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I

I
SYLVIO DE VASCONCE LLOS

ARQUITETURA NO BRASIL:
SISTEMAS CONSTRUTIVOS

5? edição revista

Revisão e Notas
Suzy P de MeIIo

Ilustrações
Marina E. Wasner Machado

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Umversldade Federal de Minaäerais
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Belo Horizonte/ 1979 “


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OBRA PUBLICADA COM RECURSOS DO
CONVÊNIO SEPLAN-PR/lPHAN/UFMG/FUNDEP

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Série Patrimônio Cultural


Publicação n9 2

øàwwda" 1
CURSO DE ESPEClALlZAÇÃO EM RESTAURAÇÃO
à ih-tê
gjwâvaláciäë ,,,,:,« zm 1
E CONSERVAÇÃO DE MONUMENTOS E CONJUNTOS HISTOFHCOS
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' z . = ESCOLA DE ARQUlTETURA DA UFMG /1978-79
_l~V(Íl'l @10,.Ê.-leàâ “

Datilografia e revisão para publicação:

ill? ( :Í `
Patricia Maria de Carvalho Gomes

Fotografias:
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Servico de Foto~Documentação da Escola de Arquitetura da UFMG
Suzy P. de Mello
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Ilustrações:
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M, Marina Ewelin Wasner Machado

Revisão geral do texto e notas:


, Suzy P. de Mello

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Capa e produçao:
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9 Suzy P. de Mello

Fotolitos: Foto Iito Santos

Composição, impressão e encadernação: Rona Editora

Belo Horizonte / MG - 1979


SUMARIO

INTRODUÇÃO /página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

cAP|Tu|.o 1 - ESTRUTURAS/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

- Alicerces
*i
- ..
Paredes Estruturais: Taipa de pilao /Alvenaria de Pedra /
Adôbos
- Estruturas Autõnomas: Madeira /Alvenaria
- Enquadramentos
- Arcos

cAP|'Tui_o 2- VEDAÇÕES/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._
- Pau-a-pique /Tijolos ou Adobes / Estuque / Tabiques
- Estruturas mistas
- Muros e sargetas
Acabamento das vedaçoes / Coroamentos e Cunhais

cAP|'Tui_o 3- Pisos/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _.
- Terra batida / Ladrilhos de barro / Tabuado corrido / La-
jeados /,Sei_x9$ rQIa_d.0.s / Mármo_r¿-as / Parquets e Tacos /
'- l-adflJQ§,$:§Jân1icas.oe.bídrá1Jl.lQQtS

cAPi'TuLo 4- FoRRos/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _.
~ Horizontais / inclinados / em paineis
- Taquara /Tabuado /Saia e Camisa / Paineis moldurados /
Estuque/ Forros maciços/ Forros de tijolos
- Detalhes

cAPi'Tu|_o 5 - vÃos/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .

- Janelas de peitoris / Janelas rasgadas / Janelas de canto /


Portas /Óculos e Seteiras

Eis
INTRODUÇÃO
- Componentes dos vãos
~ Bacias sacadas
e
- Acabamentos: Caixões / Fechamento /Guilhotínas /Caixi.
Ihos de vidro / Vidraçaria
- Ferragens: Dobradiças de cachimbo / Ferrolhos / Aldrabas /
Tranquetas

CAPITULO Gƒ COBERTURAS/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137


~ Tipos e caracteristicas Em oportuna e importante iniciativa, a Secretaria de Planejamento da Presi-
- Beiradas / Beirais / Cimalhag dência da República, através de convênio com o Instituto do Patrimônio Histórico e
- Entelhamento Artístico Nacional, a Universidade Federal de Minas Gerais e a Fundação de Desen-
- Abertura das coberturas volvimento da Pesquisa, fez realizar o segundo Curso de Especialização em Restau-
ração e Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos na Escola de Arquite-
cAP|'Tu|_o 7.- EscAoAs/página tura da UFMG durante o periodo março-setembro de 1978.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ _ 161
- Materialusado
Este Curso, destinado a preparar arquitetos para os trabalhos de restauração,
- Forma
conservação e revalorização de monumentos e conjuntos históricos, visando especial-
- Posição
mente a elaboração de projetos e a fiscalização de obras, foi estruturado nos moldes
~ Acabamento
do que se efetivara em Recife, em 1976, sendo ampliado, a partir da experiência an-
terior, com maior duração e abrangência tendo em vista as metas do “Programa de
CAPITULO 8 - ARMÁRIOS/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173 Cidades Históricas da SEPLAN PR e recebendo o mais amplo apoio do instituto do
z,

- Tipos de armários em construções. Patrimônio Histórico e Artístico Nacional bem como a valiosa colaboração da UNES-
'
CAPITULO 9 - PINTURA /página
CO.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ 177
- Materiais / Características No entanto, além da formação de arquitetos especialistas em restauração,
- Grimpas torna-se necessário o enriquecimento da literatura especifica, ainda reduzida no Bra-
sil. Assim, a exemplo do Curso realizado pela Universidade Federal de Pernambuco,
REFERENc|AsB|BL|oGRAF|cAs/página
7 . . . . . . . . . . . . . . . _ _ _ _ , 185 que publicou o importante trabalho “Restauração e Conservação de Monumentos
Brasileiros", de autoria do Prof. Fernando Machado Leal, o segundo Curso de Restau-
ração reedita agora "Arquitetura no Brasil: Sistemas Construtivos", do Prof. Sylvio
de
Vasconcellos, obra esgotada em sucessivas edições e que é, sem dúvida, das mais signi-
ficativas na bibliografia brasileira especializada.

O Prof. Sylvio de Vasconcellos, autor de diversos estudos de importância -


entre os quais “Arquitetura Particular em Vila Rica", "Pintura Mineira e outros Te-
-
mas", “Nossa Senhora do Ó", "Arquitetura:dois estudos" e "Mineiridade" é um dos
pioneiros na pesquisa de arquitetura brasileira, tendo sido o primeiro chefe do IPHAN
em Minas Gerais por indicação do Dr. Rodrigo Mello Franco de Andrade. Atualmente
vivendo nos Estados Unidos, 0 Prof. Sylvio de Vasconcellos generosamente autorizou-
nos a publicar a presente edição, a partir da 4? edição revista feita pela Escola
de

11

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____
Arquiltetura da UFMG em 1961, com a inclusão de notas, fotografias
e novas ilustra-' CAPITULO 1
çoes, incumbência que além de muito honrosa é de grande responwbilidade

Na c É rt 923 d É qble. C0m GSM DUb|IcaÇão,


' ~
o Curso de Restauraçao ..
dará sequên-
cia a sua atividade didática através da divulgação de mais
trabalho fund amen tal
um
para o estudo da arquitetura brasileira, continuando a série
iniciada em Recife é que
agradecemos o apoio recebido da SEPLAN-PR e do IPHAN, e
registramos a preciosa ESTRUTURAS
:Ê Iab " d
W*;ÍIÍ:°MacE:gÉS 3; TEU/Ílgiiols/'ajudaram
-
na tarefa destacando a Profa. Marina Ewe-
_

nesta edioão'z Patrfcia M aria d e C arvalho


G' responsavel
Gomes e pe|a'S nmfas ilustrações
Elcia Guimarães apresentadas
`
Fonseca, secretárias
a coordenação do Curso de Restauração e Marcos
'de Carvalho Mazzoni Luiz Pedro MALICERCES
Soares e Archimedes Correa de Almeida do Servico de
f Foto - Document acao
I" d a E sco | a
de Arquitetura da UFMG.
_

Em nossa arquitetura só são encontrados alicerces propriamente ditos nas


construções de alvenaria, sejam de pedra, de adôbos ou adôbes, ou de tijolos, salvo
Suzy P de Mano quando empregada a taipa de pilão, sendo os alicerces então, quase sempre, do mesmo
material e sem solução de continuidade. Com exceção deste caso, os alicerces são sem-
professora da EAUFMG e Coordenadora do pre de alvenaria de pedra e barro, neles aparecendo a argamassa de cal somente em
exemplos raros ou recentes. A alvenaria é praticamente a mesma usada nos maciços
Curso de Restauração E Conservação
, . de ,M0-
, ai florados , a enas em regando - se pedras tão randes uanto possível , bem acama -
numentos -
e Conjuntos Historicos/Convenio
-
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3Ep|_AN_PR“PHAN/UFMG/FUNDEF- das e calçadas com pedras menores.

Belo Horizonte, janeiro de 197g_ Usa-se, também, a argamassa de barro ou apenas a calda para encher os peque-
nos vazios. A calda é um barro muito liquefeito, ralo, e capaz de, entornado por
sobre a alvenaria já mais ou menos assentada, por gravidade, preencher seus interstí-
‹:ios. Difere do barro por ser colocada depois de feitos os trechos da alvenaria e não

mncomitantemente, acontecendo ainda serem o barro e a calda usados simultanea-


mente numa mesma obra.

Deve ser notado o respaldo dos alicerces ensoleirados (fig. 1), sempre muito
l›‹:m feitos e nivelados, onde se assentam os maciços das paredes. Este respaldo cobre
ns alicerces em toda sua extensão não sendo interrrompido nem mesmo nos vãos que
constituem as soleiras. Igualmente, no caso de estruturas autônomas de madeira,
quando ocorre o alicerce e seu ensoleiramento ou respaldo, os pés direitos, as aduelas
‹- os esteios apenas se assentam sobre este ensoleiramento, não penetrando nos alicer-

i^l!S.

O dimensionamento dos alicerces modifica-se naturalmente, em função dos


vizlumes que devem suportar, aprofundando-se e alargando-se à medida que as paredes
ziiportadas se alteiam. Alteram-se, ainda, em função do tempo, sendo menos profundos
zjiiéindo mais recentes. Em todo caso, não são muito mais largos que a parede que irão
~.ii¡›‹›rtar, o ressalto com elas variando em torno de um palmo. Nos ressaltos para fora,

12 13

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*\; FIG.2 Assentamento de esfelos ou

F|G. 1 Base de Pqfede com seu alicerce ombreiras na soleira do alicerce


ensoleircudo e sariefq
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Enchimento do espaço entre o baldrame e


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eosolocom alvenaria de pedra ` caboda
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1 frechal duplo
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3 peça de madeira F ¡ G 5
4 parede de
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A 4a LEGENDA

Parede de taípa de pilão com o seu


reforço de madeira. - FIG. 4
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isto é, na prumada externa das paredes perifericas, a saliencia e ainda menor que um
palmo, principalmente quando o alicerce aflora sobre o terrenoz Ainda quanto ao res-
paldo ou ensoleiramento, podem ser formadas saliências sobre as prumadas, constituin-
do um cordão simples ou com molduras compostas.

Além dos alicerces são encontrados, no caso de pavimentos elevados do solo,


embasamentos de alvenaria, de cantaria ou de ensilharia. Estes embasamentos, baldra-
mes, como ainda hoje se rzwlsfawmam (não devendo ser confundidos com os baldrames, vi-
gashde madeira nas estruturas autônomas), preenchem o espaço entre os alicerces pro-
F°T° 1 priamente ditos e o nascimento das paredes, ao nível do piso. (foto 1)
Embasamento e cunhal de ensilharia mostrando o ensoleira~
mento. Museu da Inconfidência (antiga Casa de Câmara e
Ca°°'‹'*le"' °“f° Pf°f°/MG Podem também aparecer comojalsos alicerces, não se aprofundando no solo;
funcionando apenas para fechar o espaço vazio entre o terreno e o baldrame de madei-`
ra nas estruturas autônomas (fig. 3) (foto 2); às vezes, nestes casos, de certo modo os! V

falsos alicerces reforçam o aludido baldramefprincipalmente quando a vedação empre-


gada é composta de adõbos e não de pau a pique. Esta solução contribue ainda para
evitar a ação das águas sobre as partes baixas das paredes. Em obras mais importantes
os falsos alicerces podem ser construfdos de cantaria ou de ensilharia, advertindo-se
aqui que estas modalidades serão estudadas juntamente com as alvenarias de modo
geral. Em todo caso, convém notar que quando não são revestidos de massa, apresen-
tam sua face externa mais ou ,menos aparelhada. Em determinadas construções encon-
tram-se especificações para os alicerces, como no caso das cadeias, onde se exigem pe-
dras do maior tamanho possivel, atravessando a alvenaria de face a face e com profun-
didade aumentada. Todos estes cuidados eram tomados para evitar possiveis fugas dos
. 1
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De um modo geral, em residências, os alicerces têm profundidade em torno


(fg, ou menor que um metro e largura em torno de sessenta centimetros.
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F°T°2 53? i E ii ~PAREDEs EsT|=‹uTu|=‹A|s


Enchimento do espaço entre o baldrame e o solo com alve- (_,\¬ M Í.

naria de pedra. Residência em Sabará/MG.

¿ Consideram-se como paredes estruturais as paredes que, além de se constitui-


\ rem emvvedação, suportam por toda sua extensão as cargas da construção como sejam,
“` \ š lorros, cobertiasfpavimentos superiores, etc.. São, portanto, maciças e podem ser cons-
. (Mi. truídas de taipa de pilão ou alvenaria, seja de pedra e barro, pedra e cal, adõbos ou
, s .‹»‹g'-`>' I.. |
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ii 'HA taipa de p¡Ião__é o ,sistema em que as paredes são maciças, constituídas ape-
, jr M nas debarro socado, tornando-se monolíticas, por assim dizer, depois de terminadas e
raramente incluindo em sua espessura reforços longitudinais de madeira. (fig. 4) A
1 8
19
.técnica de sua execu ão consis ' _ ' ' '
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pique". Em 1675, outra determinaçao exigia as “paredes com vigas bem fortes
_

fi_5~comosf'
_

te em armar formas de madelra denomlnados talpals'


_ _ _

ça |›;Iu a
l g_ dl e az amda
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Ole com O Concreto' mantendo as em sua poslçao p°r~
_

rs fiquem unidas pela banda de dentro (fig. 7) Encontramos, ainda em 1717, compro-
_

_
_ _

meio e ravessas e ,
misso de construtor de fazer a cadeia nova com paredes de 'grossura e largura de qua-
_ _

z
_

paus a prumo _

Mm' iro palmos e levantada estacada pello amago das paredes, athe as vigas"_ (fig. 8) Esta
Dentro delas é col cad " _

' ` _
1
,
mesma cadeia apresentava vigas 'espaçadas de palmo e meio ou palmo e tres dedos'.
. _
barro la bem amassado eT camadas lelatlvas a lar
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glgša dãsmâdëaš 0EbT Segu|da_ e este _b:^rl0_O%mprlmld°Aa pllao ou com O auxlllo dos
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›~ (Atas da Câmara de São Paulo citadas por Paulo Thedim Barreto
_,
em Casas de
_ _

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`, p ' _ el se lnalor Consls Êncla a _massa' ~Çama(_la de barro-tem altura-
_ -~¿ Câmara e Cadeia")2_ Visando evitar a fuga dos presos por perfuração das paredes, o
aproximada de vinte centimetros que sao reduzidos, apos o apiloamento, para de dez d
espaçamento entre as peças de madeira deveria ser inferior a dois palmos, sen o as
, _ - - - -
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e. s ai ais s s c e _. _, , , _

pecas sempre de boa seçao. Alias, igual tecnica de reforço e usada nos pisos, como sera
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q p e U e m Ver lca men e' uns 5° re os Outros Sendo que cada


fiada se prolonga por toda a extensão da parede ou por toda a extensão da periferia da V¡S§[0 pO5ter¡O¡,mente
construção que assim sobe, concomitantemente, em toda sua dimensão. '

Encontram-se taipas de pilão onde o barro não é peneirado ou é mesmo mis-


O barro empregado deve ser escolhido e, se bem que a técnica de sua escolha turado propositadamente com pedregulhos maiores ou menores, formando um con-
9 fatura não se tenha C°5e"V3<-`l0 00m detalhes DOÍS dependia d0$ l"E€Sã0S que 8 Dfãfl- glomerado à feição de concreto. As pedras são usadas "in natura", recolhidas de rio
cavam e da tradição oral, sabe-_sggy_e¿1_,eyerig‹i_ir_1_cl_uir__determi_nadami_stqra de terra çj._Qm_` ou do próprio local da construção como no caso de Diamantina, onde o cascalho
8F€l4âm€§M_i¿_r9ll_, DGIO ,menos para que se conseguisse maior aglUÍll'IaÇã0 9 më|ll5flHP0SSlb_ll¡- miudo empregado é conhecido pelo nome de cristal podre ou piruruca_3 A taipa desta
dade de desintegração, como rachaduras e fendas. Portais_motivos,.ap_arecem_ mistura- modalidade é oonheçída como de formigão.
1 do`s”"oom"0, barro tanto o estrume de curral (principalmente do gado vacum) com
I fibras vegetais ou mesmo crina animal, todos estes materiais visando armar o barrocom O “SO da Íalpa de pllão f°l mals dll““°lld(É “O5 prlmflros Séculos da °°l°"lZa`
_

uma trama ¡n›¡ema_ Há, também' a trad¡Ç5O de se juntar ao ,barro sangue de bO¡ C0m0` ção, desaparecendo quase por completo no século XVIII. E mais encontrada em re-
ag¡ut¡nanteI A das 6ã.Fèõë_š..de taipa de puãol Sah/O espeèiášde gían: giões pobres de pedra tendo sido, Porém, largamente empregada em todo 0 Brasil. Drin-
des alturas, varia de 0,40 a O,80m. "' ` cipalmente no litoral, desde os "muros'de taipa grossa” de defesa, como os exigidos
na fundação da cidade do Salvador segundo Gabriel Soares4 e a casa forte de taipa

B_a[amente_, como foi dito, estas paredes são rgeforçdas__internamente__ com de pilão construida por Caramurú na Bahia, em 1540, que é apontada por alguns auto-
peças dd4mdddd,›¡a Oobcadas |0ng|tudma|mente' mas qdêndddd ,S50 oçdrndrfeld as peças res como a primeiraarqqitetura mais duradoura eva a age .ito no Brasi., ate as gran es
mantém d¡stânC¡a de O 60m a 1 Oom uma da outra tomanddse uma armaçãordobarro igrejas matrizes do interior de Minas Gerais. Langsdorff ,encontra a taipa de pilao nos
Edma dgiawgnídg sua e5tab¡¡¡dade_ Neste Caso' estas peças vão Compor' na anura prÓ_ arredores de Cuiaba, onde muitas casas conservam a cor sombria da taipa de que sao
_- __ ¬___v-.-._ d ,,
pm
_

feitas, bem como os muros


_

as vergas dos VãO5_ e cerca os _

I Seriam as regiões de São Paulo e Goiás as que a taipa obteve maior aplicação,
Encontra -se ai d
it s ' _ ,, , . ._
chegando Vauthieró a dizer que as casas de taipa caracterizavam a provincia de Sao
_ s _ _ _

l m ' n a' ne tas paredes' peças de madelra colocadas transversal ~


mente, orém sem ual uer f n " " ' , .. . - . .
Paulo' Muitas sao tambem as referencias de outros viaiantes sobre o sistema, entre as
. -
U Çao estrutural de amarração' sen/'ndo apenas como
-
p Cl q _ _

trave'amento dos tai ais ao t


_

" ' . ~ .
empo da construçao e nela delxados como elementos quais as de l\/lawe7 que nos descreve o processo de sua fabricacao: 'constroi-se um
_ «

l p
erdidos_ Quando sua retirada ' f it " ' ' ' ' , J . . .. .
e Ê _a' dao lugar a °rlf'C'°S Conhecldos pelo nome de
.
arcabouço com seis pranchas moveis, iustapostas e mantidas nessa posiçao por meio de
f . _

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travessoes P resos I3 or pinos moveis e vi 9 as, a medida que avança o trabalho. Coloca-se
_ _ _ _

o barro em pequenas quantidades, que os trabalhadores atiram com pás, umidecendo-o


m oo ' ' ' _
de quando em quando para dar-lhe maior consistencia_ Cheio o arcabouço, retiram o
_ _ _ _

ns mçoes especlals' como nas cadelas' pela facllldade que 3 talpa


_

N
de D ilao oferec e_ à per f uração, era esta reforçada com engradamento de madeira, ' _.
excesso e prosseguem na operaçao até rebocar todo o madeiramento da casa, tomando-
_ _ ' ~
_

na sua es ess a ' " ,,


"
' ' -
ur ' como alma' ou em face 'mama' revestmdo a' *la em 1628' em Sao
_

Conclui, afirmando:
_ _ _ _

p se o cuidado de deixar espaços para as ianelas, portas e vigas


_

Paulo ordena irca- Set ".po2t=(:1ssem6)pello mão tâlvlãqã ge DBO f0fÍI55Im35


_

' ' -
"A massa, com o correr dotempo, endurece; as paredes, perfeitamente lisas na parte
_ _
I
9 Cl'aVeJada5 e
_

orra as co ou ra ai a, i 5 - _ ' _ f ' " ' ~~~--; -~-"~"^“/ '““'t'”'


* ' * - * '"

de edra rades depf É E reëlšäl an O ~ e emãs grade? CTT boas Ombñelras interna, tomam logo qualquer cor que o dono, lhes queira dar e sao, em__9_8f_ãl...Q.Iíl1adas
erro ' , J , . f _ _

com engenhosfzx enfeites. Esta especie de estrutura e duravel; vi casas assim construidas
_ _ ~ _

p g m ' por nao ter Sl O posslve azar a cadela de


pedra e cal, ordenava-se "se fizesse de tai a de ilão com vi as de b d ,. , . .
que dizem ter duzentos anos maioriatem varias historias
_ _ _

anda e dentro a
» _ _ »

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20 21

" _ " “Z P l A
Também Koseritzs elogia o sistema, dizendo: ”edifi'cios enormes, construídos

mr %**~'-~¬--“ ff" W-
na sua maior parte de taipa, mas que ainda estão de pé. E será dificil demolí-los, pois,
com o tempo, a taipa empregada, que é de qualidade especial, se petrifica".

Em Minas Gerais encontra-se a tgijggde, p_i,lã0`,també,m...em igrejas, como “nas


matrizes mais antigas ou em residências, em certas regiões. Nestas, porém, o seu uso foi
ae 1628
tl
OÊI .i ,
c u E'
bem mais `r`è'šfrito, aparecendo mais no norte do Est_a_do, possivelmente por seu maior
intercâmbio com a'7BahiÉ‹i/:I›WzMrÍe§iâ°Õ"t:~e¡r`i°ci*a"Í do ouro aparece apenas nas igrejas, talvez
,

ID , '
ef kz ' pela dificuldade doiišeii uso em terreno acidentado, exigindo sempre a terraplanagem
ayt¶&t¶mwsssa@es¶wr
Q

s Q J
z -- e pela facilidade
previa -- do emprego de outros materiais, -- como a madeira - e a pedra.
<›¡
IO.
r ea fz, .

‹›r Saint-Hilaire9 nos dá noticia da taiç¿a\e¡rrifl\[lig_a›s em Vila do Fanado (Minas


Novas), afirmando ser o sistema também empregado na Europa, onde é conhecido
FI G, 6 Trqvew m ente no , n fe r ¡ O r
. . .
com o nome de "pisé". Spix e Martius encontram a mesma semelhança com o siste-
.

ma europeu ao observarem as construções de São Paulo.


dci taipa com peças unidas
A origem do sistema perde-se no tempo, a maioria dos autores aceitando que
* 15 75 tivesse vindo do Oriente e de lá, se difundindo por toda a Europa, onde é grandemente

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usado durante toda a idade Média.


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Ç-ic×;c~wr~1i-ir--l»'i» i\«~
FIG. 7 P 0 f fl e r e f° r u d 0 G S Ç s Ai.vEi\iARiA DE i=EDRAz 0 material e âârécnicââ

pelo bando de dentro


Asconstruções de pedra, no Brasil, datam do primeiro século, só precedidas,
-x-1717 talvez, pelas de taipa de pilão ou de sebe, e nada melhor para caracterizar estas edifica-
°i
ç ia > ,- ções que o Regimento dado a Tomé de Souza em 17 de dezembro de 1548, onde de-
terminava El-Rei "fizesse ele uma fortaleza de pedra e cal e, se não a pudesse construir
I 3 I/ 'S I I ' com esse material, que a fabricasse de pedra e barro, ou então de taipa, ou ainda de
madeira lr , e continua: 1: faca-se a fortaleza como melhor poder ser". Vê-se, assim que
U

i .z -

dl o ideal almejado era o uso de pedra e cal, empregando-se outros sistemas menos dura-
l
douros nos casos de ser verificada a impossibilidade da obtenção da pedra ou, na maio-
FIG. 8 Esto c ct dci S p e I o Ô m q 99 ria dos casos, da cal. De fato, muitas das primeiras construções erigidas no Brasil o
foram de pedra e cal como, por exemplo, a Torr.e que Duarte Coelho levantou logo ao
d G 5 P G r e d e 5 chegar a Olinda, por volta de 1535, como nos conta Gabriel Soares de Sousa.” Foram
ainda usados nos primeiros secu I
los as pedras importadas do reino, trazidas como lastro ›
dos navios, entre as quais se salienta o_ lioz português. Nos ornatos exterigrestais como
sobreportas, relevos e outros, a preferência pelo material recaiumserrnpre sobre a pedra,
naturalmente as mais fáceis de trabalhar, como os calcáriojsharenitos e, em Minas, as
pedras_A_talç9_sas, conhecidas com o nomepopular de pedra sabão ou pedra de panela.

