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Love by Design 1
Kendall Ryan
"Uma história de parar o coração, paixão de enrolar os dedos do
autor dos best-sellers Hard to Love, Resisting Her eThe Impactof You."
S inopse:
Emmy Clarke está fora do seu ambiente no mundo da moda de
Nova Iorque, mas quando ela consegue um emprego como assistente de uma
agência de modelos, parece ser a mistura perfeita de negócios e lazer.
Trabalhar com a notória Fiona Stone é um pesadelo, mas há um privilégio
distinto: os cobiçados modelos masculinos, ridiculamente quentes que
desfilam pelo escritório, particularmente Ben Shaw.
Às vezes sabemos que não deveríamos e é exatamente por isso que fazemos.
Desconhecido
Nota do Autor
Eu não tinha a intenção que este livro fosse ter duplo ponto de vista. Escrevi-o
primeiro, exclusivamente a partir da perspectiva de Emmy. Mas Ben não iria calar a boca.
Eu continuei a ouvir a sua voz na minha cabeça, por isso, eventualmente, eu cedi, dando-
lhe os holofotes e adicionando a sua perspectiva em vários pontos dentro da história. Não
era o que eu tinha inicialmente previsto, e pode ser um pouco não convencional, mas
quando Ben me diz para fazer alguma coisa, eu tento ser uma boa menina e ouvir. Ele pode
ser muito persuasivo. Você vai ver.
Prólogo
Presente
Fazia um mês que eu o tinha visto, mas meu corpo ainda sabia quando ele
estava por perto. A pele na parte de trás do meu pescoço formigou e minhas mãos se
enrolaram em volta da minha cintura, como se meu corpo estivesse se preparando para
cair.
Olhei por cima do ombro para ver Ben Shaw caminhando pelas portas de
vidro com uma mala de viagem compacta na mão, parecendo devastadoramente bonito.
Meu coração apertou dolorosamente no peito.
No mês passado eu tinha deixado meu trabalho e fugido de Nova Iorque para
a segurança e conforto da minha casa, no Tennessee. Agora eu estava de pé no meio-fio em
La Guardia, um dos aeroportos mais movimentados do mundo, dando de cara com a razão
pela qual eu tinha saído. Mas Ben, determinado em seu passo, ainda não tinha me notado.
Puxando os meus olhos para longe dele, eu me concentrei em dar o fora de lá.
Corri em direção ao meio-fio, esperando que ele não fosse me ver, estalando os dedos para
chamar a atenção de um taxista, que acelerou passando como se eu não existisse. Vai saber.
Malditos taxistas de Nova Iorque. Quando me virei para o meio-fio, os olhos de Ben
examinaram as linhas de espera de carros. Eu estava a apenas alguns metros de distância, e
ele ainda não tinha me notado. Isso tanto me aliviou quanto me ofendeu. Eu apertei o
abraço em volta de mim, embora eu mal estivesse segurando.
Como ele ousava ter a audácia de falar o meu nome? Ele tinha perdido esse
direito há algum tempo atrás. Deve haver um lugar especial no inferno reservado para
namorados que tem outra mulher grávida. Levantando minha mão no ar, eu acenei para um
táxi que passava. Ugh. Sem sorte.
— Emmy, espera. — Ele cruzou a distância entre nós, chegando até mim.
Não me toque. Eu me empurrei para fora de seu alcance. Eu não poderia lidar
com a sensação de seus dedos quentes tocando minha pele. Seria evocar muitas lembranças
que eu estava lutando para manter afastadas. Eu assisti os carros passarem, incapaz de
encará-lo.
— Como está o bebê? — Eu não pude resistir a perguntar, nem poderia evitar
o tom amargo entrelaçado na minha voz.
Este belo homem alto oprimia meus sentidos. Ele estava com um ar de
autoridade que me forçava a lutar fisicamente com a força gravitacional que me pedia para
me jogar em seus braços. Mesmo depois de todo esse tempo, meu corpo não tinha
esquecido nada.
Eu não podia acreditar que eu pensei que ele poderia ser meu. Olhando para
aquele brilhante olhar avelã, emoldurado por longos cílios escuros, fui atingida por mil
emoções diferentes que eu tinha me convencido que só imaginava — o jeito que ele olhava
diretamente para minha alma, o perfume masculino limpo de sua pele o qual eu era
impotente, a forma como seus dedos se contraíram para me alcançar. De repente, eu estava
delirando, tomada pela emoção, e consumida por um desejo tão profundo que me possuía.
E que sempre possuiria. Eu o amava. Amava-o com todas as fibras do meu ser. Não havia
como superar este homem. Era demais olhar diretamente para ele, era como olhar para o
sol. Eu pisquei, olhando para a calçada suja, precisando de um momento para me
recompor.
— Por favor. Meu motorista está aqui. — Ele fez um gesto para o sedan preto,
esperando estacionado no meio-fio. — Deixe-me te levar para casa e explicar. — Ben
levantou a minha bolsa ao lado dos meus pés e, em seguida, aqueles olhos brilhantes
fixaram firmemente nos meus.
Emmy
Enfiei meus pés em meu único par de sapatos de salto, nude, que eu fingia que
combinava com tudo e tropecei em direção à porta. Entre a saia apertada, justa até os
joelhos e esta cinta maldita cortando minha circulação, andar ia ser um desafio hoje.
Agarrando rapidamente a bandeja de muffins que eu tinha assado na noite passada como
um gesto de boa vontade para o meu novo chefe e colegas de trabalho, me lancei para fora
da porta do apartamento.
Mesmo depois de viver aqui há algumas semanas, eu não via como o barulho
do trânsito de Nova Iorque era algo com com o qual eu iria me acostumar. Alguns dias eu
me perguntava se eu tinha abocanhado mais do que podia mastigar, mas eu continuava a
avançar, mantendo um pé na frente do outro.
A parte de cima da minha mesa estava coberta com pelo menos uma dúzia de
Post-it, cada um contendo alguma mensagem quase ilegível escrita na caligrafia confusa de
Fiona. Merda. Ela tinha estado claramente no trabalho há um tempo. Por que ela preferia
se comunicar somente com pedaços de papel amarelo pegajoso, estava além da minha
compreensão. Ela nunca me mandou um e-mail, preferia gritar algo de seu escritório ou
rabiscar em um Post-it quando eu não estava por perto. Era o meu trabalho decifrar os
significados. Eu tirei o primeiro da minha mesa e era bastante claro. Dizia: Chame Ben.
Sentei no meu lugar para começar a organizar suas notas no caso de eu precisar
consultar mais tarde. Enfiei uma nota que foi presumivelmente escrita em hieróglifos na
minha pasta de plástico e, em seguida, comecei a lidar com o resto deles. As primeiras
coisas primeiro, eu tentei descobrir qual Ben ela queria dizer. Verificando o banco de
dados, eu vi que o nosso escritório tinha três Bens. Dois deles não tinham conseguido um
emprego em vários meses, de modo que pelo processo de eliminação achei que ela estava
se referindo a Ben Shaw, um dos nossos modelos mais populares. Eu respirei fundo e
disquei o número dele.
— Hum, sim, oi. Aqui é Emmy Clarke da Status. Fiona gostaria de vê-lo hoje.
Abri sua agenda, em silêncio, me xingando por não ter essa informação pronta.
Felizmente meu computador cooperou e rapidamente carreguei a informação. Ela estava
livre durante toda a manhã. — Você pode vir em qualquer momento antes do meio-dia.
Agora, cuidar dos poucos e-mails que eu tinha. Eu gostava de estar a par do
funcionamento interno de uma agência de modelos, e a Status Model Management era uma
das mais poderosas agências de Nova Iorque, muitas vezes ganhando contratos de sete
dígitos com grandes anunciantes. Ela tinha um esquadrão de novos rostos para alimentar o
desejo de qualquer executivo. A única coisa, porém, era que a minha chefe, Fiona, que
dirigia a agência, representava apenas modelos masculinos. Fiona tornou amplamente
conhecido que ela não funcionava bem com as mulheres. Certa vez, ela disse que era muito
estrogênio, ou algo assim.
Claro, o meu maior desafio era lidar com Fiona Stone, a ultra- britânica, a
cabeça ultra- perversa da Status Models. Ela era realmente de uma raça rara. Em algum
lugar entre trinta e quarenta, era belíssima. Ela definitivamente se encaixava entre as
pessoas bonitas que trabalhavam na agência. Inteligente como um chicote no negócio, mas
com as habilidades sociais e polidez de um mosquito. Ela era astuta, conivente, e acima de
tudo, cruel. Ela negociava duro para seus modelos, muitas vezes eles ganhavam taxas mais
altas e melhores contratos. Mas ela governava com um punho de ferro, embora com
cuidado. E eu tinha o privilégio de lidar com seu dia a dia. Sorte a minha.
Minha pequena mesa estava a direita, fora de seu escritório. De seu poleiro
imaculado de couro vermelho, ela poderia olhar para cima sempre que quisesse e ver a tela
de meu computador e tudo o que eu poderia estar olhando. Assim, compras on-line, me
aproximar do Facebook e e-mails pessoais, eram todos um grande não. Totalmente vetado.
Na minha primeira noite de sexta-feira, eu tinha saído para o happy hour com
Gunnar e alguns dos outros assistentes. Ele me informou que Fiona não me odiava, que a
língua afiada era apenas parte de seu jeito. Aparentemente eu já durava mais do que os
outros três assistentes anteriores juntos. Gunnar era um assistente de produção e,
ocasionalmente, trabalhava com Fiona, então ele sabia o que eu estava falando. Depois
dessa conversa estimulante, eu me convenci que eu poderia suportar qualquer coisa.
Gostaria de conquistá-la. Gostaria de ter sucesso onde outros falharam. De jeito nenhum
eu iria desistir e me arrastar para longe com o rabo entre as pernas. Não, senhora. Este foi
o meu primeiro emprego de verdade, e em Nova Iorque, nada menos. Gostaria de fazer
este trabalho. E com a promessa da agenda de viagens nos levando para Paris e Milão em
breve, eu queria fazer este trabalho. La em casa, ninguém teve uma oportunidades como
esta. Eu seria estúpida em sair só porque eu não gostava da minha chefe.
Oh, merda. Isto era uma pegadinha? — Uh, são dez horas.
Depois de dez segundos de silêncio sepulcral, durante a qual ela me olhou dos
pés à cabeça com desgosto, me fazendo querer esconder atrás do grande vaso de plantas
em seu escritório, ela finalmente falou.
Oh. Certo. Seu chá no meio da manhã. Tão britânico da aprte dela. Corri para
a cozinha tão rápido quanto a minha combinação restritiva de saia, cinta Spanx e saltos
permitiam e aqueci um pouco de água purificada para o chá. Eu adicionei o pacote de
English Breakfast na xícara e me virei, bem a tempo de ver um homem entrar em seu
escritório. Grande. Outro erro grande. Eu tinha certeza que eu ia passar pelo inferno
depois de deixar um convidado entrar sem aviso prévio.
— Ben, amor, entre. — Fiona disse e fez um gesto para o assento de couro de
frente para sua mesa.
Oh. Portanto, este era Ben Shaw. Ver suas fotos no computador era uma coisa.
Ver este delicioso pedaço de carne masculina em pessoa, era outra completamente
diferente. Minha boca maldita estava aguando. Ele era alto e equilibrado, com o cabelo
escuro, ombros largos, um queixo angular e uma boca carnuda feita para beijar.
— É claro que é bom vê-lo, mas você precisa de alguma coisa, querido? — Ela
perguntou a ele, recuando para trás, apenas ligeiramente. Ugh. Muito espaço pessoal?
Ben mudou sua forma alta e escultural e se afastando dela da forma mais
elegante. — Me pediram para vir hoje. — Disse ele, sem rodeios.
O olhar de Ben viajou para o meu e meu estômago deu uma pequena
cambalhota. Caramba. Seus olhos eram de cor avelã brilhante com manchas de verde
musgo profundo e eles seguravam tanta tristeza, tanto mistério de que eu fiquei paralisada.
Como ele continuou a olhar para mim, meus ovários fizeram uma pequena dança feliz,
totalmente desafiando as restrições da minha calcinha. Esse cara estava fazendo estragos na
minha libido.
Com dificuldade, eu virei meu olhar e dei atenção a Fiona, que estava
suspirando dramaticamente.
Ela zombou. — Eu quis dizer para você passar os tamanhos de Ben para o
designer para sua sessão na próxima semana. — Ela balançou a cabeça como se eu fosse
uma idiota completa por não entender a mensagem. Merda.
Meus olhos foram para Ben de novo e a xícara e o pires balançaram na minha
mão. Tentei atravessar a sala para deixar o chá na mesa, mas o olhar pesado de Ben
seguindo meus movimentos, provou ser demais e a xícara e o pires caíram no chão.
— É um milagre que ela ainda consiga andar e falar ao mesmo tempo. Ela é de
Tennessee. — Disse Fiona a guisa de explicação. A atenção de Bem, lentamente puxou de
volta para Fiona.
Tennessee, hein? Isso explicava o pequeno sotaque doce de sua voz. Ela não
era a assistente habitual de Fiona. Em primeiro lugar, ela era uma mulher. Em segundo
lugar, ela ainda era uma mulher e Fiona não jogava bem com as da sua própria espécie.
Sua inocência era adorável, diferente. Um toque de rosa floresceu em todo seu
rosto e os dentes foram enterrados profundamente em seu lábio inferior. Ela tinha o cabelo
escuro preso de forma eficiente por trás das orelhas, e suas mãos tremiam, incapazes de
parar a xícara de chá de chacoalhar. Ela olhou nos meus olhos, parecendo perdida antes da
xícara cair no chão. Por um segundo eu me preocupei que a cidade de Manhattan ou Fiona,
a comeriam e cuspiriam fora. Uma onda de protecionismo queimou dentro de mim, uma
sensação estranha e esquisita. Além disso, não era totalmente bem-vinda. Eu não conhecia
essa garota. Não devia me importar. No entanto, eu o fiz. Eu não podia negar a química
instantânea e intrigante que zumbiam entre nós, o tremor suprimido quando me encontrei
com seu olhar, a inalação de ar suave. Eu estaria mentindo se eu dissesse que não senti
algo, quando a vi agitada na minha frente.
Assistindo sua retirada enquanto Fiona retocava seu batom, eu decidi que sua
assistente seria divertida para brincar. Ela seria toda inocência feminina suave, e aquelas
curvas perfeitamente proporcionais estavam implorando por minhas mãos. As garras de
Fiona iriam sair, porém, isso poderia não valer a pena. Fiona tinha feito muito por mim.
Merda, ela era minha agente. Eu não estava prestes a fazer algo estúpido, como dormir
com sua assistente para irritá-la. Movimento ruim de carreira. Meu pau teria que ficar nas
minhas calças.
Emmy
Toda vez que eu pensava sobre o jeito que ele olhou nos meus olhos, meu
coração dava um salto engraçado. Havia certa profundidade neste homem, uma que sua
beleza mantinha escondida. Eu duvidava que a maioria das pessoas cavasse abaixo da
superfície. No entanto, estranhamente, eu queria conhecê-lo. Era um pensamento estúpido
e eu não tinha ideia de onde ele veio. Talvez tenha sido a minha educação, a hospitalidade
do sul, ou algo parecido. Mas eu queria cuidar deste homem, aliviar aquela linha de
preocupação vincando sua testa. A profundidade e complexidade em seus olhos, tinham
me segurado cativa um momento muito longo.
Como se meus pensamentos o tivessem atraído das garras de Fiona, Ben veio
caminhando para fora do escritório e parou na minha mesa. — Você se queimou?
Sua pergunta levou um momento para ressoar. Ah, sim, as minhas pernas. A
humilhação havia bloqueado a dor. Mas agora que ele mencionou isso, eu percebi que elas
estavam formigando onde tinham sido salpicadas com a água escaldante. Com seu olhar tão
concentrado no meu, levei um momento para lembrar a minha boca como trabalhar
corretamente.
O olhar de Ben foi para o chão, enquanto ele tentava esconder um sorriso.
Fiona olhou para mim como se eu fosse mentalmente instável, como se eu estivesse
tentando servir-lhe um monte de estrume, em vez de um muffin caseiro de mirtilo.
Qual era o problema dela? Acredito que o meu gesto de boa vontade foi uma
ideia idiota. Eu funguei e levantei meu queixo. Estava muito orgulhosa dos meus muffins.
Mas o olhar de desdém pingando da boca vermelha e carnuda de Fiona me disse
imediatamente que trazer doces assados para uma agência de modelos era semelhante a
matar um cachorro. Lentamente, Fiona gemeu e se afastou. Eu olhei para as minhas pernas
queimadas, salpicadas de chá e minha autoconfiança caiu para a mais baixa de todos os
tempos.
Agradeci aos deuses que era sexta-feira, quando arrastei minha pobre carcaça
para o apartamento que dividia com Ellie. Eu queria fazer nada mais do que escorregar em
um par de suéteres, comer comida chinesa delivery e beber grandes quantidades de vinho
barato. E depois do dia que tive, eu poderia precisar da minha própria garrafa.
Ellie empurrou seus óculos de nerd sexy, na parte superior do seu nariz e
tomou um gole de vinho. — Por favor, se você passou através de seus acessos de raiva e
insultos imprestáveis até aqui sem ficar maluca, você é ouro. Eu teria rachado no primeiro
dia. Qual foi o comentário dela novamente. . . Kmart chique?
Estremeci com a lembrança. Foi no meu primeiro dia. Nós estávamos sentadas
no escritório opulento de Fiona, analisando os papéis e responsabilidades básicas do meu
novo emprego. Ela trouxe o código de vestimenta e disse que ela tinha uma imagem a
manter e meu guarda-roupa Kmart-chique não seria tolerado. Eu estava vestida de acordo
com o dress code, ou assim eu pensava, calça preta e uma blusa de botão. Não importa. O
que Fiona não entendia era que alguns comentários desagradáveis não iriam me afastar.
Eu sempre quis mais da vida, e com o incentivo dos meus pais eu defini meus
padrões bastante elevados, frequentei uma universidade estadual com uma bolsa de estudos
e me formei em comunicação e design de moda. Eu não precisava de uma educação Ivy
League e uma oferta de trabalho de seis dígitos. Eu só queria me libertar do estresse
financeiro de viver de salário em salário, como meus pais.
Ela era corajosa e divertida e eu estava feliz por estar sub arrendando um
quarto dela, mas éramos de esferas totalmente diferentes da vida. Ellie era uma atrevida
nova iorquina que não deixava ninguém piscar para ela de forma errada sem fazer algum
comentário petulante em retaliação. Sendo o contrário, eu era conhecida por parar na beira
da estrada para ajudar os patos a atravessarem a rua e não podia passar por uma pessoa
sem-teto, sem lhe dar os meus últimos dólares.
— Tudo bem, precisamos prepará-la para a sua Euro- aventura! Você vai
precisar de uma reforma, nós vamos levá-la tinindo para toda aquela ação hot- macho -
modelo. Novas roupas. Corte de cabelo. Sem mais carboidratos. Vinho não conta. —
Acrescentou, me pedindo para tomar outro gole.
Ainda assim, eu não pude deixar de pensar sobre Ben Shaw novamente. Os
olhos intensos, sexy, seus lábios cheios. . .
Ellie sacudiu a cabeça e bufou. Eu não queria ser a única a estourar sua bolha,
contando que muitos dos modelos masculinos são gays de qualquer maneira.
Eu não acho que Ellie entendeu que eu estaria trabalhando, não competindo
em um game show para encontrar meu futuro marido.
Enquanto ele e Fiona tinham saído para almoçar, eu tinha aberto o seu
arquivo. Dessa forma, eu poderia bisbilhotar em paz sem ela olhando por cima do meu
ombro. Ele era a perfeição. Livro didático perfeito. Se eu tivesse de elaborar as
especificações para o meu homem perfeito, Ben Shaw é o que Deus, ou Cupido, ou quem
quer que fosse, entregaria a mim envolto num laço. Alto, de ombros largos e abençoado
com traços morenos talhados. As fotos dele sem camisa, ou, melhor ainda, em um par de
cuecas, realmente deixaram meu pulso acelerado. Suaves peitorais arredondados, pele
dourada, um pacote de abdominais bem definidos, a boca carnuda, e os olhos mais
intensos completavam o look.
— Bom dia? — Eu não tinha certeza do que fazer com sua súbita mudança de
atitude. O número de Post-its na minha mesa refletia seu bom humor. Havia apenas um.
Reserve o seu bilhete para o CDG.
Eu não tinha certeza de quando Ben estaria voando para Paris, mas eu ouvi
que ele estaria lá alguns dias antes de nós para visitar um amigo.
A semana que antecedeu nossa viagem foi uma loucura de tão agitada. Durante
o dia, eu organizei os muitos detalhes que eram a vida de Fiona: coordenar seus
compromissos, massagens semanais em Paris, assegurando que tinha toda uma carga de
trabalho de sua marca favorita de English Breakfast Tea, e organizar a Bíblia Post-it em
ordem alfabética, com subseções de acordo com coisas que eu pensei que poderiam ser
pertinentes à nossa viagem.
Minhas noites foram gastas em compras com Ellie e embalando tudo que eu
tinha em duas malas com rodinhas. Era estranho pensar que eu estaria fora por três meses
inteiros. Ellie ainda tinha alguém na fila para sublocar meu quarto, enquanto eu estivesse
fora. Minha vida estava prestes a ser totalmente virada de cabeça para baixo, e eu não
poderia estar mais animada.
Bem, não era apenas uma merda? Eu não tinha ideia de quais eram as malas
dela, então fui obrigada a esperar até que todos do nosso voo tivessem pegado as deles e,
em seguida, ler as pequenas etiquetas na dúzia de malas à esquerda não reclamadas.
Ela tinha uma frota inteira de bagagem. Louis Vuitton é claro. Foi uma
maravilha, que ela confiasse em mim com aquilo. Depois de lutar com as malas, sair para o
meio-fio e rastrear um serviço de transporte, quase duas horas se passaram antes que eu
fosse para o hotel: um de luxo, tipo boutique em Saint Germain no encantador 6 º distrito.
Saindo do taxi, o cheiro de dar água na boca de café e croissants, bateu no meu
nariz. As pessoas se sentavam agrupadas em cafés ao ar livre em mesas com guarda-sol, a
beber café e comer doces. Água escorria das calhas, enquanto deixavam as ruas limpas, e as
pessoas idosas alimentavam os pombos. O brilho dourado do sol batia nas antigas
construções de pedra e o brilhante céu azul parecia transformar as ruas da cidade em algo
mágico. Romântico, culto e bonito.
