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Nº 121 ABRIL - MAIO / 2015 - ESPECIAL XVIII CONGRESSO farmacêutico de são paulo

REVISTA DO

Farmacêutico Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo

FARMACÊUTICO
Revista do Farmacêutico / Abril - Maio / 2015 - Especial XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo

DO FUTURO
Congresso aposta em temas
como nanotecnologia,
genômica e a nova farmácia
pós-Lei 13.021/14 para
antecipar os desafios
profissionais que estão por vir

Edição Especial
• Roteiro de cursos, simpósios, debates e palestras
• Expofar e Feira de Oportunidades
• História do maior evento farmacêutico da América Latina
• Roteiros turísticos para congressistas que vêm de fora
• Artigos especiais dos ministrantes
Conheça o aplicativo para congressistas
Os participantes do XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo
CONGRESSO têm a sua disposição um aplicativo para dispositivos móveis com
FARMACÊUTICO informações voltadas especialmente aos congressistas antes e
durante a realização do maior evento farmacêutico do país.
DE SÃO PAULO

Para baixar, acesse o Google Play Store (android) ou a Apple Store (IOS) e digite:
XVIII Congresso CRF-SP
Mensagem
da Diretoria

Congresso
para um
novo tempo
O
s congressos científicos ganharam força a partir do Mesmo assim, o mais importante desse Congresso será
século 19. Há historiadores que creditam a tradição a oportunidade de os farmacêuticos se prepararem para o
à Alemanha e sua mobilização por inaugurar a uni- futuro, porque esse novo tempo exigirá profissionais mui-
versidade moderna, como a conhecemos hoje, que mistura to bem formados e atualizados. A grade de cursos ofereci-
educação e pesquisa. O fato é que, depois de inventados, da está aí para comprovar o que dizemos.
os congressos se tornaram encontros especiais, nos quais Esse será o primeiro Congresso após a aprovação da
se antecipa o futuro. Grandes descobertas são geralmente Lei 13.021/14 – Farmácia Estabelecimento de Saúde, que
anunciadas em eventos assim. está trazendo inúmeras mudanças para o setor. Será ain-
O XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo nasceu sob da o encontro que ocorre durante a atual expansão da
essa unção. Desde a escolha da comissão científica, passan- Farmácia Clínica, cujo debate será ampliado por outro as-
do pelo tema selecionado – “Talentos Farmacêuticos: Cons- sunto de grande importância para a profissão: a opção da
truindo Hoje a Saúde do Amanhã”— tudo vem sendo meticu- residência farmacêutica nos cursos universitários, como
losamente planejado para promover uma profunda revisão fazem os médicos.
do momento que vivemos e um exercício de projeção do Ao lembrar de congressos anteriores, vemos o quanto
futuro da profissão. avançamos e o quão importante é o momento em que
Mas não será apenas esse assunto que todas as dezenas vivemos. Houve encontros nos quais discutíamos sobre
de cursos, palestras, simpósios e mesas-redondas abordarão. como garantir o farmacêutico na farmácia, pois naquela
O congresso é um evento completo, repleto de opções para época a assistência farmacêutica era considerada um so-
todos os interesses. Serão também realizados, concomitan- nho quase impossível. Hoje, 90% dos estabelecimentos
temente, o X Seminário Internacional de Ciências Farmacêu- do Estado têm farmacêutico durante todo o expediente. E
ticas e a Expofar 2015, na qual grandes empresas do setor isso decorre também das ações de fiscalização, que muito
apresentam suas novidades. contribuíram para alcançarmos esse patamar.
Como você poderá ver nas páginas que se seguem, em uma Já não precisamos discutir se o profissional está ou não
edição especial quase inteiramente produzida sobre o even- na farmácia, e sim sobre a infinidade de serviços e bene-
to, haverá, nesse Congresso, personalidades internacionais do fícios à população que ele poderá oferecer, diante da nova
universo farmacêutico que raramente vêm ao Brasil. Haverá legislação e dos novos cenários que se desenham, a partir
novidades como a Feira de Oportunidades, um mix de serviços do momento em que ele colocar em prática o que sabe.
de auxílio à carreira ofertado pelo CRF-SP aos participantes, na Um novo tempo chegou.
qual farmacêuticos poderão conferir os setores que mais em-
Participe do Congresso. Não perca essa grande oportunidade!
pregam, as vagas disponíveis, obter um auxílio na confecção
do currículo ou mesmo uma orientação especializada.

boa leitura!

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 3


Sumário

Ingimage
A Revista do Farmacêutico é uma publicação do Conselho
Regional de Farmácia do Estado de São Paulo - CRF-SP
Capa
Edição Especial Rua Capote Valente, 487 - Jardim América, São Paulo - SP
CEP: 05409-001 - PABX: (11) 3067 1450 / 1474 / 1476
e-mail: revistadofarmaceutico@crfsp.org.br
Portal: www.crfsp.org.br

DIRETORIA
Presidente - Pedro Eduardo Menegasso
Vice-presidente - Raquel Cristina Delfini Rizzi
Secretária-geral - Priscila Nogueira Camacho Dejuste
Diretor-tesoureiro - Marcos Machado Ferreira

Conselheiros
Antonio Geraldo Ribeiro dos Santos Jr., Cecília Leico
Shimoda, Fabio Ribeiro da Silva, Israel Murakami, Luciana
Canetto Fernandes, Maria Fernanda Carvalho, Marcos
Machado Ferreira, Patricia de Carvalho Mastroianni, Pedro
Eduardo Menegasso, Priscila Nogueira Camacho Dejuste,
Raquel Cristina Delfini Rizzi, Rodinei Vieira Veloso, Adriano
O futuro da Farmácia Falvo (suplente),Célia Tanigaki (suplente) e Rosana
Matsumi Kagesawa Motta (suplente)
passa por aqui Conselheiro Federal

18
Marcelo Polacow Bisson, Margarete Akemi Kishi (suplente)

Nº 121 ABRIL - MAIO / 2015 - ESPECIAL XVIII CONGRESSO PAULISTA DE FARMACÊUTICOS

REVISTA DO

Farmacêutico Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo

SEMINÁRIO FARMACÊUTICO
Novos procedimentos de fiscalização após

Revista do Farmacêutico / Abril - Maio / 2015 - Especial XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo
Comissão Editorial nesta edição DO FUTURO
Pedro Eduardo Menegasso, Marcos Machado

aprovação da Lei 13.021/2014 6


Congresso aposta em temas

Ferreira, Simone F. Lisot e Reggiani como nanotecnologia,


genômica e a nova farmácia
pós-Lei 13.021/14 para
antecipar os desafios

Wolfenberg
profissionais que estão por vir

VISÃO SETORIAL Edição Edição Especial


• Roteiro de cursos, simpósios, debates e palestras

Sérgio Duran - Mtb 24.043-SP • Expofar e Feira de Oportunidades

Encontro discute atuação do farmacêutico no


• História do maior evento farmacêutico da América Latina
• Roteiros turísticos para congressistas que vêm de fora
• Artigos especiais dos ministrantes

sergio@popcom.net.br

8
Foto da capa: Ingimage
cuidado ao paciente Reportagem e Redação
Carlos Nascimento - Mtb 28.351-SP
jose.nascimento@crfsp.org.br
FARMACÊUTICOS CONTRA A DENGUE Mônica Neri - Mtb 57.209-SP
monica.neri@crfsp.org.br
Campanha do CRF-SP conquista mídia local e Renata Gonçalez - Mtb 30.469-SP
renata.goncalez@crfsp.org.br
nacional 10 Thais Noronha - Mtb 42.484-SP
thais.noronha@crfsp.org.br
Wesley Alves - Mtb 5911-DF
wesley@popcom.net.br
PALAVRA DO MINISTRANTE - DR. HUMBERTO ZARDO

A importância do desenho conceitual na Estágio em Jornalismo


Marcelo Staffa

construção de fábricas farmacêuticas 40 PROJETO GRÁFICO


André Bunduki
andre@dinbrasil.com.br

PALAVRA DO MINISTRANTE - dr. Hemerson Bertassoni Alves Diagramação

42
Ana Laura Azevedo - ana.azevedo@crfsp.org.br
O exame de DNA na solução de crimes Bárbara Gabriela - barbara.santos@crfsp.org.br
Guilherme Mortale - guilherme.mortale@crfsp.org.br

Impressão
PALAVRA DO MINISTRANTE - dr. Jadir Nunes Plural Indústria Gráfica
Métodos alternativos para avaliar
44
Publicidade
medicamentos de uso tópico Tel.: (11) 3067 1492

Tiragem
57.000 exemplares
PALAVRA DO MINISTRANTE - dra. Mary Anne Medeiros Bandeira

Farmácias vivas do Ceará: histórico e evolução 46 Cargos exercidos sem remuneração no CRF-SP
Presidente, vice-presidente, secretária-geral, diretor-
tesoureiro, conselheiros, diretores e vice-diretores regionais,
membros de Comissões Assessoras e das Comissões de Ética.

4 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


ESPAÇO INTERATIVO

Sobre a campanha
Farmacêuticos Contra a Dengue Participe!
Excelente iniciativa do CRF-SP em colocar os estabele- Envie seu comentário ou sugestão:
cimentos farmacêuticos de São Paulo como centros de revistadofarmaceutico@crfsp.org.br
informação e orientação sobre a dengue.
R. Capote Valente, 487 - 9º andar
Olivaci Júnior, Macau - RN
CEP: 05409-001 - São Paulo - SP
Sobre a ação judicial para manipulação Tel: (11) 3067 1494 / 1498
de cosméticos sem prescrição Veja no portal www.crfsp.org.br os links para
nosso perfil nas principais redes sociais
Excelente! Com isso, vamos mostrando à sociedade
que somos profissionais liberais e temos autonomia de A RF se reserva o direito de adaptar as
exercício profissional. Parabéns a todos os colegas e à mensagens, sem alterar seu conteúdo.
diretoria do CRF-SP por mais essa valorosa conquista.

Dr. Wagner Sela – São Paulo – SP


Sobre o atendimento do CRF-SP
Parabéns ao CRF-SP, belíssimo exemplo, que sirva de “Como é bom participar de um conselho tão eficiente
exemplo aos demais CRFs. como o CRF-SP”

Dr. Max Pontes, Novo Hamburgo – RS Dra. Sara Braga – São Paulo-SP

Sobre a homenagem do CRF-PA ao Orientação Farmacêutica


Dr. Pedro Menegasso, considerado perso-
nalidade de destaque no cenário nacional O departamento de Orientação Farmacêutica do CRF-SP
tem recebido diversos questionamentos referentes à
Com certeza, uma das figuras mais atuantes pela necessidade de renovação da Autorização de Funciona-
valorização do farmacêutico no Brasil. Parabéns, isto mento (AFE) e Autorização Especial (AE) de estabeleci-
ainda é pouco ante as tuas realizações. mento de interesse a saúde junto a Anvisa.
Dr. Lauro Lopes, Poá – SP A Lei nº 13.043, de 13 de novembro de 2014, extinguiu a
obrigatoriedade de renovação anual de AFE e AE junto à
Anvisa para todas as empresas (fabricantes, distribuidoras,
importadoras, farmácias, drogarias etc., inclusive as que
Sobre o Dia Nacional pelo Uso Racional atuam em portos, aeroportos e fronteiras). Orientamos, no
dos Medicamentos entanto, que caso ocorram alterações na empresa, esta
deverá ser documentada junto à Anvisa.
Com toda certeza, a presença do farmacêutico faz
toda a diferença na saúde e qualidade de vida da
população! Excelente campanha Conselho Regional de
Farmácia do Estado de São Paulo FARMACÊUTICO, MANTENHA
(CRF-SP)! Parabéns! SEU CADASTRO NO CRF-SP
ATUALIZADO
Dra. Cláudia Bosnic Mello - SP

Sempre devemos estimular o uso racional de


ACESSE
ACESSE O
O PORTAL
PORTAL WWW.CRFSP.ORG.BR
WWW.CRFSP.ORG.BR
medicamentos, esse é um dos nossos principais
(ATENDIMENTO
(ATENDIMENTO ELETRÔNICO),
ELETRÔNICO), CONFIRA
CONFIRA
papéis como farmacêuticos! CRF-SP, parabéns pela
E
E ATUALIZE
ATUALIZE SEUS
SEUS DADOS,
DADOS, INCLUSIVE
INCLUSIVE
campanha!

Nº DE
DE CPF,
CPF, ENDEREÇO,
ENDEREÇO, E-MAIL
E-MAIL E
E
TELEFONE
TELEFONE CELULAR.
CELULAR.
Blog Farmacêutico – São Paulo - SP

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 5


CRF-SP EM AÇÃO
Foco na orientação

Lei 13.021/14 e novos procedimentos de


fiscalização

Após a vitoriosa aprovação da lei Caracterizada pelo seu viés orientativo,


13.021/14 que definitivamente eleva a fiscalização do CRF-SP tem sido es-
o status da farmácia a estabele- sencial para a diminuição de pro-
cimento de saúde apto à pres- cessos administrativos instaura-
tação de serviços, que deve dos pelo CRF-SP, muitas vezes
promover o uso racional de por falta de conhecimento
medicamentos e garantir dos profissionais sobre
a autonomia técnica do as normas vigentes.
farmacêutico, o CRF-SP Em 2014, foram
percebeu a necessidade da mais de 88 mil
realização de um seminá- inspeções, que
rio que reuniu, em março, constataram a
a equipe de fiscais, direto- marca de 90,6%
ria, conselheiros e voluntários de presença do
que, em conjunto, definiram no- farmacêutico em
vos procedimentos de fiscalização que farmácias e drogarias
permitam averiguar o cumprimento da lei e de todo o Estado de São Paulo.
contribuir com sua plena implantação.

Participantes do seminário de Fiscalização dividiram-se em grupos para discutir as principais propostas de mudança

6 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


promoção do uso racional de medicamentos,
conforme a Lei 13.021/14.

• Criar grupo de estudo para formulação de


estratégias e indicadores de uso racional de
medicamentos e verificação do cumprimento das
disposições do artigo 13 da Lei 13.021/14.

• Verificar se o farmacêutico possui


Procedimentos Operacionais Padrão referentes à
farmacovigilância e se estão sendo cumpridos.
Dra. Raquel Rizzi, vice-presidente e dr. Pedro Menegasso,
presidente, discutiram as propostas com os participantes na
plenária final
autonomia técnica do
farmacêutico
Confira algumas mudanças e ações que serão praticadas:

Carga horária de assistência


• Orientar o farmacêutico e o proprietário.
farmacêutica nas farmácias
hospitalares ou similares
• Realizar palestras sobre a Lei 13.021/14,
destacando a responsabilidade solidária e autonomia
A lei estabelece que todas as farmácias hospitalares
técnica.
devem contar com a presença de farmacêutico durante
todo o horário de funcionamento (inciso I do artigo 6º
• Enviar ofícios circulares com esclarecimentos.
e parágrafo único do artigo 8º). Esse também tem sido
o entendimento do Poder Judiciário, conforme se ob-
Por Thais Noronha
serva pelas decisões proferidas após a publicação da
norma em processos que tratam dessa questão.

Sendo assim, o CRF-SP tem adotado ações orien-


Importante: O farmacêutico deve
tativas visando que todas as farmácias de hospitais comunicar por escrito as não
contem com a necessária assistência do farmacêutico conformidades aos proprietários/
em período integral. representantes legais do estabelecimento
e, caso não sejam sanadas, comunicar
promoção do Uso Racional de o CRF-SP e as autoridades sanitárias. O
Medicamentos CRF-SP poderá ser comunicado por meio
dos e-mails: denuncia@crfsp.org.br ou
prerrogativas@crfsp.org.br.
• Elaborar material orientativo sobre as exigências O departamento de Orientação do
da nova lei direcionado aos farmacêuticos. CRF-SP também está à disposição dos
farmacêuticos para esclarecimentos de
• Incluir novos itens na “Ficha de verificação
dúvidas (tel: 11 3067 1470 ou e-mail:
de exercício profissional” que permitam a
orientacao@crfsp.org.br).
constatação das Boas Práticas de Dispensação e da

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 7


CRF-SP EM AÇÃO

Visão Setorial

Encontro discute
atuação do
farmacêutico
no cuidado ao
e o cuidado ao paciente

VISÃO SETORIAL
paciente
Como parte da programação do XV Encontro paciente. Temos o grande desafio de implemen-
Paulista de Farmacêutico - “Superando desafios: tar a Lei 13.021/14, que demorou tanto tempo
o farmacêutico e o cuidado ao paciente”, o CR- para ser aprovada. Agora temos uma ferramenta
F-SP realizou no dia 11 de abril o Painel Visão excelente para debater.”
Setorial, no auditório da Universidade Paulista O evento foi dividido em quatro painéis, centra-
(Unip), em São Paulo. O evento reuniu profissio- dos em achar soluções para o questionamento nor-
nais e estudantes para discutir com representan- teador: “O que o seu segmento pode contribuir para
tes das comissões assessoras do CRF-SP sobre o cuidado com o paciente?”
ações que podem ajudar o farmacêutico de todos O resultado levou à seguinte conclusão: por mais que
os segmentos a desenvolver a sua atuação e me- sejam distintas, independentemente da área em que o
lhorar o cuidado ao paciente. farmacêutico atua, é notável o impacto de seu trabalho
Na abertura, dr. Pedro Menegasso, presidente na saúde e qualidade de vida de seus pacientes. Por isso,
do CRF-SP, destacou a importância da discussão. é imprescindível que, cada vez mais, o profissional esteja
“A profissão está se voltando para o cuidado ao em contato direto com a comunidade onde está inserido.

Primeiro painel: dra. Rosana Spezia Ferreira, Saúde Pública; Segundo painel: dra. Vanusa Barbosa Pinto, Farmácia
dr. José Vanilton de Almeida, Farmácia; e a Profª Dra. Marise Hospitalar; dra. Vanessa Andrade Conceição, Farmácia Clínica;
Bastos Stevanato, Educação Farmacêutica; e a dra. Marion Coting Braga, Análises Clínicas e Toxicológicas

8 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


Evento reuniu profissionais e estudantes para discutir com especialistas sobre cuidados ao paciente

O XV Encontro Paulista de
Farmacêuticos trouxe oportu-
nidade para a troca de expe-
riências entre farmacêuticos
que já implantaram um ser-
viço diferenciado e profissio-
nais que estão iniciando ou
desejam, por meio do aper-
feiçoamento, se destacar. E,
para isso, nada melhor do que
aprender com quem já faz.

Diretoria do CRF-SP presente: dr. Pedro Menegasso, dra.