22 23
Quanto às pedras do exterior, há várias referências sobre elas, entre as quais a POr 0UÍr0 lad0z se as Pedras de rein0 ferem emldregadas em m°nUmenÍ0s
de Vauthier: “apesar do emprego excessivo da pedra, não é o próprio pe rs que fornece mais importantes, como em obras públicas, não parece ser tão freqüente esta prática
toda 8 que é utilizada".12 Observa, porém, que “não é tanto à penúria do sojo que se .montada por Vauthier, quando consideramos o largo uso, em muito maior escala, da
deve atribuir essa falta e sim à indiferença dos habitantes pela exploração das riquezas llifdra naeibnai nas alVenarias e nas e0nsÍrUÇÕes Darriediares- A Dr0rUsa0 d0 material em
que 9 solo contém _ Acrescente-se e isso um resto do Vejho Costume ¡mpo5›¡0 pap, quase todo o território nacional evidentemente forçaria também seu imenso aproveita-
avidez portuguesa, que tendia forçar a colônia a reeeber da mãe pátria uma quende. mento. Em Sergipe, o calcário abundante foi intensamente usado tanto nas igrejas, em
de de artigos que poderia obter por sí mesma. Assim, em muitos pontos, bastaria per. nhras de relevo ou de cantaria, como nas casas nobres, como cercaduras de vãos, cima-
furar o solo, à profundidade de alguns pés, para encontrar a pedra, mas prefere-se en- iiiasz sdleirasz etc- - - Em Olinda. se9Und0 AVrÍ0n de Carvainezló d0is Deriddes Dddem
oomendar portadas - é assim que se Chamam os quadros em questão _ aos nevms por. -.cr determinados nas construções, um caracterizado pelo emprego do calcário na canta-
tugueses que as trazem _já talhadas. É no Rio de Janeiro que mais resolutamente se aban- ria. 0 0UTr0 r1ei0 emPre90 simiilranee de Calearid e' d0'a!'enir0- Alias, Peribdes assim
dona a velha rotina. Alí, as riquezas naturais do solo foram e são ainda exploradas. O ‹lC0n'EeCem Tambem em Odrras regiões C0m0 em OUr0 Prerdz dnde as brimeiras e0n5ÍrU'
próprio recinto da cidade contém pedreiras de gneiss porfiróides que estão longe de se ‹.IÕes S50 de Cangazabareaendd mais tarde 0 iiíaC0i0miÍ0 e deD0isz aindazas Pedras Íaie0sas~
eâgorârem e embora no grande aqueduto da Carioca, construído para abastecer e oide. Segundo Diogo de Vasconcelos, "a cantaria belíssima do Itacolomi só foi introduzida
de, a velha teimosia portuguesa tenha feito de pedra de Lisboa a canaleta onde correm na arquitetura da Cidade Para as Obras dd PalaCi0z enrre Os an0s de 1735 e 1738. sendo
as águas, numerosos edifícios modernos apresentam amostras de material do pais que DFBCÍSO 0 braÇ0 r0rÍe dd 90Vern0 Para 0 desedrrinid efieal das lalidas e aberturas des
seriam admiradas em qualquer lugar do mundo".i2 13 carreiros"."

. "obras de cantaria são de tal variedade e perfeição


Na Paraíba, os calcários nas
Aliás, em outras obras, principalmente antes do século XIX, empr-eqou.se e de acabamento dos ornatos e decorações que facilmente se é levado a crer serem aque-
pedra portuguesa no Rio, como por exemplo, na Fortaleza da Ilha das Cobras, onde les trabalhos executados não em pedra e sim no mais dócil e obediente cedro”.18
D. João, por resolução de 27-10-1739, resolveu "mandar rematar no mesmo Conselho i

seis mil varas de lagedo, metade singela e metade dobrado para a obra da Fortaleza da A mesma Canrarie trabalhada Vam0S enednrrar em dblase Í0d0 0 ndrdesre. sela
llrl ÚHS C0brS, e assim mais vinte portaes da Casa do Governador e Corpo da Guar- - de arenito ou de calcário. Em Pernambuco, usou-se a princípio o arenito dos arrecifes
da"14. Mas, não só no Rio de Janeiro era empregada pedra importada, apesar das gran- e praias e depois o granito e o gneiss; o primeiro mais nas alvenarias e os últimos nas
des disponibilidades deste material na cidade. Também na Bahia, é ainda Vauthier que ombreíras, arcos e outros elementos.
nos conta que os habitantes ”mostram, com orgulho que deveria surpreender-nos, mo-
numentos inteiros construídos com pedras do reino, -
como é designado ainda tradi- No Rio de Janeiro parece que a única pedra disponível era o granito, e Debret”
l cionalmente Portugal -
as quais já vieram de lá_talhadas e numerada/s,".15 E ainda em assinala que era mais usada nos cunhais das casas mais importantes, se bem que seu uso
l Pernambuco, acrescenta Vauthier "a igreja do Corpo Santo. .Í é edificada por este sis- rerl Se d¡fUndid0 bastante, brineipaimenre n0 se0i1i0 Xix. em lí>0rrads. Cimainas.
tema. Recentemente, ainda para a fachada de um teatro erigido nesta cidade, há alguns S0leÍI'aS. GÍC- Debrer aereseenra ainda dUe esta Pedra "se ii9a mal a0 Cimenrd de Cal
anos, o arquiteto esforçou-se em vão por empregar pedra nacional, tendo afinal de ce- geralmente usado _e exige .muros degrande espessura".19 Assinala, ainda, que o mais
der aos preconceitos locais e mandar vir do Porto a pedra necessária que, entre parên- bran00J2-mais-›renr0 de 'E0-des e 0 Íirade de Pedreira da Glória. e lá n0Ía sUa aDliCaÇa0
tesis, chegou bem maItalhada".i5 nas partes dos edifícios que devem ser esculpidas como nas balaustradas e demais
elementos usualmente decorados. Entretanto, continua, “esta bela côr branca amare-
leceao ar e acaba se tornando ocre suja, ao passo que os mais duros, os granitos azul-
Outros monumentos do litoral, como e Conee¡Çã0 e Sé da 3ah¡a, a Mamz da violáceos ou esverdeados tornam-se apenas mais escuros e podem ser polidos"_19
Boa Viagem, etc., empregaram também a pedra portuguesa. Já para o interior, sem o
tran,sport`eA_,fácil_,dos ,navios vazios, são usadas apenas as pedrasddavprópria reg¡ão_ Em Em outras regiões, como no Piauí, segundo Paulo Barreto”, as alvenarias são

Minas, por exemplo, não há informação segura do emprego de pedra portuguese em de lajes de rio e cabeça de jacaré (conglomerado natural de tabatinga e pedra miúda
qualquer monumento, a não ser uma referência de Diogo de Vasconcelos sobre e menor que o cascalho nr) O, de grande resistência e de vivo e belo colorido roxo-aver-
porrada do Palácio dos Governadores de Ouro Preto que, com estudos mais recentes, molhado). O arenito. pedra de rio como é chamado, ocorre em várias cores: branco.
não parece proceder. amarelo, verde, azul e vermelho. São pedras que se encontram soltas no terreno, em

24 25
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hlooos de diferentes tamanhos.

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-
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‹;i‹lo pelo nome de capistrana
preciso apenas apanhá-los e assentá-los, pois não ne-
ui.-ssitam de maiores reparos. Encontramos, em algumas
ilus paredes à mostra, sem revestimen t o. Em Cam p
i:‹›m cabeça de jacaré, tendo as ombreiras e as pilastras
_.

im, roladas, quartizitos e outras, passeios


.

2o
_
.
de lajes
as lajes formam um caminho continuo
Itú. Quando
.
como
cidades, casas com o material
o-Maior, vimos uma casa construída
dos cunhais feitas com lajes de

Nas ruas encontram-se ainda, como ca I çamen t o, a Ie'm das p edras


. .

no
os que
centro
Langsdorff
das ruas

~
Encontramos ainda pedras, cortadas toscamente em lajes de dimensoes
-

vuis, colocadas verticalmente, formando cercas de terreiros.


-
redondas, de

,
e
encontrou
este


razoa-
conhe-

-
.

Mum de pedra seca. Morro da Queimada, Ouro Preto/MG.


Em monolitos, prestaram-se também as pedras para compôr pilares
de susten-

iiiçâo dasconstruções elevadas do solo.

O uso das pedras nas construções é difundido desde os


primeiros séculos, va-
iiundo a técnica de sua aplicação de acordo com as argamassas em que são assentadas.
No Brasil, as principais técnicas adotadas sä'o:.

Pedra seca -
Estas alvenarias dispensam as argamassas, obtendo-se o
de outras menores. (figs. 9 e 10)
acama-
(fotos
mento das pedras maiores pela interpolação
(0,6O a 1,00m) em relação a sua altura.
Il e 4) Geralmente são de grande espessura
fšervem, de preferência, para muros divisórios de terrenos,
pouco aparecendo nas habi-
iuções. As pedras são aplicadas "in natura", sem qualquer aparelho.

Pedra e barro -
Nestas alvenarias assentam-se as pedras em argamassa de terra
trabalhadas no sentido de
ii as faces aparentes das referidas pedras são, com freqüência,
FOTO 4 (fig. 11) Aproveitem-se as pedras disponíveis no
oferecerem um melhor acabamento.
Cøizzzziú. Moeda/MG.
todas as regiões do Brasil, sobressaindo, desde logo, a
próprio local, de que são ricas
izzmga, o calcário, o arenito, o quartzito, o gneiss e até mesmo os moledos, cortados em
qrandes paralelepfpedos.

._ Ê,
A espessura das alvenarias de pedra varia de 0,50 a 1,00m. e, comumente,
le-
WW
nas paredes
iii="'**~Í-- vam emboço de barro e rebôco de cal e areia. Além de serem empregadas
Mil... estruturais, compõem também pilares e 8rCãd8S-
au;
alvenarias podem ser
Em certos casos, valendo-se de pedras mais miúdas. estas
»i
w

levantadas por meio de taipais, como sugerem as construções do


litoral paulista.
28 29

V
__ i Í
Pedra e Cal -
Este tipo de alvenaria não difere das de pedra e barro a não
se
pela substituição da argamassa de terra pela de cal e areia.
Se as primeiras são usada
quando ainda não se dispõe da cal necessária, tao logo se torne ela acessível,
têm pref
rêncía as argamassas que as aproveitam.

As pedras são ainda utilizadas em blocos aparelhados para os


elementos d
estrutura ou acabamento das construções. De lancis fazem-se as
obreiras, vergas
peitoris (fig. 12) (foto 5) e de cantaria, ou enxilharia, as escadas,
cunhais, embasa
mentos e cimalhas.

-
Adôbos Consistem estes elementos em paralelepipedos de barro
com dimen
sões em torno de 0,20 x 0,20 x 0,40m. diferindo dos tijolos apenas por não serem
cozi
dos no forno. São compactados manualmente em formas de
madeira e postos_a seca
na som b ra d uran t e ce rt o num
' e ro d e dias e d ep ois ao sol . Deve o barro conter cert
percentagem de argila e areia a que se juntam, por vezes, fibras
vegetais ou estrume d
boi para melhor consistência dos blocos. São os adôbos assentados
e emboçados co
barro lp odendo receber reboco de cal e areia. `

.` Vefgd
"
ESTR UTURAS A UTONOMAS l

i
As estruturas autônomas podem ser constituídas por peças de madeira
ou pila
" res de alvenaria. Os muros atendem apenas à vedação, sendo
as cargas distribuidas e
apoios intervalados que as transmitem ao solo. Neste caso, o peso
das vedações dev
`}p ser reduzido, tanto quanto possível, para o que se fazem
de pau-a-pique, de meio tijo
lo, de adôbos, estuque e, muito raramente, de taipa de pilão.
`
.

As estruturas autônomas mais difundidas são as de madeira, empregadas


e 'A
todo o Brasil, talvez com precedência sobre as de taipa de pilao,
e
~ em virtude da facilidad
economia de sua construção quando se dispõe das madeiras necessárias.
..* *_~_`_- ombreiro
Na fundaçao
de Salvador, por exemplo, a primeira resolução que se
A

tomou, foi fazer "uma cêrca


muito forte de pau a pique para os trabalhadores e soldados poderem
do gentio”.22 Com certeza, uma cerca só de paus, sem barro, à
estar seguro . ¬ -_ V
rpeitoril
feição dos indígenas;
em todo caso, tendo sido escolhida pela rapidez de sua ' `

fatura, sugere o seu emprego `~


em outras construções da época. `

Assim como pedra, a madeira


a oontrada em todo o Brasil, de várias qua-
. FIG.l2 J\ANELA
'lidades, próprias a todas as aplicações. só nas casas mais modestas, como nos
edificios mais importantes, foi a madeira, como estrutura, grandemente
empregada.
30
31
i

Já os indi'genas construiam suas malocas com paus-a-pique e Mawe”, encon-


iiii em Mendanha casas não indi'genas "geralmente em forma circular com tetos pontea-
(iiiilos de palha, semelhantes às cabanas dos africanos, embora muito mais largas. As
piiiedes são formadas de estacas fincadas perpendicularmente na terra, entrelaçadas de
iziuios de árvores e rebocadas de barro por dentro e por fora".

Pela facilidade apontada de sua construção, é compreensível que tivesse sido


i›-.iu sistema deestrutura de madeira com vedações de pau-a-pique o mais difundido no
liixisil, principalmente na construção civil. Quase todos os viajantes a ele se referem.
P010 5 |'‹›hl, citado por Taunay”, encontra na Vila do Fanado, casas "na maioria pequenas e
Jzzzzia. Mzzsustzme/Mc. liiiixas, em geral térreas, de pau a pique, caiadas de branco" e, na Vila Queluz, "diver-
mas casas de sobrado construídas de pau a pique". Em Arassuai, “quase todos os edifí-

i~i‹›s, que excedem a 250, são térreos e fabricados a pau a pique ou com adobos".25

As madeiras empregadas nas construções são das mais variadas espécies, de


iimrdo com as disponibilidades da região. As do Rio de Janeiro "vêm em grande parte
iliis províncias do sul do Brasil”, segundo Debret.26 São muito usadas a canela preta
(‹:onhecida em São Paulo como lombo de porco) ou marron, o óleo, o ipê, a grapia-
punha, o guarabu, o jacarandá (de preferência nos elementos visiveis, como portais,
lizilaustres, etc.), vinhático, a peroba branca e a rosa, a cabiúna, oguarapiúna, o angioo,
ii sucupira, o cedro, 0 jequitibá, 0 jatobá, o picuá, a braúna, a candeia e muitas outras,
ils quais se vem juntar depois o pinho de Riga importado, já que o nacional era proibi-
ilo por ser combustível (sic), como diz Debret.” Vauthierzs cita o coração de negro, a
-.iicupira, o pau ferro, a massaranduba e a sapucaia. Para as construções preferiam-se
. 1 1 1 z

sempre as madeiras de lei . reforçadas as suas vantagens com cuidados especiais, relati-
1
H
*

v‹›s a sua obtenção e emprego. Dentre esses convém ressaltar a norma de só se derruba-
ium as árvores em tempo sêco, em fases certas da lua (quarto minguante). Especifica-
vu-se ainda, que entre a derrubada e a utilização decorresse certo lapso de tempo,
ilestinado a proporcionar uma secagem melhor dos troncos.
Ô;

, . H A seção das peças estruturais é variável, fixando-se, porém, geralmente, em


iörno de um palmo, medida básica da época e que funciona quase como módulo das
` l. É. H
`WWwÊÍ
l construções. Mais recentemente, conforme esclarece Debret,29 "as serrarias mecânicas
M . (. *“ . . iornecem três espécies de madeira para construção: a viga de 1 pé e 6 polegadas e 3 pés
l ` ` de esquadramento; 3 perna, de 6 a 8 pglegadas de egquadramento e a tábua de 4 pole-
V
T qadas de espessura". Com a introduçao do maquinario importado, sao as medidas
1 l

. /Í iomadas em polegadas, situação que até hoje prevalece.


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As estruturas de madeira consistem na armaçao de quadros compostos de
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1 _-
.

usteios, de seção quadrada, fincados no chão em profundidade variável ou apoiados em


FOTO 6 alicerces-de alvenaria. Quando enterrados os seus pés, costumam ser de seção cilíndri-
Arcadas.Mzzzzúz›,oizmz,...a/MG. ca, "in natura" às vezes, levemente queimados para, com o carvão superficial, imper-

32 33
meabilizarem o cerne contra a umidade do solo. Esta parte cilíndrica e inferior
dos es-
_teios tem o nome de nabo. Ao nivel do piso, recebem esses esteios, em meia
madeira
ou em rebaixos (fêmeas), os baldrames que vão suportar as vedações e os barrotes
do
soalho. Na sua parte superior os frechaís são simplesmente apoiados ou com
os mesmos
encaixes citados, sobre os quais descansam os forros e as coberturas. (fig.
13)

Os quadros que compõem a periferia da construção amarram-se entre


si, anu-
\\\\
Ã. \
lando os empuxos do telhado, por intermédio dos frechais das paredes divisórias
que Í-,2;.
/

,
~
lhes sao normais. Os frechais, em todos os seus pontos de encontro, abraçam-se,
ressal-
tando para fora, para melhor se amarrarem. Todas estas peças sao de seçao quadrada, s ,_ szzjz.
de quina viva nos cunhais e de madeira de lei, com secão em torno
de um palmo de
largo, como demonstram os varios autos de arremataçao que se conservaram. /. 1;" f' `
L., .Q

Quando a altura é considerável, recebem os esteios peças horizontais, coloca-


das entre o frechal e o baldrame, destinadas a aliviarem as cargas deste último.
Estas
vigas horizontais recebem 0 nome de madres, denominação que também
se aplica
inespecificamente aos baldrames e frechais. Sob os baldrames, fazem-se os
socos,
embasamentos de alvenaria que são como falsos alicerces, funcionando apenas
para " \.g\ ~-.` /”

\
fechamento do vão embora possam, em certos casos, reforçar os baldrames \`
de ma-
deira mais sobreearregados. Nestes casos, porém, é mais freqüente a introdução
de :Z .
pequenas peças de madeira, conhecidas em Minas Gerais como o nome de burros, '

colo
cadas entre os baldrames e 0 solo, a guisa de pequenas escoras. Além destas
peças ver-
ticais e horizontais, podem ocorrer nos quadros peças diagonais, conhecidas
pelo
nome de cruz de Santo André ou aspas francesas (fig. 14). Compõem o chamado
l
l.. frontal tecido, servindo não so' para melhor estabilizar os panos das vedaçoes
"' de maior
área como para transmitir as cargas destas diretamente aos esteios, aliviando
o baldra-
me que se responsabiliza, assim, apenas por 1/4 do pêso total da parede, compreendi-
^
i

do pela triangulo inferior proporcionado pelas aspas citadas.

...
Quando sao usados pilares de alvenaria, estas estruturas nao
~
diferem muito
l

iii \ ' ^

das de madeira a não ser pelasubstituição dos esteios pelos citados pilares
\ de alvenaria
e, as vezes, das madres por arcadas. i
l

í
Curiosa é a tendência verificada no século XIX para se estabeleceram nas
construções falsas pilastras nos cunhais; ou compondo as fachadas inspiradas nas
or- Encaixe dos frechals baldrames,
e nO GSÍG
dens clássicas. Chega a tal extremo esta iniciativa que se pregam em construções
de
madeira, sobre esteios, tijolos formando a saliência necessária ao desejável fingimento FlG.i3
das pilastras. Recobertas de massa, imitam ainda a cantaria pelos riscos
regulares que
nelas se inserem.

34
E NOUAD RAM ENTOS

O afloramento das estruturas na parte externa das construções é intencional-


mente procurado, o que possibilita o seu aproveitamento plástico. Com
esta solução
‹›l›r.êm-se fachadas enquadradase subdivididas em paineis
que vão contribuir para a
Imleza de suas composições. Este enquadramento é proporcionado
pelas pilastras ou
‹›:.teios e pelas madres. (fig. 15) Valem-se também dos recuos
que a menor espessura das
paredes sobrepostas a outras vai proporcionar edos cordões e ensoleiramentos
que, saca-
‹l‹›s, dividem os andares. Quando a construção é de pedra, estes cordões são de cantaria.