O meu quarto era tão pequeno quanto eu esperava. Embora o hotel fosse
muito chique, meu quarto tinha pouco mais do que uma cama vestida com roupas brancas
macias. Havia um guarda-roupa empurrado num canto e uma televisão montada na parede.
Cortinas creme Gauzy, enquadrando as janelas altas e estreitas, dando ao quarto eficiente
uma vibe bonita e encantadora. Seria a minha casa longe de casa.
Entrando na sala de estar com sofás e uma televisão, eu arrastei as malas atrás
de mim. Vozes vazaram do quarto. Fiona estava com um homem. E, aparentemente, eles
estavam em uma discussão acalorada. Estranho...
Ben.
Incapaz de resistir a dar uma olhada nele, eu, na ponta dos pés fui para mais
perto da porta e espiei dentro do quarto.
— Que história é essa, Fiona? Você está brava porque eu vi Madeline ontem à
noite? É sobre isso esta birra?
— Eu não vou fingir que gostei. Mas, amor, você sabe que nunca posso ficar
brava com você.
— Eu não tinha visto Maddie em anos, você sabe disso, e vamos fotografar
juntos amanhã. Eu queria dizer oi. Nós fomos num clube, tomamos uma bebida, e
relembramos algumas coisas. Não foi grande coisa. — Disse Ben, com a voz indiferente.
— Ok. — Fiona suspirou. — Se você diz que não foi um grande negócio,
então não foi. Fim da história.
Parecia que Fiona estava com ciúmes por ele ter saído com uma mulher, e eu
sabia que ela tinha problemas com o estrogênio, mas que não poderia ser isso, não é?
Certamente Ben estava autorizado a sair com quem ele quisesse. Eu não pude resistir a
espreitar mais longe no quarto.
As costas de Fiona estavam para mim, e vi como ela colocou a palma da mão
aberta no peito dele e lhe deu uma tapinha. — Já superei isso, amor. Estou aqui agora e
esta temporada vai ser fantástica.
Ben se mostrou visivelmente mais relaxado, seus ombros caindo como se suas
palavras tivessem o poder de acalmá-lo. Só então, seus olhos se desviaram para os meus e
ele deu um passo para trás de Fiona, sua expressão cansada.
Ben olhou para mim com uma expressão indecifrável. Talvez ele tivesse me
esquecido.
— Oh, não foi nada. Eu estou bem. — Por que não podia ter esquecido a
primeira vez desastrosa em que nos conhecemos?
— Sua o quê?
Com as mãos ancoradas nos quadris, ela estava examinando as quatro malas
grandes com monograma marrom com uma carranca. — Eu tinha uma mala comprida de
vestidos. Ela não está aqui.
— Sinto muito, eu não sabia sobre essa mala de roupa, mas eu posso chamar
o aeroporto e organizar para que possa ser entregue.
Fiona pegou a menor mala, a levantando e passando por mim, então eu tive
que saltar para fora de seu caminho para evitar ser derrubada. Ben me firmou quando me
arrastei para mais perto dele. Sua mão quente fechou ao redor do meu cotovelo, enviando
calor ao meu braço com o contato. Caramba.
Percebendo que minha conversa com Fiona tinha acabado, e eu ainda estava
olhando de boca aberta para Ben, eu murmurei um pedido de desculpas e fugi pela porta.
Ben
Fiona mudava de assistentes com mais frequência do que a maioria das pessoas
mudavam suas roupas íntimas. E depois do desastre em seu escritório no outro dia, o
engano ao me chamar e, em seguida, quebrando aquela xícara de chá, era um choque que
ela ainda estivesse empregada. Sem falar que ela era bonita. Outro ponto contra ela. Fiona
gostava de ser a mulher mais bonita na sala e, certamente, não teria contratado uma
assistente atraente, mas, novamente, talvez ela só não visse. Fiona era polida, encerada, bem
cuidada, e com Botox e Emmy era uma mulher ao natural, sua pele livre de maquiagem,
deixava aparecer o rosa de suas bochechas e tinha cabelos longos, lisos que pareciam
palpáveis e macios.
Fiquei imaginando o quanto ela tinha ouvido a conversa entre mim e Fiona e o
que ela pensava sobre isso. Eu certamente não ia oferecer qualquer explicação. Meu
relacionamento com Fiona era complicado, para dizer o mínimo.
Ela não entrou em detalhes, mas também era mais provável que estivesse
confusa sobre o que tinha acabado de ouvir e transparecer entre eu e Fiona, e
envergonhada por ter sido repreendida na minha frente. A última coisa que eu queria era
ela pensando que era uma briga de amantes entre mim e sua chefe.
Ela olhou para cima, empurrou os ombros para trás, e se esforçou para
aparecer recomposta. Ela me encarou com um olhar cinza determinado. — Eu estou bem.
Eu tenho que rastrear essa mala que falta de Fiona.
Ela virou-se para sair quando eu estendi a mão e peguei seu cotovelo. Um flash
de calor subiu pelo meu braço com o contato. Isso foi interessante.
Emmy
— Ela esta apenas irritada porque acabou de completar trinta e oito. — Ben
disse, ainda olhando para mim com expectativa.
— Sim, foi na semana passada. Mas ela não gosta que as pessoas saibam. —
Sua mão caiu do meu cotovelo. Provavelmente estava claro que eu não ia a lugar nenhum,
enquanto este homem lindo estivesse falando comigo. — Além disso, eu acho que ela está
com raiva de mim agora, seriamente, então não se preocupe. Você vai pegar a mala
extraviada, certo?
Ele balançou a cabeça e deu um passo para trás. Corri para o elevador com as
pernas trêmulas. Era apenas jetlag. Não tinha nada a ver com ele. Sim, certo.
Uma vez que a preciosa mala tinha sido localizada e entregue, eu passei a tarde
coordenando detalhes da sessão de fotos do dia seguinte. Ela teria lugar em um hotel
histórico de Paris, e depois de confirmar que o fotógrafo, maquiador, técnicos de
iluminação e serviços de Buffet, todos estariam lá, então verifiquei a bíblia das notas de
Fiona no Post-it, para qualquer coisa que eu poderia ter perdido. Eu ainda precisava enviar
emails aos modelos para dar-lhes os seus horários de chamada. Mas, primeiro, eu pedi
serviço de quarto. Eu estava faminta e duvidava que houvesse um convite de Fiona para
um agradável jantar fora, apesar de ser a minha primeira noite em Paris. Eu tinha
considerado tentar percorrer a cidade e tratar-me com uma refeição elegante, mas descartei
a ideia. Um banho quente, pijamas, e jantar na cama soavam como uma maneira muito
melhor para acabar o longo dia que tive.
Após o banho, eu caí no macio edredom que cobria a cama e coloquei meu
laptop em um travesseiro no meu colo. Verifiquei os tempos de chamada e enviei notas aos
modelos para amanhã. Eu não sabia por que, mas o pensamento de enviar o e-mail de Ben
era desesperador. Meus dedos tremiam. Eu considerei escrever algo engraçado e bonito,
talvez assinar a nota como Menina Muffin de Mirtilo... Mas no último segundo me
acovardei e digitei um breve e-mail, profissionalmente formulado. Não fazia sentido flertar
com um modelo, eu provavelmente só ia acabar parecendo uma idiota. Certamente, hordas
de meninas se atiravam nele diariamente. Apesar de que, um rosto sorridente não poderia
machucar, não é?
Ben,
Emmy Clarke
Alguém bateu na porta. Serviço de quarto! Meu estômago roncou alto. Depois
de dispensar o carregador, me estabeleci de volta nos travesseiros com a minha comida e
digitei o nome de Ben no meu browser. Jantar e um show. O que poderia ser mais perfeito?
Google Imagens era meu entretenimento para a noite. Sim, eu estava desenvolvendo um
fetiche sério por ele. Processe-me.
Meu indicador de e-mail brilhou com uma nova mensagem, e eu
silenciosamente amaldiçoei quem estava interrompendo meu pequeno vício doente. Eu abri
minha caixa de entrada.
Língua!
Eu ri silenciosamente para mim mesma, achando bonito que ele tivesse notado
um emoticon, no meu email com a cara do smiley, com a língua para fora e tomou o tempo
para responder. Eu digitei uma resposta.
Eu: Sempre. :)
Oh. Meu. Deus. Isto tinha que ser a privação do sono falando. Quem eu
pensava que era, flertando com um super modelo? Mas eu não tive que esperar muito
tempo antes de minha caixa de entrada me informar que havia uma nova mensagem.
Eu li sua resposta duas vezes, saboreando o fato de que ele parecia estar
flertando de volta. Eu não me importava de estar, provavelmente, vivendo num universo
alternativo. Eu não queria voltar para a Terra. Mastigando meu lábio, eu hesitei com os
dedos sobre o teclado.
Ugh. O nome dela era como um balde de água gelada na minha temperatura
subindo. De repente, o meu sanduíche tinha gosto de papelão. Encontrando-me já não tão
faminta, me levantei e movi a bandeja de comida, a colocando sobre uma mesa ao lado da
porta.
Eu: Parece divertido. Espero que ela ainda não esteja brava como
mais cedo.
Poucos segundos depois, a sua mensagem passou pela minha caixa de entrada.
Ben: Não, ela estava bem. Foi minha culpa mais cedo. Ela estava
preocupada que eu fosse ser sugado para um relacionamento e não tivesse tempo
para trabalhar 24 horas por dia, 7dias por semana como eu costumo fazer.
Eu não pude resistir ao que digitei em seguida. Eu era como uma colegial
tendo uma experiência fora do corpo. Sim, eu estava atraindo-o para obter alguma
informação muito necessária. Diabólica. Garota. Genial, bem aqui. Ellie ficaria muito
orgulhosa.
Meu doce Jesus, ele acabou de usar essa palavra? Ele fez. Ele realmente foi lá.
Meu queixo caiu. De repente, o quarto parecia muito quente e os lençóis esfregaram contra
a minha pele nua irritantemente. Apertei um travesseiro entre os joelhos e gemi. Ben tinha
realmente acabado de utilizar a palavra com b.
Ben: É mesmo?
Eu gritei e escondi meu rosto em minhas mãos por um minuto. Aquilo não
podia estar acontecendo.
Oh. Meu. Deus. Esta informação não estava ajudando a minha paixão
crescente sobre ele. Nem um pouco.
Eu não sei por que eu lhe disse isso, mas eu gostei desta coisa de brutal
honestidade que estava acontecendo entre nós.
Espere. Estávamos flertando? Eu não sabia como flertar. Sabia? Ouvi a voz de
Ellie dentro da minha cabeça. Passo um: remover suas calças. Eu ri e rapidamente digitei
uma resposta. Eu não queria que ele pensasse que eu era uma trepadeira total; apesar de ser
justo, ele parecia estar incentivando-o.
Eu: Não, na verdade não é isso que eu estou olhando. Eu gosto de seus
lábios e queixo.
Meu batimento cardíaco martelava no meu peito. Ben Shaw poderia chupar
meus lábios a qualquer hora.
Eu: :)
Minha única resposta foi um rosto sorridente, mas caramba. O que se diz a
isso? Não havia nenhum livro, nenhum manual para flertar com um modelo altamente
inatingível.
Ben: Combinado. ;)
Fechei meu laptop e rolei na cama, o sorriso ridículo e estupido em meu rosto
recusando-se a desaparecer.
Capítulo 04
Emmy
Era cedo e eu já havia feito três viagens entre o hotel e a localização da sessão
de fotos antes das 07:00hs. Graças a Deus pelo Metro fácil de utilizar. E ao forte café
europeu que tomei no café da manhã. Ter trocado e-mails com Ben na noite anterior ainda
parecia um sonho. Meu corpo estava hiper consciente que ele estaria chegando em breve, e
apesar de estar tentando me concentrar, eu estava incrivelmente distraída, olhando para a
porta a cada poucos segundos.
Estávamos no pátio de um belo hotel. Grandes sebes verdes cercadas por uma
bela fonte e exuberante grama verde, tinham sido pintadas com spray para garantir que
parecesse perfeito. A manhã estava começando, mas o sol já estava brilhando. Iria ser um
dia perfeito, e o jardim elegante era perfeito para o sofisticado guarda-roupa de inverno que
Ben e Madeline estariam usando.
A foto digital da Madeline estava presa ao lado de uma saia de lã xadrez e blusa
azul-marinho. Em sua foto, ela era uma loira de aparência simples com maçãs do rosto
altas e um rosto em forma de coração. Mas quando ela chegou, eu deixei cair o croissant
que eu estava mordiscando no lixo. Madeline era impressionante. Escultural e magra, ela
chamou a atenção de todos na sala. Ela tinha uma assistente com ela, e eu me aproximei da
menina para enviá-las na direção de cabelo e maquiagem.
Olhei para seus saltos mais altos que altos. Sapatilhas. Entendi. Enfiei a nota
no bolso e acenei com a cabeça. — Madeline chegou. — Eu disse.
Fiona pegou uma garrafa de Perrier do recipiente. Senti que ela estava prestes a
criticar alguma coisa, quando a nossa atenção foi capturada por Ben e Gunnar que
entraram na sala. Gunnar dirigiu-se para a área de maquiagem, enquanto Ben parou perto
da porta, olhando ao redor do pátio. Ele nos viu e seus olhos pousaram em mim. Ele me
avaliou, enquanto caminhava em nossa direção. Um pouco de frio deslizou pela minha
espinha. Eu me senti quente sob o olhar e as lembranças de suas palavras sensuais da noite
passada. Meu rosto estava corado e senti minhas axilas úmidas. Talvez eu estivesse com
febre.
Eu gosto de buceta.
Certo... Talvez fosse uma febre induzida por Ben Shaw.
— Não consegui dormir. — Ele murmurou, então seu olhar dançou sobre o
meu.
Merda. De jeito nenhum. Eu não poderia ser responsável por arruinar a sua
primeira sessão, em Paris, porque eu o mantive acordado ontem à noite. Eles tinham
corretivo para isso, certo?
Seu olhar vagou pelo meu jeans agarrado aos quadris sem pudor, mas ele ainda
não tinha me cumprimentado. Seu olhar se levantou, deslizando sobre os meus seios e
fazendo meu peito doer antes de pousar em meus olhos. — Tennessee. Dormiu bem?
Deixei Ben e Madeline para verificar o set. Eu sabia que Fiona poderia precisar
de uma cadeira para assistir tudo, se aquele assunto sobre sapatilhas fosse uma indicação.
Depois de arrastar um banquinho do lado de fora para ela, tudo estava pronto.
Eu não tinha ideia do que fazer com seus comentários, mas agora não era o
momento de perguntar porque Fiona estava num tumulto, reclamando em voz alta que os
sapatos de Ben não se encaixavam. Ele precisava de um 44 e eles trouxeram um 43. Corri
para acalmar a situação, mas antes que eu pudesse intervir Ben estava ao seu lado, falando
em voz baixa para acalmá-la.
Ele enfiou os pés nos sapatos e insistiu com ela, com os braços para os lados.
— Veja. Eu vou sobreviver por uma hora.
Quando cheguei ao meu quarto de hotel eu estava tonta e atordoada, por causa
do vinho, o açúcar, os belos cenários, ou, provavelmente, todos os três, mas eu não estava
cansada. Depois de colocar os meus pijamas, caí na cama com meu laptop. Talvez
continuar perseguindo Ben poderia me relaxar.
Mas antes que eu pudesse abrir o meu navegador, meu inbox mostrou que eu
tinha uma nova mensagem.
Fiquei preocupada, porque ele parecia ter problemas para dormir. Talvez tenha
sido a mudança de fuso horário? E sobre os comentários de Gunnar hoje? Outra
mensagem apareceu antes que eu pudesse responder.
Puta merda. Como ele fazia três pequenas palavras soarem tão gostosas?
Especialmente desde que eu ouvia sua voz profunda e masculina na minha cabeça
enquanto lia. Eu tomei meu tempo, pensando numa resposta atrevida antes de responder.
Se isso não era um convite aberto para flertar com ele, eu não sabia o que era.
Eu ri para mim mesma no quarto silencioso, querendo saber como responder, quando ele
enviou outra mensagem.
Eu: Sim.
Atravessei o quarto e peguei meu celular, digitei o número dele para compor
um novo texto. Uma palavra simples. Foi a minha tentativa de manter as coisas casuais
para que eu pudesse ver até onde ele queria ir.
Eu: Oi
Eu: Como eu sei que isso não é alguém fingindo ser você? Estou um
pouco preocupada que eu poderia estar falando com um cara de quarenta anos de
idade, obsceno e acima do peso. ;)
Ben ficou em silêncio por um momento. Então meu telefone piscou para mim,
me informando que eu tinha uma nova mensagem com foto. Precisei de três tentativas com
os dedos trêmulos para tocar no botão correto na tela e abri-la.
Eu: Bonito.
Eu rolei através das fotos que eu já tinha no meu telefone. Merda. Todas elas
eram de mim com Ellie, ou com o nosso cão Buck la em casa. Eu corri para o espelho,
adicionei algum gloss e afofei meu cabelo liso. Eu não queria que ele pensasse que eu
estava demorando demais ou pensando demais nisso, então eu fiz um selfie rápido e cliquei
em enviar. Não era a minha melhor foto, mas não era uma fera horrível também. A
iluminação no meu quarto era suave e emprestou uma espécie de sensação romântica a ela.
Ben: Você se parece com uma menina que eu comi uma vez.
Puta que pariu! Ele não me disse isso. Suas respostas me chocavam. Ele parecia
tão educado em um minuto e, em seguida, BAM! Imoral, boca suja. Eu honestamente me
perguntei o que ele achava da minha aparência, e seu comentário, apesar de grosseiro, me
disse que talvez eu estivesse à altura.
Meu telefone soou com uma mensagem nova. Aquele pequeno tom era o som
mais doce.
Puta. Merda. Umidade molhou minha calcinha. Eu lutei para manter meus
pensamentos sob controle e voltar à realidade. Eu corri através de uma lista mental de
coisas nada sexy: a agenda dele desta semana, a localização de sua próxima sessão de fotos,
como ele cheirava, o tamanho do seu pau. Gah! De onde é que isso veio? Mordi o lábio.
Eu sabia que deveria manter isso leve, mas ser impertinente parecia muito mais divertido.
Ele estava provando ser uma terrível influência sobre mim.
Eu: Você sempre envia textos como estes, para as assistentes de Fiona?
Deus, toda vez que ele usava a palavra com b, eu juro que minhas partes
femininas se cerravam. Quem diria que eu era uma glutona por uma pequena conversa
suja?
Ha! Tanta coisa para lhe dar o benefício da dúvida. Ele estava praticamente
admitindo ser um jogador. Convocando a minha coragem, eu digitei uma resposta de volta.
Tome isso! Isso iria colocá-lo em seu lugar. Havia uma sutil diferença entre
flertar e ser uma cadela, e eu queria ficar no lado correto disso. Mas, alguém tinha que
desafiá-lo.
Eu queria voltar atrás e perguntar por que ele estava flertando comigo, quando
ele poderia ter qualquer pessoa que ele quisesse. Eu me perguntei se ele ainda me achava
atraente. Mas é claro que eu não escrevi nada disso. Eu precisava fazer isso parecer legal.
Ben: Emmy?
Uau. Eu gostei que ele usasse o meu primeiro nome verdadeiro mais do que
era remotamente normal. Respire, Emmy. Respire.
Eu: Sim?
Ben: Eu tenho planos com Fiona durante o dia, mas se você quiser
podemos nos encontrar para uma bebida depois.
Sua amizade com Fiona ainda me confundia, mas talvez isso fosse uma das
coisas que eu poderia perguntar a ele amanhã. Talvez ela não fosse um dragão cuspidor de
fogo, uma vez que você viesse a conhecê-la. Quem sabe? E talvez eu pudesse
discretamente bombardear Gunnar para obter informações.
Eu: Claro. Eu posso te encontrar mais tarde.
Ben
Fiona sinalizou ao garçom para mais vinho. Peguei um pedaço de pão da cesta
no centro da nossa mesa e Fiona franziu o cenho. Ela poderia enfiá-lo onde quisesse.
Ela falou sobre algum novo designer francês e uma venda de peças que ela
queria que eu a levasse. Oh, que alegria. Eu deixei de prestar atenção nela e deixei minha
mente derivar voltando para a noite passada.
A primeira coisa que fiz esta manhã foi olhar para aquele texto, rindo para
mim. Eu normalmente era um cara muito direto e dizia às meninas o que eu queria. Mas eu
sabia que se tivesse lhe ordenando que viesse ao meu quarto para que eu pudesse transar
com ela, não teríamos ido além. Algo me dizia que Emmy era diferente da maioria das
meninas. Eu poderia dizer que ela não era uma garota da espécie de uma noite apenas. Ela
era inteligente e trabalhadora. E seu doce sotaque sulista era fudidamente adorável.
Engoli em seco, deixando meu sorriso desvanecer. —Nada. — Nada que ela
precisasse saber, de qualquer maneira. Eu estava ansioso com meus planos com Emmy,
logo mais.
Emmy
Retirando a pilha mais recente do Post-its, me sentei na minha cama com uma
xícara de café para classifica-los. Eu percebi que iria lidar com alguns dos assuntos pessoais
de Fiona, antes de sair para os passeios do dia. Após reservar seu horário de cuidado facial
e fazer reserva de jantar para ela e Ben para a noite de domingo, resolvi que fazer algumas
novas pesquisas de Ben Shaw viriam a calhar.
Relaxando no meu edredom com meu laptop, eu digitei seu nome no Google e
apertei enter, então eu me sentei para apreciar a vista. Santa Mãe, ele era quente.
Meu cérebro gritou comigo, Abortar! Abortar! Eu sabia que isso era uma má
ideia, mas eu não poderia me ajudar. Eu o assisti passando por sua vida: festas VIP, eventos
de tapete vermelho, as funções de caridade black-tie com uma bela modelo em seu braço, e
fotos dele na praia em sua página no Instagram. Uma dor aguda esfaqueou meu peito.
Era uma ideia decididamente ruim me sentir atraída por ele, eu sabia disso. Mas
ele era lindo, e flertou comigo. Claramente minhas fantasias não conheciam limites. Eu
esperava não chegar a um fim desastroso esta noite, quando ele percebesse que eu estava
tão fora de seu time, que provavelmente havia leis contra nós nos encontrarmos. Ainda
assim, a minha perseguição não conhecia limites. Instagram, Facebook e Twitter. Eu
precisaria de um programa de doze passos, se eu fosse me desligar disso. Mas ele era tão
bonito, eu não poderia provavelmente ser responsabilizada pelos meus atos.
