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I
SYLVIO DE VASCONCE LLOS
ARQUITETURA NO BRASIL:
SISTEMAS CONSTRUTIVOS
5? edição revista
Revisão e Notas
Suzy P de MeIIo
Ilustrações
Marina E. Wasner Machado
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Umversldade Federal de Minaäerais
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CURSO DE ESPEClALlZAÇÃO EM RESTAURAÇÃO
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E CONSERVAÇÃO DE MONUMENTOS E CONJUNTOS HISTOFHCOS
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' z . = ESCOLA DE ARQUlTETURA DA UFMG /1978-79
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Patricia Maria de Carvalho Gomes
Fotografias:
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Servico de Foto~Documentação da Escola de Arquitetura da UFMG
Suzy P. de Mello
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Ilustrações:
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M, Marina Ewelin Wasner Machado
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Capa e produçao:
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9 Suzy P. de Mello
SUMARIO
INTRODUÇÃO /página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
cAP|Tu|.o 1 - ESTRUTURAS/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
- Alicerces
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Paredes Estruturais: Taipa de pilao /Alvenaria de Pedra /
Adôbos
- Estruturas Autõnomas: Madeira /Alvenaria
- Enquadramentos
- Arcos
cAP|'Tui_o 2- VEDAÇÕES/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._
- Pau-a-pique /Tijolos ou Adobes / Estuque / Tabiques
- Estruturas mistas
- Muros e sargetas
Acabamento das vedaçoes / Coroamentos e Cunhais
cAP|'Tui_o 3- Pisos/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _.
- Terra batida / Ladrilhos de barro / Tabuado corrido / La-
jeados /,Sei_x9$ rQIa_d.0.s / Mármo_r¿-as / Parquets e Tacos /
'- l-adflJQ§,$:§Jân1icas.oe.bídrá1Jl.lQQtS
cAPi'TuLo 4- FoRRos/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _.
~ Horizontais / inclinados / em paineis
- Taquara /Tabuado /Saia e Camisa / Paineis moldurados /
Estuque/ Forros maciços/ Forros de tijolos
- Detalhes
cAPi'Tu|_o 5 - vÃos/página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ .
Eis
INTRODUÇÃO
- Componentes dos vãos
~ Bacias sacadas
e
- Acabamentos: Caixões / Fechamento /Guilhotínas /Caixi.
Ihos de vidro / Vidraçaria
- Ferragens: Dobradiças de cachimbo / Ferrolhos / Aldrabas /
Tranquetas
- Tipos de armários em construções. Patrimônio Histórico e Artístico Nacional bem como a valiosa colaboração da UNES-
'
CAPITULO 9 - PINTURA /página
CO.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ 177
- Materiais / Características No entanto, além da formação de arquitetos especialistas em restauração,
- Grimpas torna-se necessário o enriquecimento da literatura especifica, ainda reduzida no Bra-
sil. Assim, a exemplo do Curso realizado pela Universidade Federal de Pernambuco,
REFERENc|AsB|BL|oGRAF|cAs/página
7 . . . . . . . . . . . . . . . _ _ _ _ , 185 que publicou o importante trabalho “Restauração e Conservação de Monumentos
Brasileiros", de autoria do Prof. Fernando Machado Leal, o segundo Curso de Restau-
ração reedita agora "Arquitetura no Brasil: Sistemas Construtivos", do Prof. Sylvio
de
Vasconcellos, obra esgotada em sucessivas edições e que é, sem dúvida, das mais signi-
ficativas na bibliografia brasileira especializada.
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Arquiltetura da UFMG em 1961, com a inclusão de notas, fotografias
e novas ilustra-' CAPITULO 1
çoes, incumbência que além de muito honrosa é de grande responwbilidade
Belo Horizonte, janeiro de 197g_ Usa-se, também, a argamassa de barro ou apenas a calda para encher os peque-
nos vazios. A calda é um barro muito liquefeito, ralo, e capaz de, entornado por
sobre a alvenaria já mais ou menos assentada, por gravidade, preencher seus interstí-
‹:ios. Difere do barro por ser colocada depois de feitos os trechos da alvenaria e não
Deve ser notado o respaldo dos alicerces ensoleirados (fig. 1), sempre muito
l›‹:m feitos e nivelados, onde se assentam os maciços das paredes. Este respaldo cobre
ns alicerces em toda sua extensão não sendo interrrompido nem mesmo nos vãos que
constituem as soleiras. Igualmente, no caso de estruturas autônomas de madeira,
quando ocorre o alicerce e seu ensoleiramento ou respaldo, os pés direitos, as aduelas
‹- os esteios apenas se assentam sobre este ensoleiramento, não penetrando nos alicer-
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isto é, na prumada externa das paredes perifericas, a saliencia e ainda menor que um
palmo, principalmente quando o alicerce aflora sobre o terrenoz Ainda quanto ao res-
paldo ou ensoleiramento, podem ser formadas saliências sobre as prumadas, constituin-
do um cordão simples ou com molduras compostas.
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ii 'HA taipa de p¡Ião__é o ,sistema em que as paredes são maciças, constituídas ape-
, jr M nas debarro socado, tornando-se monolíticas, por assim dizer, depois de terminadas e
raramente incluindo em sua espessura reforços longitudinais de madeira. (fig. 4) A
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.técnica de sua execu ão consis ' _ ' ' '
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pique". Em 1675, outra determinaçao exigia as “paredes com vigas bem fortes
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rs fiquem unidas pela banda de dentro (fig. 7) Encontramos, ainda em 1717, compro-
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meio e ravessas e ,
misso de construtor de fazer a cadeia nova com paredes de 'grossura e largura de qua-
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Mm' iro palmos e levantada estacada pello amago das paredes, athe as vigas"_ (fig. 8) Esta
Dentro delas é col cad " _
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mesma cadeia apresentava vigas 'espaçadas de palmo e meio ou palmo e tres dedos'.
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_ -~¿ Câmara e Cadeia")2_ Visando evitar a fuga dos presos por perfuração das paredes, o
aproximada de vinte centimetros que sao reduzidos, apos o apiloamento, para de dez d
espaçamento entre as peças de madeira deveria ser inferior a dois palmos, sen o as
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pecas sempre de boa seçao. Alias, igual tecnica de reforço e usada nos pisos, como sera
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uma trama ¡n›¡ema_ Há, também' a trad¡Ç5O de se juntar ao ,barro sangue de bO¡ C0m0` ção, desaparecendo quase por completo no século XVIII. E mais encontrada em re-
ag¡ut¡nanteI A das 6ã.Fèõë_š..de taipa de puãol Sah/O espeèiášde gían: giões pobres de pedra tendo sido, Porém, largamente empregada em todo 0 Brasil. Drin-
des alturas, varia de 0,40 a O,80m. "' ` cipalmente no litoral, desde os "muros'de taipa grossa” de defesa, como os exigidos
na fundação da cidade do Salvador segundo Gabriel Soares4 e a casa forte de taipa
B_a[amente_, como foi dito, estas paredes são rgeforçdas__internamente__ com de pilão construida por Caramurú na Bahia, em 1540, que é apontada por alguns auto-
peças dd4mdddd,›¡a Oobcadas |0ng|tudma|mente' mas qdêndddd ,S50 oçdrndrfeld as peças res como a primeiraarqqitetura mais duradoura eva a age .ito no Brasi., ate as gran es
mantém d¡stânC¡a de O 60m a 1 Oom uma da outra tomanddse uma armaçãordobarro igrejas matrizes do interior de Minas Gerais. Langsdorff ,encontra a taipa de pilao nos
Edma dgiawgnídg sua e5tab¡¡¡dade_ Neste Caso' estas peças vão Compor' na anura prÓ_ arredores de Cuiaba, onde muitas casas conservam a cor sombria da taipa de que sao
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I Seriam as regiões de São Paulo e Goiás as que a taipa obteve maior aplicação,
Encontra -se ai d
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chegando Vauthieró a dizer que as casas de taipa caracterizavam a provincia de Sao
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empo da construçao e nela delxados como elementos quais as de l\/lawe7 que nos descreve o processo de sua fabricacao: 'constroi-se um
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erdidos_ Quando sua retirada ' f it " ' ' ' ' , J . . .. .
e Ê _a' dao lugar a °rlf'C'°S Conhecldos pelo nome de
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arcabouço com seis pranchas moveis, iustapostas e mantidas nessa posiçao por meio de
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travessoes P resos I3 or pinos moveis e vi 9 as, a medida que avança o trabalho. Coloca-se
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de D ilao oferec e_ à per f uração, era esta reforçada com engradamento de madeira, ' _.
excesso e prosseguem na operaçao até rebocar todo o madeiramento da casa, tomando-
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Conclui, afirmando:
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"A massa, com o correr dotempo, endurece; as paredes, perfeitamente lisas na parte
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de edra rades depf É E reëlšäl an O ~ e emãs grade? CTT boas Ombñelras interna, tomam logo qualquer cor que o dono, lhes queira dar e sao, em__9_8f_ãl...Q.Iíl1adas
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com engenhosfzx enfeites. Esta especie de estrutura e duravel; vi casas assim construidas
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Também Koseritzs elogia o sistema, dizendo: ”edifi'cios enormes, construídos
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na sua maior parte de taipa, mas que ainda estão de pé. E será dificil demolí-los, pois,
com o tempo, a taipa empregada, que é de qualidade especial, se petrifica".
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ef kz ' pela dificuldade doiišeii uso em terreno acidentado, exigindo sempre a terraplanagem
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previa -- do emprego de outros materiais, -- como a madeira - e a pedra.
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FIG. 7 P 0 f fl e r e f° r u d 0 G S Ç s Ai.vEi\iARiA DE i=EDRAz 0 material e âârécnicââ
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dl o ideal almejado era o uso de pedra e cal, empregando-se outros sistemas menos dura-
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douros nos casos de ser verificada a impossibilidade da obtenção da pedra ou, na maio-
FIG. 8 Esto c ct dci S p e I o Ô m q 99 ria dos casos, da cal. De fato, muitas das primeiras construções erigidas no Brasil o
foram de pedra e cal como, por exemplo, a Torr.e que Duarte Coelho levantou logo ao
d G 5 P G r e d e 5 chegar a Olinda, por volta de 1535, como nos conta Gabriel Soares de Sousa.” Foram
ainda usados nos primeiros secu I
los as pedras importadas do reino, trazidas como lastro ›
dos navios, entre as quais se salienta o_ lioz português. Nos ornatos exterigrestais como
sobreportas, relevos e outros, a preferência pelo material recaiumserrnpre sobre a pedra,
naturalmente as mais fáceis de trabalhar, como os calcáriojsharenitos e, em Minas, as
pedras_A_talç9_sas, conhecidas com o nomepopular de pedra sabão ou pedra de panela.
22 23
Quanto às pedras do exterior, há várias referências sobre elas, entre as quais a POr 0UÍr0 lad0z se as Pedras de rein0 ferem emldregadas em m°nUmenÍ0s
de Vauthier: “apesar do emprego excessivo da pedra, não é o próprio pe rs que fornece mais importantes, como em obras públicas, não parece ser tão freqüente esta prática
toda 8 que é utilizada".12 Observa, porém, que “não é tanto à penúria do sojo que se .montada por Vauthier, quando consideramos o largo uso, em muito maior escala, da
deve atribuir essa falta e sim à indiferença dos habitantes pela exploração das riquezas llifdra naeibnai nas alVenarias e nas e0nsÍrUÇÕes Darriediares- A Dr0rUsa0 d0 material em
que 9 solo contém _ Acrescente-se e isso um resto do Vejho Costume ¡mpo5›¡0 pap, quase todo o território nacional evidentemente forçaria também seu imenso aproveita-
avidez portuguesa, que tendia forçar a colônia a reeeber da mãe pátria uma quende. mento. Em Sergipe, o calcário abundante foi intensamente usado tanto nas igrejas, em
de de artigos que poderia obter por sí mesma. Assim, em muitos pontos, bastaria per. nhras de relevo ou de cantaria, como nas casas nobres, como cercaduras de vãos, cima-
furar o solo, à profundidade de alguns pés, para encontrar a pedra, mas prefere-se en- iiiasz sdleirasz etc- - - Em Olinda. se9Und0 AVrÍ0n de Carvainezló d0is Deriddes Dddem
oomendar portadas - é assim que se Chamam os quadros em questão _ aos nevms por. -.cr determinados nas construções, um caracterizado pelo emprego do calcário na canta-
tugueses que as trazem _já talhadas. É no Rio de Janeiro que mais resolutamente se aban- ria. 0 0UTr0 r1ei0 emPre90 simiilranee de Calearid e' d0'a!'enir0- Alias, Peribdes assim
dona a velha rotina. Alí, as riquezas naturais do solo foram e são ainda exploradas. O ‹lC0n'EeCem Tambem em Odrras regiões C0m0 em OUr0 Prerdz dnde as brimeiras e0n5ÍrU'
próprio recinto da cidade contém pedreiras de gneiss porfiróides que estão longe de se ‹.IÕes S50 de Cangazabareaendd mais tarde 0 iiíaC0i0miÍ0 e deD0isz aindazas Pedras Íaie0sas~
eâgorârem e embora no grande aqueduto da Carioca, construído para abastecer e oide. Segundo Diogo de Vasconcelos, "a cantaria belíssima do Itacolomi só foi introduzida
de, a velha teimosia portuguesa tenha feito de pedra de Lisboa a canaleta onde correm na arquitetura da Cidade Para as Obras dd PalaCi0z enrre Os an0s de 1735 e 1738. sendo
as águas, numerosos edifícios modernos apresentam amostras de material do pais que DFBCÍSO 0 braÇ0 r0rÍe dd 90Vern0 Para 0 desedrrinid efieal das lalidas e aberturas des
seriam admiradas em qualquer lugar do mundo".i2 13 carreiros"."