Nos panos compreendidos pelos quadros estruturais inserem-se vãos


cujas
dimensões, muitas vezes obedecendo a traçados reguladores, são
proporcionais aos
referidos panos.

~~~_.z._..-+A-\i..í`Vv.-._:--_---.

l
._..-_-._; Possibilitam, assim, as fachadas, composições moduladas, organizadas pelos
/
____._-¡____.__...._;.__.
-_. ._ _ ___.._._.:.._A_ .

I
\\ ,¿;/,,z i
citados enquadramentos, estabelecidos pelos baldrames, embasamento,
cunhaís apila-
1
tudos, cordões, arquitraves, cornijas e beirais, determinando subdivisões
`\\` em retângulos
l

~~
\`*~
///z/¿'“/,/~ ~'Í/ly `l
i (1
proporcionais embelezados pelos quadros dos vãos. '

\`\\`Ê-:Â
\\\ `
z ~ "/

./z»
,
z;/ \ ~ARCOS

/ //
Aparecem os arcos nas vergas e nas arcadas de vestibulos, átrios, corredores,
×\
\ _›\ cláustros, etc. . (foto 7) São maciços, de alvenaria ou de cantaria. Os mais
ji ,ííz
_
antigos são
// \.
-\×.:.

,
U ¿
:{>>ƒ ‹Ie volta redonda ou arco pleno, aparecendo na segunda
metade do século XVIII os
..;:":'
^
i l
`
.
*QL
z z ._
i

. .- ~ ., arcos abatidos de três centros ou, em certos casos, de dois centros com
.
' ' 'IZf_._;I.. .\': ¬ .

,.ÍL¬{
il ___._;_ __'j'_
z._.
_ .
_ z, ›‹›
.V
_ §¡ segmentos retos
. .
\` _ I ,. ` h _) M: -.rf _
1
~
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.

E. 4
` -¬
«lu permeio. Estes últimos, as vezes, são falsos arcos, . ..
ja que os vaos se vencem com
.M-)'__¡
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* ~ vigas recobertas de tabuas. Nos canto s, este revestimento


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l lg a-se aos a p oios v ertlc a is
um curva, escondendo, frequentemente, maos francesas. Ocorrem
geralmente nas va-
mndas, como no Forum de Tiradentes, (fig. 16), no Mercado de Diamentina
*. Cruz de S¡,o_ And rè øu Aspas Fra ncesas na Casa de João Pinheiro, em Caeté. A forma semi-circular
(foto 6) e
é preferida para os arcos
que suportam maior pêso (arcadas, arcos cruzeiros, etc.). Os secundários
(vergas, retá-
F I G 1 4 I›ulos, etc.) fazem-se de formas variadas: abatidos, de vários centros, etc..
Devem ser
.|notados, ainda, os arcos inclinados que aparecem, por exemplo, no aroo-cruzeiro
da
Igreja do Rosário de Ouro Preto, correspondendo ao trecho de planta em
curva.

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38
NOTAS Ao cAP|'TuLo 1
também temas de diversas cartas que, juntamente com artigos publicados na Revista "O
Progresso", de Recife, e de seus relatórios como engenheiro-chefe de obras públicas da Pro-
- Sobre o reforço de alicerces em cadeias ver THEDIM BARRETO, PAULO ~ “Casas de Cã- víncia de Pernambuco, constituem preciosa documentação. Às suas anotações de caráter
mais abrangente, juntam-se excelentes descrições sobre arquitetura que são detalhadamente
mara e Cadeia" in Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n? 11, Rio de Ja-
neiro, 1947. (Cap. VIII, pg. 89) Também para o caso dos chafarizes e pontes são adotadas ilustradas, constituindo-se excepcionais registros técnicos. Além de projetar inúmeras
especificações detalhadas. visando proteção contra infiltração das águas, estabilidade garanti- casas particulares,_foi o arquitetoi e construtor do Teatro Santa Isabel em Recife. Retornando
da e acabamento cuidado -Sobre estas especificações ver FEU DE CARVALHO, "Pontes e
_ .
a França, ainda manteve correspondencia com brasileiros, enfatizando a importancia .
lhoria das condições urbanas e sanitárias de Recife. Suas observações sobre Pernambuco
da me-
Chafarizes de Vila Rica de Ouro Preto”, Edições Históricas, Belo Horizonte, sem data.
caracterizam-se, principalmente, por sua franqueza e argúcia.
- THEDIM BARRETO, PAULO - ob. cit. - Pgs. 89 e 90.
- MAWE, JOHN in “Viagens ao Interior do Brasil” -
Editora da Universidade de São Paulo -
- JOAQUIM FELLCIO DOS SANTOS in “Memórias do Distrito Diamantino da Comarca de Livraria Itatiaia Ed. Ltda. -Belo Horizonte, 1978 -
Cap. V, pgs. 63, 64. John Mawe, comer-
Serro Frio" (Provincia de.Minas Gerais) (Ed. da Universidade de São Paulo -
Livraria Ita- ciante inglês especialista em pedras preciosas e minerais, esteve na América do Sul a partir de
- -
tiaia Ed. Ltda. 4? ed. pg. 42) descreve: “No dia seguinte fizeram uma prova para conhe- agosto de 1804, iniciando sua viagem pela região do Rio da Prata. Chegando, finalmente, ao
cerem se 0 terreno era aurlfero. Apanharam do leito do córrego um saibro grosso, claro, de Brasil, obteve autorização oficial para visitar as jazidas de diamantes de Minas Gerais e outras
envolta com pedras miúdas: é o que se chama “piruruca" em linguagem de mineração, e foi regiões do interior entre 1809-1810, quando registrou suas observações não só sobre os mi-
O que deu nome ao Corrego'
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Os mmelros
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' que o 'interessavam como sobre os mais ' diversos brasi'| ei'_
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semelhança, da palavra "canjica", para designarem o mesmo corpo mineral. Lavaram-no ros da época. Retornando a Inglaterra, estabeleceu-se em Londres publicando varios livros
e
encontraram ouro em abundância". sobre mineralogia e geologia bem como sua principal obra - ii Travels
in the Interior of
,
Brazil", publicado em 1812 e considerado documentação das mais importantes sobre o
-- SOUSA, GABRIEL SOARES DE in "NotIcia do BrasiI" -
-19 tomo Livraria Editora Mar- Brasil no inicio do século XIX. A descriçao ...

tins, São Paulo - s/data- pg. 247 (Cap. Ill :


Em que se declara como se edificou a Cidade
do Salvador) = "E como todos foram. agasalhados, ordenou de cercar esta cidade de muros
sua passagem por São Paulo.
da construção em taipa foi observada quando de

de taipa grossa, o que fez com muita brevidade, com dois baluartes ao Ion o do mar e uatro 8 _ KARL VON IÊOSERITZ' segundo Barão de Koseritz' Veio para O Brasil
força estrangeira contratada para lutar contra Rosas, dela desertando em como
9 Q membro da
da banda da terra, em cada um deles assentou muito formosa artilharia que para isso levava, 1815, quando se
com o que a cidade ficou muito bem fortificada para se segurar do gentio". fixou em Pelotas e se dedicou ao ensino e ao jornalismo. A partir de 1864 morou em
Gabriel Soares de Sousa, português do Ribatejo, veio em 1569 para o Brasil, aqui passando Porto Alegre, onde fundou o “Diário Alemão de Koseritz”. Entre suas obras de documenta-
17 anos como senhor de engenho e fazendeiro na Bahia. Após algum tempo em Portugal, ção sobre o Brasil destacam-se "Bosquejos Etnológicos" e “Imagens do Brasi|" (Bilder aus
retornou ao Brasil com autorização real para explorar riquezas minerais na Bahia, onde mor- Brasilien) -Faleceu em Porto Alegre, em 1890.
reu em 1592. Durante o periodo em que viveu no Brasil fez inúmeras observações sobre geo-
grafia, costumes indígenas, botânica, zoologia e o desenvolvimento da Bahia, tornando-se 9 _ ST' H|LA|RE"AUGUSTE _ “viagem pelas Pnfwíncias d° Rio de Janeiro e,,M¡naS Gerais” _
um dos mais importantes cronistas do Brasil no século XVI com seu “Tratado descritivo do Cap. XXII, pg. 222: "Nem todas as casas da Vila do Fanado, entretanto, sao construidas de
`
Brasil em 1587”, posteriormente reeditado com o titulo de “Noticia do Brasil”. adobes; algumas são construidas de taipa. Como na Europa, utilizam-se, para esse genero de
coristrução, tábuas coloçadas paralelamente, e entre as quais se deixa a distância que se quer
- GEORG HEINRICH VON LANGSDORFF, Barão de Langsdorff. Naturalista alemão, esteve dar à espessura da parede. Enche-se o intervalo de barro, e continua-se o trabalho, suspen-
no Brasil diversas vezes nas primeiras décadas do século XIX, fazendo estudos botânicos e dendo as tábuas à medida que aumenta a altura da parede".
entomológicos que registrou em livros de viagens. Em 1803-1804 participou de uma expe- Auguste de St. Hilaire, francês, membro das principais sociedades cientificas da Europa, per-
.
correu o Brasil durante o periodo 1816-1822. Além de seu interesse especial pela botanica
dição russa que aportou em Santa Catarina, quando publicou suas “Observações de uma e
viagem à volta do mundo, nos anos 1803-1807” em edição original alemã, em 1812. Retor- pela zoologia, observou a geografia e os costumes brasileiros da época deixando diversas
nando ao Brasil em 1813, como Cônsul-Geral da Rússia, aqui permaneceu até 1820 partici- obras sobre suas viagens, com comentários do maior interesse e abrangência, inclusive a que
pando, com Saint-Hilaire, de uma viagem à Minas Gerais. Regressou ao Brasil em 1825 como é aqui citada, publicada na França, em 1830, sob o titulo original de “Voyage dans les pro-
-
chefe de uma missão cientifica composta pelo botânico Riedel, o zoólogo , vinces de Rio de Janeiro et Minas Geraes".
Hasse, o astrono-
mo Rubzoff e o artista Rugendas e que deveria seguir para Cuiabá e explorar os Rios Negro 10 SP¡X MARTHJS
e Amazonas. Langsdorff, porém, ficou louco no decorrer da viagem, sendo
levado para a
Europa onde faleceu em Freiburg, em 1852. Suas anotações de viagem constituem impor- Johann Baptist von SPI_X, zoólogo alemão, permaneceu três anos no Brasil como agregado à
tante documentação para o estudo do Brasil no século XIX. missão científica austríaca de 1817, responsável pelos mais importantes estudos realizados
no pais. Spix escreveu o livro “Viagem pelo Brasil” e do seu inventário constam mais de três
_ VAUTHIE R, L. L. -
Engenheiro e arquiteto francês, permaneceu no Brasil entre 1840-46, mil espécies de animais.
Carl Friedrich Philip von MARTIUS, botânico aemão, também agregado à missão austríaca
escrevendo um diário rico de informações sobre a vida e os costumes brasileiros da época,
.
de 1817 fez, durante quase tres anos, viagens pelo Brasil, coletando e classificando cerca de

40
41
6.500 espécies de plantas, além de reunir vasto material filológico e etnográco. Sobreviven- sobre as cap¡5t,.a,¬as escreve |:RANC|3CQ ANTQN|Q |_0pE$ em "05 Pa|á¡;¡0§ de Vila Rica”
do à Spix, Martius escreveu diversas obras de extrema importância sobre o Brasil, entre as (Cum preto no C¡c|0 do Qu,-0) _ ¡mp,»en5a 0f¡¢¡a|, Be-10 Hgfizome, 1955, pg, 202;
quais 3 m°'“-'mama' “F|°"a B"a5¡|¡°"5¡5”- "As antigas calçadas, em que eram utilizados, de comum, seixos rolados de córregos, não
apresentavam comodidade aos pedrestres. Em vista disso, o Presidente da Província Capis-
- ob. cit.
-

~ SOUSA, GABRIEL SOARES DE trano Bandeira de Melo, por volta de 1878, manda assentar passeios de lajões no meio das
ruas.
- VAUTHIE R, L. - “Casas de Residência no Brasil", (com introdução de Gilberto Freyre)
L. Em Ouro Preto, inda existem passeios centrais que tomaram o nome de capistranas, do seu
in Revista do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, n9 7, Ministério de
e inventor."
Educação Saúde, Rio de Janeiro, 1943 -
,

e 156. Pg.
1.' SOUSA, GABRIEL SOARES DE -ob. cit., pg. 247.
- Ainda sobre 0 uso de pedra portuguesa em construções brasileiras ver o Cod. 70, fls. 42,
1739, do Arquivo Público Mineiro, segundo Sylvio de Vasconcellos: “Representadome que .' l MAWE, JOHN - ob. cit., pg. 154.
como detriminava que Assim se fizesse diviáo hir os dittos canos de pedra desta Corte".
' .'‹1 POH L, citado por TAUNAY in "Anais do Museu Paulista", Tomo XII, fls. 343.
-
-

Cod. 70, maço 64, do Arquivo Público Mineiro, pesquisado por Sylvio de Vasconcellos. Johann Emanuel POHL, médico e botânico nascido na Bohemia, participou da expedição
científica austríaca de 1817. Pohl permaneceu no Brasil de 1817 e 1821, fazendo diversas
- - ob. cit., pag. 156 157.
VAUTHIE R, L. L. e viagens nas quais estudou e coletou material mineralógico e cerca de 4.000 espécies de plan-
tas que descreveu em livro. Fez diversas observações sobre a vida, os costumes e as caracte-
- CARVALHO, AYRTON DE - "Algumas Notas sobre o Uso da Pedra na Arquitetura Reli- rísticas das cidades e vilas brasileiras publicadas sob o título de “Viagem ao Interior do
giosa do Nordeste", in Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional", BrasiI" (Tradução de Milton Amado e Eugênio Amado), Editora da Universidade de São
n9 6, Ministérió da Educação e Saúde, Rio de Janeiro, 1942, pgz 277. Paulo e Livraria Editora ltatiaia, Belo Horizonte, 1976.

~ VASCONCELLOS, DIOGO DE -
"A Arte em Ouro Preto” ("As Obras de Arte”, memó- .'l› - "Memórias da Província de Minas Gerais", in "Revista do Arquivo Público Mineiro", 1900,
ria publicada no livro comemorativo do bicentenário de Ouro Preto) -
Edições da Acade- fls. 596.
mia Mineira de Letras, 1934 -pg. 65.

- CARVALHO, AYRTON DE - ob. cit., 286 287. JG - DEBRET, J. - ob. cit., Tomo l, pg. 333.
B.
pgs. e

JI - DEBRET, J. B. - ob. cit., Tomo I, pg. 237.


- DEBRET, JEAN BAPTISTE - “Viagem Pitoresca Histórica ao BrasiI" - Tomo - vols.
e
ll - Tradução Notas de Sergio Milliet - Editora da Universidade de São Paulo - Livra-
I I

e e yg _ V/.\UTH1ER, L, -ob, cit,


ria Itatiaia Editora Ltda. - Belo Horizonte, 1978- pg. 364.
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JEAN BAPTISTE DEBRET, artista francês com brilhante carreira em Paris, veio ao Brasil pg _ QEBRET, J, B_ ._ 0b_‹;¡r_, Tomo l, pg, 237,
como membro da Missão Artística Francesa, trazida por D. João Vl em 1816. Foi profes-
sor da Academia de Belas Artes fundada pela Missão no Rio de Janeiro e fez inúmeras pin-
turas de caráter histórico e documental bem como retratos da Família Real. Permanecendo
no Brasil durante 15 anos, registrou em excepcionais desenhos os costumes, a flora, a fauna
e mesmo os indígenas, produzindo uma documentação da maior importância que veio a
completar, mais tarde, quando publicou na França, o livro "Voyage Pittoresque et Histori-
que au Brésil”, em 3 volumes (1834-39).

- T. BARFIETO,PAULO -
"0 Piauí e a sua Arquitetura", in Revista do Serviço do Patrimô-
nio Histórico e Artístico Nacional, nl? 2, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro,
1938.

- CAPISTRANA - "Nome que em Minas é dado às pedras que, enfileiradas, comumente for-
mam faixas ao Iongo dos eixos das ruas calçadas com lajes menores ou seixos rolados. A
expressão deriva do nome do presidente da Provincia de Minas, Capistrano Bandeira de
Mello que, 1878, mandou ascentar passeios de lajão no meio das ruas", in "Dicionário da
-
1

Arquitetura Brasileira”, Corona e Lemos, Edart São Paulo Livraria Editora Ltda., 1? edi-
ção, São Paulo, 1972 -
pg. 107.

43
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' CAPITULO 2

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No geral, consideram-se como elementos de vedação os que, não tendo fun-
i das estruturais, são usados apenas para fechamento, dos vãos. Há vários tipos de veda-
. alo, algumas desempenhando parcialmente funções estruturais, outras funcionando
-' li ' pmo fechamento e proteção.
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Tipo de vedação que consiste em paus colocados perpendicularmente entre os
bildrames e os frechais, neles fixados por meio de furos ou pregos. Estes paus são
¡ . “,¿ freqüentemente roliços, com sua casca inclusive, em seção compatível com a espessura
' pretendida para as paredes que vão compor, em geral de 0,15 a 0,20m, condicionando
'
' ou paus a um diâmetro de 0,10 a 0,15m. (fig. 17) Normalmente a estes, são colocados
` Outros, mais finos, ripas ou varas, (fig. 18) (foto 11) tanto de um lado como de outro:
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amarrados com “seda em rama, o linho, o cânhamo, canabis sativa, o tucum, o cravete,
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jjjw 0 guaxima, o imbé, o buriti” e out diversos gêneros próprios para cordas, conheci-
dos no Brasil pelo nome) genérico de,embiras;) como quer o Bispo de Pernambuco em
nua "Memória sobre as Minas de Ouro".3° São também usados couro ou pregos, ,for-
~ mando uma trama ou armadura capaz de recebera su5te_r.0 barro, que, posterio _mente,
val encher os _v_a_zigs_d_a_§¿_mação. Estas varas horizontais podem
Intelras ou de canela de ema. No norte utilizam-se os troncos de carnaúläa, não só para
os paus-a-pique`co"m'o para o.ri.pamemo__l1Q_zo_gtal.
Podem ser colocadas duas a duas,
- do um lado e outro, no mesmo nivel ou alternadamente, (fig. 19) de modo
a correspon-
der cada uma a um intervalo de duas do lado oposto. O espaçamento dos paus-a-pique

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varia em torno de um palmo, sendo o das varas um pouco menor.
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Feita a trama, _égo barro jogado e apertado sobre ela, trabalho que se faz ape-
‹ nas com as mãos, sem aufílio de qualquer ferramenta, o que tornou este sistema
_ conhecido pelo nome de pescoção, tapona ou sopapo.

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_Disposição das varas: |=|(;_20

Paralelas e intercaladas
FIG.`I9

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Empregam-se as paredes de pau-a-pique, tanto externa como internamente,
preferindo-se, porém, o seu uso no interior das edificações ou nos pavimentos elevados.
É, por excelência, o sistema indicado para as vedações por sua leveza, pouca espessura,
Iconomia e rapidez de construção, sendo também chamado de taipa de mão ou taipa
de sebe. (figs. 20 e 21) 7

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i .,,,° - TIJOLOS ou ADÔBOS
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va ra baldrames,__quando mais comum se' torna o emprego das aspas francesas, compondo,

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iilsim, os frontais tecidos. Sobre os esteios, na sua face voltada para a espessura das pa-
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redes, pregam-se varas, onde se encaixam os tiiolos ou adobos com rasgos pré-estabele-
t* a vedação
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cldos, proporcionando, desta forma, melhor solidariedade entre ~
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_\¿edação similar à se distingue pela sua menor espessura,
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l podendo trama compor-se apenas ,de varas, dispensando os paus-a-pique. A tessitura


a
pode, tambem, ser feita de esteira de taquara ou de espécies fibrosas sobre ripas.

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, l i _ ~ edra .
, ' ' | " ' ° d b São vedações de tábuas, de grande simplicidade, usadas principalmente para
J) " ° e › divisões de cômodos internos. (fig. 24)

00
/ Z - ESTRUTURAS MISTAS

|:|Q_ 2 '| A r ma ÇÕO de p O U CI P Í q U 3 Safovconsideradas comotgesvtruturasmistas aquelas em que as cargas se transmi-


tem aos pilares de alvenaria de pedra "eftambëm em menor escala, às vedações, dispen-
à_____-._-z-A-~ 7 ___ -.z-
sanCl o as vigas
' h orizontais.VPodem
' ainda estes pilares constituir apenas a infraestrutura

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FIG. 23 Estuque

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FIG.25 Arcabouço taipa de sebe sobre

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FIG.27 Arca bouço de faipa de sebe sobre


paredes de alvenaria de pedra
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` dasconstruções elevadas do solo sobre o qual se levantam edifícios de eutruturl mcl-


Qu ou independente. A ocorrência conjunta da estrutura independente 9 dl mlclça
› configura-se de várias formas: . ,
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deçtaipa de pilão sob_rejpi_la_resfdeW_alvenaria de pedraljssentada


aJf.Çab_Ç›uÇ0 a
parede sobre baldrames de madeira ou arcaglas de a_|\LenaL¡.a. (figs. 25 e 26)

jam de
~ paredes mestres de._alvmmB¿_ w ,
tijolos de meiaveg,,de_1ai.pa...de.sebe,de-«adôhosou,estuq-ue.
Se-

d - parjedesmestrasde taipa_eçdiyisÓLias11eJ;aipa-£i6.zââ¡2<?Qu adôbos.

ifrata-se, evidentemente, de uma combinação entre dois tipos de sistemas


construtivos com possibilidade de inúmeras variações.
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;i' vi-›... Para a construção dosjfurgs são adotadas as mesmas técnicas empregadas nas
'í -___ ,,. _ paredes, saíam de_ta_ipa, pedra seca, pedra e barro, pedra e cal, adôbo ou pau-a-pique. Q
l “Í" . lx/ _ |lemento,j_pQ§é['g,qu;-gpsggmpleta é a_cobe__rtura de proteção, quepgde ser"'de'_Íeflíl1asf
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T lfigs. 28 e 29), assentadas diretamente no maciço, em uma ou duas águas, ou sobre
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rmação de madeira,_formando beirais de caibros corridos (fig. 30) ou de cachorra-
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la, com seus perfis emoIdurados._Capfgmáëítambém, por tijolos ou lajes de pedra.


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l, ç 0 m pl e me h fu Cl ÍOÍO 27) (fig. 31) Contudo, os sistemas de coberturas que interessam aos mu`rÓs*são°"ós mesmos
.IÍW r. das construções, a serem posteriormente estudados. Convém salientar, desde logo, que
os balanços da cobertura são sempre proporcionais à proteção que devem oferecer aos
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muros, cujas alturas determinam a dimensão do balanço das proteções com que se
ooroam.

Na parte inferior dos muros divisórios de terrenos aparecem elementos desti-


nados a isolá-los da ação das águas, constitu|'dos por lajes ou tábuas de revestimento.

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- sAnJETAs ~ fçi/*~>/“ms

Constituem as sarjetas espécies de passeios de proteção, de pedras redondas,


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poliedricas ou em lajes que ocorrem nas faixas de terreno Imediatamente ligadas ao
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FIG.29
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Cobertura de muro com uma
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telhas assentadas d|retamente no maciço

FIG.28
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F|G.3'I Cobertura de muro com Iaie de


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nascimento das aredes. .Têm largura variável e combatem não sg'› a umida_de__d0 .

como resistem à força das águas despejtadas da cobertura, evitando as ofensas qu


dariam causar ao terreno e, conseqüentemente, aos alicerces das paredes.

- ACABAMENTO DAS VEDAÇÕES

As vedações recebem acabamentos diversos, não só pelos revestimento

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`› paredes como pelos corcamentos e tratamento dos cunhais.
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As paredes são, no geral, revestidas por argamassa compondo o embo z


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barro com estrutura de curral, para sua maior consistência e para proporcionar zzl ¡"'
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~ entre o maciço de barro e o revestimento de cal e areia. No auto de arre
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ção da cadeia de Sabará, em 1741, querem-se as paredesnrebocadas d_e,bosta,__(
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processo: “Hacem diferentes revoques en las paredes: el primero es de tierra, are


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, Í estiercol caballar secco molido que se mezcla con aguayarçilloza' este revoque n
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raja jamas y mucho menos aun, el segundo que se hace«..de puro estiercol vao
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,I fresco sin una mezcla de oífzé material. EI tercero se mezcla con arena caliza de 4
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conchas quemadas, y con de ladrillo

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cos q ueimados até o a p arecimento da cal comum . Quando esta falta ,_é substi tudas \..
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lllllliii il ,it tebatinga.33 l

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`. revestimento e' feito de madeira e proporcionado por tábuas form
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N, z: w barras na parte inferior.d,as_pared,e§,_çl_ivididas em paineis,_ou revestindo-as por int
(foto 10) Este tabuado aparece ainda nas empenas de menor peso para não sobre ¬i

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gar os frechais. Com tábuas revestem-se também as faces externas das paredes,
a baixo, quando sujeitas à ação de chuvas mais intensas. Mais tarde, seria esta prot
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proporcionada tambémapor folhas metálicas. Este revestimento de tábuas, de con ›f“)
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ras ou mesmo de traves, aplica-se nas cadeias, reforçando as suas paredes para evit
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perfuraçoes destinadas à fuga dos detentos. Na arrematação da cadeia de Vila

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em 1723, as enxovias dos brancos e dos pretos deviam ser forradas de tabuad
alto a baixo pela parte de dentro e por fora, gasora e barriadas", como fez Ant
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Luiz de Araújo, 1746.34

E_n1_pi;‹-zgiam¬se,..a.incta,.co.n:torevestimento, azulejosli__sos, ‹:LaJ.ima_só_oo ~

_ridos,‹ em_d_egor¿aç_Ões ou cenas como na igreja de Nossa Senhora do Carmo, em 03

Preto. (foto 9) `
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FIG.36 Frontao Triangulqr
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FIG.33 Revestimento de parede com telhas em bica à; 4."

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FIG.37 Frontão com volutas rampantes
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F|G.34 Reveshmento de parede com telhas em capa
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FIG.35 Revestimento de parede com telhas em capa
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FIG.38 Frontão capríchoso


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F|G.40 Cunhal com relevo em estuque
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Finalmente näoçpodem ser esquecidas as telhas, que protegem as paredes do


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castigodas aguas revestindõ, de preferencia, as em_p_e_n,as,__lantern¿ns, mansardas e outros


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elemegrltgs. (figs. 32, 33 e 34) Pggl_em_¿er colocadas só em~bicas, (fig. 35), fi_×adas em
massas__rj_ç_a§_gu_ por meig__dg_pre_g9s.

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As paredes de pau-a-pique podem ser também revestidas na sua parte inferior,
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por lajes junto ao solo, pelo lado de fora, para melhor protecao contra as águas. Neste
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caso, as lajes geralmente compõem barras.
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FOTO 9
\ Painel de azulejos. Igreja de Nossa Senhora dc Carmo. Ouro
Preto/ MG.

- COROAMENTOS E CUNHAIS

lâsparedes, têm, no geral, seus limites superiores definidcsápela cobertura, em


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u....4¡W.\.\.;.l<»^lili\iw¬l.\l› M suas beiradas' sacadas, das quais se falará posteriormente. Existem, porém, pare és
cujos coroamentos se fazem livres, com erjnpenas rnhcnujmentais, compreendendo fron-
tões ,ou__pI¿tibanda's. As empenas compõem-se em variada_s__f_ormas': triangulares, (fig, 36)
de curvas @Lr)pante§_e_ça_pri¿h_q§_a§, (fig. 37) ou interrompidasójfig. 38), de acordo com
o estilo e....o . gosto do arquiteto.- Arrematam-se- com molduras,
_--......_.. ,._`..__....z-›-cimalhas e_,,r1,§ mais po-
_ ....... .,.z‹- _. ` _

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bres, com telhas/c:_lo“l_ocadas transversalmente à direção das águas do telhado._As_ plati-
bandas podem ser cheias, lisas, com ornamen__t_aça'o_em__relêvo,figuras geométricas, cor-
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dões, almofadas e decorações florais, ou se apresentarem vasadas formando varanda-s


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de balaustres de pedra, cerâmicas ou de alvenaria ejmassa. Estas balaustradas dividem-
‹› ..l,_

59 em PHÍNGÍS 59Dara_d0.S pOr pilares, muitas .v.ezesacompan.hando o prumo das pílastras


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e encimadas por figuras, vasos e outros elementos decorativos. (fig. 39) - A

.. ..._ ...__~__à____,_____, ,,,__,_,__,.. -M ~-M ›~~"'


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Os cunllgis variam conforme o sistema construtivo adotado.~...._,___`_____,_,,...-›--
"v~._ø________..l› "'
Quando a estru-
tura é de madeira, os esteios aflorados iö‹öñ'š`IU€m_"os cunhais. As vezes revestem-se
com tábuas lisas ou de rebaixo, com molduras dando-lhes maior ressalto em referencia
ao plano das paredes. (fig. 40) Quando de pedra, podem ser de alvenaria e massa ou de
cantaria,
_ < sempre, porém, ressaltados da parede, à¬:;_\)(`¶` “de pilastras.
feição‹_`...... ,_›__,¬ ,

Há casos de estrutura de madeira com fingimento de pilastras, o que se consegue


fazendo estuque sobre os esteios ou, apenas, revestindo~os de massa. Quando os
cunhais são de alvenaria e massa, recebem, no século XIX, decoração em relêvo, estu-
cada ou em pintura. O estuque aproveita o cordão e os motivos florais; os entalhes
servem-se destes e dos conchoides. Convém destacar as duas significações distintas do
estuque: a primeira das quais refere-se a panos de vedação de pouca espessura e a se-A
E'"P°'¬ 4° “b“ad°- R°5'd°“°'a ef" °“'° P'°'°/MG gunda, a“relevos de massa sobre as paredes, com caráter decorativo. ' ~~

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69
ii NoTAs Ao cAP|'TuLo 2

- José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho, Bispo de Pernambuco, autor da “Memória


sobre as Minas de Ouro" (1804), in Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,
Tomo LXI, 1898, fls. 26.
;\r‹*s^.».

»w*°"
~

- Segundo TH EDIM BARRETO, Paulo -


"Casas de Câmara e Cadeia" in Revista do Patri-
mônio Histórico e Artístico Nacional, n9 11, Ministério da Educação e Saúde, Rio de
z

Janeiro, 1947 -
pg. 103.

ml
FOTo 11 32 - Citado por THEDIM BARRETO, PAULO - ob. cit., pg. 103, nota 172.
Parede de pau pique. Fazenda Babilonia, Pirenópolis/GO.
- -
a

33 TABATINGA "O termo, corruptela do tupi 'f,tglg;tdi|3ga_", quer dizer barro branco.
Hoje em dia, apalavra designa qu_aJ_gu§[¿b§_[f9__¶g¡_|9_§2_£Dm CGFÍH F>0I'Ç50 de Wlli-Dlüâí'
_§aJ untuoso ao tato, não sendo necessáriamente branco. Ant`í§á'm`énte, foi generalizado 0
‹l.i¬l
‹'l› W||rl` seu emprego na pintura de paredes, já que a cal era de dificil obtenção, principalmente
ullliš
na zona rural. Nas pinturas mais requintadas, adicionava-se à calda de tabatinga certos fixa-
ll dores como o leite da sorveira, o leite de vaca, certas soluções de pedra-ume, etc."
-
*J

mz 'l .. ll SORVEIRA "Árvore de familia das Apocináceas, couma macrocarpa, Barb. Rod., que
l|||l.| ;,, ,,i
fornece madeira branca para marcenaria e que dá, também, uma resina viscosa, a qual
mui;
costuma ser, no vale amazônico, misturada à'tabatinga usada na pintura das casas, segundo
rilllllil Martius e Afonso Arinos de Melo Franco. Peso especifico da madeira igual a 0,54”.
'ii l` Apud CORONA e LEMOS,`“Dicionário da Arquitetura Brasile¡ra", Edart - São Paulo
ill] -
Livraria Editora Ltda., 1? edição, São Paulo, 1972 pgs. 435 e 431.

ril Mil'
1. ~
- THEDIM BARRETO, PAULO - ob. cit., pgs. 92 e 93. Segundo Paulo Thedim Barreto,
"gazora é expressão que podemos tomar no sentido de rebocada".
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FOTO 12
Lajes de reforço dos pisos. Casa dos Contos, Ouro Preto/MG.


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, Pisos

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Os pisos são muito variados na arquitetura tradicional brasileira, aparecendo


desdeÍ_os¿le_t¶:-rra socada até o parquetitão em moda no fim do século XIX e princípios
i do atual, cada um com suas características de fatura e uso. .

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- TERRA BATIDA
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Los pisos de terra batida deixa-se_o piso natural, socando-se apenas a terra_ de»
,
modo az proporcionar uma superficie mais consistente e u_r1f_c¿rr_r_1§_.LQu_a_i_1doMa_terra do
~¿
local não _se_Ji.ga. bem, junta-se.a eia certa quantidade de argila e água, para então ser
feito gggiaqpjlpamento. É também tradição corrente o uso de §angue deibúinestes pisos
.i
ii z
ll pagavse obter_me`l"bÍ›r liga. E provável que nas construções mais cuidadas se §olo_‹¿a§s_e
i.
ii ii
por baixo da car_na_d_a d_emterra socada _um_a,çletern1inada_porç¡áfo pedregulho