Havia apenas uma pergunta: Será que eu devia usar a minha cinta Spanx para
manter tudo apertado, em forma e no lugar? Ou será que eu devia esperar por uma ação
posterior e renunciar àquela coisa horrível, sabendo que não havia nenhuma maneira sexy
de tirá-la? Não, não haveria nenhuma ação posterior, isso era bobagem. Ele era ele. E eu
era eu. Duh. Sua acéfala. Ainda assim, eu escolhi a favor da respiração e optei por deixar a
cinta para trás.
Meu cabelo estava solto e liso, minha maquiagem tinha cooperado uma vez.
Eu tinha conseguido fazer as linhas nos olhos com delineador líquido, sem me esfaquear na
retina uma vez sequer. Sim, viva eu!
Ben já estava esperando no saguão do hotel quando eu desci. Desde que ele
ainda não tinha olhado para cima, eu permiti que meus olhos olhassem para ele
descaradamente, observando a forma como a sua jaqueta de couro preta esticava sobre os
ombros e abraçava seus bíceps e sua camiseta branca com decote em V expunha a garganta
muito adorável. Sua camisa era justa o suficiente para sugerir como ele estava por baixo. Eu
já podia imaginar o tanquinho escondidos sob o tecido. Ele poderia ter apenas saído de
uma sessão da revista GQ com o charme sexy que ele exalava. Eu não tinha a menor
chance. Ele era todo homem, assim como era elegante e, de repente senti uma pontada de
nervosismo, percebendo que minhas roupas não eram de nenhuma das grifes que ele usava.
Será que esse tipo de coisa importava para ele?
Ele me levou para fora e no outro lado da rua para a passagem de pedra ao
longo do Sena, onde rapidamente começamos a caminhar juntos. Senti o calor da sua mão
pairando às minhas costas, mas ele nunca fez contato. Foi doce e inocente ainda que
altamente erótico, ao mesmo tempo. A promessa de algo mais entre nós pairava no ar, algo
não dito e desconhecido.
Gostei das endorfinas que inundaram meu sistema. Me senti viva. As estrelas
estavam brilhando como strass no céu da noite escura. Paris à noite era mágica e sedutora.
Ela tinha uma vibração, uma sensualidade casual que escorria de cada pequena pâtisserie e
brasserie que passamos.
Ben olhou para baixo, olhou para os meus sapatos, e me deu um sorriso. — Eu
gosto que você use sapatilhas. Meninas nunca usam sapatilhas. Agora podemos realmente
andar.
Oh. Eu não sei se isso era um elogio ou não. É claro que as mulheres bonitas
com quem ele saiu obviamente usavam os sapatos mais requintados, mas eu fui para o
conforto. Droga. Falha. Ou não, dependendo de como você olhou para isso.
Com 1,92 m ele tinha uns 30 cm a mais que eu. Sem problemas, embora eu
ficasse feliz em escala-lo como uma maldita alpinista, se tivesse a chance. Me senti pequena
ao lado dele, e foi uma sensação decididamente agradável. Só de estar perto dele me dava
emoção. Só sua presença tinha o poder de cativar, excitar, e me ligar. Em outras palavras,
eu estava condenada.
Quando chegamos a um café parisiense em um cruzamento charmoso, Ben
parou e me guiou para frente, os dedos roçando meu quadril, enviando uma pontada de
calor através de minha barriga. Ele falou num francês impecável, sem falhas para os meus
ouvidos não treinados, pelo menos para o maître. Independente do quão ocupado o
pequeno e pitoresco café parecia estar, a autoridade irradiava dele e fomos rapidamente
instados numa mesa para dois, no pátio ao lado da calçada movimentada. Era um local
perfeito para observar as pessoas. Ben puxou minha cadeira e eu me abaixei de uma forma
elegante, enquanto ele a empurrou para mais perto da mesa. Tínhamos uma vista da Torre
Eiffel ao longe, iluminada e brilhante com luzes amarelas. Era espetacular. Eu estava
amando tudo até agora desse encontro e ele mal tinha começado.
— Parece ótimo. — Nota para mim mesma: este homem conhece seu vinho.
Esse pequeno fato só aumentou sua gostosura.
Ele sorriu e fechou seu cardápio e colocou seu smartphone na mesa em frente
a ele. Eu não pude deixar de notar a pequena luz azul que brilhou para indicar que ele tinha
uma nova mensagem. Ben a ignorou, porém, e quando o garçom voltou, ele falou no mais
belo francês de dar agia na boca e fez o nosso pedido. Momentos depois, o garçom
apareceu para abrir o nosso vinho e encher duas taças. Apenas ter alguma coisa em minhas
mãos me pôs à vontade.
Um lampejo de interesse nos olhos dele revelou que ele havia ficado
impressionado.
— Eu tenho um irmão mais novo e pais que ainda estão muito apaixonados.
— Alguém me cale. Deus, eu estava tentando colocá-lo para dormir? — Nada realmente
emocionante. Conte-me mais sobre você.
— O que você quer saber? — Seu sorriso era brincalhão, como se ele soubesse
que eu havia pesquisado sobre ele e assumindo que eu sabia tudo que havia para saber.
Eu sabia muito. Sua mãe era a supermodelo aposentada Dakota Shaw, a quem
os rumores acusavam de ser promiscua. Seu pai parecia ser um mistério, possivelmente um
político ou uma estrela de rock. Mas não parecia certo tentar sonda-lo para obter essas
respostas agora. Em vez disso, eu simplesmente perguntei: — Onde você cresceu?
Seus olhos se fixaram em sua taça de vinho, que ele tinha parado de rodar. Eu
brevemente me perguntei se eu havia tocado em um assunto que ele não gostava de
discutir. — Em todo lugar, na verdade. Nova York, Londres, Barcelona, Praga, Roma,
Brasil, em todos os lugares. Eu quero ouvir mais sobre você, no entanto. Família Normal.
Tennessee. O que mais? — Ele sorriu, tomando um gole de vinho e lambendo aqueles
lábios carnudos.
Ben abandonou sua postura casual e se inclinou para mim. — Eu lhe asseguro,
não estou nada entediado, senhorita Clarke.
Eu torci meus dedos em torno da haste da minha taça. — Nós dois sabemos
que eu não sou uma modelo. Eu não sou como as mulheres com quem você costuma sair.
Sua pequena declaração não fez nada para acalmar minha ansiedade. O fato de
que ele só às vezes tinha encontros com modelos era para me acalmar? Ha! Minhas
inseguranças estavam profundamente enraizadas para desaparecer com essa informação.
Ele se inclinou mais perto, fixando-me com um olhar intenso. —Que tal eu
admitir um pequeno segredo? Será que te deixaria mais confortável?
Parei de ficar mexendo na mesa. Eu odiava estar me comportando como uma
menina, toda autoconsciente e nervosa. — Sim. — Eu admiti.
Ben tomou um gole do seu copo. — Tudo bem. Faria você se sentir melhor se
eu dissesse que eu perdi minha virgindade com uma mulher muito mais velha? Uma amiga
da minha mãe, na verdade.
Wow. Eu não poderia imaginar perder minha virgindade com alguém da idade
do meu pai. Assustador. Minha primeira vez foi com meu namorado do ensino médio na
parte traseira de seu Jeep, no meu primeiro ano. Minha vida era surpreendentemente
normal em contraste com a sua. Eu só podia imaginar a loba ficando sedutora e o
persuadindo. — Você estava... bem com isso?
— Sim. Ela tinha uma grande cabeça. — Ele deu de ombros, me dando um
sorriso megawatt, de cair calcinha.
Ok, então. Sem analisar demais, nada acontecendo ali. Imaginei que isso era a
diferença entre rapazes e moças. Meninas eram mais emocionais sobre sexo, os caras
pensavam primeiro sobre o físico. Bom saber. Eu precisava me lembrar de manter minha
cabeça sobre mim.
— Então, você estava interessado em mulheres mais velhas, ou ela meio que te
seduziu? — Eu perguntei incapaz de esconder a minha curiosidade em saber como as
coisas foram para baixo. Sem trocadilhos.
— Foi numa das minhas primeiras sessões durante a noite e, ela estava comigo
já que minha mãe não se deu ao trabalho de ir. Ela ficou me enviando sinais durante todo o
dia, tocando meu braço, esfregando os ombros, coisas assim. Eu tinha dezoito anos e com
tesão... — Ele riu. — Eu não conseguia dormir, estava longe de casa e tudo mais, então à
noite eu fui até seu quarto de hotel...
Droga. Isso foi ousado. Ele apareceu na porta dela esperando sexo? Mas eu
supunha quando você parecia como ele que você ganhava o direito de ser ousado. Dia de
sorte para essa loba, quem quer que fosse. Eu estava um pouco ciumenta. Mas eu tinha o
homem sentado na minha frente, todo músculos duros, pele dourada e lábios construídos
para beijar. Tudo o que ela tinha era a memória.
Eu não poderia imaginar muitas mulheres o rejeitando, algo sobre a sua
confiança, seus olhos penetrantes, e sua boca decidida... Ele tinha um talento especial para
conseguir o que queria, eu tinha certeza.
Sua pequena admissão tinha feito várias coisas ao mesmo tempo. me intrigou,
acendeu um fogo na minha barriga, e me deixou totalmente fácil. Este homem era bom.
Oh, ele era muito bom. — Bennn... — Eu sussurrei.
Apertei minhas pernas juntas. Ben usando apelidos carinhosos era o suficiente
para me desfazer. Eu gostei um pouco demais.
Ben encontrou meus olhos. — Eu cresci em torno disso, mas minha mãe não
deixava eu me envolver. Ela não queria que eu fizesse trabalhos de modelo, e não me
deixou até que eu tivesse dezessete anos. Em seguida, ela realmente não teve escolha,
porque eu mandei minhas fotos para um par de agências em Nova York. Todas elas
acabaram ficando interessadas, então eu comecei a trabalhar de imediato.
— Por que ela não queria que você modelasse? — Isso pareceu curioso para
mim, considerando que sua mãe era uma supermodelo de renome mundial. — Ela queria
mais para mim. Ela sabia das desvantagens do estilo de vida de viagens constantes e,
invariavelmente, ser julgado por sua aparência. Ela nem sempre se deu bem com isso.
Tenho certeza que você já ouviu falar de suas inúmeras internações para reabilitação. —
Seu olhar me pediu para discordar. Eu tive que desviar o olhar. Claro que eu tinha ouvido
falar da queda em desgraça de Dakota Shaw.
— Eu sinto muito. Ela esta...
— Ela está bem agora. Mora na Austrália com um cara da minha idade. — Ele
balançou a cabeça como se fosse um pensamento que ele precisasse esclarecer
rapidamente.
— Então você começou a trabalhar quando tinha dezessete anos? Isso é muito
jovem.
Eu queria discordar, dizer-lhe que ele teria feito isso por conta própria, mas
acho que eu não tinha como saber. Afinal, eu já tinha visto lampejos do quão acirrada essa
indústria era.
Seu telefone tocou novamente, sacudindo a mesa de vidro até que Ben
estendeu a mão para acalmá-lo. Eu não pude deixar de notar o nome de Fiona aparecendo
na tela.
Eu tomei um gole do meu vinho e percebi que Ben ainda estava olhando para
o telefone, perdido em pensamentos. — Você precisa atender isso?
Seu olhar abocanhou o meu. — Não. É Fiona. E eu não tenho nada a dizer a
ela agora.
Tomei outro gole saudável do meu vinho, esperando que o álcool fosse banir
completamente todos os pensamentos de insegurança dentro de mim. Isso não iria
acontecer, no entanto. Eu estava sentada em frente a um dos mais procurados modelos
masculinos do mundo. Minha cabeça estava um desastre absoluto sobre esse fato, para não
mencionar meu coração vibrando e calcinhas úmidas.
— Eu sinto muito, mas isso tudo é novo para mim. Eu estou meio perdida
sobre o que é que você quer. — Eu admiti, cruzando as mãos no meu colo.
Calor arrastou até meu pescoço, manchando meu rosto. O homem certamente
não brincava.
Ele riu, um som rico e quente que inundou meus sentidos e me deixou
cambaleante, como se houvesse alguma piada interna que só ele e meu pulso estavam a par.
— Vamos levá-la para a cama. Tenho certeza que Fiona a fará levantar cedo para trabalhar
amanhã. — Fria autoridade atava sua voz, e eu sabia que seria inútil discutir ou investigar
mais.
— Boa noite, senhorita Clarke. — Ele disse com sua voz baixa e sexy.
— Noite. — Eu suspirei.
Emmy
Uma vez dentro do meu quarto, éramos membros emaranhados lutando para
chegar mais perto à medida que nos movíamos através do chão. As grandes mãos de Ben
seguravam meu queixo tão docemente enquanto sua língua dava voltas contra a minha. Seu
corpo comandando e forçando meus pés para trás em direção à cama.
Minhas emoções eram uma combinação de vamos fazer bebês para devemos
parar. Só beijar. Desligando meu cérebro, eu permiti que meus hormônios assumissem.
Tirei meus sapatos, arrastei-me para a cama, e puxei-o para cima de mim.
Seu peso quente me pressionou contra o colchão e sua boca estava em todo
lugar. Ele mordiscou minha clavícula, me mordeu suavemente no pescoço, e usou a língua
para varrer um caminho úmido sobre a pele macia. Santo inferno, ele sabia o que estava
fazendo.
A mão áspera de Ben foi subitamente pra debaixo da minha camisa, segurando
meu peito e esfregando o polegar ao longo do meu mamilo. Um raio de desejo passou pelo
meu corpo. Meus quadris se moveram contra os dele, pressionando contra o cume firme
que estava lá, e um apelo quebrado saiu de seus lábios e em minha boca. Era o som mais
doce. Desesperado e querendo, exatamente como eu me sentia. Eu estava feliz por eu não
estar sozinha nisso.
Sua palma encontrou minha bunda de novo e ele apertou, me puxando para
mais perto. Senti sua grossa ereção pressionar meu baixo ventre, e minhas entranhas foram
todas derretidas.
— Você tem camisinha? — Sua voz era baixa, áspera com a necessidade.
— Não.— Eu botei pra fora.
Eu queria isso, eu queria. Mas minha mente estava cambaleando. Uma vez que
ele tivesse estado dentro de mim, não haveria como voltar atrás. Minha paixão adolescente
seria catapultada para o espaço sideral tão longe que eu nunca poderia retornar. Eu
precisava manter meu juízo. Eu não dormia com homens com quem eu não estava
namorando.
— Não. — Eu disse.
— Não? — Seu tom me disse que ele perguntava se eu o queria sem nada. E a
sugestão de um sorriso em seus lábios me disse que isso era uma ideia bem-vinda.
— Eu não estou pronta para tudo isso... — Meu corpo estava em completo
desacordo com o meu cérebro, minhas pernas em seu caminho sinuoso em torno de sua
bunda para pressioná-lo mais perto.
Ben gemeu com o contato. — Vamos lá, baby, deixe-me te foder. — Ele
respirou contra meu pescoço. — Eu prometo que vai se sentir bem. — Ele agarrou minha
bunda, empurrando sua ereção contra a mancha de umidade entre minhas pernas, e eu não
pude segurar o gemido que escapou de minha garganta.
Sua voz profunda, sexy e a moagem de seus quadris eram quase o suficiente
para me convencer. Quase. — Nós podemos fazer algumas outras coisas. Mas nada de
sexo. — Eu nem sabia o que estava dizendo, mas eu tinha certeza de que uma parte de
mim estava controlando minha boca. Meu sexo latejava. Ben tinha me deixado toda
molhada e necessitada, e nós mal chegamos à segunda base. Falando sobre jogar fora do
meu time.
Seu olhar encontrou o meu e ele varreu o cabelo do meu rosto. — Eu gosto de
outras coisas.
— Sim? — Eu estava grata por ele seguir a minha linha de pensamento e não
me fazer soletrar.
— Sim. E eu acho que você verá que vou me sobressair neles. Particularmente
no oral. — Seu olhar profundo foi dirigido a mim e aquela boca cheia, carnuda estava a
apenas alguns centímetros da minha...
Sua mão deslizou para baixo da frente da minha calça jeans e em minha
calcinha. — Porra. Você está toda molhada, baby. — Ele beijou meu pescoço, sua
respiração fazendo cócegas no meu ouvido. — Eu sei que você quer que eu te foda. Mas
vamos fazer as coisas à sua maneira, desta vez, ok?
Seus dedos deslizaram contra mim, massageando o tecido liso, inchado. Prazer
disparou através de mim. Eu fantasiara sobre seu toque, e agora que estava realmente
acontecendo era além de qualquer expectativa que eu tive. Seus dedos hábeis massageava
meu clitóris com pressão, apenas suficiente e um ritmo preguiçoso que permitiu construir o
prazer lentamente.
Eu era suave, com cobertura extra em meus quadris, coxas e seios, meu corpo
estava cheio de curvas femininas, e embora eu tivesse pensado que esta era uma coisa ruim,
especialmente para um modelo tonificado e firme como ele, ele parecia gostar.
Ele beijou um caminho molhado em meu pescoço enquanto suas mãos
exploravam. Eu deveria parado-lo, mas minha mente estava entorpecida e meu corpo
estava todo acessível. Eu queria mais. Eu merecia mais, não é? Eu tinha sido uma boa
menina durante tanto tempo.
Sua boca capturou a minha enquanto seu dedo mergulhou mais fundo dentro
de mim, seu bíceps flexionando com o movimento. Ele acrescentou um segundo dedo e
pressionou seu polegar contra a parte superior do meu sexo. Eu gemia alto, balançando os
quadris contra sua mão. Eu não me importava em parecer uma bagunça com tesão.
Inferno, eu estava uma bagunça com tesão.
Ela poderia ter me dito que não queria isso, mas seu corpo discordava. Ela me
enviou todos os tipos de sinais. Ela gostava disso. Muito. Sua respiração veio em ofegos
leves e ela balançou os quadris mais perto. Eu nem acho que ela percebeu que estava
fazendo isso. Ela me queria dentro dela, mesmo que ela não fosse admitir isso. Mas eu não
queria perguntar a ela. Eu não poderia suportar ouvi-la me dizer para parar. Eu precisava
tocar essa garota.
— Isso te faz sentir bem, baby? — Eu precisava ouvi-la dizer que sim. Eu era
naturalmente muito agressivo, o que sempre me serviu bem com as garotas, mas algo me
dizia que Emmy não gostava que lhe dissessem o que fazer. Por mais que eu gostaria de
manda-la se despir, tirar sua calcinha diante de mim, eu não o faria. Ela não estava pronta.
Ela estava muito nervosa em torno de mim. Muito insegura.
— Mmm... — Ela soltou um gemido suave, seu único sinal de que se sentia
bem. Ela deixou os olhos se fecharem e a cabeça descansou na curva do meu pescoço. Isso
não aconteceria. Eu queria ver a cara dela quando ela gozasse, mas eu deixei-a permanecer
ali, sentindo a suave respiração no meu pescoço. Era bom.
Ela era de longe, a menina mais classuda com quem estive. Duas faculdades.
Ela era inteligente, trabalhadora e articulada. Ela não dormia com caras por ai. Eu poderia
dizer que ela estava a dois segundos de acabar com essa coisa toda, e eu não podia deixar
isso acontecer. Eu nunca quis tanto uma menina. Não é que eu estava prestes a ficar todo
introspectivo e examinar o porquê. Não. Meu objetivo era muito mais simples. Eu só
queria deixá-la nua e ver seus peitos. Desde o primeiro momento que a vi, a gente foi se
dirigindo para este momento.
Movi minha mão contra ela, arrastando os dedos lentamente para dentro e para
fora dela. Ela estava molhada pra caralho e isso deixou meu pau muito duro. Eu queria
estar dentro dela. Eu precisava disso. Mas eu não me apressei. Ela me pareceu incrível e
estava literalmente encharcada, agora se contorcendo contra a minha mão. Ela era muito
apertada e eu poderia dizer que ela estava perto. Eu já podia ler seu corpo. Continuei meus
golpes controlados, sem vontade de apressá-la para a linha de chegada. Senti-a começar a
apertar em volta dos meus dedos quando ela começou a se desfazer. Seus olhos lindos
estavam num azul-cinza e nublados com o prazer. Ainda estava fudendo ela com os dedos,
os olhos conectados quando ela começou a gozar.
Emmy
— Sim querido.
Com meus olhos observando os seus, minhas mãos encontraram seu cinto e
trabalhei para destravá-lo. O momento era altamente erótico. Ficamos deitados lado a lado
na cama, observando os olhos um do outro, quando eu desabotoei e abri o zíper de sua
calça. Nós dois sabíamos o que estava por vir, e a expectativa era espessa entre nós. Ele me
beijou suavemente nos lábios e na testa, enquanto eu deslizei minha mão na frente de sua
boxer. Eu fui recompensada com um pau grosso e duro pressionando insistentemente
contra a palma da minha mão. Sua pele era quente e tensa, meus músculos vaginais se
cerraram em resposta. Minha mão enrolou firmemente em torno de seu eixo e ele gemeu.
O barulho vinha de dentro dele e eu adorei aquele som. Fechando a minha mão ao redor
dele, comecei a acariciar. Ben deixou cair a cabeça para trás contra o travesseiro em sinal de
rendição completa. Eu gostei de saber que eu fiz isso com ele. Não alguma supermodelo.
Eu.
Seus quadris balançaram para frente na minha mão e sua boca silenciou
momentaneamente sobre a minha quando ele soltou um gemido baixo. — Emmy...
A sensação de Ben na minha mão era incrível, uma poderosa sensação passou
por mim. Mesmo que fosse apenas por este momento, ele era meu.
Eu podia sentir o quente pré semem já vazando na ponta. Minha mão agarrou-
o mais apertado e eu aumentei a minha velocidade, esfregando ao longo de seu eixo
endurecido e por cima da cabeça. Mais alguns golpes e fui recompensada com um gemido
rouco e senti Ben vindo, jatos quentes de sêmen em erupção contra minha mão e barriga.
Nenhum de nós tinha removido uma única peça de roupa, mas nós
conseguimos encontrar liberação juntos. Eu estava adivinhando que eu ia me arrepender
disso pela manhã, mas a sensação estúpida de felicidade que se espalhou pelo meu peito
não seria atenuada agora.