Raquel Rizzi, dra. Priscila Dejuste e dr. Marcos Machado

Terceiro painel: dr. Carlos Alberto Kalil Neves, Acupuntura; Quarto painel: dra. Raquel Campos, Pesquisa Clínica; dr.
dra. Raissa Sansoni do Nascimento, Plantas Medicinais e Evaldo Molinari, Indústria; dr. Raphael Corrêa de Figueiredo,
Fitoterápicos; dra. Amarilys de Toledo César, Homeopatia Resíduos; e a dra. Elaine Manzano, Distribuição e Transporte

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 9


CRF-SP EM AÇÃO

CAMPANHA

‘Farmacêuticos contra a dengue’ conquista


mídia local e nacional
Lançada em março, a campanha CRF-SP concederam entrevistas
“Farmacêuticos contra a Dengue”, a TVs, jornais, sites e rádios de
idealizada pelo CRF-SP, obteve grande circulação no interior de
um considerável espaço nos meios São Paulo.
de comunicação. O alerta contra a O Jornal Nacional da Rede Glo-
Farmacêuticos
automedicação em casos da doen- bo, exibido no dia 12 de março, contra a dengue
ça, emitido pelo CRF-SP, foi des- deu grande destaque para o tema
taque nos principais jornais das ao entrevistar o presidente da en- Apenas no Estado de São Paulo,
emissoras afiliadas da Rede Globo, tidade, dr. Pedro Menegasso. 401.564* casos da doença já foram
principalmente no interior pau- No dia 24 de março, foi a vez confirmados, o que representa
lista, onde se constatou o maior do programa “Bem Estar”, que, um aumento recorde de 400% no
número de casos confirmados. A pela segunda vez neste ano, comparativo de 2014. A região Su-
campanha ganhou eco e entrou na contou com a participação e deste concentra 81,2% dos óbitos
pauta de programas com veicula- consultoria do dr. Pedro Mene- do país, com 169 mortes confirma-
ção nacional e internacional como gasso. O presidente do CRF-SP das. Nesse cenário, o CRF-SP con-
o “Bem Estar” e o “Jornal Nacio- dividiu a pauta sobre autome- vocou os farmacêuticos para uma
nal”, ambos produzidos pela Rede dicação com os renomados mé- força-tarefa destinada a orientar e
Globo de Televisão. dicos e consultores dr. Roberto conscientizar a população quanto
Vários diretores regionais do Kalil e dr. Fábio Atui. aos cuidados com a doença, for-
mas de prevenção e responsabili-
dade no consumo de medicamen-
tos como o ácido acetilsalicílico e o
ibuprofeno, ambos de fácil acesso
e que interferem na agregação pla-
quetária, assim como outros anti
-inflamatórios não esteroidais.

Farmacêuticos de diversas regiões do Estado informaram a população sobre os * Boletim Epidemiológico. Vol.46. Secretaria de Vigilân-
riscos, prevenção e tratamento da dengue na mídia cia em Saúde − Ministério da Saúde

COMO PARTICIPAR
Entre em contato com o CRF-SP pelo e-mail secol@crfsp.org.br, telefone (11) 3067-1483 ou por meio da
seccional mais próxima. Ao ingressar na campanha, o nome e endereço do estabelecimento em que você
atua constará no site farmaceuticosp.com.br/dengue

10 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


Materiais técnicos
(escolas, igrejas, associações etc.)
Para auxiliar o farmacêutico ou até mesmo visitarem estabele-
que deseja integrar a campanha cimentos comerciais da sua região
“Farmacêuticos contra a Den- para orientar as equipes que tra-
gue”, o CRF-SP disponibilizou no balham nesses locais.
portal www.crfsp.org.br/dengue A campanha “Farmacêuticos
materiais específicos, como ficha contra a Dengue” vem num ritmo
de atendimento farmacêutico e de adesão de seis novas farmácias
protocolo de manejo do pacien- por dia, o que demonstra que o far-
te com suspeita de dengue. Essas macêutico paulista está realmente
ferramentas visam auxiliar os far- preocupado e quer contribuir com
macêuticos a orientarem correta- a melhoria das condições de saúde
mente seus pacientes, ministra- de seus pacientes.
rem palestras para a comunidade Por Wesley Alves
Presidente do CRF-SP participou do
Jornal Nacional e programa Bem Estar

Informe Publicitário O CRF-SP não se responsabiliza pelo conteúdo.

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CRF-SP EM AÇÃO

O Futuro da profissão é agora

Docentes se reúnem no
CRF-SP para debater os
13 anos das Diretrizes
Curriculares dos Cursos Dr. Luis Ortega, representante da Abef, dra. Priscila Dejuste,
secretária-geral,dr. Pedro Menegasso, presidente e dra.
Marise Bastos, coordenadora da Comissão
de Farmácia
As mudanças ocorridas na profissão farmacêutica
ao longo dos 13 anos desde a publicação das Diretri- brou que a universidade forma o egresso, que em se-
zes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Far- guida vem para o CRF. “Dessa forma, nós assumimos
mácia, bem como a importância de reavaliar o perfil o compromisso de fazer essa avaliação. E o que temos
do profissional que deve atender as necessidades da percebido é que o currículo deve ser atualizado para su-
sociedade brasileira, foram temas do I Fórum Estadu- prir as deficiências do mercado”.
al de Discussão das Diretrizes Curriculares dos Cur-
sos de Graduação de Farmácia, promovido em março Histórico da profissão
pelo CRF-SP, por meio de sua Comissão Assessora de
Educação Farmacêutica (Caef), em parceria com a As- O evento também contou com uma palestra sobre um
sociação Brasileira de Educação Farmacêutica (Abef). breve histórico da profissão, ministrada pela Profª Dra.
O evento contou com a participação de docentes de Marise Bastos. Um dos pontos apresentados foi a carac-
instituições de diversas regiões do Estado. terística do curso de Farmácia que, a partir das DCNs,
A reavaliação das DCNs é oportuna, uma vez que des- passou a evidenciar que o farmacêutico é um profissio-
de 2014 estão em vigor as novas diretrizes curriculares nal de saúde.
para o curso de Medicina, o que aponta uma tendência “A diretrizes curriculares trouxeram a necessidade de
de mudanças nos demais cursos da área de Saúde. uma formação mais humanista e com maior estímulo à
Na abertura do Fórum, a coordenadora da Caef, Profª formação clínica”, afirmou a coordenadora da Caef. Se-
Dra. Marise Bastos Stevanato, reiterou que 13 anos é gundo ela, o desafio está em solucionar pontos negativos
tempo suficiente para se avaliar os efeitos na formação como os que são consequência da formação generalista,
do farmacêutico, e que é de extrema importância que que ainda esbarra em problemas como a carga horária
essa reflexão seja realizada em São Paulo, Estado que insuficiente e a falta de infraestrutura para a prática clí-
congrega o maior número de profissionais do país. “Te- nica, comuns em muitas instituições de ensino.
mos um cenário ideal para refletirmos sobre a qualida- O conteúdo discutido no Fórum resultará em um do-
de de ensino e como a profissão será vista futuramente”. cumento que será utilizado para as discussões no Fórum
O presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, lem- Nacional sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do
Curso de Graduação em Farmácia, que ocorrerá no
Congresso Brasileiro de Educação Farmacêutica, em
junho, em Salvador (BA).
Por Renata Gonçalez

12 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


CRF-SP EM AÇÃO

Cosems 2015

CRF-SP presente em
congresso de No estande do CRF-SP, os gestores tinham suporte para
regularizar a assistência farmacêutica no município

secretários de saúde tão de prestigiar os farmacêuticos por mais um


ano. Em declaração exclusiva à Revista do Farma-
cêutico, ele falou sobre a judicialização da saúde.
Com um estande preparado para receber farma- “O peso é cada vez maior para municípios, Estado
cêuticos, prefeitos e secretários de Saúde do Estado, o e União. Ela desorganiza o planejamento e produz
CRF-SP participou do XXIX Congresso de Secretários iniquidade. Claro que garante o direito de algumas
Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, em Cam- pessoas quando nós não cumprimos o papel, mas
pos do Jordão (SP). a maneira com que ela tem sido feita é criadora de
À disposição estava o Grupo Técnico de Apoio aos profundas desigualdades”.
Municípios (GTAM), criado para oferecer suporte téc- O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Da-
nico e jurídico aos gestores que pretendem estruturar vid Uip, também em visita ao estande, falou sobre o
a assistência farmacêutica municipal. Além de apre- diferencial do farmacêutico. “O farmacêutico é vital
sentar os aspectos legais, a equipe mostrou os bene- na rede pública. Tanto fazendo parte da política de
fícios da atuação do farmacêutico na rede pública no saúde como descobridor de novas situações terapêu-
sentido de planejar a compra de medicamentos e pro- ticas, quanto como propositor de alternativas. Hoje, a
dutos para saúde, gerenciar estoque, integrar equipes Secretaria de Estado tem um conselho composto por
multiprofissionais, dar orientação à população, além profissionais da área de Saúde especialmente por far-
de outras atribuições que otimizam os recursos. macêutico. Essa participação é fundamental”.
O prefeito de Campos do Jordão, Frederico Guidoni, fa-
Autoridades no estande do CRF-SP lou sobre a importância da participação do CRF-SP no Co-
sems. “Em um congresso que trata de questões relaciona-
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, fez ques- das ao SUS, a farmácia é um dos pontos centrais e que está
sendo discutido porque disciplina a
distribuição de medicamentos à po-
pulação, assim como a forma de uso.
O CRF-SP está de parabéns pelo bri-
lhante trabalho do GTAM orientando
em especial aos municípios menores
para estruturar a assistência.”
Por Thais Noronha

Para informações sobre


o GTAM: (11) 3067 1455 ou
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário estadual de Saúde, David Uip,
ao lado da equipe do CRF-SP durante visita ao estande atendimento@crfsp.org.br.

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 13


CRF-SP EM AÇÃO

Contribuição do farmacêutico no SUS

Profissionais e
gestores participam
do 5º Seminário de
Saúde Pública Dr. Israel Murakami,dra. Clécia Bauer, dr. Pedro Menegasso,
dra. Cláudia Mezleveckas Carias e dra. Priscila Dejuste

O CRF-SP, por meio de sua Comissão Assessora o networking entre os profissionais e a discussão da
de Saúde Pública e da Seccional de Piracicaba, re- saúde pública e da atuação neste âmbito.
alizou no dia 25 de março o 5º Seminário de Saúde O farmacêutico tem buscado reconquistar sua
Pública. O debate apontou o papel do farmacêuti- identidade como profissional de saúde mais pró-
co inserido na equipe multidisciplinar, desde o seu ximo da população. Mas, como implantar essa re-
desempenho nas atividades técnicas até as ações de alidade no SUS, em que muitas das unidades que
educação em saúde. dispensam medicamento ainda não contam com a
Durante o evento, o presidente do CRF-SP, dr. sua atuação em período integral, conforme exigido
Pedro Menegasso, destacou a importância do Gru- pela Lei 13.021/14?
po Técnico de Apoio aos Municípios do CRF-SP Para responder esse questionamento, o Seminá-
(GTAM) para ampliação da assistência farmacêuti- rio apresentou a visão do gestor, do usuário e do
ca no Estado. “O CRF-SP investe no GTAM que cola- farmacêutico. E ficou claro que, sob todas as pers-
bora com os municípios que desejam implementar ou pectivas, é necessário que o profissional realize um
melhorar o serviço de assistência farmacêutica, reali- trabalho diferenciado e conquiste seu espaço para
zando um trabalho ativo com os gestores”, ressaltou. mostrar o quanto é essencial nesse sistema e na
Para o coordenador da Comissão, dr. Israel Mu- equipe multidisciplinar de saúde.
rakami, os eventos da Comissão Assessora de Saúde Para isso, foram apresentados casos que exem-
Pública proporcionam a troca de experiência entre plificaram ações de sucesso no SUS, como as dos
os farmacêuticos e gestores de diversos municípios, profissionais que criaram modelos de atenção far-
macêutica, com a implantação
de consultórios de farmácia
clínica, que proporcionam pri-
vacidade e onde é possível re-
alizar o acompanhamento far-
macoterapêutico de pacientes
para melhoria nas adesões do
tratamento e de sistemas de
medicação assistida, em casos
de doenças psíquicas.

Por Mônica Neri

14 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


CRF-SP EM AÇÃO Seminário de
Pesquisa Clínica
CRF-SP
IV Seminário de Pesquisa Clínica

A Importância dos
Farmacêuticos discutem Estudos Pré-Clínicos
sobre fases para
o desenvolvimento modificações de medicamentos já existentes, ou seja,

de produtos nada inovadores. “Estamos com a diminuição do nú-


mero de estudos, as ciências biológicas evoluíram
mais do que as ciências médicas, o que faz com que os
A repercussão causada recentemente pelo uso de produtos desenvolvidos não tenham uma aplicação
animais na pesquisa clínica despertou na Comissão garantida na clínica médica”.
Assessora de Pesquisa Clínica do CRF-SP a iniciativa Os entraves passam por aspectos econômicos, pois
de discutir mais a fundo as fases relacionadas ao de- para que um medicamento entre no mercado, estão
senvolvimento de um medicamento ou produto. Para envolvidos cerca de R$ 800 milhões e questões bu-
isso, a Comissão organizou o IV Seminário de Pesqui- rocráticas, em função do tempo de aprovação de um
sa Clínica – a importância dos estudos pré-clínicos, produto no país.
em março, na capital.
Cerca de 120 farmacêuticos conferiram as apresen- Utilização de animais
tações de dois profissionais especialistas no assunto,
o médico dr. Antônio José Lapa, professor afiliado Uma das discussões centrais envolveu o uso de ani-
da Escola Paulista de Medicina/Unifesp e do biólogo mais como cobaias em ensaios clínicos. Para o dr.
João Batista Calixto, professor titular de Farmacolo- João Calixto, ao analisar a toxicidade de um produto
gia da Universidade Federal de Santa Catarina. é necessário testar em roedores e cães. Em caso de
medicamentos biológicos, o cão não responde porque
Produção de medicamentos no Brasil trata-se de uma proteína humana e então é necessária
a utilização de macacos, que chegam a custar cerca de
Dr. Antônio Lapa chamou a atenção para a falta de US$ 5 mil e são criados especialmente para esse fim.
desenvolvimento de medicamentos no Brasil, ten- Segundo o biólogo, há alguns centros no mundo que
do em vista que os que estão sendo registrados são utilizam modelos alternativos, mas é preciso avaliar
o quesito segurança. Uma alternativa seria recorrer
às células-tronco que, com o auxílio de impressoras
em 3D, podem reproduzir tecidos, mas teria de haver
mudanças em protocolos mundiais e harmonização
em relação à ética.
Dr. Calixto enfatizou que essas mudanças não ocor-
rerão nos próximos dez anos e que as pessoas e o go-
verno precisam entender que não se pode comparar
um animal criado como de estimação aos desenvolvi-
Dra. Raquel de Campos, vice-coordenadora da Comissão, dos especialmente para um determinado fim.
mediou o debate entre ministrantes e participantes Por Thais Noronha

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 15


CRF-SP EM AÇÃO

Personalidade de destaque nacional

Presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, recebe


homenagem do CRF-PA

Ricardo Amanajás / ASCOM CRF-PA


O presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso,
recebeu homenagem como farmacêutico de desta-
que nacional em cerimônia promovida pelo CRF-
PA, em Belém, no dia 28 de março.
“Agradeço imensamente ao presidente do CRF-
PA, dr. Daniel Jackson Pinheiro Costa, e divido
com todos os farmacêuticos paulistas esta distin-
ção”, afirmou o dr. Pedro.
Dr. Daniel, por sua vez, ressaltou que o dr. Me-
negasso tem um papel essencial para o fortaleci-
mento e expansão da profissão. “Dr. Pedro é um Em Belém (PA), dr. Pedro Menegasso recebe homenagem
grande trabalhador da profissão. Em sua gestão, como farmacêutico de destaque nacional das mãos do
projetou o CRF-SP para fora dos muros paulis- presidente do CRF-PA, dr. Daniel Jackson Pinheiro Costa

tas e tornou-se aliado de vários outros CRFs bra- guerreiro para que a Lei 13.021/14 fosse aprova-
sileiros, oferecendo o portfólio de trabalho que da”, declarou.
possui. Sem contar o fato de ter sido um bravo Por Mônica Neri

Novo prazo

Certidão de Regularidade passa a valer por um


ano a partir da data de expedição
Conforme a Deliberação 9/15, aprovada em abril pelo
plenário do CRF-SP, a validade da Certidão de Regula-
ridade (CR) e do Registro de Responsabilidade Técnica
(RRT/RFS) foi alterada para um ano a partir da
data da expedição  (se não houver alterações nas
informações constantes da atual Certidão, caso em
que será cancelada).
Verifique a data da validade constante na sua Certi-
dão, fique atento e não deixe de solicitar a renovação Atenção: é importante solicitar a renovação da CR antes da
antes do vencimento. data de vencimento

16 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


CRF-SP EM AÇÃO
Workshop
Cuidados Farmacêuticos em Diabetes, Doenças do
Aparelho Respiratório, hipertensão e Dislipidemia

Farmácia Clínica

Durante workshop na
capital, farmacêuticos truir em qualquer espaço”.
Dra. Lívia também apresentou o Informativo de
discutem casos clínicos Terapia Intensiva, um boletim elaborado pelo Grupo
de Trabalho de Terapia Intensiva da Comissão com
Em 9/05, farmacêuticos participaram do workshop informações sobre a área. A primeira edição já está
“Cuidados Farmacêuticos em diabetes, doenças do apa- no ar, no menu à esquer-
relho respiratório, hipertensão e dislipidemias”, na sede da Comissões Assessoras
do CRF-SP. – Farmácia Clínica, no
Com a proposta inovadora de ser completamente in- portal www.crfsp.org.br.
terativo, o workshop proporcionou aos participantes a
oportunidade de interação, já que foram divididos em Casos clínicos
grupos e puderam compartilhar experiências durante a
discussão de casos clínicos. Divididos em três grupos diferentes: diabetes, doen-
Na abertura, o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Me- ças do aparelho respiratório, hipertensão e dislipidemia,
negasso, ressaltou a importância do evento. “Tenho cer- os participantes analisaram casos clínicos e simularam
teza de que depois desse workshop surgirão muitos no- alternativas de tratamento e formas de orientação far-
vos candidatos a ingressar nessa área e, principalmente, macêutica. Em seguida, os grupos apresentaram as con-
muitos pacientes serão atendidos com mais qualidade”. clusões de cada caso discutido.
Dr. Pedro também enfatizou que o CRF-SP é a casa do Esse formato de evento favorece a integração en-
farmacêutico e está aberto a discussões e propostas que tre os participantes e facilita a troca de informações.
contribuam com a profissão.
Por Thais Noronha
O workshop foi organizado pelo CRF-SP, por meio
de sua Comissão Assessora de Farmácia Clínica. Para Grupo discute
caso clínico de
a dra. Lívia Barbosa, coordenadora, a Comissão é um diabetes
espaço aberto aos farmacêuticos para a construção de
estratégias e sugestões que promovam o crescimen-
to da área. “Nossas reuniões são mensais e queremos
contar com farmacêuticos que atuem não apenas em
hospitais, mas em farmácias, privadas e públicas, por
exemplo, porque a prática clínica a gente pode cons-
Grupo discute Grupo discute
caso clínico caso clínico de
de doenças hipertensão e
respiratórias dislipidemias