çl"e_a_r_§_i_,a9u
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porventura existissem, evitando-se,


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de modo a obter-seãärpa drenag_e_g3_,,da_s_,ág¿¿_:¿§ que


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" ~ i.ADR|Li-ios DE BARRO

Consistem no assentamento,ssobre a terra socada, em argamassa de terra, tijo-


los de barro cozido, à feição das modernas mezanelas. Os tijolos são, em geral, de di-
mensões retangu lares, de cor clara, motivada pelo uso de argilas escolhidas e bem trata-
das e pela queima. Contudo sua duração é precária, em razão de seu fácil desgaste pelo
uso.

Quando quadrados, os ladrilhos têm mais ou menos as dimensões de 0,30 ×


0,30 × 0,07m. e, se retangulares, 0,20 x 0,30 × 0,07m. ou 0,20 x 0,40 × 0,08m. São
colocados em fiadas continuas, de xadrez, sem mata-juntas quando quadrados, e às
vezes em espinhas, quando retangulares.

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Para 9 __t_abuado corrido os barrotes são assentados sobre os baldrames, em re-
bllxos destes e meia madeira daqueles, com dimensões em torno do palmo e espaçados
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eles são assentadas as tábuas, fixadas a prego. Estas são na
maior largura que se possa obter, em media de 0,40m e com espessura em torno\ de,
30m Estas tábuas podem ser de diversos
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l maia iunfci -

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De juntas sêcas, isto e, sem qualquer encaixe entre elas, apenas encostadas
umas àsdoutras. Neste caso, qgndov elevag sgdo c_l3~ã“o^e nãogexistindo forro por baixo,
' ' `
levam às vezes cordoes de mata-junta nas
` . 43 -_ ..
pregados por baixo, de seçao re-
en s,
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tlngular ou perfilada, afim de evitar
i

a penetraçao de ar pelas frestas;


.gi ‹1‹-ff i ni; .

*il `l'iiiillli madeira ou meio fio, desencontrado de cada lado da tábua, de modo
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I que uma descanse sobre o meio fio da anterior e receba a sucessiva e assim por diante;
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|§; De macho e femea, quando se encaixam uma na outra, tipo mais raramente
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Os rebaixos do meio fio e do macho e fêmea têm as dimensões médias em


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torno de 0,20m.. ›°¿i1nade_iras empregadas de inicio ›- sao
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sempre de muito
-
boa qualida-
-

de, como jacarandá, canela parda ou preta, jatobá e outras, até que, no século z(_l_)_( são
:fille B Os tabuados red_u_zidos em _,sua›_larg~i¿r_a (0,10m. a 0,15m.), passando a ser conhecidos
›i`.¬.l 1;
como frisoíquase sempre_en1_machoWe fêmea, com o emprego de pinho de riga, perobã
llllzi ..

lille
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do campo___9u__ipê, podendo ser encontradas: também, madeiras maisfracaš,/ãimo 0
luquitibá _rosa___e__g pin ho nacional.
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Uma variedade deste piso,Ž_o.4_de campas, nas igrejas, para cobertura de sepul.
turas. O barroteamento aqui é apar,en_l;e e forma quadros de mais ou menos 2,00'm. por
IÍ.Í.....Ç, ÍÍ

i O,8Om., com rebaixos para receber as tábuas: uma, duas ou três. (fig. 42)

›-- _.) -.¢z,z~


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igEncontram-se também, neste tipo, barroteamento de pedras. Quando de ma.-
deíra podem ser utilizadas espécies de cor diferentes, sendo os barrotes escuros ljacaran-
, . «_ -_, dá ou canela preta) e as tábuas claras.
' . _, . ~_L., /V i1«:\- -z '

Nos pisos das cadeias, pode ocorrer reforçamento de madeira sob pisos de
C i lajes ou de tabuado, consistindo em consoeiras de seção robusta, colocadas face a
. lace ou com pequeno espaçamento para evitar sua perfuração para evasões.35

FlG.4i Acabamentos de tcibucido

¿
Em outros casos os barrotes são armados de modo a não sobrecarregarem vãos
inferiores. (fig. 42-A)

74 `
75
(lj l

-_._'z›f':JÊ_^D°S u.-

*
__.......-,. .___.. ...É Consiste este tipo de piso no assentamento de lajes de pedra com argamas
F* f *"' l de barro. As lajes podem ser trabalhadas por canteiro, com forma geométrica, quadl
xl l

l da ou retangular, ou apenas com sua face aparente trabalhada. Podem, quando quadr
` ll das e de duas cores, pretas e brancas, serem dispostas à feição de xadrez.

l l

Mawe encontra em Vila Rica "ardósia para pavimentar quartos"3° mas prov

_z_i.., velmente desejava referir-se a tijolos cozidos (mezanelêslsou ao q,uar_z_'Lt_o comum


região. `
1

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V
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A espessura das lajes varia entre 0,05 e O,10m, sendo usados arenitos, gnei:
ill! l'liz:l(((i Co rte calcáreos, etc.. Encontram-se, também, lajes de pedra sabão, melhor aparelhadas, p
ll1“l| A rém de maior espessura.
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FIG.42 Campo s

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l Este tipo de piso consiste no assentamento sobre barro, de pedras redondas ‹
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rio, formando mosaico à feição mourisca (fig. 43), sistema que exige apiloamento pa
melhor apresentaçao e durabilidade. Podem ser empregados seixos de duas cores, pr
*lllmlil
mnliill
.
(Vil tos e brancos, formando/Wdesenhos_geométri_cos, em retângulos ou quadrados, diagon
,H
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dos, definidos por fiadas de cor e preenchidos osespaços assim obtidoicom pedrasr
(mi ,J |¡ M

cor diversa. Esta divisao"' pode ainda ser feita com lajes comuns colocadas a prum

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, formando caixas, onde se inserem as edras redondas. (foto 12) Círculos, losân ulos,
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estrelas são as figuras preferidas nos desenhos feitos com seixos rolados. ¿ '

1
1

O seixo rolado e' também o tipo de calçamento empregado nas vias públicas
pátios internos. No interior das habitações o diâmetro das pedras é pequeno (mais c
~ z
menos 0,03m). geralmente usado nos saguoes; nos pateos é maior (0,10m) e nas ru
¡

ultrapassa este calibre.


(iii
i

i
. .
Denomina-se, ainda, este calçamento de calçada portuguesa ou pe de molequ

_? Nas vias públicas aparecem também as faixas de lajes, conhecidas como capistrana

-
.

(foto 13 e 14) funcionando como passeios. Nas vias em declive encontram-se fiadas c
-J-~-~-s -t ÍÍ K i " "`Í'- lajes postas a prumo, em forma de costelas (fig. 44) que trabalham como‹:ãYíáp.`tei
dente a anular a ação das enxurradas. Formam uma espécie de armaçâ'o,Pmais solid
HG-42 A F°“'°“ e P' S ° 5 mente fixada ao solo, circundando as pedras redondas menos ligadas aos terreno

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FIG.43 Piso de seixos ro|ados,em duas cores «

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FIG.44 Piso com costela

78
79

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.
Nota-se com este tipo de pavimentação o espírito
visível de modenatura, apli-
prido-se pedras mais delicadas nos locais menores e mais
i
i nobres e ampliando-se os diâ-
l

mitros à medida que crescem as áreas a preencher.

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z - -
dos laieados,
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sendo, entretanto
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seu acabamento mais cuidado, o que se nota
principalmente
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pelo polimento que os -

#91;
1i¬i`i×

.ifil iii Vi lg] eados não recebem Podem ser lisos , isto é , d e uma so cor,
iiiii '
il *llz “"llii«i.ii'<šiii¬.
»'i‹;; - ~
_
com elementos iguais, oun
lãrmar desenhos a feiçao do parquet. Foram mais
externas,'
-
aplicados nas escadarias
izziii -

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-
l

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ii
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»liiiiiiJi.ili"i›‹* ~ i«r~ , i ` U`*iziiii». "`.iiiii.."i<¬ii\i.,§`~ nu soleiras de entrada, saguoes
-
~ - ~
e nas pecas de circulaçao
'
-
dos edificios publicos, seiam
- z - - -

iii,
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i\\"i\°\liil`‹~
i ` z›¿i *~»*‹õ‹šii;lii ii
williiii,.«.»i.-i..›z;r“^\ii *idministrativos ou religiosos
iii. como
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iillii vestibulos
I
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iii”
i\i~ivii~ *i .›
, Wliwi iiiiiiliiifimi
iii._i\.}ii.\,,'* *iii ' escadas e naves.
ii . 4
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iiifiiiivilq i i i i¿iiii;¡iy;ii.¿`i,¿z›ii»zii-iiiiiiiu \ zw-*-›-=*1'*.lliiii ‹\ii« ~'
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viii.
Os tacos são de forma retangular, com o
-‹~‹
e
W' _,
comprimento .multiplo
z
daglargura
.wii Capistranas Diamantina/MG (FOIOS-SLIZV de MENU) _
,
1 : 3 ou 1 : o
Sao C I oca d os em xadrez, espinha, etc., e podem levar nas extre-
`

mldades as tabeiras, formad as por tacos de cor


diversa, onde se inserem desenhos
i . É

i` Í¡"ll
ii Qnhecidos como gregas. Já o parquet usa pedaços
'I .fllílj de madeira de formas variadas, de_
ll modo a permitir a formação de desenhos
em mosaicos, sempre geométricos, estrelas
l

i.
ll '
‹iii‹i 'ii I
|rogas, etc.. Os tacgsmsaío aplicados um a um,
-

il Iiii 111.'
Í I ao passo que o parquet vem para a obra
íi ill l. Im pa.ii16.|§,;I<ln_0$-desen-hos previamente armados,
i. sendo assentados por placas com-
iiiiii
postas.
i
iil iii..viii ;' ii
..

i ll :ir li
"Mini ii iii
Os tacos têm sua fixação à argamassa aumentada
l

pelo uso de pregos (em for-


'

mn de L e em número variado) em sua face de contato,


que também pode ser tornada
mais aderente pela pintura, usando-se piche
e pó de pedra.
iiitiiii .

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..¡¬g\.›. (\\‹¢ \zL~=.\~z^~ (1-~›"§ (KV, (1 ~'¡¡¿x~ç,,,


LADRii.Hos c_E¶nÃMicos
\/› ›-
E
'
HiDRÃui.icos
_. l

São de barro cozido o.u cimento..


Gm, cores lisas ou com desenhos que podem
isolados em cada peca ou formados pela união
de várias delas. As dimensões`dos
hidráulicos variam de 0,15 x 0,15 × 0,20 x 0,20m. e a
espessura é de cerca de
Dos coloridos, alguns têm os perfis dos d__e§nhos£r11_izegai×os.
i

81

. i 1
ill
|
Há também Iadrilhos
- de cor lisa c0I1J..5ub.divisões.e.m«reba.i¿‹_Qs permitindo se-
l l

Ilm disfarçadas as verdadeiras juntas quando do seu assentamento. Os desenhos po-


lim ser geométricos, simples ou com composições mais complicadas, até m§sFri6`r'áFn`ê1-
¡|ns, porém são sem pre est.iliZñQl.Q.w_I§|getiidos. “"mM"""“”“*“"'”`" “ ÍTU
'
fa», 7 4

531?
rifks
.

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Os Iadrilhos são mais aplicados nos pisos exteriores, varandas e pateos


z
l

ou nas
peças de serviço, cozinha e sanitários.

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...Í1.L..-ll. .JE.ÉÍlZ ':Í_


. l

__£WÍ¡zj:f Z|í1Ei.lZ.._.“EEE_...._,.¬.-¡._...¡.-V-›.¿¿z-ff.,
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°
IE
ä:____.__... Para sua aplicação, antes do uso do concreto armado, nos pavimentos elevados
ll -° “
' ~' '-1 1 : . A A A ' ~
`
Ompregva-se o ferro laminado em duplo T ou mesmo o trilho, com os vãos preenchi
' H " "' H , ' dos por tijolos de maior comprimento ou abobadilhas de tijolos comuns. (fig. 45)
É a -f' O "' Com esta técnica aparecem também os apoios de ferro fundido, cilíndricos, de peque-
no diâmetro, quase sempre lisos ou com formas que imitam as ordens clássicas com
i
=.r..rl|l.
"Hu ||||I
oipitéis e estrias, muito miúdos e simplificados.
*

Ilrzll
I

l '›- Há, ainda, as vigas armadas de ferro, não só para vãos planos como para esca-
l l II “111;

darias.
yihiilillll
lr
rwwllll

l ..., .

|
.nn i

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.,`
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'
NOTAS AO CAPITULO 3
1

....,
i
l

35 - Ver THEDIM BARRETO, PAULO - ob. cit., pgs. 116 117.


e

i l.. ...M
36 - MAWE, JOHN - “Viagens ao Interior do BrasiI" - Tradução de Selena Benevides Viana -
.ll I
Editora da Universidade de São Paulo - Livraria Itatiaia Editora Ltda. - Belo Horizonte -
`l |›i'"l'< ×|
*'
PQ. 123.
ll rmlii il

FIG.45 Varanda em abobadilha

3
Í 82
83
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CAPITULO 4
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FORROS
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ll 1 li l||lÍ
Assim como os pisos, também os forros apresentam inúmeras variedades
l

il 'l|l||||||~ não só quantoâ forma mas também quanto aos acabamentos e materiais
usados.
ll lllz' 'llll
.

i ›

II y lll Os forros mais simples são de esteira de forma horizontal ou inclinada,


ll H .rll
tornando-se mais apurados quando são _arqueados ou seorganizam em
l ¡i;,,lll'
painéis
ll vil, llteados, conhecidos como de gamela ou masseira.

~
No caso do uso de esteiras sao
l
z
l
l .ll lisos e planos, sejam de nivel ou inclinados,
l quando seguem a declividade dos telhados em cômodos de pé direito variável.
l
l
Podem
mu ler também arqueados, formando abóbadas ou cúpulas, seguindo as formas
j

usuais
:lr destas soluções.

nl

forros de gamela compõem-se de 5 painéis, dos quais 4 são inclinados, tra-


Os
Il Í1Í|ll""`
mn ,`

pezoidais que correspondem a cada um dos lados do cômodo, sendo fechados, pelo
e,
llll
Il l
lu.:
. :|
alto, com o quinto painel que é retangular e de nível. (fig. 46) (fotos 15 e 16)
wi» lj
.n.
~

l ll
ul
" "` ul ll l.. Considerando ' se os acabamentos e os materiais, tambem podem ser notadas
solucões mais simples e mais eruditas, cujos tipos principais são:
l

.- ~ ' i

.Taquara - As esteiras de taquara, trançadas em verdadeira tessitura, caracteri-


zam os tipos geralmente‹chamados de forros de taquara que, igualmente, apresentam
variações na sua trama.

O trancado pode ser simples, seguido, ou formar desenhos geométricos


com
u própria trama. Estes são realçados pelo aproveitamento da face externa brilhante
da
taquara em combinação com sua face fõsca interna ou pela pintura em duas
ou mais
cores, ,fçit_z-1_yà_pr_|'9¿i,?\*#a% varas aÍ,se|_fe_r1_1_tga_nç_z¿d_as¿,Os desenhos
compõem-se em geral
de figuras geométricas - quadrados, retângulos e losangos "1"e`m *linha quadrada natu-
ralmente, sendo sempre concêntricos, sejam de forma a inÉ
_to‹¶5do"pa~rÊõ`‹›ÍTè`m sub-
divisões deste. ~, "
V V ' “
' ' "

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FOTOS 15 e 16
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3° ' 'o, Forro em gamela. Casa Azul, Sabará/MG.
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Forro em gameld
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FIG.4ó

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,z.-z-.zfzz-›7 f zfb "N

W«\m\«m~ .¬»- ,,« www”


A técnica consiste em, partidas em duas as taquaras segundo oi seu ei×0
gitudinal, bater-se os meios cilíndricos assim obtidos de modo a torná-los plan/os
estas meias taquaras planas, constituindo por assim dizer faixas fendilhadas, que
trançam umas com as outras, dando como resultado uma tessitura grossa. As
delicadas, porém, compõem-se de fasquias sem fendilhamento, com largura de
0,1Om. em tessitura mais fina. E5qUGdI.`ÍI`IhGdCI DÍqgQnq|
tipo de forro mais comum, principalmente nas construcoes
__Tabuado___- O
antigas, é o tabuado liso, isto é, de tábuas cqlocadas no¡mesmo plano, tôpo a i=io.47
.z av" ;,~¢,~ :-1 za
`
junção das tábuas são usados os mesmos agenciamentos dos soalhos, podendo as
buas ser apenas justapostas em junta sêca ou em corte diagonal. (fig. 47) Neste
largura das tábuas pode não ser uniforme, já que o paigelfinal, em plano, será
por inteiro. Em outros casos, as juntas podem ser feitas emjmaçho ,ef_ê_in_4e_a ou em
que os
I: fio,--- sendo porém raros (fig. 48) Ocorrem exemplos em
i
'
É

~.í í iii will. .M estes recursos.


iii W-¡|`i ii
àšz/=_ j ¡. ¡¡,i”,....i,,“', levam, tambem, mata-1untas_no»s
,:.,._c- _en_çQntros, pelo lado de,t¿i_ijri,a..Cocr1Ll.[I1ente,
mm
1;;
, . .. . .

Ai hr 'l ii as fendas, as juntassao fechadas por papel, pano ou cordão, antes da sua pintura.
Macho e fêmea Meio fio
' ` “ H ii

também, o_ tabuado com encaixe nosgbarrotes, (fig. 48 A) como o que



* ~ _ *iv ¬ i encontra no Convento Santa Tereza em Salvador.
i=ic.4s
-
11

l i
.. i
Saia e Camisa Como processo mais novo de feitura de forros há o de
i

71? ;
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ii
sobrepostas, conhecido como de saia e camisa. ~

ii

As tábuas em ressalto as saias - -


levam- moldura simples, em meia cana,
fé-'~
;'f

ii
-..¿¿¡i..;

I|....1;,i,z~;;-i'

l|
seus contornos. Já aqui as tábuas
tabeiras" ressaltadas no
Conforme otipo adotado,
plano
o
são
das
forro
de
saias,
fica com
largura
ficando
uniforme. Sšosempre entabejrados,
as camisas rebaixadas ou
almofadas rebaixadas ou salientes, de
,_ "
"" . . . : . -
cimalha,
do com as modalidades indicadas. Este tipo de forro leva sempre aba
"Wi H
-

*
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~, I...
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!i.1;j[`jj'¡'i;i
e

i i ii Iiiiƒ-¡ que esta se reduza a um simples cordão. (fig. 50) (foto 17) Âf
`..._.,
1
Painéis Moldurados

-
Podem ocorrer tanto nos forros de nivel como FIG.48A
alteados de gamela, onde são mais freqüentes.

Consiste este sistema na divisao do tabuado em painéis de formas geométri


com mo l duras sa I'ien t es, à fe'ic ão de vigas aparentes . São estes forros conhecidos ta'
§.0rdcio(mc'ifC|-Íunl'a)
bém como de caixotões ou artesoados, em virtude do aspecto e do trabalho que e
gem em sua confecção. Os painéis podem ser entabelados, isto é, co-mzcordão inscri;
1; __ ,I
no plano emoldurado. P¿s__molduras são altas, com cerca de 0,15m. e formam, també
Í ._ \___
tabelas nasua f.a.ce_§§___lie[i_te. (fig. 51) (fotos 19 e 20) i' s e f i

Estes forros podem ser alteados, formando gamela ou masseira, como já i=iG.49`
dito. Neste caso, os painéis são divididos por molduras, nos cantos, ou por subdivi
dos próximos painéis.

88 A
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FIG.5O Forro de saia e camisa ê É .z `\¡


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FOTO 17
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Forro de sala e camisa. Forum de Ouro Preto/MG.
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FOTO 18
Forro pintado por Manuel da Cos-ta Ataíde. Igreja de São
Francisco de Assis. Ouro Preto/MG.
.............................................

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L « f -_o_aaa_a_aW_---.aM¬¿

FIG.5I Forro de caixão ou artezoado


¬

¡ 90
ii Estuque f- Encontram-se também forrosde estuque, sejam com armação gros-
.
fasquias sobrepostas de taquara, barreados, ou ripamento cruzado de varas ou
i
is. Estesforros e-stucados podem ser planos, alteados em gamela ou divididos em
áis com molduras de madeira, porém mais deigados e simples.

if
Forros Maciços
1

- A
1 ,\À I
Merecem ainda referencia as abobadas de alvenaria que vez_
a

outra ocorrem em nossa arquitetura, principalmente na de caráter monumental.

FOTO 19
Forros de Tijolos -
Excepcionalmente ocorrem forros de tijolos encaixados
barrotes, como os que são encontrados no Convento Santa Tereza de Salvador.
Forro de caixão ou artesoado. Matriz de Nossa Senhora do
Bom Sucesso. Caeté/MG. ¡¿ zw ¡` (_,,;\-~.~ mi
`i
i
,..
A pintura dos forros é também variada, nao apenas quanto ao' uso das cores
i

` .
to as variacões dos motivos Todos os forros levam pintura, seja lisa de uma só
_

,
` w.iiiiiiI›.iii.
iiiiiilllll
decoratii/_a ou representatya. PoÍÃe;r`Ísi_rnples. cäiaç'ã'o,“rn"aiis comum" no estuque;
;*_|l

wi
la nos lisos ou decorativos e a têmpera e óleo nos mais_*_ric_os'.'›Õs«cordões comu-
i liiiiiii.
te 'são dourados' Óu'arrTare'los»rà~»imitaeãor“dë”õÍi"FÕ`ih‹o'u ainda vermelhos para uma
ii li xiliii i..li
|i« i marcação. As molduras são faiscadas38 em :fingimento de madeira ou pedra: e as
as recebem pintura decorativa, seja de caráter orAien'tfal_ou' n1~o^urisco`,w|Ê›olicrômicas
l Wviiiiiiij

I “iu in¡ mil


ão, aparecendo também as aguadas de fundo neutro. As cores sãode preferência ..

i
.ij imitivaš puras"("ve'rr'n`elho, amarelo e azul). Quando monocromáticas servem-se da
1 de tons e são mais desenhos que propriamente pinturas.'Ócorrern a princípio
ll
*"'ii.i‹ `“ pinturas de cíarétervmais renascentista, principalmente corn folhas_›_d~e`acanto, em grande `

`-
ll
.lili
.iu
ll desenvolvimento e que podem também encher os painéis. Aparecem, posteriormente,
ÇÂ
|| ejstilizações de_concl_i_Çzide_s, c‹_›__rn,_o_,predomi'nio do vermelho e as composições florais
il
il.....,
wii, ,fl l menos estilizadas, formando guirlandas ou pendentes.WNos vãos.. vw... lisos de tabuado ado-_
_ __ _ _

Hp lllll ii.,
ilm-se as pinturas ditas"árquitetônicas_ em perspectiva, com ousem painel central figu.
ll
I

i ii i››|, W

.Il| iiitivo. ._J,é__,os painéis recebem pintura mais cuidada, sejam as composições florais com o
W. _,
llcanto ainda em predomínio, sejam as pinturas representativas propriamente ditas,
ii H
iiom cenas pagãs ou religiosas ou, ainda, simbolos, como por exemplo os usados nas
‹ “ql
lldainhas (Escada de Jacó,Torre de David, Arca da Aliança, etcfã
iu

Foto 20 Q3 _<,.'¿›.,~_
Forro de ==i×ä‹› ou r=‹==‹›ad‹›. isreia de Nossa Senhora do . Os painéis recebem, em exemplos ma`i`s"siÊÊelos, pinturas simplificadas, dispos-
R°*á'¡°'T¡'ad°"t“/MG' ins apenas Íosvcantos, em conchóides ou florjesucleixando o campo geral. liso. Todavia,
` iilo quase'sempTe"éštèš`Törrö`š`El`€va?iãs"cores,que variam "nos cordões, tabelas e painé_¡s.
São usados de pr'ef`èrê`i*i`cia`oi_a`z*ul, 'o"fve^Fm"êl'h'o““e'"'ó"ãif1ÉFelo'leste 'úiltimio *ém tinta ou

ouro), sendo que o verde só aparecemais.intensamente no século XIX.

Além das pinturas,o cuidado com certos detalhes deve ser mencionado na
' iolução dos forros. _Os forros de tabuado e os emoldurados recebem aba e cimalha
iim toda a volta, pregadas sobre a parede. A aba pode ser constituida” de uma sim-

iiles tábua ou levar cordões, tanto na sua extremidade inferior como no terço superior,
' lntes do nascimento da cimalha ou da sanca que dela nasce.

Í 92
93
ii As cimalhas são sempre perfiladas, desde a simples meia cana, até as de peito
j IQ pomba, o quarto- redondo, gola, e outras, na mesma feição das externas, todas elas
l||DLlI!D
_, ' mplradas nas arquitraves ou cornijas clássicas. O Iacrimal não é usado ou então é re-
, Iillldo a proporções diminutas. As cimalhas internas têm também balanço menor e
dem receber, diretamente, o forro ou ainda deixar um pequeno espaço até ele.
lllqi. 52-z; 52-bl ,fj zà

Nos forros alteados, sejam abobadados em cúpula ou de gamela, o espaçamen-


i Impre eסS'fG- ,Nasconstruções do fim do século XIX o espaço entre a cimalha e o
‹ A ferro é preenchido por um friso de tábua recortada em vasados, de modo a permitir
vlntilaçãó. (fig. 52-c) Ú

Aparecem, também, nos forros mais ricos obras de talha, estuque em gêsso ou
Will ih", '
›ii iiiiiiilil~;|z“
llisa, compondo os florões, nascedouro dos Iustres ou relêvos decorativos com can-
I'lWll'Í`fÍÍlll|,,j;íjj
bl em forma de volutas, pinhas ou simples almofadas salíentes, terminadas em ponta
'I' ui W""
,A,',,.i.:, .i Dq Own” D IO diamante. Estas talhas aparecem com mais intensidade no século XIX, assim como 0
“il iiilliiii, O ~'~~-- ~-- ~ ~-- Iltuqueemgêssoou massa.

i
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si
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Ill ..i..,;1i.

Ocorrem, ainda, obras de escultura em madeiradecorando forros, como no


N mo da Capela Mór de São Francisco de Assis, de Ouro Preto. (foto 18)
'i
`

“ii Í in in

io-Í
if, 0' As tábuas de forro distinguem-se das de piso pela qualidade, sendo de madeira
-- menos rfgida, mais macia ao trabalho, como o cedro, o vinhático ue outra_s_Hpor serem
tl! menor largura, variando em torno de 0,30m. e de menor espessura. (0,015 e 0,02m.)

'
i

.i ,
i ¬. ",.ii.|¡ ii

No caso de pavimentos elevados são os forros pregados sob 0 próprio barrotea-


:iii Wii,,

i
`
I

ri iii ii,,,,|i mento do piso superior, sendo que no caso do último forro é exigido Qbarroteamento
il' ;iÍ¡¡`§1t.'§;
próprio. _Nos forros alteados, em seção trapezoidal, podem ser aproveitados os caibros
«wi wiiiiiiii
da cobertura, porém, comumente, levam armação própria com caibros armados como
i
'

9 |p¡,u!3 liisoura de linha alta.


"=^`*"'¡"
b*i“US¢ 'há Pi'».»¬z:'~f>
.

1 í
Nos forros mais toscos, mormente nos de esteira de taquara, os barrotes
` 1

podem ser de madeira "in natura", constituídos por paus roliços; nos restantes, porém,
iilo sempre de madeira esquadriada, muitas vezes obras toscamente acabadas a _en×ó.
- f
»`§‹z~-..-‹-^f ,, V
, .
*-~'1..¢'
<
-

Osforros podem ser de tábuas trespassadas, isto é, com emendas, ou obra de


A inteiro, com uma so tábua em toda a extensão do comodo.
1
~ ›~

Merecem ainda referência óš`forros de cartão prepnsado muito em moda por


volta de, 1900, de que são exemplos os existentes no Palácio do Governo de Minas
, Gerais??-Í*

95

_ . _ | 'I' tp |
NOTAS AO CAPÍTULO 4 HTULQ 5

i 37 - TABEIRA --. “Série de tábuas que contornam as paredes, formando moldura que gua
rj
.

lí'
.

asdos soalhos ou dos forros cabeira." \`Í'"3 " Q~.l"zt;¡' A ; !`\ -"'= Y ' rf*-Ã ' z ¿,,~-H'() ~

-
' _

ÇABEIRA
V u 1

ii `.¡,.bš 2;
in aos “Moldura de arremate nos soalhos ou nos forros de madeir_a_._Vl§l_o_s___soa
rodapés". ' “ W
V, i¿ ' ,¡`
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H `“ " '
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'Ç ' .**"“

-
V ~

Apud COFlONÃ'“e“L'ElVIOS "Dicionário de Arquitetura Brasileira" - Edart - São '

-
- ›

i lo Livraria Editora Ltda. -1? edição São Paulo, 1972, pgs. 435 e 91.

38 ~ FAISCADO, -
“l\i_ome que em Minas davam ao gênero de pintura que procurava fing VÃOS
‹ imitar pedra. Foram muito comuns portais e batentes de madeira, pintados a óleo o i.

pera, decorados com "tiagimentos de pedra”.


Apud CORONAe LEMOS-ob.cit., pg. 215. -»¿

,,,(,(,M_,\ 39 _ 05 _5v.'mbQ|0i5 ,ej¡g¡oso5 ocorwmí_,,atuj,ajmeme7__na5_ ¡4g,e¡¿s"e Camas sendo exemmos Dividem-se os vãos em portas, janelas, ócu los e seteiras e podem ser classifi-
ii. iiiillllll i|| gfj veis os da Capela de Nossa Senhora do Ó, em Sabará (MG), com oslmorivos da iadam idos segundo sua categoria, sua forma, o material de que são feitos e o seu acabamen-
ll l"`Í`Íllll ¡;,,;,
N°55° s°“"°'a~ .Podem ser considerados os seguintes tipos:
l “ll““li ~
r r
1 Ki
-
|,il¬

"

illllir,
W 1'

,,|,l
"I 40 - ABA
et
-N H
Extremidade ou parte saliente em obras de carpintaria, alvenaria, serral
d
'

- t áb
-

. _
. .

,
'
_i Janelas de Peitoris
. ,
-
São as mais comuns, nas quais ovao aberto no pano da
. . ..

im, C' ' ' °me ad9' Wfda' t ua' ma” °“ "“*`“°5 e5“e'*a Que' Presa E Pafedez affez
3 rode leva peitoril cheio. Aparecem--nas paredes de pau-a-pique, adôbos ou tijolos e,
Ii os forros de madeira, acompanhada ou não de molduras, guarnições ou cimalhas dec
raramente, nas de pedra e de taipa. (fig. 53ll
f
Va5~_ ^` ls
“iF=l,§( Apae coRoi\iAe i_Eivios, b. 1. .ii. - ; . _

1
^'
il| CIMA¡LHA - C' 'pg
"Moldura usadaO para concordar o plano dos tetos com
_ Apud CORONAE ¡_EMoS,°b_c¡t_,pg_ 129
as paredes inter
Janelas Rasgadas Sao as. janelas abertas em paredes maciças de grande
Qgpessura de modo que as esquadrias ficam colocadas na face externa das paredes,
(‹ W - Qm seus quadros de menor espessura que estas.
-
ilii, '1"`
Hilll
I
Liberdade foi decorado por Frederico Antonio Steckel, pintor do Rio
i
41 O Palácio da :
l

""`*í(=

`~`jlmi¡“ usou pa_p_ier-maché (cartao prensado emrelevo), inclusive nos mos, r Podem ter, neste caso, varias modalidades: a primei›ra__,_quando o vag erasgado
',l;il:lll'lÍ` pr inteiro, isto é, a parede se abre desde a verga ate o piso
,
e .o parapeito da janela,
(lliiiiii,
Impre vasado, pode ser colocado entre as ombreiras, ficando éhíãlaidtš nelas, (fig..
i nl

Í
.li
""||l
_
1
if ~

IS-ll) ou sacado para fora. (fig. 53-Ill) A janela, pelo menos quanto às folhas, é como
mui . . . - z

uma porta, pois o peitoril desce e se confunde com a soleira. Pode tambem a parede
Ill

ii,;:1l¡É§§;Ê,¡(

i .liii{lÍÍJÍ«lIr hr rasgada apenas por dentro, mantendo~se cheia por baixo do peitor.i.I,.caS.Q_<:l_m que as
lolhas não alcançam 'o piso. * ~ ` ' '

O rasgo é quase sempre de chanfro ou ensutado,42 isto é, não se faz normal

__
io alinhamento das paredes e sim em diagonal, aumentando a luz pelo lado de dentro.
V M janelas rasgadas internamente podem levar,,ao longo do. vão.,eiIi_ha,la¿1çg‹ge__suas
llliargas ou apoiados no piso,_banoos de um lado e outro, revestidos de cantaria, lajes,
oii tábuasüfconhecidos como conversadeiras, nas chamadas janelas de assento. (foto 21)
faire"
,
J

Janelas de Canto -
Destinam-se à vigia, sendo que por necessidade de planta,
_

. podem ocorrer janelas de canto em ângulo.

`
Portas -
Assemelham-se às janelas em seus detalhes, não tendo nem peitoril
nom assentos. Podem, entretanto, quando muito altas, já no século XIX, Ievarhbaridei-‹
ins na parte de cima, fixas ou móveis, que aparecem também nas janelas. (foto 22)

' 96 97

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4.

f FOTO 21
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Conversadeira. Igreja de São Francisco de Assis. Ouro Pre-
to/MG.

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* Portas e janelas com bandeiras. Sobrado em D|amant|na/MG


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(Foto ‹ Suzy de Mello)

Il-Janela com
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Prdpeito entalado
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98
Óculos e Seteiras -
São pequenas aberturas circulares ou de contorno
quando
curvi
se denominam seteira
retangulares
líneo quandoisão chamados óculos, e
principalmente nos comodos de escad
Abrem-se em compartimentos secundários,
com simples balaustres de ferro
1

torres e porões. São geralmente ensutadas e fecham-se


vidro: arquitetura militar também aparece 'ii ~

ou madeira ou levam caixilhos de


como vão de visada para vigia etiro, sendo
Na
igualmente usadas nas cadeias. (foto 23 e *l
rj W

›4.›".;›+,;zz.

is IQ
V-«_

vãos de verga,i,_,peimriI..e..Q.i11br§itê§. (fig. 13)'/` “ ~ u_u»


Q9..m..Q.êÍâL11:§e OS
tl. ' Í'.,¡_.,'.P.
N , prolongam-se do
_

baldr -¡» ‹
3,»
Nas construçoes de estrutura autonoma as ombreiras
me ao frechal dando, assim,‹não sómmajior
buindo como apoio auxiliar da construção.
estasbilidade'"aõ”quadro do vão como contii
i ‹ 1v¡.-
I I md'
Ii..
In. ___~

I'
.

esteios principais daspa


Vez por outra os vãos aproveitam-se dos próprios
.

.iiiiiiiiiiii - . ,
' . .
ou os esteios intermediarios.
des, sejam os cunhais|(caso mais comum)
WH
,¡:W;:,;.
.
(N. 41:
26) de duas portas, duas jan
i-Í..iiill`.lll l

Aperecem também vãos geñíiynados, (fotos 25 e


dividem. O enquadramen
i .íllEz;,;§1Í{

' do-se de um esteio único que os


E¿il.i.i¿¿lll las ou porta-jane l a, servin
maciça, formado pelos marcos, e nunca
do vão é I portanto, sempre de madeira

. rg..
` “"i(“`
XIX nas construçoes pi ~¬¬z
l caixão como vamos encontrar já na segunda metade
‹`
tijolos. Estas peças ressaltam sempre do parawnaíento da parede
'
do
"
século
nas suas duas partes,
r
linhas;
' *'-P°*--
__»
I'o;0;z'à|›'IzQ›
nas ombreiras em 1/3f
h ‹iÍ(Íll'*
-

mo no caso dos vãos rasgados. As vergas peitoris amarram-se


e
construçõesde pedra e de taipa |: | G 54 A ¡. mação de ve em pa re de
madeira, sempre em normal e nunca em esquadro. Nas de pedra
até o frechal. (fig.
;'z['A*¿¿¡¿jj.

vergas, não sendo prolongadas


pilão as ombreiras terminam nas , . .

s interno
.
o do rasgo, aparecem tambem
`
*ii ll
No vértice do vao, entre o. paramento e
.

com seu alisar, guarnecendo a aresta. (fig. 54-A)


i.ll^l. .
ras secundárias,

› ii
'
'W
llii i

é reta e algumas vezes mesi


Ill

: ›,¿¡iiii‹|iii¿¿H¿ Para descarga de pêso na verga, qu ando esta


descarga nas paredes maciças. Isto porque as vergas,
i .;*I;ll1ll` va, constroi-se um arco de
de arco pleno, ao passo que o de descarga apro
la
~m*›l"" quando curvas, não são sempre
bastante deste último, permitindo, assim, melhor distribuição de cargas e mai'i
padieira tem vôo ou é capialçada. (fig
`

Í ranca. Quando o .rasgo é de chanfro a


da padieira com peças d
caso da taipa de pilão, torna-se necessária a armação
E

encontram-se armações de ma d
*

ra. (fig. 56) Também nas construções de pedra


é sempre maior, às vez es
padieiras, porém o número de peças a vencer o vão