Ben deu um beijo na minha testa, em seguida, estendeu a mão para os lenços
no meu criado-mudo. Ele rapidamente limpou nos dois, e então, guardou o ainda duro pau
dentro de suas calças.
Ben se levantou da cama e se inclinou para beijar minha testa. — Quer que eu
ajeite você?
Ele tirou as cobertas e eu deslizei para fora da minha calça jeans, de repente
muito cansada pra me sentir autoconsciente. Ele riu para mim e varreu meu cabelo para
trás em minhas orelhas.
— Noite, noite.
Ben, ainda sorrindo, olhou para mim. — Obrigado por esta noite. Foi bom sair
com alguém que não estava procurando em mim o cara que vê nas fotos.
— Estou feliz por você se sentir confortável o suficiente para ser você mesmo.
Ele levou a mão ao meu queixo e seu polegar deslizou ao longo da minha
bochecha. — Eu estava. Obrigado.
— Durma bem.
Eu fiz uma careta. O que isso significava? Dormir não era uma função corporal
vital necessária para a sobrevivência? Eu sabia que era uma das minhas coisas favoritas no
mundo. — Bem, se você não conseguir dormir, você sabe que pode me mandar uma
mensagem.
— Posso agora?
— Eu vou manter isso em mente. — Seu olhar permaneceu nos meus por um
momento, e então ele caminhou em direção à porta e saiu sem dizer mais nada. Mas,
realmente, o que havia para dizer? Hoje à noite não tinha sido nada como eu esperava.
Depois que ele saiu, eu relutantemente saí do casulo morno da cama para
escovar os dentes e mudar para o meu pijama antes de rastejar para debaixo das cobertas.
Eu estava longe de dormir quando meu telefone soou com uma mensagem nova.
Eu: Sim.
Havia uma foto mal iluminada de Ben deitado na cama. Apenas seu peito,
abdominais e cueca boxer preta, que estava muito bem preenchida na frente.
Sorri para mim mesma e balancei a cabeça. Meu cansaço ficaria em segundo
plano se flertar com Ben fosse uma opção. Eu gostei que ele me mandasse uma mensagem
poucos momentos depois de sair. Eu gostei da ideia de que ele ainda estava pensando em
mim. Meu cérebro se recusou a se concentrar em qualquer outra coisa. Eu estudei a foto
mais de perto, me imaginando lambendo aquelas ranhuras em seus abdominais,
trabalhando o seu caminho inferior a morder seu pênis através do tecido de sua cueca. Algo
sobre esse homem aflorava meu lado primitivo.
Ben: Não
Quem era essa garota? E o que ela tinha feito com a cuidadosamente certinha
Emmy? Ben me transformou em uma versão flertadora de mim mesma, que eu não muito
reconhecia, mas gostava mesmo assim. Eu ri silenciosamente, com os olhos colados no
meu telefone e esperando por sua resposta.
Eu não tinha ideia de como interpretar o seu último texto. Eu não deveria estar
preocupada porque ele também não estava... Ou porque esta foi apenas um flerte
inofensivo? Controle-se, Em! Deus, nós somos colegas de trabalho. O que eu tinha
pensado quando empurrei minha mão para baixo de suas calças hoje à noite? Eu não quero
soar como uma maluca, mas eu precisava que ele entendesse que eu não era uma vadia que
ele pudesse ter pelo caminho.
Eu: Esta noite foi muito divertida, mas somos colegas de trabalho, Ben.
Isso não pode acontecer novamente. OK?
Sua mensagem não fez nada para acalmar meus anseios. O que eu quero? E
por que de repente estava inundada com a decepção?
Capítulo 07
Emmy
Sentei-me à mesa em sua suíte e ela se inclinou sobre o meu ombro, como se
supervisionar minhas habilidades de digitação fosse uma necessidade. Eu estava criando
um novo portfolio para Ben, que incluiu um par de suas fotos mais recentes. Fiona iria
compartilhar isso com a empresa de perfumes que estava pensando em fazer dele o seu
garoto propaganda. Abri a foto de sua sessão Calvin Klein. Ben estava apenas de cuecas,
um par de sortudas cuecas boxer cinza que o abraçava em todos os lugares certos. Estendi
a mão para o mouse para clicar para a próxima foto, mas as garras de Fiona pegaram minha
mão.
Olhei para ela com o canto do meu olho. Puxa, babando assim? Era Ben de
cueca, eu entendia isso, mas cale-se.
Eu passei a mão no meu rosto. Eu não tinha ouvido falar de Ben desde o
nosso encontro em meu quarto de hotel e nossas mensagens de texto subsequentes,
quando eu lhe disse que aquilo era uma coisa de uma só vez. Eu não sabia se isso era bom
ou ruim. Supermodelos provavelmente não estavam habituados à palavra não.
Minha última mensagem a ele passava pela minha cabeça em repetição. Ele
parecia ter levado a sério, mas o que eu esperava? Eu queria que ele discutisse comigo? Me
segurasse e fizesse amor comigo? A visão me fez tremer.
Eu chequei meu telefone para mensagens. Nada. Era hora de me preparar para
o coquetel de hoje à noite, de qualquer maneira. Pedi licença e sai do quarto de Fiona e fiz
meu caminho para tomar banho no andar de baixo, lutando contra os sentimentos de
decepção e dor.
Ben
Eu estava sob o jato áspero de água, deixando-o lavar a maquiagem das fotos.
Tinha sido um dia cansativo. Henri, o fotógrafo, era conhecido por favorecer um estilo
saltitante em suas fotos. Ele gostava de capturar seus objetivos meio pulando para evocar
uma sensação de movimento, então eu passei várias horas pulando no ar, empurrando meu
corpo em várias posições e ângulos, mantendo meu rosto neutro e me certificando que as
roupas e meu cabelo permaneciam no lugar. Momentos divertidos.
Emmy não era de nenhum dos dois tipos. Sua autoconfiança não era tão
robusta como provavelmente deveria ser, eu sentia que um pouco disso era por causa dos
insultos lançados por Fiona. Mas, principalmente, eu estava atraído por sua incrível
capacidade de me manter adivinhando.
Desde que eu tive certeza que me foder não era o número um em sua agenda,
seu comportamento me confundiu. Ela era sedutora e sexy nas mensagens, educada e
profissional no trabalho. Distante, mesmo.
Se eu tivesse que colocar o dedo nisso, eu diria que ela estava mais interessada
em sermos amigos. E mesmo eu pudesse ter pensado que tê-la como amiga, era uma boa
ideia inicialmente, eu realmente não tinha amigos. Certamente não amigos com quem eu
queria transar. Muito.
Eu nunca tive que trabalhar para conseguir uma garota em minha cama. O
pensamento era quase risível. Quase. Se minhas bolas não estivessem doendo fudidamente
com a espera, seria engraçado. Mas não era. Eu precisava tê-la.
Depois de vários minutos, eu relutantemente desliguei a água e saí do chuveiro
com box de vidro. Enrolei uma toalha em torno de meus quadris, lançando outra sobre
meus ombros. Entrando no quarto, eu esfreguei a toalha no meu rosto, mas a sensação de
que eu não estava sozinho me fez puxar a toalha. Fiona estava sentada na beira da minha
cama com um sorriso largo e arrogante.
— Você foi brilhante hoje. — Seus olhos percorreram meu peito nu, antes de
percorrer o resto de mim.
— Obrigado.
— Amor... — Ela sussurrou. Sua voz era uma súplica desesperada, cheia de
saudade.
— Estou cansado, Fiona. — Tirei as mãos dela que estavam acariciando meu
abdômen e me virei para encará-la.
O olhar nublado dela caiu quando ela fixou o olhar no meu. — Claro. Você
trabalhou duro hoje. Jantar está a caminho e, em seguida, posso dar-lhe uma massagem.
Vamos ver se podemos colocá-lo para dormir esta noite. — Ela ofereceu um sorriso fraco.
Claro, agora com vinte e dois anos, quase vinte e três anos, eu já me sentia
cansado. Estar sozinho era apenas mais fácil. Eu nunca tive uma namorada, nunca quis
uma. E estava claro que Fiona não aceitaria bem a ideia. Não que isso deveria me
incomodar, mas aconteceu de alguma forma.
Nós terminamos nossa refeição e Fiona removeu os pratos, colocando-os do
lado de fora para serem pegos mais tarde. — Devo pegar suas pílulas? — Ela perguntou.
— Claro.
Uma massagem parecia celestial, mas eu tinha outros planos para esta noite. —
Não, está tudo bem. — Eu não queria diretamente pedir a ela para sair, mas eu o faria se
ela não entendesse minhas dicas sutis.
— Claro.
Eram quase dez e eu me perguntava se Emmy estava dormindo. Ela havia dito
antes que eu podia lhe enviar mensagens se eu não conseguisse dormir. Gostaria de saber
se essa oferta ainda estava de pé, já que ela também me disse que precisávamos manter as
coisas no plano profissional a partir de agora. Infelizmente eu não tinha planos de deixar
isso acontecer.
Emmy: oiiiii
Espertinha. Essa menina me fazia sorrir. Ela não andava na ponta dos pés em
torno de mim por causa de quem eu era e eu gostava disso.
Eu sorri. Ah, sim, ela queria isso. Ela poderia tentar negar e parecer
desinteressada, mas eu sabia a verdade. Eu podia lê-la como um livro.
Eu sabia que era grosseiro, mas algo em mim gostava de insultá-la, queria ver
como ela reagiria. Para minha surpresa, alguns segundos depois, uma foto granulada escura
apareceu. Emmy estava vestida com um top branco que foi puxado para baixo em seu
peito, expondo vários centímetros de seu peito suave e cremoso. Eu queria enfiar minha
cara entre essas belezas e sufocá-los com beijos.
Eu: Menina bonita. Parece que você está deitada na cama. Por que você
não está dormindo?
Emmy: Eu estava pensando em você, na verdade.
Eu: Continue...
Emmy: Ben...
Emmy: :)
Emmy: Bennn...
Eu praticamente podia ouvir o gemido em sua voz, a maneira como ela gemeu
meu nome. Eu gostei.
Eu: Sim. Contanto que você esteja de frente para mim para que eu possa
olhar em seus olhos enquanto eu te foder.
Seria mais divertido ver as reações dela pessoalmente, para ver suas bochechas
tornando-se cor de rosa. Para ver se ela olhava para baixo timidamente ou se era ousada e
me olharia com aqueles lindos olhos cinzentos. Seus olhos eram tão expressivos, tão
abertos. Eu adoraria ver o desejo ultrapassar seus traços, para ver o quanto minhas palavras
a afetavam. Mas, por agora, eu teria de me contentar sabendo que ela estava alguns andares
abaixo de mim, sozinha em seu quarto de hotel, seu batimento cardíaco elevado, e sua
calcinha úmida.
Eu: Não?
Emmy: Ah...
Emmy: Sim.
Porra, isso era sexy. Parte de mim queria dizer a ela para esfregar-se, para ficar
bem e molhada para mim, mas eu não queria pressioná-la demais, rápido demais. Eu não
poderia tê-la se fechando para mim novamente.
Não era uma mentira. Ela estava me fazendo chegar lá. Apenas com o
pensamento de entrar em sua calcinha de novo, tocar suas curvas suaves.
Eu acho que ele tinha que ser cauteloso com fotos como essa. Ele era uma
figura pública depois de tudo, e provavelmente poderia ter problemas. Ele era inteligente.
Eu provavelmente não deveria ter estado tão disposta a mandar-lhe fotos sujas, mas algo
em mim gostava de ser impertinente, gostava de saber que eu estava virando-o.
Emmy: Hmm, muito ruim porque eu estava para lhe enviar uma foto...
Emmy: Tem certeza que você não pode me enviar uma foto?
A troca de mensagens com Ben ficava ainda mais quente sabendo que seu
quarto estava apenas alguns andares acima, e ele poderia me pedir para subir se as coisas
ficassem muito quentes. O que eu diria, então? Como eu poderia responder? Eu diria que
não, é claro. Eu tinha moral. Eu não seria o segredo do meia da noite de alguém. Nem
mesmo Ben Shaw. Porque eu já sabia que não seria tão simples. Não seria a relação física
sem cordas que ele provavelmente estava procurando. Meu coração traquina já estava no
jogo, ostentando uma camisa com seu nome nas costas. Eu estava firme na equipe Ben.
Merda, eu poderia ser a capitã da equipe.
Suas brincadeiras espirituosas, senso de humor, boca suja... Tudo isso estava
somando problemas. Eu precisava manter minha cabeça no lugar. Ben nunca ia ser o meu
namorado. Éramos colegas de trabalho. Bem, eu acho que isso não era totalmente exato.
Ele era um deus. Eu era uma humilde assistente.
Meu coração disparou e minha pele estava quente e toda corada. Não havia
como negar o quão ligada Ben me deixou. Naturalmente, o cérebro era o maior órgão
sexual, e toda essa estimulação mental era como preliminares. Meus mamilos enrugaram e
rasparam contra a minha camisa, sentindo-se ultrassensíveis. A calcinha que eu usava estava
completamente encharcada e irritantemente agrupada contra a minha pele. Eu estava muito
ligada. Eu precisava de alívio. Deslizando uma mão dentro da minha calcinha, eu segurei a
imagem de Ben na minha mente: o seu queixo cinzelado, a boca cheia, os cílios escuros e
olhos castanhos intensos.
Fiona estava em sua terceira taça de champanhe e estava flertando com alguns
dos executivos dos anunciantes para os quais Ben estaria modelando nas próximas
semanas.
Meus olhos caíram para o meu colo, mas eu ainda podia senti-lo me olhando.
Minha pele irrompeu em chamas e meu coração subiu um nível lembrando-se da forma
como a sua boca estava na minha, como os dedos bombearam em mim até que eu gozei.
Segurei a mesa na minha frente só para não cair do meu assento.
O que era para ser uma noite casual, Fiona transformou numa oportunidade de
promoção para vender Ben. Ela puxou uma pilha de novos cartões de amostra e passou-os
sobre a mesa. Ben sorriu e respondeu a perguntas, transformando-se num encanto como
Fiona esperava. Mas eu poderia dizer que ele não estava feliz. Eu me encontrei
perguntando se ele já tinha tido um dia de folga, apenas tempo para si mesmo, em vez de
ser o modelo que todos clamavam.
Eu sabia que não deveria, mas eu me senti mal por ele. Ele era lindo, rico, bem
viajado, multilíngue, mas eu me senti mal por ele. Um pequeno pedaço de mim se sentia
mal que ele provavelmente não conhecesse os prazeres simples de estar totalmente
despreocupado, capaz de comer o que quisesse. Inferno, comer suficiente comida para até
sentir um desconforto e um aumento do tamanho das calças, eram praticamente a norma
depois de uma boa separação amorosa. Ben provavelmente nunca teve esse luxo.
Ele pegou seu telefone, verificando sua agenda quando eles discutiram as
próximas campanhas. Se ele soubesse que esta noite ia ser sobre trabalho, eu acredito que
ele teria trazido Gunnar.
Fiona se inclinou e sussurrou no ouvido de Ben. Ela tentou manter seus traços
relaxados, olhando nervosamente para os seus convidados, mas Ben não se desculpou pelo
seu olhar chateado.
Fiona estendeu a câmera para mim. — Você pode tirar uma foto de nosso
grupo?
— Nós vamos chamar a garçonete para tirar. Emmy deve estar na foto,
também. — Disse Ben.
O olhar que Fiona atirou nele era puro veneno. Ele deveria saber melhor do
que tentar me defender. — Não usando isso, ela não vai. Pierre, se você assinar conosco,
você pode ter que arranjar um vestido novo para ela.
Tentei não ficar emocional, não deixar Fiona me incomodar. Mas eu estava de
TPM. Muita. E eu sabia que não era uma promessa que eu poderia manter. Eu fui para o
banheiro e me escondi em uma cabine, piscando contra as lágrimas estúpidas que enchiam
meus olhos. Esta era para ser uma grande aventura, trabalhando na agência de elite Status
Models, vivendo numa grande cidade, fazendo algo de mim mesma. Mas eram em
momentos como este que eu sentia falta de casa. Eu sentia falta do cheiro de Tennessee e
grama recém-cortada, domingos preguiçosos prestando atenção ao futebol com o meu pai,
e o fato de que o pessoal da casa não eram supermodelos. Eles dirigiam caminhões
incrustados de lama e usavam jeans furados. E eles não me deixavam perto de um ataque
de pânico com a sua sensualidade, tampouco.
Puxei uma respiração de limpeza em meus pulmões. Eu não deixaria Fiona
vencer. E as coisas com Ben eram... confusas... mas tudo bem. Sim, tudo estaria bem. Eu
alisei o vestido que eu agora desprezava sobre meus quadris e me estudei no espelho. Meu
cabelo castanho tinha ficado escorrido. Meus olhos estavam tingidos de vermelho e eu
estava pálida. Dane-se. Eu saí do banheiro, necessitando que esta noite chegasse ao fim.
Rapidamente.
Ben
Esta noite era para ser uma noite relaxante, e não algum circo onde eu tivesse a
necessidade de me vender para esses executivos idiotas. E Fiona comentando sobre o
vestido da Emmy como se fosse uma porcaria total. Eu lutei para manter minha raiva sob
controle. — Fiona, eu posso ter uma palavra?
Sua boca puxou em uma carranca. — Eu não quero você distraído por algum
caipira.
Mordi, meu queixo tenso. Eu balancei minha cabeça. Eu sabia que precisava
lidar com isso da maneira certa. As coisas com Fiona eram delicadas. Sempre tinham sido.
E o nosso passado era complicado, para dizer o mínimo. Estendi a mão para ela, alisando a
mão para cima e para baixo de seu braço. Seus lábios se curvaram com o contato. Eu sabia
exatamente como deixa-la mansa em minhas mãos. — Eu tenho isso.
— Eu entendi, Fiona. Relaxe, ok? — Voltei, sem esperar pela sua resposta e
caminhei para o banheiro dos homens. Mais cedo ou mais tarde eu iria precisar ter uma
pausa dela.
Emmy
— Tudo bem? — Seus olhos viram muito. Quando ele olhou para mim assim,
eu o senti profundamente dentro do meu corpo. Eu ansiava em saber a intensidade que se
escondia por trás daqueles olhos cor de avelã.
— Está tudo bem. — Ele estendeu a mão para mim e eu dei um passo para
trás, rapidamente limpando meu rosto.
— Não é verdade, você sabe. — Sua voz em comparação era grossa, rouca, e
rolou em cima de mim da maneira mais sensual.
— O quê?
— O que disse Fiona. — Seu olhar baixou, deslizando sobre as minhas curvas.
Me senti contorcendo quando ele olhou para mim daquele jeito, todo escuro e
com fome. Minhas lágrimas secaram e uma nova onda de emoções me bateu. A forma em
que seus olhos vagaram me fez lembrar seu beijo, sua língua quente deslizando contra a
minha, uma mao enterrada em meu cabelo para me puxar para perto, seus textos sujos na
noite passada. Isso tudo era demais.
— O vestido é uma imitação barata. Ela estava certa, Ben. — Eu odiei quão
abatida minha voz soou, mas pouco podia fazer para controlá-la.
Eu queria garantir que ele estava errado, mas de repente eu achei que, sob seu
olhar quente e intenso, com seu corpo magro tão perto do meu, eu tinha esquecido os
melhores pontos de meu argumento. Inferno, eu tinha esquecido meu maldito nome. Seus
olhos deslizaram mais baixo, acariciando meus seios, e um sorriso curvou seus lábios. Meus
seios nunca se sentiram tão cheios e doloridos, tão prontos para serem tocados, lambidos e
beijados.
Preguiçosamente fazendo seus olhos voltarem aos meus, Ben disse: — Deixe-
me te levar de volta. Eu já terminei com a merda de show de Fiona, de qualquer maneira.
Eu balancei a cabeça e permiti que Ben me guiasse de volta para a mesa. Nós
dissemos nossas despedidas e Fiona me lançou um olhar escuro e gelado. Eu mantive meus
olhos baixos, sabendo que ela estava fumaçando. Incrível. Eu teria que lidar com isso
amanhã.
Eu não iria discutir com ele. Agora não. — Depois da noite que eu tive, sim,
por favor. — Eu sabia que provavelmente estava pedindo por problemas ficando a sós
com ele novamente, mas eu me sentia impotente para dizer não.
Ele pegou minha mão, a colocando na curva de seu braço para que ela
descansasse contra suas costelas. Ele estava todo quente, e meu corpo respondeu com um
pequeno estremecimento com o contato. Fazia muito tempo desde que eu tinha estado
com alguém. Meu corpo estava apenas confuso, respondendo ao simples contato de um
homem. Ok, um homem quente. Um homem quente que me trouxe ao orgasmo apenas
com a mão em questão de minutos. Um homem com quem eu tinha fantasiado...
Ben deslizou a chave no leitor de cartões e abriu a porta. Entrei na sala escura,
notando que cheirava como ele: sabão de roupas e o musk de perfume picante. Ele
acendeu a luz, iluminando uma grande sala com uma cama king-size, uma secretária e uma
cadeira na frente de uma grande janela. O quarto dele era maior que o meu.
Ouvi o barulho de vidro e olhei para trás para vê-lo levar dois copos e algumas
garrafas pequenas para a cama. Colocando tudo sobre a mesa de cabeceira, ele inspecionou
as nossas opções. — Podemos ficar super sofisticados hoje à noite e eu posso lhe oferecer
um mix exclusivo de vodka barata e Perrier. Sem gás, é claro.
— Estou dentro.
Ele riu de novo e eu decidi que eu gostava de ouvi-lo rir. Eu precisava ouvir
mais daquele som.
Ben deu de ombros, tomando um gole muito mais equilibrado de sua autoria.
— Pelo menos é de baixa-caloria.
Ele tomou outro gole, continuando a me avaliar por cima da borda do copo.
Eram momentos como este, quando ele ficava todo pensativo e tranquilo, que eu mataria
para saber o que estava passando pela sua mente. Especialmente quando eu estava
envolvida.
— Eu sei. É por isso que estou confuso. — Ele rodou a bebida em seu copo,
tomando outro gole.
Trabalhando ao lado de Fiona por muitos anos havia mexido com sua cabeça.
Assim como os executivos de hoje à noite, todo mundo queria um pedaço dele, um pedaço
desse homem divino.
— Ben, quando te vejo no set e você está cansado ou com fome ou têm baixa
de açúcar no sangue... Minha mãe me criou melhor que isso. Não posso deixar que um
homem passe fome.