seis mil varas de lagedo, metade singela e metade dobrado para a obra da Fortaleza da A mesma Canrarie trabalhada Vam0S enednrrar em dblase Í0d0 0 ndrdesre. sela
llrl ÚHS C0brS, e assim mais vinte portaes da Casa do Governador e Corpo da Guar- - de arenito ou de calcário. Em Pernambuco, usou-se a princípio o arenito dos arrecifes
da"14. Mas, não só no Rio de Janeiro era empregada pedra importada, apesar das gran- e praias e depois o granito e o gneiss; o primeiro mais nas alvenarias e os últimos nas
des disponibilidades deste material na cidade. Também na Bahia, é ainda Vauthier que ombreíras, arcos e outros elementos.
nos conta que os habitantes ”mostram, com orgulho que deveria surpreender-nos, mo-
numentos inteiros construídos com pedras do reino, -
como é designado ainda tradi- No Rio de Janeiro parece que a única pedra disponível era o granito, e Debret”
l cionalmente Portugal -
as quais já vieram de lá_talhadas e numerada/s,".15 E ainda em assinala que era mais usada nos cunhais das casas mais importantes, se bem que seu uso
l Pernambuco, acrescenta Vauthier "a igreja do Corpo Santo. .Í é edificada por este sis- rerl Se d¡fUndid0 bastante, brineipaimenre n0 se0i1i0 Xix. em lí>0rrads. Cimainas.
tema. Recentemente, ainda para a fachada de um teatro erigido nesta cidade, há alguns S0leÍI'aS. GÍC- Debrer aereseenra ainda dUe esta Pedra "se ii9a mal a0 Cimenrd de Cal
anos, o arquiteto esforçou-se em vão por empregar pedra nacional, tendo afinal de ce- geralmente usado _e exige .muros degrande espessura".19 Assinala, ainda, que o mais
der aos preconceitos locais e mandar vir do Porto a pedra necessária que, entre parên- bran00J2-mais-›renr0 de 'E0-des e 0 Íirade de Pedreira da Glória. e lá n0Ía sUa aDliCaÇa0
tesis, chegou bem maItalhada".i5 nas partes dos edifícios que devem ser esculpidas como nas balaustradas e demais
elementos usualmente decorados. Entretanto, continua, “esta bela côr branca amare-
leceao ar e acaba se tornando ocre suja, ao passo que os mais duros, os granitos azul-
Outros monumentos do litoral, como e Conee¡Çã0 e Sé da 3ah¡a, a Mamz da violáceos ou esverdeados tornam-se apenas mais escuros e podem ser polidos"_19
Boa Viagem, etc., empregaram também a pedra portuguesa. Já para o interior, sem o
tran,sport`eA_,fácil_,dos ,navios vazios, são usadas apenas as pedrasddavprópria reg¡ão_ Em Em outras regiões, como no Piauí, segundo Paulo Barreto”, as alvenarias são
Minas, por exemplo, não há informação segura do emprego de pedra portuguese em de lajes de rio e cabeça de jacaré (conglomerado natural de tabatinga e pedra miúda
qualquer monumento, a não ser uma referência de Diogo de Vasconcelos sobre e menor que o cascalho nr) O, de grande resistência e de vivo e belo colorido roxo-aver-
porrada do Palácio dos Governadores de Ouro Preto que, com estudos mais recentes, molhado). O arenito. pedra de rio como é chamado, ocorre em várias cores: branco.
não parece proceder. amarelo, verde, azul e vermelho. São pedras que se encontram soltas no terreno, em
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hlooos de diferentes tamanhos.
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‹;i‹lo pelo nome de capistrana
preciso apenas apanhá-los e assentá-los, pois não ne-
ui.-ssitam de maiores reparos. Encontramos, em algumas
ilus paredes à mostra, sem revestimen t o. Em Cam p
i:‹›m cabeça de jacaré, tendo as ombreiras e as pilastras
_.
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de lajes
as lajes formam um caminho continuo
Itú. Quando
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como
cidades, casas com o material
o-Maior, vimos uma casa construída
dos cunhais feitas com lajes de
no
os que
centro
Langsdorff
das ruas
~
Encontramos ainda pedras, cortadas toscamente em lajes de dimensoes
-
,
e
encontrou
este
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razoa-
conhe-
-
.
Pedra seca -
Estas alvenarias dispensam as argamassas, obtendo-se o
de outras menores. (figs. 9 e 10)
acama-
(fotos
mento das pedras maiores pela interpolação
(0,6O a 1,00m) em relação a sua altura.
Il e 4) Geralmente são de grande espessura
fšervem, de preferência, para muros divisórios de terrenos,
pouco aparecendo nas habi-
iuções. As pedras são aplicadas "in natura", sem qualquer aparelho.
Pedra e barro -
Nestas alvenarias assentam-se as pedras em argamassa de terra
trabalhadas no sentido de
ii as faces aparentes das referidas pedras são, com freqüência,
FOTO 4 (fig. 11) Aproveitem-se as pedras disponíveis no
oferecerem um melhor acabamento.
Cøizzzziú. Moeda/MG.
todas as regiões do Brasil, sobressaindo, desde logo, a
próprio local, de que são ricas
izzmga, o calcário, o arenito, o quartzito, o gneiss e até mesmo os moledos, cortados em
qrandes paralelepfpedos.
._ Ê,
A espessura das alvenarias de pedra varia de 0,50 a 1,00m. e, comumente,
le-
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nas paredes
iii="'**~Í-- vam emboço de barro e rebôco de cal e areia. Além de serem empregadas
Mil... estruturais, compõem também pilares e 8rCãd8S-
au;
alvenarias podem ser
Em certos casos, valendo-se de pedras mais miúdas. estas
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Pedra e Cal -
Este tipo de alvenaria não difere das de pedra e barro a não
se
pela substituição da argamassa de terra pela de cal e areia.
Se as primeiras são usada
quando ainda não se dispõe da cal necessária, tao logo se torne ela acessível,
têm pref
rêncía as argamassas que as aproveitam.
-
Adôbos Consistem estes elementos em paralelepipedos de barro
com dimen
sões em torno de 0,20 x 0,20 x 0,40m. diferindo dos tijolos apenas por não serem
cozi
dos no forno. São compactados manualmente em formas de
madeira e postos_a seca
na som b ra d uran t e ce rt o num
' e ro d e dias e d ep ois ao sol . Deve o barro conter cert
percentagem de argila e areia a que se juntam, por vezes, fibras
vegetais ou estrume d
boi para melhor consistência dos blocos. São os adôbos assentados
e emboçados co
barro lp odendo receber reboco de cal e areia. `
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ESTR UTURAS A UTONOMAS l
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As estruturas autônomas podem ser constituídas por peças de madeira
ou pila
" res de alvenaria. Os muros atendem apenas à vedação, sendo
as cargas distribuidas e
apoios intervalados que as transmitem ao solo. Neste caso, o peso
das vedações dev
`}p ser reduzido, tanto quanto possível, para o que se fazem
de pau-a-pique, de meio tijo
lo, de adôbos, estuque e, muito raramente, de taipa de pilão.
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i~i‹›s, que excedem a 250, são térreos e fabricados a pau a pique ou com adobos".25
sempre as madeiras de lei . reforçadas as suas vantagens com cuidados especiais, relati-
1
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v‹›s a sua obtenção e emprego. Dentre esses convém ressaltar a norma de só se derruba-
ium as árvores em tempo sêco, em fases certas da lua (quarto minguante). Especifica-
vu-se ainda, que entre a derrubada e a utilização decorresse certo lapso de tempo,
ilestinado a proporcionar uma secagem melhor dos troncos.
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As estruturas de madeira consistem na armaçao de quadros compostos de
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32 33
meabilizarem o cerne contra a umidade do solo. Esta parte cilíndrica e inferior
dos es-
_teios tem o nome de nabo. Ao nivel do piso, recebem esses esteios, em meia
madeira
ou em rebaixos (fêmeas), os baldrames que vão suportar as vedações e os barrotes
do
soalho. Na sua parte superior os frechaís são simplesmente apoiados ou com
os mesmos
encaixes citados, sobre os quais descansam os forros e as coberturas. (fig.
13)
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lhes sao normais. Os frechais, em todos os seus pontos de encontro, abraçam-se,
ressal-
tando para fora, para melhor se amarrarem. Todas estas peças sao de seçao quadrada, s ,_ szzjz.
de quina viva nos cunhais e de madeira de lei, com secão em torno
de um palmo de
largo, como demonstram os varios autos de arremataçao que se conservaram. /. 1;" f' `
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fechamento do vão embora possam, em certos casos, reforçar os baldrames \`
de ma-
deira mais sobreearregados. Nestes casos, porém, é mais freqüente a introdução
de :Z .
pequenas peças de madeira, conhecidas em Minas Gerais como o nome de burros, '
colo
cadas entre os baldrames e 0 solo, a guisa de pequenas escoras. Além destas
peças ver-
ticais e horizontais, podem ocorrer nos quadros peças diagonais, conhecidas
pelo
nome de cruz de Santo André ou aspas francesas (fig. 14). Compõem o chamado
l
l.. frontal tecido, servindo não so' para melhor estabilizar os panos das vedaçoes
"' de maior
área como para transmitir as cargas destas diretamente aos esteios, aliviando
o baldra-
me que se responsabiliza, assim, apenas por 1/4 do pêso total da parede, compreendi-
^
i
...
Quando sao usados pilares de alvenaria, estas estruturas nao
~
diferem muito
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das de madeira a não ser pelasubstituição dos esteios pelos citados pilares
\ de alvenaria
e, as vezes, das madres por arcadas. i
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Curiosa é a tendência verificada no século XIX para se estabeleceram nas
construções falsas pilastras nos cunhais; ou compondo as fachadas inspiradas nas
or- Encaixe dos frechals baldrames,
e nO GSÍG
dens clássicas. Chega a tal extremo esta iniciativa que se pregam em construções
de
madeira, sobre esteios, tijolos formando a saliência necessária ao desejável fingimento FlG.i3
das pilastras. Recobertas de massa, imitam ainda a cantaria pelos riscos
regulares que
nelas se inserem.
34
E NOUAD RAM ENTOS
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._..-_-._; Possibilitam, assim, as fachadas, composições moduladas, organizadas pelos
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citados enquadramentos, estabelecidos pelos baldrames, embasamento,
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tudos, cordões, arquitraves, cornijas e beirais, determinando subdivisões
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Aparecem os arcos nas vergas e nas arcadas de vestibulos, átrios, corredores,
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antigos são
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metade do século XVIII os
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NOTAS Ao cAP|'TuLo 1
também temas de diversas cartas que, juntamente com artigos publicados na Revista "O
Progresso", de Recife, e de seus relatórios como engenheiro-chefe de obras públicas da Pro-
- Sobre o reforço de alicerces em cadeias ver THEDIM BARRETO, PAULO ~ “Casas de Cã- víncia de Pernambuco, constituem preciosa documentação. Às suas anotações de caráter
mais abrangente, juntam-se excelentes descrições sobre arquitetura que são detalhadamente
mara e Cadeia" in Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n? 11, Rio de Ja-
neiro, 1947. (Cap. VIII, pg. 89) Também para o caso dos chafarizes e pontes são adotadas ilustradas, constituindo-se excepcionais registros técnicos. Além de projetar inúmeras
especificações detalhadas. visando proteção contra infiltração das águas, estabilidade garanti- casas particulares,_foi o arquitetoi e construtor do Teatro Santa Isabel em Recife. Retornando
da e acabamento cuidado -Sobre estas especificações ver FEU DE CARVALHO, "Pontes e
_ .
a França, ainda manteve correspondencia com brasileiros, enfatizando a importancia .
lhoria das condições urbanas e sanitárias de Recife. Suas observações sobre Pernambuco
da me-
Chafarizes de Vila Rica de Ouro Preto”, Edições Históricas, Belo Horizonte, sem data.
caracterizam-se, principalmente, por sua franqueza e argúcia.
- THEDIM BARRETO, PAULO - ob. cit. - Pgs. 89 e 90.
- MAWE, JOHN in “Viagens ao Interior do Brasil” -
Editora da Universidade de São Paulo -
- JOAQUIM FELLCIO DOS SANTOS in “Memórias do Distrito Diamantino da Comarca de Livraria Itatiaia Ed. Ltda. -Belo Horizonte, 1978 -
Cap. V, pgs. 63, 64. John Mawe, comer-
Serro Frio" (Provincia de.Minas Gerais) (Ed. da Universidade de São Paulo -
Livraria Ita- ciante inglês especialista em pedras preciosas e minerais, esteve na América do Sul a partir de
- -
tiaia Ed. Ltda. 4? ed. pg. 42) descreve: “No dia seguinte fizeram uma prova para conhe- agosto de 1804, iniciando sua viagem pela região do Rio da Prata. Chegando, finalmente, ao
cerem se 0 terreno era aurlfero. Apanharam do leito do córrego um saibro grosso, claro, de Brasil, obteve autorização oficial para visitar as jazidas de diamantes de Minas Gerais e outras
envolta com pedras miúdas: é o que se chama “piruruca" em linguagem de mineração, e foi regiões do interior entre 1809-1810, quando registrou suas observações não só sobre os mi-
O que deu nome ao Corrego'
.
asp 9 c i os d 3 vidaecostumles
a pmavra parece md,gena_
. .