taipa pilão. Entretanto, neste ca s
face, o que igualmente pode ocorrer na de
F I G. 54 A
meira é sempre plana e de ni'veI e podem as de pedra
ter sua sobrecarga des C. ‹

por inteiro comumente I'I


em arco por cima. As_soleiras das janelas rasgadas
ou fazendo corpo com os
dos paramentos externos das paredes, isoladamente
sacadas isoladas e sempre de maior
. divisionários dos andares. Quando são
ou 'melhor, bacias e, neste caso, se diz qu e
passam a constituir soleiras sacadas
principalmente quando foram introdu
é de púlpito. Estas soleiras sacadas,

i 1 100
Om_¡_
_

Bu_g__O_
_9__0m__uUa

_2°OA;
U:0_rmU¿

*
guarda-corpos de ferro, podem ser seguidas, interessando dois ou mais vãos ou mesmo
toda a extensão da fachada, constituindo as sacadas corridas. A*

/z\s,bac,la.S› podemwser smgelas, retangu lares, apenas frisadas, almofadadas ou


perfiladas. Ageri iam-sedfgoširfego prolongamrento .dos barrotes do-soalho ou cabeças
destes, mergulhašas e irmànadas com as do piso, revestidas de tábuas nos tôpose por
baixo. (fig. 57-a) ,Podem compor-se também em balanço de pedra por inteiro ou apenas
assentar sobre cães de cantaria (fig. 57-bl. O balanço, porém, é sempre diminuto, só
raramente u,ltragz1_§_5_,êD_‹¶>_,0,30m. e «não permitindo o trânsito entre os vãos, senão com
FOTO 25
dificuldade. Quando passam destes limites não são mais sacadas e sim balcões. (foto 27)
Porta e janela gemínadas. Residência em Ouro Branco/MG.

Na divergência quanto ao significado exato das palavras varanda, balcão,


alpendre e sacada foram adotadas as seguintes definições:

_\_/__aranda - guarnição vasada, balaustrada; peça coberta pelo prolongamen-


z» to da água principal da construção e apoiada diretamente no
solo.
Balcão - peca sacada, permitindo o trânsito.

Alpendre - peça coberta por telhado autônomo e apoiada diretamente no


solo. 'Ú W"
Sacada - peça saliente, sem cobertura, não permitindo 0 trânsito.

li
Cumpre salientar que as sacadas podem ser isoladas, interessando apenas a um
vão, ou corridas, quando incluem' vários vãosmoiu se estendem por toda a parede onde
se inserem. Mesmo quando corridas, podem ser de largura mínima, não proporcionan-

do praticamente trânsito no seu maior sentido (0,3Om.) ou apresentarem largura maior,


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constituindo-seem b_alca_o`.
llli i
FOTO 26
Os guarda-corpos são de madeira,
ferro, pedra ou cerâmicã.¶As bacias podem
Portas geminadas. Residência em São Bartolomeu, Ouro ler de madeira, sobre balanço de barroteamento, sobre cães ou oonsolos de pedra, em
Preto/MG. pedra simples ou em alvenaria acabada em massa./Em todo caso, as mais antigas são
isoladas pre fejltals em madeira. Quando de madeira, o guarda-corpo pode ser de
e se
balaustres {8 g§,"(%h. 60) com um só ou duplo pau de peito, de balaustres de
tábuas recortadas ou treliças, com ou sem almofada cheia na parte superior. Em
muitos casos o guarda-corpo é de alvenaria ou, pau. a pique com parapeitovde cantaria
ou de madeira e, sendo de pedra, pode ter parapeito recortado ou torneado.

Quando é usado o ferro, prefere-se o ferro batido em varas verticais simples


ou com pequeno perfil, de seção quadrada o_u circular. Pode o ferro ser em barras,
formando desenhos, com as junções em rebites ou com luvas de chumbo, (fig. 61) ou

105
linda, com ferro chato, laminado, também compondo desenhos. Estes desenhos'in-
cluem, às vezesfelementos em relêvo, chapas repuxadas ou fundidas em metal ou
chumbo, formando flores, inscrições e outros elementos decorativos vindo, depois, os
ferros fundidos e os mistos, com fundição e laminados.

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Quanto às vergas, devem ser consideradas as variações quanto à sua forma e

ao material usado para seus quadros e para seu fechamento.

Quantoà forma, as vergas podem ser retas, (foto 29) de nível, ou


Neste caso, as mais antigas são de arco de' circulo, (fig. 58) porém, não p e `o,
último
I com centro mais baixo que seus limites. _Averga assentazse nas ombreiras...em~iunçâ'o de
ba Ia US tre nivel que, por cima, inclui curva de concordância, tornando o vão mais gracioso. Em
certos casos, as vergas paS$a_rJJ_vQ<¿LI,CQ.alé.m das ombreiras e,,às vezes, chegam ga passar

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bem além e sob este prolongamento se inserem relêvos paralelos às ombreiras ou esta
na faz, por meio de entalhes, dupla ou tripla. (foto 28)

-_ A partir do século XIX encontram-se janelas de verga redonda ou em arco


pleno, (fig. 62) geralmente com bandeiras de vidro em caixilhos fixos. Neste caso,
z

'

b O r r0ie evidentemente, as ombreiras prolongam-se pela verga sem solução de continuidade e na


F | G , 5 7 A i llnha de junção ocorrem pequenas cimalhas à feição de capitéis. Aparecem também
outros tipos, como o ogival, (fig. 63) conseqüente da tentativa de neo-goticismo, o
de do,is,_,ou_Wmais centros ou o que tem curvas interrompidas por segmentos retos.
i
(foto 30) O

. 4
`ii'i‹;i-ui As vergas curvas de ponto rebaixado podem ser de três centros, isto é, apare-
V- ›.- “‹ú\¿Â ce uma curva de concordância entre o arco e seu apoio na ombreira pelo lado de
-
baixo. (fig. 64) Ocorrem, ainda, vergas triangulares formadas por dois segmentos de
' ` - z
retas. (foto 31) -

i
' O l ' '
Quanto ao material usado nasivergias, pode ser estudado quanto ao do quadro
a o do fechamento."Q_gua‹Êlro é constituído pela verga, ombreiras e peitoril. Pode
ser
de lancil, em cantaria, ensilharia, de madeira maciça, formando os marcos, ou em
caixão formado por três tábuas: 6 _‹3dWu.e|a e dois alisares. Apresenta-se, ainda, de meio
i caixão, quando é revestida apenasa parte externa e a da espessura com duas tábuas.
O enquadramientoiipodei ser compostoenl massa ressaltadado paramento das paredes,
EH" comportando aduelas de madeira apenas reduzidas a apoio das folhas.

Ocorrem ainda as mistas, isto é, qu_ad[gs_de pedra sobre os quais são pregadqs,
em almas de chumbo embutidas na pedra, peças de madeira de reduzida seção destina-
das a suportar as folh”as"e_‹“1~u"e"šã'o chamadas caixilhos ou aro da pedraria. (fig. 66) Estas
madeiras' podem ser colocadas na face interna, nas cabeças do quadro do vão ou na
FIG. 57B Cães de ccintqria sua aduela, como no caso dos cordões para guia das guilhotinas. Os parafusos que

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HG. ó4 c‹z¡×¡|h‹› de pedra
FOTO 28
Janela com verga ogival. Barbacena/MG.
Sacada e
' FOTO 27
balcão em sobrado. Diamantina/MG. (Foto
Suzy de Mello)
3
fixam as madeiras nos marcos, quando se trata de folhas pesadas, são de grandes dimen-
sões, com cabeça e duas fendas.
if, *If *-

Podem estas madeiras se adaptaram às ombreiras e não às vergas e peitoris,


`fl sendo que às vezes cobrem também os próprios peitoris. Nas paredes de
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maior espessura
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e nao rasgadas aparece a madeira revestindo a soleira à altura do peitorii,
quando este é
W de pedra (fig. 59). ,,__,__,
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LO acabamento dos quadros pode ser liso .
em peças de madeira ou pedras de
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FOT0 29
seçao quadrada, pelo menos na aparencia. Pode, porém, ser trabalhado, seja com
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rebai-
xos à feicao
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de almofadas, com molduras de meia cana nos ressaltos ou receber outros


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Janela com verga reta Igreja de Nossa Senhora do Rosario
tifzóznzzz/Mo. I
Iavores, seja de canteiro nos de pedra ou entalhes quando de madeira.

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Os quadros podem ser, tambem, ' em massa ressaltada do plano das alvenarias
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cerca de 0,10 a O,12m., lisos ou relevados. Há casos em que o quadro externo de massa
se completa com peitoris de madeira (fig. 65).
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Nas igrejas os quadros da porta principal adquirem grande ênfase, compondo-
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se por vezes com linhas caprichosas. (foto 32)

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e peitoris levam rebaixos ou batentes, onde se
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ajeitam as folhas,
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salvo quando sao mistas, ficando o rebaixo no caixilho sobreposto.

As ombreiras das portas, geralmente recebem socos, sejam simples, comalmokj


i fada rebaixada, ou trabalhados, inclusive em forma curvilinea, como em perfil de 1A
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ànfora (fig. 67) e outros. Na pru mada dos apoios das vergas pode ocorrer decoração em "
mente . . . .
.
relevo, geral _

c9WmM_motivç¿s,florais e, nas igrejas, Çom..cab.QQê_$ Çeanjos. Estadeeo-


ração pode descer. sobre a ombreira ou ser paralela a ela, já sobre a parede. (fig. 68)

A verga,,d_a,..mesma .foi;i;na,_hpode ser_li§a_ ou acompanhar os rebaixos inseridos


nas ombreiras. Leva, por cima, comumente, cornija resumida a um simples cordão e
filete inoo.rp,Qrada àVp_rc'_›_pr¿ia_verga-ou a ela sobreposta.

Esta cornija po_de_ ser de madeira, cantaria ou massa em estuque, usando-se


FOTO 30
Janela com verga triangular. Diamantina/MG. (Foto - Suzy gesso em alguns casos. Quando sobreposta, encosta na verga ou deixa espaço até ela,
de Mello) lazendo-se mais alta, quando é quase sempre de massa. Pode ainda a verga, sendo cur-
va, levar fecho real ou aparente. São também, por vezes, coroadas com decoração
mais
diminuta quando em madeira ou massa e de grande porte nas de pedra, com composi-
çõesconchoides e florais a que se acrescentam figuras soltas ou medalhões. Ocorrem
também tarjas, com ou sem coroas, com escudo de armas.

Há, também, portadas antecipadas por colunas arcadas, após as quais aparece
de fato a poita, com no caso da Câmara de Vila Rica. Ainda a marcar a porta principal
dos edifícios, encontram-se balcões e janelas de púlpitos, sacadas ou balcões corres-
pondentes, no pavimento superior, como seu coroamento.

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cordão

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FOTO 31
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Portada da Igreja de São Francisco de Assis por Antomo


Francisco Lisboa. Ouro Preto/MG.

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Duas femeos
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' Coroamento da portada da Igreja de Nossa Senhora do
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Carmo. São João del Hei/MG. (Foto - Suzy de Mello)
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Macho e femea V

FIG.68 Juntas de folhas sobrepostos


119
de telhas. (fig. 65)
Há, ainda, janelas protegidas com beirada própria,

na junção com os paramentos das


Podem os quadros levar cordão so b reposto
paredes, servindo quase como mata-juntas
ou alisar, como hoje existem. Este cordão
em verdadeiro alisar, compondo caixão
sobreposto pode se ampliar e se transformar «alisares-
inteiro c .re a ombreira
' ou limitando-se
' ' às paredes. Neste caso, ast áb uas
rebaixos.
`

pelo menos com


Cl ue recobrem
o marco são freqüentemente trabalhadas,
(fig. 69)
¿z.

Já no século XIX os quadros de madeira maciça dos vãos são subst.it.uido§_por


tábuas
caixões que apenas envolvem .a parede, compondo-se de ad uelas, que são as
paramentos.
espessura, e dos alisares, que correspondem aos

a espessura e as dua s faces da


Os caixões podem ser inteiros, abrangendo
meia espessura e uma das faces do
rede ou de meio caixão, revestindo somente
com aduela e alisares, ou com os
mento. Podem ser colocados já completos,
cantos são sempre de meia
assentados depois do revestimento pronto. Os
comumente amaciadas por pequenas
isto é, em ângulo de 45° e as quin as são
"
I' d o ja comp Ieto , as dobradiças se fixam
ras. Quando o caixão é ap_ica
no topo do
No caso contrário,
aduela. as dobradiças se fixam em
que faz rebai xo com a

da própria aduela.
basicamente dos
importante salientar que os vãos internos não diferem
É
~ rasgos de chanfro, exceto
ÍGTHOS 3 l'lâO SBF QUE Gp€|'lãS Fal' a ITI ente compreendem
/ como .igrejas
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, . _ _
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e construçoes oficiais. Isto
edificios de maior importanciaí
_ _

internas quase sempre são apenas divisórias tendo, por ias?


arq uitetura civil as paredes
pouca espessu ra.

“ comuns nao
` arcadas, sao
Quanto as " como em pórticos. Os arc
" so' em poroes
em p ilastras com ou sem capitéf
podem ser de alvenaria de pedra ou tijolos assentados
simplificados ou com socos.

As madeiras usuais são as mesmas dos esteios, de relativa


dureza, salvo para i 1'
cordões, cornijas e Uentalhes, que são trab alhados
em cedro ou outras especies ziii Á
macias. As pedras mais usadas são o calcáreo,
o arenito, o quartzito ou o gneiss, sen
ta lcosos (pedra sabão) por sere
que paraas trabalha d as, pre f er em-se os calcáreos e.os
Z

menos duras. .

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com cha
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.O fechamento dos vãos é sempre de madeira, às vezes reforçada
d eias, são usadas as folhas de ,ii fe
ou fitas de ferro. Em casos especiais, como em ca
'
. s
i=ie.ó9 Aimefeaz.
em grade.43
decorrentes do
Quando é usada a madeira, ocorrem várias modalidades,
`

cesso de se compor o painel. Podem, assim,


ser de tabuado ao comprido de -
› 120
l
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vz

.l
ou organizadas em quadros. Quando de tabuado, astabuas são mantidas na sua
por travessas emalhetadas no tšrdozlóu,êmaishrevcentementer, embutidas na espessura
tabuado mais cãšõ”sã'o"tã`mb“é'm" conhecidas como portas de
fro, tendo emwvgista o rasgo das tãbuas`önde se insere a travessa e, no segundo,
das, entaladas ou relhaclas, nome dado às travessas (relhas).44

A- tábuas podem ser colocadas em plano único corrijunta s secas, de meio


otimacho el_f»§§mea,“Õ`iÍ*sii^nAplesmente”š5'5FÊpostas. Neste último caso,


ficando a do meio rebaixada por um lado e ressaltada por outro.

Neste caso, asju ntas são de meio fio ou de 2 fêmeas e as quinas vivas do ressal
to são adoçadas com moldura singela de meia cana. Este ressalto pode ser em toda
altura ou terminar a pouca distância dos extremos, nos quais a espessura da tábua
reduzida para que as portas tenham a feição de engradadas.
1 A
Ja as folhas engradadas tem sempre painéis de almofadas rebaixados do
interior e salientes do exterior; ou ainda, salientes dos dois lados, salientes de um,
no de outro ou, mais modernamente, rebaixados dos dois.
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As junções do engradamento com os painéis almofadados (fig. 70) podem
simples, de macho e fêmea ou com fêmeas tanto no painel como no quadro,
são conhecidas por envasiadas ou almofada de sobreposto. Quando a almofada
macho, pode este ser recortado na espessura da tábua, deixando encosto ou, então
singelo, servindo-se logo dele a moldura. Mais modernamente, a almofada apenas
Cí..

li;
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encaixa na fêmea do quadro. (fig. 71) O


As quinas dos quadros e painéis podem ser vivas, porém, mais

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se apresentam amac_i_adas em meia cana, seja saliente ou reintrante. As almofadas
são pelo menos chanfradas em liso ou levam moldura cornijada, terminando o centro
em plano ou pirâmide, à feição de lapidado, quando são conhecidas como de ponta zz
diamante. .
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< _. . _ . , Í
As portas e janelas de madeira com almofadas podem ter uma destas movel
formando\poištigÕ (foto 33) que, posteriormente, é acrescido de caixilho fixo de vidr
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pelo lado de fora. -
7

S' *L

Em portas de grandes dimensões estes postigos podem se transformar em vão,


de passagem como na Câmara de Ouro Preto ou em portões de chácaras. (fig. 7 fi

As portas muito elevadas contém também bandeira fixa compondo-se com 'zi FIG 70
'
Janela com pq rap e'i ' ° 5°cqd°
folhas, não notadas quando fechadas, ou ainda caixilho de vidro nas construções â~
,
fe" do f°|h°s c°m (dm o f ci d
nos antigas, fixos ou moveis, basculantes. Estas bandeiras podem ser, ainda, de tabua ciS e o '
P .sh5°
recortadas em serra de tico-tico. f
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FOTO 33
Janela com bandeira xa de tábuas recortadas Resldênma
Tvradentes/MG

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FOTO 34
Janela de gelosía. Residência em Tiradentes/MG.

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F|e.72 R°'W'°S
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As folhas abrem-se sempre para o lado interno
- '"
dos vaos com ex ce Ç ão' srf
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gelosias rotuladas e das vidraças.
cruz, meia lua, coração etc.,
paraa visada lateral. São sempre
›~~‹ colocadas do lado exter-
t

cê A|ém das fomas madcas iio das co nstruçoes,


" sejam
cega; ou com postigos, encontram-se tipos vasad
' incorporadas no quadro com
'
, I como é mais comum em Minas, batentes , se`am
j sob repo st as
provi'd os d e c a'ix ilhos de vidro . funcionando como guilhotinas ou abrindo sugerindo aplicacão posterior
à janela p ro riam
para foi ima- NGSÍB CHSO até H d0b r ad'iça e colocada,
.
p en t e
'
_ .

São encontradas também as folhas entreliçadas. ~


nao
~ de topo no batente, porem
piiramento externo tanto das ombreiras ^
' aberta no
'
quanto das esquadrias. Quando
apenas penduracla por ganchos em caixão é
na verga. Estes detalhes fazem
As trelicas, muito usuais na arquitetura tradicional, são elementols de das trelicas um elemento
~~'“" “
compostos de fasquias, taliscas ou réguas de madeira,
és -
"
veda »-L ilu acabamento supletivo, funcionando
quase como cortina.
-
de seçacä,'¡s‹3ër}1ii§`Lr_f,{;L_1,Lk
ar . Dreg alz
umas sobre as outras, em sentido contrario e suportadas pelo engi=a Nos balcões as trelicas podem
amento. ser colocadas em painéis formando
jjuarda-corpo ou, internamente, o próprio
completando os balaustres. A parte
O cruzamento das peças pode ser normal, formando malhas quadradas, néis costuma ser cheia, em almofadas. inferior dos pai-
ou -*¬ As trelicas podem, também,
_

diagonal, determinando malhas losangulares. Em certos casos as fasq uias


.
cão, acima do guardacorpo, fechar todoo bal-
internas com folhas de abrir e bandeira
perpendiculares diagonando-se apenas as externaâ que lormam o que se denomina de muxaribiê para cima. Nestes casos
f°"mam qUadrad°5f |°5a"9uí ou muxarabi.45 (foto 35)
ooncêntricos ou triângulos divergentes rematados por uma pequena almofada
cenii
em ponta de diamante. Esta composicão externa pode repetir-se
internamente As folhas podem se r a b ertas
normalmente, em torno de eixos
~ em sentido inverso, dada a necessidade de se cruzarem as reguas. iieste caso, se chamam gelosias
.
- verticais e,
ou em torno do eixo horizontal,
r

iior, denominando-se então rótulas. em sua parte supe-


(fig. 73) Como, no geral, este
As inclinações das taliscas podem ser de 45° ou Dflel preferido, o termo rótulas passou último sistema é o
àS d¡90na¡5 dO '›~ a de nominar, por extensão,
todas as treliças.
nel I mas quase nunca cruzam-se em verticais e horizontais. O desenho
geral e final ci A s treliças podem l

› completar-se em um soz painel


-
ou compor-se com dois ' ou mais' paineis,
' ' teressado
in ›
" ainda ser compostas de taIis_cas
j.ivneira s, f'ixa d as em quadros de madeira, quando de taquara trancadas como
--| divisões do engradamento ou a um conjunto de folhas. _
são conhecidas como uru ema
(lig. 74)
p S' j
'
*
As fasquias têm dimensões mínimas, C0m SGÇÊO i

em t°"“° de 0f015m" as As trelicas destinam-se a oferecer


correspondendo aos cheios. Sua fixaçao
~-
ao quadro se fa2 DOF m eio de fêmea lugar fresco e discr eto, protegido'
do sol e
-
ilo devassamento, mas com ventilação
meia madeira em cada fasquia, formando as duas, interna e externa, um mac e iluminação suficientes,
0 origem mourísca. sendo de indiscuti'vel
pleto ..s~Í;f»~

Do mesmo modo que as trelica


s, o vi'd ro tem largo emprego
na nossa arqui-
O_9..UÊdf0 pode tambem apresentar-se com rebaixo sobre o qual se letura tradicional. A principio,
pela dificuldade de sua obtenção, j

.
'
fasquias externas As extremidades internas do quadro podiam levâr m oldura
- ~

iios edifi'cios de maior importância, foi usado apenas


como igrejas, fechando os oculos
)

frisos e rebaixos de diminuta profundidade O quadro tem i)maI'i; se i u riltas, fixas. ou as janelas
B × šlsslm
espessura (0,02 a 0,025m.) quanto na largura (O 05 a O 0 m sen
0 D or
metade das dimensoes usadas hoje em engradamentos semelhantes. As Posteriormente, para o final do
século XVlll, começou a ser
usadas sao as macias e leves. cedÍro_,_p_i_nhO. DH¬h0 iuu uso nasresidências porém, ainda em 1870, generalizado o
de N93- eram considerados "como os mais
losos ornamentos no interior cus-
\ do Brasil", no dizer de Spix e Mai"tius.4°
A5__zr,ç|içaâ_têm ,., (foto 36)
aplicacãovariada nas construÇ0eS .
Seia C0mp0i1:o folhjas
" São encontrados,
~
nelas,Ade portas (parte), balcoes, guarda-corpos, varandas, C0l'0ä,
^ como as treliças, acrescidos, sobrepostos
Vã5l0S 9503 as, aos antigos qua-
s

E .. ilros de folhas cegas. Sobre as


citar alguns exemplos. ombreiras são pregadas réguas-guias
llictina de subir e descer, suportadas, das folhas de gui-
quando elevadas, por meio de um
ilii metal composto de duas chapinhas elemento
As janelas podem ou não levar bandeira fixa de torneados ou de tábuas e um eixo, chamado borboleta.
tadas. (foto 34) Comumente sao ~ salientes
' " ao Ea ramento da
em relaçao arede
fofma Pode também uma das folhas ser
\ ..
do caixao
- -
cujas laterais,
-
quando cheias,
'
levam pequeriaS 8 ef UV as em
fixa, a de cima preferentemente, quando
viío éde verga curva. Neste caso, a o
régua é colocada sob a folha,
lormando guia, que apenas vai como escora e não
126 existir para o painel inferior.

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F|G.73 Dobradiça
1

de cachimbø I
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1
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FIG- 75 Trcmquefa
\

128
129
com mínimas seções para diminuir Q seu
Estes caixilhos são de madeira leve e
peso. O quadro tem seção média de 0,02m x 0,07m. e os pinazios ou réguas de divisão
com seção em torno de 0,03m. e rebaixos de um lado, para o vidro, o que lhe reduz a
face a 0,01m. Fica, assim, o quadro subdividido em pequenos vidros de cërca de O,20m.
x 0,30m., que só depois atingiriam maior área. A subdivisão mais antiga compõem-se
de 6 ou 9 vidros com 2 ou 3 réguas horizontais e verticais.

Aparece ainda o caixilho fechando os postigos de portas e janelas, fixos pelo


lado de fora.
FOTO 35 .

Mu×zzzizâzm50izfzaa.Diamantina/Mc. Folhas de vidro de abrir aparecem no século XIX, inteiras ou com partes em
venezianas. Temos, ainda, as bandeiras de porta e janela, fixas ou móveis, basculantes
em torno de um eixo horizontal. Também as claraboias e vãos de trapeiras ou lanter-
nins são fechados por caixilhos de vidro, geralmente fixos. Excepcionalmente, em re-
giões propicias, é encontrada a mica (malacacheta) no lugar do vidro. Os caixilhos
podem ser subdivididos, não em reticulados, porém com os pinazios formando de-
senhos, já no século XIX, principalmente nas bandeiras ou partes altas das folhas.

t e
. Para a fixação das madeiras dos quadros e folhas raramente são usados pregos,
t sendo sempre engazepadas” ou amarradas a torno de madeira. São as ferragens usadas
' naturalmente, para o movimento e fixação das folhas.

movimento, adotam-se as dobradiças de cachimbo nas folhas de maior


Para 0
peso e mais antigas, fixadas na ombreira onde vai inserir-se o pino do leme preso na
folha. As portas têm comumente três dobradiças e as janelas, duas. Podem também ser
do feitio até hoje conhecido, porém, na tradição, pregadas sempre na face da folha e
nã/o` ¿na\sua junção com o batente (como é usual hoje) em virtude de suas largas dimen-

sões que podem sertais a ponto de se prolongarematéatravessar quase toda a largura


da folha. São fixadasa prego simples de ferro batido ou grandes pregos de cabeça re-
donda que vão aparecer pelo lado de fora. Estes cachimbos são também chamados
FOTO 36
ferro missagras. (fig. 75)48
Balausrres de madeira torneada e guarda-corpos de
em sacada. Sobrado em Sabará/MG.

Outros tipos de ferragens usadas nas esquadrias são os ferrolhos, que são bar-
ras colocadas verticalmente nas folhas e que, por meio de gancho e movimento de rota-
ção,se encaixam em peças colocadas nas vergas e peitoris. Podem também ter movi-
mento apenas vertical, inserindo-se em rebaixo da soleira ou do peitoril. Alguns deles
são ainda garantidos pornmeio de fechadura que prende _a___a_lça destinada a rotação da
peça que, assim, nãogtem este movimento. › li O

Ocorrem, ainda, as aldabras, que são tipos de maçanetas, em forma de alça,


com as quais pelo lado de fora, se levantam as tranquetas e que também servem como

131
mí /
i

NOTAS AO CAPÍTULO 5
" ldrabas fixas
.
dade aperiãS. S30 as 3
Com esta ultima firiãll
-
'
_

~
.
instrumento de Pel'CU55a°- ,, te 50 da ¡
~ chapa ou botao de
ferro Para Dro Ç išris
mvamuno recai da.,percussao. i

«Y Q
e q ue , como
- ENSUTADO = "Assim, rasgo ensutado seria aquele que possui em seus flancos, engras og
s sobre ostas nas folhas
¬¬›
s %e×lS°S"- .ff/'_/z.e,.~.¬.,.‹.J“"z'.
móveis D0r dentro. ENGRA = ”Corrúpt`èla de ângulo, designa o canto formado por duas paredes concorren-
As tranquetas sao pequenas de erro f HO P oftal - São
amfanca '
eSD€"az tam bém da ser movrdaâ tes. O termo comumente é aplicado para designar o canto reentrante, para
diferencia-lo
-

inserem
- em am -
vas, se aldabras Podem
e. D or foraff pelas do cunha|,_que é canto ou ângulo saliente. A palavra engra, às vezes, também é aplicada
em
meio de orelha nelas fixadas ix
a pelo lado de fora à feicão dos blin-blin
'
'

que "fazem ângulos” com outras. Por essa razão,


, f
relação às paredes ou faces inclinadas,
estando neste
. -

pelo lado externo, chama-se engra, ou enxalso, a face inclinada em cada um dos lados do rasgo
de uma lapela
melo dedelra colocada isobreta ama aÇsatranquetas
hgje edeque, por alavanca, evan ou porta situada em parede de grande espessura".
dos postigos. (fig. 75)
*

rasgos
as pequenas tranquetes ENXALSO = “O mesmo que engra, quando esta palavra designa a face inclinada dos
ma deira no seu de portas ou janeIas".
ortas em meia - São *-“eulo
O

'
~ s nas
Fechadura.S..de Dalei 58° °°|°°ada
-
p ' d temo quando se Apud CORONA e LEMOS, “Dicionário da Arquitetura BrasiIeira", Edart
l e s ou reco rtado
pelo la o ex .
e com espelho simp
' Livraria Editora Ltda., 1? edição, São Paulo, 1972, pgs. 187, 186 e 189.
mento interno

«VV
¿\~:
por dois lados. ~ "Nas janelas das prisões, colocavam-se grades de madeira ou de ferro e, bem entendido,
_ i\

foram su bstituídas pela


cremones que cada janela leva(va) duas grades" quase sempre. Grades de ferro de macho-e-femea
. nolatua l, estas ferragens
XIX simplesmente, ou, então, de macho-e-fêmea com travessas encalcadas. Ferros de
I el .¬.ole‹~a:'êi
Ja no seculo 1 `

' “ Pe la pa me 8. 00" ' e meia foram os preconizados por Alpoim, em 1745, para a Cadeia
de Vila Rica. Os das
comum de lUÇa0f .

grades da cadeia de Mariana deviam meter todas as suas pontas meio palmo
na -canzaria.
tipos e model0S- .

como diversos outros Grades de madeira encontramo-las em Aracati, Jaguaripe e Goiás. Alpoim determinou
i

,
io )(l)(.f por venezianas.
' Estas lado”. Grades
~
00horizontalmente
59€*-l
-
mchnadas para a cadeia de Vila Rica que as grades de pau tivessem “três polegadas de
sao bémiconhecidaiâ
inseregn _

As folhas Leiam
de pau, feitas com pernas-de-três, é como diriamos hoje. Advertiremos, porém,
que rodas
.

ro on z

d 0 as á Q uas as grades de madeira eram chapeadas com ferro. As iarielas "para se


fecharem as grades
C°mP°5ta5 de um qua ~
a venti lacao mas
- evitan
'
enchovias" apareciam sempre reforçadas. As das enxovias marianenses foram manda-
' '
. permitindo
,

mente, réguas de ma deira -


das
das fazer com quatro dedos de grossura".
THEDIM BARRETO, PAULO -
"Casa de Camara e Cadeia", in Revista do Patrimônio
Histórico de Artistico Nacional, n? 11, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro,
1947, pg. 123.
l

i
44 - RELHA = “Peça estreita e comprida de madeira, que atravessa as tábuas que compoem
comuns, aparentes
as
no
folhas de portas e janelas solidÊ{i,za<nd,o-_as. Ao contrário das travessas
., .i0:z›'_›,._¬_
tardoz, a relha fica totalmente embebida na espessura dos pranchoes .
Apucl CORONA e LEMOS, ob. cit., pg. 406.

- PINTO, ESTEVÃO -
"Mu×arabis e Balcões” in Revista do Serviço do Patrimônio Histori-
1943, ':›i¿s.
co e Artístico Nacional, n? 7, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro,
em Diamantina, já não existe um só muxarabi' intei-
' 317, 318 e 319: "Penso que, a não ser
todas
ro no Brasil. Esse elemento arquitetônico, entretanto, talvez se encontrasse em quase
as cidades coloniais do Brasil. Do Brasil e de toda a América Latina (em
Cuzco, em Bogotá,
etc.). É possivel que os muxarabis tenham relação de parentesco com os baIestrei__r9__s (mâ~
das
chicounlisl. Os balestreiros eram fortificacões abalcoaclas, eretas geralmentevggéailto
torres. Serviam para defender a entrada dos castelos ou das praças. Essa relação é tão clara
percé de
que Henry Guédy define a palavra muxarabi da seguinte maneira:-"balcon ferrné,
mâchiconlis et ordinairement placé au-des-sus d'une porte pour en défendre I'entrée".
(Dictionaire d'Arch¡tecture", Paris, 1902, p. 369). O que é, também, com mais clareza,
a
élevé et
definição dos enciclopedistas franceses: "Sorte de balcon, garni d'un parapet
offrant par les bas une grande ouverture pour Iancer des projectiles, que les ingénieurs
z

militaires du moyen âge établissaient audessus des portes et des fenêtres suyettesà !'esca‹

133

› 132
do século do Amãgoougdâgexistem dois a“Qêl`çQg`d`Q§"Q`uÍmu×ambÍs Não estãc' ¡"t°¡"°5- Um "a Wa
lade". É oportuno lembrar que o arco de Santo Antonio (Recife), nos meados
I O outro na Fr-aça Conäelhewo João Amedo'
np 7' A Prça C°"se|'he¡'°
XIX, possuia uma espécie de abalcoado, não se sabe se algum vestígio das edificações des- João Alfredo
era' Outrora' ° trad'°'°"a| Pá'“° de 350 Pedro”.
_ `

proteger passagem de sua porta. Outro interessante abalcoado era o arco de


tinadas a a
Bom Jesus, também no Recife. Estava voltado para o lado das
construções em que se aloja- 46 - Ver nota 10 (Cap 1)
' “
do mesmo arco, depois transformadas em capela. (cf. A.A. Pe-
va o capitaão-comandante GANZEPE “Nome
42,1891, p. 285 e 55) 47
reira da Costa, "As Portas do Recife”, em R.P. n?
civis, foi um passo. Esse fato ma¡s estreha fundo Zm_a|he fe't° a_° |°f`l9° de uma peça de madeira, cuja boca é
para construções
castelos 2' ds§":' de p°"_f'|f 3 °°"CaV|Ód6 Possui seção trapezgidar Há
A passagem dos muxarabfs, dos as
uma obra de madeira destinada à quem chame de
parece mesmo ter sido comum. “Bretèche", v.g., era
praças-fortes. Diz Viollet-le-Dac que a "bretèche" foi, posteriormente, emprega- das tôpo a tõpo de dual: v' S ITS' eme? ma-n-gula-res que delimitam tal emame' Nas eme"
defesa das
("Dictionnaire Raisonné de l'_Architecture Fran- Cesar de Ra¡nv¡“e no ,,o|%Í.s horizontais Fujñltas a traçãc' é cpmum ° empre9° d° Qazape-
da em muitas construções civis da Europa. z.¢mDfe9 3 ffma ”9I'2épio", naturalmente
o motivo porque as primeiras mo- In ola Bra5'|Ê"'°
caise du Xle, au XVle. Siécle, ll, Paris, 1867, p. 67). Daí corruptela d ° Ve"dade'f0
I
'f9l'm0 Portugues. Apud CO RONA e LEMOS, ob. cit. D9- 237.
-

(Nâo foi outra, por exem-


radias da idade Média lembram tanto as fortificações militares. 48 NHSSAG-RA “O
Ahlenstiel-Engel deram certas mesquitas e palácios árabes,
plo, a impressão que a Elisabeth que›b'§a¬¶Ê!_qfBIÊÉ'¢a °U Q0Z0".
ameadas. A impressão de fortalezas ("Arte “No norte do Bras" uSa_:-go
com suas torres, barbacãs, seteiras e muralhas
A propósito convém lembrar que Morales de los Rios GONZO = "Gener¡cam‹:r:tm :els frequenc'a.ã_fõ?Tñä«“m›¡Ssa9"a"-
116 fomea da'$e ° “°m€'..Q¡$-3; 90f`›Zo a todo dispositivo rudimentar que
Arabe, Barcelona, 1932, D. ss.).
acredita no caráter defensivo das sacadas dos velhos sobrados recifenses