Corei irracionalmente. Eu sabia que ele não poderia ler os meus pensamentos,
ou ver o vídeo sujo de mim e ele se repetindo dentro da minha cabeça. — Bem, eu não
tenho um ângulo. — Eu não sabia como responder a ele, e eu certamente não poderia
admitir meus sentimentos, então eu fiz a única coisa que eu podia. Peguei o livro em seu
travesseiro. — O Príncipe, hein? Você é mais do que apenas um rosto bonito. Estou
impressionada. — Minha tentativa desajeitada de uma mudança de tema foi encolhida
dignamente.
Ben pareceu ir com ele, no entanto, um sorriso de satisfação puxou sua boca.
— Eu sei ler. Vamos nos acalmar. — Disse ele secamente, tirando o livro das minhas
mãos.
— Desculpe, eu não quis parecer tão surpresa, mas honestamente, você deve
saber que os modelos geralmente não são conhecidos por sua inteligência. —
Arrependimento imediatamente seguiu o meu pequeno discurso.
O queixo de Ben se contorceu. — Justo. Chato. Mas justo. Nada é pior do que
se apresentar para uma sessão, só para ter um fotógrafo falando comigo como uma criança
pequena.
— Você não acreditaria quantas vezes. Metade deles é apenas arrogante e rude,
e a outra metade age como se quisessem estar nas minhas calças.
Eu ri. — Babacas.
Minha pequena mente depravada de sexo pensou que nós estávamos pulando
na conversa suja até que eu percebi que ele estava abrindo outra minigarrafa de vodka e
estava aguardando a minha resposta. — Oh, com certeza. Posso ir ao banheiro de menina
em primeiro lugar?
Eu não poderia explicar a ele, e muito menos a mim mesma, o que eu estava
fazendo aqui, que não fosse simplesmente ceder à atração de estar perto dele. Ele era lindo,
engraçado e me fazia sentir viva em todos os jeitos. Ok, eu acho que era razão suficiente.
Olhei no espelho quando lavei minhas mãos. Este homem saia com supermodelos. A
menina no espelho não era supermodelo. Eu não era delirante o suficiente para pensar que
poderia se comparar com as mulheres a que ele foi exposto. Cabelo liso castanho, olhos
grandes cinza-azulados, uma boca engraçada que muitas vezes se curvava num sorriso sem
nenhuma razão aparente. Eu era normalmente descrita como bonita. Não que eu já
houvesse me importado antes. Mas, estando em torno de modelos o tempo todo me fez
desejar ter seis metros de altura, com as pernas até minhas axilas e parecer melhor descrita
como exótica. Infelizmente, isso não estava nas cartas. Eu penteei as ondas soltas do meu
cabelo castanho com os dedos. A menina olhando para mim era uma confusão de nervos.
Qual foi o real motivo de Bem, me trazendo aqui? Gostaria de saber se Fiona já se sentiu
insegura. Provavelmente não com seus Louboutins de mil dólares, roupas de grife e a
atenção masculina que ela ganhava com um simples sorriso. Eu desisti e coloquei meus
cabelos indisciplinados para trás das minhas orelhas.
Ben era sexy, rico, e provavelmente tinha meninas tirando suas calcinhas à
esquerda e direita. Sim, eu tenho certeza que ele já teve mais bundas do que um assento
sanitário, yadayadayada. Três garotas, como se... Cale a boca, Emmy. Eu era inteligente,
trabalhadora, e uma boa cozinheira. Se isso era tudo que eu tinha para oferecer, seria o
suficiente ou não. Eu era a garota que ele tinha convidado a voltar para o seu quarto,
caramba.
— Ai está ela. Pensei que eu ia ter que enviar uma equipe de busca. — Ben
tinha retirado sua camisa e estava agora em calças pretas e uma camiseta branca com decote
em V que contrastava com sua pele bronzeada.
Eu tropecei num impasse. Sua cama tinha uma série de brinquedos sexuais -
chicotes, algemas, vibradores, estranhas coisas pequenas de borracha que eu não sabia
nomear e uma grande caixa que estava descartada nas proximidades. — O... o que é tudo
isso?
Ben riu da minha resposta inocente. — Gunnar olha as minhas cartas de fãs e
só me dá o que ele acha que pode ser interessante. Isto veio de uma empresa de brinquedos
sexuais. Eles querem que eu seja o garoto propaganda deles.
— Não planejo isso, não. A garota com quem eu estiver não precisaria de
nenhum brinquedo, então eu não seria um bom advogado para os seus produtos. — Ele
deu uma tapinha na cama ao lado dele. — Venha se sentar. Eu apenas pensei que seria
divertido olhar.
— Ben... Sei que as coisas esquentaram entre nós na outra noite... mas eu não
quero dar-lhe a impressão errada. Eu não sou aquela garota. Eu nunca tive um caso de uma
noite. Eu sou mais do tipo que tem relacionamento sério, um namorado de cada vez. —
agradecendo que minha voz soara calma, eu puxei uma respiração e encontrei seus olhos.
— Isso não vai funcionar para mim. Sinto muito.
Ele me olhou com uma expressão divertida. Ele se inclinou para sussurrar
perto do meu ouvido, seu hálito quente contra a minha pele. — Quando eu quero algo, eu
posso ser muito persuasivo.
Ele esfregou seus lábios contra meu queixo, a boca tão perto que eu podia
sentir a tensão em seu queixo, enquanto ele lutava contra a vontade de me beijar. — Eu
quero foder, Emmy.
— Você —. Olhos escuros de Ben vagaram sobre mim, e as pontas dos dedos
acariciaram meu queixo. — Pare de brincar comigo. Eu quero você. Você não é como as
outras garotas.
Eu sabia que ele podia ver o meu pulso vibrar violentamente contra o meu
pescoço. Eu estava dolorida, distraída e completamente fora do centro. Eu lhe disse que
não, o convenci de que isso não poderia acontecer, mas era tudo que eu conseguia pensar.
Tudo o que eu queria. Eu queria sentir suas mãos grandes e quentes no meu corpo, senti-lo
pressionar aqueles lábios cheios e sensuais sobre a minha pele. Eu queria que seu espesso
comprimento invadisse meu corpo, enquanto ele sussurrava coisas sujas no meu ouvido.
— Eu quero ser claro. — Sua voz caiu mais baixa. — Meu passado é
complicado, meu futuro é incerto, eu viajo o tempo todo, eu me mudo a cada poucos
meses. Mas nós temos isso. Aqui. Agora. Não me negue, baby.
Parte de mim não conseguia nem acreditar que eu estava questionando isso.
Havia pessoas com problemas reais no mundo. Doenças. A fome no mundo. E o meu
maior dilema era ceder ou não ceder ao requintado supermodelo Ben Shaw. Eu deveria ter
me dado uma tapa por me preocupar tanto com isto. Apenas uma vez eu queria fazer o que
eu desejava, ouvir o meu corpo, realizar os meus desejos ocultos em vez de ser a menina
boa, responsável que meus pais criaram. Eu queria sexo quente, suado. Sem compromisso.
Eu queria que este homem tivesse o seu caminho comigo, dominasse meu corpo, me
mostrasse todas as maneiras possíveis de me dar prazer.
Tudo neste homem escorria sex appeal. Sua mandíbula forte, a curva de sua
boca, o conjunto de sua postura, seus olhos possessivos. Seu sorriso desapareceu e ele
estava me observando atentamente.
Ben deixou cair a mão de meu queixo e puxou uma respiração afiada. —
Algum desses interessa você? — Sua mão varreu a cama, indicando a variedade de
brinquedos de grandes dimensões.
Eu ri nervosamente. — Uma dama nunca conta.
Não o deixe ver como você está abalada. Seja confiante. Empurrando meus
ombros para trás para esconder o brilho de calor que percorreu meu núcleo, apontei para
um brinquedo brilhante, roxo e modesto. — Isso daria o truque.
— Eu não estava falando sobre o brinquedo, meu amor. — Seu olhar foi
direto para o meu. Ele pegou um pequeno vibrador prateado, o segurando em sua grande
palma masculina. — Você pode pegar esse emprestado. Não vai me deixar mal. — Sua voz
tinha caído ainda mais baixo e enviou uma onda de desejo por mim.
— Ben? — Minha voz era um murmúrio suave, mas eu quis dizer isso como
um aviso.
Ele me ignorou, movendo o brinquedo, pequeno zumbindo, numa progressão
lenta até minha coxa.
— Shh. Deixe-me fazer você se sentir bem. — Ele empurrou o tecido do meu
vestido para cima, expondo minha calcinha branca e levemente pressionou o brinquedo
contra o tecido já úmido. Segurei seus bíceps como apoio quando o prazer disparou através
de mim.
— Nós não podemos fazer isso. — Eu encontrei a minha voz que, no entanto
parecia trêmula.
— Me deixe fazer você gozar. — Sua voz era crua com a necessidade.
Eu puxei meu lábio inferior em minha boca e mordi. Oh Deus, sim. Eu queria
gozar. Eu precisava da liberação.
Sem esperar pela minha resposta, sua boca quente se fechou sobre a minha. Os
lábios estavam cheios e macios e, ao mesmo tempo, exigentes. Ele beijou meus lábios, meu
pescoço, antes de se afastar para me assistir. Tomou seu tempo, apenas escovando os
lábios com os seus, deixando a antecipação construir enquanto as respirações se
misturavam.
Ele se inclinou sobre mim, me obrigando a deitar sobre a cama. Seu corpo
cobriu o meu, me apertando contra o colchão. Eu senti um dos brinquedos pressionar a
parte inferior das minhas costas, o que só fez o momento mais erótico. Minhas pernas se
moveram em torno de sua cintura, puxando-o para mais perto. Ele soltou um gemido sem
fôlego contra o meu pescoço, fazendo com que os músculos do meu sexo cerrassem
desconfortáveis.
Nós caímos juntos na cama, beijando profundamente. Só meu sutiã
permaneceu no local. Ben enfiou a mão na gaveta da mesa de cabeceira e retirou um pacote
de preservativos. Ele se inclinou para me beijar, enquanto ele rolava um.
— Vem pra cima, vaqueira. — Ele me levantou sobre ele para que meus
joelhos estivessem em ambos os lados de seus quadris. Olhei entre nós onde seu longo
comprimento estava apoiado na barriga, quase alcançando seu umbigo. Engoli uma onda
de nervos, enquanto um sorriso puxou um canto de sua boca. — Apenas pegue o que você
pode aguentar.
Meu doce Jesus, eu já estava fora do meu alcance. Pensei em nossos textos
sensuais e um arrepio quente correu pela minha espinha. Ninguém poderia me ligar da
forma como este homem poderia.
— Bennn... — Seu nome era perfeito para gemer e usei isso a meu favor,
repetindo isso como um mantra a cada vez que atingia o ponto certo.
Suas mãos chegaram por trás de mim, desabotoando meu sutiã, e o removendo
dos meus braços enquanto eu me movia contra ele. Ele se sentou para tomar meu peito em
sua boca, lambendo e chupando quando eu saltava com os nossos movimentos.
Oh.
— Porra, Emmy. Você é tão boa. — Seus olhos estavam escuros, os lábios
entreabertos, e sua respiração rápida. Este homem, que estava sempre no controle perfeito
estava perdendo-o. Para mim. Eu arqueei minhas costas, enquanto o prazer corria através
de mim.
— Esta bucetinha apertada vai me fazer gozar rápido demais. — Seu ritmo
diminuiu, arrastando seu comprimento dentro e fora de mim, lentamente. Ele moveu a
mão entre nós e pressionou o polegar firmemente para o meu clitóris. Eu gritei alto,
movendo os quadris.
Eu amei como ele sabia retardar a quase parar, para que eu desfrutasse
completamente das sensações que floresciam dentro de mim. Minhas paredes apertadas se
agarraram a ele, pulsando e apertando como o prazer explodindo dentro de mim.
— Bennn... — Eu respirava.
Uma vez que me acalmei, o ritmo pegou e ele bombeou em mim várias vezes,
duro e rapidamente. Ele enterrou o rosto em meu pescoço, me beijando suavemente
quando ele gozou. — Emmy...
Eu me afastei do casulo quente de seu corpo. — Ben, nós não podemos fazer
isso... Fiona vai me demitir...
Ele sorriu para mim como se eu fosse uma criança pequena. — Eu posso lidar
com Fiona.
Ele se sentou, a confusão aparente em suas feições. Seus lábios, sempre cheio e
sensual, estavam inchados e ligeiramente rosados, sua respiração ainda era muito rápida. Eu
quase me senti mal por deixá-lo assim. Quase. Até que eu percebi que estava no mesmo
esfarrapado estado. Meu coração estava batendo fudidamente, e eu estava tonta, não do
álcool, mas dele. Ele era inebriante. E, aparentemente, não havia nada entre nós, apenas o
ato físico. Não era o suficiente. Entrei na minha calcinha ainda úmida e deslizei-as em
minhas pernas.
— Tudo bem. — Ele não tentou me parar, e eu não tinha certeza do que isso
significava, mas uma pontada de decepção se estabeleceu em meu peito. Eu puxei meu
vestido no lugar e coloquei meu cabelo atrás da orelha. Ele se levantou da cama e me
acompanhou até a porta. Escapando para os meus sapatos, corri através da porta aberta.
— Emmy? — Sua voz baixa tomou conta de mim de uma forma que era ao
mesmo tempo familiar e inebriante.
— Eu estou bem. Vejo você pela manhã. Seu horário de chamada é oito e
meia. — Eu murmurei ainda fraca e trêmula do nosso encontro erótico.
Nós não tínhamos estado em contato desde que eu cheguei. Eu tinha deixado
seus e-mails sem resposta e sabia que era hora de dar-lhe uma atualização antes que ela
chamasse uma equipe de resgate. Eu me senti um pouco culpada, percebendo que eu nunca
sequer liguei para ela, desde que eu tinha desembarcado. Este telefonema demorou muito
tempo. Ela poderia me ajudar a resolver esta bagunça. Ellie nunca teve nenhum problema
no departamento de caras. Sua aparência era escura e exótica e ela exalava confiança,
suficiente para captar a atenção de qualquer homem. Eu me sentia como um peixe fora
d'água quando se tratava de homens. Especialmente um homem como Ben. Orei para que
ela tivesse algumas respostas para mim. Se eu quisesse sobreviver aos próximos três meses,
eu precisava de ajuda.
Olhando para o relógio, eu percebi que era de tarde em Nova York. Era
provável que Ellie estivesse no trabalho. Mas com um pouco de sorte, eu poderia pegá-la.
— Como está Paris? Como está a megaputa? Eu sinto falta de você! A nova
companheira de apartamento é um pesadelo.
— O nome soa bastante inofensivo. Então, qual é a história com este Ben?
— Ele é a razão de estarmos aqui durante toda a primavera. Ben Shaw. Apenas
olhe no Google. Ele esta meio fora do meu alcance.
— Então, você quer saber como levá-lo a perceber você? — Eu podia ouvir
Ellie digitando - no trabalho, sem dúvida.
— Não. Nós saímos um par de vezes, mas Deus, Ellie, ele é um maldito
supermodelo. Eu gosto dele, mas falando sério, que chance eu tenho?
— Calma, você é tão bonita quanto eles. Ok, por favor, espere, estou
pesquisando o Google agora. Eu preciso de um visual.
Eu ri. Infelizmente, eu sabia exatamente qual foto ela estava olhando. Era uma
das primeiras imagens que surgiam no Google quando você digitava seu nome. — Eu te
disse.
Não havia rodeios com Ellie. Ela sempre dizia exatamente o que estava em sua
mente. É por isso que eu sabia que o seu conselho seria perfeito.
— Sim, mas eu me sinto tão fora do meu elemento. Estou dividida entre
manter as coisas profissionais e tirar minha calcinha toda vez que eu o vejo.
Ela riu profundamente, a risada gutural que eu sentia falta. — Meu voto é
calcinha.
— Ok, bem, se você realmente gosta dele... faça-o esperar por sexo. Caras
gostam de perseguição. Não desista imediatamente.
— Sério, apenas se divirta, garota. Não pense demais nisso. Mesmo que ele seja
um modelo, ele ainda é só um cara.
— Ellie, ele costuma sair com supermodelos. E tenho certeza que ele está
acostumado com meninas se jogando nele à torto e a direito.
— Sim, exatamente, mas isso é exatamente o que você não vai fazer. Não seja
uma de suas groupies, seguindo-o como um cachorrinho perdido. Seja Emmy. Você é
engraçada, legal e real. Se ele gosta de você, ele gosta de você.
— É verdade. Obrigada, querida. — Ela fez parecer tão simples. Eu sabia que
podia contar com Ellie.
Com palavras de Ellie ainda zumbindo na minha cabeça, eu estava pronta para
o trabalho, fingindo uma confiança que eu não sentia. O combo de seis horas de sono e
uma névoa de vodka não ajudava, também. Antecipando ver Ben no set foi um tipo
especial de tortura. Minhas bochechas estavam iluminadas como uma árvore de Natal e eu
pouco podia fazer para escondê-las. As lembranças da noite passada inundaram meus
sentidos. Ben esfregando o brinquedo junto à minha calcinha. Empurrando o seu grande
pau dentro de mim. Me alongando, me enchendo quase ao ponto da dor. Me beijando,
enquanto seus gemidos guturais pontuavam o silêncio. Me lembrei de como ele perdeu o
controle, gemendo meu nome quando gozou. Não era uma memória que eu iria esquecer
tão cedo. Se acontecesse alguma vez.
Ele era, de longe, o melhor amante que já tive. Ele era confiante e seguro.
Extremamente em sintonia com o seu corpo e o meu. Não haveria como esquecer a noite
passada. E era disso que eu tinha mais medo. Eu ficaria para sempre comparando cada um
com Ben. E era exatamente por isso, que eu não deveria ter deixado a noite passada
acontecer. Eu silenciosamente me amaldiçoei. Como eu poderia trabalhar ao lado deste
homem toda a primavera?
Ben olhou para cima, quase como se sentisse minha presença. Ele tinha
arranjado suas pílulas na forma de um rosto sorridente, na mesa em frente a ele.
Felizmente, minha educação fazia efeito e eu nem sequer tinha que pensar. Ele
precisava tomar cuidado. Ele estava de ressaca. Muita vodka na noite passada. E pelo que
parecia, muito pouco sono. Eu pulei no modo de hospitalidade do sul e me dirigi para a
mesa de lanches retornando com um prato de torradas e uma xícara de café preto. Foi a
coisa exata que tinha curado minha ressaca algumas horas antes.
Tanto faz. Ela podia me morder. Fui criada melhor do que isso. Minha mãe
teria um ataque se visse com o que eles estavam alimentando esse homem. Pílulas e
vegetais misturados não eram uma boa refeição.
Ben levantou a fatia de torrada com manteiga à boca. — Eu não deveria ter
isso, você sabe.
Ele me observou encher sua xícara de café, e eu não pude deixar de notar que
havia uma suavidade que eu não tinha visto antes. Essa suavidade era tão sedutora como
seu corpo duro.
Pouco a pouco, Ben estava me deixando entrar. Eu podia sentir que realmente
ele era apenas um cara normal, procurando por uma conexão. O pensamento me puxou.
Todo mundo tomou algo dele. Ninguém deu. Eles queriam fotos, autógrafos, assinaturas,
meninas queriam dormir com ele, Gunnar estava morrendo para transformá-lo em gay,
mas ninguém se apresentou para lhe dar abnegadamente a aceitação simples que ele
ansiava. Eu não sabia por que, mas meu cuidado com ele nesta manhã era um gesto maior
para ele, do que ficar nua em sua cama na noite passada.
Ele queria ser apenas... não ser o Ben Shaw, o homem, a lenda. Deve ter sido
isso o que ele estava tentando me dizer na noite passada. Talvez eu tivesse uma chance
com ele, afinal. Ou eu teria muito mais vodka com água e acredite, eu queria.
Mamã adoraria nada mais para mim do que eu me estabelecer com um cara
legal. Ela me lembrava disso cada vez que nós conversávamos. O que ela não compreendia
era que todos os caras legais que eu encontrava eram muito chatos. Isso me fez querer
experimentar algo diferente, algo novo e excitante. Caras agradáveis nunca deixavam meu
pulso acelerado com um texto sexy, ou usavam um brinquedo em mim até que eu estivesse
implorando para ser fodida. As lembranças da noite passada se recusavam a desaparecer.
Talvez nunca desapareceriam, eu tinha certeza. Visões de nossos corpos se movendo
juntos contra os lençóis, dançavam por minha mente, enquanto eu tentava me distrair
olhando para Ben.
Basta agir normal, Emmy. Vasculhei minha bolsa e lhe entreguei duas novas
pílulas para adicionar à sua coleção. Analgésico. — Aqui. Tome isso. Então vá fazer fotos
bonitas.
Eu olhei para baixo, incapaz de lidar com toda a força do sorriso megawatt que
ele usou só para mim. Me obriguei a encontrar algo para fazer, enquanto Ben estava
cuidando de seu cabelo e maquiagem.
Seu olhar penetrante permaneceu nos meus. Mel morno com manchas de
verde musgo. — Podemos conversar? — Sua voz era baixa e atada com preocupação.
Eu balancei a cabeça. — Claro.
Sua mão capturou meu pulso e ele me rebocou ao virar a esquina, fora da vista
da equipe. Eu peguei os olhos de Fiona, que se concentraram na mão de Ben em mim e
estreitaram.
Depois de Ben me levar para atrás do grande set, estávamos a apenas alguns
centímetros de distância. Sua mão permaneceu no meu pulso, os dedos pressionando
levemente a pele. Meu pulso estava vibrando com o contato, meu corpo respondeu
instantaneamente.
Sua voz se suavizou, — Eu agradeço por isso. — Ben deu um passo mais
perto e calor correu pela minha espinha. — Emmy, sobre a noite passada...
Sua mandíbula se apertou. — Você sente por que você correu de mim ou por
que isso aconteceu?
Ele acariciou meu rosto levemente com a mão livre. — Coisas como essa
acontecem na estrada, Emmy. Isso não faz de você uma pessoa ruim.
Agora eu me sentia como uma idiota ainda maior. Embriagada eu dormi com o
homem uma vez, e de repente eu estava agindo como se estivéssemos namorando.
Controle-se. — Foi divertido, certo? — Tentei uma postura mais alegre.
Ele sorriu seu sorriso de cair calcinha ao qual eu tinha ficado tão afeiçoada.
Seus olhos castanhos brilhantes queimavam intensamente, manchas de fundo verde
brilhando na luz. — Diga-me o que você realmente quer.
