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Laboratório de Física UERJ-IPRJ

LABORATÓRIO DE FÍSICA III

Indução Magnética

Nome do Aluno:______________________________________________Data:_____/_____/_____

Nome do Professor:__________________________________________ Bancada:______________

1. Assunto: Indução magnética.

2. Objetivo: Observar a indução magnética através do monitoramento da Força Eletromotriz (fem)


que aparece em uma bobina secundária colocada dentro de uma bobina primária, ou seja, o
campo magnético gerado por uma corrente alternada na bobina primária induzirá o aparecimento
de uma fem alternada na bobina secundária.

3. Material Necessário: Osciloscópio, fonte de alimentação/gerador de sinal, kit contendo: Bobina


primária; bobina secundária fixada em um eixo; e transferidor fixado na bobina primária; fios e
cabos de conexões elétricas; paquímetro.

4. Introdução Teórica

Usamos freqüentemente um solenóide para obter um campo magnético uniforme, B .


Podemos fazer isso enrolando uma bobina com um fio de cobre esmaltado e fazendo passar por esse
fio uma corrente elétrica, i. O passo de enrolamento helicoidal deve ser bastante curto, ou seja, os
fios devem estar justapostos, e o comprimento da bobina deve ser bem maior do que o seu diâmetro.
Dessa maneira o campo no seu interior será uniforme.

Se colocarmos uma segunda bobina no seu interior, de dimensões menores do que a


primeira, poderemos obter uma Força Eletromotriz induzida nesta segunda bobina se o fluxo
magnético no seu interior, φi variar (de acordo com a lei da indução de Faraday).

Denominaremos a bobina externa de “primária” e a bobina interna de “secundária”. Na Fig.


1 é mostrada uma visão da seção reta desse conjunto de duas bobinas.

Sendo N i o número de espiras da bobina secundária e sendo o fluxo magnético em uma


r r r r
espira dado por φ espira = ∫ Be ⋅ ds (onde Be é o campo magnético gerado pela bobina primária e ds o
vetor normal ao plano da área da espira) o fluxo magnético na bobina secundária é dado por:
r r
φi = N i ⋅ φ espira = N i ⋅ ∫ Be ⋅ ds (1)

A intensidade do campo magnético gerado pela bobina primária é dado por:


Ne
Be = µ 0 ⋅ i ⋅ (2)
le

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onde N e é o número de espiras da bobina primária, l e é o comprimento da bobina primária, µ 0 é a


constante de permeabilidade magnética, e é a corrente que circula a bobina primária.

Figura 1 – Seção reta de uma bobina primária (externa), percorrida por uma corrente alternada
ie . Também é mostrada a seção reta de uma bobina secundária (interna) colocada dentro da
primária. Quando a corrente ie varia na bobina primária, aparece uma força eletromotriz
induzida, Vi na bobina secundária.

Se fizermos passar uma corrente alternada, ie , dada por:

ie = i0 ⋅ sen( 2πf ⋅ t ) (3)


onde f é a freqüência da oscilação (escolhida no gerador de sinal), substituindo as Eqs. (2) e (3) na
Eq. (1), o fluxo magnético na bobina primária será dado por:
Ne
φi = N i ⋅ µ 0 ⋅ i0 ⋅ sen( 2πf ⋅ t ) ⋅ ⋅ cosθ ⋅ ∫ ds (4)
le
r r
com θ sendo o ângulo entre o campo magnético Be e o vetor ds , e a integral dada pela área da
seção transversal da bobina secundária (interna):
d i2
∫ ds = π ⋅ 4
(5)

onde d i é o diâmetro da bobina secundária.

Pela lei da indução de Faraday, a fem induzida, Vi , na bobina secundária é dada por:
dφ i
Vi = − (6)
dt
Substituindo a Eq. (5) na Eq. (4) e o resultado na Eq. (6), obtemos:
Ne d2
Vi = − N i ⋅ µ 0 ⋅ i0 ⋅ 2πf ⋅ cos(2πf ⋅ t ) ⋅ ⋅ cosθ ⋅ π ⋅ i (7)
le 4

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Lembrando que a fem em uma bobina é proporcional a variação da corrente no tempo e a


constante de proporcionalidade é a indutância, L , da mesma, para a bobina primária teremos:

di
Ve = Le ⋅ (8)
dt
Lembrando, também, que a indutância de um solenóide (no caso a bobina primária) é dada
por:
N e2 d2
Le = µ 0 ⋅ ⋅π e (9)
le 4
onde d e é o diâmetro da bobina primária.