- sacadas apoia-
permita
COäÓNA, e porta, ou lapela, em torno de umyei×o"'_
com estrado móvel, o qual poderia ser facilmente ser retirado ao pri-
das em cães de pedra 'ob' mt" 995' 323' 78 9 242-
M. de los Rios vem favore-
meiro sinal de ameaça ou perigo. Se não há engano, a teoria de
origem militar ou defensiva dos muxarabis). Os muxarabfs eram, pois,
cer ahipótese da
medievais. Depois passa-
construções militares. Defendiam as portas e janelas dos castelos
aszportas das habitações paiftiçulares. Assim, e talvez .possivel
ram a defender as janelʃs"e
ligar o mu_¿‹arab|' à ,idéia de .Ptoteção,.de.amparo, .d§..i§9!!!'.a,nça.
local onde se pu-
Literalmente a palavra muxarabi' significa o “sitio das bebidas, o
"Mu×arab" quer dizer, em árabe, "chafariz" e
nham as bilhas afim de refrescar a água".
"quartinha". A origem comum é o verbo ”xariba", ”beber".
“ma×rabia", "moringa" ou
a forma “muxarabi", vulgarizada
l (Os espanhois dizem “muxarabia", mas preferi adotar
no Brasil através da corruptela francesa "Moucharabieh").
A sinedóque a “moringa", em
l

vez de "o lugar da moringa” - é igual à do emprego da palavra "vela" em substituiçãoà ›

o muxarabi é a de "conchêgo",
frase "o navio de vela". Logo, outra idéia relacionada com
a de "adaptação ao meio ambiente". Os
) a de “bem estar", a de "higiene". Ou melhor,
nas ruas menos espaço-
) muxarabís, no Cairo, em Medina, em Bagdad, quase que só se vêem
de pátios jardins. O muxarabi vem suprir essas defi-
sas da cidade, nas casas desprovidas e
o lugar mais fresco do lar.
! ciências. Recebe, através de suas gelosias a ventilação da rua. É
pensa Pedro Calmon, a urupema
_, Nele é que se guardam as moringas. Ao contrário do que
da Sociedade Colonial",
I não "condenava a umidade", não "habitava à tristeza" (“Esplrito
um encanto. Já há cem anos passados, quando J. J.
São Paulo, 1935, p. 57). Antes era
Marcel percorreu a cidade clássica dos muxarabls - o Cairo - teve a impressão de estar .

des arabes, etc. (2? parte),


relendo as "Mil e Uma Noites". (Egypte, depuis la conquête
medievais, de andares "em
Paris, 1848, p. 176). É preciso não confundir as construções
balanço" -
tais como as de Lisieux e de outras cidades européias - com os muxarabis. 5

Lisieux similares datam do século XV ou XIV e são influenciadas pela arqui-


As casas de e
os muxarabis com certas
tetura dos castelos e edificações feudais. Também não confundir
casas de balcão da Holanda (de Dordrecht e outros),
tão diferentes na forma e caráter,
os velhos sobrados
como aliás fez o missionário metodista Daniel P. Kidder, relacionando
com 0 estilo flamango). Tudo por causa dos muxarabis, que davam um extraor-
de Recife
corrige o ex-
dinário encanto às ruas daquela cidade levantina. Por outro lado, 0 muxarabi
muxarabi, descreve Ricardo Severo, provém dos “paises quentes e
cesso de iluminação. O
à da folhagem das árvo-
luminosos, como vêdo contra os raios do sol: a ação é semelhante
enredada treliça coa a luz, cuja intensidade se acalma, produzindo ao mes-
res por cuja se
mo tempo uma sombra fesca e um arejamento natural e perfeito”.
135
' 134
CAPÍTU LO 6

COBERTURAS

As coberturas apresentam, na arquitetura


tradicional brasileira, variações
quanto à forma bem como quanto aos seus
acabamentos, entelhamentos e tipos de
aberturas.

As coberturas mais simples


limitam-se a um só plano quando são denomina-
das de meia água, (fig. 76) mas
podem apresentar duas águas, (fig. 77) com cumeeira
entalada entre as duas empenas, sendo chamadas
de cangalha ou, ainda, serem consti-
tuídas por múltiplos planos -
três, quatro ou mais ~ já com tacaniça ou
copiar, (fig.
78) denominação dada às águas de área triangular
t .. entre os aspigões. Quando as cober-
. ,
uras nao se referem a plantas quadrilateras, .
protegendo areas poligonais mais comple-
xas, aparecem, na interseção de águas que
eventualmente se cortam, os rincões.z'« i

Denomina-se empenaa parte superior


triangular das paredes que alcança a
cumeeira, limitada por dois planos da
cobertura, sendo também, conhecida como
outão ou oitão.

Quando a empena volta-se para a frente, limitada


inferiormente por uma cor-
nija, chama-se frontão e, no geral, recebe decoração
adequada. (fig. 79)

Nas construções mais antigas a cumeeira


é sempre paralela à fachada princi-
pal, por vários motivos, entre as quais o uso de
se construírem casas juntas uma das
outras, evitando-se assim a calha intermediária
dos telhados de duas casas contiguasƒ
Por esta razão e por extensão, chama-se
também paredes de empena ou oitão as pare-
‹lus laterais das construções.

Dado que as casas são sempre retangulares, o


uso do rincão é raro aparecen-
ilo, a principio, nos encontros dos puxados
trazeíros para servico, e nas construcões
ill: maior importância, principalmente as
que dispunham de páteo interno.

Se bemque sejam enoontradásreferências a..tesour.as_nas..cob.er1ur.asmais


anti-
UHS, 1169560 .ela,sarmada.S como hoje. são .f.eitas,_is1_o _é, c_om..r2e.n.durais.ao.centro. Eram
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.1¢
í FIG 8`I Pernas ccubrcus
FIG.79 aspas

» 138
/\
` ._
.

estes substituídos por pontaletes, com os empuxos


laterais transmitidos diretamente às
paredes onde se apoiam as pernas.l ` vezes a l'in h a a Ita é encontrada no terço médio'
As
das pernas, (fig. 80) linhas cruzadas ou aspas
francesas (fig. 81) resolvendo em parte
esses empuxos, sendo essas armações conhecidas
no norte como canga.de›por1:o. Qua-~a
a estes caibros armados ou pernas caibrais
com as ripasí
se sempre a estrutura se resume
por este motivo, e grande oct
assentando diretamente sobre eles. Nos telhados antigos,
pelas rupturas das madeiras
número de pontaletas e escoras que ainda é aumentado
ou no caso de construções
submetidas a esforços excessivos. Quando o vão é pequeno
terças apoiam-se nas empenas ou em pontaletes.
modestas, a cumeeira e as

a tosco em seção d
As tesouras, cumeeira e frechais são sempre esquadriados
1

podem ser de pau roliço. As ripa


cerca de um palmo, sendo que as terças e os caibros
largas (mais de 0,05m.), muito próxi
são de varas, de fibra ou de réguas, quase sempre
alinhamento e com aproveitamentl
mas umas das outras para receberem as telhas sem
máximo dos pedaços do material usado.

pela peça que cobrem


De certo modo, os frechais externos são amarrados
nas igrejas, são aplicados tirantes
paredes internas e, no caso de grandes vãos, como
madeira ou ferro.

sobre o
Em certos casos, as terças e cumeeira são apoiadas diretamente
esteios ou pilares de
gamento das paredes internas, quando maciças, ou sobre
Com esta
(fig. 82) como nas Casas de Câmara de Cachoeira de Maragogipe.”
com os seus próprios
int:--1-1-iii...
Í'.-.'‹
l

¡ pode o cômodo central da casa ter seu fôrro mais elevado


comum em Diamantina.
compondo as terças médias da cobertura, como é

cima, facilitam,
As cumeeiras, comumente colocadas de quina para
das pernas, ou sobre
pregamento dos caibros, apoiando-se sobre o cruzamento
apoiadas as pernas nos frechaf
letes em boca de lôbo. Com este mesmo encaixe são
em meia madeira, pa
(fig. 83). Estes, geralmente, também se cruzam nos cunhais,
melhor amarração do quadro.
r
FlG.82
de paredes de grande esp
Os frechais podem ser simples ou duplos, no caso
no frechal interno ou, no má×imo,¿
sura, entarugados ou não, apoiando-se as pernas
da sanca. O frechal, no
tarugo5° (fig. 84) sendo que o externo recebe armação
`4
a
os seus respaldos ou nelas mergulha'
das paredes maciças, pode ser solto sobre

um forro sobreposto
Aparece ainda na cobertura, o guarda-pó, que é
'

caibros e composto de tabuado liso. Neste caso, sobre o


fôrro podem correr
caibros de menor seção e o ripado ou somente o próprio
ripado. (fig.-85)

141
0 140
l
i:
Q
i

As coberturas apresentam saliências além dos parâmetros externos das pare-

'i
des que são denominadas beiradas ou sancas. Sua função se prende precípuamente à

cume eira proteção das paredes -


sejam de alvenaria f ou com mais razão, de barro contra a -
'O' acao das águas pluviais Por isto mesmo, o balanço das beiradas e diretamente relacio .
_
-

nado com a altura da parede a ser protegida e a qualidade do material do qual é feita

uma As beiradas podem ser:


' \7_',Í - de madeira com estrutura aparente - cachorrada - quando são_cba.madas
beirawi_s;, F” lí* ` 'Í

how de perfiladas, quando são chamadas cimalhas, sendo feitas dos seguintes mate-
lobo riais: z_-¿ ""'*¬'*`{”`~"~

F I G . 83 - madeira
- alvenaria massa
A
Ê

e
- cantaria ou ensilharia
9- estuque.
.E z

Outro tipo encontrado é a beirada de carreiras de telhas superpostas chamada


1

de beirasobeira ou beiraseveira, corruptela de beira-sob-beira.


H. ,¡.¿.._.,
i ;

~
l Nos beirais o elemento mais importante é o cachorro, apenas com sua tábua
de beira como ripa externa mais larga e com sua espessura externa em meia cana ou
com fôrro sobreposto em todo o balanço (guarda-pó). Os cachorros são sobrepostos e
. ,`_. cai br o
apenas pregados ou encaixados em rebaixo no frechal. Podem ser estabilizados pelo
frecha ^ "' '51
.li-1!
emprego de uma travessa ou tranca que corre normalmente entre o seu prolongamento
Interno e os caibros, evitando, assim, a rotação daqueles. Esta tranca é conhecida tam-
bém como retranca.

Obtém-se a concordância entre a inclinação do telhado e a beirada com a


FIG. 84 aplicação de uma peça chamada contrafe_ito.que se apoia no terço inferior do caibro e
no terço externo da beirada. Este contrafeíto pode ser de tábua triangular ou consti-
eaiõro
I
tuir-se de uma peça de seção retangular com um próprio caibro, porém, de seção me-
ill?
nor. O contrafeito pode, ainda, ser uma tábua ao comprido, commripa larga, colocada
r p' 4¡lIII||
no cruzamento dos caibros com os cachorros, sendo denominado tábua dos barbates.
|I'*"
. Iililll' I iIl"' guarda po
. lfig. 88) Os cachorros são perfilados no tôpo externo podendo ser recortados em sua
. . II luce inferior, em curvas, dentados, e outras formas, ou mesmo esculpidos em carran- "
‹iiif"' cas de animais. (fig. 89) Quando o contrafeito é maior, pode chamar-se contra-caibro
pe rna

oval desde o meio do caibro até a extremidade da beirada. (fig. 90)


I

As cimalhas apresentam-se em diversos tipos: »

FIG. 85
- de
madeira, quando são estruturadas com seções de tábuas triangulares
lendo sua diagonal recortada de acordo com o perfil a ser empregado. São colocadas
_
\
\\\\\\\\
\\\\\\\\\
-.\\“
`

'fã
V
Í

«li
Cdibro

FIG.86

.
I

I-
L

Tabuas

/J?

%'Q
‹ E V
y‹à'‹
6.1.
i
Í

,__, 'Tabua triangular


FIG.87
FIG.89 Confrafeifos
Cimolhu
4
.ff-'i f.:
obliquamente entre a cabeça dos cachorros e o pararnento das paredes (fig. 87) e sobre
estes elementos são pregadas as tábuas perfiladas das cimalhas que nunca são inteiriças

///.
O perfil, então, mais se aproxima das cornijas clássicas, levando embaixo o competente
cordão e sua aba e incluindo, no meio, o Iacrimal.

-de alvenaria, que não se distinguem muito das de cantaria, sendo de pedras

/ 1


//
de pouco aparelho, revestidas de massa, sobre as quais se faz correr o molde do erfil
p
bastante simples a princfpio e só adquirindo maior desenvolvimento com o inicio do
neoclassicismo.

~ de cantaria ou ensilharia, quando são de pedra, trabalhada pelo menos em


I .

/_,
_,:,_z~.-:-z-;-:__- sua face aparente e encontradiças nas construções de paredes maciças,
tanto nas de
alvenaria de pedra ou ensilharia quanto nas de estrutura mista com pilares de pedra
-~::_._¿~J/<f':`"fj e

“ * """ ›
(es)
AYÂ
z- enchimento
' de adôbes. -

São estas cimalhas, no geral, de menor balanço e de perfil mais simples,


composto quase só de um filete ou cordão e aba, sendo que a cimalha propriamente
dita tem perfil em peito de pomba (fig. 86), salvo as mais ricas, de construções mais
importantes, como as igrejas, onde as molduras se complicam.

l=|G.s8 _ de estuque, feitas com esteira de taquaras, varas ou fibras e massa perfila-
da sobreposta. O seu perfil é, porém, simples e,'como nas de cantaria, quase sempre

/
em peito de pomba. As cimalhas dispensam osfconsolos horizontais aparentes conheci-
dos comg ç_a_çhg§r¿¿s¡'ou os incluem apenas como reforço. Aparece, porém, a tábua de
beira pregada sobre os consolos triangulares e a cama de telhas se completa com o con-
trafeito e o ripado.

' "~{<- Beira-seveira, que consiste em conseguir-se balanços sucessivos de cerca de


/ 0,10mz , por meio de fiadas su perpostas d e te l has. A primeira
' ` chama - se sub ~ beira
` e a do
meio beira, que leva por cima já a bica da cobertura. Por vezes ocorrem apenas a beira
/ e a bica. (foto 37)

; Lil
;;;...Â__›
I - à
5.

Mistas, quan o q ual q uer d os t'ipos d e cimalhas pode ocorrer juntamente


com os beirais de cachorro, proporcionando a estes maior apoio para maiores balan-
ços. São os casos de cimalhas com cachorro aferente. (foto 38) O espaço entre os ca-
chorros em si e a cimalha pode ou não ser preenchido por tábuas onde aqueles mergu-
lham. Encontram-se beirais de cachorros aferentes tanto em cimalhas de grande desen-
volvimento como em pequenas cimalhas compostas apenas de tábua colocada em dia-
gonal, no ângulo entre os cachorros e a parede. (fig. 91)

s, -

Finalmente, existem ainda os beirais de telhões de louça, sejam com cimalha


Fie.9o Arm‹=sã° de beim' muito pequena fazendo beiral solto, ou sejam prolongando o balanço das cimalhas
».

147
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FOTO 37
Residências com beira-seveira. Tiradentes/MG. (Foto - Suzy de Mello)

FOTO 38
Beiral misto com cachorro aferente. Diamantina/MG. (Foto - Suzy de Mello)
desenvoltas. Contudo, têm sempre
do ãiumoistra os desenhos em sua face
beirais compostos apenas de laies
oompletadas ou não, por baixo,

getais como

f
o

`
sapé, a
'

folha de
'
com

As construções no Brasil

vagas a coberturas de couro e pedra.


m assa.

.
-
coqueiro,
cilindro ou meio tronco de cone. As mais
das, de cor clara e tem seu afunilamento
capa e bica, servind
'
'
o g rande balanço sobre seu apoio,
os te lh"es
`inferior.
'

sa I vo
etc.

As cumeeiras são sempre argamassadas,


te, cobrindo o encontro deduas águas.

Nos telhados_ de grandes inclinações


boçarem todas as telhas ou de amarrá-las
telhas não disporem de ressaltos ou
Vez por outra,
que respaldam, em balan

as
ç

p rovisórias
-
' `
encontram-se
o, as paredes
deixan-
tam

antigas são de grande tamanho e bem


bém
externas,

ou precárias, cobertasd de ve-


são sempre cobertas por telhas

m uito reduzido não ocorrendo distinção


o a mesma peça para as duas aplicações.
e mel
.O

cozi-
entre
Há, ainda, referências=

com t e lh a scolocadas longitudinalmen-

ou ponto alto há necessidade de


às ripas, pelo menos as
encaixes que as fixem
'
bicas, pelo
nos seus l ug ares.
se
fato
Q


2

* FIG 9 2

F|G.93
\.z

*-
Inil

em certos casos, faixas de reforço,


Levam também os entelhamentos,
das telhas, para receber água de
das, para amarração contra o escorregamento ou de FIG.94
Estas faixas podem ser de massa
de cima ou para passagem de operários. f'
ia da delas,
uma

sal
as bicas,
' ' ao
seja longo de
Quando de massa, enchem apenas a cobertura
como espinha e que se destina mais a amarrar
falsa capa, conhecida ou para receber
às fiadas para passagem
escorregamento, seja em faixas normais
de cima. (fig. 92)
à mourisca
Quando de telhas, solução é conhecida como entelhamento
a
as bicas ou
Podem ser dobradas apenas

zanji
destina-se mais à segunda hipótese.
_

o primeiro caso é mais encontradiço.


entelhamento, capa e bica, sendo que

itlll
fettw ^ ' ~ `

com ou sem argamassa. As


assentado
Este entelhamento duplo pode ser co m
estas últimas unidas
é , bicas e capas ou só `

lhas po dem ser embocadas, isto os


ou em faixas espaçadas. (fig. 93) Comumente,
em toda a extensão coberta argamassa. Na
beiral são preenchidos com
los entre bicas e capas no tôpo do
às vezes a p arece nas bicas um pequeno pedaço de telha sobreposto -
com o .
entre a
bebedouro -
para evitar a infiltração de água
na maior face
não
da argamassa
existe massa,
e a telha da cumeeira. Neste
caso, por baixo do bebedouro
pingadeiras. (fig. 94)
do estes bebedouros como , i,

mencionado no caso das beiradas,


Fio.95
' No seu terco inferior, como já foi
' acentua da quanto
en t e lhamento uma mudança de
inclinação, em curva tanto mais
`

do contrafeito, chamada galbo do


o balanço da beirada e a dimensão

' 150
vão sofrendo tcrções, de modo a pro-›
Nos cunhais as telhas do beiral também
às duas paredes em'
P orcionarem
concordância entre as duas águas correspondentes
vão se aproximando do paralelismo
normal à parede e
ân 9 ulo. Perdem . assim, sua posição beira-seveira, quando
é encontrada nas cimalhas de
ao espigão. Esta torção também 95)
de rõdo dos cunhais. (fig.
tornejam os cunhais. Chama-se estatorção

Nos beirais encontramos ainda outro


artifício que consiste na tentativa de
e capas podem
às capas. Para isso as últimas bicas
dar-se maior ênfase às bicas e menor o lado mais
ser colocadas em posição reversa
quando afuniladas, isto é, a bica com
crescente em sentido contrário, ou recortada, de" FOTO 39
largo em baixo e a capa com largura com for
Acabamento de beiralSabará/MGYIW
Nossa Senhora Ó,
d
9 ave (Iwmba). Capela

modo a contar menos no tôpo.


à prumada de seu apoio é de cerca
de 0,15m
O balanço das telhas em relação
telhões que podem ter até cerca de O,40m.
a 0,20m., salvo no caso dos
com
diferem das cumeeirase os rinoões se completam
Os espigões não
que em casos de menor importância, o
calha de folha de flandres ou cobre, sendo
de bicas.
cão pode ser composto por uma fiada

freqüentemente os espigões, são


Nos seus extremos as cumeeiras e, mais
umelemento de cerâmica feito a
pletados por uma telha recortada ou por
nos espigões, a curva proporcionada
sempre voltado para cima como continuando,
têm forma de ave, no geral a de uma
contrafeito. Muitas vezes estas terminações
enchimento com massa pelo lado de
ba, conseguida com o recorte da telha
e seu
sem cumeeira, o '
vertice
' do encont ro das ág uas
(foto 39) Nos telhados de copiar,` `

a propósito, seja de cerâmica,


também terminado por um elemento feito uma
das coberturas de torres. Formam
pedra, massa ou metal, como no caso p.c,..,. .,...
esteticamente a composição como
de pinha (foto 40) que não só arrematam Minas, sã'
águas. Em casas mais modestas, em
nam _melhor solução no encontro das
i

para baixo
l
'
encontradas, nestes vertices, simp l es p anelas de pedra sabão de boca

consiste em, sobre as parede


Outra curiosidade que ocorre nos entelhamentos
em uma ou duas fiadas, perpendicularmentei
das empenas, serem as telhas colocadas
inclinação das águas, ficando, assim, de
tôpo. (fig. 34) O mesmo acontece nas lateral
de modo que o beiral aparentememz
dos puxados de varandas e em outros acréscimos o a b ra ii
Em certos casos este processo permite '
contorna o cunhal e sobe pelaempena. f az em curv;
o superior da empena que se
damento dos ângulos, principalmente para os beira
de três centros, sendo dois l

ficando a beirada, no oitão quase em curva


o vértice da empena.
ç

e galbo do contrafeito e outro para

diretamente sobre alvenariaf


Convém citar ainda o entelhamento praticado
- ora das Neves da Ilha da Ma
i
Sen h
.
FOTO 40 ‹

em cu' pu l a e abóbadas como na Capela de Nossa Acaba t d - . , .

men ° e wbeura °°'“ P'"ha~ lgfejã Matriz, Sete Lagoas/MG.


no Recôncavo Baiano.
`

153
152 '
ou não
Devem .ser tambémjregistradas, as coberturas de alvenaria revestidas
por mosaicos, azulejos ou argamassa como no caso das torres piramidais, meias-laranjas l
ä

e bulbosas.

I â

a iluminar e
As coberturas apresentam, também, diversas aberturas destinadas
em simples
ventilar os sotãos ou desvãos dos telhados. Estas aberturas podem consistir
aplica o material translúcido,, geralmente vidro, em parte als
claraboias, isto é, quando se
usados podem ser planos,
da cobertura e no seu próprio plano como alçapão. Os vidros
que ajustam com as demais, em caixilhos fixos ou móveis e, às
(fig. 96) como telhas se

vezes, em plano ligeiramente mais elevado, formando uma


caixa alta. (fig. 97)

com o vão
FIG 96 “A
As aberturas podem, ainda, constituir corpos salientes entelhados,
meia águade menor incli-
em paramento vertical. Neste caso, a cobertura pode ser de
telhados prolongados para cobrir
nação que a água onde se insere, sendo conhecidos os
menor que a constru-
puxados, aumentos de construções, evidentemente de pé direito
que o telhado geral. (foto 41)
ção propriamente dita e sempre com menor inclinação
rincão com duas águas (fig.
Estes vãos da cobertura podem também possuircumeeira
e l
l

ou tacaniça dianteira entre dois pequenos


98) ou ainda se completarem com copiar
espigões. (fig. 99)

que benefi- HG 97
A nomenclatura das aberturas se confunde com a dos cômodos
1

sótão pode
ciam, aproveitando o desvão entre a cobertura e o fôrro. Por
isto mesmo, o


se bem que por mansarda
ser chamado água-furtada,51 trapeira” ou mansarda,53
os cômodos cobertos por águas
sejam tidos, na nomenclatura internacional, apenas
com metade quase
de telhado com duas inclinações, a mais alta de bom ponto
e a l

vertical, como Mansard as idealizou. -


A

elevado de
,~
^
Ainda na cobertura, mas já aqui comqI" um verdadeiro pavimento _- -_¬
N M
N
nao aproveitam
IV
__i_._ ,¬
I
ou mirantes que, na verdade,
cômodo unico, são encontrados torreoes
piso da construção. Comu-
o desvão do telhado mas alteiam-se de fato sobre o último F |G _9 8
pode também chamado de água-furtada.
mente compõem-se de cômodo único que ser `

ovalada com cobertura de vidro a felçao de


(foto 42) Outro tipo de clarabÕia54 é a
sobre o telhado, revestidas de telhas.
lanterna,i"âs'"vezes com suas paredes alteadas
(fig. 100) Í
i'›'r\=',`
¿,_V &šl¢«'f`”ã¡
próprios dicioná-
.

Como se vê, a diversidade de denominações é grande e os

gi l
,

›\
entre a modalidade a
rios as consignam como sinônimos, sem fazer maior distinção
rf
.

que referem a não ser quanto à mansarda.


'
¬f“I ×>¬
'
`

No século XIX, três inovações dignas de nota aparecem nas coberturas: ot


|G 9 9
- A empena se volta para frente e a abertura no sotão se insere na empena dg 1
F

frontão. (fig. 101 l

154
A ¬
Ã

¬¬' vní K FOTO 41


Abertura no telhado com corpo saliente. Residênma
São João del Rei/MG. (Foto - Suzy de Mello)
Em

\
FIG. 100

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*›
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___.-'-,_:_ .¬-_-V..
\ ` i Foro 42
, Í l Ãgua-furtada. Fazenda do Rio São João, Bom Jesus do Am-
.::;_
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I ;.:;_;¬ \ part:/MG.

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wéääagv - .

FIG. 'IO`I

»wz~ W

156 š 157
\
-
Desaparece o galbo do contrafeito em virtude do telhado, já com tesqtga
propriamente dita, fazer-se em caibros corridos que se prolongam além das paredes
formando a.beiraÊÍzÍ,'Íiue deixa de ter sua estrutura própria.
\
- A¬Q_a,|_fe,ç_e a telhaplana, conhecida como de Marselha ou telha francesa.

_Todas estas inovações são decorrentes da influência francesa, crescente após


chegada de D. João VI ao Brasil.

Nas beiradas surgem, ainda, dois elementos novos: as mãos francesas,


retos ou recortados que não apenas suportam os balanços mais ousados como
os de menor balanço, e os Iambrequins e sinhaninhas, como são chamadas em varias
\\'
\\\ /
\.

\
giões do Brasil«po~r*sua'semelhança, tanto na forma como na aplicação, com as
femininas;-São=~re"lementos_4de_rnade›ira, recortados e vasados em forma de rendas,
\M \\` \_\
\ .

\\
se localizam a*`fpFu“mo”in›as extremidades dos beirais (fig. 102) levando, por
forros de frisos qÚë"èscó'ndë“m os caibros. O balanço, na _emp.ena da fachada,
ser maior e é” afpoiado em"ricas mã'os'frances.as_., Em construções especiais
exemplo, estações de estrada de ferro -
-
como,
as abas laterais se estendem por cima
plataformas, apoiadas em grandes mãos francesas de ferro, tais como as que se
/f ix

K \\
z V
×
\\f \ \t
V "\ 7
\
gq
\ \`
\\\Ê
tram na Estrada de Ferro Central do Brasil, no ramal de Minas Gerais,
as construídas no fim do século XIX e in|'cio do XX.
forroà"
3
1

e
×

o z»

mão frances 1

l i

là,

FIG. 102 Lambrequim

158

i\io'rAs Ao cAi>i'TuLo s CAPÍTULO 7


i

- “Comumente, as Casas de Câmara adotaram o sistema generalizado de repousar as arma-


ções dos telhados sobre pontaletes ou, então, sobre paredes ou, ainda, sobre *pilares de
alvenaria, que se elevam por dentro do fôrro, como na Câmara de Maragogipe e na de Ca-
choeira".
-
l

THEDIM BARRETO, PAULO “Casas de Câmara e Cadeia”, in Revista do Patrimônio


Histórico e Artistico Nacional, n? 11, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro,
1947,pg.111.
ESCADAS
- TARUGO = “Peça cilindrica de madeira usada para unir duas outras peças, como se fôsse
um prego introduzido sob pressão. Pedaço de madeira que se coloca nos telhados unindo
dois caibros. Viga transversal de madeira, entre os barrotes de sobrado,para evitar que estes
se desloquem Iateralmente."
Apud CORONA e LEMOS - - -
“Dicionário da Arquitetura Brasileira" Edart São Paulo `
A5 escadas P0dem ser estudadas sob diversos as pect
do em sua feüura a sua . ,. os c omo o material usa-
Livraria Editora Ltda., 1? edição, São Paulo, 1972, p. 443. f POSIÇHO nas construçoes e a forma C0
m que são resolvidas.
5

- ÁGUA FURTADA = “Parte do espaço compreendido entre duas ou mais tesouras, de `

|
Considerad as ,quanto ao seu material
alvenaria, com Piso de lajes ou madeira
o -
_

ponto alto, que se atinge por escada própria e que geralmente se destina a depósito. i

. I p dem ser de pedra' em cantam ou


do tiver vãos de iluminação, surgirãosaliências erigastadas no telhado com caraci
especiais.,Ver mansarda. O mesmo que sotão. Em São Paulo, pelo menos, o termo é Em relacãoià sua for ma, podem
nimo defrincão, ângulo reentrante telhado".
.Vno V..
direção .
ser de um dois ou tr”es lances .seiam
. W.,..... mt r d.á ' na mes-
_

...W _... .. _
z

Apud CORONA e LEMOS, ob. cit., pg. 24. f e me i rio, seiam formand t ,
duplo, desdobrando-se em dois lances D1í-1¿Ê)um so lado ou
laterais na sua paI:eC:It‹;v<Ê:_)f
- TRAPEIRA = “Abertura no telhado, guarnecida de caixilho, que permite ar e luz ao
l
z . ig.

rior da' constrçuçãp. Claraboia. Janela de água furtada.”


QUa"t° 3 5116 P0SI0â`0, são internas ou exter nas. A s e
' Apud CO RONA e LEMOS, ob. cit., pg. 455. -
poucos degraus, tendentes a vencer
~
apenas a altura d Xtemas atingindo
sào em gera'
meme O se und ° em b a5am°l'lÍ0. de
direta-
- MANSARDA = "O mesmo que água furtada provida de janelas para o exterior. O nome! 9 0 P|50- S50, ffqüentemete, de pedra_ .

deriva de Mansard, apelido de certo arquiteto francês que foi um dos primeiros a aprovei-“V ` "'° W *`

tar o desvão do telhado, iluminandoo com fins utilitários. Morada miserável". A5 inte,-nas São de mad
ei fã, podendo ter apenas seus .
primeiro S d HQFHUS, Ou
-

Apud coRONAe i_Ei\/ios,ob.¢it., pg. 311. z um pr¡me¡ro iancel de pedra


i

_ CLARABOIA = “Dispositivo envidraçado que permite a iluminação de cômodos situado


O CaSO das eSCadaS Externas,
nokinterior das construções e por isso impossibilitados de possuir janelas”. e ode SÓ de embâsament f
Q.__§e _,a_zHem, normais a\ fachada
'
Apud coRoi\iA e i_Ei\/ios,"ob. ¢'¡t.,ipg.i132. D m ser simples ou comdcornijameritolnasi
se par¿¡e¡as à fachada' nela laterais.
.úm (fi
i . 104 l As mais
sógla ' altas tornam- '"

coberto ou não Qu . C "Ce 9 patamar de chegada,


om dois lances convergentes a um
» .

,
Podem as escadas exter nas mesmo ata f
desdobrarem-se em lances aralelos p ' mar' ‹ ig' 105)
.
com patamar intermediário ou e " ' - 4

de volta ¿ p m direçao contrana

Estas .escadas a parecem nos edificio s dãlinjaior


Câmara. - 1 -
' importancia
' «
O

como -
Casas de
_ os com seu redondo f'l per ia
meia cana - Quando de pedra, e 'etes de
os patamares também o são
~
soes. Nas casas rurais a escada
_ com laies
' de nobr d' ,

~z›«.¬-¬..,_._, pode ser lateral de pedra` ' oui ` es 'men'



,anda onde Val dar - ~ _/ . ' - va-
nsinu‹."da na propria
pedraf ' aso f e de mad Bira com um ou dois degraus iniciais
- . . . _

de

6
161
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M
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_'

b
0
S
Nas residências as escadas se escondem entaladas
entre paredes, transversais
ao vestíbulo ou' corredor de entrada, e mostram
apenas um pequeno lance de dois ou
três degraus no eixo desta entrada. (fig. 47) Só
nos vestibulos nobres é que apresen-
tam um lã"rí‹Êe'maior à mostra. (fig. 106)

Nos pisos sucessivos, as escadas sesuperpõem


de modo que o fôrro da primei-
ra, inclinado, se arme sob a segunda que lhe vai em
cima, com o mesmo sentido e dire-
ção. (fig. 107) Nas cas'as“"de'd'l7is` 'pavimentos oii/ão superior
da escada serve para acesso
ao sotão ou desvão do telhado, criando um espaço
no qual podem ser inseridos armá-
riosembutidos ou altares, podendo ou não dar também acesso
à cobertura.

Temos, ainda, as escadas de mão, de cadeias,


porém não são propriamente
arquitetônicas, por serem móveis.
X
Outro tipo encontrado, por exemplo, nas tôrres de igrejas,
são
as escadas de
\. caracol , 55 helicoidais, d`e"Sã'o"Gil", co m ou sem esteio
de pião. Podem
ser circulares ou
quadradas, em made-íraibiú Ípédra-e›as-que não incluem
o pião são mais curiosas por se

-____* apoiarem os degraus uns sobre os outros . ( foto 43) Os


degraus em geral são altos, de
espelho quase igual ao piso que é estreito, principalmente
_! ”_""_'__'--~--~-------W--¬~-Í-~-~-~~~f
escadas de madeira assentam-se diretamente em denteado
nas escadas internas. As
|¬__L_ ou rebaixos de duas vigas
inclinadas ou em cunhos triangulares sobre elas pregados.

Salvo exceções -
como, por exemplo, nos acessos aos consistórios a escada -
::;_
X

nunca tem grandes lances sem volta ou patamar


1 "" '
intermediário e nunca se apresenta,
quando alta, diretamente à vista de quem entra. Aparecem
_J apenas poucos degraus de
convite que se escondem, depois, em lances normais
à direção da entrada.(fig. 108)

'_¡-"4_J_I
As escadas externas duplas, com quatro lances e com passagem por baixo
__ .
__.__-...__.__._.__ _. ._ _--- _.. do patamar de chegada, exigem o arco de alvenaria.

Curiosas, são as escadas de dupla entrada. Neste


Fl G - 107 sempre menor, dá para um cômodo- 0 vestibulo, por
caso, um primeiro lance,
exemplo -› e outro para o co-
-
=

modo oposto de serviço, quase sempre -


com porta de fechamento. (fig. 109)
Assim, uma única escada atende ao trânsito nobre e ao
serviço, com patamares inter-
mediàrios. Acima deste primeiro acesso, a escada propriamente
dita se esconde, se
entala.

e
Ocorrem, também, escadas cruciformes, de quatro-
-
dois de saida cruzados em quatro direções. (fig. 110)
lances - dois de entrada
r No século XIX surgem novos .tipos de escadas, principalmente
a__s__Me›_‹jc_ç-;_rnas
e as de ferro. Revestem-se, geralmente, de mármore, fazem-se
em curvas graciosas e
¿1

165
FIGJ08
%ä Igrega do Senhor Bom
Rei/MG.
FOTO 43
Escada de caracol ou helicoidal,
demolida, q ue e ›‹|st|u
Jeus de Matozinhos, São
`

João
` na
dei

serv rala
L

FIG.109 1

1________ _..

FOTO 44
4 Escada curva, do final do sécu|o XIX com guarda-corpo
ferro. Residência à Rua Bernardo de
Guimarães, Belo Horizon-
,WT te/MG.

É x

1 `

'J ¬

,Q

-r.

FIG. HO

Hz

156 ,o

167
têm seus parapeitos de ferro com sistema idêntico aos estudados nas varandas. (foto
44) Sua estrutu ra é de arco ou de ferro laminado duplo T, apoiado em colunas também
de ferro, porém fundido. As escadas dos saguões nobres armam-se em vigas de treliças
com colunas de ferro fundido e guarda-oorpos de ferro trabalhado. Os corrimãos são de
madeira e aparecem, nos arremates, lampadários ou estatuetas, apresentando, no geral,
três lances com patamar de volta.
0
Outra escada que aparece ainda na arquitetura nacional é a chamada de adr_o `

ou encosta, fronteira a monumentos religiosos. Quando de adro, não difere das exis- «

~ ~
r

tentes nas construções nobres a não ser quando, as vezes, as pilastras sao rematadas por
É obras de estatuária,
, .
como ocorre em Congonhas do Campo. (foto 45)

\

- ,
As escadarias de encosta sao com patamares intermediarios, de grande largura,
.
em pedra, com ou sem guarda corpo que pode tambem compor se com estatuária. Esta
escadaria comu mente é lançada entre duas fiadas de coqueiros ou palmeiras e constitui,
\ por assim dizer, a única preocupação paisagística encontrada em nossa arquitetura,
\ _.
i com exceçao, naturalmente, dos jardins públicos ou particulares.
\ T
si Ã".
/(6 'Í
~ _
‹r'\ 'U -?^

"` Estas escadas de encosta aparecem também nos poinares e jardins dos terrenos;
````` f"