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 17


capa

XVIII Congresso
Farmacêutico de
São Paulo: o futuro
da Farmácia passa
por aqui

Nanotecnologia, genômica e bioterrorismo são temas do XVIII Congresso


Farmacêutico de São Paulo, que propõe transformar o Centro de Convenções Frei
Caneca, em São Paulo, de 10 a 13 de outubro, numa janela aberta para o futuro

18 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


palestrantes internacionais

A
o escolher o tema do XVIII Congresso Farma- CRF-SP, a Profa Dra. Terezinha de Jesus conta que a
cêutico de São Paulo –“Talentos Farmacêuti- comissão científica bateu o martelo sobre o tema do
cos: Construindo Hoje a Saúde do Amanhã”—, Congresso após uma longa reflexão sobre “a vital im-
o objetivo da organização ficou claro: oferecer aos par- portância dos profissionais dessa área para o desen-
ticipantes as discussões mais importantes da atualida- volvimento da saúde no Brasil. É essencial oferecer
de na área. Nascia ali uma edição histórica do maior aos farmacêuticos não só uma formação primorosa,
evento farmacêutico da América Latina. preparando-os igualmente para a pesquisa e o ensino,
Para garantir o nível elevado da programação de cur- pilares fundamentais para a formação de profissionais
sos, palestras, seminários e mesas-redondas, foi for- qualificados no aprimoramento da saúde e focados
mada uma comissão científica, coordenada pela pro- no bem-estar social, mas também oportunidades de
fessora-doutora Terezinha de Jesus Andreoli Pinto, da aprimoramento e formação complementar, visando
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. uma constante melhoria nos serviços de saúde e
Apenas com esses atrativos, o evento já seria qualidade de vida”, analisa.
obrigatório na agenda de quem pretende exercer Entre as personalidades que já confirmaram pre-
a profissão farmacêutica seja em qual âmbito for. sença, estão o dr. Jadir Nunes, ex-presidente da
Mas, acrescente a eles uma lista de convidados in- IFSCC (International Federation of Societies Cos-
ternacionais entre os mais prestigiados do mundo metic Chemists); a professora-doutora Carmen Peña
e uma programação paralela que inclui desde no- Lopéz, presidente da Federação Internacional de
vidades do setor industrial a uma Feira de Opor- Farmacêuticos (FIP), membro do Grupo Farmacêu-
tunidades que oferecerá orientação de carreira aos tico da União Europeia (PGEU) e da Federação Pan
farmacêuticos participantes. -Americana de Farmacêuticos (Fepafa); e a CEO da
“Certamente é uma das mais completas edições do Sociedade Americana de Farmacêuticos Hospitalares
Congresso”, afirma o presidente do CRF-SP, dr. Pe- (ASHP), diretora executiva e professora assistente de
dro Eduardo Menegasso. “Há diversos fatores, como educação experimental da Universidade de Farmácia
a aprovação da Lei 13.021/14, que nos permitem di- de Minnesota, dra. Christene Jolowsky.
zer que os farmacêuticos vivem hoje um momento Dividido em cinco áreas temáticas –Assistência Far-
importante, no qual está clara a possibilidade desses macêutica e Saúde Pública; Indústria e Tecnologia; Aná-
profissionais virem a ser mais valorizados pela socie- lises Clínicas e Toxicológicas; Gerenciamento, Gestão
dade. Entretanto, para que isso ocorra, é necessário e Aspectos Regulatórios e Educação Farmacêutica - a
capacitação e educação permanentes e, nesse sentido, programação do Congresso é tão interessante e variada
participar do Congresso é fundamental”, pondera. que apresentará temas como “Doping Genético nos Jo-
Na mesma linha de raciocínio do presidente do gos Olímpicos” e “Bioterrorismo nos Jogos Olímpicos”,

Palestrantes internacionais confirmados

Profa.Dra. Carmen Dra. Christene Scott


Peña Lopéz, presidente Jolowsky, CEO da Franzblau,
da Federação Sociedade Americana diretor do
Internacional de de Farmacêuticos Instituto de
Farmacêuticos (FIP), Hospitalares (ASHP), Pesquisa em
membro do Grupo diretora executiva e
Tuberculose
Farmacêutico da professora assistente
de educação
dos Estados
União Europeia (PGEU)
e da Federação experimental Unidos
Pan-Americana de da Universidade
Farmacêuticos (Fepafa) de Farmácia de
Minnesota

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 19


às vésperas do Brasil sediar sua primeira Olimpíada. Também sobre nanotecnologia, o pesquisador e pro-
Abaixo, a Revista do Farmacêutico destacou al- fessor titular da USP Henrique Toma falará sobre as
guns temas que deverão estar entre os mais concorridos. nanopartículas plasmônicas e superparamagnéticas
em diagnóstico e biotecnologia. Segundo Toma, graças
A NOVA FARMÁCIA CLÍNICA à elevada resistência mecânica dos nanomateriais ou à
introdução de propriedades antibacterianas a sua com-
A importância que hospitais e planos de saúde têm posição, ou até mesmo o uso dos nanobiocatalisadores,
dado às atividades de farmacêuticos está mudando a é possível gerar nanopartículas magnéticas, funcionali-
farmácia clínica, fenômeno que foi captado pela orga- zá-las com sílica e inserir grupos funcionais, no caso as
nização do Congresso. Para aproveitar as oportuni- enzimas, com a vantagem de seu reaproveitamento.
dades que se abrem no setor, no entanto, é necessário
que o farmacêutico entenda a nova farmácia clínica e O GENOMA NA FARMÁCIA
busque se preparar para ela.
“A profissão tem estado focada na orientação do me- O mapeamento do genoma humano já é conside-
dicamento. Mas, o novo farmacêutico tem de ir além e rado um dos fundamentos da chamada farmacotera-
focar também na atenção ao paciente. A literatura mos- pia preventiva. Num futuro não muito distante, será
tra que a presença do farmacêutico tem de se estender possível o desenvolvimento de farmacoterapias pon-
à posologia, às interações medicamentosas, às reações tuais para o tratamento de genes específicos.
adversas. Essa extensão dos cuidados comprovada- Uma visão genômica da farmacoterapia será o tema
mente tem diminuído o custo dos hospitais”, afirma o da palestra do médico e professor-titular da Faculdade
professor-doutor Geraldo Alécio de Oliveira, coordena- de Farmacologia da Universidade Federal do Rio de
dor da Faculdade de Farmácia da Anhembi Morumbi. Janeiro, dr. Guilherme Kurtz. Também coordenador
O chileno Leonardo Arriagada, um dos ministrantes no da Rede Nacional de Farmacogenômica e membro da
Congresso, é considerado hoje uma das maiores autorida- Academia Brasileira de Ciências, Kurtz abordará ques-
des sobre a configuração da nova farmácia clínica. “Ele a tões relativas aos fundamentos da farmacogenômica, a
contextualiza em seu cotidiano de atuação, estudando as farmacogenômica na população brasileira e aplicações
adequações. Ledo engano quem acha se tratar de um pro- clínicas da farmacogenômica, entre outras.
cesso simples. O empirismo de Arriagada tem provocado A palestra “Contribuição da Genômica na Análise Fo-
fortes mudanças no setor”, diz o professor-doutor Alécio.

A REVOLUÇÃO DA NANOTECNOLOGIA

Assunto dos mais palpitantes entre pesquisadores far-


macêuticos, a nanotecnologia será tema de um simpósio
do Congresso com a participação dos especialistas douto-
res Nádia Bou-Chacra, Henrique Toma e Priscyla Marca-
to Gaspari, do Brasil, e Raimar Loebenberg, do Canadá.
Dra. Nádia é responsável pela disciplina de Tecnolo-
gia Farmacêutica da FCF/USP e falará sobre o sistema rense” mergulhará no mesmo universo, para exemplifi-
nanoestruturado catiônico para obtenção de produtos car a utilização desses conhecimentos na criminologia. O
oftálmicos inovadores. O tempo reduzido de residência tema será apresentado pelo professor-doutor Hemerson
dos fármacos na região ocular, em função dos meca- Bertassoni, diretor geral da Polícia Científica do Paraná,
nismos de proteção do olho, levou a grandes descober- membro efetivo da Academia Brasileira de Ciências Fo-
tas na área da nanotecnologia aplicada às pesquisas. renses e consultor forense internacional.

20 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


SERVIÇOS QUE AMPLIAM A FARMÁCIA prazo, é iminente o ajuste na formação acadêmica
dos cursos de Farmácia, buscando a capacitação
Esse será o primeiro Congresso realizado após a para que os profissionais atuem de forma eficiente
aprovação da Lei 13.021, no ano passado, conhecida nas equipes multidisciplinares de saúde, cada vez
como Lei Farmácia Estabelecimento de Saúde. A nova mais fortes nos hospitais.
legislação abre um campo de possibilidades para as far- De acordo com a coordenadora do curso de apri-
mácias, que, claro, não poderiam estar fora do evento. moramento profissional do Hospital das Clínicas de
Na pauta de debates, serão discutidas questões relacio- São Paulo, professora-doutora Maria Cleusa Mar-
nadas aos serviços que podem ser realizados em estabe- tins Goes, a interação do farmacêutico nas equipes
lecimentos farmacêuticos, bem como os custos e exigên- multiprofissionais exige uma atualização da postu-
cias técnicas. Os farmacêuticos dr. Rinaldo Ferreira, da ra profissional. “Há necessidade de ajuste nas equi-
Universidade do Vale do Rio Doce (Univale), dra. Eliete pes de farmacêuticos, que ainda querem perma-
Bachrany Pinheiro, da Farmais, necer atrás de estoques, às vezes até empoeirados,
e Profª Dra. Silvia Storpirtis, da e que terão seus prazos de
Faculdade de Ciências Farma- validade vencidos se não se
cêuticas da USP, comandarão ajustarem às necessidades
a mesa-redonda “A Gestão dos atuais da profissão. Esse deve
Serviços Farmacêuticos e sua colocar o paciente como o foco
Contribuição para o Incremen- principal de sua perspectiva
to dos Negócios”. profissional”, afirma a
“Atualmente, as farmácias especialista, que será uma
vêm atuando mais ativamente das participantes da mesa-
na revisão de farmacoterapias, no manejo de problemas redonda “Perfil Atual e Perspectivas dos Programas
de saúde autolimitados, na dispensação com qualidade, de Residência Farmacêutica”.
bem como no rastreamento em saúde, por meio da tria- No evento também serão abordados temas relativos
gem individual e coletiva e avaliação de índices glicêmico à gestão brasileira de programas de residência, bem
e de pressão arterial, fluxo respiratório, entre outros ser- como o potencial desses programas para a profissão. A
viços que agregam valor ao estabelecimento”, considera o experiência dos participantes em conceituadas equi-
dr. Rinaldo, também presidente da Farma e Farma. pes multiprofissionais dará o norte para a extensão
Para ele, a transformação da farmácia em um genuíno e desenvolvimento da especialização farmacêutica
estabelecimento de saúde exige de empresários, farmacêu- nesse formato.
ticos e gestores uma formação condizente a essa finalidade. Dr. Pedro Menegasso está otimista em relação ao
resultado do XVIII Congresso Farmacêutico. “Cer-
RESIDÊNCIA APONTA NOVOS CAMINHOS tamente, muitas das práticas, atividades e fármacos
que dominarão o setor no futuro, começarão a ser
Embora a residência farmacêutica ainda se encon- discutidas no evento”, conclui.
tre na fase inicial de implantação no Brasil, a curto Por Wesley Alves

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Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 21


História

Congresso inaugurou
nova era da profissão
Década de 70 – Nasce o evento O sucesso do primeiro
evento repercutiu
positivamente na
A década de 70 representou uma fase de signifi- classe farmacêutica,
cativa evolução na profissão farmacêutica, marcada comprovando o
principalmente pela promulgação da Lei nº 5.991, acerto da iniciativa
e incentivando os
em 19 de dezembro de 1973, que reestruturou de- conselheiros a dar
finitivamente a ordenação jurídica das atividades prosseguimento à
profissionais, revogando a legislação que vigorava atividade. No ano
seguinte (veja o cartaz
desde o ano de 1931.
ao lado) aconteceria
As lideranças farmacêuticas da época sentiram a 2o Congresso Paulista
necessidade de reunir, em um grande evento, os prin- de Farmacêuticos.
cipais profissionais e entidades em discussões que A partir de então, o
evento passa a ser
enfatizassem aspectos técnico-científicos da profissão fundamental para
por meio de palestras, cursos de atualização, confe- a construção de
rências, simpósios, mesas-redondas e apresentação uma nova fase na
profissão.
de trabalhos de pesquisa, tendo em vista primordial-
mente o encaminhamento da elevação dos padrões
da Farmácia brasileira. Anos 1980 – Homeopatia, Fitoterapia e
Assim, o CRF-SP realizou o primeiro Congresso Acupuntura
Paulista de Farmacêuticos, nos dias 9, 10 e 11 de
novembro de 1972, no Palácio dos Bandeirantes, Em 1985, a realização do V Congresso Paulista
na capital. de Farmacêuticos trouxe à tona importantes dis-
cussões. Havia grande movimentação da Comis-
são Parlamentar do Conselho em relação às práti-
cas alternativas, como Homeopatia, Fitoterapia e
Acupuntura. O momento coincidia com a criação
do horto de plantas medicinais da USP e o imen-
so potencial da flora brasileira, que evidenciava a
necessidade de legislação específica para regulá-lo.

Há 43 anos, o Congresso Paulista de Farmacêuticos iniciava Área de exposições do V Congresso Paulista de


uma nova dinâmica organizacional ao Conselho de São Paulo Farmacêuticos, em 1985. Práticas alternativas
necessitavam de legislação específica
22 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI/ 2015
Em 2013, aconteceu a última edição do evento, que
coincidiu com as discussões sobre a prescrição farmacêutica

Público presente em um dos congressos realizados na década de Anos 2000 – Em foco, a prescrição
90, época de profundas mudanças na política e na saúde do país farmacêutica

Em 2003, durante o XIII Congresso Paulista de


Anos 1990 – Saúde pública em discussão Farmacêuticos, houve uma mudança na premiação
para os destaques profissionais da área farmacêutica
O primeiro Congresso Paulista de Farmacêuti- e os melhores trabalhos científicos. A partir daque-
cos na década de 90 foi o oitavo da série desde sua le ano, foi instituído o “Troféu CRF-SP”, em alumí-
criação. Foi realizado em outubro de 1991 e procu- nio e bronze. Idealizado pelos Professores Doutores
rou estabelecer nova dinâmica, destacando o papel Mario Hirata e Rosario Dominguez Crespo Hirata,
do farmacêutico na área da saúde pública e dando membros da Comissão Organizadora do Congresso,
ênfase aos aspectos técnico-científicos. O encontro o troféu substituiu a premiação em dinheiro com o
também foi organizado em paralelo com o 3º Con- objetivo de fortalecer o valor científico da premiação.
gresso Brasileiro de Produtos Farmacêuticos. Os Congressos cresceram e se tornaram mais com-
pletos. Em 2005, depois de muitos anos de discussão
sobre maneiras de aprimorar a qualidade do ensino
farmacêutico, o XIV Congresso Paulista de Farma-
cêuticos promoveu o I Fórum de Educação Farma-
cêutica do Estado de São Paulo. Na ocasião, o evento
reuniu mais de 4,5 mil participantes de todo o Brasil.
O último da série foi o XVII Congresso Paulista de
Farmacêuticos, em 2013. Sua realização coincidiu
com um momento histórico no qual o farmacêutico
Nos anos 90, as lideranças discutiam a chegada do novo milênio, teve a sua importância e credibilidade ampliadas pela
o avanço tecnológico e ampliação da atuação profissional prescrição farmacêutica.
por Carlos Nascimento

Troféu CRF-SP foi instituído para incentivar e O século XXI chegou e os congressos se tornaram mais completos. Qualidade
fortalecer o trabalho científico da área farmacêutica no ensino e assistência farmacêutica integral ganharam destaque

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 23


planta

Local: CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA – 4o e 5o andar


Rua Frei Caneca, 569 – Consolação – São Paulo/SP
Tel.: (11) 3472–2020 e 3472–2000 / Site: www.convencoesfreicaneca.com.br

5o andar
44 38
50

A
54
39
45
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B
22
30

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C
23
31

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D

40 24
32
46 14

E
15
41
25
47 33

1
Auditórios A a G
34a 26a
2 cursos, palestras,
48 42 16 8 simpósios e
13 e 21 34b 26b 3
mesas-redondas
2.00

49 43
27a 4 (mais detalhes no Guia de
22 e 30 35a 17 9 Atividades do Congresso,
5 páginas 26 a 30)
35b 27b
18 10
6
2.00

23 e 31
36 28 19 11
7
20 12
24 e 25

37 29 21 13
26a
39 e 45

27a 40

28 e 36 41

29 e 37 46

32 e 33 51 F G

34a 52

24 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


4o andar

Feira de Oportunidades
(mais detalhes na página 32)

Espaço Âmbito Farmacêutico


(mais detalhes na página 33)

Lounge

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 25


Programação

Guia de atividades
do Congresso*
ÁREA 1 – ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E SAÚDE PÚBLICA

