palavras
bem ditas (2/2)
Quando a bomba do conflito entre pessoas queridas cai sobre o
nosso colo, nosso primeiro gesto é desarmá-la, separando os com-
petidores que, movidos pelo ódio momentâneo, querem destruir
definitivamente o agora adversário.
Depois, devemos sugerir que cada um se coloque no lugar do ou-
tro. O exercício é difícil, mas é necessário. Quem quer ter razão
precisa ouvir a razão do outro. O terceiro passo é pedirmos às pes-
soas em guerra para não desistirem uma do outra.
Ao pai ou mãe magoado por gestos do filho peçamos para não de-
sistir. O filho ou filha, talvez igualmente descontente, também não
deve desistir. Ao cônjuge ferido por atitudes dos seu querido can-
temos que do amor não se desiste. Diante de um amigo enfurecido
com a falha do outro, intervenhamos na busca pela reconciliação.
Todos devem abraçar a causa da reconciliação. Quem se recon-
cilia não perde. Cada um deve tomar a iniciativa de pedir perdão,
mesmo que ache que sua ofensa tenha sido apenas uma reação.
Todos devem abrir mão da justiça, quase sempre um outro nome
para vingança contra o outro ou humilhação do outro.
Cada um deve desejar a amizade, que é mais produtiva que a re-
paração. A amizade perdoa e aproxima. O desejo de reparação ma-
goa e afasta. A amizade é benfazeja porque esquece. A busca pela
reparação é nefasta porque separa.
A melhor justiça é o abraço da reconciliação, que faz com que os
corações solucem no toque um do outro.
Os soluços que os corações trocam não são espasmos de tensão
apenas. São corações felizes, sorrindo de novo.
A vida vai continuar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 98.5-12 e Isaías 56 a 57
“Os rios batam palmas, e juntos cantem de júbilo os montes, 9 na pre-
sença do SENHOR, porque ele vem julgar a terra; julgará o mundo com
justiça e os povos, com equidade”. (Salmo 98.8-9)
AGOSTO
11 para as horas difíceis dela, e não apenas para
os momentos de reflexão após a tempestade.
Lloyd John Ogilvie
Cantando para
melhorar a vida
Quando louvamos a Deus, nós lhe fazemos um convite para que aja.
Louvando, pomos todo o nosso ser (corpo e mente) na presença
de Deus.
Adorando, pomos Deus no seu devido lugar, o lugar de Rei sobre
as nossas vidas.
Cantar é poderosamente didático, ao ponto de o pensamento po-
pular dizer que “quem canta seus males espanta”.
Disso sabiam os poetas da Bíblia.
Toda vez que algo os sufocava, eles se lembravam de quem era
Deus.
Quando olhavam para a humanidade e viam o que viam (que é
o mesmo que nós vemos), eles se lembravam de quem era Deus e
descansavam sob a sua soberania.
Quando eles olhavam para as circunstâncias que os cercavam (e
que também nos rodeiam), eles se lembravam de quem era Deus e
descansavamà sombra do seu amor.
Quando eles olhavam para dentro de si mesmos (e não gosta-
vam, como não devemos gostar também, por causa dos pecados
que cometemos), eles se lembravam de quem era Deus e descansa-
vam na certeza da sua misericórdia.
O louvor, portanto, tem também esta finalidade: lembrar-nos
quem é aquele a quem adoramos. Quando nos lembramos disto,
nossa disposição para viver simplesmente muda, para muito melhor.
Quando louvamos, vivemos melhor, muito melhor.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 99.1-4 e Isaías 58 a 61
“Que todos o louvem por causa da sua grandeza e porque ele merece
profundo respeito. O SENHOR Deus é santo”. (Salmo 99.3)
AGOSTO
12 espiritual, emocional e relacionalmente.
Kerry e Chris Shook
O que a gratidão
faz conosco
Agradecer é uma forma de oferecer. Por isto, Jesus mesmo nos dis-
se que é melhor oferecer do que receber.
É melhor agradecer porque a gratidão vasculariza nossas veias.
A reclamação é tóxica. Agradecer é tão bom quanto perdoar. A
gratidão deixa o nosso rosto bonito. É melhor oferecer porque a
gratidão fortalece nossas vidas, porque nos faz lembrar as vitórias
anteriores, o que nos anima nas lutas de hoje.
É melhor reconhecer o que nos fazem de bom porque a gratidão
nos torna humildes e não arrogantes. Ela nos torna mais relacio-
nais e menos autossuficientes. Precisamos uns dos outros. Por isto,
as empresas deviam buscar desenvolver a espiritualidade da grati-
dão, para serem sempre grandes. É melhor elogiar porque a grati-
dão perfuma nosso ambiente de trabalho. Elogiar é como receber
rosas. O ambiente se torna agradável. O coração bate aos sorrisos.
É melhor dar do que receber porque a gratidão mostra nossa dis-
posição em viver como Jesus viveu. E Jesus não só ensinou que de-
vemos ser gratos; Ele mesmo viveu este ensino, quando entregou
sua própria vida em nosso lugar na cruz, no evento mais importan-
te da história, para que pudéssemos ter paz.
Jesus curou dez pessoas e uma, apenas uma, voltou para agra-
decer. Esteja entre os 10% que agradecem. Lembre-se das pessoas
e organizações que contribuíram para que você esteja onde está.
Agradeça hoje quem o levantou. Telefone hoje para quem pegou
você pela mão. Mande flores agora para quem o fortaleceu.
Então, “se podes dizer, em uma frase linda, algo que faça a triste-
za ir embora, dize-o enquanto posso agradecer sorrindo: se podes
dar-me uma flor, faze-o agora!” (Myrtes Mathias)
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 99.5-9 e Isaías 62 a 64
“Ó SENHOR, nosso Deus, tu respondeste ao teu povo; tu mostraste
que és Deus que perdoa, mas também que castiga as pessoas pelos seus
pecados”. (Salmo 99.8)
AGOSTO
13 pode receber: ele acreditava em mim.
Jim Valvano
AGOSTO
14 homem que dá esperança, felicidade e confiança aos
seus filhos porque vocês mesmos descobriram sua
alegria, felicidade e confiança em Deus.
John Piper
AGOSTO
15 ‘Isto vai dar resultado?’. A vaidade pergunta:
‘Isto é popular?’. A consciência, porém, pergunta:
‘Isto está certo?’
Dexter Scott King
AGOSTO
16 pinta sua obra-prima no coração da humanidade.
Ravi Zacharias
Durante o intervalo
Os salmos estão repletos de afirmações acerca do poder e da glória
de Deus. O livro do Apocalipse é todo para dizer que Deus reina.
No entanto, no plano social e político, as chacinas e as atrocida-
des reinam. A violência no campo e na cidade nos atemoriza, como
se integrasse uma espiral sem fim. Já no tempo de Jesus era assim.
Desde antes dele e depois dele, as guerras são uma constante na
história da humanidade.
No plano pessoal, a depressão, o sofrimento, o desemprego e
medo triunfam. Sentimos sua força mesmo entre aqueles que ser-
vem a Deus. Mesmo em suas vidas, o Deus de paz, saúde, prosperi-
dade e felicidade não reina.
Precisamos entender que vivemos numa espécie de intervalo do
triunfo de Deus. Jesus veio e inaugurou o seu reino, do qual so-
mos proclamadores. Este reino, no qual não haverá pobres, nem
prisioneiros, nem cegos, nem oprimidos de espécie alguma (Lucas
4.18), ainda não se consumou. Por isto, temos/somos pobres, pri-
sioneiros, cegos e oprimidos. Ainda os maus parecem comandar o
mundo. Quando o reino se consumar e o “ainda não” também se
tornar “já”, o que aflige o ser humano não afligirá mais.
Deus, que exaltou Jesus sobre todas as coisas (Filipenses 3.7-8),
garante que um dia todo joelho se dobrará diante de Jesus. Então,
Ele será Senhor, o que significa crer que Ele triunfará sobre todas
as forças do mal. Ele será o juiz da história (Salmos 96.13 e 98.9).
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 102.8-12 e Daniel 7 a 8
“Tu, SENHOR, permanecerás para sempre, e a tua memória, de gera-
ção em geração”. (Salmo 102.12)
AGOSTO
17 temos carências, mas não é possível medir a felicidade
em razão de nossas carências, supridas ou não. Temos
momentos de alegria, entusiasmo e excitação, mas
não são estes os momentos que definem a felicidade,
porém o conjunto da obra.
Paulo Pimentel Wulhynek
AGOSTO
18 do meio-dia e a tempestade da noite.
William Scott Downey
Cuidando do
princípio do prazer
O ser humano é regido pelo princípio do prazer. O jogador tem pra-
zer em vencer, seja na loteria ou num campo de futebol. Todo jogo
tem regras. Diante delas, o ser humano deve segui-las, mas pode
também adulterá-las, procurando, por exemplo, colocar a mão na
bola sem que o juiz veja ou simular uma falta que não recebeu.
Quando o princípio do prazer se torna absoluto, as regras são
relativizadas e, depois, adulteradas. Fazer as próprias regras pode
parecer uma indicação de força, mas é de fraqueza.
Quando estamos frágeis, o instinto é forte. Por natureza, o ser
humano quer ter prazer. Se puder ser dentro das regras, ele as se-
guirá. Se for preciso romper as regras, ele as quebrará.
Quando estamos frágeis, o ambiente é forte. Como ser honesto,
se a maioria dos nossos colegas frauda? O meio em que vivemos
vem sobre nós como uma onda gigantesca difícil de surfar. Só os
fortes se mantêm íntegros. Andar como os outros andam é uma
demonstração de fraqueza.
Quando estamos frágeis, a sedução é forte. Diante de um vitrine
de objetos, eles brilham. Quanto mais frágeis somos, mais brilha-
rão, embora tenham a mesma intensidade; mais precisaremos de-
les, embora possamos dispensá-los; mais os desejaremos.
Quando estamos frágeis, a paixão é forte. O amor passageiro é
tornado definitivo, como se fosse uma oportunidade que nunca
voltará. O desejo transformado em paixão se torna uma forma de
ver que deixa cego o apaixonado.
Nossas emoções desorganizadas são o espaço propício para o
triunfo dos desejos, inclusive os destrutivos.
Cabe a cada um de nós organizar as nossas emoções. Quando
fazemos isto, estamos no caminho de nos tornarmos fortes.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 102.23-28 e Daniel 6 e 10
“Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim”. (Salmo 102.27)
AGOSTO
19 completamente. Apesar de sermos imperfeitos,
Ele nos ama perfeitamente. Embora possamos
nos sentir perdidos e sem bússola, o amor de Deus
nos envolve completamente. Ele ama cada um de
nós, mesmo aqueles que são falhos, rejeitados,
estranhos, tristes ou alquebrados.
Dieter F. Uchtdorf
Na mão correta
Ser fiel a Deus, e ao que Ele nos pede, implica em decisões cons-
tantes. Ao tomarmos certas decisões de acordo com a Palavra de
Deus, entramos em desacordo, muitas vezes, com as pessoas que
nos cercam. Para quem quer ficar com Deus, a pressão do lado de
fora é muito forte.
Quem anda com a Palavra de Deus parece andar na contramão.
A maioria diz que devemos fazer o que o nosso coração manda,
mas o nosso coração pode nos conduzir ao pecado. A maioria diz
que devemos fazer amigos, influenciar pessoas e ganhar dinheiro,
o que implica em manipular as pessoas para atender os interesses
próprios. A maioria diz que há vários caminhos para Deus, e não
apenas um, que é Jesus Cristo, que é segundo suas próprios pala-
vras, o único caminho para Deus. A maioria diz que devemos impor
nossas vontades, usando até, se necessária, a força.
Nós, porém, afirmamos que o nosso prazer é sermos guiados
pelo Espírito Santo de Deus, mesmo que esta condução contrarie
os nossos desejos. Nós, porém, insistimos que devemos amar as
pessoas, não porque possam nos dar algo em troca, mas porque são
nossos semelhantes, criados parecidos com Deus como nós. Nós,
porém, cantamos que cremos que foi Jesus quem abriu o caminho
para o céu e não nenhum outro. Nós, porém, desejamos viver em
harmonia com as pessoas, o que nos sugere ceder (e mesmo per-
der) para que haja paz. Agindo assim, talvez estejamos na contra-
mão dos homens, mas na correta mão de Deus.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 103.1-3 e Ageu 1 a 2
“Ó SENHOR Deus, que todo o meu ser te louve! Que eu louve o Santo
Deus com todas as minhas forças!”. (Salmo 103.1)
AGOSTO
20 em direção à casa, Ele corre para nos encontrar
Jennifer Rothschild
Não precisamos
ter medo de Deus
Em nossa infância, pode ser que Deus nos tenha sido apresentado
como alguém de quem devemos ter medo.
Crescemos mas Deus continua do tamanho dos nossos infunda-
dos temores infantis.
Desde então, imaginamos que Deus tem olhos que tudo veem, de
modo que o nosso pecado não se lhe escapa. Adultos, acabamos per-
cebendo Deus como possuidor de um poderoso radar que busca mo-
toristas em excesso de velocidade, como se tivesse prazer em multar.
Aprendemos com Esdras que Ele vê para proteger (Esdras 5.5).
O salmista descansa por estar sob esses olhos. Apesar disto, po-
demos desenvolver a ideia de que Deus está mais interessado em
nossa santidade do que em nossa felicidade.
Esta ideia pode ter origem nas “boas” intenções dos nossos pais
que, para nos “educar” inocularam em nós o medo do castigo de
Deus até por coisas com as quais Deus não se importa.
Quando percorremos as páginas do Antigo Testamento, vemos
que, apesar da falha do povo de Israel, Deus continuou a amá-lo.
A despeito desta clareza, o legalismo se tornou uma tentação
muito abraçada. Jesus passou parte do seu tempo desconstruindo
furiosamente o legalismo. Para os legalistas (que raramente se as-
sumem como tais), Deus é totalmente contra os prazeres e absolu-
tamente a favor de regras e obrigações. Para os legalistas, todos os
nossos problemas (como as doenças e os desempregos) advêm de
nossos pecados. Na Bíblia, as expressões “temor do Senhor” ou “te-
mor ao Senhor” significa levar Deus a sério, mantendo-o no centro
da vida. Deus não quer ter amizade (comunhão) com pessoas que
tenham medo dele. Na verdade, não há medo entre amigos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 103.1-3 e Daniel 11 e 12
“O SENHOR Deus julga a favor dos oprimidos e garante os seus direi-
tos”. (Salmo 103.6)
AGOSTO
21 sempre outro que se abre. Em geral, porém, olhamos
com tanto pesar e ressentimento para a porta fechada
que não percebemos a outra que se abriu.
Orison S. Marden
A doçura da amargura
Gostamos de chocolate porque é gostoso. Nossos olhos o buscam
na gôndola das lojas onde estão à venda. Nossos braços se esticam
para ele no armário. Nossos dedos o separam no pacote.
Se pudermos comê-lo publicamente, nós o faremos, com sorri-
sos nos olhos. Se não for possível, nós comeremos em segredo, até
durante a noite enquanto a casa dorme. Para a maioria das pesso-
as, chocolate é muito gostoso. Por isto, nós o ingerimos.
Fazemos o mesmo com as ideias e atitudes. Buscamos o amigo
que nos fala palavras agradáveis. Apreciamos o pensador com o
qual concordamos. Sentamo-nos diante do orador que fala o que
queremos ouvir. Saboreamos o escritor que escreve o que gostarí-
amos de ter escrito. Elogiamos o psicólogo que nos faz nos sentir
bem. Memorizamos o versículo bíblico que nos enche de esperan-
ça. Relemos o livro que se alinha conosco.
No entanto, o melhor amigo tira-nos o ombro para que nos le-
vantemos, embora seu gesto pareça uma grosseria.
O bom pensador nos instiga a pensar contra a onda, e esta é a
verdadeira rebeldia. O orador realmente digno de apreço é o que
nos faz seguir por outra via. O livro que nos leva a negar nossa pró-
pria moda é o que merece, debaixo do braço, a nossa companhia. O
psicólogo que, de fato, nos ajuda a viver é o que nos faz ver a nossa
face sombria.
Precisamos de versículos cheios de promessa, mas também de
versículos plenos de advertência.
Bom é o doce, mesmo que, à primeira bocada, pareça amargo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 103.13-22 e Zacarias 1 a 3
“Mas o amor de Deus, o SENHOR, por aqueles que o temem dura para
sempre. A sua bondade permanece, passando de pais a filhos, para
aqueles que guardam a sua aliança e obedecem fielmente aos seus
mandamentos”. (Salmo 103.17-18)
AGOSTO
22 desintegrar e acabar, mas a ternura do coração
é de eternidade a eternidade; quando a tocamos,
tocamos a imortalidade.
Agnes Sanford
AGOSTO
23 composta por fatos, desejos e realizações,
todos misturados com as tragédias dos motivos
errados e das verdades esquecidas.
Donn Taylor
AGOSTO
24 que nos alcança, salva e nos apresenta um novo
caminho. O ponto de chegada é a glória, a realização
plena do propósito de Deus. Entre um e outro, temos
diante de nós a extraordinária aventura da vida.
Ricardo Barbosa de Sousa
Palavras de vida
Embora seja mais que um livro de promessas, a Bíblia foi escrita
também para nos animar.
1. Se, desanimados, deixemos que a verdade divina nos ilumine:
“O Senhor é o meu pastor. Nada me faltará”. (Salmo 23.1)
2. Se, cansados, recebamos as palavras acolhedoras de Jesus,
“Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as
suas pesadas cargas,e eu lhes darei descanso. Sejam meus segui-
dores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um cora-
ção humilde;e vocês encontrarão descanso”. (Mateus 11.28-29)
3. Se, enfraquecidos, um sorriso perpasse nossas almas, ao sabermos:
“O Senhor é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não
se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria.
Aos cansados Ele dá novas forças e enche de energia os fracos.
Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; mas os
que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas
alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e
não se cansam”. (Isaías 40.28-31)
4. Se, acossados, sejamos tomados de uma poderosa confiança
diante da revelação reconfortadora:
“Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em
tempos de aflição”. (Salmo 46.1)
5. Se, tomados pela falta de perspectiva diante das dificuldades de
hoje, somos recordados pela Palavra Eterna:
“Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o Senhor. Ele me es-
cutou e ouviu o meu pedido de socorro”. (Salmo 40.1)
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 104.19-24 e Zacarias 9 a 11
“Quantas são as tuas obras, Senhor! Fizeste todas elas com sabedoria!
A terra está cheia de seres que criaste”. (Salmo 104.24)
AGOSTO
25 o sentimento que não compartilhamos.
Graham Greene
As emoções da história
Por causa de um motivo apenas profissional, dois desconhecidos
(I. e P.) se conhecem. Por alguma razão, o contrato a ser assinado
é trocado pelo tema da segurança pública. Indignado, P. conta que
seu filho de 21 anos de idade foi assaltado.
— Meu filho é especial.
E a história segue por mais de uma hora.
O garoto é um anjo que Deus lhe mandou. “Eu não saberia vi-
ver sem ele”. “Ele deu sentido à minha vida”. “Foi um presente que
Deus me deu para eu cuidar”. “O que eu sou eu devo ele”. “Ele é a
prova que Deus existe”. Depois, conta outra prova. O menino tinha
que fazer uma cirurgia com custos impossíveis. No meio da aflição,
o pai recebeu de uma senhora um pedido pelo seus serviços. Para
fechar o negócio, teve que ir ao escritório da mulher. Ela era dire-
tora de uma rede de televisão. Assinado o contrato, ele se retirou.
Antes de tomar o elevador, retornou.
— Preciso de sua ajuda e eu sei que a senhora vai me ajudar.
Ela ouviu sem prometer. O pai ficou de mandar a documentação por
fax. No entanto, antes disso, a diretora mandou seu motorista buscar
o prontuário do menino no ateliê do pai. No meio da tarde, ligou:
— O senhor pode ir amanhã para São Paulo com o J. Procure
pelo Doutor Adib Jatene. Diga que foi a pedido do Doutor Campos
da Paz, de Brasília. E a vida do menino foi salva.
P. nunca mais viu a mulher.
I. pesquisa por ela na internet. Encontrando-a, mostra uma foto
de Olga Curado, a benfeitora. P tocou na tela como se a beijasse.
As lágrimas dos dois enchem de alegria a sala.
Ficamos mais ricos quando paramos para contar ou escutar es-
sas histórias. É muito bom, mesmo num dia agitado, deixarmo-nos
levar pelas emoções que saem de uma história.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 104.25-31 e Zacarias 12 a 14
“Perdure para sempre a glória do Senhor! Alegre-se o Senhor em seus
feitos!”. (Salmo 104.31)
AGOSTO
26 superam moralmente as outras, mas para aqueles
que admitem seu fracasso e que reconhecem sua
necessidade de um Salvador.
Timothy Keller
A fonte da alegria
Onde está a fonte de nossa alegria?
Esta é a pergunta que precisamos nos fazer.
Recebemos nosso salário e nossos rostos brilham de alegria, mas
o dinheiro acaba. Vai junto a alegria?
Passamos a noite numa festa, na qual nos divertimos muito.