Os mmelros
. multas
. Vezes usam, por nerais
' que o 'interessavam como sobre os mais ' diversos brasi'| ei'_
_
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semelhança, da palavra "canjica", para designarem o mesmo corpo mineral. Lavaram-no ros da época. Retornando a Inglaterra, estabeleceu-se em Londres publicando varios livros
e
encontraram ouro em abundância". sobre mineralogia e geologia bem como sua principal obra - ii Travels
in the Interior of
,
Brazil", publicado em 1812 e considerado documentação das mais importantes sobre o
-- SOUSA, GABRIEL SOARES DE in "NotIcia do BrasiI" -
-19 tomo Livraria Editora Mar- Brasil no inicio do século XIX. A descriçao ...
de taipa grossa, o que fez com muita brevidade, com dois baluartes ao Ion o do mar e uatro 8 _ KARL VON IÊOSERITZ' segundo Barão de Koseritz' Veio para O Brasil
força estrangeira contratada para lutar contra Rosas, dela desertando em como
9 Q membro da
da banda da terra, em cada um deles assentou muito formosa artilharia que para isso levava, 1815, quando se
com o que a cidade ficou muito bem fortificada para se segurar do gentio". fixou em Pelotas e se dedicou ao ensino e ao jornalismo. A partir de 1864 morou em
Gabriel Soares de Sousa, português do Ribatejo, veio em 1569 para o Brasil, aqui passando Porto Alegre, onde fundou o “Diário Alemão de Koseritz”. Entre suas obras de documenta-
17 anos como senhor de engenho e fazendeiro na Bahia. Após algum tempo em Portugal, ção sobre o Brasil destacam-se "Bosquejos Etnológicos" e “Imagens do Brasi|" (Bilder aus
retornou ao Brasil com autorização real para explorar riquezas minerais na Bahia, onde mor- Brasilien) -Faleceu em Porto Alegre, em 1890.
reu em 1592. Durante o periodo em que viveu no Brasil fez inúmeras observações sobre geo-
grafia, costumes indígenas, botânica, zoologia e o desenvolvimento da Bahia, tornando-se 9 _ ST' H|LA|RE"AUGUSTE _ “viagem pelas Pnfwíncias d° Rio de Janeiro e,,M¡naS Gerais” _
um dos mais importantes cronistas do Brasil no século XVI com seu “Tratado descritivo do Cap. XXII, pg. 222: "Nem todas as casas da Vila do Fanado, entretanto, sao construidas de
`
Brasil em 1587”, posteriormente reeditado com o titulo de “Noticia do Brasil”. adobes; algumas são construidas de taipa. Como na Europa, utilizam-se, para esse genero de
coristrução, tábuas coloçadas paralelamente, e entre as quais se deixa a distância que se quer
- GEORG HEINRICH VON LANGSDORFF, Barão de Langsdorff. Naturalista alemão, esteve dar à espessura da parede. Enche-se o intervalo de barro, e continua-se o trabalho, suspen-
no Brasil diversas vezes nas primeiras décadas do século XIX, fazendo estudos botânicos e dendo as tábuas à medida que aumenta a altura da parede".
entomológicos que registrou em livros de viagens. Em 1803-1804 participou de uma expe- Auguste de St. Hilaire, francês, membro das principais sociedades cientificas da Europa, per-
.
correu o Brasil durante o periodo 1816-1822. Além de seu interesse especial pela botanica
dição russa que aportou em Santa Catarina, quando publicou suas “Observações de uma e
viagem à volta do mundo, nos anos 1803-1807” em edição original alemã, em 1812. Retor- pela zoologia, observou a geografia e os costumes brasileiros da época deixando diversas
nando ao Brasil em 1813, como Cônsul-Geral da Rússia, aqui permaneceu até 1820 partici- obras sobre suas viagens, com comentários do maior interesse e abrangência, inclusive a que
pando, com Saint-Hilaire, de uma viagem à Minas Gerais. Regressou ao Brasil em 1825 como é aqui citada, publicada na França, em 1830, sob o titulo original de “Voyage dans les pro-
-
chefe de uma missão cientifica composta pelo botânico Riedel, o zoólogo , vinces de Rio de Janeiro et Minas Geraes".
Hasse, o astrono-
mo Rubzoff e o artista Rugendas e que deveria seguir para Cuiabá e explorar os Rios Negro 10 SP¡X MARTHJS
e Amazonas. Langsdorff, porém, ficou louco no decorrer da viagem, sendo
levado para a
Europa onde faleceu em Freiburg, em 1852. Suas anotações de viagem constituem impor- Johann Baptist von SPI_X, zoólogo alemão, permaneceu três anos no Brasil como agregado à
tante documentação para o estudo do Brasil no século XIX. missão científica austríaca de 1817, responsável pelos mais importantes estudos realizados
no pais. Spix escreveu o livro “Viagem pelo Brasil” e do seu inventário constam mais de três
_ VAUTHIE R, L. L. -
Engenheiro e arquiteto francês, permaneceu no Brasil entre 1840-46, mil espécies de animais.
Carl Friedrich Philip von MARTIUS, botânico aemão, também agregado à missão austríaca
escrevendo um diário rico de informações sobre a vida e os costumes brasileiros da época,
.
de 1817 fez, durante quase tres anos, viagens pelo Brasil, coletando e classificando cerca de
40
41
6.500 espécies de plantas, além de reunir vasto material filológico e etnográco. Sobreviven- sobre as cap¡5t,.a,¬as escreve |:RANC|3CQ ANTQN|Q |_0pE$ em "05 Pa|á¡;¡0§ de Vila Rica”
do à Spix, Martius escreveu diversas obras de extrema importância sobre o Brasil, entre as (Cum preto no C¡c|0 do Qu,-0) _ ¡mp,»en5a 0f¡¢¡a|, Be-10 Hgfizome, 1955, pg, 202;
quais 3 m°'“-'mama' “F|°"a B"a5¡|¡°"5¡5”- "As antigas calçadas, em que eram utilizados, de comum, seixos rolados de córregos, não
apresentavam comodidade aos pedrestres. Em vista disso, o Presidente da Província Capis-
- ob. cit.
-
~ SOUSA, GABRIEL SOARES DE trano Bandeira de Melo, por volta de 1878, manda assentar passeios de lajões no meio das
ruas.
- VAUTHIE R, L. - “Casas de Residência no Brasil", (com introdução de Gilberto Freyre)
L. Em Ouro Preto, inda existem passeios centrais que tomaram o nome de capistranas, do seu
in Revista do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, n9 7, Ministério de
e inventor."
Educação Saúde, Rio de Janeiro, 1943 -
,
e 156. Pg.
1.' SOUSA, GABRIEL SOARES DE -ob. cit., pg. 247.
- Ainda sobre 0 uso de pedra portuguesa em construções brasileiras ver o Cod. 70, fls. 42,
1739, do Arquivo Público Mineiro, segundo Sylvio de Vasconcellos: “Representadome que .' l MAWE, JOHN - ob. cit., pg. 154.
como detriminava que Assim se fizesse diviáo hir os dittos canos de pedra desta Corte".
' .'‹1 POH L, citado por TAUNAY in "Anais do Museu Paulista", Tomo XII, fls. 343.
-
-
Cod. 70, maço 64, do Arquivo Público Mineiro, pesquisado por Sylvio de Vasconcellos. Johann Emanuel POHL, médico e botânico nascido na Bohemia, participou da expedição
científica austríaca de 1817. Pohl permaneceu no Brasil de 1817 e 1821, fazendo diversas
- - ob. cit., pag. 156 157.
VAUTHIE R, L. L. e viagens nas quais estudou e coletou material mineralógico e cerca de 4.000 espécies de plan-
tas que descreveu em livro. Fez diversas observações sobre a vida, os costumes e as caracte-
- CARVALHO, AYRTON DE - "Algumas Notas sobre o Uso da Pedra na Arquitetura Reli- rísticas das cidades e vilas brasileiras publicadas sob o título de “Viagem ao Interior do
giosa do Nordeste", in Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional", BrasiI" (Tradução de Milton Amado e Eugênio Amado), Editora da Universidade de São
n9 6, Ministérió da Educação e Saúde, Rio de Janeiro, 1942, pgz 277. Paulo e Livraria Editora ltatiaia, Belo Horizonte, 1976.
~ VASCONCELLOS, DIOGO DE -
"A Arte em Ouro Preto” ("As Obras de Arte”, memó- .'l› - "Memórias da Província de Minas Gerais", in "Revista do Arquivo Público Mineiro", 1900,
ria publicada no livro comemorativo do bicentenário de Ouro Preto) -
Edições da Acade- fls. 596.
mia Mineira de Letras, 1934 -pg. 65.
- CARVALHO, AYRTON DE - ob. cit., 286 287. JG - DEBRET, J. - ob. cit., Tomo l, pg. 333.
B.
pgs. e
JEAN BAPTISTE DEBRET, artista francês com brilhante carreira em Paris, veio ao Brasil pg _ QEBRET, J, B_ ._ 0b_‹;¡r_, Tomo l, pg, 237,
como membro da Missão Artística Francesa, trazida por D. João Vl em 1816. Foi profes-
sor da Academia de Belas Artes fundada pela Missão no Rio de Janeiro e fez inúmeras pin-
turas de caráter histórico e documental bem como retratos da Família Real. Permanecendo
no Brasil durante 15 anos, registrou em excepcionais desenhos os costumes, a flora, a fauna
e mesmo os indígenas, produzindo uma documentação da maior importância que veio a
completar, mais tarde, quando publicou na França, o livro "Voyage Pittoresque et Histori-
que au Brésil”, em 3 volumes (1834-39).
- T. BARFIETO,PAULO -
"0 Piauí e a sua Arquitetura", in Revista do Serviço do Patrimô-
nio Histórico e Artístico Nacional, nl? 2, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro,
1938.
- CAPISTRANA - "Nome que em Minas é dado às pedras que, enfileiradas, comumente for-
mam faixas ao Iongo dos eixos das ruas calçadas com lajes menores ou seixos rolados. A
expressão deriva do nome do presidente da Provincia de Minas, Capistrano Bandeira de
Mello que, 1878, mandou ascentar passeios de lajão no meio das ruas", in "Dicionário da
-
1
Arquitetura Brasileira”, Corona e Lemos, Edart São Paulo Livraria Editora Ltda., 1? edi-
ção, São Paulo, 1972 -
pg. 107.
43
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' CAPITULO 2
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No geral, consideram-se como elementos de vedação os que, não tendo fun-
i das estruturais, são usados apenas para fechamento, dos vãos. Há vários tipos de veda-
. alo, algumas desempenhando parcialmente funções estruturais, outras funcionando
-' li ' pmo fechamento e proteção.
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- PAU-A-Ploue
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Tipo de vedação que consiste em paus colocados perpendicularmente entre os
bildrames e os frechais, neles fixados por meio de furos ou pregos. Estes paus são
¡ . “,¿ freqüentemente roliços, com sua casca inclusive, em seção compatível com a espessura
' pretendida para as paredes que vão compor, em geral de 0,15 a 0,20m, condicionando
'
' ou paus a um diâmetro de 0,10 a 0,15m. (fig. 17) Normalmente a estes, são colocados
` Outros, mais finos, ripas ou varas, (fig. 18) (foto 11) tanto de um lado como de outro:
llllll.
amarrados com “seda em rama, o linho, o cânhamo, canabis sativa, o tucum, o cravete,
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jjjw 0 guaxima, o imbé, o buriti” e out diversos gêneros próprios para cordas, conheci-
dos no Brasil pelo nome) genérico de,embiras;) como quer o Bispo de Pernambuco em
nua "Memória sobre as Minas de Ouro".3° São também usados couro ou pregos, ,for-
~ mando uma trama ou armadura capaz de recebera su5te_r.0 barro, que, posterio _mente,
val encher os _v_a_zigs_d_a_§¿_mação. Estas varas horizontais podem
Intelras ou de canela de ema. No norte utilizam-se os troncos de carnaúläa, não só para
os paus-a-pique`co"m'o para o.ri.pamemo__l1Q_zo_gtal.
Podem ser colocadas duas a duas,
- do um lado e outro, no mesmo nivel ou alternadamente, (fig. 19) de modo
a correspon-
der cada uma a um intervalo de duas do lado oposto. O espaçamento dos paus-a-pique
~. < --'
varia em torno de um palmo, sendo o das varas um pouco menor.
.` fv‹,1r'‹>¬*F~..jí.z.~.'
Feita a trama, _égo barro jogado e apertado sobre ela, trabalho que se faz ape-
‹ nas com as mãos, sem aufílio de qualquer ferramenta, o que tornou este sistema
_ conhecido pelo nome de pescoção, tapona ou sopapo.
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de Pau a PI=|ue
_Disposição das varas: |=|(;_20
Paralelas e intercaladas
FIG.`I9
. 48
Empregam-se as paredes de pau-a-pique, tanto externa como internamente,
preferindo-se, porém, o seu uso no interior das edificações ou nos pavimentos elevados.
É, por excelência, o sistema indicado para as vedações por sua leveza, pouca espessura,
Iconomia e rapidez de construção, sendo também chamado de taipa de mão ou taipa
de sebe. (figs. 20 e 21) 7
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redes, pregam-se varas, onde se encaixam os tiiolos ou adobos com rasgos pré-estabele-
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l “Í" . lx/ _ |lemento,j_pQ§é['g,qu;-gpsggmpleta é a_cobe__rtura de proteção, quepgde ser"'de'_Íeflíl1asf
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T lfigs. 28 e 29), assentadas diretamente no maciço, em uma ou duas águas, ou sobre
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rmação de madeira,_formando beirais de caibros corridos (fig. 30) ou de cachorra-
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l, ç 0 m pl e me h fu Cl ÍOÍO 27) (fig. 31) Contudo, os sistemas de coberturas que interessam aos mu`rÓs*são°"ós mesmos
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os balanços da cobertura são sempre proporcionais à proteção que devem oferecer aos
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muros, cujas alturas determinam a dimensão do balanço das proteções com que se
ooroam.
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barro com estrutura de curral, para sua maior consistência e para proporcionar zzl ¡"'
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ção da cadeia de Sabará, em 1741, querem-se as paredesnrebocadas d_e,bosta,__(
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conchas quemadas, y con de ladrillo
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(foto 10) Este tabuado aparece ainda nas empenas de menor peso para não sobre ¬i
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gar os frechais. Com tábuas revestem-se também as faces externas das paredes,
a baixo, quando sujeitas à ação de chuvas mais intensas. Mais tarde, seria esta prot
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proporcionada tambémapor folhas metálicas. Este revestimento de tábuas, de con ›f“)
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ras ou mesmo de traves, aplica-se nas cadeias, reforçando as suas paredes para evit
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perfuraçoes destinadas à fuga dos detentos. Na arrematação da cadeia de Vila
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alto a baixo pela parte de dentro e por fora, gasora e barriadas", como fez Ant
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FIG.35 Revestimento de parede com telhas em capa
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F|G.40 Cunhal com relevo em estuque
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massas__rj_ç_a§_gu_ por meig__dg_pre_g9s.
