Laboratório de Física UERJ-IPRJ

LABORATÓRIO DE FÍSICA III

Circuito RLC
Nome do Aluno:___________________________________________ Data:_____/_____/_____

Nome do Professor:________________________________________ Bancada:______________

1. Assunto: Circuito RLC.

2. Objetivo: Calcular as reatâncias capacitiva e indutiva de um circuito RLC a partir de

medidas da diferença de potencial nos terminais do capacitor e do indutor, respectivamente.
Encontrar o valor da indutância e comparar com o valor calculado a partir dos dados
geométricos do indutor. Encontrar a freqüência de ressonância utilizando os valores da
capacitância e indutância e comparar com o valor encontrado experimentalmente através de
uma varredura de freqüências no gerador de funções.

3. Material Necessário: Osciloscópio, fonte de alimentação/gerador de sinal, multímetro, kit

contendo: indutor (bobina); capacitor; resistor; prot-o-lab; fios e cabos de conexões elétricas;
paquímetro.

4. Introdução Teórica

Em um circuito RLC, como mostrado na Fig. 1, aplica-se uma força eletromotriz (fem)
alternada do tipo
ε = ε m sen(ω .t ) (1)
onde ε m é a amplitude da fem alternada. A corrente no circuito será dada por
i = im sen(ω .t − φ ) (2)
onde im é a amplitude da corrente alternada no circuito e φ é a constante de fase. Com isso a
diferença de potencial no elemento resistivo, R, será
VR = iR = im R sen(ω .t − φ ) (3)

Figura 1 – Circuito RLC de malha simples. A fem e a corrente são alternadas.

A diferença de potencial no elemento capacitivo, C, será

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q ∫ i.dt ∫ im [sen(ω .t − φ )].dt − im cos(ω .t − φ )

VC = = = =
C C C ω .C
im π
VC = sen(ω .t − φ − )
ω .C 2
π
VC = im . X C . sen(ω .t − φ − ) (4)
2
1
onde X C = é a reatância capacitiva do circuito. A diferença de potencial no elemento
ω .C
indutivo, L, será
di d
VL = L. = L. [im sen(ω .t − φ )]
dt dt
VL = im .ω .L. cos(ω .t − φ )
π
VL = im .ω .L. sen(ω .t − φ + )
2
π
VL = im . X L . sen(ω .t − φ +
) (5)
2
onde X L = ω .L é a reatância indutiva no circuito.

Pode-se encontrar as relações entre a diferença de potencial nos elementos do circuito e

as correntes no circuito RLC. Para isso, faz-se, por exemplo, uma análise gráfica (via diagrama
de fasores, onde estes são representados pelos “vetores” (setas) que giram no sentido anti-horário
com freqüência angular ω em torno da origem). Veja Fig. 2.

Figura 2 – Diagrama de fasores (a) da corrente, (b) da diferença de potencial nos elementos e (c)
da fem, como resultado da “soma vetorial” dos fasores.
Da Fig. 2 é fácil de ver que
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ε m = (V R ) 2m + [(VL ) m − (VC ) m ]2 (6)

onde (V x ) m é a diferença de potencial pico-a-pico a ser medida (com o osciloscópio) no

elemento x e das Eqs. (3) (4) e (5)

ε m = (im .R) 2 + (im . X L − im . X C ) 2

ε m = im . ( R ) 2 + ( X L − X C ) 2
ε m = im .Z (7)
onde
Z = ( R) 2 + ( X L − X C ) 2 (8)
é a impedância do circuito RLC.

O valor mínimo de Z será quando X L = X C , ou seja, pelas definições dadas nas Eqs. (4)
e (5), quando
1
ω= (9)
L.C
que é a freqüência natural do circuito LC (sem resistência). Neste caso, tem-se o fenômeno da
ressonância que é a base da sintonia na recepção de ondas eletromagnéticas.

5. Procedimento Experimental

5.1 – Determinação da indutância de uma bobina

O objetivo deste experimento é determinar experimentalmente a indutância de uma

bobina e comparar com o valor obtido a partir dos dados de sua geometria.

(a) Utilizando um multímetro digital determine os valores da resistência elétrica do(s)

resistor(es) e da capacitância do(s) capacitor(es) que serão utilizados no circuito RLC.