Chegando a manhã, a música cessa, as cadeiras são recolhidas. Ces-
sa junto a nossa alegria?
Fizemos algo interessante e somos reconhecidos, com palavras
que trazem alegria ao nosso coração. Daqui a pouco, temos outra
tarefa para realizar. A anterior ficou para trás. Fica para trás, tam-
bém esquecida, a nossa alegria?
Empreendemos uma longa viagem cheia de pessoas interessan-
tes e lugares deslumbrantes. Ao final, voltamos e nossa vida volta
ao normal. Ficou nos destinos distantes a nossa alegria?
Participamos de uma competição, em que fizemos o nosso me-
lhor, e triunfamos saborosamente. Depois, vêm outras competi-
ções. Acabou a alegria da vitória?
Enfrentamos um difícil concurso, no qual fomos aprovados e
muito celebramos. Começamos a trabalhar, com o peso próprio do
trabalho. Agora é sem alegria?
A alegria é bem-vinda, mesmo a que passa.
Só não é bem-vinda a alegria que nos afasta de Deus.
Por isto, devemos pedir a Ele que guarde as fontes da nossa ale-
gria. Devemos lhe pedir que a nossa amizade com Ele seja o canal
por onde a alegria dele jorre para dentro de nossas vidas.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 104.32-35 e Ezequiel 6 a 9
“Seja-lhe agradável a minha meditação, pois no Senhor tenho alegria”.
(Salmo 104.34)
AGOSTO
27 na vida é seguir nossos sentimentos.
Gary Chapman
Pedagogia do cuidado
do corpo (2/3)
Viver é cuidar.
Somos um corpo para cuidar.
Se a alimentação é a fonte do nosso vigor, o exercício físico é a
fonte do nosso equilíbrio.
Na ignorância, o corpo tende à inércia; na sabedoria, o corpo
tende ao movimento; no cuidado, o movimento deve se dar como
exercício. Corpo que se exercita é corpo são e longevo.
É também corpo são e longevo o que descansa. Entre os Dez
Mandamentos pétreos de Deus, está um que nos orienta a descan-
sar (Êxodo 20.8-11). Em nossa pecaminosa autossuficiência, acha-
mos que tudo depende das nossas mãos. Então, estranhamente
abrimos mão de nossa liberdade e descambamos para a idolatria,
adorando o trabalho, isto é, prostramo-nos reverentemente diante
dele. Quem não descansa é escravo. Quem é sábio separa um séti-
mo dos dias da semana para descansar e a metade das horas do dia
para repousar. Quem é livre dorme o tempo de que precisa o seu
corpo para se recompor.
Corpo que se exercita e descansa é corpo são e longevo.
É também corpo são e longevo o que evita os gestos que o ado-
ecem. Adoece-nos ir além de nossas possibilidades, arrebentando-
nos os músculos. Adoece-nos perder o controle sobre o peso do
nosso corpo. Adoece-nos deixar de lado os cuidados da prevenção,
seja a escovação dos nossos dentes, seja a submissão aos exames de
rotina para o conhecimento de nossa biosfera interior.
Se o atleta treina aguentando exercícios duros, em busca dos
seus troféus, todos precisamos cuidar para que a nossa vida dure
mais e melhor (1Coríntios 9.25).
Somos um corpo para cuidar. [CONTINUA em 31/8]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 105.1-3 e Ezequiel 10 a 14
“Rendei graças ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos, en-
tre os povos, os seus feitos”. (Salmo 105.1)
AGOSTO
28 Merry Browne
AGOSTO
29 Deus e experimentamos a paz na vida. A quietude nos
enche da Presença de Deus.
E’yen A. Gardner
AGOSTO
30 e falar. Coragem é também aquilo que
me leva a sentar e ouvir.
Winston Churchill
AGOSTO
31 nem trabalho trivial.
Rory Noland
Pedagogia do cuidado
do corpo (3/3)
Viver é cuidar.
Somos um corpo para cuidar.
Se a alimentação é a fonte do nosso vigor, o exercício físico é a
fonte do nosso equilíbrio.
Na ignorância, o corpo tende à inércia; na sabedoria, o corpo
tende ao movimento; no cuidado, o movimento deve se dar como
exercício. Corpo que se exercita é corpo são e longevo.
É também corpo são e longevo o que descansa. Entre os Dez
Mandamentos pétreos de Deus, está um que nos orienta a descan-
sar (Êxodo 20.8-11). Em nossa pecaminosa autossuficiência, acha-
mos que tudo depende das nossas mãos. Então, estranhamente
abrimos mão de nossa liberdade e descambamos para a idolatria,
adorando o trabalho, isto é, prostramo-nos reverentemente diante
dele. Quem não descansa é escravo. Quem é sábio separa um séti-
mo dos dias da semana para descansar e a metade das horas do dia
para descansar. Quem é livre dorme o tempo de que precisa o seu
corpo para se recompor.
Corpo que se exercita e descansa é corpo são e longevo.
É também corpo são e longevo o que evita os gestos que o ado-
ecem. Adoece-nos ir além de nossas possibilidades, arrebentando-
nos os músculos. Adoece-nos perder o controle sobre o peso do
nosso corpo. Adoece-nos deixar de lado os cuidados da prevenção,
seja a escovação dos nossos dentes, seja a submissão aos exames de
rotina para o conhecimento de nossa biosfera interior.
Se o atleta treina aguentando exercícios duros, em busca dos
seus troféus, todos precisamos de cuidar para que a nossa vida
dure mais e melhor (1Coríntios 9.25).
Somos um corpo para cuidar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 105.43-45 e Ester 7 a 10
“E conduziu com alegria o seu povo e, com jubiloso canto, os seus esco-
lhidos”. (Salmo 105.43)
SETEMBRO
1 evidenciado por uma mudança de comportamento.
Robert Jeffress
A nudez da confissão
Viva a confissão!
O que fazemos quando pecamos?
A pergunta pode soar estranha, uma vez que temos aprendido
que erramos, falhamos ou cometemos deslizes, não que pecamos.
Temos aprendido também a transferir nossa culpa para a genética,
para a neurologia ou para o meio em que vivemos.
Temos mesmo dificuldade para admitir o mais simples, o mais
claro e o mais preciso: pecamos.
Em lugar de fazer como Davi, que admitiu dramaticamente ter
pecado e que corajosamente pediu perdão, preferimos seguir pelos
trilhos da explicação e da justificativa.
Explicamos que o nosso comportamento segue o padrão.
Justificamos que, estando sob forte tensão ou tentação, não ti-
vemos outra alternativa diante da pressão.
Diante do pecado, podemos também, e também de modo ina-
dequado, sentir vergonha ou mesmo ter nojo. Estes sentimentos
apenas agudizam a culpa, mas não têm efeito positivo.
Melhor mesmo é, reconhecendo o pecado (chamado pelo nome
que tem), concluir que pecamos. A nudez da confissão nos leva à
oração quebrantada: “Perdoa-nos, Senhor”.
É o perdão que nos abre a porta para uma vida transbordante.
Pedir perdão é visto como fragilidade, embora seja força.
Pedir perdão é percebido como confissão de derrota, quando, na
verdade, é canto de vitória.
Infelizmente, muitos demoram a entender que o ressentimento
é um capítulo da morte e persistem nele à espera de uma justiça
que nada vai reparar. O perdão prepara a vida.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 106.1-5 e Esdras 7 a 8
“Aleluia! Dêem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura
para sempre”. (Salmo 106.1)
SETEMBRO
2 Uma complementa a outra.
David ben Gurion
Organizar é preciso
A falta de disciplina é um inimigo a ser nocauteado.
Mesmo quando desejamos derrotá-lo, não o conseguimos no
primeiro round da luta. A falta de disciplina, que inclui a inexis-
tência de hábitos saudáveis quanto aos horários e a incompetência
para traçar objetivos claros e estratégias bem definidas, é defeito
difícil de deletar.
A falta de disciplina atende a uma demanda de nossa natureza
e corresponde ao que aprendemos ao longo de nossa vida. Triste
daquele que nasceu numa casa em que não há horários definidos
para as refeições, tempo definido para o lazer (jogos e brincadei-
ras), tarefas para cada dia da semana, compromissos a serem com-
partilhados em família.
Quem vive assim não desenvolveu a disciplina, que é a mãe do
sucesso.
Quem não teve uma boa formação em casa está destinado ao in-
sucesso? Sim, se se conformar. Não, se decidir mudar sua herança.
Em outras palavras, quem não teve uma boa formação não pre-
cisa ser escravo pelo resto de sua vida da deformação da falta de
horários e rotinas que povoou sua infância e adolescência.
Quem quiser pode se libertar e organizar a sua vida para ser um
vencedor. Quem quiser organizar seus dias precisa saber que a mu-
dança vai doer.
Só por acaso e por genialidade alguém sem disciplina vence, mas
o acaso não vem para todos e nem todos são gênios, mesmo que
achem. A derrota não exige esforço. A vitória exige.
O preço da derrota é muito alto. O preço da vitória compensa
pelas alegrias que traz.
Organize a sua vida para vencer.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 106.6-43 e Esdras 9 a 10
“Pecamos como os nossos antepassados; fizemos o mal e fomos rebel-
des”. (Salmo 106.6)
SETEMBRO
3 coisas, devemos crer num Deus que controla as
pequenas. Na verdade, somos nós que dizemos
que as coisas são grandes ou pequenas.
Elisabeth Elliot
SETEMBRO
4 de crenças sobre Deus, embora seja um
desconfortável encontro com Deus.
Michael Yaconelli
SETEMBRO
5 as outras têm desejos.
Washington Irving
Como, daqui a alguns dias, a semana vai acabar, cada gesto nosso
a partir de hoje deve sempre levar em conta o nosso plano de voo,
que nos diz em que aeroporto queremos pousar.
O que nos vem à mão, por nós mesmos ou por outras pessoas,
devemos fazer bem, de modo que não precisemos nos envergonhar.
Só devemos fazer o máximo. Quem faz o mínimo é como o devedor
que pensa que, pagando uma pequena parte, vai se livrar de sua
dívida, quando, na verdade, só vai, agindo assim, multiplicá-la.
O segredo maior de uma semana bem vivida é degustá-la na con-
vicção de que estamos na presença de Deus, não como um fardo,
mas como um companheiro solidário e sorridente que nos ajuda a
carregar o peso.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 107.1-7 e Neemias 1 a 3
“Na sua aflição, clamaram ao Senhor, e ele os livrou da tribulação em
que se encontravam”. (Salmo 107.6)
SETEMBRO
6 na promessa de Deus sempre. Ser feliz é ser humilde
e deixar Deus agir e nos usar como instrumentos
da sua obra. Ser feliz é contemplar a natureza,
admirar uma árvore, uma flor, a chuva e um dia
de sol radiante e saber que Deus providenciou
tudo isso porque nos ama demais.
Teresa Cristina Reis de Araujo
SETEMBRO
7 direito, é calar-me, seja sob que pretexto for.
Francisco Sá Carneiro
SETEMBRO
8 amargos, mas nunca estéreis.
Ernest Renan
SETEMBRO
9 lhe é estranha, você só a aprenderá com a prática.
Tracie Peterson
Impaciência
contra impaciência
O impaciente é aquele que se acha melhor do que o outro. Em lugar
de se achar apenas diferente se acha mais inteligente, mais rápido,
logo superior. Por isso, não tolera a lentidão dos outros, a limitação
que vê nos outros. O impaciente pensa que ele não foi avaliado de
modo justo no esforço que fez. Seu gesto de impaciência, na verda-
de, é uma busca de reconhecimento. Talvez seja uma forma de se
autoafirmar sobre os escombros das dificuldades dos outros.
O impaciente, quase sempre, descarrega sobre a pessoa errada
suas próprias frustrações, querendo que o outro pague por aqui-
lo que está dentro, na verdade, do próprio impaciente. E as vezes,
o grande erro da vítima do impaciente é estar naquele momento,
naquela hora, completamente errado, perto de uma pessoa impa-
ciente. Porque o impaciente é aquele que não tem controle sobre as
suas emoções, mas quer que o outro tenha. Na verdade, se o outro
tem alguma fragilidade, o que ele precisa não é de uma pessoa im-
paciente, mas de um professor humilde, um pedagogo cuidadoso,
que o tome pela mão sem que ele perceba.
Um impaciente deve saber que a sua impaciência é uma vitória
da sua própria ansiedade. É a realização, em última instância, do
seu terrível sentimento de perfeccionismo.
O último exercício para um impaciente é colocar-se ao lado de ou-
tra pessoa impaciente, a guerra vai ser dura e um deles vai perder.
Sejamos impacientes com os impacientes, para que os impacien-
tes aprendam a ser pacientes. E se nós somos os impacientes o ro-
teiro está dado, peça perdão a Deus e peça a Ele ajuda, para ser uma
pessoa paciente, tal como você quer que os outros sejam com você,
na hora em que você estiver precisando.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 107.32-39 e Neemias 11 a 13
“Deus derrama desprezo sobre os nobres e os faz vagar num deserto
sem caminhos. Mas tira os pobres da miséria e aumenta as suas famí-
lias como rebanhos”. (Salmo 107.40-41)
SETEMBRO
10 é um amor que dá, um amor que flui em abundância
com prazer, generosidade e bondade.
Roy Lessin
Aprendendo com a
mãe de uma menininha
Quando ainda a noite resiste à manhã, adultos a passos largos se-
guem seus itinerários. Enquanto andam, podem ver as crianças
dando os seus passos em direção à escola onde estudam.
Entre essas crianças, esta uma menina, talvez de oito anos.
Ela está sentada na calçada, dobrada sobre os joelhos, arruman-
do sua mochila em forma de mala. Certamente, havia algum pro-
blema. Talvez procurasse algum objeto ou conferisse alguma coisa.
Parecia tranquila.
Ao lado, uma senhora, muito provavelmente sua mãe, está aten-
ta, inclinada, pronta para intervir, se a garota precisar.
Esta pode ser uma bela comparação para o modo como Deus age.
O Deus que está ao nosso lado (Mateus 28.20) é o Deus que se
inclina (Salmo 17.6), se precisarmos. É o Deus que desce de sua
glória (Êxodo 3.8), se for necessário. É o Deus que, se pedimos, in-
tervém (Efésios 3.20-21). É o Deus que se alegra quando estamos
bem (Efésios 1.13-14). Foi assim que Ele se mostrou, em toda a sua
inteireza, em Jesus Cristo, nosso Salvador (João 1.14).
A Bíblia faz questão de lembrar que, embora esteja acima de to-
dos os seres e de todos os poderes, em sua glória absoluta, Deus
não é surdo aos clamores humanos.
Pelo contrário, ao se inclinar, Ele contempla o necessitado em
suas necessidades e sofre com os pobres em suas dificuldades. O
projeto dele é outro: é dar uma vida digna a todos os que desejam
uma vida digna, como se fossem príncipes.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 107.40-43 e Ezequiel 20 a 22
“Reflitam nisso os sábios e considerem a bondade do Senhor”.
(Salmo 107.43)
SETEMBRO
11 torna-se gravado em nosso caráter.
Colin Smith
Gratidão por
palavras amargas
Gostamos de palavras suaves, sejam elogios, sejam votos de “sucesso”.
Essas palavras têm um grande poder sobre nós, ao nos anima-
rem para a realização de nossos projetos. Nós emolduramos pa-
lavras agradáveis. Nós as memorizamos para nos acompanharem
nas horas tensas. Elas são como ventos favoráveis.
Mais do que gostar, nós precisamos de palavras agradáveis.
Mas também precisamos de palavras desagradáveis. São aquelas
que recebemos como se fossem “contra” nós. Elas estão contra uma
prática ruim, um hábito destruidor, um jeito de ser tóxico, um pe-
cado resiliente em nós.
Nós não gostamos de ouvir que estamos errados, mesmo quando
estamos errados.
Pois, diferentemente de nossas atitudes comuns diante das pala-
vras amargas, nós deveríamos agradecer a quem no-las oferece. Em
lugar de as evitar, gritemos “bem-vindas”às palavras que nos des-
pertam da preguiça, que nos acordam da indisciplina, que tocam a
nossa insensibilidade, que nos provocam para perceber a realidade,
que nos desmascaram, que nos advertem contra o nosso pecado.
Palavras duras nos fazem mais suaves; palavras ruins nos fazem
melhores, desde que as ouçamos.
Parte do que somos devemos às pessoas que nos disseram pa-
lavras que nos fizeram sorrir e parte do que somos tributamos às
pessoas que nos proferiram palavras que nos arrancaram lágrimas.
Por estes dois tipos de palavras, sejamos agradecidos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 108.1-2 e Ezequiel 23 a 24
“O meu coração está firme, ó Deus, bem firme; eu cantarei hinos em
teu louvor. Acorde, meu coração!”. (Salmo 108.1)
SETEMBRO
12 mas um fundo a ser administrado.
Charlie Jones
Desejos de realização
Para que sejam de realização, nunca de destruição os nossos de-
sejos.
1. Precisamos examinar os nossos desejos. Por que um pai que, na
infância, nada teve e dá agora tudo para o seu filho? Por não ter tido
o que precisava ter deseja dar ao seu filho o que não teve, mesmo
que o filho não precise. Esse pai precisa saber que o seu filho care-
ce de afeto e talvez de uma aprendizagem em como demonstrá-lo.
Precisamos examinar nossos desejos, como parte de um processo
de autoconhecimento, que nos leva a saber porque decidimos e a
como decidir melhor. Por isto, sobre tudo o que devemos guardar,
devemos guardar o coração, “porque dele procedem as fontes da
vida” (Provérbios 4.23).
2. Precisamos assumir o controle dos nossos desejos. Quem controla
a nossa vida: nós ou os nossos desejos? Nós temos uma boa par-
cela de controle sobre o que fazemos com os desejos. Quando eles,
vêm, podemos acolhê-los ou rechaçá-los. Viver deve incluir medi-
tar. Precisamos refletir nas razões dos nossos desejos, para não
permitir que eles, como se tivessem vidas próprias, nos controlem.
Somos os nossos desejos, mas não apenas nossos desejos. Somos
também razão e ela precisa desempenhar o seu papel.
3. Precisamos de uma boa atmosfera para desejar o que é bom. So-
mos instruídos a desejar as coisas do alto (Colossenses 3.2). Para
tanto, é-nos oferecido “leite espiritual puro”, que, quando o bebe-
mos, crescemos saudáveis (1Pedro 2.2). Precisamos respirar um ar
bom, que é inspirado pelas boas companhias, formadas por con-
versas dignas e leituras de valor. Precisamos de amigos de classe
espiritual. Precisamos de livros que nos fazem pensar, de modo a
não nos iludirmos com promessas que parecem boas. A quem es-
tamos ouvindo?
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 108.3-5 e Ezequiel 25 a 26
“Ó SENHOR Deus, eu te darei graças no meio das nações; eu te louva-
rei entre os povos”. (Salmo 108.3)
SETEMBRO
13 ser mais profundas do que a nossa fé.
Jeff Huff
SETEMBRO
14 com ouro, ainda menos pode ser adquirida sem ele.
Samuel Butler
SETEMBRO
15 da nossa humanidade. Declaramos mais
verdadeiramente quem somos quando contamos
histórias uns aos outros e oramos ao Senhor.
Eugene Peterson
Necessidades radicais
Para viver, precisamos ser tratados com TERNURA. Sem ternura,
a vida não é possível. Ela dispensa palavras. Acontece no toque.
Para viver, precisamos ser recebidos com HOSPITALIDADE.
Quando nos hospedam numa casa, somos tornados seus parentes.
Quando somos reunidos numa mesa, a vida é partilhada conosco.
Para viver, precisamos experimentar o SILÊNCIO do outro.
Quando nos escutam, nós sabemos quem somos. Conter as pala-
vras é um gesto de generosidade. Quem cuida do outro ouve. Silên-
cio demanda aprendizagem.
Para viver, precisamos da COMUNICAÇÃO COMPASSIVA. Na
hora de falar, cada palavra é envolvida em compaixão. A frase pen-
sada será dita se o amor a aprovar. O conselho será dado se for
realmente levantar o outro.
Precisamos, portanto, que o outro seja terno conosco e nos re-
ceba. Precisamos que o outro nos escute e use suas palavras como
canais de compaixão. E o outro?
O outro também precisa de nossa ternura. O outro precisa que
coloquemos nossa mão sobre a sua pele e deixemos que o encontro
nos conduza. O toque é a suprema comunicação. O outro também
carece que o recebamos. Quando acolhemos o outro, celebramos
uma espécie de eucaristia, aquela que foi festejada por Jesus quan-
do deu graças por ter os discípulos com Ele durante a refeição. O
outro também cresce com o nosso silêncio, o silêncio de quem ouve,
sem o julgar, sem o classificar, sem o diminuir. O silêncio é a chave
do cuidado. O outro também se fortalece quando nossas palavras
lhe são ditas para levantá-lo. Nossas palavras são, neste caso, a vida
que flui a partir de nós mesmos e alcança o coração do outro.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 109.1-20 e Ezequiel 31 a 32
“Eu te louvo, ó Deus. Não fiques assim silencioso”. (Salmo 109.1)
SETEMBRO
16 mas precisamos de seu livramento do que nós somos.