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As paredes de pau-a-pique podem ser também revestidas na sua parte inferior,
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por lajes junto ao solo, pelo lado de fora, para melhor protecao contra as águas. Neste
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caso, as lajes geralmente compõem barras.
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FOTO 9
\ Painel de azulejos. Igreja de Nossa Senhora dc Carmo. Ouro
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- COROAMENTOS E CUNHAIS
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bres, com telhas/c:_lo“l_ocadas transversalmente à direção das águas do telhado._As_ plati-
bandas podem ser cheias, lisas, com ornamen__t_aça'o_em__relêvo,figuras geométricas, cor-
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Os cunllgis variam conforme o sistema construtivo adotado.~...._,___`_____,_,,...-›--
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Quando a estru-
tura é de madeira, os esteios aflorados iö‹öñ'š`IU€m_"os cunhais. As vezes revestem-se
com tábuas lisas ou de rebaixo, com molduras dando-lhes maior ressalto em referencia
ao plano das paredes. (fig. 40) Quando de pedra, podem ser de alvenaria e massa ou de
cantaria,
_ < sempre, porém, ressaltados da parede, à¬:;_\)(`¶` “de pilastras.
feição‹_`...... ,_›__,¬ ,
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ii NoTAs Ao cAP|'TuLo 2
»w*°"
~
Janeiro, 1947 -
pg. 103.
ml
FOTo 11 32 - Citado por THEDIM BARRETO, PAULO - ob. cit., pg. 103, nota 172.
Parede de pau pique. Fazenda Babilonia, Pirenópolis/GO.
- -
a
33 TABATINGA "O termo, corruptela do tupi 'f,tglg;tdi|3ga_", quer dizer barro branco.
Hoje em dia, apalavra designa qu_aJ_gu§[¿b§_[f9__¶g¡_|9_§2_£Dm CGFÍH F>0I'Ç50 de Wlli-Dlüâí'
_§aJ untuoso ao tato, não sendo necessáriamente branco. Ant`í§á'm`énte, foi generalizado 0
‹l.i¬l
‹'l› W||rl` seu emprego na pintura de paredes, já que a cal era de dificil obtenção, principalmente
ullliš
na zona rural. Nas pinturas mais requintadas, adicionava-se à calda de tabatinga certos fixa-
ll dores como o leite da sorveira, o leite de vaca, certas soluções de pedra-ume, etc."
-
*J
mz 'l .. ll SORVEIRA "Árvore de familia das Apocináceas, couma macrocarpa, Barb. Rod., que
l|||l.| ;,, ,,i
fornece madeira branca para marcenaria e que dá, também, uma resina viscosa, a qual
mui;
costuma ser, no vale amazônico, misturada à'tabatinga usada na pintura das casas, segundo
rilllllil Martius e Afonso Arinos de Melo Franco. Peso especifico da madeira igual a 0,54”.
'ii l` Apud CORONA e LEMOS,`“Dicionário da Arquitetura Brasile¡ra", Edart - São Paulo
ill] -
Livraria Editora Ltda., 1? edição, São Paulo, 1972 pgs. 435 e 431.
ril Mil'
1. ~
- THEDIM BARRETO, PAULO - ob. cit., pgs. 92 e 93. Segundo Paulo Thedim Barreto,
"gazora é expressão que podemos tomar no sentido de rebocada".
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Lajes de reforço dos pisos. Casa dos Contos, Ouro Preto/MG.
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- TERRA BATIDA
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Los pisos de terra batida deixa-se_o piso natural, socando-se apenas a terra_ de»
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modo az proporcionar uma superficie mais consistente e u_r1f_c¿rr_r_1§_.LQu_a_i_1doMa_terra do
~¿
local não _se_Ji.ga. bem, junta-se.a eia certa quantidade de argila e água, para então ser
feito gggiaqpjlpamento. É também tradição corrente o uso de §angue deibúinestes pisos
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ll pagavse obter_me`l"bÍ›r liga. E provável que nas construções mais cuidadas se §olo_‹¿a§s_e
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por baixo da car_na_d_a d_emterra socada _um_a,çletern1inada_porç¡áfo pedregulho
çl"e_a_r_§_i_,a9u
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Para 9 __t_abuado corrido os barrotes são assentados sobre os baldrames, em re-
bllxos destes e meia madeira daqueles, com dimensões em torno do palmo e espaçados
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eles são assentadas as tábuas, fixadas a prego. Estas são na
maior largura que se possa obter, em media de 0,40m e com espessura em torno\ de,
30m Estas tábuas podem ser de diversos
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De juntas sêcas, isto e, sem qualquer encaixe entre elas, apenas encostadas
umas àsdoutras. Neste caso, qgndov elevag sgdo c_l3~ã“o^e nãogexistindo forro por baixo,
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levam às vezes cordoes de mata-junta nas
` . 43 -_ ..
pregados por baixo, de seçao re-
en s,
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tlngular ou perfilada, afim de evitar
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*il `l'iiiillli madeira ou meio fio, desencontrado de cada lado da tábua, de modo
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I que uma descanse sobre o meio fio da anterior e receba a sucessiva e assim por diante;
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|§; De macho e femea, quando se encaixam uma na outra, tipo mais raramente
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torno de 0,20m.. ›°¿i1nade_iras empregadas de inicio ›- sao
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sempre de muito
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boa qualida-
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de, como jacarandá, canela parda ou preta, jatobá e outras, até que, no século z(_l_)_( são
:fille B Os tabuados red_u_zidos em _,sua›_larg~i¿r_a (0,10m. a 0,15m.), passando a ser conhecidos
›i`.¬.l 1;
como frisoíquase sempre_en1_machoWe fêmea, com o emprego de pinho de riga, perobã
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do campo___9u__ipê, podendo ser encontradas: também, madeiras maisfracaš,/ãimo 0
luquitibá _rosa___e__g pin ho nacional.
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Uma variedade deste piso,Ž_o.4_de campas, nas igrejas, para cobertura de sepul.
turas. O barroteamento aqui é apar,en_l;e e forma quadros de mais ou menos 2,00'm. por
IÍ.Í.....Ç, ÍÍ
i O,8Om., com rebaixos para receber as tábuas: uma, duas ou três. (fig. 42)
Nos pisos das cadeias, pode ocorrer reforçamento de madeira sob pisos de
C i lajes ou de tabuado, consistindo em consoeiras de seção robusta, colocadas face a
. lace ou com pequeno espaçamento para evitar sua perfuração para evasões.35
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Em outros casos os barrotes são armados de modo a não sobrecarregarem vãos
inferiores. (fig. 42-A)
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__.......-,. .___.. ...É Consiste este tipo de piso no assentamento de lajes de pedra com argamas
F* f *"' l de barro. As lajes podem ser trabalhadas por canteiro, com forma geométrica, quadl
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l da ou retangular, ou apenas com sua face aparente trabalhada. Podem, quando quadr
` ll das e de duas cores, pretas e brancas, serem dispostas à feição de xadrez.
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Mawe encontra em Vila Rica "ardósia para pavimentar quartos"3° mas prov
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A espessura das lajes varia entre 0,05 e O,10m, sendo usados arenitos, gnei:
ill! l'liz:l(((i Co rte calcáreos, etc.. Encontram-se, também, lajes de pedra sabão, melhor aparelhadas, p
ll1“l| A rém de maior espessura.
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FIG.42 Campo s
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l Este tipo de piso consiste no assentamento sobre barro, de pedras redondas ‹
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rio, formando mosaico à feição mourisca (fig. 43), sistema que exige apiloamento pa
melhor apresentaçao e durabilidade. Podem ser empregados seixos de duas cores, pr
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mnliill
.
(Vil tos e brancos, formando/Wdesenhos_geométri_cos, em retângulos ou quadrados, diagon
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dos, definidos por fiadas de cor e preenchidos osespaços assim obtidoicom pedrasr
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cor diversa. Esta divisao"' pode ainda ser feita com lajes comuns colocadas a prum
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estrelas são as figuras preferidas nos desenhos feitos com seixos rolados. ¿ '
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O seixo rolado e' também o tipo de calçamento empregado nas vias públicas
pátios internos. No interior das habitações o diâmetro das pedras é pequeno (mais c
~ z
menos 0,03m). geralmente usado nos saguoes; nos pateos é maior (0,10m) e nas ru
¡
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. .
Denomina-se, ainda, este calçamento de calçada portuguesa ou pe de molequ
_? Nas vias públicas aparecem também as faixas de lajes, conhecidas como capistrana
-
.
(foto 13 e 14) funcionando como passeios. Nas vias em declive encontram-se fiadas c
-J-~-~-s -t ÍÍ K i " "`Í'- lajes postas a prumo, em forma de costelas (fig. 44) que trabalham como‹:ãYíáp.`tei
dente a anular a ação das enxurradas. Formam uma espécie de armaçâ'o,Pmais solid
HG-42 A F°“'°“ e P' S ° 5 mente fixada ao solo, circundando as pedras redondas menos ligadas aos terreno
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Nota-se com este tipo de pavimentação o espírito
visível de modenatura, apli-
prido-se pedras mais delicadas nos locais menores e mais
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dos laieados,
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sendo, entretanto
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seu acabamento mais cuidado, o que se nota
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pelo polimento que os -
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.ifil iii Vi lg] eados não recebem Podem ser lisos , isto é , d e uma so cor,
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com elementos iguais, oun
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aplicados nas escadarias
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e nas pecas de circulaçao
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dos edificios publicos, seiam
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ii Qnhecidos como gregas. Já o parquet usa pedaços
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ll modo a permitir a formação de desenhos
em mosaicos, sempre geométricos, estrelas
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i. sendo assentados por placas com-
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postas.
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Os tacos têm sua fixação à argamassa aumentada
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Há também Iadrilhos
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ou nas
peças de serviço, cozinha e sanitários.
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ä:____.__... Para sua aplicação, antes do uso do concreto armado, nos pavimentos elevados
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Ompregva-se o ferro laminado em duplo T ou mesmo o trilho, com os vãos preenchi
' H " "' H , ' dos por tijolos de maior comprimento ou abobadilhas de tijolos comuns. (fig. 45)
É a -f' O "' Com esta técnica aparecem também os apoios de ferro fundido, cilíndricos, de peque-
no diâmetro, quase sempre lisos ou com formas que imitam as ordens clássicas com
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oipitéis e estrias, muito miúdos e simplificados.
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l '›- Há, ainda, as vigas armadas de ferro, não só para vãos planos como para esca-
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darias.
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NOTAS AO CAPITULO 3
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36 - MAWE, JOHN - “Viagens ao Interior do BrasiI" - Tradução de Selena Benevides Viana -
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Editora da Universidade de São Paulo - Livraria Itatiaia Editora Ltda. - Belo Horizonte -
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CAPITULO 4
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FORROS
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Assim como os pisos, também os forros apresentam inúmeras variedades
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usados.
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No caso do uso de esteiras sao
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l .ll lisos e planos, sejam de nivel ou inclinados,
l quando seguem a declividade dos telhados em cômodos de pé direito variável.
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Podem
mu ler também arqueados, formando abóbadas ou cúpulas, seguindo as formas
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usuais
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pezoidais que correspondem a cada um dos lados do cômodo, sendo fechados, pelo
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alto, com o quinto painel que é retangular e de nível. (fig. 46) (fotos 15 e 16)
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" "` ul ll l.. Considerando ' se os acabamentos e os materiais, tambem podem ser notadas
solucões mais simples e mais eruditas, cujos tipos principais são:
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FOTOS 15 e 16
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Forro em gameld
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Ai hr 'l ii as fendas, as juntassao fechadas por papel, pano ou cordão, antes da sua pintura.
Macho e fêmea Meio fio
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Saia e Camisa Como processo mais novo de feitura de forros há o de
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sobrepostas, conhecido como de saia e camisa. ~
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seus contornos. Já aqui as tábuas
tabeiras" ressaltadas no
Conforme otipo adotado,
plano
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são
das
forro
de
saias,
fica com
largura
ficando
uniforme. Sšosempre entabejrados,
as camisas rebaixadas ou
almofadas rebaixadas ou salientes, de
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cimalha,
do com as modalidades indicadas. Este tipo de forro leva sempre aba
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Painéis Moldurados
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Podem ocorrer tanto nos forros de nivel como FIG.48A
alteados de gamela, onde são mais freqüentes.
Estes forros podem ser alteados, formando gamela ou masseira, como já i=iG.49`
dito. Neste caso, os painéis são divididos por molduras, nos cantos, ou por subdivi
dos próximos painéis.
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Forro de sala e camisa. Forum de Ouro Preto/MG.
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FOTO 18
Forro pintado por Manuel da Cos-ta Ataíde. Igreja de São
Francisco de Assis. Ouro Preto/MG.
.............................................
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¡ 90
ii Estuque f- Encontram-se também forrosde estuque, sejam com armação gros-
.
fasquias sobrepostas de taquara, barreados, ou ripamento cruzado de varas ou
i
is. Estesforros e-stucados podem ser planos, alteados em gamela ou divididos em
áis com molduras de madeira, porém mais deigados e simples.
if
Forros Maciços
1
- A
1 ,\À I
Merecem ainda referencia as abobadas de alvenaria que vez_
a
FOTO 19
Forros de Tijolos -
Excepcionalmente ocorrem forros de tijolos encaixados
barrotes, como os que são encontrados no Convento Santa Tereza de Salvador.
Forro de caixão ou artesoado. Matriz de Nossa Senhora do
Bom Sucesso. Caeté/MG. ¡¿ zw ¡` (_,,;\-~.~ mi
`i
i
,..