inclinados, ligando suas plataformas ou prateleiras. São, porém, estreitas, de lance --- ›- --›
. .ir ' _ ~a-~.›'-= '* . . j

direto, galgando os muros deiarrimo, entaladas ou paralelas a eles. No primeiro caso,


^ ¬ .

podem ser vasadas ou levar por cima de sua entrada verga aproveitada, às vezes, como
pequenos terraços onde se inserem bancos. (fig. 111)
`
Ii
|_|
yu
Os guarda-corpos podem ser cheios, feitos em alvenaria, pau-a-pique, adôbes
ou cantaria, de madeira ou pedra, com seu corrimão por cima, perfilados a
., .l

H ii» O
Podem ter balaustres torneados, de seções retangulares ou tábuas recortadas, ou se
LL
_/_;¿¿gradeados com rótulas, simples ripado ou com grades de ferro.
L il:
Em certos casos, os guarda-corpos incluem acrotérios que, nas Á

sefazem trabalhados em exemplos de maior riqueza. Os balaustres podem ter seu


no normal ou segundo a inclinação do corrimão. (foto 46)

Quando as escadas são entaladas, usa-se apenas o corrimão, fixado à


parede, de um só lado ou dos dois. Também o vão deixado entre a escada e o forro
comumente cheio, seja com balaustres, rotulados, ripados ou mesmo com maciço
pau-a-pique ou alvenaria, entalando a escada. \`.
*Hj

L"
~×.