Corrie ten Boom
O retrato do criador
A humildade, além de ser uma virtude moral, é produtiva.
Quando admitimos que não sabemos tudo, pomo-nos no cami-
nho de aprender mais. Quando reconhecemos que não somos bons
em tudo, tornamo-nos melhores numa área específica.
Não precisamos nos sentir menores porque alguns dirigem auto-
móveis melhor do que nós ou porque outros falam em público com a
facilidade de quem conversa numa rodinha de colegas enquanto nós
suamos frio só em pensar no público que teremos para enfrentar.
Não precisamos nos sentir piores porque não conseguimos sacar
uma rolha sem derramar parte do líquido ou assentar um tijolo no
nível certo ou pilotar uma máquina para furar uma parede sem abrir
uma cratera. Podemos ter algumas habilidades, mas não todas.
Quando cada um se dedica a executar o que faz de melhor, todos
ganhamos, porque a especialização permite que os bons se tornem
ótimos. Em nossa sociedade, a começar pela primeira de suas orga-
nizações que é a família, sempre há necessidades a serem supridas,
umas pelos generalistas, outras pelos especialistas. Há dificuldades
que demandam apenas amor para ser vencidas e outras que care-
cem de amor e conhecimento específico, quase sempre desenvol-
vidas em equipe. O que cada um de nós precisa descobrir é a sua
melhor habilidade, sem achar que ela é inferior a outras, mesmo
que remuneradas em níveis mais altos.
Os pais, por exemplo, não podem esquecer que seus filhos são
obviamente diferentes entre si, se têm mais de um, ou felizmente
diferentes dos filhos dos seus amigos.
Nas habilidades demonstradas com o corpo ou com a mente, há
histórias de oportunidades oferecidas, há emoções que foram equi-
libradas, há esforços repetidos à exaustão, há prazeres que muitos
sequer imaginam, há o retrato do supremo Criador.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 109.21-27 e Ezequiel 33 a 34
“Mas, quanto a mim, ó SENHOR, meu Deus, ajuda-me como prome-
teste e livra-me, pois és bom e amoroso!”. (Salmo 109.21)
SETEMBRO
17 F. Dean Lueking
A arte de tratar
os inimigos
Não devia ser assim, mas, infelizmente, é assim: ao longo da vida,
vamos colhendo inimizades. São pessoas que ferimos ou nos feri-
ram. São pessoas que não nos compreenderam ou não as compre-
endemos. São pessoas que nos julgaram sem nos ouvir ou que nós
julgamos sem que as escutássemos.
A partir daí, embora não devesse ser assim, deixamos de nos falar.
Nessas pessoas ou em nós, vão se acumulando desejos ruins: um
deles é ver as suas ruínas.
Temos que ser honestos: muitas vezes desejamos que algo de
ruim aconteça a estas pessoas, como uma prova da justiça. Pode ser
até que nos alegremos quando essas pessoas recebem um castigo.
Nossa atitude precisa ser outra. Devemos deixar que Deus faça
justiça. E quando Ele faz justiça, pode ser que nós sejamos os casti-
gados, por estarmos errados.
Nosso padrão diante da injustiça deve ser outro. Jesus estabe-
leceu o padrão: devemos amar os nossos inimigos (Mateus 5.43) e
caminhar com eles (Mateus 5.41).
O padrão de Jesus deve ser o nosso padrão.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 109.28-29 e Ezequiel 35 a 36
“Eles podem me amaldiçoar, mas tu me abençoarás. Que os meus per-
seguidores sejam derrotados, e que eu, que sou teu servo, fique alegre!”.
(Salmo 109.28)
SETEMBRO
18 É o dom pelo qual nos damos ou nos
compartilhamos com os outros.
Ralph Ransom Frederick
SETEMBRO
19 Caminhar pela fé é dizer: ‘Eu creio em Deus’.
Charles Spurgeon
SETEMBRO
20 Fica forte e ousada quando é testada.
Tracie Peterson
Quem é que
realmente vence
A vitória é para os fortes — pensam alguns.
Os fracos — os fracos de caráter, os fracos de força, os fracos de
emoções, os fracos de sabedoria — jamais vencem — concluem
outros. Os chamados fortes já nasceram fortes. Por isto, não é re-
volucionária a sua vitória.
No entanto, os verdadeiros vitoriosos são os feridos, os magoa-
dos, os abusados, os desamparados, mas não todos.
Os verdadeiros vitoriosos são os feridos, os magoados, os abusa-
dos, os desamparados que olham para o Alto e gritam:
— Estou cansado, Senhor. Vem me socorrer.
Mas, os verdadeiros vitoriosos são os feridos, os magoados, os
abusados, os desamparados que, vendo as mãos de Deus estendi-
das em sua direção, se deixam acolher e orientar por elas.
Os verdadeiros vitoriosos são os feridos, os magoados, os abusa-
dos, os desamparados que caminham em busca da superação.
Os verdadeiros vitoriosos são os pobres que Deus enriquece, os
chorosos que Deus conforta, os humildes que Deus dignifica, os
desrespeitados para quem Deus sorri, os que rejeitam a violência
confiantes no cuidado de Deus, os que Deus corrige, os titubeantes
que Deus conduz, os que decidem aceitar a graça de Deus, os que
querem ser realmente limpos e os que amam profundamente a paz.
Os verdadeiros vitoriosos são os feridos, os magoados, os abu-
sados, os desamparados que se dispõem a pagar o preço, o preço
de confiar em Deus e nos seus companheiros de jornada, para uma
vida de serenidade, coragem e sabedoria modelada a cada dia, um
dia de cada vez, uma vitória de cada vez.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 111.1-6 e Ezequiel 41 a 42
“Aleluia! Na reunião do povo eu louvarei a Deus, o SENHOR, com todo o
meu coração, junto com os que lhe obedecem”. (Salmo 111.1)
SETEMBRO
21 todo e não a que te descanse apenas a superfície como
a um pedinte que dorme num banco de jardim.
Vergílio Ferreira
SETEMBRO
22 inocência ou colocamos a culpa nele. Nós vamos mal
na escola e culpamos o professor. Ficamos irados
porque ‘o chefe é impossível’. Cada vez que fazemos
isto, negamos nossa responsabilidade e nossos erros.
Bruce Narramore
A bem-aventurança
da tolerância
Diante das atitudes de pessoas que têm posições, ideologias e cren-
ças diferentes das nossas, precisamos desenvolver a bem-aventu-
rança da tolerância. Essas pessoas conviveram com pessoas que
reforçaram e reforçam o seu modo de existir.
Essas pessoas são os outros em relação a nós. Mas então nos lembra-
mos que nós podemos ser os outros deles, isto é, eles podem nos ver
como sendo os seus outros. Nesse caso, como outros deles, nós que-
remos ser respeitados. Devemos analisar aquilo que nós pensamos,
cremos e fazemos, sabendo o porquê, como, o que acontece conosco
nessa perspectiva. Se for o caso, devemos ter a coragem de mudar,
quando tomamos conhecimento de ideias e práticas diferentes das
nossas e que entendemos serem melhores, serem verdadeiras, se-
rem mais corretas. Em toda e quaisquer circunstâncias, precisamos
respeitar àqueles que conjugam os seus verbos com outros paradigmas.
E uma boa maneira, nesta prática, é simplesmente conviver com
os que pensam, com os que creem, com os que fazem diferente-
mente de nós as coisas. A convivência não aprofunda as diferenças,
a convivência as suaviza. Por isso, cada um de nós deve se empe-
nhar em defender àquele que pensa ou age diferente da gente.
Não podemos cair na vala comum do relativismo, em que tudo
está certo. Porque há coisas que não estão certas. O critério é ver
se o pensamento em questão, a fé esposada, a prática vivida, gera
vida. Porque nós temos que ser contra o que produz morte, tanto
do lado do outro como também do nosso lado.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 111.9-10 e Ezequiel 45 a 46
“Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o SENHOR. Ele dá
compreensão aos que obedecem aos seus mandamentos. Que o SE-
NHOR seja louvado para sempre!”. (Salmo 111.10)
SETEMBRO
23 o qual a pessoa sai de si e se centra no outro
com desvelo e solicitude.
Leonardo Boff
SETEMBRO
24 estou aqui, a vida é impossível.
Lev Tolstoy
A graciosa natureza
da generosidade
Generosidade é olhar o outro como o outro gostaria de ser olhado.
Generosidade é deixar de olhar apenas para si e olhar para os lados
e para cima.
Generosidade é tomar a iniciativa de fazer o bem, de começar
uma conversa, de oferecer um braço amigo. Generosidade é dividir
o que tem, mesmo que vá lhe faltar. Generosidade é retribuir, mas
também oferecer sem esperar retribuição.
Generosidade é inspecionar o que vai doar para ver se vai fazer
mesmo bem ao outro. Generosidade é procurar palavras que levan-
tem o desanimado, alegrem o triste e fortalecem o enfraquecido.
Generosidade é telefonar para dizer “bom dia” ou para oferecer os
préstimos. Generosidade é ceder a vez, mesmo que tenha chegado
primeiro. Generosidade é estudar com o colega a matéria que já sabe.
Generosidade é pôr a mesa quando o outro não está esperando.
Generosidade é arrumar a cama de manhã, para que o outro não se
atrase. Generosidade é preparar o café, de surpresa. Generosidade
é levar o cachorro para passear, mesmo que não seja sua tarefa. Ge-
nerosidade é pôr no carrinho de compras aquilo que o outro gosta.
Generoso é quem faz além do que se espera dele. Generoso é
quem não depende da reciprocidade. Generoso é quem não é dono
da verdade.
Generoso é quem não tem a cara amarrada, pronta para a briga,
mesmo aquela que jamais acontecerá. O generoso não briga. Gene-
roso é quem, embora tendo todas as razões, não é amargo. Generoso
é quem trata a todos como irmãos, mesmo que desconhecidos.
Generoso é quem não ostenta. Generoso é quem sabe que o me-
lhor da vida não se compra; recebe-se. Generoso é quem sabe que
tem o que tem porque recebeu de graça.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 112.5-10 e Eclesiastes 1 a 2
“Feliz é o homem que empresta com generosidade e que com honestida-
de conduz os seus negócios”. (Salmo 112.5)
SETEMBRO
25 dito agora mesmo é algo que Deus está dizendo;
coisas maravilhosas estão sendo feitas e ditas
agora mesmo. Olhe. Escute.
Eugene H. Peterson
SETEMBRO
26 mas o sábio faz com que cresça sob os seus pés.
James Oppenheim
Desfrutando a vida
O dinheiro não nos faz diferentes do que somos, já que nada leva-
remos desta vida. Quando vamos ao cemitério, compreendemos
esta verdade. Os familiares podem até fazer jazigos suntuosos,
mas seu morto não é diferente do morto da cova simples.
Nossa prioridade deve ser a vida eterna (1Timóteo 6.7, 11, 12),
porque é grande fonte de lucro a piedade associada ao contenta-
mento (1Timóteo 6.6).
O contrário de humildade, em relação ao dinheiro, é cobiça. O
contrário de cuidado, em relação ao dinheiro, é ingenuidade ou
descuido.
A cobiça produz o desejo de se ter cada vez mais dinheiro. O re-
sultado é a exaltação do ego e do luxo material, que provoca o des-
vio da fé e a eclosão de muitas dores.
A ingenuidade leva a afirmação de que o dinheiro não traz felici-
dade. Se não trouxesse, ninguém se matava e matava outrem por
ele. Vamos ser honestos: ter dinheiro é muito bom. É fantástico
não ter preocupação com a duração do mês. É fantástico não preci-
sar fazer canhoto de cheque. É ótimo não ter que fazer orçamento.
É bom poder comprar o que nós ou nossos filhos querem.
Devemos ter muito cuidado com o fato de que dinheiro é algo
muito bom, especialmente quando o temos. Devemos fugir das fa-
cilidades que o dinheiro traz, facilidades que nos levam à injustiça,
incredulidade, ódio, inconsequência e ansiedade (1Timóteo 6. 11).
Nossa luta não é pelo dinheiro que se gasta, mas pela vida eterna,
que não enferruja (1Timóteo 6.12).
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 113.5-9 e Eclesiastes 5 a 6
“Deus faz com que a mulher que não tem filhos seja respeitada no seu
lar e a torna feliz, dando-lhe filhos. Aleluia!”. (Salmo 113.9)
SETEMBRO
27 mas às vezes seu sorriso é a fonte da sua alegria.
Thich Nhat Hanh
O prazer da mesa
Nem todos os hábitos são bons.
Nem todos os hábitos são ruins.
Comer — entendido como estar à mesa, em casa ou num restau-
rante para se alimentar — é prazer que será maior com o hábito.
Então, entre tantos pratos, escolha os que gosta. Dentre os que
gosta, prefira os mais saudáveis.
Em casa, procure comer sempre nos mesmos horários. No res-
taurante, opte pelos mais limpos. Coma quando estiver com fome,
mas coma também quando não estiver. A disciplina nos horários é
uma boa educação porque também produz saúde.
Habitue-se a experimentar receitas novas. Não coma sempre as
mesas coisas. Diminua a quantidade, aumente o sabor.
Evite o desperdício. Ponha no prato o que vai comer. Não force
para comer além do que consegue. Não deixe comida no prato, para
ser jogada no lixo. Em casa, guarde bem acondicionado o que so-
brar, para comer depois ou para doar.
Comer é um dos verbos que conjugamos com mais dificuldades.
O predomínio do princípio do prazer nos leva para hábitos que, a
longo prazo, nos tiram o prazer de comer. Comer muito é prazero-
so hoje, mas nocivo amanhã. Comer depressa é incontrolável hoje,
mas amanhã cobrará seu preço. Comer em horários irregulares en-
fraquece o corpo.
Na escola devia ter uma disciplina que nos ensinasse a comer.
Exagero à parte, somos também o que comemos.
A comida à mesa é um dom de Deus, não apenas para a nossa
sobrevivência, mas para nosso prazer.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 114 e Eclesiastes 7 a 8
“Trema, ó terra, na vinda do Senhor, na presença do Deus de Jacó,
pois ele faz com que as rochas virem fontes e transforma as pedras em
fontes de água”. (Salmo 114.7-8)
SETEMBRO
28 e outras na tempestade.
Willa Cather
SETEMBRO
29 o sentido de cada momento, conseguiremos
emprestar sentido à vida como um todo.
Ed René Kivitz
SETEMBRO
30 O orgulho diz ‘olha para mim’, enquanto o louvor
espera que as pessoas olhem para Jesus.
Matt Redman
OUTUBRO
1 constantemente dizer a você mesmo:
‘Ela fala comigo, sobre mim’
Soren Kierkegaard
Provas de amor
e sabedoria
Ouvir os mais velhos é uma demonstração de humildade. Quem
é mais novo chegou recentemente ao mundo e conhece menos o
mundo. Quem se iniciou na arte de conhecer está começando a co-
nhecer; logo, conhece menos do que aquele que já tem mais tempo
na estrada. Quem começa a sua vida agora precisa reconhecer que
ainda sabe pouco e que tem uma longa jornada pela frente.
Quem ouve o seu pai e sua mãe demonstra também sabedoria,
porque o mais velho tem a experiência da vida, já leu mais livros, já
cometeu mais erros e mais acertos. Sabedoria que se dá por meio
do diálogo. Não quer dizer que tudo aquilo que os mais velhos di-
zem é plenamente verdadeiro, mas é um convite à reflexão.
Quando um filho ouve o seu pai, acolhe-o. Quando um filho ouve
sua mãe, recebe-a. Acontece uma mutualidade. Quando uma pessoa
mais velha é recebida, e pode ensinar e pode repetir a sua experiên-
cia, vibra, porque está podendo compartilhar aquilo que aprendeu.
Não vai deixar essa vida sem passar ao outro aquilo que aprendeu.
Há uma mutualidade, portanto, na aprendizagem. É uma prova
de amor ouvir o mais velho, dar-lhe atenção. Há muita coisa a ser
realizada, muita coisa a ser descoberta, muita verdade a ser subli-
nhada, muito amor a ser compartilhado.
Não há razão alguma para vivermos num conflito, como se os
mais novos nada soubessem e só os mais velhos soubessem. Pode-
mos trocar experiências e assim crescermos todos juntos.
Cabe ao mais velho passar, de maneira respeitosa, educada, não
autoritariamente, aquilo que recolheu ao longo da vida.
Compete ao mais novo prestar atenção àquilo que os outros dizem.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 116.1-5; Provérbios 1; Jó 1 a 3
“Amo o SENHOR, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas”.
(Salmo 116.1)
OUTUBRO
2 um povo que lê a Bíblia. Os princípios da Bíblia
são os fundamentos da liberdade humana.
Horace Greeley
Os governantes
que precisamos
Periodicamente somos chamados a escolher dirigentes da vida
pública. Os candidatos se apresentam. Em quem votaremos? De-
vemos eleger quem estiver com o coração disposto a servir com
fidelidade, a decidir com justiça e a agir direito (Isaías 16:5).
O perfil é muito elevado, porque é baseado no que faria o Mes-
sias, quando viesse.
Quando veio, o Messias, o Messias Jesus, atuou em fidelidade ao
propósito de sua vinda. Fidelidade é firmeza. Tem a ver com verda-
de. Quem age assim obtém credibilidade, isto é, obtém respeito. O
candidato em busca do nosso voto exerceu algum cargo anterior-
mente? Como se elegeu, prometendo uma coisa para, depois, fazer
outra? Neste caso, ele é infiel. Não merece nosso voto. Precisamos
de governantes que atuem com fidelidade. Também em nossos re-
lacionamentos precisamos agir com fidelidade em nossa família e
em nosso trabalho.
O bom dirigente precisa imitar o Messias, governando com justi-
ça. Governar de modo justo é tomar decisões que beneficiem a maio-
ria e não a uma minoria. Justiça tem a ver com igualdade, na criação
de oportunidades e na distribuição dos recursos disponíveis, sem
privilégios, para que haja uma atmosfera que estimule o trabalho e
o interesse pelo bem de todos. É assim que devemos viver todos os
dias. Devemos desejar que os outros alcancem o que nós alcançamos.
O bom dirigente precisa imitar o Messias, fazendo o que é direito.
Fazer o que é direito é agir segundo regras morais elevadas, sem bus-
car brechas para fraudar o que é legítimo. Talvez implicará em tomar
medidas impopulares, mas nunca imorais. Cada um de nós deve se
esforçar para fazer o que espera que os seus dirigentes façam.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 116.6-14; Provérbios 2; Jó 4 a 6
“Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo?”.
(Salmo 116.12)
OUTUBRO
3 dia o seu mal’. Temos momentos de felicidade ou
contentamento em que temos a certeza de que há algo
maior e melhor e isso nos preenche.
Sonia Gertner
OUTUBRO
4 está aqui na terra será mudo na eternidade.
Jan van Ruysbroeck
Para que
adoramos a Deus?
Poderá perguntar alguém: que Deus é este da Bíblia que pede que
os seres humanos o louvem?
Ou ainda: por que Ele requer adoração exclusiva, excluindo ou-
tros deuses?
De fato, desde os Dez Mandamentos Deus pede que apenas Ele
seja adorado. Ao longo da Bíblia, Ele e seus autores pedem que o
louvemos.
Lembremos que louvor é parte da adoração. Louvores são as ex-
pressões de arte (como a música e a dança) que exaltam as quali-
dades de Deus, como amor, paciência, interesse pelo ser humano.
A adoração inclui uma atitude de respeito diante de Deus e re-
conhecimento de sua grandeza criadora e protetora. A adoração
demanda do adorador uma atitude externa, que começa inter-
namente. Quem reconhece que Deus é santo tem como meta ser
santo também. Louvor e adoração têm, portanto, uma dimensão
pedagógica. Quando Deus pede que o adoremos, pede que sejamos
como Ele é. Quando Deus quer o louvemos, pede que nos lembre-
mos de quem Ele é e do que faz por nós.
Quando adoramos ou louvamos a Deus, não alteramos o que Ele
é. Ele não é mais santo, mais perfeito ou melhor do que é, porque
celebramos estas qualidades nele.
Os mandamentos que nos deixa para adorá-lo e louvá-lo, com
vidas corretas e cânticos bonitos, são para o nosso bem, não para
o bem de Deus.
Ele nos pede, então, que o adoremos e louvemos para que seja-
mos melhores. Quem adora a Deus está empenhado em ser melhor
e em fazer melhor o mundo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 117; Provérbios 4; Jó 10 a 11
“Louvai ao SENHOR, todas as nações; louvai-o, todos os povos. Porque
a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do SENHOR é
para sempre. Louvai ao SENHOR!”. (Salmo 117.1)
OUTUBRO
5 podem e entregam o resto para Deus,
quando deveriam entregar tudo a Deus e,
então, fazem o melhor que podem.
Bronwyn Ashcroft
Dependemos de Deus.
Dependemos?
Quando estamos em dificuldades, não temos nenhuma dificuldade
em reconhecer que somos dependentes de Deus e oramos.
Quando estamos numa agrura financeira, recorremos a Deus.
Quando nos encontramos em meio a um conflito e precisamos de
uma solução, recorremos a Deus.