A pintura dos forros é também variada, nao apenas quanto ao' uso das cores
i
` .
to as variacões dos motivos Todos os forros levam pintura, seja lisa de uma só
_
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` w.iiiiiiI›.iii.
iiiiiilllll
decoratii/_a ou representatya. PoÍÃe;r`Ísi_rnples. cäiaç'ã'o,“rn"aiis comum" no estuque;
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la nos lisos ou decorativos e a têmpera e óleo nos mais_*_ric_os'.'›Õs«cordões comu-
i liiiiiii.
te 'são dourados' Óu'arrTare'los»rà~»imitaeãor“dë”õÍi"FÕ`ih‹o'u ainda vermelhos para uma
ii li xiliii i..li
|i« i marcação. As molduras são faiscadas38 em :fingimento de madeira ou pedra: e as
as recebem pintura decorativa, seja de caráter orAien'tfal_ou' n1~o^urisco`,w|Ê›olicrômicas
l Wviiiiiiij
i
.ij imitivaš puras"("ve'rr'n`elho, amarelo e azul). Quando monocromáticas servem-se da
1 de tons e são mais desenhos que propriamente pinturas.'Ócorrern a princípio
ll
*"'ii.i‹ `“ pinturas de cíarétervmais renascentista, principalmente corn folhas_›_d~e`acanto, em grande `
`-
ll
.lili
.iu
ll desenvolvimento e que podem também encher os painéis. Aparecem, posteriormente,
ÇÂ
|| ejstilizações de_concl_i_Çzide_s, c‹_›__rn,_o_,predomi'nio do vermelho e as composições florais
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il.....,
wii, ,fl l menos estilizadas, formando guirlandas ou pendentes.WNos vãos.. vw... lisos de tabuado ado-_
_ __ _ _
Hp lllll ii.,
ilm-se as pinturas ditas"árquitetônicas_ em perspectiva, com ousem painel central figu.
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I
i ii i››|, W
.Il| iiitivo. ._J,é__,os painéis recebem pintura mais cuidada, sejam as composições florais com o
W. _,
llcanto ainda em predomínio, sejam as pinturas representativas propriamente ditas,
ii H
iiom cenas pagãs ou religiosas ou, ainda, simbolos, como por exemplo os usados nas
‹ “ql
lldainhas (Escada de Jacó,Torre de David, Arca da Aliança, etcfã
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Foto 20 Q3 _<,.'¿›.,~_
Forro de ==i×ä‹› ou r=‹==‹›ad‹›. isreia de Nossa Senhora do . Os painéis recebem, em exemplos ma`i`s"siÊÊelos, pinturas simplificadas, dispos-
R°*á'¡°'T¡'ad°"t“/MG' ins apenas Íosvcantos, em conchóides ou florjesucleixando o campo geral. liso. Todavia,
` iilo quase'sempTe"éštèš`Törrö`š`El`€va?iãs"cores,que variam "nos cordões, tabelas e painé_¡s.
São usados de pr'ef`èrê`i*i`cia`oi_a`z*ul, 'o"fve^Fm"êl'h'o““e'"'ó"ãif1ÉFelo'leste 'úiltimio *ém tinta ou
Além das pinturas,o cuidado com certos detalhes deve ser mencionado na
' iolução dos forros. _Os forros de tabuado e os emoldurados recebem aba e cimalha
iim toda a volta, pregadas sobre a parede. A aba pode ser constituida” de uma sim-
‹
iiles tábua ou levar cordões, tanto na sua extremidade inferior como no terço superior,
' lntes do nascimento da cimalha ou da sanca que dela nasce.
Í 92
93
ii As cimalhas são sempre perfiladas, desde a simples meia cana, até as de peito
j IQ pomba, o quarto- redondo, gola, e outras, na mesma feição das externas, todas elas
l||DLlI!D
_, ' mplradas nas arquitraves ou cornijas clássicas. O Iacrimal não é usado ou então é re-
, Iillldo a proporções diminutas. As cimalhas internas têm também balanço menor e
dem receber, diretamente, o forro ou ainda deixar um pequeno espaço até ele.
lllqi. 52-z; 52-bl ,fj zà
Aparecem, também, nos forros mais ricos obras de talha, estuque em gêsso ou
Will ih", '
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llisa, compondo os florões, nascedouro dos Iustres ou relêvos decorativos com can-
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bl em forma de volutas, pinhas ou simples almofadas salíentes, terminadas em ponta
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,A,',,.i.:, .i Dq Own” D IO diamante. Estas talhas aparecem com mais intensidade no século XIX, assim como 0
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if, 0' As tábuas de forro distinguem-se das de piso pela qualidade, sendo de madeira
-- menos rfgida, mais macia ao trabalho, como o cedro, o vinhático ue outra_s_Hpor serem
tl! menor largura, variando em torno de 0,30m. e de menor espessura. (0,015 e 0,02m.)
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ri iii ii,,,,|i mento do piso superior, sendo que no caso do último forro é exigido Qbarroteamento
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próprio. _Nos forros alteados, em seção trapezoidal, podem ser aproveitados os caibros
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da cobertura, porém, comumente, levam armação própria com caibros armados como
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Nos forros mais toscos, mormente nos de esteira de taquara, os barrotes
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podem ser de madeira "in natura", constituídos por paus roliços; nos restantes, porém,
iilo sempre de madeira esquadriada, muitas vezes obras toscamente acabadas a _en×ó.
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NOTAS AO CAPÍTULO 4 HTULQ 5
i 37 - TABEIRA --. “Série de tábuas que contornam as paredes, formando moldura que gua
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asdos soalhos ou dos forros cabeira." \`Í'"3 " Q~.l"zt;¡' A ; !`\ -"'= Y ' rf*-Ã ' z ¿,,~-H'() ~
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in aos “Moldura de arremate nos soalhos ou nos forros de madeir_a_._Vl§l_o_s___soa
rodapés". ' “ W
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i lo Livraria Editora Ltda. -1? edição São Paulo, 1972, pgs. 435 e 91.
38 ~ FAISCADO, -
“l\i_ome que em Minas davam ao gênero de pintura que procurava fing VÃOS
‹ imitar pedra. Foram muito comuns portais e batentes de madeira, pintados a óleo o i.
,,,(,(,M_,\ 39 _ 05 _5v.'mbQ|0i5 ,ej¡g¡oso5 ocorwmí_,,atuj,ajmeme7__na5_ ¡4g,e¡¿s"e Camas sendo exemmos Dividem-se os vãos em portas, janelas, ócu los e seteiras e podem ser classifi-
ii. iiiillllll i|| gfj veis os da Capela de Nossa Senhora do Ó, em Sabará (MG), com oslmorivos da iadam idos segundo sua categoria, sua forma, o material de que são feitos e o seu acabamen-
ll l"`Í`Íllll ¡;,,;,
N°55° s°“"°'a~ .Podem ser considerados os seguintes tipos:
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Extremidade ou parte saliente em obras de carpintaria, alvenaria, serral
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_i Janelas de Peitoris
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São as mais comuns, nas quais ovao aberto no pano da
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im, C' ' ' °me ad9' Wfda' t ua' ma” °“ "“*`“°5 e5“e'*a Que' Presa E Pafedez affez
3 rode leva peitoril cheio. Aparecem--nas paredes de pau-a-pique, adôbos ou tijolos e,
Ii os forros de madeira, acompanhada ou não de molduras, guarnições ou cimalhas dec
raramente, nas de pedra e de taipa. (fig. 53ll
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“iF=l,§( Apae coRoi\iAe i_Eivios, b. 1. .ii. - ; . _
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il| CIMA¡LHA - C' 'pg
"Moldura usadaO para concordar o plano dos tetos com
_ Apud CORONAE ¡_EMoS,°b_c¡t_,pg_ 129
as paredes inter
Janelas Rasgadas Sao as. janelas abertas em paredes maciças de grande
Qgpessura de modo que as esquadrias ficam colocadas na face externa das paredes,
(‹ W - Qm seus quadros de menor espessura que estas.
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Liberdade foi decorado por Frederico Antonio Steckel, pintor do Rio
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41 O Palácio da :
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`~`jlmi¡“ usou pa_p_ier-maché (cartao prensado emrelevo), inclusive nos mos, r Podem ter, neste caso, varias modalidades: a primei›ra__,_quando o vag erasgado
',l;il:lll'lÍ` pr inteiro, isto é, a parede se abre desde a verga ate o piso
,
e .o parapeito da janela,
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Impre vasado, pode ser colocado entre as ombreiras, ficando éhíãlaidtš nelas, (fig..
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IS-ll) ou sacado para fora. (fig. 53-Ill) A janela, pelo menos quanto às folhas, é como
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uma porta, pois o peitoril desce e se confunde com a soleira. Pode tambem a parede
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ii,;:1l¡É§§;Ê,¡(
i .liii{lÍÍJÍ«lIr hr rasgada apenas por dentro, mantendo~se cheia por baixo do peitor.i.I,.caS.Q_<:l_m que as
lolhas não alcançam 'o piso. * ~ ` ' '
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io alinhamento das paredes e sim em diagonal, aumentando a luz pelo lado de dentro.
V M janelas rasgadas internamente podem levar,,ao longo do. vão.,eiIi_ha,la¿1çg‹ge__suas
llliargas ou apoiados no piso,_banoos de um lado e outro, revestidos de cantaria, lajes,
oii tábuasüfconhecidos como conversadeiras, nas chamadas janelas de assento. (foto 21)
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Janelas de Canto -
Destinam-se à vigia, sendo que por necessidade de planta,
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Portas -
Assemelham-se às janelas em seus detalhes, não tendo nem peitoril
nom assentos. Podem, entretanto, quando muito altas, já no século XIX, Ievarhbaridei-‹
ins na parte de cima, fixas ou móveis, que aparecem também nas janelas. (foto 22)
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Conversadeira. Igreja de São Francisco de Assis. Ouro Pre-
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(Foto ‹ Suzy de Mello)
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Prdpeito entalado
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Óculos e Seteiras -
São pequenas aberturas circulares ou de contorno
quando
curvi
se denominam seteira
retangulares
líneo quandoisão chamados óculos, e
principalmente nos comodos de escad
Abrem-se em compartimentos secundários,
com simples balaustres de ferro
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Nas construçoes de estrutura autonoma as ombreiras
me ao frechal dando, assim,‹não sómmajior
buindo como apoio auxiliar da construção.
estasbilidade'"aõ”quadro do vão como contii
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ou os esteios intermediarios.
des, sejam os cunhais|(caso mais comum)
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(N. 41:
26) de duas portas, duas jan
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XIX nas construçoes pi ~¬¬z
l caixão como vamos encontrar já na segunda metade
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tijolos. Estas peças ressaltam sempre do parawnaíento da parede
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do
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século
nas suas duas partes,
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linhas;
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nas ombreiras em 1/3f
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o do rasgo, aparecem tambem
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No vértice do vao, entre o. paramento e
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encontram-se armações de ma d
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guarda-corpos de ferro, podem ser seguidas, interessando dois ou mais vãos ou mesmo
toda a extensão da fachada, constituindo as sacadas corridas. A*
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Cumpre salientar que as sacadas podem ser isoladas, interessando apenas a um
vão, ou corridas, quando incluem' vários vãosmoiu se estendem por toda a parede onde
se inserem. Mesmo quando corridas, podem ser de largura mínima, não proporcionan-
105
linda, com ferro chato, laminado, também compondo desenhos. Estes desenhos'in-
cluem, às vezesfelementos em relêvo, chapas repuxadas ou fundidas em metal ou
chumbo, formando flores, inscrições e outros elementos decorativos vindo, depois, os
ferros fundidos e os mistos, com fundição e laminados.
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bem além e sob este prolongamento se inserem relêvos paralelos às ombreiras ou esta
na faz, por meio de entalhes, dupla ou tripla. (foto 28)
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`ii'i‹;i-ui As vergas curvas de ponto rebaixado podem ser de três centros, isto é, apare-
V- ›.- “‹ú\¿Â ce uma curva de concordância entre o arco e seu apoio na ombreira pelo lado de
-
baixo. (fig. 64) Ocorrem, ainda, vergas triangulares formadas por dois segmentos de
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retas. (foto 31) -
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Quanto ao material usado nasivergias, pode ser estudado quanto ao do quadro
a o do fechamento."Q_gua‹Êlro é constituído pela verga, ombreiras e peitoril. Pode
ser
de lancil, em cantaria, ensilharia, de madeira maciça, formando os marcos, ou em
caixão formado por três tábuas: 6 _‹3dWu.e|a e dois alisares. Apresenta-se, ainda, de meio
i caixão, quando é revestida apenasa parte externa e a da espessura com duas tábuas.
O enquadramientoiipodei ser compostoenl massa ressaltadado paramento das paredes,
EH" comportando aduelas de madeira apenas reduzidas a apoio das folhas.
Ocorrem ainda as mistas, isto é, qu_ad[gs_de pedra sobre os quais são pregadqs,
em almas de chumbo embutidas na pedra, peças de madeira de reduzida seção destina-
das a suportar as folh”as"e_‹“1~u"e"šã'o chamadas caixilhos ou aro da pedraria. (fig. 66) Estas
madeiras' podem ser colocadas na face interna, nas cabeças do quadro do vão ou na
FIG. 57B Cães de ccintqria sua aduela, como no caso dos cordões para guia das guilhotinas. Os parafusos que
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HG. ó4 c‹z¡×¡|h‹› de pedra
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Janela com verga ogival. Barbacena/MG.
Sacada e
' FOTO 27
balcão em sobrado. Diamantina/MG. (Foto
Suzy de Mello)
3
fixam as madeiras nos marcos, quando se trata de folhas pesadas, são de grandes dimen-
sões, com cabeça e duas fendas.