`
›e›-.._._._.._.._.

168 169

i
..,,..,

FOTO 45
\
*ÍJW
\
Vista da escadaria dos profetas, obra de Antônio Francisco Lisboa. Santuário do Senhor Bom

^
Jesus de Matosinhos, Congonhas/MG.

N i
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Hs*
1%'

Ê1.

.z,

V 7"`|ni

FOTO 46
|
Escadaria do Museu da Inconfidência, antiga Casa de Câmara e Cadeia. Ouro Preto/MG.

\ \

NoTAs Ao cAPi'TuLo 7 CAPÍTULO 8

- ESCADA DE CARACOL = “E a escada em que a superfície tangente


aos degraus desen-
volve-se em espiral em torno de um eixo quase sempre vertical.
Pode ou não possuir bomba
central. Quando o núcleo central é maciço, este recebe o nome de MASTRO,
PIÃO ou
PILAR. O mesmo que 'escada torcida ou heliooidal."'
.

Apud CORONA e LEMOS - "Dicionário da Arquitetura Brasileira"


Livraria Editora Ltda., 1? edição, São Paulo, 1972, pg. 191.
- Edart - São Paulo
- BOMBA = "Dá-se o nome de bomba ao espaço situado ao lado de uma
. 1

escada que pelo


.
ARMÁRIOS
outro flanco está engastada ou encostada em uma parede. O mesmo termo
i

é empregado
para designar o espaço compreendido por dois lanços de escadas
de sentidos opostos.
Gènericamente costuma-se dar o nome de bomba à própria caixa
`

da escada". Apud CO- .

R0N^° LEMOS -°XP- °¡Í-- P9- 8°-


3'/(2 Nos interiores das edificações encontram-se,
..
ACRo.¡.ÉR¡O _; ,Pedesm sem base e sem comüa quase sempre além de mobiliário solto, armá-
snuado no Vérce ou ' rios ligados ...
à construçao, seja em rebaixados
nas extremidades dos frontõles clássicos, ou colocado, de nas paredes (embutidos) ou salientes.
espaço a espa‹,:o,entre baIaustres,` Entre 05 PrÍmei|'°5 05 mais l3r¡m¡Í¡V03 59 |'95U mem
próprio para suportar estátuas, vasos ou ornamentos. Gènericamente, 3 5ÍmP|e5 nichos na e5Pe55U|'a do ma'
designa QUHÍCIUSI' CÍÇO , COm so I eira
extremidade ou cimo de uma construção. O mesmo que acroteiro ou acrotera." 5
' e verga
' reta ou curva e, às vezes, prateleira
` de madeira
' ou pedra (laje).
-
Apud CORONA e LEMOS ob. cit., pg. 17. São de pequeno Vujto e não chegam ao p¡so,
sendo comumente aproveitados para e
`

z; 1."
lamparina,
-
o pequeno objeto ou o santo, transformando-se
nos oratórios. Mais tarde
são forrados com madeira, de que também
são feitas as portinholas que os fecham.

Em certos casos, abrem-se, ainda, grandes


armários para dispensa ou louçaria
incluindo, qouase sempre.,g3\(etÕes`inafsua parte inferior.
Nas prateleiras, no geral fun-
das,.costumam aparecer varandas de torneados.
Podem ter também uma prateleira
funda e outra rasa intercaladas, naturalmente, as
rasas para pratos e travessas coloca-
dos ao alto. (fig. 112) Alguns armários transformam-se
em closets, isto é, constituem-se
em um pequeno cômodo, aproveitando área inútil
da planta, com prateleira ao redor.
Levam, também, os armários, na sua parte baixa,
gavetões vasados à feição de mesaou
outro armário com portas. (fig. 113) Estes grandes
armários são chamados copas.

Podem tais armários apresentarem-se subdivididos


em dois, três ou mais, ten-
do sua parte inferior fechada e a alta com vidraçaria,
sendo as vergas retas ou curvas.

z
Aparecem, ainda, os armários que aproveitam os
vão de sobre-escadas ou fun-
i dos de altar de capela e cujas paredes internas
são inclinadas em funcão de agencia-
mento dos cômodos que lhes 'ficam opostos.

173

ii!

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F|G.H3
FIG.H2 Armafrio-corte

4
cAP|'Tu Lo 9
~

PINTURA

Na arquitetura
tradicional brasileira, de modo geral as paredes
caiadas de branco, sobre o que não
z

há dúvidas tendo-se em vista a longa


Il I
re VO ltld I O
mentos que só começam a variar a partir série de dlpøl-
dos século passado.

Vauthierss e Maria Graham” assinalam


S ' t_ "casas brancas" em Pernambuco;
am Hilaire 60 refere se a\ u brancura
f a I a na Il das casas" de Minas Gerais e São Paulo; Kidderm
brancura das paredes /I em São Paulo. Spix
'
e Martius,°2 dizem que em
Rica são as casas “na maioria caiadas Vila
de branco" e também as condições
1 ~
çao recomendam sempre a caiação na "maior de arremata-
alvura possível".
Esta caíação faz-se com a cal de
mariscos, de pedra, ou "tabatinga" 63
descrevem Spix e Martius, e que "é , co mo
encontrada aqui e acolá, à margem do
Taubaté. rio", em

Já as madeiras podem ser caiadas


tê . .
mas, de preferência, são pintadas a cola,
mpera ou oleo, seja o de mamona, o de baleia
.
ou de linhaça. Esta pintura é colorida
_

lisa ou com decorações. Para a coloração I


dispunham-se de vários corantes cuja descri-
ção é encontrada em alfarrábios da época.

"Na cidade de Mariana" , dize m a s "M emórias


Históricas da Capitania de Mi-
nas Gerais" 64 "se vê excelente óca amarela, U
e bran ca, e a esta dão o nome de
tinga, que depois de preparada e limpa, taba- r

supre as faltas do alvaiade, e dele se usa


várias pinturas. Há variedades de tintas, em
o anil, a caxunilha, e o sangue de Drago tirado
de uma árvore do mesmo nome, cortando-a
e, desta incisão, sai um licor tão
que nas pmturas supre a falta do carmim. encarnado
A assafrôa, raiz que depois de pisada e fervi-
da com água com pedra-ume, faz uma
tinta amarela tão perfeita, que os habitantes
Minas tingem com ela algodão ou algodões, das
e outras roupas de que usam. O urucum
uma fruta, da qual se faz uma tinta encarnada, é
que dela usam os indios nas suas pintu-
ras. Do pau braúna fervido, se faz
tinta preta muito excelente. Do pau chamado
por outro nome mulato, serrado, e a farinha ipê, ou
que sai da serragem botada em água, jun-
tando-lhe um pouco de sabão desfeito, faz
uma tinta cor de rosa, a mais maravilhosa.
Tem outras muitas madeiras, de que se
faz tintas de todas as côres".

177
Nasmadeiras,
porém, a Cor Seria grandemente oplldldl
Como se vê, quase todas as tinturas têm base vegetal.
azul, conhecido ho'e como co l onia,
' I
Vlflll. NH |0 o
' todas as cores, prlMlIIll'i'lII'lIO.
porem
I
J
Im tmiii
Nieuhoffós cita a “árvore que os indios denominam Tatajiba, cuja madeira ,i fortes e Com p'°fe"ê“°la Pelas PF¡m¡'f¡vãS-
tem o nome de pau amarelo" e que "produz uma tinta dessa côr para tinturaria". E Hecem
.. . ..
,
acrescenta outra informaçao: “A casca da arraiba e cor de cinza mas, quando fervida
. . .
i

m e fi 6, Í foram
e
men ef °°m 3 °°l°“_*Ç3° das fahda
os elementos de madeira se entristece
-
~
HO Século XIX GUI; Í Blfldøiiiil-
produz tinta vermelha". Refere-se, também, ao “anil nativo que se encontra em grande Í . H 0 Dara tonl do IIIPI
d Odl Drililii
minam o marron o cinza ou chumbo como
uantidade no BrasiI", mas ue tendo “bastante semelhança com o verdadeiro tingido , ' z se achavam pinta
' d as ¡| I r
.lu mnmru "U
.
principio do século atual.
_

q q i 9
não proporciona uma boa côr".
I i

Para a pintura a co l a, usa - se a de peixe,


Spix Martius falam ainda da cochonilha vegetal encontrada nas árvores,
'i
ve l mente, o polvilho
' de pelica ou de O0Lll'O
-
-
dl bdl I, Dolll
e ' e o fubá. Para a tempera~ ~ . .
I ll 11
especialmente nos lugares umidos, onde aparece um musgo que por sua maravilho-
11 z ,
nao se tem indicaçõel llgurll Iomlu,
l00r6m, visivel que os artifices do reino a conhecessem com
. , a base em ovo I vnrni/
sa côr rósea é uma verdadeira guarnição dos troncos. . .". O pigmento vermelho nele
. '
°°m° e ate l'l0le C0mDfeendida - O uso do ovo é tanto mais' provavel
' que ainda são en
contido tem muita semelhança com o da orcela, na verdade menos vivo e brilhante. oontradas imagens recobertas com camada d e ovo
Y

,_
so b re a pintura à felçlo dq var-nl¿_
¬;.z$
l

Nas “Memórias da Provincia de Minas Gerais”,66 aparece a mesma descriÇã0 J.. . A pmtura a Cor, pode ser lisa' decwatlva ou 9“'aÍlVa~ A “Sa "°¢°bl'0 OI li0I«
tais, as folhas, os frechais, as beiradas e o s f
já vista nas "MemÓrias da Capitania” e mais “do inseto criado no arbusto conhecido " orros. A rj ecorativa prefere os forros o os
paineis de madeira que recobrem as paredes int
pelo nome de figueira da terra, tira-se a cochonilha para tinta escarlate”. e r nas, t anto em barrados quanto

inteiro. Nos elementos estruturais i co mo cimalhas poi


› portais e outros , pode ocorrer o
' -
l
uso do faiscado (imitacao de pedra) às vezes
até recobríndo e d an d o ma is 5 n f asa à
O bispo de Pernambuco, José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho, nas suas É
própa pedra Sendo àmbém Cha ' d ,, .
'
_

“Memórias sobre as Minas de Ouro”,67 enumera: "Tintas assim como a anil, indigo, ';i,~ mmtas referên'C¡as ti _':a 5 pmtura de f'“9'me“Í0 550 encontradas -

. . . . . . - ” I ' -
tinta chamada de Nankin. Urucu,
¬

feratinctoria etanil, a cochonilha, Coccus Cacti, a il- ra de fingimento” "fingiri)1ento da epoca' seja como Hpmtui
pt ra ' documentos
. -. r E nos
G med
Fdn
Bicha Quelena, que é uma tinta vermelha que abunda muito no Brasil, queserve como entre Outras feüas “malha fmgmdo de Pedra Pfa'¬Ca".

3. alvaíade a
z secan e.
de assento e para meter a primeira côr em lãs brancas que se querem tingir de verme -
.

lrlo, azul, amarelo, verde eoutras cores; os extratos das madeiras de tintas, como são Nos cordões e filetes dos forros
`
paínelados aparece o dourado e a decora-
e
o cerne de Tayuba para o amarelo, assim como também o'humor que lança o cipó cha- çao ora com tarjas escudos d'armas , fi guraçao,

' 1 cenas campestres e si b ' ' -

mado mucanã, Doliches ureus". Para o nanquim fez uma chamada atribuindo a Fran- C0m OS quatro continentes, os cinco sentidos e outros
motivos. Como exemgloopíílšíš
cisco Alves e seu filho sua fabricação no Rio de Janeiro" sem dúvida melhor a0 mf-IHOS ' ser citadas as condições da pintura da Cámara do
. . . - . , ' ' Salvador e m 17 36: "a pintura do for-
que do que aquela que ordinariamente se vende debaixo do nome de Nankin '_
r

ro da salla grande das Vereacõens do Senado da


Cãmara" deveria ser “de QÊS (sol bran-
co com coela de retalho (de pe l'ical com filletes
Aparecem, ainda, noticias sobre o verniz, como a do mesmo Bispo de Pernam- meyo as armas da Cidade e nos cantos '
' azues e vermelho , e nos paineis
' " do
do fôrro huns floroeris” confor me ci't acao “ Ue
buoo em seu "Ensaio Econômico de Portugal e suas Colônias", citado por Marques dos Paulo Thedim Barreto.”
J

/ '
J

Santoszõs “João Manso, muito conhecido no Rio de Janeiro pelas suas letras e estudos
de quimica, fez ali a porcelana, o verniz e o charão tão perfeito, como o melhor da Na cadeia de Sabará, em 1740, há muitos forr 05 que f oram "cheíos todos de
India. O principal ingrediente da composição do verniz é a goma da árvore de Jatobá, CYHÍGSCOS l9f0'EeSCOSl e quartois e flores e quartellas".7°
dissolvida em aguardente muito forte".
A5 QYÍPHDBS ÕHS ÍOFFBS,lf0Í0 47) suas cruzes e símbolos podiam ser também
Depois cita ainda: "Da mesma maneira se extrai da árvore chamada Tatajubá d°“'ad°5f mas as ferragem apafemes em @5ClUadf¡35, DOF €×€mF>l0 Bram Sempre
pinta-
uma tinta amarela muito fixa, a qual sendo misturada com anil se converte em verde". das de Piem-
Verifica-se, pela profusão dos corantes, que a caiação em branco das paredes não foi
devido à sua falta mas que talvez não se prestassem à pintura a água, desmaiando-se Há, DOFÉFH, @×€mDlos do bom acabamento das pinturas Como São encontrados
nas condicoes estabelecidas p ara e st es serviços
' nela, ao passo que em óleo a sua concentração poderia ser maior. . no Palácio do Govemadør de V¡|a mea

178
179
N
__,¡ z
z
1

_
z
.
_.____._ /›-.`
l

em 1747: “Todo o campo em que


hão de ser pintadas
metido três vezes em estas armas será primeiramente
três mãos de tinta bem
(emassamento) e será encorpado feita a óleo
esta tinta composta e posta a colher
aparelho bastante groçura de Almagra e zarcão u

com que a cal venha em de sorte que faça este


H
'se assentar em cima tempo algum a comer
e primeiro de tudo a pintura que
se darão duas maos
bem as mais tintas. Depois de tinta delgada para
de aparelhado o tecto pegar .
será metida toda com as ditas três maos
a pintura duas
vezes de mor cor com de tinta a Óleo
rezistência contra a cal tintas groceiras para ter
e depois com tintas mais '
destas duas maos será finas sera' pintada duas
i

“J-.. 4
esta pintura retocada
feita com todo o mimo
e bom colorido
vezes e na segunda
depois de concluída
á

e banhadas todas sera


i

'
as cores para que
z,
os realços delas , '.71 em nenhum tempo
se percão

f"
l

Salvo êrro são especificadas


'
~
1
as seguintes operações:
-
`

› l
3 maos de tinta encorpada
,y aparelho
..¿..
I

,Jr
2 mãos de tinta delgada
l
~
_Y 2 maos de tinta grosseira .

2 maos de tinta fina,


a segunda já em
i. côr l
Ê*

1 mão de retoque
.z¡-

.ni ,
~
nas cores.
Somando-se sao 10 maos ...
de pintura, ao todo. f

Recomenda-se ainda
que "todas as plumas,
1

Mv

ri pontas das folhagens filetes bordados, estandartes


serão de ouro” e nas e as
mãos e por dentro duas, janelas de frente "na '

l tudo a Óleo", sendo ainda parte de fora a três


,v
i tes dourados”.72 "as cimalhas engessadas `

e três file-
*

Nas pinturas a óleo as


cores se combinam das
M_,,¡§š,,,¿ exemplo, os portais coloração formas mais variadas,
diferente das folhas e assim tendo, por Í
mentos estruturais tinham por diante. No geral
..r‹-¬:`f:í;-'ii-sf*
.J côr igual-portais, vergas os ele~
de vedacao outra cor e cunhais~usando-se
e para as cimalhas para as folhas
claros de cinza ou rosa. decorativas em fingimento .

, bra ncas ou
em tons

A pintura figurativa é
mais rara, compondo
FOTO 47 aplicada em templos. painéis de fôrro ou
Pode ser simbológica, barras e mais
Grímpa da Capela de Nossa Senhora '
natureza, os sentidos em cenas pagãs, representando
do Ó. Sabará/MG. humanos e outros temas os reinos da
q Uadr0$ |5O|3 m-se ou em cenas pastorais
em painéis ou circundam-se ou bíblicas. Os
salientar a arquitetônica de decorações entre
que, com inspiração na as quais convém
de perspectiva estudado, pintura pompeana, procura
sugerir planos mais fundos por efeito
mente dito. além do plano do forro
propria-

180

ba 181
H

NOTAS Ao cAPi'TuLo 9
69 - Ti-iEDiivi BARRETO
. . PAULO- "Casas de Cá - ...ln Revista
.
trimonio
_

Histórico e Artístico Nacional , do Serviço do Pa-


_ Ver notas 6e Janeiro nO. 1'¡na'::_e__,§ade|a
,) inistério de Educação 9 Saúde R. d
12 no caprtulo 1. io e
' - - . .

- MARIA GRAHAM, de nacionalidade inglesa, viajou pelo Brasil em 1821 quando visitou a 70 THEDIM
BARRETO' PAU'-,0 - ob. cit., pg. 155_

América do Sul em companhia do marido, Capitão Thomas Graham, que veio a falecer ¿"

pouco depois. Após uma estada no Chile, Maria Graham voltou ao Rio de Janeiro em LOPES F
1823, quando foi governanta da Princesa D. Maria da Glória. Voltou à Inglaterra mas re-
Ã
il.
71

_
z fëülsco Antonio
mprensa Of¡¢|a| Bem Honzom 1
-
"Os Palácios de Vila Rica” (Ouro p
reto no Ciclo do Ouro)
' ez 955, pg. 25.
torna depois ao Brasil, sendo, porém, desligada de suas funçoes junto a família imperial.
Entretanto, permaneceu no Rio de Janeiro até 1824, mantendo sólida amizade com a
imperatriz D. Leopoldina. Casou-se, mais tarde, com o pintor Augusto Calcott, tornan-
lã' 72 __ cód 75 D.F.,
-
fls. 16v., Arquív o P'b|' .
u ico Mineiro,
. ~
seçao Delegacia Fiscal".
do-se Lady Calcott. Tendo recebido excelente educação, registrou suas impressões sobre li
. ,.
O Brasil no li-vro “Dicionário de uma Viagem ao Brasil e residencia ali durante parte dos
anos 1821, 1822 e 1823", que ela própria ilustrou e foi publicado em 1824. Sua obra
sobre o Brasil é volumosa, incluindo sua correspondência com D. Leopoldina e um esboço
biográfico de D. Pedro ll sendo, igualmente, de grande importância pelas ricas informações
que contém.

' 60 - Ver nota 9, no capitulo 1.

- DANIEL PARISH KIDDER, missionário metodista norte-americano, trabalhou no Brasil


de 1837 a 1840, tendo sido, provavelmente, o primeiro missionário protestante a visitar a
cidade de São Paulo. l\la qualidade de correspondente da Sociedade Biblica dos Estados l

Unidos viaja pelo Nordeste e Amazonia. Retomando aos Estados Unidos publica, em1845,
o livro “Esboço de Permanência e Viagem no Brasil”, em 2 volumes. Posteriormente am‹
pliou esta obra, escrevendo “Brasil and the Brasilians Portrayed in Historical and Discrip-
tive Sketche-:s", em cooperação com James Cooley Fletcher, também missionário. Este tra-
balho obteve grande sucesso (9 edições), constituindo na época, o livro mais difundido
sobre o Brasil nos Estados Unidos.

` 62 - Ver nota 10, no capitulo 1.

~ Ver nota 33, no capitulo 2.

- ln “Revista do Arquivo'Público Mineiro”, ano ll, pg. 515.

- JOHANN NIEUHOFF, cronista alemão que, a servico da Companhia das lndias Ocidentais,
permaneceu no Brasil de 1640 a 1648. Posteriormente trabalhou na Companhia das lndias
Orientais, governando o Ceilão e sendo morto pelos nativos em Madagascar, em 1672. Sua
obra, "Viagem Curiosa ao Brasil por terra e mar”, foi publicada póstumamente (1682) e
nela Nieuhoff comenta a situação política brasileira e os erros da política colonial holan-
desa, fazendo diversas outras observações de importância sobre o Brasil no século XVII.
Este trabalho foi traduzido em 1942 com o titulo de "Memorável viagem marítima e ter-
restre ao Brasil”.

i 66 - ln “Revista do Arquivo Público Mineiro”, Ano Xll, pg. 551.

- Ver nota 30, no capitulo 2.

68 f SANTOS, Francisco Marques dos -“Artistas do Rio de Janeiro Colonial” in Anais do Ter-
.ceíro Congresso de História Nacional", Tomo Vll, pgs. 489 a 494, publicado pelo lnstitutø

_
Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 1942. (Biografia de João Manso Pereira).

183
l
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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I Tradução e Notas de
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Editora da Universidade
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Tomo I ~ vols.
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Serro Frio" (Provincia
Joaquim -"Memórias do Distrito
Diamantino da Comarca
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Livraria Itatiaia Editora edição
Ltda., Belo Horizonte,
Editora da Universidade
do
de São Pau-
7

1976.
7 ~ FEU DE CARVALHO
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"Pontes e Chafarizes li
Históricas, Belo Horizonte,
sem data.
de Vila Rica de Ouro
Preto” - Edições
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Imprensa Oficial, Belo
Horizonte, 1955, pg. 25. (Ouro Preto no Ciclo do
Ouro) ~
9 - MAWE, John -
“Viagens ao Interior do
Editora da Universidade
de São Paulo
Brasil"
- -
Tradução de Selma Benevides
Viana -
1978. Livraria Itatiaia Editora
Ltda.- Belo Horizonte, I

-
1

10 "MemÓrias da Provincia
- de Minas Gerais” in
Revista do Arquivo
Público Mineiro, 1900.
11 - Pinto, Estevão -
“Muxarabis e Balcões"
Artistico Nacional, n.° 7, in Revista do Serviço
Ministério da Educação do Patrimônio Histórico
e Saúde, Rio de e
Janeiro, 1943.
12 - POHL, Johann Emanuel
-
e Eugênio Amado
-
“Viagem ao Interior do
Brasil" -
Tradução de Milton Amado
- Belo Horizonte, 1976.
Editora da Universidade
de São Paulo _ Livraria
Editora Itatiaia Ltda.

13 - - “Viagem pelas Províncias do Rio de Janeiro


SAINT-HILAIRE, Auguste
- Tradução de Vivaldi Moreira - Editora da Universidade de São Paulo - Minas Gerais” e
Editora Ltda.- Belo Horizonte, Livraria Itatiaia
1975.
14 - SANTOS, Francisco Marques dos - “Artistas
Terceiro Congresso de do Rio de Janeiro Colonial"
História Nacional”, Tomo in “Anais do
e Geográfico Brasileiro, Vlll, publicado pelo Instituto
Rio de Janeiro, 1942. Histórico

.
185
i -
15 SOUSA, Gabriel Soares
Sao Paulo, sem data.
de - “Noticia do Brasil" ~ 2 vis. - Livraria Editora Martins -
1

16 - TAUNAY _ "Anais do Museu


Paulista”, Tomo Xll.
- THEDIM BARRETO,'Paulo
-"Casas de Câmara e
trimônio l--listórioo e Artístico Cadeia” in Revista do Serviço
-
l

de Janeiro, 1947.
Nacional nc? 11 - Ministério da Educação do
e Saúde, Rio'
Pa- l

1 8 - Tl-iEDlM BARRETO,
Paulo -
“O Piauí e sua Arquitetura”,
Patrimônio Histórico in Revista do Serviço do
~de Janeiro, 1938.
e Artístico Nacional,
n9 2 -
Ministério_da Educação
e Saúde, Rio

- VASCONCELLOS, DIOGO DE -
"A Arte em Ouro Preto” (“As
ria publicada no livro obras de Arte”, memó-
comemorativo do bicentenário
mia Mineira de Letras,
1934.
de Ouro Preto) -
Edições da Acade-

f
20 - VAUTHIE R, L. L. “Casas -
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in Revista do Serviço
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do Patrimônio Histórico
-
Introdução de Gilberto
Freyre -
Educação e Saúde, Rio e Artístico Nacional,
de Janeiro, 1943. n9 7, Ministério da

. ›:~,‹ z*-i
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