CURSOS

Managing Antibiotic Therapy rá com representantes de entidades rela-


O vice-diretor da Escola de Farmácia da cionadas a Farmácia, como a Abrafarma,
Universidade da Carolina do Sul – Co- o CRF-SP e a Febrafar.
lumbia – EUA, dr. Brandon Bookstaver,
ministrará o curso sobre uso racional de Farmácias Vivas no SUS
antimicrobianos. As dras. Mary Anne Medeiros Bandeira e
Isanete Geraldini Costa Bieski apresen-
Prescrição Farmacêutica tarão na mesa-redonda, mediada pela
Magistral: Abordagem dra. Elfriede Bacchi, o Programa Etno-
Regulatória Fitos, a importância da interação com
Dr. Ivan da Gama Teixeira, vice-presi- a pesquisa, a captação de recursos para
Avanços na Atuação do dente da Associação Nacional dos Far- implantação e manutenção dos projetos
Farmacêutico na Gerontologia macêuticos Magistrais, abordará os as- no SUS e a sensibilização e criação da
O curso será ministrado pela dra. Ma- pectos legais da prescrição farmacêutica Política e Programa Municipal.
ria Elisa Gonzalez Manso e pelo dr. de produtos manipulados.
Thiago Vinícius Nadaleto Didone, da
Universidade de São Paulo, e apontará Prevenção de Erros com Foco
como a atuação clínica do farmacêutico nos Pontos Críticos do Processo
diminui o risco que idosos possuem em Magistral
apresentar problemas relacionados aos Dra. Ana Lúcia M. Povreslo, da Asso-
medicamentos. ciação Nacional dos Farmacêuticos Ma-
gistrais, falará sobre o mapeamento de
Envelhecimento da População e processos; e os pontos críticos na mani-
Preparações Magistrais pulação de líquidos e sólidos, no arma-
Dra. Paula Renata Carazzato, da As- zenamento e estabilidade e na obtenção
sociação Nacional dos Farmacêuticos e avaliação de informações.
Magistrais, abordará o uso da mani-
pulação de cosméticos e suplementos MESAS-REDONDAS
nutricionais frente ao envelhecimento
da população em todo o mundo. Atuação do Farmacêutico no SUS
Mediada pela dra. Silvia Storpirtis e com
Avaliação da Atividade a presença das dras. Eliane Cortez, Na-
Assistencial do Farmacêutico thalie de Lourdes Dewulf e Silvana Nair
A farmacêutica cubana dra. Ivette Leite, a mesa-redonda apresentará qual
Reyes falará durante o curso sobre o o papel do farmacêutico no serviço pú-
papel do farmacêutico no sistema de blico, qual o impacto desse profissional
atenção à saúde; a atenção farmacêutica na gestão de medicamentos, a impor-
e serviços farmacêuticos; a carteira tância da articulação com outros profis-
integrada de serviços farmacêuticos sionais e como executar ações sobre uso
assistenciais; e os aspectos conceituais racional de medicamentos. Prescrição Farmacêutica de
dos indicadores. Medicamentos para Doenças
Desafios da Farmácia como Crônicas
Lei 13.021/14 - Farmácia Estabelecimento de Saúde Mediada pelo dr. Vanilton Almeida, a
Estabelecimento de Saúde Mediada pelo dr. Antonio Geraldo Ri- mesa propõe a discussão de possíveis
O curso será ministrado pela dra. Va- beiro dos Santos Junior, coordenador mudanças nas normas que regem a
léria Martins Pires e discutirá as ques- do Grupo Farmácia Estabelecimento de prescrição farmacêutica, de modo que
tões regulatórias na farmácia e o papel Saúde do CRF-SP, a mesa-redonda tra- se adeque à realidade vivida pelos far-
do farmacêutico frente às mudanças da rá a discussão do modelo das farmácias macêuticos que atendem nas farmácias
profissão no cenário nacional. após aprovação da Lei 13.021/14 e conta- públicas e privadas. Participarão do de-

26 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


bate as dras. Janice Sepúlveda Reis e Atenção ao Diabético
Indicadores da Atividade
Aline Mourão. O simpósio, mediado pelo dr. Vanilton
Assistencial do Farmacêutico
  Almeida, apresentará como desenvolver
A palestrante cubana dra. Ivette Reyes
PALESTRAS no farmacêutico as habilidades neces-
apresentará estratégias para os farma-
sárias para o bom trânsito nas diversas
cêuticos desenvolverem indicadores
Atuação do Farmacêutico na áreas no atendimento em diabetes. Par-
para avaliar a qualidade dos serviços far-
Atenção ao Obeso/ Síndrome ticiparão do simpósio as dras. Janice Se-
macêuticos assistenciais.
Metabólica púlveda Reis, Aline Mourão, Graça Maria
A palestra abordará a importância do far- de Carvalho Câmara e Sonia de Castilho.
Oportunidades na Atuação do
macêutico no diagnóstico, orientação,
Farmacêutico Clínico
acompanhamento e controle da obesidade. Segurança do Paciente:
A palestra do dr. Leonardo Arriagada
Importância da Atuação do
Rivas, ministrante do Chile, apresentará
Desafios e Inovações Farmacêutico
os modelos de atuação e os benefícios do
na Rastreabilidade de Mediado pela dra. Dirce Akamine, o
farmacêutico junto à equipe multidisci-
Medicamentos na Área simpósio contará com a participação in-
plinar.
Hospitalar ternacional da dra. Christene Jolowsky,
A palestra do dr. Nilson Gonçalves Mal- da Sociedade Americana de Farmacêu-
SIMPÓSIOS
ta mostrará como o desenvolvimento de ticos, e das dras. Helaine Capucho e
projetos de rastreabilidade é fundamen- Valéria Cristina Rossi Fontes, que abor-
Atuação do Farmacêutico na
tal no processo de segurança em relação darão o tema Segurança do Paciente na
Equipe Multiprofissional para
ao uso do medicamento. Prática: Como Fazer?

ÁREA 2 – INDÚSTRIA E TECNOLOGIA

a evolução da farmácia industrial e a apli- dr. Gustavo Bezzuoli Mano e representan-


CURSOS cação prática dos novos conceitos e im- tes de instituições da área veterinária de-
plementação de Quality by Design (QbD). baterão a legislação, evolução e desenvol-
Estudos de Impurezas e Produtos vimento dos medicamentos para animais.
de Degradação em Medicamentos
Dr. Denis Padeiro, da US Pharmacopeia, Pesquisa Clínica: Abordagem
falará das novas exigências e do processo técnico-científica e regulatória na
de evolução em relação à identificação e América Latina
quantificação de impurezas e produtos de Mediado pelo dr. Dermeval Carvalho, a
degradação nas indústrias farmacêuticas. mesa-redonda trará as opiniões do dr.
Dagoberto Brandão, dr. Eduardo Alber-
Fábricas Farmacêuticas para Funil de Inovação: Como Nasce to Gallardo e dr. Helgi Jung sobre a visão
Mercados Exigentes um Produto Cosmético regulatória da pesquisa clínica do Brasil,
Dr. Humberto Zardo, consultor sênior, No curso da dra. Paola Patriarca serão Argentina e México.
docente e assessor em gestão e melhoria abordadas as diretrizes do processo de
de operações industriais em mais de 45 inovação, o funil como ferramenta e o PALESTRAS
países, falará no curso sobre os reque- resultado obtido nesse processo, otimi-
rimentos das normas nacionais e inter- zando a escolha de produtos inovadores. Aplicações da Quimiometria na
nacionais para a construção de plantas Inovação Farmacêutica
farmacêuticas que protejam o produto, MESAS-REDONDAS O ministrante português dr. José Mene-
os operadores e o meio ambiente. zes, da Universidade de Lisboa, apresen-
tará a quimiometria como ferramenta
New Drug Discovery for de inovação no desenvolvimento para
Persistent Bacterial Infections controle de qualidade na indústria far-
Dr. Scott Franzblau, da Universidade de macêutica.
Illinois, nos EUA, será o palestrante in-
ternacional que abordará as descobertas Computer Simulations in
de novos medicamentos para combater a Pharmaceutical Research and
resistência bacteriana. Development: an Industrial
Perspective
Quality by Design: Ferramentas Dr. Raimar Loebenberg, presidente da
no Desenvolvimento e Produção Sociedade Canadense de Ciências Farma-
de Biofarmacêuticos cêuticas, abordará a simulação computa-
O ministrante português dr. José Mene- Desenvolvimento e Produção de dorizada em pesquisa e desenvolvimento
zes, da Universidade de Lisboa, apresen- Medicamentos Veterinários farmacêuticos na perspectiva da indústria.
tará as últimas tendências que compõem Com mediação do dr. Humberto Ferraz,

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 27


Inovações Tecnológicas e de
Infraestrutura na Produção de tecnológicos na América Latina serão Humberto Zardo e Nadia Araci Bou Cha-
Medicamentos discutidos pela dra. Maria Nella Gai cra abordarão as últimas tendências da
O palestrante dr. Humberto Zardo é Hernandez, do Chile, e pela dra. Helgi evolução da farmácia industrial e a im-
consultor sênior, docente e assessor em Jung, do México, no simpósio media- plementação de Quality by Design (QbD)
gestão e melhoria de operações indus- do pela dra. Sílvia Storpirtis. na melhoria e validação dos medicamen-
triais em mais de 45 países e falará da tos e produtos cosméticos e alimentícios.
importância da aplicação, com sinergia, Inovações na Pesquisa e O simpósio será mediador pela dra. Te-
das novas tecnologias e novos conceitos Desenvolvimento de Produtos rezinha Andreoli.
nas fábricas farmacêuticas. Naturais e Fitoterápicos
Os drs. Vanderlan da Silva Bolzani, João Métodos Alternativos na
New drug discovery for Batista Calixto, Eduardo Barbosa Coelho Avaliação da Segurança de
tuberculosis e Luis Carlos Marques falarão durante Ingredientes Cosméticos
O ministrante internacional dr. Scott simpósio mediado pela dra. Elfriede Bac- O simpósio será mediado pelo dr. Der-
Franzblau, da Universidade de Illinois, chi sobre as tendências na fitoterapia. meval de Carvalho e terá a participa-
nos EUA, falará sobre os estudos de to- ção dos drs. Jadir Nunes, Ana Marisa
xicidade in vitro de novos medicamentos Nanotecnologia Almeida, Lorena Rigo Gaspar Cordei-
para tuberculose. ro e Simone Fanan, que abordarão
sobre métodos de substituição ao uso
P&D em Análises de de animais nas metodologias que hoje
Medicamentos estão em vigência tanto na esfera cien-
Dra. Vanessa Boralli apresentará sua tífica quanto na educacional.
análise sobre a grande influência do de-
senvolvimento da pesquisa científica e
tecnológica na indústria farmacêutica.

The Next Generation of the Em simpósio mediado pela dra. Terezi-


Modern and Innovative Drug nha Andreoli, dra. Nadia Araci Bou Cha-
Development: The Use of cra, dr. Raimar Loebenberg, do Canadá,
Pharmaceutical Software dr. Henrique Toma e dra. Priscyla Da-
A palestra será ministrada pelo pre- niely Marcato Gaspari abordarão, entre
sidente da Sociedade Canadense de outros assuntos, a relevância da Nanoto-
Ciências Farmacêuticas, dr. Raimar xicologia e exemplos de estudos in vitro e
Loebenberg, e abordará as questões in vivo sobre o tema, incluindo a parte de
das inovações e modernidades nos de- biodistribuição, vias de administrações e
senvolvimentos de medicamentos. desafios da área. Alimentos Funcionais
Os palestrantes drs. Jorge Mancini Filho,
SIMPÓSIOS Quality by Design: Novos Fernando Salvador Moreno e Thomas
Conceitos na Melhoria Contínua Ong abordarão as questões dos ácidos
Medicamentos Biológicos e e Validação nas Indústrias graxos, os compostos bioativos dos ali-
Biotecnológicos Farmacêutica, Cosmética e de mentos, a nutrição no início da vida e a
Os aspectos científicos e regulatórios Alimentos importância de compostos polifenólicos.
dos medicamentos biológicos e bio- Os ministrantes drs. José Menezes,

ÁREA 3 – ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS

PALESTRAS

A Contribuição do Laboratório tecnologias em DNA usadas no meio


Clínico no Controle da Infecção forense dentro de uma proposta de
Hospitalar mostrar casos e tecnologia utilizados.
Dra. Elsa Mamizuka, doutora em Mi- A palestra será ministrada pelo dr. He-
crobiologia e Imunologia, apontará a merson Bertassoni Alves, do Instituto
necessidade da realização de exames Criminalistica de Curitiba.
microbiológicos para diminuição no Doping Genético nos Jogos
A Visão Genômica da Olímpicos
número de infecções adquiridas nos
A palestra do dr. Maurício Yonomine
hospitais. Farmacoterapia falará da contribuição da ciência para
Dr. Guilherme Suarez Kurtz apresen- o esporte, o controle do doping genéti-
Contribuição da Genômica na tará a contribuição do estudo do geno- co. O doping genético ajuda a perceber
Análise Forense ma completo de um organismo para a a alteração genética dos atletas para
O tema que será abordado versa sobre farmacoterapia. melhora do desempenho nas provas.

28 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


SIMPÓSIOS

Exames Laboratoriais
no Acompanhamento
Farmacoterapêutico
O simpósio contará com a participação
Bioterrorismo nos Jogos da dra. Adriana Pelegrino Pinho Raos, Avaliação Toxicológica da
Olímpicos dr. Dewton de Moraes Vasconcelos, dr. Exposição às Substâncias Químicas
Dr. Marcos Dornelas fala sobre a impor- Ricardo Ambrosio Fock e dr. Brandon Dr. Dermeval de Carvalho (mediador),
tância de combater a possibilidade da libe- Bookstaver e abordará sobre a inter- dra. Alice Chasin e dra. Telma de Cás-
ração deliberada de vírus, bactérias ou de pretaçao de exames laboratoriais úteis sia Nery falarão sobre a interpretação da
outros agentes que podem provocar morte no acompanhamento farmacoterapêu- toxicidade de uma substância química e
nos atletas, visitantes ou torcidas durante tico, considerando as doenças infeccio- as interferências frente a sua frequência
os Jogos Olímpicos no próximo ano. sas mais prevalentes. e tempo de exposição.

ÁREA 4 - GERENCIAMENTO, GESTÃO E ASPECTOS REGULATÓRIOS

Mediada pela dra. Silvia Storpirts, par- Dr. Luis Marcelo apontará as tendências
ticiparão da mesa-redonda dr. Rinaldo do marketing farmacêutico e como os
Ferreira, dra. Valéria Maria Souza e profissionais são essenciais para elabo-
dra. Eliete Bachrany Pinheiro. O as- ração de ações mais estratégicas dentro
sunto será sobre a contribuição dos deste nicho.
serviços farmacêuticos para o incre-
mento dos negócios.

Prerrogativas e Desafios
Profissionais
Mesa-redonda contará com a participação
da coordenadora do Comitê de Direitos
e Prerrogativas Profissionais, dra. Maria
Fernanda Carvalho, com o objetivo de
esclarecer e sensibilizar os farmacêuticos
em relação às prerrogativas profissionais
e sobre quais são os desafios a serem en-
frentados para que estas sejam respeitadas
e protegidas.

PALESTRAS A Estratégia da FIP para


Valorização da Profissão
Empreendedorismo na Farmácia Farmacêutica
CURSOS Comunitária A presidente da Federação Internacional
Representante do Sebrae abordará as
de Farmacêuticos (FIP), dra. Carmen
Gestão de Farmácia ferramentas primordiais e como usá-las
para montar uma farmácia comunitária. Peña, divide com os participantes sua ex-
Dr. Daniel Antunes e dra. Tatiana Fer-
periência frente a entidade e as ações que
rara Barros explicam sobre os principais
Bioética e sua Aplicação na Área tem realizado para ampliar a valorização
aspectos e ferramentas na gestão da far-
mácia, abordando a importância da ges- Farmacêutica do farmacêutico no âmbito mundial.
tão de pessoas neste contexto. Dra. Valentina Porta trará aos partici-
pantes a distinção fundamental da ética Pós-registro de medicamentos
MESAS-REDONDAS teórica da bioética, a ética aplicada no Dra. Rosana Mastelaro, gerente de Le-
âmbito das Ciências da Vida e da Saúde, gislação Industrial Farmacêutica do Sin-
A Gestão dos Serviços que leva em conta pontos de vistas de dusfarma, apresentará as possíveis al-
Farmacêuticos e sua sistemas de valores. terações após registro do produto como
Contribuição para o Incremento mudanças de excipientes, nova concen-
dos Negócios Estratégias e Oportunidades do
tração, nova indicação, etc.
Marketing Farmacêutico

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 29


SIMPÓSIOS covigilância, da farmacovigilância e da Atuação Profissional
tecnovigilância. A mediação será da dra. Dras. Neuza Taeko Okasaki Fukumori
Gestão de Resíduos em Serviços Elfriede Bacchi. e Elaine Bortoleti de Araújo apontarão
de Saúde: Consequências aspectos da produção de radiofárma-
do Descarte Inadequado de cos, infraestrutura, radioisótopos de
Medicamentos para a Saúde da reator nuclear e cíclotron, além das
População normas regulatórias da produção de
Dra. Elaine Bortoleti de Araujo falará radiofármacos no Brasil.
acerca das consequências do descarte
inadequado de medicamentos para a Logística Farmacêutica:
saúde da população, entre outros assun- Regulamentação, Processo e
tos da área. Gestão da Qualidade
Dra. Akimi Honda mediará o simpó-
Desafios da Vigilância Sanitária: sio que apresenta a expectativa, de-
Aspectos Farmacêuticos, safios e processo de qualificação e
Tecnológicos e Fitoterápicos validação das diversas partes envol-
Dr. Julino Soares e dr. Sérgio Luiz da Sil- Radiofarmácia: Produção, vidas na distribuição e transporte de
va abordarão as questões da fitofarma- Aspectos Regulatórios e medicamentos.

ÁREA 5 - EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA

PALESTRAS A Farmácia Universitária e


MESAS-REDONDAS
os Avanços da Assistência
A Importância da Inserção Farmacêutica no Brasil
do Farmacêutico na Equipe Dra. Nathalie de Lourdes Souza Dewulf,
Interprofissional dra. Maria Aparecida Nicoletti, dr. Tarci-
Dr. Leonardo Regis Pereira abordará a co- sio Palhano e a mediadora do simpósio,
laboração entre farmacêuticos e outros pro- dra. Sílvia Storpirtis, falarão do papel
fissionais da saúde (médicos, nutricionistas, que as Farmácias Universitárias (Farmá-
enfermeiros) para obtenção de melhores cias-Escola) devem exercer em relação à
resultados para o tratamento de pacientes. condução das práticas de ensino-apren-
dizagem em Farmácia.
Inteligência Emocional e sua
Influência como Fator de Sucesso
Profissional
Dr. Geraldo Alécio de Oliveira orientará
sobre os quesitos mais valorizados e como
criar estratégias para alavancar a carreira e
a necessidade do fortalecimento da humani-
Perfil Atual e Perspectivas
zação no exercício profissional.
dos Programas de Residência
Farmacêutica
SIMPÓSIOS
Dra. Eliane Ribeiro, dra. Camila Cam-
pioni, dra. Maria Cleusa Martins Goes
Globalização e Internacionalidade
e a mediadora da mesa-redonda, dra. em Farmácia: Oportunidades de
Primavera Boreli, falarão sobre como a Trabalho e Desafios
residência é uma oportunidade de apro- Dra. Maria Nella Gai Hernandez e dr. Ge-
fundamento de conhecimento e de quali- raldo Alécio de Oliveira (mediador) deba- Baixe o aplicativo XVIII Congresso CRF-SP
ficação profissional em áreas específicas terão sobre como a reorganização política e saiba mais sobre o maior evento
mundial e os blocos econômicos podem farmacêutico da América Latina.
e uma tendência que só vem crescendo
na área de Farmácia no país. interferir na área da Farmácia.