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maior espessura
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e nao rasgadas aparece a madeira revestindo a soleira à altura do peitorii,
quando este é
W de pedra (fig. 59). ,,__,__,
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LO acabamento dos quadros pode ser liso .
em peças de madeira ou pedras de
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seçao quadrada, pelo menos na aparencia. Pode, porém, ser trabalhado, seja com
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Janela com verga reta Igreja de Nossa Senhora do Rosario
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Iavores, seja de canteiro nos de pedra ou entalhes quando de madeira.
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Os quadros podem ser, tambem, ' em massa ressaltada do plano das alvenarias
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cerca de 0,10 a O,12m., lisos ou relevados. Há casos em que o quadro externo de massa
se completa com peitoris de madeira (fig. 65).
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Nas igrejas os quadros da porta principal adquirem grande ênfase, compondo-
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se por vezes com linhas caprichosas. (foto 32)
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e peitoris levam rebaixos ou batentes, onde se
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ajeitam as folhas,
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salvo quando sao mistas, ficando o rebaixo no caixilho sobreposto.
Há, também, portadas antecipadas por colunas arcadas, após as quais aparece
de fato a poita, com no caso da Câmara de Vila Rica. Ainda a marcar a porta principal
dos edifícios, encontram-se balcões e janelas de púlpitos, sacadas ou balcões corres-
pondentes, no pavimento superior, como seu coroamento.
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Carmo. São João del Hei/MG. (Foto - Suzy de Mello)
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Macho e femea V
da própria aduela.
basicamente dos
importante salientar que os vãos internos não diferem
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~ rasgos de chanfro, exceto
ÍGTHOS 3 l'lâO SBF QUE Gp€|'lãS Fal' a ITI ente compreendem
/ como .igrejas
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e construçoes oficiais. Isto
edificios de maior importanciaí
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“ comuns nao
` arcadas, sao
Quanto as " como em pórticos. Os arc
" so' em poroes
em p ilastras com ou sem capitéf
podem ser de alvenaria de pedra ou tijolos assentados
simplificados ou com socos.
menos duras. .
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com cha
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.O fechamento dos vãos é sempre de madeira, às vezes reforçada
d eias, são usadas as folhas de ,ii fe
ou fitas de ferro. Em casos especiais, como em ca
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i=ie.ó9 Aimefeaz.
em grade.43
decorrentes do
Quando é usada a madeira, ocorrem várias modalidades,
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ou organizadas em quadros. Quando de tabuado, astabuas são mantidas na sua
por travessas emalhetadas no tšrdozlóu,êmaishrevcentementer, embutidas na espessura
tabuado mais cãšõ”sã'o"tã`mb“é'm" conhecidas como portas de
fro, tendo emwvgista o rasgo das tãbuas`önde se insere a travessa e, no segundo,
das, entaladas ou relhaclas, nome dado às travessas (relhas).44
Neste caso, asju ntas são de meio fio ou de 2 fêmeas e as quinas vivas do ressal
to são adoçadas com moldura singela de meia cana. Este ressalto pode ser em toda
altura ou terminar a pouca distância dos extremos, nos quais a espessura da tábua
reduzida para que as portas tenham a feição de engradadas.
1 A
Ja as folhas engradadas tem sempre painéis de almofadas rebaixados do
interior e salientes do exterior; ou ainda, salientes dos dois lados, salientes de um,
no de outro ou, mais modernamente, rebaixados dos dois.
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As junções do engradamento com os painéis almofadados (fig. 70) podem
simples, de macho e fêmea ou com fêmeas tanto no painel como no quadro,
são conhecidas por envasiadas ou almofada de sobreposto. Quando a almofada
macho, pode este ser recortado na espessura da tábua, deixando encosto ou, então
singelo, servindo-se logo dele a moldura. Mais modernamente, a almofada apenas
Cí..
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se apresentam amac_i_adas em meia cana, seja saliente ou reintrante. As almofadas
são pelo menos chanfradas em liso ou levam moldura cornijada, terminando o centro
em plano ou pirâmide, à feição de lapidado, quando são conhecidas como de ponta zz
diamante. .
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As portas e janelas de madeira com almofadas podem ter uma destas movel
formando\poištigÕ (foto 33) que, posteriormente, é acrescido de caixilho fixo de vidr
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pelo lado de fora. -
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As portas muito elevadas contém também bandeira fixa compondo-se com 'zi FIG 70
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Janela com pq rap e'i ' ° 5°cqd°
folhas, não notadas quando fechadas, ou ainda caixilho de vidro nas construções â~
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fe" do f°|h°s c°m (dm o f ci d
nos antigas, fixos ou moveis, basculantes. Estas bandeiras podem ser, ainda, de tabua ciS e o '
P .sh5°
recortadas em serra de tico-tico. f
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FOTO 33
Janela com bandeira xa de tábuas recortadas Resldênma
Tvradentes/MG
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FOTO 34
Janela de gelosía. Residência em Tiradentes/MG.
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F|e.72 R°'W'°S
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As folhas abrem-se sempre para o lado interno
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dos vaos com ex ce Ç ão' srf
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gelosias rotuladas e das vidraças.
cruz, meia lua, coração etc.,
paraa visada lateral. São sempre
›~~‹ colocadas do lado exter-
t
.
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fasquias externas As extremidades internas do quadro podiam levâr m oldura
- ~
frisos e rebaixos de diminuta profundidade O quadro tem i)maI'i; se i u riltas, fixas. ou as janelas
B × šlsslm
espessura (0,02 a 0,025m.) quanto na largura (O 05 a O 0 m sen
0 D or
metade das dimensoes usadas hoje em engradamentos semelhantes. As Posteriormente, para o final do
século XVlll, começou a ser
usadas sao as macias e leves. cedÍro_,_p_i_nhO. DH¬h0 iuu uso nasresidências porém, ainda em 1870, generalizado o
de N93- eram considerados "como os mais
losos ornamentos no interior cus-
\ do Brasil", no dizer de Spix e Mai"tius.4°
A5__zr,ç|içaâ_têm ,., (foto 36)
aplicacãovariada nas construÇ0eS .
Seia C0mp0i1:o folhjas
" São encontrados,
~
nelas,Ade portas (parte), balcoes, guarda-corpos, varandas, C0l'0ä,
^ como as treliças, acrescidos, sobrepostos
Vã5l0S 9503 as, aos antigos qua-
s
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FIG- 75 Trcmquefa
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129
com mínimas seções para diminuir Q seu
Estes caixilhos são de madeira leve e
peso. O quadro tem seção média de 0,02m x 0,07m. e os pinazios ou réguas de divisão
com seção em torno de 0,03m. e rebaixos de um lado, para o vidro, o que lhe reduz a
face a 0,01m. Fica, assim, o quadro subdividido em pequenos vidros de cërca de O,20m.
x 0,30m., que só depois atingiriam maior área. A subdivisão mais antiga compõem-se
de 6 ou 9 vidros com 2 ou 3 réguas horizontais e verticais.
Mu×zzzizâzm50izfzaa.Diamantina/Mc. Folhas de vidro de abrir aparecem no século XIX, inteiras ou com partes em
venezianas. Temos, ainda, as bandeiras de porta e janela, fixas ou móveis, basculantes
em torno de um eixo horizontal. Também as claraboias e vãos de trapeiras ou lanter-
nins são fechados por caixilhos de vidro, geralmente fixos. Excepcionalmente, em re-
giões propicias, é encontrada a mica (malacacheta) no lugar do vidro. Os caixilhos
podem ser subdivididos, não em reticulados, porém com os pinazios formando de-
senhos, já no século XIX, principalmente nas bandeiras ou partes altas das folhas.
t e
. Para a fixação das madeiras dos quadros e folhas raramente são usados pregos,
t sendo sempre engazepadas” ou amarradas a torno de madeira. São as ferragens usadas
' naturalmente, para o movimento e fixação das folhas.
Outros tipos de ferragens usadas nas esquadrias são os ferrolhos, que são bar-
ras colocadas verticalmente nas folhas e que, por meio de gancho e movimento de rota-
ção,se encaixam em peças colocadas nas vergas e peitoris. Podem também ter movi-
mento apenas vertical, inserindo-se em rebaixo da soleira ou do peitoril. Alguns deles
são ainda garantidos pornmeio de fechadura que prende _a___a_lça destinada a rotação da
peça que, assim, nãogtem este movimento. › li O
131
mí /
i
NOTAS AO CAPÍTULO 5
" ldrabas fixas
.
dade aperiãS. S30 as 3
Com esta ultima firiãll
-
'
_
~
.
instrumento de Pel'CU55a°- ,, te 50 da ¡
~ chapa ou botao de
ferro Para Dro Ç išris
mvamuno recai da.,percussao. i
«Y Q
e q ue , como
- ENSUTADO = "Assim, rasgo ensutado seria aquele que possui em seus flancos, engras og
s sobre ostas nas folhas
¬¬›
s %e×lS°S"- .ff/'_/z.e,.~.¬.,.‹.J“"z'.
móveis D0r dentro. ENGRA = ”Corrúpt`èla de ângulo, designa o canto formado por duas paredes concorren-
As tranquetas sao pequenas de erro f HO P oftal - São
amfanca '
eSD€"az tam bém da ser movrdaâ tes. O termo comumente é aplicado para designar o canto reentrante, para
diferencia-lo
-
inserem
- em am -
vas, se aldabras Podem
e. D or foraff pelas do cunha|,_que é canto ou ângulo saliente. A palavra engra, às vezes, também é aplicada
em
meio de orelha nelas fixadas ix
a pelo lado de fora à feicão dos blin-blin
'
'
pelo lado externo, chama-se engra, ou enxalso, a face inclinada em cada um dos lados do rasgo
de uma lapela
melo dedelra colocada isobreta ama aÇsatranquetas
hgje edeque, por alavanca, evan ou porta situada em parede de grande espessura".
dos postigos. (fig. 75)
*
rasgos
as pequenas tranquetes ENXALSO = “O mesmo que engra, quando esta palavra designa a face inclinada dos
ma deira no seu de portas ou janeIas".
ortas em meia - São *-“eulo
O
'
~ s nas
Fechadura.S..de Dalei 58° °°|°°ada
-
p ' d temo quando se Apud CORONA e LEMOS, “Dicionário da Arquitetura BrasiIeira", Edart
l e s ou reco rtado
pelo la o ex .
e com espelho simp
' Livraria Editora Ltda., 1? edição, São Paulo, 1972, pgs. 187, 186 e 189.
mento interno
‹
«VV
¿\~:
por dois lados. ~ "Nas janelas das prisões, colocavam-se grades de madeira ou de ferro e, bem entendido,
_ i\
' “ Pe la pa me 8. 00" ' e meia foram os preconizados por Alpoim, em 1745, para a Cadeia
de Vila Rica. Os das
comum de lUÇa0f .
grades da cadeia de Mariana deviam meter todas as suas pontas meio palmo
na -canzaria.
tipos e model0S- .
como diversos outros Grades de madeira encontramo-las em Aracati, Jaguaripe e Goiás. Alpoim determinou
i
,
io )(l)(.f por venezianas.
' Estas lado”. Grades
~
00horizontalmente
59€*-l
-
mchnadas para a cadeia de Vila Rica que as grades de pau tivessem “três polegadas de
sao bémiconhecidaiâ
inseregn _
As folhas Leiam
de pau, feitas com pernas-de-três, é como diriamos hoje. Advertiremos, porém,
que rodas
.
ro on z
i
44 - RELHA = “Peça estreita e comprida de madeira, que atravessa as tábuas que compoem
comuns, aparentes
as
no
folhas de portas e janelas solidÊ{i,za<nd,o-_as. Ao contrário das travessas
., .i0:z›'_›,._¬_
tardoz, a relha fica totalmente embebida na espessura dos pranchoes .
Apucl CORONA e LEMOS, ob. cit., pg. 406.
- PINTO, ESTEVÃO -
"Mu×arabis e Balcões” in Revista do Serviço do Patrimônio Histori-
1943, ':›i¿s.
co e Artístico Nacional, n? 7, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro,
em Diamantina, já não existe um só muxarabi' intei-
' 317, 318 e 319: "Penso que, a não ser
todas
ro no Brasil. Esse elemento arquitetônico, entretanto, talvez se encontrasse em quase
as cidades coloniais do Brasil. Do Brasil e de toda a América Latina (em
Cuzco, em Bogotá,
etc.). É possivel que os muxarabis tenham relação de parentesco com os baIestrei__r9__s (mâ~
das
chicounlisl. Os balestreiros eram fortificacões abalcoaclas, eretas geralmentevggéailto
torres. Serviam para defender a entrada dos castelos ou das praças. Essa relação é tão clara
percé de
que Henry Guédy define a palavra muxarabi da seguinte maneira:-"balcon ferrné,
mâchiconlis et ordinairement placé au-des-sus d'une porte pour en défendre I'entrée".
(Dictionaire d'Arch¡tecture", Paris, 1902, p. 369). O que é, também, com mais clareza,
a
élevé et
definição dos enciclopedistas franceses: "Sorte de balcon, garni d'un parapet
offrant par les bas une grande ouverture pour Iancer des projectiles, que les ingénieurs
z
militaires du moyen âge établissaient audessus des portes et des fenêtres suyettesà !'esca‹
133
› 132
do século do Amãgoougdâgexistem dois a“Qêl`çQg`d`Q§"Q`uÍmu×ambÍs Não estãc' ¡"t°¡"°5- Um "a Wa
lade". É oportuno lembrar que o arco de Santo Antonio (Recife), nos meados
I O outro na Fr-aça Conäelhewo João Amedo'
np 7' A Prça C°"se|'he¡'°
XIX, possuia uma espécie de abalcoado, não se sabe se algum vestígio das edificações des- João Alfredo
era' Outrora' ° trad'°'°"a| Pá'“° de 350 Pedro”.