R=

C=
(b) Com o paquímetro meça o diâmetro do fio de cobre esmaltado da bobina, d f , e o
comprimento total da bobina, l ,

df =

l =

Calcule, então, o número de espiras na bobina, N e , observando que esta é formada por apenas
uma camada de fio de cobre.
l
Ne = =
df

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H
Dado o valor da permeabilidade magnética do ar, µ 0 = 4.π × 10 − 7 , calcule o valor teórico da
m
indutância da bobina (indutor do circuito RLC)

N e2 π .d b2
Lteo = µ 0 . . =
l 4
onde d b é o diâmetro da bobina.
(c) Monte o circuito RC representado esquematicamente na Fig. 3, ajustando o gerador de
sinais para a freqüência f = 6 × 10 3 Hz , com ondas senoidais. Conecte o osciloscópio em
paralelo com o resistor do circuito e meça a diferença de potencial pico-a-pico, (VR ) m . Faça o
mesmo para o capacitor, e meça (VC ) m .

Figura 3 – Circuito RC.

Registre os valores obtidos

(VR ) m =

(VC ) m =

Calcule a corrente que passa no resistor usando a Eq. (3) e o valor medido de R

(VR ) m
im = =
R

Como o capacitor está em série com o resistor, a corrente que passa nos dois
componentes é a mesma. Usando a Eq. (4) e o valor obtido para a corrente, calcule a reatância
capacitiva

(VC ) m
XC = =
im

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(d) No circuito da Fig 3 substitua o capacitor pelo indutor (bobina), formando, então, o
circuito RL. A corrente no circuito RL não será a mesma do circuito RC, por isso precisaremos
medi-la novamente. Repita o procedimento do item (c) e registre os valores

(VR ) m =

(VL ) m =

Calcule a corrente que passa no resistor usando a Eq.(3) e o valor medido de R

(VR ) m
im = =
R

Como o indutor está em série com o resistor, a corrente que passa nos dois componentes é
a mesma. Usando a Eq. (4) e o valor obtido para a corrente, calcule a reatância indutiva

(VL ) m
XL = =
im

Através da definição da reatância indutiva dada na Eq. (5) encontre o valor experimental
da indutância da bobina

Lexp =

Compare este valor experimental com o valor teórico calculado no item (b). A diferença
percentual entre estes dois valores corresponde a

Lteo − Lexp
× 100 = __________________ %
Lteo + Lexp
2

(e) Conecte o capacitor em série com o indutor e com o resistor no circuito RL montado no
item (d). Usando o osciloscópio meça a diferença de potencial pico-a-pico em cada um dos
componentes, bem como a diferença de potencial pico-a-pico total aplicada no circuito pela fem
alternada. Registre estes valores

(VR ) m =

(VL ) m =

(VC ) m =

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(Vtotal ) m =
Usando as Eqs. (3), (4), (5) e os valores de X L e X C , respectivamente obtidos nos
circuitos RL e RC, encontre os valores para as correntes

(VR ) m
(im ) R = =
R

(VL ) m
(im ) L = =
XL

(VC ) m
(im ) C = =
XC

Comente os resultados obtidos:

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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________.

Calcule a impedância do circuito usando a Eq. (8)

Z=

Usando a Eq. (7) calcule, então, a corrente que passa no circuito

(Vtotal ) m
(im ) total = =
Z

Comente o resultado obtido comparando-o com os valores calculados para a corrente em

cada elemento do circuito RLC

_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
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5.2 – Freqüência de ressonância do circuito RLC

Empregando o circuito RLC montado na seção 5.1(e) vamos procurar obter

experimentalmente a freqüência de ressonância do circuito, visando a comparação com o valor
teórico. Antes disso, acrescente 2 resistores de 1,8 Ω em paralelo com o gerador de sinal.
Devemos fazer isso para minimizar a influência do gerador de sinal no circuito pois ele possui
uma impedância de saída de 50 Ω.

(a) Com o valor da capacitância registrada na seção 5.1(a), e com o valor da indutância obtida
experimentalmente na seção 5.1(b), calcule o valor “teórico” da freqüência de ressonância
utilizando a Eq. (9)

ω teo =

ou então,

f teo =

(b) varie a freqüência no gerador de sinais visando obter a freqüência para a qual a diferença de
potencial pico-a-pico no resistor é máxima.
Uma vez encontrado o máximo, meça a partir do osciloscópio o valor da freqüência medindo o
período

T=

e, então,

f exp =

que é a freqüência de ressonância obtida experimentalmente.

(c) Calcule a diferença percentual entre os valores teórico e experimental,

f teo − f exp
× 100 = __________________ %
f teo + f exp
2

Comente os resultados obtidos:

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_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
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6. Perguntas:

6.1 – Cite pelo menos duas fontes de erro neste experimento.

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6.2 – Por que um circuito RLC, em altas freqüências, se comporta como um circuito RL?
Comente do ponto de vista matemático, bem como do ponto de vista físico.
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6.3 –. O que você entende por reatância indutiva e capacitiva e por impedância?
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