A programação poderá ser alterada até a realização do Congresso;


saiba das últimas notícias pelo portal www.crfsp.org.br/congresso

30 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


Informe Publicitário O CRF-SP não se responsabiliza pelo conteúdo.

UMA EQUIPE
DE EXCELÊNCIA
A SERVIÇO DO
MERCADO
FARMACÊUTICO

Certificado emitido pela Faculdade Católica

PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA MERCADOLÓGICA


CURSOS DE ATUALIZAÇÃO PUBLICAÇÕES EDITORIAIS SEMINÁRIOS
NOTÍCIAS DO SETOR COLUNAS E MATÉRIAS

0800 602 6660


www.ictq.com.br
Atividades paralelas

Feira de oportunidades
Espaço dentro do Congresso será voltado ao networking, cadastramento de currículos
e relacionamento com empresas

N
a vida é preciso aproveitar as oportunidades.
E, para isso, é necessário estar no lugar certo e
na hora certa. Se depender do XVIII Congresso
Farmacêutico de São Paulo, os participantes terão a pos-
sibilidade de estabelecer contato com profissionais que
atuam nos diversos segmentos da área.
As principais empresas do setor farmacêutico estarão
à disposição dos congressistas na “Feira de Oportunida-
des”. Será um espaço reservado para a captação de cur- Confira o espaço destinado à Feira de oportunidades
rículos e troca de conhecimento entre empregador e o
possível futuro empregado. temas que serão abordados
Trata-se de uma oportunidade única para se apresen- na Feira de oportunidades
tar, mostrar seu perfil e interagir com representantes EMPREGABILIDADE
de indústrias farmacêuticas, logísticas, universidades e • Planejamento de Carreira – Um crescimento sus-
consultorias, dentre outras empresas da área farmacêu- tentável
tica. Com a feira, o congressista terá as ferramentas fun- • Como se preparar para o mercado magistral
damentais para ser o administrador da própria carreira,
DESENVOLVIMENTO PESSOAL
empreender e fazer a ligação entre o que busca em relação
• Autoconhecimento – Uma estratégia para o sucesso
ao crescimento profissional e o que o mercado procura. • Formando líderes para o futuro
A união dos termos em inglês “net”, que significa “rede” • A importância do marketing para impulsionar
e “working”, que é “trabalhando”, resulta no principal ob- seus negócios
jetivo desse espaço no Congresso. Segundo o consultor
de carreira Max Gehringer, networking é “uma questão ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO
• Desenvolvimento e produção de cosméticos - desafios
de paciência e não urgência”, ou seja, networking é a arte
para o futuro
de construir e manter relações, a longo prazo. • Ferramentas de qualidade na gestão de Farmácia
Outro diferencial será a série de palestras oferecidas Hospitalar
pelas empresas, relacionadas no quadro ao lado. • Revolução digital no atendimento ao cliente – Prescri-
Será o momento de ver, ser visto e ainda se preparar ção farmacêutica informatizada e omnichannel – sua
para entrar e permanecer no mercado competitivo. farmácia aberta 24 horas por dia, 7 dias por semana!
• Formação de preço na farmácia magistral – transfor-
mando um problema em oportunidade!
Por Thais Noronha • O papel do farmacologista clínico
• Como elaborar Procedimentos Operacionais Padrão e
Manual de Boas Práticas
• Como atender a fiscalização sanitária
• Rastreabilidade de medicamentos RDC 54/13
• Introdução à Farmácia Hospitalar
• O mercado de estética e beleza no Brasil - expectativas
e oportunidades
• A importância do farmacêutico no mercado de estética
• Nutricosmética para aplicação estética em pacientes
portadores de diabetes mellitus
32 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015
Espaço Âmbito Farmacêutico
Espaço dedicado para discussões específicas em
cada área de atuação da profissão farmacêutica.
CRF-SP inova mais uma vez

O
inédito espaço “Âmbito Farmacêutico” é • I Simpósio Paulista de Farmacêuticos Acupunturistas
um projeto que tem como objetivo agregar • I Simpósio de soluções e ferramentas para ingres-
diversos eventos para discussões específi- sar no mercado de trabalho
cas em cada segmento da profissão durante o Con- • I Simpósio: As Fronteiras das Ciências Farmacêuticas
gresso. O espaço é uma parceria do CRF-SP, por • II Simpósio Internacional por Melhores Medica-
meio de suas comissões assessoras, com as princi- mentos para Crianças (II SIMMCRI)
pais entidades farmacêuticas do país. • Prova TEFH 2015 – Título de Especialista Profis-
sional em Farmácia Homeopática
Atividades

• Workshop “Autonomia técnica e Responsabilidade


solidária frente a Lei nº 13.021/14”
• I Fórum de Farmacêuticos de Distribuição e
Transporte
• Workshop Auditoria de Fornecedores: passo a passo
• VI Seminário de Saúde Pública - Cuidado Farma-
cêutico no SUS – Como desenvolver o cuidado far-
macêutico no SUS?
• I Seminário de Práticas em Farmácia Hospitalar
e Clínica
• Workshop Segurança do Paciente e Atividades Clí- Confira a área destinada ao Espaço Âmbito Farmacêutico
nicas do Farmacêutico
• Encontro das Instituições de Ensino Superior: No-
vas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cur- Atividade Pré-Congresso – 09/10
sos de Farmácia
• III Encontro Nacional de Professores de Deontolo- 8h30 às 12h30 – Minicurso - Planejamento e
Execução do Projeto Pedagógico de Curso em Edu-
gia Farmacêutica e VI Encontro Paulista de Profes-
cação Farmacêutica
sores de Deontologia Farmacêutica 14h às 18h – Oficinas – Metodologias Inovadoras
• XVIII Encontro Nacional de Farmacêuticos Ho- em Educação em Saúde
meopatas Local: Universidade Anhembi Morumbi - Campus
• IV Fórum Paulista de Farmacêuticos Homeopatas Centro - Rua Dr. Almeida Lima, 1134, Bresser.
• Workshop – Como realizar um adequado atendi- Confira mais detalhes e a programação
mento ao paciente em Fitoterapia completa do XVIII Congresso Farmacêutico de
São Paulo em: www.crfsp.org.br/congresso

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI/ 2015 33


Expofar 2015
Feira reunirá grandes empresas, informação, novidades e facilitará a integração
entre os congressistas

E
m um só ambiente empresas de todos os setores
da atividade farmacêutica e áreas relacionadas.
Lado a lado, representantes de drogarias, asso-
38
ciações, órgãos públicos, indústrias, transportadoras,
44
50

consultorias, laboratórios, equipamentos, produtos e 39


54

45
outros. Com estandes que irão oferecer palestras, orien- 51

tações e apresentar novidades que podem revolucionar 30


22

o setor, a Expofar estará dentro do maior congresso far- 52

macêutico da América Latina. 31


23

Por crescer a cada ano, a Expofar tornou-se tradicional 53

no Congresso e é sempre aguardada pelos expositores e 40 32


24
46 14
congressistas que têm a possibilidade de em um único lo-
cal ter acesso a inovações importantes para seu dia a dia 41
15
25
no exercício da profissão. 47 33

No estande do CRF-SP, estudantes e farmacêuticos 1

poderão tirar dúvidas com profissionais do departamen- 48 42


34a 26a
2
16 8

to de atendimento da entidade, que estarão de plantão 34b 26b 3

2.00
49 43

para atender às demandas. Além disso, questionamen- 35a


27a
17 9
4

5
tos técnicos sobre legislação e procedimentos poderão 35b 27b
18 10
6
2.00

ser respondidos por fiscais. Materiais como fascículos 36 28 19 11


7

da série Farmácia Estabelecimento de Saúde, Revista do 20 12

Farmacêutico, cartilhas de comissões assessoras e folde- 37 29 21 13

res variados estarão à disposição de quem passar por lá.


Entre as presenças confirmadas estão: Abbott, Astra-
zeneca, Bifarma, Drogaria Carrefour, Drogaria São Pau-
lo, EMS, Libbs, Raia Drogasil e Ultrafarma.
Por Thais Noronha Confira o espaço destinado ao Expofar 2015

Estande do CRF-SP oferecerá orientação farmacêutica, Empresas expositoras apresentarão novidades e oferecerão
materiais técnicos, dentre outros palestras de capacitação profissional

34 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


www.crfsp.org.br

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 35


dIVIRTA-SE EM SP

Cidade de superlativos,
São Paulo é roteiro obrigatório
Cultural, requintado, boêmio, gourmet ou alternativo: não importa o perfil, quem vem ao
XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo encontra muito lazer e diversão

M
ais do que um grande evento Programas imperdíveis Anexo encontra-se o Museu do Theatro,
inaugurado em 1983. O público pode con-
voltado para aprimoramen-
ferir, além das exposições, o Setor de Docu-
to técnico e desenvolvimen- 1 Mercado Municipal de São Paulo mentação e Consulta, que guarda programas
to de negócios, o XVIII Congresso Far- Conhecido como Mercadão, o lo- de espetáculos, fotos, gravações, documen-
cal é um dos edifícios mais emblemáti- tos e hemeroteca. (Praça Ramos de Azevedo
macêutico de São Paulo é, para muitos, cos da capital. Possui 272 estandes das - República. Tel.: (11) 3053-2100)
a oportunidade de ver ou rever atra- mais variadas especialidades, de peixa- 5 Rua 25 de março
ria a loja de cervejas, e atrai visitantes Maior centro de comércio da América Latina
ções que somente uma metrópole que dos quatro cantos do país e do mundo. e um dos principais pontos turísticos da ca-
reúne tantos superlativos pode ofere- No mezanino, há bares e restaurantes pital, na 25 de Março (chamada pela maio-
de diversas nacionalidades. Entre as
cer. É o maior município do Brasil e de iguarias mais famosas estão o pastel de
ria dos paulistanos apenas de 25) é possível
encontrar quase tudo. A rua surgiu no século
todo o hemisfério sul e é considerada a bacalhau e o sanduíche de mortadela. XIX, quando imigrantes árabes abriram as pri-
14ª cidade mais globalizada do plane- (Rua da Cantareira, 306 – Centro. Tel.: meiras lojas no local. Hoje é frequentada por
(11) 3313-7456 ou (11) 3313-3365) todas as classes sociais que vão em busca de
ta, dona da maior colônia de italianos 2 Mosteiro de São Bento
preços atrativos e grande variedade de pro-
fora da Itália; de japoneses fora do Ja- O monastério, que hospedou o papa dutos, tanto no atacado como no varejo. (Rua
pão; de espanhóis fora da Espanha; de Bento XVI durante sua visita ao Brasil, Vinte e Cinco de Março, s/nº – Centro)
em 2007, está integrado à Basílica,
libaneses fora do Líbano; e de nordes- onde são realizadas missas diariamen-
tinos fora do Nordeste. te. A mais famosa delas acontece aos
domingos, às 10h, e é acompanhada
Para os consumistas, “baladeiros” e

Avenida Sumaré
por coral de canto gregoriano e pelo
amantes da cultura, os números impres- som do órgão de 7 mil tubos. Aprovei- Rua
te para conhecer a padaria, com pães Hei
sionam: são mais de 50 shopping cen- VILA
tor
Pen
e doces preparados por um grupo de MADALENA tea
do
ters e 30 ruas de comércio especializado, monges. (Largo de São Bento, s/nº -
265 salas de cinema, 92 teatros, mais de Centro. Tel.: (11) 3328-8799) SUMARÉ
3 Sala São Paulo
70 museus, 11 centros culturais, além de
Localizada no antigo edifício da Estrada VI
lo
u

salas de exposições e centenas de dan-


Pa

de Ferro Sorocabana, a Sala São Paulo


da
i
en

ceterias e barzinhos. A cidade também foi inaugurada em 1999. O mais


Av

importante espaço de concertos da


agrada em cheio aos glutões: são cerca cidade tem acústica impecável, não à
9

de 12,5 mil restaurantes e 15 mil bares, toa, é a sede da Orquestra Sinfônica do


Ru
aH

Estado de São Paulo (Osesp). A Osesp


mais do que Londres ou Paris, por exem-
en

apresenta-se ali às quintas e sextas,


riq
Avenida Brig. Faria Lima

ue

plo, com mais de 40 tipos de cozinha, de às 21h, e aos sábados, às 16h30. No


Sch

todas as partes do mundo. restante da semana, a Sala São Paulo


au
ma

recebe outros relevantes nomes da


nn

A seguir, confira as dicas para tornar música mundial. (Praça Júlio Prestes, 16
FRADIQUE
a vinda do congressista a São Paulo - Campos Elíseos. Tel.: (11) 3367-9500) COUTINHO
4 Theatro Municipal
uma experiência inesquecível (as atra- eiros
Construído em 1903 e inaugurado em o s Pinh
ções indicadas são facilmente acessí- Rua d
1911, mantém o estilo renascentista
veis a partir do local do Congresso, o barroco, inspirado na Ópera de Paris, FARIA
LIMA
mesmo depois de várias reformas. A
Centro de Convenções Frei Caneca). casa teatral destaca-se pela sua ma-
Por Renata Gonçalez jestosa construção interna e externa.

36 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


Batman”. (Metrô Vila Madalena ou Fradique Coutinho) outra, é possível passar por cafés,

Fontes: Sites Guia da Semana, Cidade de São Paulo, SP Turismo e Veja São Paulo.
6 Brás e Bom Retiro

Vizinhos, ambos os bairros reúnem cerca de 10 Museu da Língua Portuguesa doçarias e sorveterias requintados.
7,2 mil lojas de roupas, artigos de enxoval, O local é ponto de encontro do visitante com a lín- 13 Catedral da Sé

acessórios (a maioria concentrada no Brás) gua, a literatura e a história, exibidas por meio de Localizada no marco zero de São
com preços para todos os bolsos, no atacado recursos audiovisuais e tecnologia de ponta. No lugar Paulo, é um símbolo da cidade,
e varejo. Os locais chegam a receber diaria- de paredes, vozes. No lugar de obras, espaços intera- tanto por sua importância histó-
mente, juntos, 370 mil pessoas. (Bom Reti- tivos. No coração de São Paulo, na Estação da Luz, o rica, quanto religiosa. O início da
ro: Estação da Luz do Metrô ou CPTM. Brás: Museu proporciona uma viagem sensorial e subjetiva construção foi em 1913, a inau-
Estação Brás do Metrô ou CPTM) pela língua portuguesa. (Praça. Da Luz, s/n° - Centro. guração se deu em 1954, mas a
7 Terraço Itália Tel.: (11) 3326-0775) catedral só ganhou seu formato
Localizado no topo do Edifício Itália, é um 11 Pinacoteca do Estado definitivo em 2002, com 111m
dos restaurantes mais turísticos da cidade, Inaugurada em 1905, trata-se do museu de arte mais de comprimento e 46 de largura.
e oferece uma vista panorâmica do alto do antigo da cidade e do Estado. O acervo inicial de 26 (Praça da Sé, s/nº - Centro. Tel.:
terraço que tem 165 metros de altura, 46 pinturas conta hoje com cerca de nove mil obras, (11) 3107-6832)
pavimentos e 19 elevadores. O cardápio contemplando artistas como Anita Malfatti, Bourdelle 14 Bairro da Liberdade

prestigia a clássica cozinha italiana, sendo e Rodin. O primeiro andar do prédio é reservado para O local é o maior reduto da co-
modificado de acordo com as estações do as exposições temporárias. Já no segundo piso, ficam munidade nipônica fora do Japão.
ano. (Avenida Ipiranga, 344, 42º andar – as obras do acervo permanente do museu. (Praça da Oferece, numa ambientação típica
Centro. Tel.: (11) 2189-2929) Luz, 2 – Centro. Tel.: (11) 3335-4990) e ao ar livre, história, arquitetura,
8 Masp 12 Rua Oscar Freire gastronomia e compras, tudo num
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) Arborizada, com calçadas largas e lojas sofisticadas, lugar só, bem próximo do metrô.
Assis Chateaubriand foi inaugurado em a Oscar Freire é, sem dúvidas, a rua de compras Há uma enorme quantidade de
1947 por Assis Chateaubriand e Pietro mais luxuosa do Brasil. Entre a Rua Augusta e a Rua restaurantes japoneses e chineses,
Maria Bardi, e comporta uma coleção Doutor Melo Alves estão a maior parte das lojas muitas lojinhas de presentes típi-
considerada a mais importante do com altas tendências da moda. Entre uma compra e cos, de utilidades domésticas a cos-
Hemisfério Sul. São artistas brasileiros e méticos importados. Aos sábados
estrangeiros em um acervo do século XIX e domingos (9h às 18h) acontece

entes
3
Av

até século XX. (Avenida Paulista, 1578 – 6 uma tradicional feirinha na Praça
en

ad da Liberdade. (Praça da Liberdade,


ida

Bela Vista. Telefone: (11) 3251-5644) Av. Tir


Rio

9 Vila Madalena Av LUZ s/n - Liberdade)


en
Bra

ida 11
Bairro boêmio com bares para todos os
nc

Fontes: Google maps e Metrô de São Paulo / Arte: Ana Laura Azevedo
oJ
o


gostos e, de quebra, ainda esbanja cultura: ao o 10
longo de sua acidentada geografia, existem SANTA
CECÍLIA a
diversos ateliês e galerias de arte, onde a
1
sta
n
5 Pe
artistas plásticos expõem obras e dão toque ng el
ira 2 ng
ainda mais charmoso ao bairro. Destaque Ip Ra
i da a
nid
Rua

para a Gonçalo Afonso, famosa por abrigar en REPÚBLICA e


Av Av
25

4
o esconderijo conhecido como “Beco do 7 SÃO
de

BENTO 6
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rço

o BRÁS
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Ru 13 SÉ Radial Leste
PEDRO II
Ave Praça
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PAULISTA ulh
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CLÍNICAS a do
a9 LIBERDADE
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Br

rF Local do XVIII Congresso Farmacêutico de São Paulo


ida

re SÃO
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en

Estação de Metrô – Linha Azul


a

Av JOAQUIM
Avenid

en
Av

TRIANON id Estação de Metrô – Linha Verde


MASP a
Pa
12 ulis Estação de Metrô – Linha Vermelha
ta
Estação de Metrô – Linha Amarela

VERGUEIRO Gastronomia Compras


BRIGADEIRO
Arquitetura Requinte
Rua Vergueiro
Av
en

História Balada
id
a
Br

Cultura Espaço alternativo


as
il

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 37


Agradecemos aos patrocinadores
e apoiadores que acreditam nos
talentos farmacêuticos capazes de
construir hoje a saúde do amanhã.