_ `
o muxarabi é a de "conchêgo",
frase "o navio de vela". Logo, outra idéia relacionada com
a de "adaptação ao meio ambiente". Os
) a de “bem estar", a de "higiene". Ou melhor,
nas ruas menos espaço-
) muxarabís, no Cairo, em Medina, em Bagdad, quase que só se vêem
de pátios jardins. O muxarabi vem suprir essas defi-
sas da cidade, nas casas desprovidas e
o lugar mais fresco do lar.
! ciências. Recebe, através de suas gelosias a ventilação da rua. É
pensa Pedro Calmon, a urupema
_, Nele é que se guardam as moringas. Ao contrário do que
da Sociedade Colonial",
I não "condenava a umidade", não "habitava à tristeza" (“Esplrito
um encanto. Já há cem anos passados, quando J. J.
São Paulo, 1935, p. 57). Antes era
Marcel percorreu a cidade clássica dos muxarabls - o Cairo - teve a impressão de estar .
COBERTURAS
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í FIG 8`I Pernas ccubrcus
FIG.79 aspas
» 138
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a tosco em seção d
As tesouras, cumeeira e frechais são sempre esquadriados
1
sobre o
Em certos casos, as terças e cumeeira são apoiadas diretamente
esteios ou pilares de
gamento das paredes internas, quando maciças, ou sobre
Com esta
(fig. 82) como nas Casas de Câmara de Cachoeira de Maragogipe.”
com os seus próprios
int:--1-1-iii...
Í'.-.'‹
l
cima, facilitam,
As cumeeiras, comumente colocadas de quina para
das pernas, ou sobre
pregamento dos caibros, apoiando-se sobre o cruzamento
apoiadas as pernas nos frechaf
letes em boca de lôbo. Com este mesmo encaixe são
em meia madeira, pa
(fig. 83). Estes, geralmente, também se cruzam nos cunhais,
melhor amarração do quadro.
r
FlG.82
de paredes de grande esp
Os frechais podem ser simples ou duplos, no caso
no frechal interno ou, no má×imo,¿
sura, entarugados ou não, apoiando-se as pernas
da sanca. O frechal, no
tarugo5° (fig. 84) sendo que o externo recebe armação
`4
a
os seus respaldos ou nelas mergulha'
das paredes maciças, pode ser solto sobre
um forro sobreposto
Aparece ainda na cobertura, o guarda-pó, que é
'
141
0 140
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i:
Q
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des que são denominadas beiradas ou sancas. Sua função se prende precípuamente à
nado com a altura da parede a ser protegida e a qualidade do material do qual é feita
how de perfiladas, quando são chamadas cimalhas, sendo feitas dos seguintes mate-
lobo riais: z_-¿ ""'*¬'*`{”`~"~
F I G . 83 - madeira
- alvenaria massa
A
Ê
e
- cantaria ou ensilharia
9- estuque.
.E z
~
l Nos beirais o elemento mais importante é o cachorro, apenas com sua tábua
de beira como ripa externa mais larga e com sua espessura externa em meia cana ou
com fôrro sobreposto em todo o balanço (guarda-pó). Os cachorros são sobrepostos e
. ,`_. cai br o
apenas pregados ou encaixados em rebaixo no frechal. Podem ser estabilizados pelo
frecha ^ "' '51
.li-1!
emprego de uma travessa ou tranca que corre normalmente entre o seu prolongamento
Interno e os caibros, evitando, assim, a rotação daqueles. Esta tranca é conhecida tam-
bém como retranca.
FIG. 85
- de
madeira, quando são estruturadas com seções de tábuas triangulares
lendo sua diagonal recortada de acordo com o perfil a ser empregado. São colocadas
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Cdibro
FIG.86
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6.1.
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O perfil, então, mais se aproxima das cornijas clássicas, levando embaixo o competente
cordão e sua aba e incluindo, no meio, o Iacrimal.
-de alvenaria, que não se distinguem muito das de cantaria, sendo de pedras
/ 1
,Í
//
de pouco aparelho, revestidas de massa, sobre as quais se faz correr o molde do erfil
p
bastante simples a princfpio e só adquirindo maior desenvolvimento com o inicio do
neoclassicismo.
/_,
_,:,_z~.-:-z-;-:__- sua face aparente e encontradiças nas construções de paredes maciças,
tanto nas de
alvenaria de pedra ou ensilharia quanto nas de estrutura mista com pilares de pedra
-~::_._¿~J/<f':`"fj e
“ * """ ›
(es)
AYÂ
z- enchimento
' de adôbes. -
l=|G.s8 _ de estuque, feitas com esteira de taquaras, varas ou fibras e massa perfila-
da sobreposta. O seu perfil é, porém, simples e,'como nas de cantaria, quase sempre
/
em peito de pomba. As cimalhas dispensam osfconsolos horizontais aparentes conheci-
dos comg ç_a_çhg§r¿¿s¡'ou os incluem apenas como reforço. Aparece, porém, a tábua de
beira pregada sobre os consolos triangulares e a cama de telhas se completa com o con-
trafeito e o ripado.
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FOTO 37
Residências com beira-seveira. Tiradentes/MG. (Foto - Suzy de Mello)
FOTO 38
Beiral misto com cachorro aferente. Diamantina/MG. (Foto - Suzy de Mello)
desenvoltas. Contudo, têm sempre
do ãiumoistra os desenhos em sua face
beirais compostos apenas de laies
oompletadas ou não, por baixo,
getais como
f
o
`
sapé, a
'
folha de
'
com
As construções no Brasil
.
-
coqueiro,
cilindro ou meio tronco de cone. As mais
das, de cor clara e tem seu afunilamento
capa e bica, servind
'
'
o g rande balanço sobre seu apoio,
os te lh"es
`inferior.
'
sa I vo
etc.
as
ç
p rovisórias
-
' `
encontram-se
o, as paredes
deixan-
tam
cozi-
entre
Há, ainda, referências=
‹
2
* FIG 9 2
F|G.93
\.z
*-
Inil
sal
as bicas,
' ' ao
seja longo de
Quando de massa, enchem apenas a cobertura
como espinha e que se destina mais a amarrar
falsa capa, conhecida ou para receber
às fiadas para passagem
escorregamento, seja em faixas normais
de cima. (fig. 92)
à mourisca
Quando de telhas, solução é conhecida como entelhamento
a
as bicas ou
Podem ser dobradas apenas
zanji
destina-se mais à segunda hipótese.
_
itlll
fettw ^ ' ~ `
' 150
vão sofrendo tcrções, de modo a pro-›
Nos cunhais as telhas do beiral também
às duas paredes em'
P orcionarem
concordância entre as duas águas correspondentes
vão se aproximando do paralelismo
normal à parede e
ân 9 ulo. Perdem . assim, sua posição beira-seveira, quando
é encontrada nas cimalhas de
ao espigão. Esta torção também 95)
de rõdo dos cunhais. (fig.
tornejam os cunhais. Chama-se estatorção
para baixo
l
'
encontradas, nestes vertices, simp l es p anelas de pedra sabão de boca
153
152 '
ou não
Devem .ser tambémjregistradas, as coberturas de alvenaria revestidas
por mosaicos, azulejos ou argamassa como no caso das torres piramidais, meias-laranjas l
ä
e bulbosas.
›
I â
a iluminar e
As coberturas apresentam, também, diversas aberturas destinadas
em simples
ventilar os sotãos ou desvãos dos telhados. Estas aberturas podem consistir
aplica o material translúcido,, geralmente vidro, em parte als
claraboias, isto é, quando se
usados podem ser planos,
da cobertura e no seu próprio plano como alçapão. Os vidros
que ajustam com as demais, em caixilhos fixos ou móveis e, às
(fig. 96) como telhas se
com o vão
FIG 96 “A
As aberturas podem, ainda, constituir corpos salientes entelhados,
meia águade menor incli-
em paramento vertical. Neste caso, a cobertura pode ser de
telhados prolongados para cobrir
nação que a água onde se insere, sendo conhecidos os
menor que a constru-
puxados, aumentos de construções, evidentemente de pé direito
que o telhado geral. (foto 41)
ção propriamente dita e sempre com menor inclinação
rincão com duas águas (fig.
Estes vãos da cobertura podem também possuircumeeira
e l
l
que benefi- HG 97
A nomenclatura das aberturas se confunde com a dos cômodos
1
sótão pode
ciam, aproveitando o desvão entre a cobertura e o fôrro. Por
isto mesmo, o
/×
se bem que por mansarda
ser chamado água-furtada,51 trapeira” ou mansarda,53
os cômodos cobertos por águas
sejam tidos, na nomenclatura internacional, apenas
com metade quase
de telhado com duas inclinações, a mais alta de bom ponto
e a l
elevado de
,~
^
Ainda na cobertura, mas já aqui comqI" um verdadeiro pavimento _- -_¬
N M
N
nao aproveitam
IV
__i_._ ,¬
I
ou mirantes que, na verdade,
cômodo unico, são encontrados torreoes
piso da construção. Comu-
o desvão do telhado mas alteiam-se de fato sobre o último F |G _9 8
pode também chamado de água-furtada.
mente compõem-se de cômodo único que ser `
gi l
,
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entre a modalidade a
rios as consignam como sinônimos, sem fazer maior distinção
rf
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FIG. 100
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, Í l Ãgua-furtada. Fazenda do Rio São João, Bom Jesus do Am-
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wéääagv - .
FIG. 'IO`I
»wz~ W
156 š 157
\
-
Desaparece o galbo do contrafeito em virtude do telhado, já com tesqtga
propriamente dita, fazer-se em caibros corridos que se prolongam além das paredes
formando a.beiraÊÍzÍ,'Íiue deixa de ter sua estrutura própria.
\
- A¬Q_a,|_fe,ç_e a telhaplana, conhecida como de Marselha ou telha francesa.
\
giões do Brasil«po~r*sua'semelhança, tanto na forma como na aplicação, com as
femininas;-São=~re"lementos_4de_rnade›ira, recortados e vasados em forma de rendas,
\M \\` \_\
\ .
\\
se localizam a*`fpFu“mo”in›as extremidades dos beirais (fig. 102) levando, por
forros de frisos qÚë"èscó'ndë“m os caibros. O balanço, na _emp.ena da fachada,
ser maior e é” afpoiado em"ricas mã'os'frances.as_., Em construções especiais
exemplo, estações de estrada de ferro -
-
como,
as abas laterais se estendem por cima
plataformas, apoiadas em grandes mãos francesas de ferro, tais como as que se
/f ix
K \\
z V
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\\f \ \t
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\\\Ê
tram na Estrada de Ferro Central do Brasil, no ramal de Minas Gerais,
as construídas no fim do século XIX e in|'cio do XX.
forroà"
3
1
e
×
o z»
mão frances 1
l i
là,
158
‹
|
Considerad as ,quanto ao seu material
alvenaria, com Piso de lajes ou madeira
o -
_
ponto alto, que se atinge por escada própria e que geralmente se destina a depósito. i
...W _... .. _
z
Apud CORONA e LEMOS, ob. cit., pg. 24. f e me i rio, seiam formand t ,
duplo, desdobrando-se em dois lances D1í-1¿Ê)um so lado ou
laterais na sua paI:eC:It‹;v<Ê:_)f
- TRAPEIRA = “Abertura no telhado, guarnecida de caixilho, que permite ar e luz ao
l
z . ig.
deriva de Mansard, apelido de certo arquiteto francês que foi um dos primeiros a aprovei-“V ` "'° W *`
tar o desvão do telhado, iluminandoo com fins utilitários. Morada miserável". A5 inte,-nas São de mad
ei fã, podendo ter apenas seus .
primeiro S d HQFHUS, Ou
-
,
Podem as escadas exter nas mesmo ata f
desdobrarem-se em lances aralelos p ' mar' ‹ ig' 105)
.
com patamar intermediário ou e " ' - 4
como -
Casas de
_ os com seu redondo f'l per ia
meia cana - Quando de pedra, e 'etes de
os patamares também o são
~
soes. Nas casas rurais a escada
_ com laies
' de nobr d' ,
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161
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S
Nas residências as escadas se escondem entaladas
entre paredes, transversais
ao vestíbulo ou' corredor de entrada, e mostram
apenas um pequeno lance de dois ou
três degraus no eixo desta entrada. (fig. 47) Só
nos vestibulos nobres é que apresen-
tam um lã"rí‹Êe'maior à mostra. (fig. 106)
Salvo exceções -
como, por exemplo, nos acessos aos consistórios a escada -
::;_
X
'_¡-"4_J_I
As escadas externas duplas, com quatro lances e com passagem por baixo
__ .
__.__-...__.__._.__ _. ._ _--- _.. do patamar de chegada, exigem o arco de alvenaria.
e
Ocorrem, também, escadas cruciformes, de quatro-
-
dois de saida cruzados em quatro direções. (fig. 110)
lances - dois de entrada
r No século XIX surgem novos .tipos de escadas, principalmente
a__s__Me›_‹jc_ç-;_rnas
e as de ferro. Revestem-se, geralmente, de mármore, fazem-se
em curvas graciosas e
¿1
165
FIGJ08
%ä Igrega do Senhor Bom
Rei/MG.
FOTO 43
Escada de caracol ou helicoidal,
demolida, q ue e ›‹|st|u
Jeus de Matozinhos, São
`
João
` na
dei
serv rala
L
FIG.109 1
1________ _..
FOTO 44
4 Escada curva, do final do sécu|o XIX com guarda-corpo
ferro. Residência à Rua Bernardo de
Guimarães, Belo Horizon-
,WT te/MG.
É x
1 `
'J ¬
,Q
-r.
FIG. HO
‹
›
Hz
156 ,o
167
têm seus parapeitos de ferro com sistema idêntico aos estudados nas varandas. (foto
44) Sua estrutu ra é de arco ou de ferro laminado duplo T, apoiado em colunas também
de ferro, porém fundido. As escadas dos saguões nobres armam-se em vigas de treliças
com colunas de ferro fundido e guarda-oorpos de ferro trabalhado. Os corrimãos são de
madeira e aparecem, nos arremates, lampadários ou estatuetas, apresentando, no geral,
três lances com patamar de volta.