Que devemos fazer para que, também, oremos quando nós não
estamos em dificuldade ou imaginamos que não estamos com al-
gum problema? Deus é tão amoroso em sua bondade, que não fica
nos avisando, “olha: você está bem, mas toma cuidado!”. Ele quer
que nós sejamos alegres, felizes, fruamos a vida.
Quando está com uma dificuldade financeira, você ora a Deus:
“Senhor, eu preciso da tua graça, que ministre ao meu coração uma
solução para este problema”. E quando você está bem financeira-
mente? Imaginemos o seguinte cenário: Você recebeu uma soma
em dinheiro, prevista ou não, e agora vai usá-lo, gastá-lo, inves-
ti-lo, aplicá-lo. Você busca a Deus? “Senhor, me oriente para que
eu possa gastar corretamente este dinheiro, para que ele possa ser
uma bênção para mim, para minha família, para outras pessoas”?
Ou, simplesmente, você faz um plano e dentro desse plano faz o
seu investimento. Este é só um exemplo de como podemos e deve-
mos orar, sobretudo e também, quando as coisas estão bem. Quan-
do nós temos abastança, nós dependemos de Deus. É nele que deve
repousar a nossa esperança. Há uma relação muito forte entre o
sentimento de depender de Deus e a atitude de orar. Se oramos, é
porque reconhecemos que dependemos de Deus. Se não oramos, é
porque achamos que sabemos das coisas.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 118.1-5; Provérbios 5; Jó 12 a 13
“Digam, pois, os que temem ao SENHOR. Sim, a sua misericórdia dura
para sempre”. (Salmo 118.4)
OUTUBRO
6 Andrew Murray
Aprendendo a confiar
Faz sucesso uma concepção otimista de que há uma energia no
mundo, que podemos canalizar a nosso favor, se conseguirmos,
pela força do pensamento positivo, atraí-la.
Continua fértil o solo da meritocracia, bafejada por expressões
populares como “Deus ajuda a quem cedo madruga” ou “Deus
abençoa a quem faz por onde”. Nesta perspectiva, Deus abençoa
a quem merece.
É forte ainda a ideia de um contrato divino-humano. Eis o que
ouvimos: “quem ama a Deus é amado por Ele. Quem obedece é
abençoado; fidelidade (nossa para com Deus ) produz fidelidade
(de Deus para conosco); se alguém ora e não recebeu é porque não
mereceu; não basta confiar, é preciso obedecer também”.
Essas visões fora dos padrões bíblicos acabam minando a nossa
confiança.
Precisamos de confiança e de uma boa teologia sobre a confian-
ça, para não sermos acossados pela propaganda, sobretudo quando
é denso o deserto em que nos encontramos.
Jesus disse: “Peçam e vocês receberão; batam e a porta será aber-
ta para vocês” (Mateus 7.7). Jesus TAMBÉM disse, diante do copo
da morte à porta: “Pai, meu Pai, tu podes fazer todas as coisas!
Afasta de mim este cálice de sofrimento. Porém que não seja feito
o que eu quero, mas o que tu queres” (Marcos 14.36).
Paulo escreveu: “Posso enfrentar qualquer situação” (Filipen-
ses 4.13). Paulo, que orou e não teve um problema sério resolvido
(2Coríntios 12.7-9), TAMBÉM informou: “Sei o que é estar neces-
sitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o se-
gredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação,
quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha
pouco”. Precisamos aprender a confiar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 118.6-7; Provérbios 6; Jó 14 a 16
“O SENHOR está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem”.
(Salmo 118.6)
OUTUBRO
7 tudo mais fica na perspectiva correta.
Croft M. Pentz
A pedra da vida
Nas construções em que há arcos de pedra, uma delas é a princi-
pal. É chamada de pedra de esquina ou também de pedra angular.
Quando esta pedra cai, todas as pedras caem em seguida. Assim,
quando há um terremoto, aquela pedra angular, naquele arco, é a
primeira a cair e em seguida tudo vai para o chão.
Na nossa vida também é assim; cada um de nós precisa, na cons-
trução da sua vida, no edifício de sua existência, de uma pedra, a
pedra principal, a pedra angular.
Escrevendo aos primeiros cristãos que moravam na região hoje
ocupada pela Turquia, o apóstolo Pedro fala de uma pedra angular,
Jesus Cristo. Diz Ele que, quando a nossa vida tem a pedra angular
como a principal, nada vai fazer com que a construção (o prédio, o
edifício, a casa da nossa vida) seja destruída. Podem vir terremo-
tos, tribulações, dificuldades, dores, angústias, sofrimentos, mas a
nossa vida está firmada na pedra principal e não desabará.
Muitas vezes, nós colocamos nossas expectativas, nossos princí-
pios, nossos valores em pedras que jamais poderiam ser angulares,
porque elas falham. Cada um de nós tem que fazer um autoexame
para se perguntar e então responder: qual é a pedra angular da mi-
nha vida, qual é o propósito da minha vida. No caso da fé, em que
está firmada a nossa esperança: em nós mesmos, em nossas possi-
bilidades, em nossas fortalezas ou na força da pedra angular, que
é Jesus Cristo? Quando Ele é a pedra angular da nossa vida, ter-
remotos poderão vir e geralmente virão, mas não nos derrubarão.
Seja Jesus Cristo, portanto, a pedra principal da sua vida, em
torno da qual toda a sua existência esteja organizada.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 118.8-14; Provérbios 7; Jó 17 a 19
“É melhor confiar no SENHOR do que confiar nos príncipes”.
(Salmo 118.9)
OUTUBRO
8 vidas e nos motiva a aprender e a crescer.
Carol Kuykendall
Quando um sonho
se torna um drama
Numa esquina do bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo,
um vendedor de frutas anunciava que o seu carro estava à venda.
Uma pessoa lhe perguntou:
— Por que o seu carro está a venda se você ganha dinheiro com
este veículo?
— Eu estou vendendo o meu carro para pagar o tratamento da
minha esposa, para que ela possa engravidar.
Poucos dias depois, ele não estava mais naquele lugar com o seu
carro de frutas.
Muitos quilômetros dali, no interior da Turquia, na mesma épo-
ca, um menino, numa loja que vendia tecidos, acabou capturando a
atenção de um dos vendedores que o acolheu em seus braços. Quan-
do os pais daquele menino se aproximaram do vendedor, puderam,
então, saber da sua história. Ele estava muito necessitado de vender,
porque tinha uma tarefa: ajuntar dinheiro, para que a sua esposa pu-
desse passar por um tratamento de fertilização e então ficar grávida.
Essas duas histórias mostram que nossos sonhos podem virar
dramas, mas também mostram que, quando nossos sonhos viram
dramas, não devemos desistir, até que consigamos realizá-los.
Podemos nos solidarizar com as pessoas em seus dramas, em seus
desejos e dramas tão profundos. Podemos orar por essas pessoas.
Podemos ainda indicar caminhos que as ajudem a que tenham os
seus sonhos realizados. Diante dos sonhos ou dramas dos outros,
jamais fiquemos indiferentes. As nossas histórias são importantes,
os nosso sonhos são essenciais e os nossos dramas podem ser tão
tocantes quanto os sofrimentos dos outros. É isso que nos faz, au-
tenticamente, seres humanos: importarmo-nos uns com os outros.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 118.15-24; Provérbios 8; Jó 20 a 22
“Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”.
(Salmo 118.24)
OUTUBRO
9 fossem, mesmo assim as pessoas continuariam
a queixar-se de que já não eram como dantes.
Pierre Dac
Reclamar pode
ser bom (1/2)
Imagine a situação mais espetacular que você já viveu. Uma delas, por
exemplo, pode ter sido a experiência de passear de balão na Capadócia,
uma região da Turquia com várias cidades. Uma experiência conside-
rada uma das mais bonitas e deslumbradoras dos tempos modernos.
Um balão, um enorme balão, sobe com 20 pessoas, a 600 metros de
altura, de modo suave, tranquilo, maravilhoso. No entanto, o acesso
ao balão gera reclamação. Ele é alto e exige um esforço, de certo modo,
grande para que o corpo chegue ao balão e se acomode àquela ces-
ta, que vai voar. Diante dessa dificuldade, podemos reclamar.
Mas há uma dimensão positiva na reclamação. Nós reclamamos
por algo que não há no objeto, quando, na verdade, o problema
nos mostra as nossas limitações. A dificuldade revela nossa própria
condição limitada. Por isso, diante das dificuldades que, em geral,
provocam em nós reclamação, podemos torná-las positivas. Como
podemos fazer isto? Respondamos a algumas perguntas:
1. O problema não está em nós? Se reconhecemos que o problema
está em nós, podemos ser melhores, podemos fazer melhor.
2. Nós faríamos melhor? Se estivesse em nossas mãos permitir,
por exemplo, o acesso ao balão, nós faríamos um acesso melhor?
3. Nós podemos contribuir com quem está fazendo, para que ele
ou ela faça melhor?
Diante dessas perguntas nos vem, então, uma atitude: devemos
celebrar o esforço do outro, destacando os aspectos positivos entre
tantas dimensões daquela experiência ou daquela coisa à primeira
vista negativa. [CONTINUA em 11/10]
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 118.25-29; Provérbios 9; Jó 23 a 24
“Tu és o meu Deus, e eu te louvarei; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei”.
(Salmo 118.28)
OUTUBRO
10 nossas vidas. Ele é realmente a pausa que refresca.
Steve e Mary Farrar
A sabedoria do
descanso emocional
(Dia Internacional da Saúde Mental)
Um dos terríveis inimigos que temos a enfrentar é o cansaço, que
pode ser emocional.
O cansaço emocional é o desgaste dos músculos vitais que nos
sustentam. Então, todo o peso é recebido sobre os nossos ombros
como se fosse insuportável.
Quando estamos cansados emocionalmente, nossos neurônios
fazem devagar demais as conexões que antes faziam. Assim, os
agradáveis cantos dos pássaros se tornam irritantes, os melhores
sonhos terminam em pesadelos, os dias antes breves se tornam
longos e as noites outrora serenas parecem intermináveis.
O cansaço emocional se alimenta de si mesmo, até que o último
grão seja comido. O cansaço emocional é filho da decepção que se
repete, é consequência de perdas que se acumulam, é esgotamento
de energias freneticamente distribuídas, é vitória das feridas na
alma. O cansaço emocional vem quando damos o que não mais
temos, quando não equilibramos as colunas do “posso” e do “não
posso” nos deveres da vida, quando vamos além do que devemos e,
ao fim, acabamos nos encurvando até tocar dolorosamente o chão.
Precisamos repensar nossos valores e nossas práticas, para ver-
mos nitidamente para onde estão nos levando.
Para fazer a revisão, precisamos parar. Precisamos parar de viver
a vida dos outros ou parar de viver como os outros querem que vi-
vamos ou imaginamos que queiram. Precisamos parar de carregar
as cargas que não conseguimos levar. Precisamos saber que não
podemos mudar os outros. Descanse. Faça uma coisa diferente.
Viva uma vida diferente. Quando descansar, você descobrirá que
há outras formas de viver. E uma delas é parar de achar que é deus.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.1-8; Provérbios 10; Jó 25 a 26
“Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na
lei do SENHOR”. (Salmo 119.1)
OUTUBRO
11 o que puderes deste livro pelo raciocínio e o resto
pela fé, e viverás e morrerás um homem melhor.
Abraham Lincoln
Reclamar pode
ser bom (2/2)
Para pararmos de pensar apenas na dificuldade ou na falha do outro,
precisamos trocar de lugar. Quando é aquilo que nós fazemos que
gera reclamação, qual é a nossa atitude diante das palavras do outro?
Porque a primeira coisa que fazemos é reagir, quando devemos
e podemos tomar a reclamação como uma oportunidade para fa-
zermos melhor. Não devemos receber a reclamação como reclama-
ção, mas como uma crítica ao nosso trabalho, crítica que enriquece
aquilo que nós fazemos.
Devemos também receber a crítica como um desafio, como algo
que nos manterá o entusiasmo com aquilo que fazemos. Não im-
porta o lugar em que estejamos, como os que podem talvez recla-
mar ou como aqueles que são alvo da reclamação.
Há algo que podemos e devemos sempre ter em mente: é a cele-
bração, é a gratidão. Quando agradecemos a Deus aquilo que nós
fizemos e podemos agradecer porque fizemos o melhor ou quando
estamos recebendo os efeitos de algo que alguém fez por nós, deve-
mos então agradecer a Deus aquilo que nós recebemos, aplaudindo
quem fez, celebrando a Deus, que permitiu que tudo isso aconte-
cesse para que tivéssemos dias cada vez melhores.
Celebre ao reclamar. Faça de tal modo que aquilo que foi feito
possa ser feito ainda melhor, se for possível.
Se não for possível fazer melhor, se você não for capaz de fazer
melhor, não negue: afirme. Mesmo quando reclamar, contribua
para que seja feito melhor.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.9-16; Provérbios 11; Jó 27 a 28
“Guardo a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti”.
(Salmo 119.11)
OUTUBRO
12 as quais nos apropriamos dos céus.
Henry Ward Beecher
OUTUBRO
13 antes de conversarmos com nossos filhos sobre Deus.
Ed Cole
OUTUBRO
14 distorce a simetria das belas formas.
Norman MacDonald
Não precisamos
ter o que o outro tem
Por que, quando ganhamos, crianças, um presente (uma roupa,
uma bicicleta ou uma boneca), saímos à rua? Para brincar? Para
exibir? Por que perguntamos ao nosso amigo o que ele ganhou?
É como se precisássemos de espelho para saber quem somos.
Na verdade, carentes de aceitação (precisamos ser amados),
comparamo-nos com o(s) outro(s) para saber se somos tão ama-
dos quanto o(s) outro(s). Não queremos ser felizes: queremos ser
felizes como os nossos vizinhos. E pelo resto da vida, comparamos,
embora nos achemos únicos.
Quando comparamos, deixamos de ser nós mesmos. Queremos
o carro que o vizinho tem. Queremos a casa de um artista que uma
revista exibiu. Ao nos compararmos, queremos ser iguais achando
que assim seremos diferentes.
A comparação é uma perda de tempo (e energia) que drena a ale-
gria de viver, ao fazer sedimentar no coração dos petardos, entre
outros: a autocomiseração e a inveja. Quem desenvolve a moléstia
da autocomiseração pensa assim: “Como não sou igual a outro, ou
eu lhe sou inferior ou lhe sou superior. Se eu lhe for inferior, nunca
lhe serei igual. Se eu lhe sou superior, nunca lhe serei igual. Quem
me fez desgraçadamente assim? Ah, se me fosse dada outra vida”.
O invejoso deseja ser o que imagina o que o outro é ou tem. O ou-
tro se torna sua referência. A comparação faz com que o modelo (o
outro com que se compara) fique cada vez mais distante. A tentativa
frustrada de o alcançar gera ressentimento e rancor. É neste sentido
que se diz que a inveja destrói (Tiago 3.14-16; Provérbios 27.4).
Um dos mandamentos foi precisamente que não devemos inve-
jar, que é pôr o coração em coisas.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.33-40; Provérbios 14; Jó 33 a 35
“Ó SENHOR Deus, ensina-me a entender as tuas leis, e eu sempre as
seguirei”. (Salmo 119.33)
OUTUBRO
15 o sonho do oprimido é ser o opressor.
Paulo Freire
Educar é guiar
(Dia do Professor)
O significado de uma palavra considera a sua origem, mas vai além,
num processo de constante transformação.
A palavra “professor”, por exemplo, era, na antiguidade, alguém
que professava, afirmando que estava apto para exercer uma fun-
ção, no caso a de ensinar. Da história da palavra, fiquemos com a
ideia de que um professor deve conhecer o assunto, bem como os
alunos a quem ministra.
(Aliás, “aluno” não era alguém “sem luz”, a ser iluminado pelo
professor, mas era uma criança que ainda mamava no peito, logo
alguém que precisava ser nutrido, tarefa que a mãe fazia com a dá-
diva do leite e figuradamente o professor com a oferta do saber.)
A palavra “pedagogo” tem uma história ligada à escravidão. O pe-
dagogo era o escravo encarregado de levar o filho do seu senhor à
escola. Na verdade, ele levava e trazia, acompanhando o menino em
todas as suas atividades de aprendizagem. Da história da palavra,
sobra-nos o bom conceito que o pedagogo é aquele que conduz o
aluno pelo conhecimento e para a vida, a bela missão do professor.
A palavra “educador” vem de “educare” (“ex” [fora] e “ducere”
[guiar, instruir]). Educar é guiar uma pessoa para o mundo ou mes-
mo para fora de si mesmo. O educador é, assim, o professor ou o
pedagogo, que facilita que o aluno tire de si o que tem, organizando
este conteúdo de uma maneira clara, de modo que possa entender
a si mesmo e seu meio. Da história da palavra, podemos pensar na-
queles que se esforçaram para nos livrar da ignorância sobre as coi-
sas e a vida. Com esta lembrança, podemos agradecer “no coração”
a tantos que ajudaram a fazer de nós o que somos. E, em alguns,
esta gratidão poderá ser “de coração”, seja dizendo-a ao nosso pe-
dagogo, seja contribuindo para a educação de outros alunos.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.41-48; Provérbios 15; Jó 36 a 37
“Tenho prazer nos teus mandamentos; eu os amo”. (Salmo 119.47)
OUTUBRO
16 causada por pessoas que querem ser importantes.
T.S. Eliot
O leão da vaidade
dentro de nós
O leão da vaidade ataca suavemente e também fortemente.
O ataque mínimo do leão da vaidade se dá quando cometemos
uma boa ação e nos entediamos que ninguém a tenha visto. Com
tantos celulares com câmeras, como ninguém nos registrou atra-
vessando uma velhinha no perigosíssimo sinal!
O ataque máximo, que já é a própria derrota em si, é nos achar-
mos as pessoas mais dignas de louvor em todo o mundo, raivosas
quando alguém, menos competente do que nós, absurdamente faz
mais sucesso do que nós.
O perigo da vaidade é que seu ponto de partida é nobre.
É nobre derrubar nossa autoestima baixa e levantar a visão que
temos de nós mesmos, gesto duplo que nos permite alçar voos de
realizadores, mas não é nobre pensar que somos melhores do que
os outros. É vaidade.
É nobre fazer o que ninguém ainda fez, mas não é nobre achar
que não podem fazer ainda melhor do que fizemos. É vaidade.
É nobre contribuir para que a nossa comunidade cresça a partir
do nosso trabalho, mas não é nobre buscar seus aplausos. É vaidade.
É nobre reconhecer as coisas boas que os outros fizeram, mas
não é nobre que o reconhecimento recebido seja usado para algu-
ma finalidade. É vaidade.
É sábio saber que o próximo degrau depois da vaidade é a queda,
queda também por vezes aplaudida.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.49-56; Provérbios 16; Jó 38 a 40
“Este é o meu consolo no meu sofrimento. A tua promessa dá-me vida”.
(Salmo 119.50)
OUTUBRO
17 sofrimento (o livro de Jó nos ensina isto).
Fé é confiar em Deus apesar do sofrimento.
Ravi Zacharias e Norman Geisler
OUTUBRO
18 é a esperança para o sentido da vida.
Emil Brunner
A glória da cruz
Quem visita Jerusalém e olha o cenário da crucificação de Jesus
entende bem o significado da cruz.
Quem visita a Turquia e a Grécia, onde a mensagem sobre a cruz
chegou um pouco depois, entende muito melhor o significado da
cruz. Contemplando os templos gregos e romanos, tem-se a noção
da dificuldade das pessoas da antiguidade em aceitar a ideia de que
devemos nos gloriar (orgulhar) da cruz. Todos amavam as glórias
das suas conquistas, que acabaram perenizadas em templos, está-
tuas e bibliotecas.
Podemos nos gloriar na família que temos, em nossa bondade ou
nas coisas boas (“obras”) que fazemos, mas devemos nos gloriar na
cruz. Para nos gloriar na cruz, devemos renunciar aos desejos que
nos impedem de seguir os desejos de Jesus para nós.
Quando olhamos para a cruz, nós vemos o que Jesus fez por nós.
Nela vemos quem somos: pecadores, mas pecadores amados por
Deus ao ponto de enviar seu Filho para morrer em nosso lugar.
A cruz é a nossa glória quando nós a aceitamos como uma oferta
de Deus para a nossa salvação.
A cruz é a nossa glória quando nós a anunciamos, mesmo que
todos a considerem uma loucura.
A cruz é a nossa glória quando desejamos estar ao seu pé, como
Maria, a mãe de Jesus, a irmã dela, a mulher de Clopas, Maria Ma-
dalena e outros seguidores, estavam quando Jesus agonizava.
Estar ao pé da cruz é sofrer com Jesus por carregar todo o peca-
do do mundo, inclusive e sobretudo os nossos. Estar ao pé da cruz
é sofrer como Jesus diante da desigualdade do mundo. Estar ao pé
da cruz é deixar-se cobrir pela sombra da cruz que nos protege e
conduz.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.65-72; Provérbios 18; Gálatas 1 a 3
“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos”.
(Salmo 119.71)
OUTUBRO
19 deixem a semente para futuras derrotas.
Ralph W. Sockman
Para tomar a
bola do atacante
— De primeira, não!