X SEMINÁRIO
INTERNACIONAL
DE CIÊNCIAS CONGRESSO
FARMACÊUTICAS
EXPOFAR
FARMACÊUTICO
2015 DE SÃO PAULO
ESTE ESPAÇO ESTÁ RESERVADO
PARA SUA EMPRESA.

ESTE ESPAÇO ESTÁ RESERVADO


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APOIO INSTITUCIONAL:
ABC - ABEF - ABF - ABFH - ABIHPEC - ABIMIP - ABRIFAR - ADJ - AFEP - ALANAC - ANAD - ANF - ANFARLOG - ANFARMAG - BJPS - CONBRAFITO
CFF - CRF-AL - CRF-CE - CRF-DF - CRF-GO - CRF-MS - CRF-PA - CRF-PE - CRF-PR - CRF-RS - CRF-SC - FACULDADE PIAGET - FCF UNESP - FCF USP
FEBRAFAR - FENAFAR - FIMI - FIPFARMA - FM ABC - FOC - FURP - IAL - ICTQ - IPUPO - MACKENZIE - PRÓ GENÉRICOS - RACINE - SAÚDE BRASIL
SBAC - SBRAFH - SINDUSFARMA - SINFAR - SOBRAFO - UNAERP - UNESP ARARAQUARA - UNIFAE - UNIFAR - UNIFEB - UNIFEV - UNIMAR -
UNISA - UNIV. ANHEMBI MORUMBI - UNOESTE
PALAVRA DO Por dr. Humberto Zardo
MINISTRANTE

INDÚSTRIA

A importância do
desenho conceitual na
construção de fábricas
farmacêuticas

É
evidente que apenas in- tica, formulação e tecnologia da redores sempre limpos e desobs-
vestindo em equipamen- Universidade de Louvain, Bélgica, truídos), zoneamento e redução do
tos de nova tecnologia, obteve-se a redução no custo de risco de contaminação cruzada, eli-
mas mantendo os velhos concei- construção com acabamento GMP, minação de áreas de espera (WIP),
tos na edificação das fábricas, uso de sistemas fechados e com conexão mais curta entre contêine-
não se consegue atender as a mínima geração de pó, redução res e equipamentos, ciclo de produ-
exigências que enfatizam cada das áreas de produção (sistemas de ção mais curto e limpeza e/ou sani-
vez mais a contenção de riscos, HVAC menores), redução tização/esterilização “in situ”
o rigor e a imperiosidade dos do transporte (cor- CIP/SIP.
orçamentos e a programação.
Para obter sucesso, é necessário
aplicar, com sinergia, novas tec-
nologias e novos conceitos de fá-
bricas farmacêuticas.
Desenho conceitual é a apli-
cação dos bons princípios de
engenharia (GEP) para tornar
as fábricas altamente flexíveis,
eficientes, contribuindo para a
Área 2 - INDÚSTRIA E TECNOLOGIA

redução do tempo entre cons-


trução, validação e produção de
lotes comerciais, criando conten-
ção, segregando fluxos (materiais,
pessoas, produtos e resíduos), e
permitindo as ampliações ou mu-
danças de escala com o mínimo
de interrupção.
A partir da aplicação dos novos
conceitos, como os do colega farma-
cêutico Dr. Willy Lhoest, professor
emérito de engenharia farmacêu-

40 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


DR. HUMBERTO ZARDO é
consultor sênior, docente
As organizações que compram e treinamento) que suporte suas e assessor em gestão e
melhoria de operações
distribuem produtos farmacêuti- decisões em conformidade com
industriais em mais de 45
cos e correlatos buscam continu- a nova edição das BPF da União países. Farmacêutico Industrial,
amente “produtos farmacêuticos Europeia capítulos 3 (instalações especialista em negócios
de baixo custo e qualidade asse- e equipamentos) e 5 (produção). internacionais e engenharia de
gurada”. Há muitas companhias O primeiro desafio do dese- materiais, mestre em tecnologia
fabricando produtos farmacêuti- nho conceitual diz respeito ao bioquímico farmacêutica.
cos em várias partes do planeta, agrupamento dos produtos e O dr. HUMBERTO irá participar
algumas delas a custo bastante sua contenção. O que está cla- do simpósio Quality by Design:
reduzido, mas há somente muito ramente indicado nos guias é Novos Conceitos na Melhoria
poucas que – realmente – fabri- a necessidade de unidades de Contínua e Validação nas
cam produtos seguindo boas prá- fabricação autocontidas e dedi- Indústrias Farmacêutica,
Cosmética e de Alimentos
ticas asseguradas. cadas para produtos altamente
e ministrar o a palestra
O desenho conceitual faz par- sensibilizantes (e.g. penicilina) Inovações Tecnológicas e de
te da expansão do conhecimen- ou preparações biológicas (e.g., Infraestrutura na Produção
to e da aplicação do bom senso. contendo organismos vivos). de Medicamentos e o curso
Como escreveu o Prof. Dr. Van EMA propõe o plano de ris- Fábricas Farmacêuticas para
Rensselaer Potter II, “bom senso co para resolver o desafio para Mercados Exigentes no XVIII
Congresso Farmacêutico de São
é definido como o conhecimento o que não estava explícito nos
Paulo
em saber usar o conhecimento guias anteriores e poderia gerar
para o benefício social.” interpretações, retrasar ou com-
O benefício social, além de prometer um projeto.
custos compatíveis, inclui tam- Um novo projeto sempre apre- conceitual é auxiliar na constru-
bém a proteção dos produtos senta a junção entre invenção e ção de instalações que ajudem a
desde sua concepção até o ponto julgamento ou diversidade e con- manter e expandir os negócios
de uso, a proteção dos opera- vergência. O objetivo da análise com um mínimo de interrupção
dores e a proteção do meio am- de risco como parte do desenho e custo.
biente nas cercanias das fábri-
cas, depósitos ou clínicas.
Em 2012, a Agência Europeia
de Medicamentos (EMA) pu-
blicou um guia sobre riscos em O benefício social, além de custos
fábricas multipropósito (instala-
ções e equipamentos comparti- compatíveis, inclui também a proteção dos
lhados). A revisão de 2014, para
o cálculo dos limites de exposi- produtos desde sua concepção até o ponto
ção, indica que a diferenciação
de produtos, que no passado foi de uso, a proteção dos operadores e a
estimada em função da classe
terapêutica, preconiza agora a proteção do meio ambiente nas cercanias
análise de risco, e que as empre-
sas devem apresentar o conjunto das fábricas, depósitos ou clínicas
de medidas técnicas (engenharia
e materiais) e organizacionais
(planejamento, documentação e

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 41


PALAVRA DO Por dr. Hemerson Bertassoni Alves
MINISTRANTE

GENÔMICA FORENSE

O exame de
DNA na solução
de crimes

O
primeiro emprego da (LGMF) já trabalhou em mais superior aos 19 laboratórios exis-
análise do DNA no âm- de 5.000 casos no Estado. São 17 tentes no país. No Paraná, temos
bito criminal completa anos de experiência acumuladas um único laboratório com sede
30 anos em 2017, quando a po- em um cenário positivo, com em Curitiba dentro do Instituto
lícia inglesa conseguiu, por meio infraestrutura excelente e equi- de Criminalística, que faz parte da
dessa tecnologia, produzir pro- pamentos atualizados, além de Polícia Científica do Paraná.
vas contra um carteiro chamado possuir pessoal preparado, atin- A tecnologia empregada nas
Colin Pitchfork, no condado de gindo a vanguarda dessas análi- análises em DNA é complexa,
Leicester, na Inglaterra, colo- ses no Brasil e no mundo. perfazendo, no mínimo, nove
cando fim a uma triste jornada O LGMF trabalha em regime de etapas de análise para cada
de estupro e assassinato de duas rotina e plantão, recebendo requi- amostra analisada, o que justifi-
adolescentes de 13 e 16 anos. sições de exames da Polícia Civil, ca a demora na entrega de resul-
Desde então, toda comunidade Ministério Público e Poder Judi- tados empregando essa tecnolo-
científica policial começou a im- ciário do Estado do Paraná. São gia. Qualquer amostra biológica
plantar essa tecnologia em seus 500 testes por ano, uma média pode ser utilizada para produzir
laboratórios forenses. No Brasil,
Área 3 - ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS

essa tecnologia foi implemen-


tada pela primeira vez em 1994
pelo Distrito Federal, onde se
iniciou o primeiro Laboratório Atualmente, o laboratório de Genética
de DNA forense do Brasil. No
Paraná, os primeiros exames de Molecular Forense (LGMF) já trabalhou
DNA forense foram realizados
no ano de 1998, onde solucio- em mais de 5.000 casos no Estado [do
namos um crime de estupro de
incapaz no litoral, chegando à Paraná]. São 17 anos de experiência
identificação do autor pelo filho
gerado pela vítima, quando do acumuladas em um cenário positivo
ato criminal.
Atualmente, o laboratório de
Genética Molecular Forense

42 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


DR. HEMERSON
BERTASSONI ALVES é
perfis genéticos: manchas de um padrão de DNA instantâneo farmacêutico bioquímico
pela Universidade
sangue, sêmen, saliva, chicletes, para comparação.
Federal do Paraná (UFPR),
pontas de cigarro, fios de cabelo A Inglaterra e os Estados Uni- com especialização em
e até impressões digitais, assun- dos utilizam essa ferramenta Imunologia Clínica (UFPR),
to esse abordado em outra dica desde 1994. Chama-se CODIS mestrado em Biologia
de perícia futura. (Combined DNA Index System) Molecular Forense pela
A análise de confrontos de e já é responsável por pelo me- USP-SP e doutorado em
Genética Forense, pela
perfis genéticos só é possível se nos 30.000 resoluções de crimes
PUC-PR. É perito criminal
você tiver a amostra questionada envolvendo banco de dados de desde 1994 e diretor geral da
(desconhecida) e a amostra pa- DNA. No Brasil, esse sistema foi Polícia Científica do Paraná.
drão (conhecida), igual ao con- trazido em 2010, e, em 2012, foi
fronto de impressões digitais. criada a lei que regulamenta esse O dr. HEMERSON irá ministrar
a palestra Contribuição da
Paralelamente a isso, por meio banco, a Lei 12.654/12, que obri-
Genômica na Análise Forense
de tecnologias avançadas de in- ga a coleta de presos condenados no XVIII Congresso Farmacêutico
formação e computação, é pos- em determinados tipos de crime. de São Paulo
sível criar bancos de dados de Novos avanços dessa tecnologia
perfis genéticos para utilização são desenvolvidos ano a ano,
em sistemas detalhados de bus- tentando elucidar crimes com
ca, chegando à identificação do maior complexidade na produ-
indivíduo sem a necessidade de ção da prova material.

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 43


PALAVRA DO Por dr. Jadir Nunes
MINISTRANTE

PESQUISA CIENTÍFICA

Métodos alternativos para


avaliar medicamentos
de uso tópico

H
istoricamente, na déca- lidados que o substituam, ou, em pela comissão de ética do Reino
da de 1940, quando se casos específicos, após triagens Unido e adotado pelo governo dos
iniciou uma maior preo- (screenings) com métodos in vitro Estados Unidos para liberar verbas
cupação das agências regulatórias ou in silico. O que não é aceitável é, de estímulo aos projetos de pesqui-
em controlar os produtos que es- no caso de dúvida, utilizar um ser sa em áreas biomédicas.
tavam sendo lançados no mercado, humano como cobaia para a reali- Em Agosto de 1999, na Univer-
o cientista e farmacologista John zação de qualquer tipo de teste. sidade de Bologna, durante o “3º
Draize, chefe da divisão de toxi- Na década de 1960, após a publi- Congresso Mundial de Métodos
cidade ocular do FDA – Food and cação do livro “The priciples of hu- Alternativos e Uso de Animais nas
Drugs Administration, nos Estados mane experimentation technique”, Ciências da Vida”, foi elaborada
Unidos – desenvolveu um teste em por William Russell e Rex Burch, a “Declaração de Bologna”, a qual
coelhos que ficou eternizado com foi criado o conceito e proposta dos todos os participantes do congresso
seu nome, isso é, Teste de Draize, “3 Rs – Replacement, Reduction, fortemente endossaram e reafirma-
onde o objetivo era determinar a Refinement (Substituir, Reduzir, ram os princípios de Russell e Bur-
irritação ocular induzida por me- Refinar)” – que foram adotados ch, de 1959.
dicamentos, cosméticos e outras
substâncias químicas.
Conceitualmente qualquer ani-
mal pode servir à experimentação,
O desafio de limitar, ao mínimo possível,
Área 2 - INDÚSTRIA E TECNOLOGIA

no entanto, a prioridade é a utili-


zação de um modelo que apresente
melhor resposta a determinado es- ou até mesmo eliminar, o uso de animais
tímulo, por sua maior sensibilida-
de, por sua facilidade de manejo e em alguns ramos da pesquisa científica,
pela evidenciação do efeito ou por
sua semelhança anatômica, fisio- foi lançado à ciência, em um bem-vindo
lógica ou metabólica com o ser hu-
mano. contexto de crescente debate e reflexão
Os animais de laboratório deve-
rão ser utilizados sempre que não
existirem métodos alternativos va-

44 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


DR. JADIR NUNES é
farmacêutico-bioquímico
Quando falamos em “Replace- algum dano, estresse ou descon- com mestrado e doutorado
em Farmacotécnica/
ment” (Substituição), queremos forto ao animal durante o período
Cosmetologia pela Faculdade
dizer técnicas que venham a subs- do experimento. As condições am- de Ciências Farmacêuticas
tituir o uso de animais nas metodo- bientais, de manuseio, evitar gran- da USP; é professor e
logias que hoje estão em vigência, e des sequelas, são alguns exemplos coordenador do curso superior
isso se aplica tanto na esfera cientí- de abordagens relacionadas a esse de Tecnologia em Cosméticos
fica quanto na educacional. processo. da Faculdade de Tecnologia
Oswaldo Cruz e presidente
Quando falamos em “Reduction” Na década de 1980, iniciou-se a
da Sociedade Brasileira
(Redução), queremos dizer que as criação de entidades relacionadas de Métodos Alternativos à
técnicas possam manter a mesma ao tema e a mais emblemática e Experimentação Animal.
reprodutibilidade e exatidão nos referência é o ECVAM – European
O dr. JADIR irá participar do
seus resultados utilizando um nú- Center of Validation in Alternative
simpósio Métodos Alternativos
mero mais reduzido de animais Methods – que acelerou a valida- na Avaliação da Segurança de
do que seria o recomendado pela ção das metodologias que hoje são Ingredientes Cosméticos no
técnica anterior. Nesse contexto, utilizadas no mundo todo. A partir XVIII Congresso Farmacêutico de
sabemos que o método estatístico da Europa, iniciou o processo de São Paulo
utilizado tem um papel chave e irá redução e refinamento. A partir de
especificar o número mínimo de 2009, de substituição dos testes
animais que poderá ser utilizado. em animais na área cosmética, que Unidos, na década de 2000 do
Quando falamos em “Refine- foi concluído somente agora em JACVAM no Japão e, em 2011, foi
ment” (Refino), queremos dizer março de 2013. Resultando desse criado o BraCVAM no Brasil.
que será minimizado ao máximo as processo, veio a criação na década Sobre esses pontos firmados,
condições que pos- de 1990 do ICVAM concluímos que há uma demanda
sam causar nos Estados social, científica, regulatória e éti-
ca que precisa ser considerada, sob
pena de inviabilizarmos um proje-
to de avanços tecnológicos, huma-
nização e modernização crescente
do empreendimento científico.
Sendo assim, precisamos fomen-
tar e contribuir com o desenvolvi-
mento de métodos alternativos no
Brasil, e colaborar com a capacita-
ção, atualização e interface de pro-
fissionais, empresas e academia.
O desafio de limitar, ao mínimo
possível, ou até mesmo eliminar,
o uso de animais em alguns ramos
da pesquisa científica, foi lançado
à ciência, em um bem-vindo con-
texto de crescente debate e refle-
xão. Com dedicação e colaboração
de todos, estamos certos que pro-
grediremos nos métodos alterna-
tivos à experimentação animal.

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 45


PALAVRA DO Por dra. Mary Anne Medeiros Bandeira
MINISTRANTE

FITOTERÁPICOS

Farmácias vivas
do Ceará: histórico
e evolução

O
marco histórico do de- Para solucionar o problema, por A partir de 1997, as Farmácias
senvolvimento da fitote- meio do Programa Farmácias Vi- Vivas foram institucionalizadas
rapia no estado do Ceará vas, o professor F. J. A. Matos pro- pela Secretaria da Saúde do Esta-
foi a criação das Farmácias Vi- pôs uma metodologia que pudesse do do Ceará (Sesa), por meio do
vas, um programa de assistência levar às comunidades dois níveis Programa Estadual de Fitotera-
social farmacêutica baseado no de atendimento: preparação de pia, e, no ano de 2007, foi criado o
emprego científico de plantas fitoterápicos, prescrição e dispen- Núcleo de Fitoterápicos da Coor-
medicinais e fitoterápicos, ide- sação na rede pública de saúde, e denadoria de Assistência Farma-
alizado pelo professor Francis- orientação sobre o uso correto de cêutica (NUFITO/COASF).
co José de Abreu Matos (F. J. plantas medicinais e preparação Em 7 de outubro de 1999, foi
A. Matos), em 1983, e organi- de remédios caseiros, com garan- promulgada a Lei Estadual Nº
zado sob a influência da OMS. tia de eficácia e segurança, base- 12.951, que dispõe sobre a im-
Área 1 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E SAÚDE PÚBLICA

Na época, sabendo que estavam ado em hortos medicinais consti- plantação da Fitoterapia em
fora do sistema de atenção pri- tuídos de plantas medicinais com Saúde Pública no Estado do Ce-
mária de saúde 20 milhões de certificação botânica. ará, por meio da implantação
nordestinos que tinham como
única opção de tratamento, de si
mesmo e da família, as plantas
medicinais disponíveis no meio
onde viviam, indagou: No Ceará, contamos com um Horto
I. Quais são as plantas usadas na
medicina popular do nordeste? Matriz (Horto de Plantas Medicinais Prof.
II. Como é possível selecionar em
quais delas a atividade curativa F. J. A. Matos, da UFC), considerado um
atribuída pelo povo realmente
existe e quais podem ser usadas dos únicos bancos de germoplasma de
sem risco para a saúde?
III. Como fazer para que a planta plantas medicinais do Brasil
selecionada segundo os critérios
de eficácia e segurança possa
chegar ao usuário?