0
Outra escada que aparece ainda na arquitetura nacional é a chamada de adr_o `
ou encosta, fronteira a monumentos religiosos. Quando de adro, não difere das exis- «
~ ~
r
tentes nas construções nobres a não ser quando, as vezes, as pilastras sao rematadas por
É obras de estatuária,
, .
como ocorre em Congonhas do Campo. (foto 45)
\
*Á
- ,
As escadarias de encosta sao com patamares intermediarios, de grande largura,
.
em pedra, com ou sem guarda corpo que pode tambem compor se com estatuária. Esta
escadaria comu mente é lançada entre duas fiadas de coqueiros ou palmeiras e constitui,
\ por assim dizer, a única preocupação paisagística encontrada em nossa arquitetura,
\ _.
i com exceçao, naturalmente, dos jardins públicos ou particulares.
\ T
si Ã".
/(6 'Í
~ _
‹r'\ 'U -?^
"` Estas escadas de encosta aparecem também nos poinares e jardins dos terrenos;
````` f"
inclinados, ligando suas plataformas ou prateleiras. São, porém, estreitas, de lance --- ›- --›
. .ir ' _ ~a-~.›'-= '* . . j
podem ser vasadas ou levar por cima de sua entrada verga aproveitada, às vezes, como
pequenos terraços onde se inserem bancos. (fig. 111)
`
Ii
|_|
yu
Os guarda-corpos podem ser cheios, feitos em alvenaria, pau-a-pique, adôbes
ou cantaria, de madeira ou pedra, com seu corrimão por cima, perfilados a
., .l
H ii» O
Podem ter balaustres torneados, de seções retangulares ou tábuas recortadas, ou se
LL
_/_;¿¿gradeados com rótulas, simples ripado ou com grades de ferro.
L il:
Em certos casos, os guarda-corpos incluem acrotérios que, nas Á
L"
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›e›-.._._._.._.._.
168 169
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FOTO 45
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Vista da escadaria dos profetas, obra de Antônio Francisco Lisboa. Santuário do Senhor Bom
^
Jesus de Matosinhos, Congonhas/MG.
N i
v
Hs*
1%'
Ê1.
.z,
V 7"`|ni
FOTO 46
|
Escadaria do Museu da Inconfidência, antiga Casa de Câmara e Cadeia. Ouro Preto/MG.
\ \
›
é empregado
para designar o espaço compreendido por dois lanços de escadas
de sentidos opostos.
Gènericamente costuma-se dar o nome de bomba à própria caixa
`
z; 1."
lamparina,
-
o pequeno objeto ou o santo, transformando-se
nos oratórios. Mais tarde
são forrados com madeira, de que também
são feitas as portinholas que os fecham.
z
Aparecem, ainda, os armários que aproveitam os
vão de sobre-escadas ou fun-
i dos de altar de capela e cujas paredes internas
são inclinadas em funcão de agencia-
mento dos cômodos que lhes 'ficam opostos.
173
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FIG.H2 Armafrio-corte
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PINTURA
Na arquitetura
tradicional brasileira, de modo geral as paredes
caiadas de branco, sobre o que não
z
177
Nasmadeiras,
porém, a Cor Seria grandemente oplldldl
Como se vê, quase todas as tinturas têm base vegetal.
azul, conhecido ho'e como co l onia,
' I
Vlflll. NH |0 o
' todas as cores, prlMlIIll'i'lII'lIO.
porem
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Im tmiii
Nieuhoffós cita a “árvore que os indios denominam Tatajiba, cuja madeira ,i fortes e Com p'°fe"ê“°la Pelas PF¡m¡'f¡vãS-
tem o nome de pau amarelo" e que "produz uma tinta dessa côr para tinturaria". E Hecem
.. . ..
,
acrescenta outra informaçao: “A casca da arraiba e cor de cinza mas, quando fervida
. . .
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m e fi 6, Í foram
e
men ef °°m 3 °°l°“_*Ç3° das fahda
os elementos de madeira se entristece
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HO Século XIX GUI; Í Blfldøiiiil-
produz tinta vermelha". Refere-se, também, ao “anil nativo que se encontra em grande Í . H 0 Dara tonl do IIIPI
d Odl Drililii
minam o marron o cinza ou chumbo como
uantidade no BrasiI", mas ue tendo “bastante semelhança com o verdadeiro tingido , ' z se achavam pinta
' d as ¡| I r
.lu mnmru "U
.
principio do século atual.
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não proporciona uma boa côr".
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so b re a pintura à felçlo dq var-nl¿_
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Nas “Memórias da Provincia de Minas Gerais”,66 aparece a mesma descriÇã0 J.. . A pmtura a Cor, pode ser lisa' decwatlva ou 9“'aÍlVa~ A “Sa "°¢°bl'0 OI li0I«
tais, as folhas, os frechais, as beiradas e o s f
já vista nas "MemÓrias da Capitania” e mais “do inseto criado no arbusto conhecido " orros. A rj ecorativa prefere os forros o os
paineis de madeira que recobrem as paredes int
pelo nome de figueira da terra, tira-se a cochonilha para tinta escarlate”. e r nas, t anto em barrados quanto
‹
“Memórias sobre as Minas de Ouro”,67 enumera: "Tintas assim como a anil, indigo, ';i,~ mmtas referên'C¡as ti _':a 5 pmtura de f'“9'me“Í0 550 encontradas -
. . . . . . - ” I ' -
tinta chamada de Nankin. Urucu,
¬
feratinctoria etanil, a cochonilha, Coccus Cacti, a il- ra de fingimento” "fingiri)1ento da epoca' seja como Hpmtui
pt ra ' documentos
. -. r E nos
G med
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Bicha Quelena, que é uma tinta vermelha que abunda muito no Brasil, queserve como entre Outras feüas “malha fmgmdo de Pedra Pfa'¬Ca".
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3. alvaíade a
z secan e.
de assento e para meter a primeira côr em lãs brancas que se querem tingir de verme -
.
lrlo, azul, amarelo, verde eoutras cores; os extratos das madeiras de tintas, como são Nos cordões e filetes dos forros
`
paínelados aparece o dourado e a decora-
e
o cerne de Tayuba para o amarelo, assim como também o'humor que lança o cipó cha- çao ora com tarjas escudos d'armas , fi guraçao,
“
' 1 cenas campestres e si b ' ' -
mado mucanã, Doliches ureus". Para o nanquim fez uma chamada atribuindo a Fran- C0m OS quatro continentes, os cinco sentidos e outros
motivos. Como exemgloopíílšíš
cisco Alves e seu filho sua fabricação no Rio de Janeiro" sem dúvida melhor a0 mf-IHOS ' ser citadas as condições da pintura da Cámara do
. . . - . , ' ' Salvador e m 17 36: "a pintura do for-
que do que aquela que ordinariamente se vende debaixo do nome de Nankin '_
r
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J
Santoszõs “João Manso, muito conhecido no Rio de Janeiro pelas suas letras e estudos
de quimica, fez ali a porcelana, o verniz e o charão tão perfeito, como o melhor da Na cadeia de Sabará, em 1740, há muitos forr 05 que f oram "cheíos todos de
India. O principal ingrediente da composição do verniz é a goma da árvore de Jatobá, CYHÍGSCOS l9f0'EeSCOSl e quartois e flores e quartellas".7°
dissolvida em aguardente muito forte".
A5 QYÍPHDBS ÕHS ÍOFFBS,lf0Í0 47) suas cruzes e símbolos podiam ser também
Depois cita ainda: "Da mesma maneira se extrai da árvore chamada Tatajubá d°“'ad°5f mas as ferragem apafemes em @5ClUadf¡35, DOF €×€mF>l0 Bram Sempre
pinta-
uma tinta amarela muito fixa, a qual sendo misturada com anil se converte em verde". das de Piem-
Verifica-se, pela profusão dos corantes, que a caiação em branco das paredes não foi
devido à sua falta mas que talvez não se prestassem à pintura a água, desmaiando-se Há, DOFÉFH, @×€mDlos do bom acabamento das pinturas Como São encontrados
nas condicoes estabelecidas p ara e st es serviços
' nela, ao passo que em óleo a sua concentração poderia ser maior. . no Palácio do Govemadør de V¡|a mea
178
179
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esta pintura retocada
feita com todo o mimo
e bom colorido
vezes e na segunda
depois de concluída
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as cores para que
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os realços delas , '.71 em nenhum tempo
se percão
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3 maos de tinta encorpada
,y aparelho
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2 mãos de tinta delgada
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_Y 2 maos de tinta grosseira .
1 mão de retoque
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.ni ,
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nas cores.
Somando-se sao 10 maos ...
de pintura, ao todo. f
Recomenda-se ainda
que "todas as plumas,
1
Mv
e três file-
*
, bra ncas ou
em tons
A pintura figurativa é
mais rara, compondo
FOTO 47 aplicada em templos. painéis de fôrro ou
Pode ser simbológica, barras e mais
Grímpa da Capela de Nossa Senhora '
natureza, os sentidos em cenas pagãs, representando
do Ó. Sabará/MG. humanos e outros temas os reinos da
q Uadr0$ |5O|3 m-se ou em cenas pastorais
em painéis ou circundam-se ou bíblicas. Os
salientar a arquitetônica de decorações entre
que, com inspiração na as quais convém
de perspectiva estudado, pintura pompeana, procura
sugerir planos mais fundos por efeito
mente dito. além do plano do forro
propria-
180
ba 181
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NOTAS Ao cAPi'TuLo 9
69 - Ti-iEDiivi BARRETO
. . PAULO- "Casas de Cá - ...ln Revista
.
trimonio
_
- MARIA GRAHAM, de nacionalidade inglesa, viajou pelo Brasil em 1821 quando visitou a 70 THEDIM
BARRETO' PAU'-,0 - ob. cit., pg. 155_
‹
América do Sul em companhia do marido, Capitão Thomas Graham, que veio a falecer ¿"
pouco depois. Após uma estada no Chile, Maria Graham voltou ao Rio de Janeiro em LOPES F
1823, quando foi governanta da Princesa D. Maria da Glória. Voltou à Inglaterra mas re-
Ã
il.
71
_
z fëülsco Antonio
mprensa Of¡¢|a| Bem Honzom 1
-
"Os Palácios de Vila Rica” (Ouro p
reto no Ciclo do Ouro)
' ez 955, pg. 25.
torna depois ao Brasil, sendo, porém, desligada de suas funçoes junto a família imperial.
Entretanto, permaneceu no Rio de Janeiro até 1824, mantendo sólida amizade com a
imperatriz D. Leopoldina. Casou-se, mais tarde, com o pintor Augusto Calcott, tornan-
lã' 72 __ cód 75 D.F.,
-
fls. 16v., Arquív o P'b|' .
u ico Mineiro,
. ~
seçao Delegacia Fiscal".
do-se Lady Calcott. Tendo recebido excelente educação, registrou suas impressões sobre li
. ,.
O Brasil no li-vro “Dicionário de uma Viagem ao Brasil e residencia ali durante parte dos
anos 1821, 1822 e 1823", que ela própria ilustrou e foi publicado em 1824. Sua obra
sobre o Brasil é volumosa, incluindo sua correspondência com D. Leopoldina e um esboço
biográfico de D. Pedro ll sendo, igualmente, de grande importância pelas ricas informações
que contém.
Unidos viaja pelo Nordeste e Amazonia. Retomando aos Estados Unidos publica, em1845,
o livro “Esboço de Permanência e Viagem no Brasil”, em 2 volumes. Posteriormente am‹
pliou esta obra, escrevendo “Brasil and the Brasilians Portrayed in Historical and Discrip-
tive Sketche-:s", em cooperação com James Cooley Fletcher, também missionário. Este tra-
balho obteve grande sucesso (9 edições), constituindo na época, o livro mais difundido
sobre o Brasil nos Estados Unidos.
- JOHANN NIEUHOFF, cronista alemão que, a servico da Companhia das lndias Ocidentais,
permaneceu no Brasil de 1640 a 1648. Posteriormente trabalhou na Companhia das lndias
Orientais, governando o Ceilão e sendo morto pelos nativos em Madagascar, em 1672. Sua
obra, "Viagem Curiosa ao Brasil por terra e mar”, foi publicada póstumamente (1682) e
nela Nieuhoff comenta a situação política brasileira e os erros da política colonial holan-
desa, fazendo diversas outras observações de importância sobre o Brasil no século XVII.
Este trabalho foi traduzido em 1942 com o titulo de "Memorável viagem marítima e ter-
restre ao Brasil”.
68 f SANTOS, Francisco Marques dos -“Artistas do Rio de Janeiro Colonial” in Anais do Ter-
.ceíro Congresso de História Nacional", Tomo Vll, pgs. 489 a 494, publicado pelo lnstitutø
_
Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 1942. (Biografia de João Manso Pereira).
183
l
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Brasil" -
Tradução de Milton Amado
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Editora da Universidade
de São Paulo _ Livraria
Editora Itatiaia Ltda.
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185
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Sao Paulo, sem data.
de - “Noticia do Brasil" ~ 2 vis. - Livraria Editora Martins -
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Nacional nc? 11 - Ministério da Educação do
e Saúde, Rio'
Pa- l
1 8 - Tl-iEDlM BARRETO,
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“O Piauí e sua Arquitetura”,
Patrimônio Histórico in Revista do Serviço do
~de Janeiro, 1938.
e Artístico Nacional,
n9 2 -
Ministério_da Educação
e Saúde, Rio
- VASCONCELLOS, DIOGO DE -
"A Arte em Ouro Preto” (“As
ria publicada no livro obras de Arte”, memó-
comemorativo do bicentenário
mia Mineira de Letras,
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de Ouro Preto) -
Edições da Acade-
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20 - VAUTHIE R, L. L. “Casas -
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de Residência no Brasil"
do Patrimônio Histórico
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Freyre -
Educação e Saúde, Rio e Artístico Nacional,
de Janeiro, 1943. n9 7, Ministério da
. ›:~,‹ z*-i
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