Ele deu um passo para mais perto, as pontas dos dedos caindo longe de meu
queixo enquanto ele me estudou de perto. Eu estava apavorada por ele ver como eu
realmente me sentia. Isso não era um pouco de diversão e aventura entre amigos que
transavam devido à conveniência de uma situação de vida estreita, como ele tinha deixado
implícito. Eu estava desenvolvendo sentimentos reais. Eu queria conhecê-lo, o real dele. Eu
queria sair em passeios românticos ao redor da cidade, relaxar na cama em seus braços,
aprender tudo sobre os muitos lados desse homem.
Nós três fizemos o nosso caminho de volta para o set num acordo silencioso.
O fotógrafo estava esperando por Ben, uma DSLR que provavelmente custava mais do que
um carro pequeno, estava pendurada em seu pescoço. Ele fez um sinal para Ben.
Uma vez que eles estavam prontos novamente, o fotógrafo dirigiu Ben muito
pouco. Ele sabia como se movimentar para a câmera, segurando cada pose para alguns
cliques, em seguida, virando, inclinando o queixo ligeiramente, fazendo beicinho com sua
boca, colocando as mãos na cintura, em seu cabelo. Ele sabia como trabalhar a câmera. A
única coisa que se manteve constante, apesar de seus movimentos era o seu olhar mortal,
olhando diretamente para a câmera. Aqueles olhos castanhos queimavam tão intensamente.
Um calafrio correu em minha espinha, quando me lembrei de quão escuros e famintos os
seus olhos pareciam quando ele esfregou o brinquedo contra minha calcinha na noite
passada.
Os anúncios dos jeans de grife que abraçavam Ben em todos os lugares certos
estariam em outdoors e em revistas no outono. Me senti como uma garota legal que tinha
conseguido dar uma espiadinha na ação por trás das cenas.
Cada inclinação de sua mandíbula, cada flexão de seus braços, parecia sexual
para mim, um gesto silencioso. Eu suprimi um arrepio quente. As coisas que ele poderia
fazer ao meu corpo sem colocar um dedo em mim me assustaram. Este homem era
devastador para o meu sistema.
Se ele soubesse... Minha calcinha estava prestes a pegar fogo. Juro por Deus, eu
estava em perigo de incêndio. Ben precisava parar de me olhar assim. Seus olhos vagaram
pelo comprimento do meu corpo, e eu perdi todo o interesse que tinha em nos manter
afastados. Meu corpo queria muito isso. Ansiava por ele. Como um viciado precisando de
droga.
Tomei consciência de Fiona ao meu lado, sua postura rígida e agourenta. Ela
sabia que Ben estava me observando. — Não babe, querida. — Ela advertiu, sua voz cheia
de sarcasmo.
Eu fechei minha boca com força. Opa. Eu acho que estava olhando de boca
aberta para ele, e minha respiração estava muito rápida. Eu estava grata por ela não poder
conhecer os pensamentos correndo pela minha mente, o bombeamento de sangue ao sul,
fazendo minhas partes femininas pulsarem.
— Ele está indo muito bem. — Eu comentei do meu lugar. Mesmo a minha
voz me traindo, soando rouca.
Eu balancei a cabeça. Sua advertência era ridícula. Não era? Ela não podia
realmente achar que Ben estava interessado em mim, poderia? Mas Fiona, obviamente,
sabia bem, trabalhando ao lado dele nos últimos quatro anos.
Ouvi-o se queixar sobre o ultimo cara que estava vendo, enquanto mordiscava
o pão ainda quente, crocante e coberto com quantidades generosas de manteiga.
Nós estávamos no nosso segundo copo de vinho e eu ainda não tinha certeza
sobre abordá-lo para obter informações sobre Ben. Eu não queria dar nada e não queria
que ele soubesse que eu tinha começado a vê-lo intimamente.
— O que está em sua mente? — Ele sorriu para mim. — Você se parece com
o gato que pegou o rato, querida. Desembuche.
Certo. Tanta coisa para ser discreta. Eu era tão óbvia? — Não é nada. Eu só...
Eu estou meio que vendo alguém. Isso ainda é muito novo.
Eu quase cuspi meu vinho. Eu sabia que a circuncisão não era comum em
homens europeus, mas caramba. Isto era realmente a nossa conversa na hora do almoço?
— Ele foi... uh... não importa. — Eu sorri educadamente. Eu não estava dizendo a ele que
Ben era circuncidado. Senhor.
Gunnar riu. — Ele foi cortado... hmm, então ele não é um local. — Ele se
inclinou para frente sobre os cotovelos, com os olhos arregalados. — Puta merda, não é
um dos nossos meninos, não é?
Deus sabia que eu não poderia dizer uma mentira para salvar a minha vida. —
Sem comentários.
Merda. Isso não era bom. Havia apenas alguns modelos que viajaram conosco
para Paris. — Talvez.
— Como? — Eu soltei.
Ele riu com facilidade, inclinando a cabeça para trás. — Um, você acabou de
admitir isso. Dois, ele é hetero, infelizmente para mim. E três, eu vi o jeito que você olha
para ele.
Droga. Eu era tão óbvia? — Não diga nada, Gunnar. Isto ainda é novo, e eu
não sei onde está indo. — Cidade Desastre, é aonde vai.
Ele tomou outro gole pensativo de seu vinho. — Eu não gosto disso, Emmy.
— Ele franziu a testa.
Ele estendeu a mão sobre a mesa e pegou minha mão. — Você é uma garota
doce e saudável e ele tem mais problemas do que a Vogue, querida.
Meu estômago se virou, o vinho que eu tinha consumido remexeu. Como isso
poderia acabar bem? Talvez Gunnar estivesse certo. Eu precisava ser cuidadosa, manter
meu juízo sobre mim. Claro, tudo o que eu queria fazer era rastejar de volta para a cama de
Ben. Merda.
Quatro: o número de dias desde que eu tinha visto Ben.
Um: o número de vezes que eu tinha feito a mim mesma gozar, enquanto
gemia seu nome. Isso seria um hábito perigoso para entrar. Eu não poderia tê-lo correndo
em círculos na minha cabeça o dia todo e possuir todos os meus orgasmos. Eu precisava de
algo dentro do meu controle.
Não havia nada tão solitário como rastejar para a cama sozinha a quatro mil
milhas de casa. Minhas pernas estavam inquietas debaixo dos lençóis, meus membros
doloridos com a necessidade de fazer alguma coisa. Um bom treino no colchão daria o
truque.
— Vou ficar passada se você me disser que você dormiu com ele. —Disse ela.
— O quê?— Ela gritou ao telefone, me fazendo rir ainda mais. —Puta merda,
Emmy. Detalhes, imediatamente.
— Ellie — Eu ri novamente.
Deixei escapar um suspiro. Ela fazia parecer tão fácil. — Ele é difícil de não se
apaixonar, Ellie. Ele é lindo, inteligente, engraçado, atencioso, incrível na cama... — A lista
continuou. Oh, e, aparentemente, ele tinha mais problemas do que Vogue - de acordo com
Gunnar.
— Ah. Eu vejo. Escute bem, menina. Não há nenhuma razão que você não
seja a única no controle. Isto não é sobre o amor, ou se amarrar. Você acha que qualquer
homem no planeta pensaria duas vezes antes de se envolver em algum sexo sem amarras
com uma supermodelo? Claro que não. Qualquer homem encararia isso. Pegaria e depois
largaria. Pense como um homem, Emmy. Pense com seu pau.
Eu ri de novo com sua escolha de palavras. Foda entre amigos com Ben Shaw,
eu poderia fazer isso.
Olhei para o relógio. Quase meia-noite. Eu não sabia que era seu aniversário
amanhã, hoje, o que fosse. Sorri para a imagem dele deitado na cama, sozinho, vários
andares acima, se sentindo sozinho e apenas precisando de alguém que soubesse que era
seu aniversário. Eu gostava que eu fosse a pessoa que ele procurou. Eu esperei até que o
relógio mudasse à meia-noite, em seguida, mandei uma mensagem de volta.
Ben: Obrigado, linda. Você deve vir para o meu jantar de aniversário
amanhã à noite.
Uma vez que a banheira estava cheia, eu entrei na água fumegante e afundei,
submergindo nas bolhas perfumadas. Eu ensaboei cada parte do meu corpo, esfoliando
cada centímetro, e raspei todo fio de pelo até que eu estava depilada. Eu lavei e condicionei
o meu cabelo, e fiz com que tudo estivesse limpo, limpo. Por mais que eu me dissesse que
não poderia estar com Ben novamente, eu não confiava em meu corpo não me trair.
Uma onda estridente do riso acentuado de Fiona chamou minha atenção. Ela,
Ben, e alguns outros que eu não reconhecia estavam na extremidade do bar. Ben parecia
ótimo com escuras calças cinzentas feitas sob medida e uma camisa de botão enrolada até
os cotovelos, mostrando aqueles antebraços sensuais e grossos percorridos com veias. Sua
camisa estava aberta no colarinho e as memórias de inalar a pele em seu pescoço dançaram
pela minha mente. Fiona me viu do outro lado do bar e sua boca puxou numa linha
apertada. O sorriso de Ben caiu com a súbita mudança no humor de Fiona e seu olhar se
levantou para encontrar o meu.
Ben me puxou para perto, envolvendo seus braços em volta de mim, e todos
os medos que eu tinha caíram. Ele me queria aqui. Fiona poderia engolir aquilo.
— Oi, Fiona. — Eu dei-lhe um sorriso cordial. Eu sabia que ela não era minha
maior fã, mas podemos pelo menos tentar ser civilizadas sobre as coisas.
Quando voltei ao grupo, Fiona maliciosamente sorriu para mim. — Você sabe
quantas calorias estão ai, querida?
—É claro, amor.
Eu sabia que não deveria, mas eu escorreguei para longe do grupo e fui atrás
deles. Em que universo isso era bom? Devo ter caído como um bebê. Mas se isso era sobre
mim, eu precisava saber.
— Nós não estamos curando o câncer, Fiona, pare de ser tão séria. — Disse
Ben.
— Eu estou sempre séria, onde você estiver envolvido. — Fiona voltou, com a
voz tensa.
Fiona soltou um suspiro pesado. — Eu acho que você sabe. — Ela hesitou por
um momento, o silêncio caiu sobre eles, enquanto meu pulso zumbia em meus ouvidos. —
Você não veio me ver recentemente... É sobre ela? — Sua voz assumiu um apelo choroso.
— Eu disse a você que estava acabado. Isso não tem nada a ver com Emmy.
Puta merda. O que esta conversa tinha a ver comigo? E por que minha espinha
formigou como se houvesse algo grande que estava faltando aqui?
— Amor, se você quiser sexo de aniversário, tudo que você tem a fazer é pedir,
— A voz com sotaque de Fiona sussurrou.
— Você tem planos com alguma menina mais tarde? — Perguntou Fiona.
— Eu estou bem.
Ele respirou fundo e pegou minha mão. — Nossa mesa está pronta. Vamos.
Ben se sentou entre mim e Fiona, o que foi bom, porque eu não estava acima
de colocar meleca em sua comida, tendo a oportunidade. O Senhor sabe que ela merecia.
Ela se inclinou sobre ele, leu o menu e apontou coisas que ele poderia gostar, o que me
incomodou de maneira sem fim. Ele pediu a salada niçoise. Eu me perguntei se ele já havia
comido o que realmente queria. Parecia que no seu aniversário era um dia em que você
deveria ter o direito de fazer o que quiser. Tenho certeza como o inferno que não iria pedir
uma salada no meu aniversário.
Mudei para água com gás no final do jantar. Eu queria estar lúcida para mais
tarde. Eu não sabia se ia ficar qualquer tempo a sós com Ben. Mas se ficasse, queria estar
pensando claramente. Eu precisava saber o que estava acontecendo entre nós. Nublar
minha cabeça com álcool provavelmente não ajudaria em nada. E eu não queria ver Fiona
tendo um enfarte na mesa se eu pedisse outra cerveja.
Ben assentiu.
Ben fez uma careta, como se soubesse a história que ela estava prestes a contar.
Eu lhe dei algo, ou melhor, fiz alguma coisa. Era de mau gosto aparecer numa
festa de aniversário com as mãos vazias, mas não havia nenhuma maneira que eu me
envergonhasse por sacar um presente caseiro entre esta extravagância. Ele iria ficar
dobrado em minha bolsa. Muito obrigada.
Fiona embalou os presentes de volta no saco e pediu ao restaurante se algum
concierge poderia entregá-los no hotel. Foi incrível ver como ela era realmente capaz de
fazer seus próprios arranjos.
Depois do jantar, o café foi servido, mas não houve sobremesa. O que era uma
festa de aniversário sem bolo? Ben parecia entediado, às lágrimas. Eu precisava resgatá-lo.
Inclinei-me mais perto. — Sem bolo em seu aniversário? Isso é praticamente um crime.
— Autorizado? — Eu não era dessas de sem glúten, tudo orgânico, dias livres,
ou vegan. Eu gostava de alimentos. Eu sempre comi muito deles. Processe-me. —
Precisamos de bolo. — Eu empurrei minha cadeira para trás da mesa e peguei minha bolsa.
— Obrigada pelo jantar. — Eu disse a Fiona. Então agarrei a mão de Ben. — Vamos.
Ele deu de ombros. — Sim, se estiver tudo bem com todos vocês. — Ele
dirigiu a pergunta para a mesa.
Gênio.
Uma vez que estávamos em seguranç,a fora do restaurante, Ben apertou minha
mão, entrelaçando os dedos entre os meus, sua boca se contorcendo num sorriso. — Ufa.
Obrigado por me salvar.
Eu sorri para ele, me sentindo como um gênio absoluto, e apertei sua mão.
Nós arriscamos no bar/restaurante dentro do lobby do nosso hotel, deslizei
numa cabine isolada, e ordenei dois copos de champanhe espumante.
— Sério?— Ben sorriu para mim. — Certeza que você pode lidar com tudo
isso, querida?
Eu estava prestes a argumentar que era seu aniversário e ele devia fazer as
honras da casa, mas a sua expressão severa não deixou espaço para discussão. Eu aceitei a
colher oferecida e cavei o bolo denso. Minha mordida favorita, o pequeno pedaço
triangular a partir da ponta. Os olhos de Ben seguiram meus movimentos, observando
como a minha boca fechava em torno da colher.
— Mmm... — Eu gemi, deixando a minha cabeça cair para trás. Seus olhos se
arregalaram e ele visivelmente engoliu.
Sorri com o elogio, feliz porque tinha tido a coragem de salvá-lo. — Eu tenho
uma coisa, bom, te fiz uma coisa.
Ben arrancou o papel e sorriu quando viu o disco de prata com a minha escrita
bagunçada, rabiscada no marcador preto: Garoto Aniversariante. Peguei um monte de
gravações sexy, músicas que eu estava esperando que ele não tivesse ouvido antes, da
mistura eclética de música no meu laptop.
— De nada. — Murmurei. Por quê minha voz tinha ficado toda rouca e baixa,
eu não sabia.
— Vamos sair daqui. — Seu tom deixou pouco espaço para discussão. Mas
não era isso o que eu queria? Eu queria me sentir desejada e sexy, me perder neste homem.
Uma vez dentro do elevador, Ben não deixou dúvidas para onde estávamos
indo. Ele apertou o botão para o piso, em seguida, se virou para mim, me prendendo com
os braços contra a parede. Ele baixou a cabeça para inalar o cheiro do meu pescoço,
enviando uma onda de prazer que formigou pelo meu corpo.
— Suba comigo. — Ele rosnou, seu hálito quente derramando sobre a curva
de meu queixo. Meu pulso martelou na minha garganta, onde seus lábios pairaram.
Eu não respondi - não podia. Meu corpo queria isso. Meu cérebro não tinha
tanta certeza. O que havia entre ele e Fiona era uma preocupação definitiva. Uma vez que
ele terminasse comigo, seria como um canção da Taylor Swift - cidade do coração partido.
Nenhuma quantidade de sorvete ou vodka iria me animar. Será que eu perderia meu
emprego, também?
Ben se afastou e fitou meus olhos, as pontas dos dedos alisando as linhas de
pensamento gravado em minha testa. — Hey, — sua voz era toda suave e doce. — Pare de
lutar contra isto.
Fácil para ele dizer. Eu engoli o caroço formado na minha garganta. — Eu não
faço essa coisa de sexo casual.
Por que eu tinha feito isso? Eu estava embriagada pelo álcool, e humilhada
porque deixei as coisas irem tão longe. Eu sabia que meu coração já estava envolvido, e que
era mais seguro e mais fácil fugir do que enfrentar uma estranha discussão pós-sexo. —
Ben, o que eu deveria pensar? Você é você... e eu sou eu...
Confusão se fixou em suas feições e sua boca puxou numa linha apertada, mas
ele permaneceu em silêncio.
O elevador parou e ele fez sinal para eu sair, quando as portas se abriram.
Caminhamos para o quarto em silêncio.
Ele balançou a cabeça e levou minha mão à sua boca. — Passe a noite comigo.
Suas mãos circularam minha cintura, me puxando para mais perto. — Boa
menina. E desta vez eu tenho que provar sua buceta doce.
Virei rosa brilhante e meus joelhos tremeram. Eu apoiei minhas mãos contra
seus ombros, precisando de algo resistente para me agarrar. Eu concordei, balancei a
cabeça, completamente perdida e apaixonada. Apaixonada por este belo homem cujos
olhos castanhos e profundos estavam olhando os meus.
Mãos macias acariciaram minha mandíbula. — Eu sei, linda. Pare de supor que
você sabe o que eu quero. Eu nunca tive uma garota como você. Suave... — Seu polegar
acariciou minha bochecha. — Doce... — Seus lábios pressionados sobre os meus. — E do
sul... — Sua mão encontrou a minha bunda e ele apertou, me puxando para mais perto. —
Deixe-me fazer isso. Deixe-me ter você, Emmy.
Abri os olhos e assenti. Ele poderia ter tudo o que quisesse, desde que ele me
tocasse em breve. Meus joelhos eram geleia e meus mamilos estavam duros e formigando.
— Só se eu puder ter você, também.
— Você pode ter o que quiser. — Seu tom era tão solene, tão sincero, eu
acreditei nele.
Com uma súbita explosão de confiança, que eu poderia ter este homem, eu caí
de joelhos na frente dele. Eu precisava consumi-lo, possuí-lo. Eu lutei com o cinto e o
botão, e então abri seu zíper. Suas mãos se mantiveram ao seu lado, e quando meus olhos
foram ver os seus, um sorriso brincalhão estava puxando seus lábios. A protuberância
crescendo em sua calça provou que ele não estava tão calmo e controlado como sua
expressão demonstrava.
Ao vê-lo acima, tão perto e pessoal era muito íntimo, eu esfreguei o nariz e a
boca contra sua carne, respirando seu perfume. Ele cheirava tão bem. Um traço de sabão e
almíscar. Todo homem. Eu queria mais. Me movendo para mais baixo, eu pressionei beijos
carinhosos ao longo de seu comprimento e o ouviu sugar uma respiração.
Eu podia senti-lo me olhando. Saber que ele estava olhando para mim só
aumentou meu desejo e eu o lambia e chupava, enquanto tentava levá-lo mais profundo.
Seus quadris empurraram para frente quando ele invadiu minha boca, e minhas mãos foram
acariciar seu pênis inchado e suas bolas.
Era uma coisa poderosa, agradá-lo assim, estar no controle de seu prazer.
Enfiei minha boca para baixo em torno de seu pênis, levando-o todo o caminho até o
fundo da minha garganta. Seu comprimento grande acertou minhas amídalas e eu
engasguei, salivando em torno dele. Ben gemeu e seus joelhos ficaram duros. Eu sabia que
tinha feito a coisa certa. Eu adorava aprender o que ele gostava. Se ele não ia me dizer,
cabia a mim descobrir. E, aparentemente, ele gostava de profundidade. Continuei
chupando-o, não parando até que ele bateu contra a traseira de minha garganta a cada
impulso.
— Sim baby, porra. — Suas mãos enfiadas pelo meu cabelo, me puxando para
mais perto. Um baixo gemido escapou do fundo de sua garganta, um som cru e primitivo.
Uma corrida de endorfinas bateu no meu sangue e eu apertei meu alcance em torno dele,
precisando dele mais perto, querendo-o dentro de mim. Deixei seu pau cair livre da minha
boca e me levantei sobre os pés trêmulos. Suas mãos grandes embalaram meu queixo, e ele
me beijou profundamente, sua língua flertando com a minha.
— Ben...
— Qualquer coisa que você quiser... — Ele respirou contra a minha boca.
Eu não tinha ideia de como pedir o que eu queria, então ao invés disso, eu o
beijei de novo, que era a única coisa que eu me sentia confiante. Sua respiração estava
acelerada como a minha, então eu me senti confortada por não estar sozinha na loucura
que sobrecarregava meu sistema.
Sua voz profunda, sexy causou arrepios, correndo pela minha espinha,
enquanto eu lutava para me controlar. Seus dedos passando em toda a minha barriga,
iluminando minhas terminações nervosas e fazendo meu pulso acelerar como se estivesse
numa corrida.
— Eu não quero usar preservativo. Eu quero sentir você. Eu estou limpo.
Você está tomando pílula?
— Me diga o que você quer. — Seus lábios roçavam os meus, enquanto ele
falava, nossas testas descansando juntas.
Ele estava falando sério? Eu podia sentir sua ereção me cutucando. — Por
favor.
Seu gemido gutural me enviou uma nova onda de umidade que correu contra
sua carne endurecida. Ele estava me provocando, passando sua masculinidade aveludada
por mim, me fazendo gemer.
— Você quer que foda essa bela buceta, baby? — Ben pressionou sua ponta
dura contra mim sem entrar.
— Sim, por favor. Ben, foda-me. — Como eu sempre parecia acabar pedindo a
ele, eu não tinha ideia, mas este homem me deixava louca de desejo. Eu nunca tinha sido
assim antes, estava fora de controle e desesperada. Ele empurrou contra mim, deslizando
dentro lentamente, deixando seu corpo invadir o meu, até que ele estava profundamente
enterrado dentro de mim. A combinação prazer/dor enviou um gemido saindo da minha
garganta. Segurei seus ombros e ele segurou minha bunda com as mãos, me levantando de
cima para baixo, me fodendo com força e sem piedade.