46 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


DRA. MARY ANNE
MEDEIROS BANDEIRA é
doutora pela Universidade
Federal do Ceará. É diretora
do Horto de Plantas
Medicinais Francisco José de
Abreu Matos, supervisora do
Núcleo de Fitoterápicos da
Coordenadoria de Assistência
Farmacêutica da Secretaria
de Saúde do Estado do Ceará,
coordenadora do Comitê
Estadual de Fitoterapia Ceará
e membro do Comitê Nacional
de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos.

A dra. MARY ANNE irá participar


da mesa-redonda Farmácias
de unidades Farmácias Vivas. ra integrada, por meio dos quais Vivas no SUS no XVIII Congresso
As disposições do regulamen- são repassadas mudas certifica- Farmacêutico de São Paulo
to técnico dessa lei, Decreto Nº das de plantas medicinais, bem
30016, de 30 de dezembro de como importante apoio técnico-
2009, se aplicam desde o cultivo científico para a implantação de o Comitê Estadual de Fitoterapia
a preparação de fitoterápicos unidades Farmácias Vivas. selecionou trinta plantas medici-
e sua dispensação no âmbito A metodologia utilizada quan- nais para compor a Relação Esta-
do Sistema Público de Saúde, do da implantação de uma uni- dual de Fitoterapia (Replame --
em consonância com a Política dade Farmácia Viva pode ser re- Ceará), Portaria Nº 275/2012, do
Nacional de Plantas Medicinais, alizada por meio de três níveis de secretário de Saúde do Estado.
e Fitoterápicos (Decreto nº complexidade: Importante ressaltar a Portaria
5.813, de 22 de junho de 2006). Modelo I - Instalação do Horto nº 886, de 20 de abril de 2010, do
No Ceará, contamos com um de Plantas Medicinais e desen- Ministério da Saúde, a qual insti-
Horto Matriz (Horto de Plantas volvimento de trabalhos comu- tuiu a Farmácia Viva no âmbito do
Medicinais Prof. F. J. A. Matos, nitários com orientação sobre o SUS, e a RDC Nº 18, de 3 de abril de
da UFC), considerado um dos uso correto de plantas medici- 2013, da Anvisa, que dispõe sobre
únicos bancos de germoplasma nais e preparação de remédios as boas práticas de processamento
de plantas medicinais do Brasil. caseiros; e armazenamento de plantas me-
Nesse setor, existe um banco de Modelo II - Instalação do Horto dicinais, preparação e dispensação
dados desenvolvido pelo referido de Plantas Medicinais incluin- de produtos magistrais e oficinais
professor com registro de estudos do o beneficiamento primário e de plantas medicinais e fitoterápi-
científicos sobre plantas medici- desenvolvimento da agricultura cos em Farmácias Vivas.
nais regionais, compreendendo familiar; e Nesse contexto, a ideia do Prof.
áreas de botânica, farmacologia, Modelo III - Instalação do Horto F. J A. Matos tornou-se um exem-
agronomia, farmacognosia e far- de Plantas Medicinais, prepa- plo para outros Estados do Brasil,
macotécnica. Contamos também ração de fitoterápicos em Ofi- hoje também considerada “Far-
com um Horto Oficial (Horto de cina Farmacêutica; prescrição mácia Viva Nacional”. A ele o
Plantas Medicinais do Nufito/Co- e dispensação de fitoterápicos nosso reconhecimento e homena-
asf/Sesa). Por meio de convênio no SUS. gem: o dia 21 de maio, data do seu
entre esses dois setores, os traba- Atendendo ao Decreto Estadual aniversário, passou a ser o Dia da
lhos são desenvolvidos de manei- Nº 30016, anteriormente referido, Planta Medicinal.

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 47


PALAVRA DO Por dr. Luis Carlos Marques
MINISTRANTE

FITOTERÁPICOS

Pesquisa e
desenvolvimento de
fitoterápicos no Brasil

O
Brasil dispõe de uma biodi- e sabonete líquido) à base das cas- diversos pesquisadores (folhas da
versidade impressionante, cas da aroeira da praia (Schinus espinheira-santa Maytenus ilicifo-
que se expressa em cerca terebinthifolius); posteriormente, lia, do guaco Mikania glomerata/
de 55.000 espécies vegetais e ou- usando a mesma matéria-prima, laevigata ou das sementes do gua-
tras dezenas de milhares de animais desenvolveu também o produto raná Paulinia cupana).
e microrganismos. Teoricamente, Kios, clinicamente estudado frente Minha relação com esse tema
esse contingente de espécies deve- ao omeprazol. decorreu da tese de doutoramento
ria traduzir-se em um igualmente Na sequência, foram desenvolvi- sobre o ginseng brasileiro Pfaffia
expressivo número de produtos far- dos outros produtos com espécies glomerata, com estudos de cole-
macêuticos à base das espécies ve- nativas, seja por iniciativa pontual ta, identificação, controle de qua-
getais, o que não tem ocorrido. de alguns laboratórios (Immuno- lidade, pré-clínicos de segurança
O mercado mundial de fitoterá- max, gel de unha de gato Unca- e eficácia e um estudo clínico fase
picos mostrou consumo, em 2011, ria tomentosa para herpes labial; II em voluntários sadios. Os re-
de cerca de US$ 27 bilhões, um va- Acheflan, pomada anti-inflama- sultados positivos validaram sua
lor que representa menos de 4% do tória das folhas da erva-baleeira aplicabilidade industrial como um
consumo global, incluindo sintéti- Cordia verbenacea), ou pelo acú- tônico de memória para idosos sa-
cos. Desse valor, coube ao Brasil mulo de pesquisas realizadas por dios e permitiram a comercializa-
pouco mais de US$ 700 milhões,
representando cerca de 2,5% do
Área 2 - INDÚSTRIA E TECNOLOGIA

consumo fitoterápico mundial.


Desses 700 milhões de dólares,
pouco mais de 5% são referentes O mercado mundial de fitoterápicos mostrou
ao consumo de produtos fitote-
rápicos genuinamente nacionais. consumo, em 2011, de cerca de US$ 27 bilhões,
Tais produtos tiveram, como ini-
ciativa pioneira, as pesquisas com um valor que representa menos de 4% do
a hortelã-miúda (Mentha crispa),
patrocinadas pelo laboratório He- consumo global, incluindo sintéticos
bron, que geraram o produto Gia-
mebil; esse mesmo laboratório
desenvolveu o produto Kronel (gel

48 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


DR. LUIS CARLOS MARQUES
é especialista em
ção do produto Ginseng Brasileiro Em todos esses desenvolvimen- Fitoterapia, com mestrado
em botânica (UFP) e
pelo Laboratório Herbarium. tos, foi possível vivenciar os pro-
doutorado em Psicobiologia
A partir disso, ocorreu a apro- blemas que dificultam novos lan- (UNIFESP).
ximação com a empresa Apsen çamentos, desde a legislação de
Farmacêutica, onde foi possível acesso ao meio ambiente quanto à O dr. LUIS irá participar do
desenvolver cinco produtos fito- falta de matérias-primas, burocra- simpósio Inovações na
terápicos que compuseram a linha cia e morosidade nas importações, Pesquisa e Desenvolvimento
de Produtos Naturais e
Apsen Fitomedicina, que são: dentre inúmeros outros aspectos.
Fitoterápicos no XVIII Congresso
- Aglicon-soy®: cápsulas de De todo modo, foi possível re- Farmacêutico de São Paulo
uma isoflavona aglicona de soja alizá-los e concretizar uma linha
(Glycine max) com indicações fitoterápica numa indústria na-
como fitohormônio, em parceria cional de médio porte. Para tan- aspectos de independência tec-
com a Unicamp e a Steviafarma to, porém, são necessários uma nológica envolvidos. Sem isso,
Industrial; equipe tecnicamente competente, tendemos à perpetuação de nossa
- Védica®: comprimidos de extra- os recursos óbvios para as etapas clássica dependência externa que
to de incenso (Boswellia serrata) do desenvolvimento, bem como fragiliza cada vez mais o setor far-
com indicações em quadros de co- um segmento empresarial que macêutico brasileiro e a saúde dos
lite ulcerativa e doença de Crohn, entenda e aceite os altos riscos pacientes que dependem de medi-
produzido com matéria-prima da complexidade da cadeira e os camentos.
importada e montado exclusiva-
mente com base em literatura in-
ternacional;
- Arpadol®: comprimidos
de extrato de garra do diabo
(Harpagophytum procumbens)
com indicações em quadros in-
flamatórios como lombalgias e
osteoartrite, também com base
internacional;
- Mentaliv®: cápsulas gelatinosas
moles com óleo essencial de hor-
telã-pimenta (Mentha piperita)
indicado como antiespasmódico
na síndrome do intestino irritável,
também produzido com matéria
-prima importada e literatura in-
ternacional;
- Fitoscar®: pomada com extra-
to hidroalcoólico de barbatimão
(Stryphnodendron adstringens)
recomendado como cicatrizante
para úlceras de decúbito, baseado
principalmente em estudos pré-
clínicos e clínicos realizados pela
Universidade de Ribeirão Preto.

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 49


PALAVRA DO Por dr. Thiago Didone
MINISTRANTE

ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Atuação do
farmacêutico na
gerontologia

O
Brasil experimenta, desde um paciente possuía 1 medicamento Política Nacional de Saúde da Pes-
1950, um franco processo prescrito em sobredose, outro apre- soa Idosa. Segundo ela, o cuidado ao
de transição demográfica sentava prescrição com duplicidade idoso exige uma abordagem global,
devido à redução nos níveis de fe- terapêutica, e 38 estavam sujeitos a interdisciplinar e multidimensional,
cundidade e mortalidade que juntos no mínimo 1 interação medicamen- e tem a finalidade de promover sua
contribuíram para o aumento da tosa; além disso, 13,5% (31/230) autonomia, independência e auto-
parcela de idosos de 4,3%, em 1950, dos medicamentos prescritos foram cuidado (BRASIL, 2006b).
para 10,8% em 2010 (VASCON- considerados inapropriados. Para tanto, a capacidade funcional
CELOS; GOMES, 2012). Ainda, Nesse contexto, idosos represen- deve ser avaliada, o que geralmente
estima-se que em 2050 os idosos tam o estrato populacional que mais é feito por meio da Avaliação Glo-
representem 29,8% da população se beneficiaria com a prevenção, de- bal Ampla (AGA, Comprehensive
brasileira (IBGE, 2008). tecção e controle de PRM, isto é, com Geriatric Assessment). Esta junta
Área 1 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E SAÚDE PÚBLICA

Esse grupo usa em média três ve- a prática da Atenção Farmacêutica. tanto métodos clássicos não padro-
zes mais medicamentos para o tra- No âmbito gerontológico, a Atenção nizados como métodos estruturados
tamento de doenças crônicas em Farmacêutica deve ser norteada pela de avaliação do estado de saúde. Os
relação a indivíduos mais jovens
(VINKS et al., 2006), fato que, aliado
às alterações fisiológicas decorrentes
do envelhecimento, predispõe essa
parcela da população a um risco au- Até a presente data, por exemplo, há no
mentado de aparecimento de proble-
mas relacionados aos medicamentos Brasil somente um farmacêutico gerontólogo
(PRM), em especial, reações adver-
sas (BOURGEOIS et al., 2010). titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e
Estudos brasileiros que identifi-
cam a prevalência ou a incidência de Gerontologia (LISTA, 2015). Logo, a capacitação do
PRM nos idosos são escassos. Cor-
rer et al. (2007) avaliaram as pres- farmacêutico é o primeiro desafio a ser enfrentado
crições de 76 pacientes idosos resi-
dentes de uma instituição geriátrica
no município de Apucarana, PR;

50 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


DR. THIAGO DIDONE é
farmacêutico-bioquímico
métodos estruturados permitem a des, da existência de polifarmácia pela USP, especialista em
gerontologia pelo Instituto
aferição funcional por meio de es- ou do tipo de MPI (SICHIERI et al.,
Paulista de Geriatria e
calas e são representados por testes 2013). Em São Paulo, SP, Cassoni et Gerontologia, e mestre
de desempenho (observação direta) al. (2014) mostraram que 30,2% dos em Atenção Farmacêutica
e questionários (auto aplicados ou idosos usam no mínimo 1 MPI. também pela USP. Atualmente
aplicados pelo clínico). A atuação clínica do farmacêutico é farmacêutico clínico da UBS
O Ministério da Saúde recomenda em gerontologia é justificada pelo Carlos Muniz e professor de pós-
graduação do Centro Universitário
o uso de três questionários de ava- alto risco que idosos possuem em
São Camilo e da UNINOVE
liação funcional do idoso (BRASIL, apresentar PRM. Ele deve avaliar
2006a): The Functional Indepen- aspectos funcionais do idoso e iden- O dr. THIAGO irá ministrar o
dence Measure (FIM) (HAMIL- tificar o uso MPI, os quais são cau- curso Avanços na Atuação do
TON; GRANGER, 1987), The Index sas frequentes de reações adversas. Farmacêutico na Gerontologia
no XVIII Congresso Farmacêutico
of Independence in Activities of A alta demanda de serviços far-
de São Paulo
Daily Living (IADL) (KATZ et al., macêuticos no âmbito geronto-
1963) e The Physical Self-Mainte- lógico se contrapõe à ausência de
nance Scale (PSMS) (LAWTON; profissionais qualificados a prestar
BRODY, 1969). Assim, o farmacêu- cuidado especializado ao idoso. Até
tico clínico gerontólogo deve ser ca- a presente data, por exemplo, há
CORRER, C. J. et al. Riscos de problemas rela-
paz de prestar Atenção Farmacêu- no Brasil somente um farmacêutico
cionados com medicamentos em pacientes de
tica considerando necessariamente gerontólogo titulado pela Sociedade uma instituição geriátrica. Rev Bras Cienc Farm,
os aspectos funcionais do idoso. Brasileira de Geriatria e Gerontolo- v. 43, n. 1, 2007.
HAMILTON, B. B.; GRANGER, C. A uniform
Uma estratégia simples e efetiva gia (LISTA, 2015). Logo, a capaci- national data system for medical rehabilitation.
para prevenir a ocorrência de PRM tação do farmacêutico é o primeiro In: Uhrer MJ, editor. Rehabilitation outcomes:
analysis and measurement. Baltimore: Paul H.
em idosos é evitar a prescrição e o uso desafio a ser enfrentado no caminho
Brookes; 1987. p. 137-47.
de medicamentos potencialmente à promoção do uso racional de me- INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
inapropriados (MPI). Esses repre- dicamentos na população idosa. ESTATÍSTICA (IBGE). Projeção da população do
Brasil por sexo e idade 1980-2050, Revisão
sentam medicamentos cujos riscos 2008. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.
do uso por idosos se sobrepõem aos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KATZ, S. et al. Studies of illness in the aged.
benefícios, e ainda possuem alter- AMERICAN GERIATRICS SOCIETY (AGS). American The index of ADL: a standardized measure of
Geriatrics Society updated Beers Criteria for biological and psychosocial function. JAMA, v.
nativas terapêuticas mais seguras e 185, 914-919, 1963.
potentially inappropriate medication use in
igualmente efetivas (AGS, 2012). older adults. J Am Geriatr Soc, v. 60, n. 4, 616- LAWTON, M. P.; BRODY, E. M. Assessment of
O método explícito para identifi- 631, 2012. older people: self-maintaining and instrumen-
BOURGEOIS, F. T. et al. Adverse drug events tal activities of daily living. Gerontologist, v. 9,
cação de MPI mais usado hoje em 179-186, 1969.
in the outpatient setting: an 11-year national
dia é o Critério de Beers, cuja últi- analysis. Pharmacoepidemiol Drug Saf, v. 19, n. LISTA de titulados. In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ma atualização data de 2012. Esse 9, 901-910, 2010. GERIATRIA E GERONTOLOGIA [site]. Disponível
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de em: <http://sbgg.org.br/sbgg/lista-de-titula-
critério permite avaliar a qualidade Atenção à Saúde. Departamento de Atenção dos/>. Acesso em: 30 mar. 2015.
da prescrição médica já que o uso de Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa SICHIERI, K. et al. Mortality Associated with the
idosa. Cadernos de Atenção Básica - n.º 19: Use of Inappropriate Drugs According Beers
MPI tem sido associado a desfechos
Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Criteria: a Systematic Review. Adv Pharmacol
negativos em saúde. Como exemplo, Ministério da Saúde, 2006a. Pharm, v. 1, n. 2, 74-84, 2013.
uma recente meta-análise concluiu ______. Ministério de Estado da Saúde. Portar- VASCONCELOS, A. M. N.; GOMES, M. M. F.
ia nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Diário Transição demográfica: a experiência brasileira.
que idosos que utilizam MPI apre- Oficial [da] República Federativa do Brasil, Epidemiol Serv Saúde, v. 21, n. 4, 539-548,
sentam maior risco de morte (Risco Brasília, DF, 20 out. 2006b. 2012.
Relativo = 1,11, Intervalo de Confian- CASSONI, T. C. J. et al. Uso de medicamentos VINKS, T. H. et al. Identification of potential
potencialmente inapropriados por idosos do drug-related problems in the elderly: the role
ça de 95% = 1,01 - 1,22, p = 0,023) Município de São Paulo, Brasil: Estudo SABE. Cad of the community pharmacist. Pharm World
independentemente de comorbida- Saude Pública, v. 30, n. 8, 1708-1720, 2014. Sci, v. 28, n. 1, 33-38, 2006.