Substitutindo as Eqs. (3) e (9) na Eq. (8) teremos:


N e2 d2
Ve = µ 0 ⋅ ⋅ π e ⋅ 2πf ⋅ i0 ⋅ cos(2πf ⋅ t ) (10)
le 4
ou ainda
N e2 d2
le = µ 0 ⋅ ⋅ π e ⋅ 2πf ⋅ i0 ⋅ cos(2πf ⋅ t ) (11)
Ve 4
Assim, substituindo a Eq. (11) na (7), termos:
2
N d 
Vi = −Ve ⋅ i ⋅  i  ⋅ cosθ (12)
Ne  de 
Portanto a Eq. (12) nos fornece uma relação entre: as Forças Eletromotrizes; os números de
espiras; os diâmetros; e o ângulo entre os eixos das bobinas primária e secundária.

5. Procedimento Experimental

Na Fig.2 é apresentado de forma esquemática o aparato experimental a ser montado para a


medida da Força Eletromotriz (fem) induzida em uma bobina secundária que é exposta ao campo
magnético gerado por uma bobina primária.

Figura 2 – Representação esquemática do aparato experimental.


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O objetivo deste experimento é comparar o valor teórico da fem induzida, calculado a partir
do conhecimento do número de espiras e dos diâmetros das bobinas, com o valor experimental,
medido com o auxílio do osciloscópio.

(a) Como o acesso à bobina interna é difícil fornecemos, então, as seguintes informações:

número de espiras na bobina secundária: N i = 104 espiras

diâmetro da bobina secundária: d i = 44 mm

Com o paquímetro meça o diâmetro do fio esmaltado da bobina primária (externa), d f , e o


comprimento total desta bobina, l e .

d f = _________

l e = _________

Calcule, então o número de espiras na bobina primária, N e , observando que a bobina


primária é formada por duas camadas de fio de cobre esmaltado.
le
Ni = 2 = _____________
df
(b) Meça com o paquímetro o diâmetro da bobina primária
d e = _________
(c) Seguindo a representação feita na Fig. 2, faça a conexão da bobina primária ao gerador de
sinais ajustando-o para a geração de ondas senoidais, com amplitude de 8 V pico-a-pico. Logo,
V e = 8 V. Para auxiliá-lo neste procedimento, faça a conexão da saída do gerados de sinais ao canal
2 do osciloscópio (utiliza uma conexão T para os cabos na saída do gerador).

Registre, aqui, o valor da freqüência escolhida para o sinal fornecido pelo gerador de sinais.

f 1 = _________

(d) Faça a conexão da bobina secundária (interna) ao canal 1 do osciloscópio. Ajuste as


escalas vertical e horizontal de forma a obter a melhor leitura possível da voltagem pico-a-pico da
em induzida nesta bobina, Vi .

Com o auxílio do transferidor acoplado à bobina primária, faça a medida de Vi para três
ângulos θ diferentes, formados pelo eixo central da bobina secundária com relação ao eixo central
da bobina primária (escolha ângulos que permitam observar uma variação significativa no valor de
Vi ). Registre os resultados da fem induzida, Vi ,exp . na Tabela 1. Calcule os valores teóricos, “ Vi ,teo. ”

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(Eq. 12), usando as informações fornecidas no item (a) e aquelas medidas experimentalmente nos
itens (a), (b) e (c).

Tabela 1 – Comparação dos valores teóricos e dos valores experimentais para a fem induzida na
bobina secundária

Ângulo θ Vi ,exp . Vi ,teo. (Eq. 12) Diferença (%)

Comente os resultados obitidos:

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________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________.

(e) Altere a freqüência do sinal fornecido pelo gerador de sinais e registre o valor da mesma:

f 2 = _________

Qual é o efeito desta alteração nos valores medidos para Vi ,exp . ? Comente os resultados.

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________________________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________________.

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6. Perguntas:

6.1 – Cite pelo menos duas fontes de erro neste experimento.


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6.2 – O que aconteceria se o comprimento das bobinas secundária (interna) e primária (externa)
fossem alterados? Comente tanto do ponto de vista teórico quando do ponto de vista prático.
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6.3 –. O que aconteceria se você fizesse um gráfico de Vi ,exp . × cosθ ? Qual seria o comportamento
esperado?
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