Gritava sempre o técnico de futebol para o menino do seu time.
Na verdade, aquilo não era um time propriamente. Os garotos
jogavam na rua, usando parte de uma praça, mas para eles aquilo
era futebol de verdade.
O menino jogava na defesa.
Afoito, quando o atacante vinha, ele ia com força tomar-lhe a
bola. Era driblado facilmente.
De tanto ouvir “de primeira, não”, aprendeu que devia cercar o
adversário. Algumas vezes, o atacante perdia o controle ou não sa-
bia o que fazer. Outras vezes, num descuido, o defensor tomava a
bola e a lançava para a frente.
Quando o conselho passou a ser praticado, o menino tornou-se
bom de bola.
“De primeira, não!” é mensagem para a vida.
Diante de um problema a ser resolvido, primeiro precisamos
conter a nossa vontade de o resolver imediatamente. Antes, temos
que estudar o assunto. Temos que examinar as nossas forças e os
nossos recursos. Temos que examinar as estratégias possíveis. Só
então devemos agir, sem precipitação, sem rispidez, sem uso de
força desproporcional.
Quando não nos precipitamos, são grandes as chances de sair-
mos vitoriosos.
Quando esperamos a hora, tomamos a bola do outro. Quando
esperamos o momento, triunfamos.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.73-80; Provérbios 19; Gálatas 4 a 6
“Com tuas mãos me formaste. agora, sopra tua sabedoria em mim,
para que eu possa te entender”. (Salmo 119.73)
OUTUBRO
20 pensamento e o pensamento encontra as palavras.
Robert Frost
Precisamos de poesia
(Dia da Poesia)
A linguagem humana tem sido empobrecida pela ausência da poesia.
Num mundo marcado pelo imediatismo e pelos artefatos da tec-
nologia microeletrônica, há poucos espaços para a imagem poética,
necessariamente profunda e, às vezes, aparentemente sem utilida-
de. No entanto, os poemas são mais importantes que os desenvol-
vidos pelos criadores de tecnologia, que nos fazem fruir a vida, mas
não nos ajudam a entendê-la. Poesia e fé andam de mãos dadas.
A fé diz “eu creio em ti, Senhor”; a poesia crente descreve: “meu
coração se lança sobre as tuas costas, Senhor”. A fé afirma: “guarda-
me, Senhor”; a poesia bíblica escreve: “esconde-me à sombra das
tuas asas” (Salmo 17.8). A fé exalta: “Como é preciosa, ó Deus, a tua
benignidade!” A poesia aprofunda: “Por isso, os filhos dos homens
se acolhem à sombra das tuas asas”. (Salmo 36.7) A fé pede: “Tem
misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia”. A poesia consa-
grada enriquece: “pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das
tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades”. (Salmo 57.1)
Quando a poeta moçambicana Noémia de Souza fez sua “Súpli-
ca” no contexto de opressão, em 1949, ela pediu:
“Tirem-nos tudo,
Mas deixem-nos a música!
Por isso pedimos,
de joelhos pedimos:
tirem-nos tudo…
mas não nos tirem a vida,
não nos levem a música!”
O mundo precisa de música. O mundo precisa de poesia. Vamos
dar poesia ao mundo?
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.81-88; Provérbios 20; Atos 1 a 3
“Ó Deus, estou aflito, esperando que tu me livres dos meus inimigos; eu
ponho a minha esperança na tua palavra”. (Salmo 119.81)
OUTUBRO
21 pessoas. Apunhala-se alguém pelas costas,
Assassina-se, à traição, a reputação alheia.
Isaltino Gomes Coelho Filho
OUTUBRO
22 sem pedir explicações. Ele confia e descansa.
Amy Carmichael
Sem
(Dia Mundial sem Carro)
Podemos passar um dia sem conexão, com o telefone celular desli-
gado ou a internet desplugada?
(Até bem pouco vivíamos sem estes equipamentos e não nos fa-
ziam falta.)
Podemos passar um dia sem comer, decididos a jejuar, seja por
razão existencial ou dietética?
(Os que jejuam sabem que isto é possível.)
Podemos passar um dia sem reclamar, tendo escolhido agrade-
cer?
Podemos passar um dia sem andar de automóvel, para ajudar a
terra a respirar melhor?
Podemos passar um dia sem comprar? Podemos.
Não somos o que compramos.
Não somos o que consumimos. Não somos os nossos desejos.
Não nos distinguimos pelo que temos, mas pelas coisas que damos.
Hoje pode ser um bom dia para você pensar na diferença entre
desejos e necessidades.
Hoje pode ser um bom dia para você abrir seu guarda-roupa e
recolher algumas peças de roupa boas e doá-las a quem precisa e
não pode comprar.
Hoje pode ser um bom dia para você abrir sua sapateira e tirar
vários pares que habitarão outros pés.
Hoje pode ser um bom dia para tomar de sua biblioteca alguns
livros que povoarão de sonhos outras vidas.
Hoje pode ser um bom dia para abrir sua agenda e distribuir seu
tempo para ouvir os que necessitam falar.
Hoje pode ser um bom dia para tornar servíveis alguns bens que
em sua casa são inservíveis.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.97-104; Provérbios 22; Atos 7 a 8
“Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à
minha boca”. (Salmo 119.103)
OUTUBRO
23 mundo? Não são os tribunais, os parlamentos, os
meios de comunicação, a opinião pública, a prática do
‘politicamente correto’, os defensores da ‘tolerância’
ou mesmo a igreja. A única resposta é e sempre será
Jesus Cristo. Sabemos o que Ele pensa sobre a grande
variedade de assuntos no seu best seller, a Bíblia.
Jeffrey E. Ramey
A grande lâmpada
Deus pode nos guiar de muitas formas, mas a mais disponível é a
Bíblia. Com ela no coração, não andamos às escuras. Com ela guar-
dada na mente, tomamos decisões dignas.
1. Devemos fazer um inventário de como somos como leitores da Bí-
blia. Este autoconhecimento nos permitirá saber quais são nossos
pontos fortes como leitores, bem como quais são as nossas dificul-
dades. Se raramente lemos um livro ou um jornal, isto não quer
dizer que não conseguiremos ler a Bíblia, mas que precisaremos
tomar cuidados especiais. Precisamos nos organizar para lê-la em
blocos curtos (de dez minutos, por exemplo).
2. O segundo recurso é seguir um plano de leitura da Bíblia. Um pla-
no dá um roteiro claro e permite que possamos acompanhar todos
os passos, dia a dia, da nossa caminhada.
3. O terceiro recurso é organizar a tarefa da leitura. Não leiamos
quando der vontade. Separemos um tempo, sempre no mesmo ho-
rário para fazer nossa leitura. Para a maioria das pessoas, o melhor
horário é o da manhã antes do início das tarefas diárias. Se possível,
separemos um lugar em nossa casa, como se fosse um santuário (um
lugar de conversar com Deus) para ler. Não leiamos sem metas. Es-
tabeleçamos onde queremos chegar a cada dia ou a cada semana.
Anotemos o que lemos. Não guardemos para nós mesmos o que
aprendemos. Compartilhemos o que descobrimos.
Não apenas leiamos. Meditemos.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.105-112; Provérbios 23; Atos 9 a 11
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus cami-
nhos”. (Salmo 119.105)
OUTUBRO
24 do que dormir mal porque a consciência pesa.
O problema de muita gente não é a impossibilidade
de fazer o que é certo, mas a dificuldade ou recusa
em assumir o ônus do que é certo.
Ed René Kivitz
OUTUBRO
25 não pela profundidade. Nosso interesse
está na variedade, não na densidade.
Ricardo Barbosa de Sousa
Tenha a coragem de
viver de modo profundo
A superficialidade é uma doença, que se alimenta da preguiça e do
medo.
É mais fácil usar o nome de Deus do que amá-lo, porque amá-lo
implica num relacionamento, que pode ser exigente. É sedutor usar
o nome de Deus para deixá-lo distante, de modo que não incomode.
Viver de modo profundo demanda coragem.
A coragem de quem crê se mostra no interesse que tem em conhe-
cer a Deus profundamente. Ele se revela na Palavra que deixou. Mui-
tos amam a Bíblia, mas muitos não a conhecem. Quem não a conhece
não conhece a Deus. O conhecimento de Deus implica em estudo, que
exige tempo e dedicação. A superficialidade é uma sedução.
A coragem de quem crê se mostra na disposição em mudar.
Quem crê não se esconde atrás de uma frase como esta: “Deus me
fez assim”. Talvez nunca saibamos porque somos assim, mas pode-
mos saber o que Ele quer que sejamos e é nesta direção que deve-
mos nos mover, o que está longe do conformismo.
A superficialidade é sedutora, mas é completamente inútil para
uma vida que vale a pena, tanto nas vitórias quanto nas provas. Os
superficiais vencem e acreditam que foi o seu braço que conquistou
o triunfo. Quando perdem, os superficiais se revoltam. Os profun-
dos vencem e agradecem a Deus pelo triunfo. Quando perdem, os
profundos agradecem a Deus pela derrota e, como Saulo, pergun-
tam: “Senhor, que queres que eu faça?” (Atos 22.10).
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.121-128; Provérbios 25; Atos 14 a 16
“Garante o bem-estar do teu servo; não permitas que os arrogantes me
oprimam”. (Salmo 119.122)
OUTUBRO
26 e filhos podem se amar profundamente sem que
conheçam um ao outro.
Michael Josephson
OUTUBRO
27 teorias. As coisas não são verdades porque estão na
Bíblia, mas estão na Bíblia porque são verdadeiras.
Hannah Whitall Smith
O livro desconhecido
Quando os repórteres narram histórias de pessoas que leem a Bí-
blia, eles raramente narram; sempre interpretam.
Há articulistas que comentam fatos em que a leitura da Bíblia
entra com um grau tal de preconceito que revela o seu desconheci-
mento. Na verdade, a Bíblia ainda é um livro desconhecido, apesar
dos esforços recentes (nos últimos 60 anos praticamente) das edi-
toras católicas e protestantes, que hoje vendem milhões de exem-
plares por ano.
A chamada “inteligência brasileira” não lê a Bíblia, mas não tem
dificuldade em consagrar o inadmissível princípio do “não li e não
gostei”. A maioria da população brasileira não conhece a Bíblia e
faz com que ela diga o que não diz. No final do milênio anterior, era
comum se ouvir, nas conversas, que “como está na Bíblia, ao 1.000
chegarás, mas do 2.000 não passarás”. Assim, ignorante era quem
tentava mostrar que a frase não estava na Bíblia.
Se nos demais campos, a inteligência procura as fontes primá-
rias, no caso da Bíblia ela peca tolamente ao se contentar com fon-
tes secundárias, bebendo do que os outros disseram.
A Bíblia, saibamos todos, é um livro que começou a ser escrito há
3.500 anos, num processo dinâmico que terminou há 1.900 anos.
Ignorá-la é ignorar a história humana, como se a vida inteligente
tivesse começado há três séculos apenas.
Lê-la é tarefa enriquecedora para a inteligência realmente atenta
que não segue os modismos intelectuais, que mandam dizer que a
Bíblia está ultrapassada.
Quem lê a Bíblia sente-se como se estivesse lendo os jornais de
cada dia ou de cada hora.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.137-144; Provérbios 27; Atos 19 a 20
“Tribulação e angústia me atingiram, mas os teus mandamentos são
o meu prazer”. (Salmo 119.143)
OUTUBRO
28 antes, a fortalece, mas uma nova visão deve vir,
porque o mundo deve seguir adiante.
Winston Churchill
O comodismo mata
Por medo ou por apego à tradição, podemos nos condenar à morte.
E isto vale para pessoas e organizações.
No plano pessoal, chegamos a reconhecer que precisamos mu-
dar, mas não temos coragem. Nosso emprego não tem futuro, mas
temos medo de arriscar e vamos definhando. A qualidade de vida
de nosso casamento é péssima, mas temos medo de mexer nele e
vamos nos isolando um do outro até cairmos no abismo entre nós.
Tomemos um exemplo do mundo empresarial. Durante décadas
o cenário cultural do Rio de Janeiro tinha uma estrela de primeira
grandeza: era a livraria DaVinci, no centro da cidade. Depois de
63 anos de atividade, fechou as portas em 2015. A herdeira que
fechou a empresa admitiu, com amargura:
— Optei por um modelo de negócio familiar que não é mais ren-
tável. Diferentemente de outras livrarias, não vendemos outros
produtos como ‘games’ e crédito para celular, nem café servimos.
Foi uma opção errada e eu assumo a responsabilidade.
Possivelmente, a família quis manter o negócio por um apego à
tradição. Não quis mudar. Preferiu morrer.
É claro que apenas um fator não explica uma derrota, nem uma
vitória, mas um fator para a morte de uma organização é a crença
de que o sucesso obtido até agora vai continuar indefinidamente.
No plano pessoal ou organizacional, podemos achar que não sere-
mos abalados, mas precisamos ousar e mudar, se queremos perma-
necer relevantes.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.145-152; Provérbios 28; Atos 21 a 22
“Tu, porém, Senhor, estás perto e todos os teus mandamentos são ver-
dadeiros”. (Salmo 119.151)
OUTUBRO
29 Karl Reiland
Pedagogia do cuidado
da mente — A ajuda
Viver é cuidar.
Somos uma mente a cuidar.
É a nossa mente que cuida de nossa mente, o que torna a tarefa
muito difícil.
Da nossa mente saem as decisões.
Em nossa mente guardamos as ofensas e gravamos as experiên-
cias traumáticas. Nela também depositamos as doces lembranças
do amor que nos alcançou, desde quando nossos pais se amaram.
De nossa mente saem as instruções para os bons e para os maus
hábitos, para as virtudes e para os defeitos.
Por isto, precisamos cuidar dela, para que se mantenha sã.
A primeira tarefa tem a ver com o equilíbrio. Se ela é vítima de
extremos (seja de amor ou de ódio, de alegria ou tristeza além do
razoável), está na luz amarela, a ser acompanhada, antes que fique
vermelha.
Tendemos a ser preconceituosos. Não temos dificuldade em bus-
car ajuda, se o desequilíbrio se dá no corpo. Quando é na mente,
nós nos fechamos. Se nos recomendam um psicólogo, reagimos com
estereótipos. Se nos sugerem um psiquiatra, explodimos em raiva.
E deixamos de ser ajudados.
Não devemos ter vergonha por aceitar ajuda. Devemos nos en-
vergonhar de rejeitar apoio.
Nossa mente quer a serenidade. Vamos buscá-la.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.153-160; Provérbios 29; Atos 23 a 24
“Defende a minha causa e liberta-me; vivifica-me, segundo a tua pro-
messa”. (Salmo 119.154)
OUTUBRO
30 todos produz sobrevivência em meio aos infortúnios,
à dor, à incompreensão alheia, à doença, à morte, aos
poderes das trevas e às monstruosas estruturas hostis
a Deus e ao homem. Nem o mundo nem a história
estão acéfalos; por isso podemos ter esperança.
Elben César
OUTUBRO
31 mais difícil. Exige mais heroísmo que as guerras.
Exige mais fidelidade que a verdade e requer uma
pureza de consciência ainda mais perfeita.
Thomas Merton
“Não” ao medo
Quando o lugar ou o país em que vivemos balança assolado por
ventos fortes, precisamos ser ainda mais vigilantes, por nós mes-
mos, pelos nossos familiares, pelos outros, pela cidade, pela pátria.
Quando estamos indignados com os que destroem nossa socie-
dade, tanto a economia quanto a psicologia e a ética públicas, ten-
demos a tratar mal as pessoas ao nosso redor, como se quiséssemos
fazer com que paguem pelos malfeitos palacianos. Nossa aguda crí-
tica não pode nos paralisar. Em todas as circunstâncias, devemos
estar atentos às manipulações, produzidas estratégica e taticamente
por pessoas que dosam suas palavras segundo interesses aparentes
coletivos, mas que lhe são próprios ou do seu grupo de poder.
Se o clamor é o mesmo nos bares, nas esquinas, nos corredores,
nas salas e nos salões, precisamos ir além da repetição.
Nosso senso de realidade precisa contemplar a esperança. O ceti-
cismo, tristemente fundado, nos outros não pode ser um ceticismo
quanto a nós mesmos e nossas possibilidades. A crise de fora não
tem que ser necessariamente a nossa. Pode ser que os fundamen-
tos de nossa vida estejam sólidos, bem diferentemente da econo-
mia, da política e da moral pública. Pode ser que o clima externo
nos abale, mas não vai nos devastar, se mantivermos a serenidade
interior, capaz de nos inspirar a corretas ações exteriores.
Enquanto nos juntamos aos que realmente querem um mundo
melhor, devemos guardar nossa mente e coração para que olhem
para a frente, não para trás. Com muita responsabilidade, temos
que fazer o que devemos fazer, sem nos paralisar diante do medo,
gerado pela falta de confiança pública. Vigiar é preciso.
Para ler HOJE na Bíblia:
Salmo 119.169-176; Provérbios 31; Atos 27 a 28
“Chegue a ti, SENHOR, a minha súplica; dá-me entendimento, segun-
do a tua palavra”. (Salmo 119.169)
NOVEMBRO
1 sedento, roupa para o nu, cura para o ferido.
Tudo que uma pessoa deseja se encontra nele.
John Flavel
NOVEMBRO
2 não por seus recursos, poder ou vontade de dar.
Bruce Wilkinson
NOVEMBRO
3 infinitamente superior quanto a quantidade de espaço
existente fora do mundo é superior à quantidade de
dentro. E isso muda toda a nossa cosmovisão das
coisas e do sofrimento, que passa a ser (por pior que
realmente seja aos olhos de quem sofre) nada mais
do que um pontinho perto da grandeza da glória que
Deus tem preparado para nós no porvir.
Gabriele Greggersen
NOVEMBRO
4 Somos felizes, temos momentos de alegria, tristezas,
lutas, realizações, mas a felicidade é real.
Tânia Maura
NOVEMBRO
5 não é apenas um desejo. Nem depende de outras
pessoas, posses ou circunstâncias para valer. Ao
contrário, a esperança bíblica é uma aplicação
da sua fé que gera uma expectativa confiante no
cumprimento das promessas de Deus. Conjugada
com a fé e o amor, a esperança é parte das
características permanentes da vida de quem crê.
John C. Broger
A comunidade
da esperança
Nós vivenciamos o propósito de Deus para nós em comunidade.
Em nossa caminhada de amizade com Deus temos a nos rodear
uma grande nuvem de testemunhas.
Não estamos sozinhos em nossa caminhada de fé. Temos a com-
panhia da comunidade formada pelos que crêem como nós cremos
(Hebreus 12.1).
Deus providenciou a igreja, a família da fé; ela é imperfeita, mas
foi destinada por Deus para nos ajudar em nossa jornada com Ele.
Muitos têm insistido, e fracassado, em caminhar sozinhos. Co-
meçam a ler a Bíblia, mas logo tropeçam na ignorância e desistem.
Planejam ter uma vida de oração, mas logo parecem sentir que não
são respondidos em suas preces e desanimam.
Quem tem o propósito de caminhar cada vez mais de perto com
Deus não abre mão da igreja, apesar de sua imperfeição, que é a
marca do ser humano.
Nesta trajetória, a igreja nos ajuda. Participar da igreja, no en-
tanto, demanda compromisso e disciplina. O compromisso nos
leva a desejar o bem da igreja e a nos envolver para que ela faça o
que deve ser feito. A disciplina nos leva a participar das reuniões
nos horários e lugares demarcados, o que traz benefício para os
indivíduos isoladamente compreendidos e para a comunidade.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 123 e Hebreus 11 a 13
“A ti levanto os meus olhos, a ti, que ocupas o teu trono nos céus”.
(Salmo 123.1)
NOVEMBRO
6 os dias, o Espírito Santo vem em minha vida com
sabedoria, discernimento, poder e conforto. O
conforto não é ausência de problemas; o conforto é
força para enfrentar os meus problemas.
Ken Hutcherson
NOVEMBRO
7 em que enfrentar a tentação. Lembre-se que
você conhece a Palavra de Deus; então, peça
a Deus que o ajude na batalha. Por que está
preocupado? Você está do lado vencedor.
Greg Laurie
Confiança no
socorro divino
Quando pedimos por socorro, não queremos uma aula: queremos
socorro. Não queremos explicações: queremos socorro. Não quere-
mos indiferença: queremos socorro.
Orar é pedir socorro a Deus. Não importam as palavras, se bem
colocadas ou suspiradas. Não importa o lugar, se na montanha ou
na planície, em casa ou no trabalho. Podemos cair nas tentações das
respostas fáceis, achando que a resposta vem de onde não pode vir.
Nosso pedido de socorro, numa oração segundo a Bíblia, é dirigi-
do a Deus. Ele não falha em seu socorro.
Precisamos que nossas vidas sejam protegidas do mal? Oremos,
que Deus nos protege. Precisamos que sejamos acompanhados
nas estradas? Oremos, que Deus nos acompanha. Precisamos ser
orientados numa decisão? Oremos, que Deus nos orienta.
Precisamos de paz no meia da agitação? Oremos, que Deus nos
tranquiliza. Precisamos ser libertos do poder do mal em nossas vi-
das? Oremos, que nos liberta.