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 51


PALAVRA DO Por dr. Jorge Mancini Filho
MINISTRANTE

PESQUISA CIENTÍFICA

Ácidos graxos ômega


3: propriedades
funcionais

O
s ácidos graxos, presentes estabelece a numeração dos ácidos dade nos pescados, principalmente
nos triglicérides, podem graxos ômegas. São três os princi- os das regiões mais frias.
se apresentar como satu- pais ácidos graxos da série ômega Alguns aspectos devem ser des-
rados e insaturados. Os primeiros 3, o ácido alfa linolênico (ALA), tacados com relação aos ácidos
não possuem duplas ligações ente contendo 18 átomos de carbono e graxos poli-insaturados de cadeia
os carbonos, enquanto que os in- três duplas ligações intercaladas longa da série ômega 3, isso é a
saturados possuem uma ou mais por carbonos metilênicos, esse áci- relação dos mesmos com a saúde
duplas ligações, normalmente com do graxo é essencial e precursor dos cardiovascular, mais especifica-
a posição cis, apresentando os áto- ácidos graxos ômega 3: eicosapen- mente o EPA. Eles competem com
mos de hidrogênio corresponden- taenóico (EPA), com 20 átomos de o ácido araquidônico na formação
tes do mesmo lado. carbono e 5 duplas ligações e do da prostaciclinas , tromboxanos e
Entre os ácidos graxos insatu- docosahexaenóico (DHA), com 22 leucotrienos, produzem inibição
rados, existem dois poli-insatura- átomos de carbono e 6 duplas liga- da agregação plaquetária (efeito
dos, que possuem mais de uma du- ções. Os ácidos graxos EPA e DHA antitrombótico), estimulam a va-
pla ligação na sua estrutura, e são estão presentes em maior quanti- sodilatação, e apresentam proprie-
considerados essenciais para o or-
ganismo humano e denominados
de ácidos linoleico e (C18:2ω6) e α
linolênico (C18:3ω3), pertencen-
Área 2 - INDÚSTRIA E TECNOLOGIA

tes às famílias ω6 e ω3 de ácidos


graxos, respectivamente. A essen-
cialidade desses ácidos graxos é
caracterizada pela necessidade de
fornecê-los ao organismo através
da dieta, pois este não tem a capa-
cidade de sintetizá-los.
Os ácidos graxos ômegas 3 são
caracterizados pela presença de
duplas ligações na estrutura mole-
cular. A posição da primeira dupla
ligação a partir do carbono metílico

52 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


DR. JORGE MANCINI FILHO
é professor titular da
dades anti-inflamatória pela redu- veis de triglicérides e variabilidade Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da USP,
ção da quimiotaxia dos leucócitos. da frequência cardíaca. A presença
da qual é ex-diretor
Em nível hepático, inibem a sín- desses ácidos graxos no organismo (2000-2004 e 2008-2012), e
tese de triglicerídeos e a secreção está relacionada com a redução da assessor científico da
da VLDLs (lipoproteínas de muito viscosidade do sangue, aumento do Fapesp, Capes e CNPQ.
baixa densidade), favorecendo a relaxamento do endotélio das arté-
O dr. JORGE irá participar do
secreção hepática de VLDLs de rias coronárias, além de estarem as-
simpósio Alimentos Funcionais
menor tamanho, que se transfor- sociados ao aumento de genes que no XVIII Congresso Farmacêutico
mam em LDLs de maior tamanho, participam da regulação da home- de São Paulo
que não são consideradas aterogê- ostase como: o da enzima 7alfa-hi-
nicas. Atribui-se a eles também o droxilase, o do receptor sequestran-
estímulo do transporte reverso do te tipo B1 e do o do receptor de LDL. que a função da retina e a capaci-
colesterol, favorecendo a sua cap- Os AGPI-CL, destacando-se o dade de aprendizagem podem ser
tação pelo fígado e a sua elimina- DHA, são essenciais para o siste- prejudicadas se houver redução no
ção pela via biliar. ma nervoso central. Além disso, acúmulo de DHA durante a vida
Os ácidos graxos EPA e DHA es- também desempenham papel po- intra-uterina.
tão relacionados com a prevenção tencialmente significativo na mo- Diversas organizações interna-
de problemas circulatórios, fato dulação dos processos de desen- cionais recomendam a ingestão de
observado em diversos estudos de volvimento do ser humano. ácidos graxos poli-insaturados de
COORTE em populações saudáveis. A deposição dos AGPI-CL no feto cadeia longa (EPA + DHA), sendo
Ensaios clínicos randomizados, em é rápida, sendo que a insuficiência esses valores estipulados na faixa
curto prazo, do consumo de EPA+- desses nas membranas pode levar de 200 mg a 700 mg por dia.
DHA em níveis farmacológicos, a uma incapacidade específica de No Brasil, o Ministério da Saúde
indicam efeitos favoráveis nas me- crescimento do cérebro e provocar recomenda o consumo de peixe,
didas fisiológicas de risco cardio- danos irreparáveis, afetando o de- no mínimo, duas vezes por sema-
vascular, incluindo pressão arterial, senvolvimento da acuidade visual na, porém não apresenta diretri-
frequência cardíaca de repouso, ní- e aprendizagem. Estudos sugerem zes específicas para o consumo dos
ácidos graxos poli-insaturados de
cadeia longa: EPA e DHA.
Os ácidos graxos ômegas têm
sido muito estudado por diferen-
A presença desses ácidos graxos no organismo tes grupos de pesquisas e inú-
meros avanços foram alcançados
está relacionada com a redução da viscosidade nas recomendações nutricionais
pertinentes às suas propriedades
do sangue, aumento do relaxamento do fisiológicas.

endotélio das artérias coronárias, além de


REFERÊNCIAS
estarem associados ao aumento de genes que MANCINI-FILHO, J. Alimentos Funcionais
nas Doenças Cardiovasculares. In. Ali-
participam da regulação da homeostase mentos Funcionais, Brunoro Costa, NM;
Rosa COB. ed, Viçosa, MG. 2010, p.99.
MELO, ILP; SILVA, AMO; MANCINI-FILHO,J.
Lipídios. In: Bases Bioquímicas e Fisi-
ológicas da Nutrição. Cozzolino, S.M.F. &
Cominetti,C. Manole ed. 2013, p.75.

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 53


PALAVRA DO
MINISTRANTE Por dra. Elaine Bortoleti de
Araújo, dra. Neuza Taeko
Okasaki Fukumori e dra.
Adriana Vidal F. Massicano

RADIOFARMÁCIA

Área de
atuação do
farmacêutico

A
radiofarmácia é uma ciên- muitas doenças, utilizando-se da confirmação da esterilidade e
cia essencial para a medi- concentrações de radiofármacos apirogenicidade, são requeridos
cina nuclear (MN), pois se em níveis de nano ou picomola- ensaios específicos para avaliar a
encarrega de desenvolver, produ- res, o que torna o uso dos radio- pureza radioquímica e radionuclí-
zir e dispensar os radiofármacos. fármacos muito seguro e com bai- dica das preparações 9.
Estes são preparações farmacêuti- xa incidência de efeitos adversos6.
cas com finalidade diagnóstica ou A forma de ligação dos radio- MARCO REGULATÓRIO
terapêutica que, quando prontas fármacos ao local alvo permite
para o uso, contêm um ou mais ra- classificá-los em radiofármacos de No Brasil, resoluções específicas
dionuclídeos 1; 2. perfusão (1ª geração), os quais são para Boas Práticas de Fabricação
Área 4 - GERENCIAMENTO, GESTÃO E ASPECTOS REGULATÓRIOS

O elemento radioativo ou ra- transportados no sangue e atin- (BPF) e Registro dos radiofárma-
dionuclídeo é a matéria prima gem o órgão alvo na proporção do cos foram publicadas pela ANVI-
principal da composição de um fluxo sanguíneo ou radiofármacos SA em 2009 (RDC 63/09 e 64/09,
radiofármaco, podendo emitir di- específicos (2ª geração), que são respectivamente) 5.
ferentes tipos de radiação como as direcionados por moléculas bio- Até 2006, a produção e a comer-
particuladas (partícula α ou β) ou logicamente ativas, que se ligam cialização de radiofármacos no
emissão de raio X ou gama3. Os ra- a receptores celulares. Esta última Brasil eram monopólio da União
dionuclídeos comumente utiliza- categoria vem sendo intensamen- exercido pelos Institutos da Co-
dos na clínica são produzidos arti- te explorada para desenvolvimen- missão Nacional de Energia Nu-
ficialmente em reatores nucleares to de radiofármacos aplicados ao clear (CNEN), especialmente o
ou aceleradores de partículas5. diagnóstico e terapia de tumores Instituto de Pesquisas Energéticas
Cerca de 95% dos procedi- específicos e identificação de re- e Nucleares (IPEN), que produz
mentos realizados em MN são ceptores cerebrais relacionados ao quase a totalidade dos radiofárma-
diagnósticos, mas a aplicação de diagnóstico de doenças como Al- cos utilizados no país 7. A quebra
radiofármacos em terapia vêm zheimer, Parkinson e outros tipos desse monopólio (Emenda Cons-
crescendo consideravelmente, de demência. titucional nº 49 10) foi estimulada
particularmente na área de on- Os radiofármacos são em geral pelo aumento da demanda de ra-
cologia. A detecção externa da administrados intravenosamente, diofármacos de meia-vida física
radiação emitida pelo radiofár- devendo ser produzidos e contro- curta, principalmente a fludesoxi-
maco permite diagnosticar preco- lados com o rigor atribuído aos glicose (18 F), que devido à meia-
cemente e com alta sensibilidade medicamentos injetáveis. Além vida do radionuclídeo de 109 mi-

54 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


nutos, mostra-se mais vantajoso Com o mercado dos radiofármacos em
ser produzida próximo ao local de
administração. expansão, necessita-se cada vez mais
Os radiofármacos não são, em
geral, produtos de prateleira. A de farmacêuticos qualificados para
principal diferença entre medica-
mentos não radioativos e os ra- atuarem nessa área
diofármacos é o prazo de validade,
o qual muitas vezes é de horas 11.
Por esse motivo, a maioria dos
radiofármacos é administrada ao
paciente antes mesmo da conclu-
são do ensaio de esterilidade. Por- fármacos no Brasil, originalmente ATUAÇÃO PROFISSIONAL
tanto, o cumprimento das BPF e estabelecido pelas RDC 63 e 64 de
a implantação de um sistema de 2009, foi posteriormente estendi- Com o mercado dos radiofár-
garantia da qualidade, conforme do (RDC nº 66, de 9 de dezembro macos em expansão, necessita-se
preconizado pela RDC 17/2010 12, de 2011 14) e mais recentemente cada vez mais de farmacêuticos
complementada no caso dos ra- novamente regulamentado. Com a qualificados para atuarem nes-
diofármacos pela RDC 63/2006 publicação da RDC nº 70, de 22 de sa área. Antes mesmo da RDC
da Anvisa 2, são essenciais para dezembro de 2014 15, todos os cen- 63/2009 exigir, um farmacêutico
assegurar a qualidade e segurança tros produtores de radiofármacos como responsável técnico pelas
do radiofármaco. no Brasil ficam obrigados a apre- instalações produtoras de radio-
O prazo para obtenção da certifi- sentar o registro dos radiofárma- fármacos e da RDC nº 38/08 16
cação em BPF e registro dos radio- cos no prazo de 180 dias. estabelecer os requisitos mínimos

Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 55


DRA. ELAINE BORTOLETI DE
para funcionamento de serviços uma oportunidade real de um ARAÚJO, DRA. NEUZA TAEKO
de medicina nuclear e radiofar- novo mercado de trabalho. O. FUKUMORI E DRA. ADRIANA
mácias hospitalares, o farmacêu- VIDAL F. MASSICANO são
tico já possuía suas atividades na farmacêuticas e pesquisadoras
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
área de radiofarmácia previstas do Centro de Radiofarmácia
1
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANI-
– Instituto de Pesquisas
na resolução nº 435/05 17 do Con- TÁRIA. Farmacopeia Brasileira [Internet].
Brasília: Agência Nacional de Vigilân- Energéticas e Nucleares (IPEN/
selho Federal de Farmácia, que cia Sanitária; 2011. Acesso em 28 fev. 2015. CNEN/SP).
posteriormente foi revogada pela Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/
farmcopeiabrasileira/index.htm As dras. ELAINE e NEUZA
resolução nº 486/08 18 . 2
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacio- apresentarão o simpósio
Segundo essa resolução, são nal de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº
Radiofarmácia: Produção,
atribuições privativas do farma- 63, de 18 dezembro de 2009. Dispõe sobre
as boas prática de fabricação de radiofár- Aspectos Regulatórios e
cêutico: a realização das prepa- macos. Diário Oficial da União. 23 dez 209; Atuação Profissional no XVIII
rações farmacêuticas, a produção Seção 1:73-5. Congresso Farmacêutico de São
em indústrias, hospitais, clínicas,
3
SAHA, G. B. Fundamentals of nuclear Paulo
pharmacy. 5 ed. New York: Springer, 2003.
centros de medicina nuclear, cen- 4
ZIESSMAN, H. A.; O’MALLEY, J. P.; THRALL, J. 13
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência
tros de imagem e radiofarmácias H. Nuclear Medicine. 3 ed. Filadélfia-EUA: Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
centralizadas, o controle de qua- Elsevier-Mosby, 2006. RDC nº 64, de 18 dezembro de 2009. Dispõe
5
SANTOS-OLIVEIRA, R. Radiofarmácia - com sobre o registro de radiofármacos. Diário
lidade, a garantia da qualidade, monografias de radiofármacos extraídos Oficial da União. 23 dez 2009; Seção 1:81-4.
o fracionamento de radiofárma- da Farmacopeia Internacional. São Paulo: 14
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência
Atheneu, 2010.
cos, o armazenamento, distribui- Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução
6
ROBILOTTA, C. C. A tomografia por emissão RDC nº 66, de 9 dezembro de 2011. Prorroga
ção e dispensação, os ensaios de de pósitrons: uma nova modalidade na o prazo para adequação às Resoluções da
equivalência farmacêutica e bio- medicina nuclear brasileira. Rev Panam Diretoria Colegiada nº 63, de 18 de dezem-
Salud Publica/Pan Am J Public Health. 20: bro de 2009 e nº 64, de 18 de dezembro de
equivalência com radiofármacos 134 - 142 p., 2006. 2009. Diário Oficial da União. 13 dez 2011;
genéricos e similares e a responsa- 7
ARAÚJO, E. B. et al. Garantia da qualidade Seção 1:70.
bilidade técnica e desempenho de aplicada à produção de radiofármacos. 15
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences.
Área 4 - GERENCIAMENTO, GESTÃO E ASPECTOS REGULATÓRIOS

Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução


funções especializadas em empre- 44: 1-12 p., 2008. RDC nº 70, de 22 dezembro de 2014. Dispõe
sas de produção, comercialização, 8
THRALL, J. H.; ZIESSMAN, H. A. Medicina sobre a suspensão do prazo para adequação
Nuclear. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, do registro de radiofármacos estabeleci-
importação, exportação, distribui-
2003. do no Art. 2º da Resolução de Diretoria
ção ou em instituições de pesquisa Colegiada RDC no 66, de 09 de dezembro de
9
SIMAL, C. J. R. Medicina Nuclear. Belo
que produzam radiofármacos. 2011. Diário Oficial da União. 23 dez 2014;
Horizonte: Folium, 2012.
Seção 1:91-92.
Entretanto, para exercer ativi- 10
BRASIL. Emenda Constitucional nº 49, de 16
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Na-
8 de fevereiro de 2006. Altera a redação da
dades nessa área, o farmacêutico alínea b e acrescenta alínea c ao inciso XXIII
cional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC
nº 38, de 04 junho de 2008. Dispõe sobre
deve possuir experiência compro- do caput do art. 21 e altera a redação do
a instalação e o funcionamento de Serviços
vada em radiofarmácia e radiopro- inciso V do caput do art. 177 da Constituição
de Medicina Nuclear “in vivo”. Diário Oficial
Federal para excluir do monopólio da União a
teção2. Atualmente, poucas facul- da União. 05 jun 2008; Seção 1:55-58.
produção, a comercialização e a utilização de
radioisótopos de meia-vida curta, para usos
17
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA Res-
dades de Farmácia contemplam olução nº 435 de 17 de maio de 2005.
médicos, agrícolas e industriais.Diário Oficial
em suas grades curriculares a dis- da União. 9 fev 2006; Seção 1:1. Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico
na área de radiofarmácia. Diário Oficial da
ciplina de Radiofarmácia, porém 11
ALVES, F. N. R.; GIORGIS, L. S.; ARAÚJO, E.
União. 25 mai 2005; Seção 1:161.
existem cursos de capacitação e B. Registro e Boas Práticas de Fabricação de
Radiofármacos. In: VIEIRA, F. P.; REDIGUIERI, C.
18
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA Resolução
pós-graduação oferecidos na área. F., et al (Ed.). A regulaçao de medicamen- nº 486 de 23 de setembro de 2008. Dispõe
tos no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2013. sobre as atribuições do farmacêutico na área
Com o crescimento do mercado de de radiofarmácia. Diário Oficial da União. 03
cap. 6, p.672.
trabalho na área de Radiofarmácia out 2008; Seção 1:133.
12
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Na-
no Brasil, é desejável que a forma- cional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC
ção do profissional farmacêutico nº 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe sobre
as boas práticas de fabricação de medica-
DRA. ADRIANA VIDAL F.
seja repensada de modo a atender mentos. Diário Oficial da União. 19 abr 2010; MASSICANO
a esta necessidade e refletir como Seção 1:94-110. também é autora
deste artigo.

56 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


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Prática Clínica Farmacêutica em UTI 48h

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Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015 57
PALAVRA DO Por dr. Denis Alexandre
MINISTRANTE Ramalho Padeiro

INDÚSTRIA

Impurezas e
produtos de
degradação

N
o decorrer dos últimos
anos, novas exigências
com relação à identifi-
cação e quantificação de impu-
rezas e produtos de degradação
fizeram com que as indústrias
farmacêuticas buscassem ade-
quação a tais exigências.
Apesar de o ICH (Internatio-
nal Conference on Harmoniza-
tion) trazer em seus guias, desde
a década de 90, especificações e
orientações sobre impurezas e
produtos de degradação, no Bra-
sil, apenas com a publicação da
RDC 58, de dezembro de 2013,
houve a regulamentação formal
do assunto, mesmo que já exis-
tissem legislações que fizessem
Dr. Denis Alexandre
Área 2 - INDÚSTRIA E TECNOLOGIA

exigências ao setor como, por Por outro lado, as indústrias Ramalho Padeiro
exemplo, sobre estabilidade e va- estão se preparando para aten- é Professor de
lidação de métodos. der a RDC 58, cujo prazo para pós-graduação das
Em especial, a degradação for- adequação é dezembro de 2015. Faculdades Oswaldo Cruz
çada é um tópico importante que Entretanto, muito ainda precisa e farmacêutico da US
Pharmacopeia.
sempre gera muitas dúvidas e ser feito, principalmente na qua-
discussões. Buscando uma pa- lificação dos profissionais que O dr. DENIS irá ministrar o
dronização na maneira de rea- atuam na área. curso Estudos de Impurezas
lizar os experimentos, a Anvisa Portanto, uma equipe multidis- e Produtos de Degradação
vem se dedicando a isso com a ciplinar bem treinada é requisito em Medicamentos no XVIII
Congresso Farmacêutico de São
publicação de um guia específico fundamental para o sucesso nes-
Paulo
do tema. te novo desafio.

58 Revista do Farmacêutico - ABR - MAI / 2015


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