Nunca fui de falar durante o sexo, mas murmurei seu nome e gemia a cada
curso. Sexo nunca tinha sido tão íntimo antes. Isso era mais do que a partilha de prazer
corporal. O olhar de Ben ficou preso nos meus, enquanto ele lia o meu em cada sugestão,
respondia a todas as minhas necessidades. Eu coloquei a minha mão na parede atrás da
minha cabeça. A mão de Ben embalou a parte de trás da minha cabeça em sua mão.
— Isso está te machucando? — Sem esperar pela minha resposta, ele nos
atravessou pela sala e me jogou em cima da cama.
Eu sorri para ele, a mão de Ben segurou meu rosto, acariciando amorosamente
quando seus olhos encontraram os meus. Eu me sentia bonita. Desejável. Puxando-o pela
mão, o puxei para a cama. Eu precisava dele mais perto.
Depois que ele me livrou, com sucesso, da minha camisa e sutiã, Ben
pressionou contra mim de novo, facilmente entrando em mim, lentamente. Eu envolvi
minhas pernas em volta de sua cintura e segurei, enquanto ele se balançava em mim,
lentamente no início, me deixando ajustar, em seguida, com um ritmo urgente.
Eu o sentia incrível. Grande. Quase muito grande, mas tão prazerosamente.
Me perdi nas sensações: a aspereza de sua mandíbula com a barba por fazer esfregando
meu rosto, seus dedos apertando meus quadris, seu amplo peito áspero contra o meu,
enquanto ele se movia sobre mim.
Uma vez que a nossa respiração tinha voltado ao normal, Ben levantou em um
cotovelo para olhar para baixo em mim. — Oi.
Isso parecia muito confortável e doméstico, partilhar uma pia com ele. Eu
gostei. Eu não pude deixar de notar que seus frascos de comprimidos estavam
perfeitamente alinhados no balcão. Eu queria perguntar sobre eles, mas Ben limpou a boca
e saiu, me dando-me um pouco de privacidade. Todos os tipos de cremes especiais e soros
forravam seu banheiro, mas eu gostava que ele parecesse ser de baixa manutenção. Eu não
acho que eu poderia lidar com um cara que tivesse uma rotina de banheiro mais
desenvolvida do que eu.
Quando voltei para o quarto, Ben tinha desligado as luzes, assim apenas a luz
fraca do abajur iluminou meu caminho para a cama. Ele levantou as cobertas e eu rastejei
ao lado dele. Ele não perdeu tempo me puxando para mais perto, para fazer conchinha,
juntos.
— Você se parece tão bem, — ele murmurou contra o meu pescoço — Tão
suave. Tão quente.
— Hmm?
— Diga-me. — Eu rolei para encará-lo, seus traços pouco visíveis na suave luz.
— Você está bem? Você está doente?
Sua mão quente capturou a minha e apertou. — Eu não quero esconder nada
de você.
Minha frequência cardíaca subiu um nível. Será que ele tem um vício de
pílulas? Ele estaria doente? Eu me preparei para o pior. — Você não vai. Eu estou aqui.
Eu apertei sua mão. — Eu não estou planejando isso. — Eu estava aqui para
os próximos três meses, ou o tempo que essa coisa entre nós durasse. Ele estava
rapidamente entrando na minha pele.
— Eu vou te dizer. Mas é uma conversa para outra hora.
—Você fica fodidamente sexy na parte da manhã. — Ele rosnou com uma voz
áspera de sono.
Eu ri, olhando para ele pressionando beijos suaves ao longo do topo do meu
pé, meus dedos dos pés. Era uma bela maneira de ser acordada. Me senti adorada, bonita, e
muito querida.
Ele manteve seu olhar no meu, o olhar faminto em seus olhos fazia minha
barriga vibrar. Seus dentes roçaram meu peito do pé e o riso morreu em meus lábios,
necessidade encheu o meu sistema quase que instantaneamente. Memórias de ontem à
noite dançaram por minha mente, observando o movimento da boca de Ben sobre a minha
pele. Ele beijou um caminho até a minha perna, pairando brevemente na pele da parte de
trás do meu joelho. Sua respiração fazia cócegas e eu me contorcia na cama, já antecipando
onde ele estava indo.
Ele gentilmente mordeu a carne dentro da minha coxa e meu sexo se apertou.
Empurrando minha camiseta para cima, seu dedos viajaram para minha calcinha e ele a
arrastou para baixo, pelas minhas pernas. Eu puxei a camisa sobre a cabeça e joguei-a ao
lado da cama, enquanto Ben empurrou fora seus boxers. Notei que o relógio marcava sete
e dez. Ele tinha uma sessão às oito.
Ben cumpriu a promessa, de que ele se destacava no oral. Sua boca quente me
cobriu, sugando de leve, rodando sua língua contra a minha carne sensível num padrão
hipnótico. Dentro de minutos, o meu mundo explodiu em prazer e eu me debatia contra
ele, segurando os lençóis em meus punhos quando eu gozei.
Ele se levantou nos joelhos, seus lábios rosa e inchados de seu ataque em
minhas partes femininas. Ele estava fodidamente sexy. Sua mão agarrou sua ereção ansiosa
e ele se acariciou lentamente, continuando a me assistir. Meu corpo ainda estava tremendo
do orgasmo intenso quando Ben se posicionou contra mim e seguiu em frente. Cavei meus
calcanhares em sua bunda, e arqueei as costas, forçando-o mais profundo. Seu
comprimento grosso me invadiu , me separando, me fazendo gemer.
Ele apertou minha bunda, capturando a minha boca com a dele, e me beijou
profundamente, quando ele explodiu dentro de mim.
Ele me olhou, seus olhos varrendo a pele nua do meu ombro, com um olhar
escuro, com uma fome que meu corpo já parecia conhecer. Meu estômago roncou aquele
exato momento, interrompendo o silêncio.
Ben sorriu levemente. — Me desculpe, eu não tenho tempo para levá-la para
um café da manhã adequado.
Ele riu. —Hmm. Eu vou ter que ver de onde você veio em algum momento.
Eu não posso dizer que eu já tive um verdadeiro café da manhã do sul.
— Eu estou com ela há muito tempo. Eu quero ter certeza de que vocês se
dão bem.
Oh, eu estava vendo Ben Shaw agora. O que quer que aconteça com o passar
dos encontros, eu queria saber onde ele estava. Nos estaríamos namorando, eu era
exclusiva? Ellie e eu discutimos sobre isso muitas vezes. Hoje em dia , você tinha caras com
quem você estava falando, vendo, ou saindo casualmente, ou no caso de Ben e eu, tendo
alucinante sexo.com. Mas não me atrevi a perguntar sobre o que era isso entre nós. Porque
vamos ser honestos, se isso era tudo o que tinha para oferecer, eu iria aceitá-lo. Sem
perguntas. Já estava muito envolvida. Eu não conseguia segurar.
Homens como Ben não tinham relações tradicionais. Por toda a minha
pesquisa, nunca, nem uma vez apareceu uma namorada do passado. Talvez ele mantivesse
sua vida privada, privada, mas ainda assim, viajar por todo o mundo não era propício para a
manutenção de um relacionamento saudável. Sem mencionar que ele tinha meninas se
jogando em seus pés numa base diária. Por que ele precisaria se preocupar com namoro?
Ele poderia ter sexo regularmente, sempre que ele quisesse, sem amarras ou quaisquer
dificuldades. Obtendo o leite de graça, minha mãe diria.
Eu não era como ele. Eu sabia que eu ia querer mais. Eu queria tudo - um
namorado dedicado, monogamia, eventual casamento, dois filhos e uma casa no
Tennessee, de preferência perto dos meus pais. Mas eu podia desfrutar disso com Ben e me
preocupar com o meu futuro mais tarde. Eu estava escolhendo viver no aqui e agora. E eu
tinha um homem seminu muito tentador na minha frente. Sem dúvidas sobre isso. Todas
as dúvidas e inseguranças fugiram do meu cérebro.
— Ben, nós devemos apenas manter isso entre nós. Fiona não precisa saber.
Ele me olhava, pensativo, acariciando minha coxa com as pontas dos dedos.
Eu queria dizer a ele para não se preocupar, mas eu gostei que ele estivesse
disposto a contar a ela sobre nós, isso, o que quer que isso fosse. Mas talvez eu estivesse
esperando muito disso. Não era um ato cavalheiresco, um gesto romântico. Ele só não
queria ter que se esgueirar ao redor pelos próximos três meses.
Ben empurrou os fios soltos de cabelo do meu rosto. — E sobre o que você
me perguntou ontem à noite... Vamos falar sobre isso hoje à noite, ok? — A grande mão
quente segurou meu rosto. — Eu não esqueci.
Eu sabia que ele estaria ocupado o dia todo com sessões e reuniões. —Vá, —
Eu o enxotei da cama, sabendo que ele já estava atrasado. — Eu vou sair sozinha.
Ele deu um beijo leve em meus lábios, em seguida, se levantou da cama. Entrei
na minha calcinha e calça jeans, enquanto Ben se dirigiu para o chuveiro. De volta à
realidade.
Capítulo 12
Emmy
Depois de um banho quente quando voltei ao meu quarto e meu café habitual
e croissant, verifiquei meus e-mails. O benefício de Fiona ter uma sala separada, significava
que seu modo usual de comunicação com Post-it, foi reduzido para e-mails. Havia apenas
uma mensagem, enviada à uma da manhã. Merda.
O corredor estava cheio com caras que pareciam ser o elenco de algum show.
Alguns se sentavam no chão, outros estavam em pé, muitos jogavam em seus telefones,
enquanto outros falavam em voz baixa com os caras perto deles.
Vimos vários outros caras sair e caminhar para o grupo de executivos de Yves
Saint Laurent. Eu fiz o meu melhor para passar rapidamente a Fiona os cartões de dados,
enquanto cada sujeito era anunciado. Eu tinha tirado fora dos portfólios naquela manhã e
os arranjado numa pasta, escolhendo os nossos rapazes mais jovens, com características
escuras e olhares intensos, os favoritos de YSL. Por mais que eu me queixasse de Fiona, eu
gostava do meu trabalho e tinha orgulho do que fazia.
John Paul de nossa agência, apenas 19 anos de idade e começando nesta
carreira, neste negócio louco, foi o próximo a sair, vestido para matar em um terno risca de
giz bem adaptado que pareceu feito apenas para ele.
Sua caminhada foi muito exagerada, muito sinuosa em seus quadris. Eu havia
aprendido que a street walk significava andar tão naturalmente como se estivesse na rua,
sem pose, sem as mãos nos quadris. Cada estilista preferia uma caminhada diferente.
Versace era conhecido por querer muita arrogância e atitude, mas, aparentemente, as
pessoas de classe da YSL estavam procurando o discreto. John Paul endireitou os ombros e
caminhou naturalmente para o centro da sala, antes de virar as costas e voltar para trás da
cortina.
Eu não estava esperando que Ben estivesse aqui, mas o assistente de produção
anunciou: — Ben Shaw. — No sotaque francês mais adorável. Meus olhos partiram até a
frente.
Ben saiu de trás da cortina como se fosse dono da sala e percorreu a passarela.
Ele olhou para frente e não fez contato visual com ninguém. Um sorriso puxava meus
lábios. Ele era devastadoramente bonito, equipado da cabeça aos pés nas roupas de grife.
Um casaco de lã cinza cortado para o outono, combinado com calças pretas ajustadas. Oh
wow. Ele era o sexo num palito. Eu não podia acreditar que este era o mesmo homem com
quem eu tinha acabado de compartilhar a cama. O mesmo homem que tinha
sonolentamente se oferecido para me levar para o café da manhã. Ele era a perfeição
absoluta. Ben era um profissional, sua caminhada segura e forte, o olhar lançado para
frente, sem distrações e correto. Ao contrário dos caras que estavam nervosos ou deixavam
seus olhares arremessam para verificar se havia reações, enquanto caminhavam, Ben era
absoluta confiança, olhando para frente e deixando nada ficar em seu caminho.
Comandando. E sexy como o inferno.
Ben: Eu não consigo parar de pensar sobre o quão bom seu gosto é.
Eu: De jeito nenhum! Você vai colocar ambos em apuros. Vá vestir seu
próximo traje.
Ben: Só um pouquinho.
Eu deveria ter digitado não de volta, sendo firme e resoluta, mas em vez disso,
apenas respondi:
—Claro. — Eu saí da minha cadeira, peguei minha bolsa, e fui para atrás da
cortina, pronta para lhe dar um pedaço da minha mente. Esta foi uma pequena manobra
para me levar até ali, e ele estava usando Fiona para consegui-lo. Ele iria nos colocar em
apuros. Eu não sabia se devia estar louca, nervosa, animada ou com tesão.
Quando o vi, ele estava de pé, casualmente, apoiado nas costas, com os olhos
já presos nos meus. Sua sobrancelha arqueou e ele passou seu olhar corajosamente pelo
meu corpo, parando em meu peito. Ele sorriu levemente. Meus músculos sexuais cerraram.
Isso aumentou o tesão. Mas caramba, não poderíamos fazer isso agora. Ele era louco?
— Nunca vai acontecer. — A autoridade fria na voz dele fez meu estômago
sacudir.
Ben
Emmy parecia toda certinha em suas calças cáqui e camisa de botão. Isso me
fez querer bagunçá-la e deixá-la parecendo completamente fodida. Reivindicada. Isto era
meio torcido, eu sei.
Eu realmente nunca pensei que poderia ter uma menina normal. Todas elas me
queriam pela minha persona, o que se via do lado de fora. O supermodelo que elas achavam
que eu era. Eu não me sentia como aquele cara. É por isso que eu gostava de Emmy, ela
parecia ver além disso tudo. Parte disso era o porque eu ia deixá-la entrar, dizer-lhe coisas
sobre mim que eu raramente contei a alguém. As coisas que só Fiona sabia. Eu tinha estado
em torno de mulheres suficientes para saber que a forma como Emmy me afetou era
diferente.
Claro, eu tinha necessidades físicas que eu satisfazia, mas eu nunca fui estúpido
o suficiente para acreditar que era amor, quando elas olharam para mim. Algumas poderiam
professar a sua devoção, jurar que me amavam, mas eu me perguntei se elas poderiam até
mesmo ver além das roupas de grife. Emmy viu através de tudo isso e diretamente para o
meu verdadeiro eu. Ela me nivelou com a sua humanidade, seu realismo. Ela me empurrou
a ser mais aberto, cuidando de mim dentro e fora do set, foi minha defensora,
simplesmente porque era a coisa certa a fazer. Ela tinha uma crença escancarada que o
mundo era um lugar bom e que as pessoas poderiam ser confiáveis. Era refrescante,
especialmente neste negócio. Ela não teria que mudar, simplesmente porque ela conseguiu
um emprego numa indústria onde a aparência era tudo. Pelo que eu tinha visto, ela era o
tipo de permanecer fiel a si mesma. Eu percebi isso com clareza absoluta, eu a respeitava
como o inferno.
Porra.
Eu não trairia sua confiança, fazendo algo sobre o qual ela não tinha certeza.
Ela levava seu trabalho a sério, e agora eu a atrai aqui para o sexo. Merda. Meu tesão teria
que esperar. Desculpe, amigo.
Ela olhou nos meus olhos, com o rosto inundado de alívio. — Sim, — Ela
confirmou. — Mais tarde.
A promessa de mais tarde teria que ser o suficiente para eu me suportar pelas
próximas horas.
Capítulo 13
Emmy
Eram oito horas quando retornei ao hotel, e eu estava exausta. Meu corpo
estava lutando contra esse horário europeu e as exigências ridículas de Fiona que me faziam
correr. Mas a mensagem de Ben dizia para que eu fosse direto para o seu quarto e viesse
com fome.
Quando cheguei à porta, ele deu um beijo suave em meus lábios e me puxou
para dentro.
— E então?
Senti que era um novo lado dele, um mais suave, um Ben doce, eu gostei. Eu
não sabia o que havia mudado entre nós, mas ele estava claramente me permitindo entrar
no seu mundo.
Eu não tinha me dado conta disso antes, mas agora que podia sentir o cheiro
da comida, eu estava faminta. Ben levantou as cúpulas das placas, e minha boca começou a
aguar. Waffles dourados polvilhados com açúcar de confeiteiro e cobertos de um mix de
Berry (morango, amora, framboesa, mirtilo), omeletes fofas com queijo de cabra e
cogumelos regados com azeite de trufas, cortes grossos de presunto e uma salada verde ao
lado. Era tudo, menos o café da manhã desse país, quase demasiadamente agradável e
elegante de comer, mas perfeito.
— Ataque!
— Você não tinha que fazer tudo isso... — Eu queria lembrá-lo de que ele
disse que isso era apenas sexo, mas eu não fiz. Não foi possível.
— Eu preciso de você bem alimentada para o que quero fazer com você esta
noite! — Seus olhos me fitaram.
— Obrigada pelo café da manhã! Não era nada parecido com a comida caseira
de onde eu vim, mas... — Sorri. — Estava delicioso! Você deveria ir até o Tennessee
comigo algum dia.
Os olhos dela me fitaram. Deus, ela era tão doce, que quase me fez sentir mal.
Quase! Mas eu sabia o que queria e os prazeres que poderia dar a ela. Eu não deixaria nada
complicar isso. Se ela estava falando em me levar para casa, para o Tennessee, claramente
nós não estávamos na mesma página sobre o que isso era.
— Isso não quer dizer que seja assim que tem que ser. — Sua voz era baixa e
ela olhou para baixo. Ela queria me desafiar sobre isso, mas parecia relutante em me
empurrar. Ela queria que fosse minha escolha. Mas eu sabia o que eu queria.
Emmy se deteve, seus olhos nos meus, esperando para ver o que mais eu iria
dizer.
Ela apenas piscou para mim, como se quisesse discordar e fosse me dizer que
eu estava errado, que isso poderia funcionar, se apenas tentasse. Mas ela merecia algo
melhor, um namorado adequado que a estimasse e não de um que a escondesse do mundo
em um quarto de hotel.
Ela pegou minha mão e a apertou contra a sua, como se estivesse dizendo:
‗Você está errado’.
Meu coração disparou. Ela olhava para mim como se eu fosse bom e tudo e
alguém que ela quisesse cuidar. Eu não iria afastá-la, desde que ela soubesse o que estava
obtendo e o que não obteria.
— Eu não sei onde estarei vivendo em alguns meses depois daqui. Há uma
constante tentação neste negócio. Não complique isso, Emmy! São dois meses e meio.
Deixe-me ter você!
Ela hesitou.
Deixe-me ter você! As palavras de Ben eram um alerta na minha mente, enquanto
seus olhos expressivos permaneciam cravados nos meus. Eu poderia fazer isso? Poderia
entregar-lhe as chaves do meu corpo e não as do meu coração? Eu percebi com uma
clareza chocante que isso era quem ele era; era como ele tinha sido criado. Ele tinha visto
sua mãe desfilar constantemente com homens, e essa era a norma. Trocando o tempo todo,
confiar apenas em si mesmo. Ele aprendeu a atender suas necessidades físicas com quem
estivesse por perto, nunca ficando muito apegado, sabendo que ele eventualmente iria
seguir em frente.
O olhar decidido em seus olhos, sua crença de que ele era melhor sozinho,
quebrava o meu coração.
Tentei não me ater muito a isso. Ele disse que eram dois meses e meio - apenas
sexo. Mas cada vez que ele dizia ou fazia algo doce, como esse café da manhã, ou se abria
comigo, ou insistia que eu passasse a noite em sua cama, o meu coração ficava confuso. Eu
sabia que isso era estúpido, uma ilusão, mas talvez pudéssemos ter mais. Talvez eu pudesse
mudar a concepção dele sobre o compromisso. Provavelmente era estupidez, mas o meu
cérebro se agarrava a isso de qualquer jeito. Toda garota não deseja um romance de contos
de fadas com o príncipe encantado? Talvez essa fosse a minha chance. Não podia desistir
dele.
— Sempre, linda!
Cada vez que ele me chamava de linda meu coração acelerava. Ele fazia com
que eu ficasse me contorcendo, como se tivesse quinze anos novamente, tentando atrair a
atenção do cara bonito. Felizmente, parecia que eu de alguma forma capturei a sua atenção
e adoração completamente. Seus polegares acariciaram o peito do meu pé e seus olhos
ficaram presos nos meus.
— Isso faz você se sentir bem? — Ele perguntou, apertando os dedos com
firmeza no fundo do meu pé.
Bom não era uma palavra forte o suficiente. Depois de caminhar o dia todo,
isso era o paraíso.
— Vou consultar o dicionário Web, — ele disse. — Terão que adicionar isso
ao dicionário!
Sua brincadeira deveria ser um alívio, mas eu poderia dizer que havia algo mais
em sua mente. Ele continuou esfregando os meus pés por alguns minutos, em silêncio,
antes de colocá-los cuidadosamente sobre a cama para se juntar a mim, de costas contra a
cabeceira da cama. Ele não me olhou nos olhos, apenas ficou olhando para frente.
O eufemismo do ano! Sua mãe era uma celebridade e eles viviam pelo mundo.
Eu sabia que em vez de ir para a escola ele tinha tido um professor particular que viajava
com eles.
— Eu costumava ficar acordado até tarde, minha mãe me deixava com uma
babá, enquanto saía e festejava. Costumava me esforçar para que as minhas pálpebras
ficassem abertas, tentando o meu melhor para ficar acordado. Estava convencido de que
algo ruim iria acontecer se eu adormecesse. Era um medo de infância estúpido, realmente.
Mas eu costumava encontrá-la na parte da manhã e me arrependia de não ter conseguido
ficar para cuidar dela.
Sua infância tinha sido tão diferente da minha! Em vez de dias cheios, subindo
em árvores, caçando sapos e noites acordadas fazendo guerra de travesseiro, Ben vigiava
sua mãe. Isso partia o meu coração. Agora entendia que a intensidade em seus olhos era,
em parte, devido às suas experiências de vida, a cautela de se abrir para um relacionamento.
Mas isso significa algo, se ele estava compartilhando comigo.
Ben respirou fundo e expirou lentamente. Eu dei um aperto suave em sua mão,
lhe pedindo para continuar.
Ele riu, uma profunda e retumbante gargalhada que foi como música para os
meus ouvidos.
Me lembrei do jeito como ele me segurou contra o seu peito, com a sua
respiração profunda e constante, enquanto caía no sono. Era agradável pensar que eu era
algum tipo de cura para sua insônia.
— Obrigado.