Deus é como um guardião salva-vidas, postado no alto para ver
as pessoas em perigo. Podemos nadar porque o guardião não falha.
Podemos viver porque Deus está ao nosso lado.
Só o exercício desta confiança em Deus nos livra do poder da
ansiedade sobre nossas almas. A confiança deve ser o nosso olhar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 124.6-8 e 1Pedro 4 a 5
“O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra”.
(Salmo 124.8)
NOVEMBRO
8 a comunidade. Estamos fartos de solidão,
independência e competição.
Thea Jarvis
Saindo de férias
Disse um profissional ao completar 30 anos de atividade no mes-
mo ramo:
— Hoje eu vejo que sofri sem necessidade, estressando-me com
coisas que não eram realmente importantes.
Todos sabemos disto, mas precisamos sofrer para saber o que já
sabemos. É que a nossa paixão pelo controle é mais poderosa que
a nossa inteligência.
E não podemos voltar atrás, para nos preocuparmos menos ou
para colocarmos as coisas numa perspectiva adequada.
Enquanto não aprendemos, não saímos de férias. E quando
saímos — e quantas vezes por um período inferior a 30 dias... —,
levamos algum equipamento que nos permita controlar remota-
mente as operações que devíamos estar conduzindo se não tivés-
semos viajado.
Enquanto não aprendemos, não relaxamos, nem quando deixa-
mos o leme, para um breve período de descanso. Vivemos como se
tudo dependesse de nós.
Pode ser que ajamos assim por medo. E se for, ainda não apren-
demos que o medo é irracional.
Pode ser que não nos desliguemos nunca, para mostrar a nos-
sa importância ou para dar às outras pessoas algumas razões para
gostarem de nós. Ah, esse nosso déficite de autoestima!
E todas as nossas razões não são razões.
Age racionalmente quem não anda excessivamente preocupado
com as coisas.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 125 e 2Pedro 1 a 3
“Os que confiam no SENHOR serão como o monte Sião, que não se
abala, mas permanece para sempre”. (Salmo 125.1)
NOVEMBRO
9 para onde ela quer voltar.
Rubem Alves
NOVEMBRO
10 os rigores da adversidade são-lhe de proveito.
François Chateaubriand
NOVEMBRO
11 tem duas pessoas que sabem perdoar.
Judith Kemp
NOVEMBRO
12 outras pessoas de uma forma positiva e, enquanto
trabalhamos visando um objetivo digno, estamos
criando um lugar para os outros.
Jerry Fleming
Semeando e colhendo
A Bíblia é formada por dois grupos de livros. O primeiro grupo está
no Antigo Testamento. O segundo grupo se encontra no Novo Tes-
tamento.
Escritos em épocas e lugares diferentes, estes Testamentos se
complementam harmoniosamente.
O Antigo Testamento é o grupo da semeadura: colhemos aquilo
que plantamos. É a regra da lei.
O Novo Testamento é o grupo da graça: somos amados por Deus,
que pode nos fazer colher o que não plantamos.
Como regra geral, a lei da semeadura funciona.
Não devemos colocá-la acima da graça ou acima de Deus.
Não devemos ignorar também o mal. O mal é algo real, que pode
impedir que colhamos frutos bons tendo plantado boas sementes.
Se levamos Deus a sério e procuramos andar nos caminhos que
Ele propõe, deveremos colher os frutos, na forma de uma vida fa-
miliar tranquila e bem-sucedida em todas as áreas. Enquanto dor-
mimos (Salmo 127.2), Deus providencia que a lei da semeadura
funcione.
Nosso amor por Deus não nos dá um salvo-conduto para não
sermos atingidos pelo mal. No entanto, mesmo que isto aconteça,
podemos contar com um Senhor que nos livra do poder do mal,
livramento que Jesus mesmo nos ensina a pedir (Mateus 6.13).
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 127 e Filipenses 1 a 2
“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam;
se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”.
(Salmo 127.1)
NOVEMBRO
13 eu quero. Não sou quem quero ser. Mas neste
momento eu sei, eu sei, eu sei que sou amado
e aceito, Deus não está me descartando, está me
preparando, sou querido e importo; tenho o peso de
alguém chamado para ser parte do que acontece de
mais importante no mundo hoje em dia.
Larry Crabb
Corações e mentes
que Jesus guarda
Precisamos nos lembrar que Deus guarda os nossos corações e as
nossas mentes.
Embora não consigamos manter os nossos corações e as nossas
mentes longe das preocupações excessivas, Deus nos mantém, por-
que Ele é maior que os nossos corações. A verdade da graça se torna
real em nós quando tranquilizamos os nossos corações, diante de
todos os temores. A garantia para isto é que, mesmo que os nossos
sentimentos nos levem ao erro, certamente, Deus é maior do que o
nosso coração e conhece todas as coisas (1João 3.19-20).
Se Deus é maior que os nossos corações e conhece todas as coisas
que nos afligem, por que não lhe entregamos os nossos problemas?
Não é Ele quem, no dia da adversidade, nos protege (Salmo 27.5)?
Deus é poderoso para nos guardar de tropeçar e para manter a
nossa alegria, razão porque lhe devemos dar glória (Judas 24-25).
Talvez alguém objete: é muito otimismo. Otimismo barato, dirá
um crítico mais azedo. Essa crítica não faz sentido porque se a
Bíblia está correta quando retrata a alma humana, também está
correta quando exalta a graça divina. Se aceitamos o diagnóstico,
precisamos aceitar o remédio. A esperança cristã seria otimismo
barato se dependesse do homem; como depende de Deus, é espe-
rança que a experiência demonstra como verdadeira.
O modo como Ele faz as coisas deve nos levar a confiar mais nele.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 128 e Filipenses 3 a 4
“Feliz aquele que teme a Deus, o SENHOR, e vive de acordo com a sua
vontade!”. (Salmo 128.1)
NOVEMBRO
14 que é encontrada na vontade de Deus.
Rich Mendola
Seguindo em frente
Fomos traídos e abandonados. Fomos vergonhosamente traídos e
humilhantemente abandonados. As lágrimas não vão embora. O
gosto amargo na boca não nos deixa. Precisamos seguir em frente.
Fomos derrotados e humilhados. Nosso esforço não foi recom-
pensado. Lutamos em vão. A frustração resiste dentro de nossa
alma. Precisamos seguir em frente.
Fomos surpreendidos e defraudados. Fomos surpreendidos por
um sorriso que sempre pareceu verdadeiro. Fomos prejudicados
por quem apoiamos. A decepção se tornou uma larga ferida que
fica exposta. Precisamos seguir em frente.
Fomos enganados. Tão sábios nos achávamos, mas fomos enga-
nados. Eram falsas as palavras de sabedoria que escutávamos. Não
passavam de enganosos os gestos de amor que recebíamos. Era de
conveniência a amizade que permitimos crescer. Precisamos seguir
em frente.
Um dia experimentaremos a dor de hoje como um salto para a
liberdade, mas agora precisamos tão somente seguir em frente.
Voltaremos a confiar em nossa capacidade, mas hoje precisamos
seguir em frente.
Certamente voltaremos a apreciar a grandeza das pessoas dig-
nas, mas no presente precisamos prosseguir.
Conquistaremos amanhã o que perdemos hoje, mas a conquista
de hoje é seguir em frente.
Com certeza, notaremos mais adiante que Deus pilota a nossa
vida, mas hoje precisamos que Ele nos mantenha de pé, seguindo
em frente.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 129 e 1Tessalonicenses 1 a 3
“O Senhor é justo! Ele libertou-me das algemas dos ímpios”.
(Salmo 129.4)
NOVEMBRO
15 Deixe Cristo ser esta fonte. Toda ação tem uma
palavra-chave. Deixe Cristo ser esta palavra.
Assim, toda a sua vida estará em sintonia.
Henry Drummond
A linguagem da alma
A oração é a linguagem da alma. A oração não é o território do
lugar-comum, da frase feita, da palavra previsível, das sequências
bem ordenadas, da razão senhora.
A oração é o espaço do encontro do homem com Deus. Não se
ora se não com assombro. Nós podemos orar e Deus nos ouve. Isto
é assombroso. Nós, os pecadores, nos encontramos com o Santo,
Santo, Santo Deus e sobrevivemos. O encontro é maravilhoso e te-
mos que ficar maravilhados.
A oração é o quarto do desnudamento. Deus nos vem como Ele
é e nós vamos a Ele como nós somos. Ele não disfarça e nós não
precisamos disfarçar. Não há testemunhas para nos julgar. Se é
em particular, ninguém está vendo, porque estamos sozinhos com
Deus. Se é em público, ninguém está vendo porque todos estão
orando também.
A oração é como se fosse o último aceno que um náufrago con-
segue dar para pedir socorro, o último grito que a vítima de um
incêndio pode dar para chamar por socorro.
A oração é a atmosfera onde o desejo humano se sente livre para
se expressar diante de Deus.
A oração é um convite a uma vida de profundidade.
As pessoas superficiais não oram.
É na profundidade que se ora.
É na profundidade que se vive.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 130.1-5 e 1Tessalonicenses 4 a 5
“Aguardo o SENHOR, a minha alma o aguarda; eu espero na sua pala-
vra”. (Salmo 130.5)
NOVEMBRO
16 expressando oposição sem alternativa,
descobrindo o errado e nunca o certo, encontrando
escuridão em toda parte e procurando exercer
influência sem aceitar responsabilidade.
John F. Kennedy
A arte de divergir
(Dia Internacional para a Tolerância)
Diante de uma ideia diferente da nossa, como reagimos?
Eis o que, por vezes, fazemos:
1. Ignoramos o outro, indiferente ao que ele diz.
2. Dialogamos com outro, pedindo-lhe que revise o seu pensamento.
3. Classificamos o outro, tachando-o de incompetente ou ignoran-
te, desinformado ou limitado.
4. Consideramos o outro como inconveniente e o evitamos, apa-
gando-o de nossos círculos.
5. Refletimos sobre o que o outro disse, com coragem de mudar, se
for o caso.
Para estas alternativas, só devia haver uma correta, que é refle-
tir sobre o que escutamos. Quando a nossa ideia chega ao outro,
certamente, desejamos que o outro reflita sobre o que dissemos. É
assim que devemos proceder também quando somos os ouvintes.
Então, eis como pode ser nosso caminho:
1. Sempre temos o que aprender com o outro. Por isto, devemos
ouvir ou ler com atenção as vozes que nos chegam, seja oralmen-
te ou por escrito.
2. Se concordamos, devemos anotar e, se for o caso, agradecer o
conteúdo que agregamos ao nosso conhecimento.
3. Se não concordamos, devemos refletir sobre a fala do outro. Se ain-
da assim mantemos a discordância, devemos nos manifestar com
o objetivo de enriquecer a vida do outro, nunca para desanimá-lo.
Nós ficamos menores quando o outro é humilhado. Nós cresce-
mos quando o outro se fortalece. Dialogar respeitosamente é a arte
de crescer juntos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 130.6-8 e 2Tessalonicenses 1 a 3
“A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper
da manhã”. (Salmo 130.6)
NOVEMBRO
17 de muitas corridas curtas, uma depois da outra.
Walter Elliott
NOVEMBRO
18 Por que os mínimos sinais de um reino alternativo
sempre foram imprecisos? Por que o bem se perdeu
em instituições adoecidas? Nada explica a ganância
ser maior que a fome de justiça.
Ricardo Gondim
Deus se lembra
dos pobres, e nós?
Os pobres têm lugar no coração de Deus. Ele sempre se lembra dos
que precisam. Os mandamentos que nos deixou determinam que
cuidemos dos pobres, na antiguidade percebidos como sendo as
viúvas, os órfãos e os estrangeiros.
Quando viveu entre nós, Jesus deu especial atenção aos pobres,
sobretudo aos mais pobres, como os doentes. As suas palavras
eram sempre cheias de ternura para com os desprezados. As suas
ações eram para tirar os pobres de suas condições miseráveis, como
um homem ferido e abandonado por assaltantes, uma criança en-
ferma e rejeitada, um cego que dependia de esmolas, um leproso
condenado à dor e à rejeição, aos quais tocou.
Em uma de suas parábolas, Jesus conta que um homem rico
convida os miseráveis para uma grande festa. Deus deseja que a
festa da vida não exclua ninguém. Uma vez em que, num culto, as
pessoas se levantaram para entregar suas ofertas, Ele se impressio-
nou com uma viúva que levou alguns centavos, que era tudo o que
tinha. Jesus tinha a sensibilidade dos que se importam com os ou-
tros, Por isto, ensinava aos pobres, curava os pobres, alimentava os
pobres, transformava os pobres. Devemos ficar tocados pela prática
de Jesus, porque ainda hoje se gasta mais dinheiro com guerra do
que com alimento. Devemos ficar incomodados, como Deus fica,
enquanto houver um miserável em nossa rua, em nossa cidade,
em nosso país. Devemos nos esforçar para que a sociedade ofereça
oportunidades iguais e que supra as necessidades dos miseráveis.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 132 e 1Coríntios 4 a 6
“Eu não vou para casa, nem vou descansar; não vou me deitar, nem
dormir enquanto não encontrar um lugar para o SENHOR, uma casa
para o Poderoso de Jacó”. (Salmo 132.3-5)
NOVEMBRO
19 desejados para o futuro ou da realização de um
propósito intensamente desejado. Os sonhos devem
satisfazer nossos desejos por algo bom. Sem sonhos,
começamos a murchar e a morrer emocionalmente.
Carol Kent
NOVEMBRO
20 geralmente nos sentimos melhor.
Larry Crabb
NOVEMBRO
21 é a constante serenidade.
Michel de Montaigne
Um futuro sereno
O nosso futuro está nas mãos de Deus.
Em todos os tempos, hoje e na antiguidade, as pessoas querem
conhecer o seu futuro. Por exemplo, na Grécia antiga houve um
templo, dedicado a Apolo, onde pitonisas revelavam o futuro a
pessoas simples e, sobretudo, a pessoas que podiam pagar. Reis do
mundo inteiro iam até àquele lugar em busca de saber o que lhes
aconteceria, se deveriam ir à guerra ou não.
O medo do futuro, a incerteza quanto ao futuro, é algo presente
na vida de todos os seres humanos. Podemos dizer, inclusive, que
conhecer o futuro é um desejo humano tão profundo, que pode se
transformar numa forma de tentação.
A insegurança alimenta a possibilidade de cedermos diante da
tentação, de cair na rede dos que vendem serviços de adivinhação.
Encontramos na Bíblia uma expressão que nos traz tranquili-
dade e paz. É quando lemos que a nossa vida está escondida com
Cristo (Colossenses 3.3). Não podemos conhecer o nosso futuro,
mas podemos saber que. no nosso futuro, Cristo, também como no
presente, cuidará de nós.
Podemos, assim, entregar a Ele o nosso futuro, confiar nele como
aquele que nos traz vida hoje e nos proverá vida amanhã. Não pre-
cisamos ter medo do futuro. O que nós precisamos é entregar-lhe
a nossa vida, confiando que o nosso futuro esteja também, como o
presente, nas mãos de Deus. É claro que isso não implica não agir,
não trabalhar, não planejar, mas significa não ficar ansioso, não
pagar para conhecer eventualmente o futuro.
O bom mesmo é estarmos com a âncora das nossas vidas, firma-
da no oceano da esperança, que é Jesus Cristo.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 135.1-2 e 1Coríntios 14 a 16
“Aleluia! Louvem o nome do Senhor; louvem-no, servos do Senhor”.
(Salmo 135.1)
NOVEMBRO
22 que você deve fazer é amar o seu trabalho.
Mary Lauretta
NOVEMBRO
23 Experimente um dia.
Luiz Felipe Pondé
O legado da sinceridade
Sincero é quem tem um rosto parecido com o seu interior, que não
tem máscaras, que não representa papéis para os outros.
O sincero não vive dando tapinhas nas costas e lançando vene-
nos pelas costas, práticas que condenamos nos políticos profissio-
nais e reproduzimos em nossas igrejas. Antes, somos chamados a
uma comunicação sincera, a uma comunicação sem máscara.
Quem nos capacita para uma vida sincera? A graça de Deus.
Pela graça, a constância de Cristo (2Tessalonicenses 3.5) se tor-
na operativa em nós quando nos lembramos que não alcançamos
ainda a santidade, na sua dimensão atual, mas, assim mesmo, va-
mos prosseguindo, para alcançar a perfeição para a qual fomos al-
cançados por Jesus (Filipenses 3.12-13).
Caminhamos para a perfeição, quando não ficamos nos vanglo-
riando no que conquistamos ou quando nos deprimimos no que
fracassamos, mas nos livramos desses fardos perigosos (Filipen-
ses 3.13).
Quando curtimos o louro de alguma conquista, mesmo que espi-
ritual, corremos o risco de nos enchermos de nós mesmos, e não do
Espírito, que nos capacitou para aquela vitória. Se há mérito é dele.
Com razão, no futebol, é comum o jogador, depois de uma vitó-
ria no meio do campeonato, advertir:
— Ainda não conquistamos nada.
Nossa vocação é receber o prêmio no pódio celestial das mãos de
Cristo (Filipenses 3.14).
Devemos avaliar o que já alcançamos e prosseguir na crescente
santidade (Filipenses 3.16).
Quem nos põe no caminho da vida santa? A graça de Deus.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 135.6-12 e 2Coríntios 4 a 6
“O Senhor faz tudo o que lhe agrada, nos céus e na terra, nos mares e
em todas as suas profundezas”. (Salmo 135.6)
NOVEMBRO
24 tem de se apoderar da sua dor.
Georges Bernanos
Nunca derrotados
William Carey (1761-1834), ex-sapateiro inglês, que resolveu dedi-
car sua vida ao povo da Índia, num momento perdeu o seu trabalho
de anos.
No dia 11 de Março de 1832, ele estava fora de Serampore, ensi-
nando em Calcutá. Repentinamente seu assistente, William Ward,
sentiu cheiro de fumaça. Era o fogo queimando o escritório e a grá-
fica, onde traduções da Bíblia eram impressas. Apesar dos esforços,
tudo foi destruído.
Quando soube da notícia, Carey ficou atordoado. Estavam perdi-
dos um amplo dicionário poliglota, duas gramáticas, duas versões
inteiras da Bíblia, além de impressoras em 14 idiomas, 1200 res-
mas de papel, 55 mil páginas impressas e 30 páginas do dicionário
bengali. Toda a sua biblioteca também fora queimada. O trabalho
de muitos anos estava destruído.
Depois de chorar um pouco, ele disse:
— A perda é pesada, mas, assim como viajar por uma estrada
pela segunda vez é geralmente mais fácil e mais seguro que na pri-
meira, estou certo que a obra nada perderá de real valor. Não esta-
mos desanimados, uma vez que a obra já está iniciada em todos os
idiomas. Estamos abatidos, mas não desesperados.
O propósito da sua vida não podia ser queimado. Não se queima
a esperança. Não se queimam ideais.
Quando as notícias chegaram à Inglaterra, Carey imediatamen-
te se tornou amplamente conhecido e aquela tragédia tornou-se o
principal fator para o desenvolvimento do seu ministério. Muitos
recursos financeiros foram levantados e centenas de pessoas se
apresentaram como voluntários. A editora foi reconstruída e am-
pliada. Em 1832, Bíblias completas, Novos Testamentos e porções
bíblicas tinham sido impressas em 44 idiomas e dialetos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 135.13 e 2Coríntios 7 a 9
“O teu nome, Senhor, permanece para sempre, a tua fama, Senhor, por
todas as gerações!”. (Salmo 135.13)
NOVEMBRO
25 para a vida das mulheres são os homens,
especialmente os homens que as querem.
Phumzile Mlambo-Ngcuka
NOVEMBRO
26 A graça é a fonte e a corrente; a fé é o aqueduto ao
longo do qual uma inundação de misericórdia flui
para baixo para saciar a sede dos seres humanos.
Charles Spurgeon
O necessário deserto
Assim como não levou Jesus para a glória, sem antes fazê-lo passar
pelo Gólgota e pelo sepulcro, Deus nos faz caminhar pelo deserto.
A experiência do deserto é uma experiência necessária.
Diante de nossa tendência à busca das coisas fáceis, Deus nos
empurra para as coisas como elas são: densas, tensas, sérias, di-
fíceis, profundas. Só assim compreenderemos a vida como ela é.
Deus sabe que buscamos evitar as lutas. Gostamos de ser protegi-
dos das coisas duras, mas as experiências verdadeiras nos tornam
mais próximos do Deus verdadeiro, não dos deuses feitos à nossa
imagem-semelhança; dos outros, como eles são, e de nós mesmos,
como nós somos.
Só as experiências verdadeiras — sejam elas dolorosas ou não —
são valiosas e nos levam a ter comunhão com Ele. Nossa religião
não pode ser uma mentira. Se a vida é dura, a vida é dura, e é nela
que nos desenvolvemos como pessoas.
Nós precisamos do deserto. Ao mandar seu povo para o deserto,
onde peregrinaria por quadro décadas, antes da chegada ao des-
tino, Deus não estava brincando ou mostrando o seu poder. Ele
estava ensinando seu povo a viver.
