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Dispneia
Ao se auscultar o paciente ouve-se sopro, indicativo da doença mixomatosa valvar mitral (é a principal
cardiopatia). Insuficiência na válvula necessariamente forma sopro.
Esse paciente é dividido em quatro estágios:
A – Ainda não tem a doença, mas tem suscetibilidade a vir a apresentar. Algumas raças entram nessa
classificação. Não são cardiopatas, ainda. Essa classificação serve para que adotemos a conduta de
avaliação dessa doença nessas raças.
B -- Paciente já cardiopata portador da DVCM sem ICCE (esquerda).
B1 – paciente que ainda não tem aumento de coração ou têm aumento muito pequeno. Por convenção,
esse paciente não deve ser tratado ainda.
B2 – tem remodelamento cardíaco considerável. Por consenso esse paciente deve ser tratado já com
Pimobendan (0,25mg/kg BID) para retardar a chegada ao estágio C + Dieta (hipossódica e hipercalórica
pois o cardiopata tende a perder peso).
IECA (inibidor) – sem consenso.
Espironolactona e Benazepril – remodelamento cardíaco menor.
Raio X: VHS>10,5. Provavelmente é B2, isso porque esse exame não é sensível para detectar cardiomegalia.
C- Portadores de DVCM com ICCE (RX e ECO tem sinais). As convenções são bem definidas: realizar a
terapia quádrupla.
Furosemida – 1-2mg/kg BID até 4-6mg/kg TID.
Inibidor de ECA (ver creat 3-7 depois do início)
Pimobendam 0,25 mg/kg BID (intervalo entre alimento e medicação de no mínimo 1h. Com alimento há
queda de absorção).
Espironolactona – prevenção da fibrose miocárdica.
Em pacientes com estágio C agudo – furosemina a cada ! até 6-8 mg/kg em 3h ou infusão contínua> 0,66
mg/kg/h. + Pimobendam + sedação e oxigênio.
D – Portadores de DVCM e ICCE refratária ao tratamento. As crises de edema pulmonar continuam
frequentes mesmo com tratamento.
Furosemida TID ou dobro da dose, substituir o VO por SC (monitorar FR em 12-48h para avaliar a função e
a desidratação)
Torasemida: custo maior. Obtêm efeito equivalente. Exige controle da FR (fusão renal).
Espironolactona (se ainda não usa)
Punções, drenagem de ascite
Dieta hipossódica desde que não diminua apetite.
Em D agudo – 2mg/kg adicional ou infusão 1mg/kg/h até 4h (vai ter aumento de creatinina)
Monitorar e ventilar se necessário
Vasodilatadores – fornecer mais espaço para o sangue circular e não acumular no pulmão.
O raio X é o padrão ouro para identificação da congestão pulmonar para avaliar a passagem do estágio B para o
C.
Em ultrassom também é possível (identificação das linhas B)
O ecocardiograma é o exame de escolha para avaliar a anatomia e a função cardíaca, pois é possível ver as
válvulas, o miocárdio, etc. Ele na maioria das vezes fecha o diagnóstico.
É também usado para avaliar as classes funcionais e avaliar o índice das disfunções sistólicas (funcionamento das
válvulas) e também a hipertensão pulmonar.
O refluxo de sangue é indicado pelo colorido. O tamanho do coração também pode ser observado bem como a
dinâmica das válvulas.
No doppler é possível observar o refluxo sanguíneo.
Síncope
A tosse não necessariamente indica edema. Ela ocorre por contra da compressão da traqueia pelo aumento de
AE. A tosse gerada é mecânica.
Se o animal não tem aumento de AE deve-se descobrir o que está causando a tosse, não adianta fornecer
diurético. Fazer o raio X nesse caso, pode haver pontos radiopacos que demonstram broncopatia (bronquite) ou
colapso de traqueia. No caso da compressão usar anti tossígenos para minimizar (codeína, Antux –
Levodropropizina)
No raio X vê-se a sombra da estrutura, por isso deve-se tomar alguns cuidados pois pode não ser o que parece. O
posicionamento do animal na mesa também pode mimetizar o diagnóstico.
Técnica e causa.
Caquexia cardíaca
Pode haver anorexia o que é um problema visto que as necessidades energéticas são maiores. Isso porque como
o coração tem dificuldade em mandar sangue para os tecidos, esses têm aumento de necessidade energética.
Recomenda-se por isso uma dieta hipocalórica.