Você já caminhou pelo deserto? Não deseje. Se o deserto lhe vier
(por falha sua ou pelos erros dos outros), tire o maior proveito da
experiência. Cresça.
Você está caminhando no deserto? Procure sair para a boa terra,
mas enquanto isto, tire o maior proveito da experiência. Cresça.
Não fique superficial a vida toda.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 136.1-9 e Efésios 1 a 3
“Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericór-
dia dura para sempre”. (Salmo 136.1)
NOVEMBRO
27 Se sua alma não tem domingo, ela fica órfã.
Albert Schweitzer
Torne o domingo
um dia especial
O domingo pode ser dia de futebol, de supermercado ou de trabalho
normal. O ideal é que seja um dia especial, um tempo de descanso,
um dia para a celebração da bondade de Deus em nossas vidas. Eis
algumas sugestões para tornar o seu domingo um dia diferente.
1. Faça do domingo um dia diferente. Se, por exemplo, você vê
muito televisão todos os dias, no domingo veja pouco ou nada.
2. Não faça do domingo um dia de trabalho, a menos que você não
tenha opção.
3. Faça do domingo um dia de descanso para todos da casa, inclu-
sive para quem prepara os alimentos.
4. Não faça do domingo um dia de compras.
5. Faça do domingo o dia do encontro com os amigos, para os
quais você pouco tempo tem durante a semana.
6. Não faça no domingo as coisas com correria; você já voa todos
os dias. Coma devagar. Arrume-se devagar.
7. Faça do domingo um dia de autoavaliação, para ter uma sema-
na melhor mais santa e mais sábia.
8. Não faça do domingo o dia do “eu”, como todos os outros, mas
o dia do “nós”, o dia do encontro, o dia da festa.
9. Faça do domingo o dia em que o culto comunitário seja a sua
principal atividade.
10. Não faça do domingo um dia para pedir, mas para agradecer,
invertendo a rotina dos demais dias.
11. Faça do domingo o dia da Bíblia.
12. Faça do domingo, pelo menos do domingo, um dia santo: um
dia em que não pensa nem fala mal de ninguém.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 136.10-15 e Efésios 4 a 6
“Rendei graças àquele que fez os grandes luminares, porque a sua mi-
sericórdia dura para sempre; o sol para presidir o dia, porque a sua
misericórdia dura para sempre; a lua e as estrelas para presidirem a
noite, porque a sua misericórdia dura para sempre”. (Salmo 136.7-9)
NOVEMBRO
28 Willard Harley Jr.
Podemos e devemos
ficar irados
Há situações que nos alcançam o coração (quando acontecem co-
nosco) ou os olhos (quando sobrevêm aos outros) que nos deixam
irados, desejosos que venha fogo do céu e destrua os maus.
Também nestes casos, somos instruídos a não pecar (Efésios 4.26).
Quando nos iramos, damos nomes aos nossos problemas, cla-
reamos as nossas emoções, identificamos as nossas adversidades.
Quando nos iramos, ficamos aborrecidos contra a injustiça,
diante da qual a fúria é legítima. Na verdade, é nosso dever nos
irar contra todos os gestos que atentam contra a dignidade de uma
pessoa. Estamos certos quando nos indignamos contra indivíduos,
comunidades ou instituições que usam sua força, seu poder, sua
língua ou seu braço para massacrar inocentes.
Mesmo nestes casos, nossa ira não pode nos levar ao pecado.
Iramo-nos e pecamos quando nos deixamos possuir por uma rai-
va absoluta e cega, que passa a nos controlar poderosamente, como
se saísse sangue dos nossos olhos no calor da hora. Iramo-nos e
pecamos quando, no afã de eliminar a maldade, apelamos para a
violência com o objetivo de aniquilar fisicamente o autor da cruel-
dade. Iramo-nos e pecamos quando não perdoamos quem errou,
mesmo quando confessa o seu erro. Iramo-nos e pecamos quando
agimos tomados pelo desejo de vingança contra alguém, não de
justiça para todos os envolvidos na situação.
O pai que disciplina seu filho com vigor não peca, se o acolhe. O
chefe que orienta seus liderados com firmeza não peca, se não os
humilha. O confronto com quem errou deve ser uma expressão de
generosidade, não de rejeição. O amor, que se expressa por vezes
de modo intenso, indignado, irado, deve ser sempre uma forma de
levar o outro a viver, jamais de fazê-lo morrer.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 136.16-22 e Colossenses 1 a 2
“Rendei graças àquele que conduziu o seu povo pelo deserto, porque a
sua misericórdia dura para sempre”. (Salmo 136.16)
NOVEMBRO
29 servo deve sofrer; é isso que torna efetiva a missão.
Nós só podemos entender a missão nos termos da Cruz.
John Stott
NOVEMBRO
30 acontecimento e um processo.
Ken Sande
O projeto do perdão
Somos capazes de ofender. A aritmética é simples: para cada um
ofendido, há um ofensor. Um dia somos ofendidos. Noutro dia,
ofendemos.
Ofendemos? Peçamos perdão.
Não peçamos desculpas, pondo a culpa no outro, como, por ve-
zes, fazemos, como o evidenciam alguns exemplos:
— Não tive a intenção de ofender você, mas assim mesmo peço
desculpas, pelo transtorno que involuntariamente causei.
— A sua atitude não me deixou alternativa, senão reagir desse
modo. Lamento muito.
— Peço desculpas não pelo que fiz, mas pela forma que fiz; como
vocês sabem, eu estava sob uma intensa pressão e me excedi.
O certo é dizermos:
— Perdoe-me pelo mal que meu erro lhe causou.
Pedir perdão demanda atenção, humildade e coragem.
Mesmo que nosso pedido de perdão não possa reparar o dano
provocado (como no caso de um assassinato ou de uma maledicên-
cia), devemos nos dispor a pagar o preço.
Se furtamos, devemos pedir perdão e ressarcir o que surrupiamos.
Se fofocamos, devemos pedir perdão e minimizar os efeitos do nos-
so pecado. Se usamos palavras duras, devemos pedir perdão e nos
dispor a não as repetir. Se traímos a confiança, devemos pedir per-
dão e nos propor a ser fiéis. Se atravessamos a rua para não falar com
alguém, devemos pedir perdão e nos dispor a gestos mais solidários.
Se fomos ríspidos ou deselegantes, devemos pedir perdão e nos vi-
giar mais para não explodir de novo. Se faltamos a um compromisso,
devemos pedir perdão e desejar, de coração, nunca mais faltar. Se
reagimos impensadamente, com violência ou não, devemos pedir
perdão e orar para que nosso estilo de vida seja transformado.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 137
“Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra
estranha?”. (Salmo 137.4)
DEZEMBRO
1 Quero continuar confiando nessa voz e ser por
ela conduzido além das fronteiras da minha breve
existência, para onde Deus é tudo em tudo.
Henri Nouwen
DEZEMBRO
2 um ‘sistema’, mas cultivamos uma ‘atitude’, uma
‘perspectiva’ de fé, abertura, atenção, reverência,
expectativa, súplica, confiança e alegria. Tudo isto
finalmente permeia nosso ser com amor.
Thomas Merton
Pare um pouco
O final de cada ano, quando parece que a vida vai recomeçar daqui
a pouco, é muito agitado. Corremos para bater as metas do mês e
de todos os meses. Corremos para participar de todas as festas de
confraternização. Corremos para planejar os cultos dos quais par-
ticiparemos. Corremos para detalhar nossas próximas férias.
Toda a corrida é acompanhada de culpa, quando o resultado não
é alcançado. Quanto mais corremos, mais realizamos. Quanto mais
corremos, mais nos cansamos. Quanto mais nos cansamos, menos
realizamos. É sábio, portanto, parar para ver como estamos indo.
Por que estamos correndo? Vale a pena continuar correndo?
Correndo, chegaremos? Na corrida da vida, precisamos cuidar para
não nos perdermos, indo para onde não devemos ir, no ritmo que
não precisamos prosseguir, embora todos pareçam persegui-lo. Na
corrida da vida, precisamos saber que somos diferentes uns dos
outros. Logo, não temos que fazer o que todos fazem, mesmo que
pareçam certos. Temos que explorar os nossos limites, à luz do que
podemos ser, não dos limites dos outros. A melhor parte da corrida
não é ser campeão com os músculos dilacerados, porque vencer é
chegar, com o corpo pronto para a próxima corrida. Não temos que
bater todas as metas; só as possíveis. Não temos que participar de
todas as festas; só daquelas que conseguimos. Não temos que ir a
todas reuniões para as quais nos convidam; só àquelas que não nos
esmagam. Não temos que tirar férias onde todos tiram, com tanta
gente que voltamos exaustos. Quando todo mundo corre, muitas
vezes sem saber por que, para que e para onde, precisamos pedir a
Deus a serenidade de ir ou não ir, mas com o coração em paz.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 138.3-5 e 1Timóteo 4 a 6
“Quando te chamei, tu me respondeste e, com o teu poder, aumentaste
as minhas forças”. (Salmo 138.3)
DEZEMBRO
3 cada dia. É viver a vida no gerúndio, sem ponto final,
só nas reticências... a vida acontecendo, lutando,
amando e alimentando as forças, pela oração.
Sylvia da Costa
DEZEMBRO
4 exceto do toque de Deus na minha vida.
Willard Cantelon
DEZEMBRO
5 é aquele que decide confiar no Senhor.
Thiago Prego
DEZEMBRO
6 sentimos prazer nele.
Agostinho
Valorize
A igreja é um lugar de pessoas imperfeitas.
Este lugar imperfeito é, no entanto, o único espaço em que todos
são bem-vindos. São bem-vindas as crianças. São bem-vindos os
adolescentes. São bem-vindos os jovens. São bem-vindos os maio-
res de idade. São bem-vindos os idosos. São bem-vindos os sau-
dáveis e os doentes. São bem-vindos os pobres, os “remediados” e
os ricos; os generosos e os sovinas; os cônjuges fiéis e os cônjuges
infiéis. São bem-vindas as mulheres. São bem-vindos os homens.
Que organização é assim?
Para entrar numa igreja, não precisa atestado de bons antece-
dentes e de ninguém se exige curriculum vitae. Não se faz pesquisa
sobre a idoneidade do interessado, nem carta de apresentação. O
único requisito para participar é o desejo de pertencer. Que orga-
nização é assim?
Alguns vêm e têm satisfeitas as suas necessidades e vão. Se fo-
ram curados, foram curados pela comunidade. Como não entende-
ram, partiram. Outros vêm, não gostam e vão. Outros vêm e ficam;
ficam e se envolvem e fazem a igreja crescer.
O crescimento da igreja está na realização de sua missão que se
desdobra em torno do essencial: oferecer a graça de Jesus Cristo
a todos, aos de dentro e aos de fora, aos de perto e aos de longe,
aos conhecidos e aos desconhecidos. Ela pode, por exemplo, en-
viar uma oferta para construir um hospital para pessoas distantes
cujos rostos nunca verá. Que organização é assim?
A igreja tem tudo para não dar certo, mas dá. Se a igreja segue
para direção errada, Deus a corrige. Se a igreja desanima, Deus a
fortalece. Se a igreja perde o rumo, Deus a reorienta. Se a igreja
tem necessidades, Deus a supre.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 139.14-16 e Filemom 1
“Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me
formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito
bem”. (Salmo 139.14)
DEZEMBRO
7 antes devemos nos deixar trabalhar pela Palavra.
Francisco Orofino
A escolha da ética
A ética é como um espelho. Não é para nos verem nele. É para que
nós mesmos nos vejamos nele. Como nos vemos, eis o que impor-
ta. A ética nos ajuda a nos corrigir do autoengano, sendo o princi-
pal o de pensarmos de nós mesmos o que não somos.
A ética é como um modelo. Vem de fora. De dentro vem o que
dentro está. O valor mais alto, o desejo mais sublime e a prática
mais pura precisam vir de Deus. Os modelos variam, servindo os
baixos para nos justificarmos até mesmo no crime, anotado ou não
nos códigos. Não faltarão os eloquentes modelos a nos empurrar
para o vale-tudo. Quando os ouvirmos, escolhemos. Quando afir-
mamos que o vale-tudo não nos vale, escolhemos.
A ética é uma proposta. Está no final, para onde nos dirigimos.
Estamos a caminho de o alcançar, sabendo-o necessariamente cada
vez mais distante, por causa de nós mesmos. As grandes batalhas
da vida são travadas no pantanoso campo de provas do coração.
Podemos até entrar por um desvio, mas conhecemos o alvo. Co-
nhecedores do alvo, voltamos para a reta rota em direção ao final
que escolhemos como o nosso.
A ética é uma escolha difícil. Por ser difícil, é a melhor. Homens
e mulheres de valor não observam o território em busca da opção
fácil e da decisão barata; sua escolha é o que é certo e bom, embora
difícil.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 139.17-20 e 1João 1 a 3
“Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é
grande a soma deles!”. (Salmo 139.17)
DEZEMBRO
8 Horatius Bonar
Quando ninguém
quer ouvir você
Quem ouve você, quando as suas palavras são regadas a lágrimas,
pela morte de alguém, pela depressão inexplicada ou pela dor que
não cessa no seu corpo?
Quem ouve você, quando precisa desabafar por causa do aban-
dono que experimenta?
Quem ouve você, quando não consegue resolver os conflitos que
o abalam?
Quem ouve você, quando o sono passa, mas a tristeza permanece?
Quem ouve você, quando até você já perdeu a paciência consigo
mesmo?
Quem ouve você, quando está sozinho por fazer o que é certo?
Quem ouve você, quando está com medo?
As pessoas querem ouvir quem está bem.
As pessoas aceitam conversar com quem as ouve.
As pessoas querem estar perto de quem é vencedor.
As pessoas preferem conversar com quem tem algo de bom para
dizer.
As pessoas não querem ouvir as mesmas coisas, embora sejam as
mesmas coisas que você precise dizer.
Muitas vezes a vida se faz na ausência dos que precisamos.
As ausências são ausências, mas você está na presença de Deus.
Ele ouve você.
Você pode ter certeza desta presença,
Você pode ter coragem para falar o que quiser e pedir o que pre-
cisar.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 139.21-24 e 1João 4 a 5
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os
meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me
pelo caminho eterno”. (Salmo 139.23-24)
DEZEMBRO
9 morto sempre que não estabelecemos
condições humanas e históricas para permitir
que a justiça prevaleça e floresça.
Leonardo Boff
O prazer de Deus
é a justiça
Há várias formas de rebeldia contra Deus, e a injustiça é uma delas.
Deus se indigna porque a injustiça parece mostrar que Ele não é
onipotente. Ele se entristece porque a injustiça parece indicar que
Ele não ama o ser humano, especialmente os que sofrem.
Como alguém que ama o Deus da justiça, se estiver em suas mãos
julgar uma causa, seja como um profissional ou como advogado ou
como testemunha, lembre-se do conselho do rei Josafá, que reco-
mendou aos juízes que nomeou o seguinte cuidado:
“Tenham cuidado quando decidirem algum caso, pois o que vocês
fazem é em nome de Deus, o Senhor, e não em nome de criatu-
ras humanas. E, quando julgarem as questões, Deus estará com
vocês. Portanto, respeitem a Deus e tenham cuidado com o que
vão fazer, pois o Senhor, nosso Deus, não tolera os que cometem
injustiça, nem os que usam dois pesos e duas medidas nos jul-
gamentos, nem os que aceitam dinheiro para torcer a justiça”.
(2Crônicas 19.6-7)
Como diz o poeta bíblico, Deus não tem prazer na injustiça, por-
que com Ele “o mal não pode habitar” (Salmo 5.4).
Deus não convive com a injustiça.
Devemos ser tão sérios quanto Ele nesta causa.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 140.1-6; 2João 1 e 3João 1
“Eu declaro ao Senhor. Tu és o meu Deus. Ouve, Senhor, a minha sú-
plica!”. (Salmo 140.6)
DEZEMBRO
10 do que um ano murmurando.
Vincent Cheung
Oração é perfume
Nossas preferências pelos perfumes são únicas.
Cada um de nós tem um jeito de ser e este jeito de ser determina
o seu jeito de orar e não há nisto nenhum problema. Cada um de
nós ora em função do seu jeito de ser. Cada um de nós precisa de-
senvolver seu jeito de ser em beneficio do desenvolvimento de uma
vida profunda de oração.
Por causa do seu jeito de ser, uns gostam de orar de joelhos, ou-
tros assentados, outros com as mãos levantadas, outros enquanto
caminham por um lugar ermo ou por um lugar habitado, mas ne-
nhum destes modos revela mais ou menos vigor espiritual.
Por causa das suas características, uns são mais capazes que ou-
tros em se concentrar por mais tempo em oração.
Seja qual for o seu temperamento, procure dedicar cada vez
MAIS tempo em oração. O modelo é Jesus Cristo, que passava ho-
ras em oração, não os seus seguidores, que não aguentaram alguns
minutos orando.
A oração é um processo que inclui:
• ouvir Deus falar (pela leitura ou repetição de textos da Bíblia);
• meditar na Palavra de Deus (dita ao nosso coração durante a
leitura ou recordação da Bíblia), que nos traz satisfação e nela
meditamos dia e noite (Salmo 1.2).
• falar a Deus para exaltar seu amor (Salmo 63.3);
• confessar nossos pecados (Salmo 38.18);
• agradecer sua bondade (Salmo 26.6-7);
• interceder pelo bem do próximo (1Timóteo 2.1);
• suplicar sua graça para nós mesmos (Filipenses 4.6) e
• ficar diante de Deus (2Coríntios 3.17-18).
Cada um ora do seu jeito. Importa que ore.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 140.7-13 e Apocalipse 1 a 3
“Sei que o Senhor defenderá a causa do necessitado e fará justiça aos
pobres”. (Salmo 140.12)
DEZEMBRO
11 porque conta a história de Jesus.
George MacDonald
DEZEMBRO
12 comunicações amorosas, ora se levantam como
barreiras de lanças espetadas para agredir.
Palavras se desgastam feito pedras roladas em
fundo de rio: o que deveria celebrar a verdade se
rebaixa em mentiras; o que era belo acaba na lata de
lixo dos insultos. O que pode separar agora liga,
o que deveria significar harmonia pode maltratar.
Lya Luft
Cultivando o silêncio
Vivemos na cultura do barulho e da agitação, com pouco espaço
para o silêncio, que é quando podemos ouvir melhor a voz de Deus.
O silêncio é tão importante que ele acontece até no céu.
“Quando o Cordeiro [Jesus Cristo] abriu o sétimo selo, o céu ficou
quieto, num silêncio total por cerca de meia hora”. (Apocalipse 8.1)
O silêncio precisa acontecer em nossas vidas.
Precisamos ficar a sós com o nosso Senhor para que o conhe-
çamos. Precisamos ter a coragem de ficar a sós com o Senhor. Na
cultura do ruído, precisamos da quietude.
Temos medo do silêncio, com medo que o silêncio nos afunde
na noite escura da alma. O silêncio nos desnuda. É por isto que
corremos para encher os silêncios nos encontros, até nos cultos.
Se desejamos ficar quietos, comecemos com a leitura da Palavra
de Deus, orando e meditando sobre trechos específicos.
Precisamos criar um ambiente propício à meditação.
Precisamos de espaço ou de tempo para reorientar nossas vidas,
estabelecendo metas ou restabelecendo alvos.
O silêncio nos ajuda nesta tarefa.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 141.4-10 e Apocalipse 8 a 11
“Não permitas que o meu coração deseje fazer o mal, nem que eu ande
com os que são perversos ou tome parte na maldade deles. E que eu
nunca esteja presente nas suas festas!”. (Salmo 141.4)
DEZEMBRO
13 minha Bíblia. Eu posso chegar ao céu sem andar,
mas não sem a Palavra de Deus.
John Piper
Na presença de
Deus aqui e agora
Conhecer o futuro exige sabedoria. Conhecer o presente exige sa-
bedoria. Viver exige sabedoria. É sábio quem vive, com desejo, res-
ponsabilidade e alegria, na presença de Deus. Cuidemos para não
cometer o equívoco de imaginar que a presença de Deus ocorra num
determinado lugar. Onde Jesus estava, Deus estava. Onde nós es-
tamos, Deus está. Deus está presente até onde não estamos, mas o
que importa para nós é que onde estamos Deus está presente.
Devemos, portanto, parar de orar, quando o estamos cultuan-
do, assim: “Senhor, entramos em sua presença” ou “Continuamos
em sua presença”. Quando oramos, não entramos na presença de
Deus, porque nunca saímos da presença dele.
Quando não havia templos, Deus apareceu a Jacó em vários lu-
gares, os mais “improváveis”. Jacó aprendeu. Seu filho José sabia
que Deus estava com ele em todos os lugares; assim, se pecasse
contra seu patrão, pecaria contra Deus (Gênesis 39.9). Toda a sua
vida foi vivida na presença de Deus.
Nicolas Herman (1614-1691) entendeu bem isto. Cozinheiro,
enquanto lavava pratos, praticava a presença de Deus. Para Nicolas
Herman, inventamos meios e métodos de experimentar o amor de
Deus, quando devemos simplesmente fazer as coisas do dia a dia
como amorosamente dedicadas a Ele.
Peçamos a Deus para nos ajudar a ver onde Ele está.
Peçamos a Ele o desejo de viver em sua presença o tempo todo,
com toda a alegria e toda a responsabilidade desta comunhão.
A consciência da presença de Deus nos dá prazer em viver.
A consciência da presença de Deus nos oferece a sua perspectiva
para a nossa vida.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 142.1-4 e Apocalipse 12 a 14
“Eu clamo a Deus, o SENHOR, pedindo socorro; eu suplico que me aju-
de”. (Salmo 142.1)
DEZEMBRO
14 Rhonda Britten
Quando a
depressão chegar
A depressão é uma “prisão escura”. A depressão nos despedaça. A
depressão tem o rosto da morte.
Ela pode chegar para todos, não importa a idade, o sucesso, a
profissão ou o momento na vida. Ela pode simplesmente surgir,
como pode vir depois de um esforço muito grande ou de uma enor-
me frustração.
Quando vem, chega cercada de culpa, mas não há culpa a ser re-
parada. É uma doença como qualquer outra, com a diferença que
atinge a pessoa em cheio, não apenas nos seus olhos ou no seu pé
ou no seu sistema imunológico.
Se ela chegar para você, procure ajuda. Não fique com vergonha.
Não faça segredo da sua dor. “É importante não esconder a doença.
Não tratá-la na clandestinidade. É importante aceitá-la para com-
batê-la — e todo o silêncio, do próprio doente ou de quem está à
sua volta, dificulta a recuperação”. (Ricardo Boechat)
Convide Deus para participar do seu processo de melhora ou de
cura. Se tiver que tomar remédio, tome. Se precisar de terapia, faça.
Confie no amor de Deus para com você e aguarde as renovadas
manifestações da sua graça. A esperança na ação amorosa de Deus
manterá você na luta por uma vida que vale a pena.
Procure manter as disciplinas espirituais da oração, da leitura da
Bíblia, da frequência aos cultos da igreja, da leitura de bons livros,
da participação na vida comunitária, entre outras atividades.
Não tenha vergonha da sua dor.
Não tenha vergonha de procurar ajuda.
A depressão não precisa ser para sempre. Ela partirá da sua vida.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 142.5-7 e Apocalipse 15 a 17
“Escuta o meu grito pedindo socorro, pois estou caindo no desespero.
Salva-me dos meus inimigos, pois eles são fortes demais para mim”.
(Salmo 142.6)
DEZEMBRO
15 altitude elevada, onde o ar é limpo, o sol brilha e o
futuro é tão reluzente quanto as promessas de Deus.
Esta vida paira no alto e se recusa a se concentrar
no que é negativo.
James MacDonald
Tenha a coragem de
enfrentar seus problemas
Há pessoas que creem em Deus mas não experimentam o poder
dele em suas vidas, porque se recusam a enfrentar seus problemas,
alguns vindos da infância ou mesmo recebidos como padrões vi-
venciados através de gerações em suas famílias.
Pessoas assim vivem repetindo o nome de Deus, em orações,
canções e mesmo atitudes, mas não têm coragem de pedir a Deus
que as ajude a lidar com suas fraquezas. Por isto, casais se dilace-
ram porque não admitem suas fragilidades. Organizações (inclusi-
ve empresas) fecham os olhos para as suas vulnerabilidades, pelo
que algumas acabam liquidadas por elas. No entanto, se desejamos
alcançar nossos objetivos, sobretudo o de uma vida espiritual mais
significativa, precisamos reconhecer e enfrentar as nossas vulnera-
bilidades. Quando estamos vulneráveis é que oramos mais. Precisa-
mos tirar as máscaras e nos livrar das armaduras. “Com as máscaras
nos sentimos mais seguros, mesmo quando elas nos sufocam. Com
as armaduras nos sentimos mais fortes, mesmo quando ficamos
cansados de carregar tanto peso nas costas”. (Brené Brown)
Há riscos em nos desnudarmos, mas o prejuízo é maior quan-
do nos escondemos. Segundo uma pesquisa, quando as vítimas de
abusos, como estupros e incestos, compartilham suas histórias, a
saúde física delas melhora, suas visitas aos médicos são menos fre-
quentes e seus níveis de estresse se reduzem. Não precisamos igno-
rar nossas emoções. Antes, precisamos compreendê-las e, quando
estiverem além de nossa capacidade de equilibrá-las, devemos bus-
car quem nos ajude a por em ordem o nosso mundo interior.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 143.1-6 e Apocalipse 18 a 20
“A ti levanto as mãos em oração; como terra seca, eu tenho sede de ti”.
(Salmo 143.6)
DEZEMBRO
16 lá não haverá nada que nos distraia, como a cor
da parede ou o azulejo. Esta casa é simplesmente
perfeita e incomparável, porque nela teremos a
companhia eterna daquele que já a pagou por nós e lá
viveremos, sem dívidas e dúvidas, e com total sossego.
Maria Lucia Rodrigues
Estamos de mudança
Não podemos nos esquecer: esta não é a nossa casa.
Ela pode ser espaçosa e bonita, mas não é a nossa casa. Ainda
pagamos aluguel.
Ela pode ser pequena e feia, mas não é a nossa casa. Ainda vamos
receber a nossa.
Não podemos nos contentar com esta casa, como se fossemos
morar aqui para sempre.
Não podemos lamentar por morar onde moramos, como se não
houvesse outro lar para nós.
Estamos de mudança.
Temos uma residência fixa numa das ruas do céu. Sabemos que
fica no céu, mas não sabemos ainda o endereço certinho, mas não
precisamos nos preocupar: Jesus Cristo sabe bem o endereço: ele
já esteve na casa e colocou nosso nome na entrada.
Enquanto isto, cuidamos desta casa aqui provisoriamente nossa.
Nós a mantemos limpa. Também trabalhamos para que o nosso
bairro seja agradável. Também nos envolvemos para que a nossa ci-
dade seja boa. Também agimos para que o nosso país seja decente.
Oramos por todos, embora estejamos de mudança.
Sim, estamos de mudança para o céu.
E quando Jesus chegar pilotando o caminhão de mudança, vamos
subir ao lado dele, rumo à nossa casa própria que Ele nos deu no céu.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 143.7-12 e Apocalipse 21 a 22
“Tu és o meu Deus; ensina-me a fazer a tua vontade. Que o teu Espí-
rito seja bom para mim e me guie por um caminho seguro!”.
(Salmo 143.10)
DEZEMBRO
17 que estava morto, renasceu.
Gerson Borges
DEZEMBRO
18 consolados, mas para consolarmos os outros.
John Henry Jowett
DEZEMBRO
19 no qual decidimos refletir nossos valores,
desejos, afetos e tradições.
Bill McKibbe
DEZEMBRO
20 Foi Deus quem começou essa corrente quando deu
um presente inigualável, o seu Filho, um presente
que mudou o mundo para sempre.
Robert Flatt
DEZEMBRO
21 envolvida por tudo de belo que a época de Natal nos
traz e que podemos dividir. E ainda que eu só consiga
influenciar uma pessoa, pelo menos uma vida será
transformada para toda a eternidade.
Chandra Rees
Um programa
de natal (1/2)
Para que este Natal seja o mais generoso da sua vida, eis algumas
sugestões, como breve prelúdio às inesgotáveis possibilidades que
você pode perceber ou produzir:
1. Deseje tornar inesquecível o Natal de outras pessoas, sejam da
sua família, pertençam ao círculo relacional ou figurem na gale-
ria dos desconhecidos.
2. Pense no que vai dar, não no que vai receber.
3. Deixe sua amargura de lado, ponha sua “firmeza” ao falar na ga-
veta, troque sua “alegria interior” por uma que seja vista.
4. Relembre os lindos natais de sua vida. Faça os filmes deles pas-
sar por suas vidas. Conte para quem quiser como foram. Escreva
como foram. Alimente-se da memória. Se, porventura, as lem-
branças são amargas, decida tornar doces as memórias dos ou-
tros. Se você já semeou amargura com suas reações, peça perdão.
5. Visite um amigo, a quem não vê há um bom tempo. Ore por ele.
Procure-o, gaste um tempo com ele. Faça uma refeição com ele.
Abrace-o afetuosamente.
6. Visite um lugar onde morem pessoas enfermas (como um hos-
pital) ou idosas (como um “lar para anciãos) ou crianças (como
um abrigo) ou dependentes químicos (como uma casa de recupe-
ração). Chame mais alguém. Faça um culto lá, regado a música,
comida, presentes e abraços.
Quando fazemos inesquecível o Natal do outro, o nosso também
fica guardado para sempre na galeria das boas coisas que fizemos.
[CONTINUA amanhã]
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 145.17-21 e Lucas 9 a 10
“Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o
invocam em verdade”. (Salmo 145.18)
DEZEMBRO
22 carruagem acima de tudo e alcança igualmente
toda a humanidade.
Clemente de Alexandria
Um programa
de natal (2/2)
Já que quando fazemos inesquecível o Natal do outro, o nosso
também fica guardado para sempre na galeria das boas coisas que
fizemos, eis mais algumas outras ideias para desenvolvermos nesta
época:
7. Dê um presente que lhe custe alguma coisa. Tente descobrir o
que vai fazer os olhos do outro brilhar e ponha em suas mãos o
que você adquiriu para lhe oferecer.
8. Veja dos seus objetos (roupas, calçados, livros ou eletroeletrô-
nicos, por exemplo) aqueles que podem ser muito úteis para
o outro e faça com que cheguem às mãos de quem você quer
alegrar.
9. Ouça os cânticos de Natal como novos, mesmo que já os conhe-
ça. Cante-os com vibração para que os corações dos que ouvem
também vibrem.
10. Faça um gesto generoso inédito, usando a criatividade, você
nunca fez, você nunca viu. Cometa uma extravagância, desde
que não se endivide. Faça algo tão generoso que contagie os que
souberem do que você fez.
11. Surpreenda em casa. Surpreenda os que moram com você. Sur-
preenda-os com bons desejos. Surpreenda-os com boas atitu-
des. Surpreenda-os com gestos grandes.
12. Celebre o amor de Jesus por você com intensidade e alegria,
como se fosse o primeiro ou como se fosse o último da sua vida.
Feliz Natal!
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 146.1-3 e Lucas 11 a 12
“Só ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas”.
(Salmo 147.3)
DEZEMBRO
23 sentimos. Porque Ele é Deus, Ele pode fazer o que faz.
Tony Evans
Bondade é uma
coisa, troca é outra
A lógica do Reino de Deus é absolutamente diferente da nossa.
Quando damos uma festa, escolhemos a dedo os convidados. Con-
vidamos nossos amigos. Convidamos aqueles que já nos convida-
ram. Convidamos aqueles diante dos quais nos sentimos obrigados.
É assim que elaboramos nossas listas de convidados. No fun-
do, somos movidos por interesses. Quase sempre fazemos trocas.
Convidamos nossos iguais, excluindo os outros, que achamos que
não fazem parte do nosso grupo.
No Reino de Deus, é diferente. A lista de Jesus é um exercício de
bondade, que não comporta nenhum tipo de troca. Deus não faz
troca conosco.
Somos, então, conclamados por Jesus a olhar para os que foram
postos à margem da sociedade. Devemos amar aqueles de quem
não esperamos retribuição pelos nossos gestos.
No mundo complexo em que vivemos, não é fácil encontrarmos
formas de amar assim, mas, se a mensagem de Jesus nos toca mes-
mo, devemos pedir a Ele um jeito de amar como Ele amou.
Muitas vezes, achamos que não há a menor chance de o mundo
adotar como sua a lógica do Reino de Deus. Talvez tenhamos razão.
Talvez devêssemos nos perguntar, então, se há alguma chance
de a lógica do Reino de Deus pode ser adotada por nós, em nossos
projetos de vida, em nossos relacionamentos.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 146.4-8 e Lucas 13 a 14
“Cantem ao Senhor com ações de graças; ao som da harpa façam músi-
ca para o nosso Deus”. (Salmo 147.7)
DEZEMBRO
24 celebrar calorosamente o Natal deste Filho do Deus
Altíssimo. Que a celebração do nascimento de Jesus
seja uma glorificação àquele que se identificou: ‘Eu
sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode
chegar até o Pai a não ser por mim’” — João 14.6.
Elben César
DEZEMBRO
25 que ninguém pense que riqueza é coisa de Deus!
Ariovaldo Ramos
Deus de promessas
Deus faz promessas e as cumpre (Hebreus 10.23) completamente.
Deus prometeu que enviaria um Salvador ao mundo (Gênesis 3.15)
e enviou (João 3.16).
Deus prometeu que tiraria Israel do Egito (Êxodo 3.10) e tirou,
levando-o para uma terra nova (Josué 4.19).
Deus prometeu que traria Israel de volta do exílio (Jeremias
23.3) e trouxe (Esdras 1.5).
Deus prometeu que o Messias nasceria de uma jovem (Isaías
7.14) e nasceu (Lucas 2.7).
Deus prometeu que Jesus tiraria o pecado do mundo (João 1.29)
e tirou (1João 3.5).
Deus prometeu que ressuscitaria seu Filho dentre os mortos
(Mateus 20.19) e ressuscitou (Mateus 28.2).
Deus prometeu que, partindo Jesus, mandaria o seu Espírito
Santo, para fundar a igreja (Atos 1.8), e mandou (Atos 2.4).
Deus prometeu que estaria conosco todos os dias, até o fim dos
tempo (Mateus 28.20), e está (Romanos 6.23).
Deus prometeu que, quando perseguidos, saberíamos o que falar
(Lucas 12.12), e temos recebido esta competência (Atos 6.10).
Deus prometeu que enviaria seu Filho de volta à terra (Mateus
16.27) ... e estamos aguardando esta promessa, que se cumprirá
como as demais.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 147.1-3 e Lucas 17 a 18
“Louvarei o Senhor por toda a minha vida; cantarei louvores ao meu
Deus enquanto eu viver”. (Salmo 146.2)
DEZEMBRO
26 por ajudar as pessoas em dificuldade. Ele não mudou.
No minuto em que precisamos que nos livre de algo,
Ele está pronto em seu papel de Salvador.
Catherine Marshall
Jesus cura os
corações feridos
Somos animados quando ouvimos Jesus nos dizer o que Ele faz:
• Ele cuida dos que estão com o coração quebrantado (seu coração
não está partido?)
• Ele anuncia liberdade aos cativos (você não anda preso ao seu
passado?);
• Ele consola os que andam tristes (você não está triste diante das
derrotas que vem experimentando?);
• Ele reconstrói velhas ruínas, restaurando antigos escombros (você
não parece caminhar sob os escombros de sua própria vida?);
• Ele renova vidas devastadas mesmo que há muitas gerações
(você não se vê como sem possibilidade de recomeçar a viver?).
Jesus tem poder para curar os corações feridos e humilhados,
libertar os que estão presos ao passado, consolar os entristecidos
pelas derrotas que lhe são infligidas, reconstruir suas vidas mesmo
destruídas. Este poder lhe foi dado pelo Pai (Mateus 11.27-30) e
está ativo ainda hoje.
Ele manifesta seu poder sobretudo através de pessoas que, por
amor, cuidam de pessoas machucadas por fora e por dentro; de pes-
soas que, como missão, buscam pessoas para resgatar; de pessoas
que, como dom, confortam pessoas que sofrem, de pessoas que,
como operários, põem tijolos para reconstruir vidas devastadas, de
pessoas que, com esperança, sopram paz sobre pessoas sem vigor.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 147.4-7 e Lucas 19
“Não ponham a sua confiança em pessoas importantes, nem confiem
em seres humanos, pois eles são mortais e não podem ajudar nin-
guém”. (Salmo 146.3)
DEZEMBRO
27 compreendido, uma vida que jamais morrerá,
uma justiça que jamais será manchada, uma
paz que jamais será entendida, um descanso
que jamais será perturbado, uma alegria que
jamais será diminuída, uma esperança que jamais
será desapontada, uma glória que jamais será
escurecida, uma luz que jamais será obscurecida;
uma felicidade que jamais será interrompida, uma
força que jamais será enfraquecida, uma pureza que
jamais será contaminada, uma beleza que jamais
será desfigurada, uma sabedoria que jamais será
confundida e recursos que jamais serão esgotados.
Ray Stedman
Palavras de vida
para sempre
Ouvimos muitas palavras. Palavras de amigos. Palavras de políticos.
Palavras de parentes. Palavras de sábios. Todas passam, por mais
bonitas e profundas que sejam. No entanto, as palavras de Jesus
permanecem porque foi Ele quem as disse e porque nos completam:
• “Quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao
contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de
água a jorrar para a vida eterna”. (João 4.14)
• “Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as
poderá arrancar da minha mão”. (João 10.28)
Deus pode libertar da insônia, livrar de um vício, restaurar um
casamento, encerrar uma depressão, curar uma enfermidade gra-
ve, confortar os enlutados, cuidar dos idosos e resolver problemas
humanamente insolúveis. As palavras de vida eterna incluem estas
coisas, mas não se limitam a elas, porque vida eterna é muito mais
do que isto: é uma vida de confiança e esperança em Deus aqui,
agora e também no futuro.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 147.8-20 e Lucas 20
“O SENHOR levanta os que caem e ama aqueles que lhe obedecem”.
(Salmo 146.8)
DEZEMBRO
28 Ele a começa pela mão de uma criatura humana
pobre e fraca, a quem depois ajuda.
Martim Lutero
Como Deus
valoriza as coisas
Uma viúva muito pobre levou sua oferta ao lugar próprio para o
depósito.
Na mesma fila, iam pessoas que, por suas roupas e poses, tinham
muitas posses.
Cada um deu o que tinha levado para contribuir.
Seus gestos foram recebidos diferentemente por Jesus.
Os gestos das pessoas ricas não foram aprovados. O gesto da vi-
úva pobre foi elogiado. Os ricos posaram de generosos, mas deram
a sobra. A viúva apenas contribuiu, dando tudo o que tinha.
Deus considera importantes as nossas motivações. Com relação
aos outros, não podemos saber quais são as suas motivações, mas
podemos saber quais são as nossas.
Naquilo que fazemos, em casa, no trabalho, na escola, no lazer,
importam as nossas motivações: por que fazemos o que fazemos?
As pessoas podem nos admirar por alguns gestos nossos, mas, se
não forem puros, não seremos aprovados por Deus, embora elogia-
dos pelos homens. Nós sabemos se a nossa oferta é a da viúva, que
deu com verdadeiro desprendimento, ou a dos endinheirados, que
deram o que não lhes fazia falta.
Devemos também cuidar do modo como julgamos os atos das
pessoas, para evitar que nos encantemos com gestos espalhafato-
sos (uma oferta de grande valor financeiro, por exemplo), feitos
com motivação que não dá honra a Deus.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 148.1-12 e Lucas 21
“Louvai ao SENHOR! Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas
alturas”. (Salmo 148.1)
DEZEMBRO
29 E. M. Bounds
O louvor torna
a vida melhor
Louvar é ter uma atitude positiva perante a vida. Todos temos mo-
tivos para reclamar: o mundo é imperfeito. Todos temos mais mo-
tivos para louvar. Deus é bom.
Geralmente quem reclama aprendeu em casa. Geralmente quem
agradece herdou do berço a atitude. Nosso jeito de viver vem da
infância.
E claro que não somos obrigados a manter o padrão recebido,
mas é o que mais acontece.
Precisamos ter uma visão clara dos nossos padrões e decidir se os
queremos como nossos.
Se na sua casa não se cantava, cante.
Se na sua casa não havia cultos, faça na sua.
Se na sua casa o elogio era produto rara, elogie sempre.
Se na sua casa todo mundo reclamava de tudo, reclame menos.
Destaque os pontos positivos. Não dê muita importância aos ne-
gativos.
O ambiente vai ficar muito melhor.
O louvor torna a vida muito melhor.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 148.13-14 e Lucas 22
“Que louvem o nome do SENHOR, pois só o seu nome é exaltado; a sua
glória está sobre a terra e o céu”. (Salmo 148.13)
DEZEMBRO
30 se dele fazemos bom uso.
Johann Wolfgang Von Goethe
DEZEMBRO
31 conheçamos como tu és, a fim de que possamos
amar-te perfeitamente, e louvar-te de modo digno.
A. W. Tozer
A rima da gratidão
Agradecer não rima com reter,
verbo que conta as história das vidas,
porque acumular coisas é delas depender
Agradecer rima com reconhecer:
o que recebemos nos abriu avenidas,
folhas onde nossas vidas vamos escrever.
Agradecer é para quando conseguimos esquecer,
esquecer ofensas que nos foram dirigidas
e são capazes de nos fazer morrer.
Agradecer é tomar a iniciativa de oferecer,
oferecer coisas por nós tão queridas
e também pelos que estão delas a carecer.
Agradecer é simplesmente bendizer
por todas as palavras e coisas recebidas
como forma de tanto afeto um pouco devolver.
Agradecer é o gesto santo a fazer
diante das palavras de Deus proferidas
para nos ensinar as mãos ao outro estender.
Para ler HOJE na Bíblia: Salmo 150 e Lucas 24
“Tudo o que tem vida louve o Senhor! Aleluia!”. (Salmo 150.6)