Ben
Seu olhar era tão sincero, tão humilde, tão carinhoso que eu não tinha escolha
a não ser me abrir e lhe contar toda a verdade sórdida. Mesmo que isso fosse demais para
ela lidar, e ela levantasse e fugisse do quarto, estaria tudo bem, também. Eu reiteradamente
disse a ela que não éramos nada mais do que duas pessoas que estavam se divertindo. Mas a
ideia de sua partida fez com que uma dor corresse dentro do meu peito. Eu não queria vê-
la ir embora novamente.
Eu estava feliz por ela não ter ido. Ela simplesmente pegou a minha mão e a
apertou.
Ela me ouviu sem interromper, uma pequena linha vincando a sua testa. Ela
não me julgou, não me olhou como se eu fosse um idiota danificado.
Mais tarde, depois que transamos, ela pegou uma das minhas camisetas,
enquanto nos arrumávamos para dormir. Eu adorava vê-la usando uma das minhas
camisetas velhas! Ela parecia malditamente melhor nelas do que eu. Seu corpo macio, cheio
de curvas e seus seios fartos a preenchiam bem.
Subindo na cama, Emmy virou para mim, encarando-me. O jeito como ela
olhava para mim não era como eu estava acostumado. Ela olhava no fundo dos meus olhos
de uma forma hipnotizante, enquanto eu tirava seus longos fios de cabelo do seu rosto.
Gostaria de lhe dizer alguma coisa agora! Eu lhe disse que era apenas físico, mas mesmo eu,
não podia negar que isso parecia muito mais profundo do que duas pessoas que
partilhavam um momento feliz pós-sexo. Eu não entendia isso muito bem, mas não
conseguia desviar o olhar, também. Seus lindos olhos cinzentos estavam arregalados e
continuavam olhando os meus. Sua pele estava rosa e brilhante e, uma calma relaxante se
espalhava sobre seu rosto. Eu gostaria de saber se fui eu quem colocou aquela expressão
ali.
Eu só gostaria de estar perto dela, mesmo sem o sexo. Era uma estranha
percepção. Eu não tive namoradas. Merda, eu raramente saía com os amigos para me
divertir, ponto. Minha agenda de viagens não permitia isso. Tive colegas modelos, com
quem saía e fodia. Mas Emmy era mais do que isso; eu não sei como ou até mesmo o que
isso significava, mas, ela era mais.
Tudo nela era especial e bonito. Eu não sabia o que estava acontecendo entre
nós, mas era definitivamente algo especial. A forma como seus olhos olhavam tudo –
diretamente para mim - era demais. A puxei para baixo contra o meu peito, sentindo o seu
coração batendo freneticamente contra o meu.
Emmy
Despertando um pouco, Ben sussurrou meu nome e eu poderia dizer que algo
o estava incomodando. O tom angustiado da sua voz era como uma faca no meu coração.
Ele carregava algum grande peso e eu era a chave para libertá-lo. Cheguei mais perto, e
esqueci tudo sobre o quão quente eu estava, o segurei apertado, passando as minhas mãos
para cima e para baixo de suas costas para fazer com que se acalmasse e voltasse a dormir.
Se ele precisasse de mim, eu estaria ali.
Ele sussurrou o meu nome mais uma vez antes de adormecer novamente. Eu
queria que ele se sentisse seguro e confortável. Que não tivesse que tomar os comprimidos
novamente.
A história dele sobre a sua mãe rasgou o meu coração. Ben não era como
ninguém que já conheci. Eu podia sentir algo nos atraindo, para que ficássemos juntos,
com toda a minha alma. Éramos iguais: esse homem a quem eu queria muito tinha tentado
desesperadamente conquistar o amor da sua mãe e a sua aprovação. Eu queria mais, muito
mais para mim, também. Eu queria fazer com que os meus pais sentissem orgulho. Eu não
estava tentando ganhar a aprovação deles, mas queria mostrar-lhes que todo o trabalho
duro deles tinha sido por uma razão; que eu poderia fazer algo por mim mesma. Éramos
impulsionados por essa necessidade básica de agradar aos nossos pais. Acho que é verdade
o que dizem "você nunca escapa da sua infância"! O desejo de acalmar os temores dele era um
impulso irresistível. Eu passei os meus braços em torno dele e o segurei firme.
Depois da noite passada, estava ansiosa para chegar ao hotel e ver Ben. Parecia
que nós estávamos nos movendo na direção certa. Ele se abriu comigo e eu podia nos ver
passando noites apaixonadas, juntos, em sua cama, se tornando uma coisa regular. Algo
que seria muito bom para mim.
Quando entrei no meu quarto, tirei meus sapatos e joguei a minha bolsa na
cadeira, em seguida, recuperei o meu telefone para ligar para Ben. Olhando para o relógio,
percebi que ele já deveria ter chegado do seu compromisso.
— Alô!
Algum tempo depois, Ben atendeu, com o rosto corado, seu pulso acelerado
contra o seu pescoço.
— Emmy...
Ele estava vestido com jeans e uma camiseta, mas seus cabelos estavam
úmidos, como se tivesse acabado de sair do chuveiro. Será que ele tinha tomado banho
com a Fiona? Meu estômago apertou violentamente diante desse pensamento.
— Estou discutindo algo com Fiona. Agora não é uma boa hora! — Sua voz
era baixa e sua postura tensa. Eu definitivamente interrompi alguma coisa.
Olhando para trás, vi Fiona sentada em sua cama, sem sapatos e a sua bolsa
derramada abertamente ao lado dela.
Santo. Deus!
Ben
Ela disse que não queria que ninguém soubesse se não funcionasse. E ela
estava com muito medo de aplicar em si mesma.
Quando ela estava me dando as instruções, uma batida na porta nos assustou.
Eu não poderia dizer a Emmy sobre isso. Eu respeitava os desejos de Fiona
para manter isso privado. Havia esperança que ela conseguiria ficar grávida na sua próxima
inseminação artificial programada, e ninguém nunca precisaria saber sobre suas
dificuldades.
Os lábios apertados de Fiona me disseram que ela não era ingênua, ela estava
muito consciente sobre a visita noturna de Emmy ao meu quarto.
— Você está ficando muito próximo da minha assistente. — Ela disse depois
de um tempo em silêncio.
— Sim, Emerson. E não finja surpresa. Eu posso ver que há algo entre vocês
dois. — Eu fiquei quieto, desembalando a seringa e o álcool sobre o lençol da cama ao
nosso lado.
— Ben, estou falando sério! Eu não gosto disso. Quando eu lhe disse para não
transar com a minha assistente, eu falei sério.
— Relaxe, Fiona. Você não deve ficar tensa para o que vou fazer.
— Ok, mas você entenderá que se acontecer alguma coisa, terei que demiti-la e
mandá-la para casa. — Meu queixo ficou tenso, mas eu não disse a ela que se ela despedisse
Emmy, eu apenas a moveria para meu quarto e faria com que ela permanecesse aqui
comigo.
— Você não pode fazer isso! Você quer que eu continue ajudando você, não é?
— Eu destampei a seringa e Fiona assentiu humildemente. Nós dois sabíamos que eu tinha
a vantagem aqui.
Ela me passou as instruções que a enfermeira tinha lhe dado, como esfregar o
local perto de seu umbigo com o algodão embebido em álcool, em seguida, apertando a
pele antes de rapidamente espetar a agulha.
Depois que eu administrei a injeção em Fiona e a mandei embora, fiz uma
bebida forte para mim.
Após beber minha vodka, enviei uma mensagem para Emmy e esperei por sua
resposta. Eu estava considerando tomar outra bebida quando meu celular vibrou contra o
criado-mudo.
Eu poderia dizer que ela estava chateada. Ela não quis nem dizer o nome de
Fiona. Eu acho que não poderia culpá-la. Senti que tinha alguma coisa estranha, como
ciúme feminino, acontecendo e não era algo que queria encorajar.
Eu: Volte para cá! Deixe-me fazer uma bebida para você!
Emmy: Ok.
Sua resposta foi pouco entusiasmada, mas ela viria. Poucos minutos depois,
assim que eu tinha retornado com o balde de gelo cheio, ela bateu de leve na minha porta.
Abri a porta e a puxei para dentro, beijando-a suavemente na boca.
Emmy estava tensa no início, mas quando as minhas mãos enrolaram em volta
da sua cintura e deslizaram para sua bunda, senti que ela relaxava contra mim. Deus, sua
bunda era incrível em minhas mãos! Eu sabia que devia a ela alguma explicação, mas, porra,
como fazer isso se o meu corpo gritava por atenção quando ela estava por perto. Haveria
tempo para conversar depois. Eu a queria. Eu aprofundei o beijo, a puxando ainda mais
para perto, até que seus seios estavam achatados contra mim, e sua língua suavemente
deslizava contra a minha. Ela era perfeita!
Seus olhos lançaram nos meus, enquanto seu sorriso aumentava ainda mais. Eu
adorava ver suas reações honestas comigo. O rubor de sua pele, o jeito como ela mordia o
lábio inferior! Ela era linda e natural! E algo dentro de mim amava isso. Talvez isso fosse
excessivamente crítico; um julgamento excessivo que eu estava tendo, mas eu admirava a
naturalidade dela. Talvez fosse a educação da sua terra, inferno, talvez fosse apenas ela! Mas
o que quer que fosse, Emmy Clarke estava rapidamente se tornando um vício.
— Venha aqui! — Eu estendi a minha mão para ela e, ela aceitou, colocando a
sua pequena palma da mão contra a minha e rastejando sobre a cama até mim.
— Comporte-se!
Os olhos dela se arregalaram com a minha advertência, mas ela obedeceu. Ela
era naturalmente animada, mas ao mesmo tempo, tão submissa na cama! Eu estava
excitado pra caramba! Eu empurrei minha calça e a cueca pelas minhas pernas, e, em
seguida, agarrei o meu pau. Sua pulsação vibrava irregularmente em seu pescoço e seus
olhos se concentravam no meu pau. Eu preguiçosamente acariciei meu pau, deslizando
lentamente a minha mão da base até a ponta. O desejo em seus olhos me fez ficar duro pra
caralho.
Eu coloquei minha mão no rosto de Emmy.
Olhando para mim com luxúria completa, Emmy se inclinou e abriu a sua
boca.
Porraaaa!
A carícia quente da sua língua era uma felicidade do caralho! Emmy abriu mais
ainda a boca, com seus olhos ainda presos nos meus, enquanto eu empurrava para frente,
enchendo-a totalmente. Quando a cabeça do meu pau bateu no fundo da sua garganta, ela
engasgou um pouco e eu recuei, relutantemente me arrastando para fora. Ainda coberto
por sua saliva, Emmy passava as suas pequenas mãos em mim, massageando-me e me
acariciando. Era uma sensação incrível. Não queria interrompê-la, mas ela ainda tinha
muitas roupas. Eu queria ver seus belos seios, beijá-la todinha para fazê-la gozar e, fode-la
absurdamente!
Eu tinha uma fraqueza no que lhe dizia respeito. Não conseguia ficar longe.
Seu relacionamento com Fiona ainda me preocupava. Nós nunca tínhamos conversado
sobre aquele momento choroso dela em seu quarto de hotel. Ben não ofereceu nenhuma
informação sobre o que Fiona estava fazendo ali naquela noite, e eu nunca perguntei.
Seja qual for a história deles, eu não tinha certeza, mas ele era o seu menino de
ouro e eu era a sua assistente – caipira! Ela surtava se ele ignorava o uso de suas vitaminas.
Ela, sem dúvida, achava que se eu o tocasse o contaminaria de alguma forma.
Ben tinha desfiles e ajustes em roupas durante o dia, o que era bom, porque
Fiona me punha para correr. Ele me mandou mensagens inesperadamente doces, enquanto
eu estava no trabalho, me dizendo que estava pensando em mim. Em uma delas, ele
resmungou sobre uma roupa de um estilista que estava vestindo. Depois de alguma
insistência, ele me mandou uma foto engraçada. A roupa parecia um abajur. Mas ele ainda
parecia quente. Meu abajur gostoso!
O Paris Fashion Week estava se aproximando e eu sabia que Ben iria desfilar
para vários estilistas. Eu estava animada para vê-lo na passarela, com todos os olhos
colados nele e sabendo que ele era meu. Eu me sentia como a Cinderela que tinha de
alguma forma, capturado a atenção do Príncipe Encantado.
Olhei para o meu relógio; não podia esperar para voltar para o hotel e vê-lo.
Era ridículo como estava conectada a ele.
Fiona não tinha mencionado nada sobre Milão, o que eu tomei como uma
indicação de que eu não tinha sido convidada.
Ele atravessou o quarto de hotel, com a mão quente chegando ao meu redor
para pegar o meu traseiro.
— Oh, eu vou colocá-la para trabalhar! — Sua mão acariciou a minha bunda,
me puxando para mais perto, para que ele pudesse plantar um beijo suave nos meus lábios.
— Ela não vai. Sou só eu. E você, se você quiser se juntar a mim. É apenas
uma noite.
— Ela tem uma consulta médica. Não se preocupe, vou cuidar de Fiona. —
Ele disse.
O fato de que ele estava disposto a discutir com Fiona sobre mim era um
grande negócio. Ele deu um beijo suave contra minha testa, antes de se afastar e puxar seu
celular do bolso. Ele ligou e recomeçou a embalar sua pequena bolsa de couro marrom que
estava aberta em sua cama.
— Ei! Sou eu, — ele disse ao telefone. — Tudo bem, e você? — Ele
continuou empurrando os itens dentro da bolsa, enquanto eu andava pelo quarto. Fiona vai
pirar! — Eu gostaria que Emmy fosse comigo para Milão. Você pode ficar sem ela por uma
noite?
— Ela está ligando para a companhia aérea agora, para que você tenha uma
passagem.
Fiona estava ligando para conseguir minha passagem? Será que eu tinha
entrado num universo paralelo? Claramente Ben tinha um poder de persuasão sobre ela.
Algo sobre a maneira cega como ela o obedecia, não caía bem para mim, mas eu concordei
e saí para o meu quarto.
—Eu estou vendo se eu posso pegar um assento para você ficar na primeira
classe comigo, se não, vou me mudar para a econômica.
Ele e a agente trocaram algumas palavras mais tensas e, em seguida, ele puxou
a sua carteira e lhe entregou seu cartão de crédito.
— Eu quero, baby. Deixe-me fazer isso! — Sua mão encontrou a minha e ele
entrelaçou nossos dedos.
Eu balancei a cabeça, vendo que ele não seria dissuadido. Tive uma sensação
boa, em ser cuidada assim, no entanto. E eu nunca tinha sentado na primeira classe antes.
Logo estávamos sentados nos assentos de couro confortáveis da primeira
classe do avião, bebericando champanhe em taças de cristal. A primeira classe superou
todas as minhas expectativas. Em vez de ter um assento apertado, fedorento, com alguém
esbarrando no meu braço e roubando meu apoio de braço, Ben e eu descansávamos e
conversávamos, tomando um gole de champanhe, e petiscando amêndoas salgadas. Antes
que eu percebesse, estávamos desembarcando e seguindo para o nosso hotel.
— Há alguém a quem quero lhe apresentar. — Ben disse tirando seus sapatos.
— Ok.
— Ângelo e Rosa são donos de uma vinícola nos arredores da cidade. Eu não
os vejo há anos. Nós vamos fazer uma visita e jantaremos, se isso soar bem para você.
Ben colocou seus sapatos. Dois minutos de ritual e ele estava pronto e
parecendo incrível, como de costume. Ele estava vestido com calça de algodão escura e
uma camisa polo com as mangas enroladas. Ele parecia casual, mas ainda lindo.
— Rosa é uma amiga muito antiga da minha mãe. Elas costumavam modelar
juntas durante a Milan Fashion Week. E agora ela dirige uma adega com seu irmão. Eu
costumo tentar visitá-los quando estou na cidade.
— Ela não é aquela com quem você... perdeu sua virgindade, não é?
—Não.
Eu não via o que era tão engraçado nisso, mas quando chegamos 30 minutos
depois e Rosa nos cumprimentou na entrada da garagem, entendi. Ela tinha
aproximadamente 50 anos de idade e o tempo não tinha sido gentil com ela. Ela era uma
mulher enorme. Ela provavelmente tinha sido bastante atraente em sua juventude, mas seu
rosto estava agora repleto de rugas profundas do trabalho sob o sol.
Ela me puxou para seus braços, enquanto falava em Italiano com Ben. Ele riu e
conversou com ela, embora você pudesse dizer que a linguagem não era tão natural nele
como o francês. Ele se esforçava para encontrar as palavras e assentia. Me preocupei que
seria deixada de lado esta noite, se ela e seu irmão só falassem italiano. Vinho extra para
mim então! Rosa me segurou no comprimento do seu braço, me examinando da cabeça aos
pés.
— Tão bom ver Ben com uma mulher de verdade. — Ela disse, finalmente,
num inglês com um forte sotaque.
— Emmy é a mais real das mulheres! — Ele deu um beijo suave no meu rosto.
Ângelo veio saindo da casa, com um chapéu de palha sobre sua cabeça, e se
juntou a nós, abraçando e beijando Ben e eu.
Seu inglês não era tão claro quanto o de Rosa, mas pelo menos eu não iria ficar
por fora esta noite.
— Sim, por favor, vão, desfrutem! — Ângelo disse. — E nós vamos vê-los no
jantar em uma hora ou mais.
— Mais ou menos uma degustação privada. Eu pensei que isso seria mais
relaxante do que aderir a um de seus passeios!
Muito atencioso da parte dele. Ele puxou um banquinho e fez sinal para que eu
me sentasse. Quando estávamos ambos sentados, Ben desarrolhou a garrafa e nos serviu,
um copo de vinho para cada um.
— Saúde! — Ele tocou seu copo contra o meu, seus olhos escuros ainda me
observando.
Uau!
Ele plantou doces beijos carinhosos sobre os meus lábios e no meu pescoço.
Tomou seu tempo me seduzindo. Era impossível não cair sob seu feitiço. Ele permaneceu
em meu pescoço, arrastando beijos para baixo, na minha garganta, parando em meus seios.
Senti seus dentes roçarem a minha clavícula e disparos de prazer se abateram nos meus
seios, onde eu queria desesperadamente sentir sua boca. Eu me contorcia contra ele, ainda
segurando os seus bíceps, roçando os meus seios contra o peito dele.
Eu não era sexy ou corajosa. Mas Ben me fazia sentir como se talvez pudesse
ser. Olhei ao redor. Pelo menos parecia semi privado. E se os nossos anfitriões estavam
ocupados com os clientes...
Ele arrastou as pontas dos dedos pela minha coluna, seus dedos roçando cada
vértebra, acedendo a minha pele para inflamá-la, enquanto mordiscava os meus lábios. Ele
estava tão vagaroso, tão sexy e no controle, enquanto eu me sentia como se estivesse
queimando.
Segurei-o por cima da sua calça e já o encontrei duro como pedra. Quando a
minha mão o envolveu, cada um de nós deixou escapar um gemido simultaneamente. Ben
rudemente puxou a minha blusa para baixo, revelando o meu sutiã de renda preta, e deu
um beijo no centro do meu peito. Meu coração disparou quando olhei para baixo e
observei. Seus lábios carnudos viajaram por todo o meu peito, pressionando deliciosos
beijos. Ele arrastou o meu sutiã, expondo os meus seios à sua boca. Sua língua quente
circulou um mamilo, enquanto seus olhos se levantaram para observar a minha resposta.
Sua língua moveu para trás e para frente sobre o pico sensível e eu deixei escapar um leve
gemido. Ben reagiu sugando o meu seio em sua boca, beijando e me lambendo avidamente.
— Você tem um gosto bom pra caralho, baby! — Sua mão acariciou um dos
seios, enquanto a sua língua acariciava o outro. Eu estava perdida nas sensações, minha
calcinha ficando mais úmida e meus joelhos já tremiam. Meus dedos se enrolaram nos seus
cabelos para segurá-lo no lugar enquanto ele adorava os meus seios.
Ele atendeu ao telefone, me deixando em pé, na frente dele, com os meus seios
úmidos e expostos. Ben me observava enquanto ele conversava, colocando uma mão na
minha cintura, seu polegar acariciando levemente o meu quadril. Ele perguntou sobre a sua
visita ao médico, e mesmo que soubesse que ele estava apenas sendo educado, isso me
frustrava. A conversa se arrastou, algo sobre a Paris Fashion Week, então Ben enrugou sua
testa, concentrando. Ele puxou o telefone para longe de sua orelha e boca, apenas mais
alguns minutos...
Tentei não fazer beicinho. Sabia que não era atraente, mas eu odiava que Fiona
tivesse ligado, interrompendo o nosso tempo privado juntos. Uma súbita ideia me agarrou.
Alimentada por três taças de vinho e uma boa dose de desejo, caí de joelhos na
frente dele. Seu corpo ficou tão tenso quanto um fio de ala tensão. Os olhos de Ben se
arregalaram quando alcancei o zíper e o puxei para baixo. Eu não pude evitar o ligeiro
sorriso em meus lábios. Eu gostava que ele trouxesse o meu lado ousado. Não só
estávamos em um lugar público, onde alguém poderia descobrir-nos a qualquer momento,
mas ele estava ao telefone com a minha chefe. Sua mão acariciava os meus cabelos e ele
olhava para mim com um sorriso malicioso.
Deslizei sua calça e a cueca até os seus joelhos. Ele não estava totalmente duro,
mas com a minha mão enrolada em volta dele, o acariciando-o lentamente, senti-o
encorpar e alongar no meu punho. Eu observava o seu rosto, enquanto trabalhava. O
prazer ultrapassou suas feições, seus olhos escurecendo com o desejo.
Será que ele me diria para parar... ou ele desligaria o telefone com Fiona? Eu
não tinha certeza do que era mais provável, mas eu sorri comigo mesma por pensar nesse
pequeno teste. Eu precisava ver quem ele escolheria. Se ela fosse mais importante para ele,
ele iria me parar e continuaria a conversa. Rezei para que ele desse uma desculpa e a
deixasse.
Agora totalmente duro e esticado, lhe acariciei mais rápido e senti seus joelhos
tremerem. Minha boca fechou em torno dele e um suspiro irrompeu de seus lábios. Eu
envolvi as minhas mãos em volta do seu pau espesso e suguei a carne quente da sua ponta,
usando a minha língua para liberar sua excitação antes de enfiá-lo todo até o fundo da
minha garganta. Ouvi-o dizendo alguma coisa ao telefone, mas toda a minha atenção estava
sobre ele. Eu venerava o seu pênis, desfrutando completamente. Um chiado estrangulado
escapou do fundo de sua garganta enquanto ele lutava para se controlar.
Quando ambas as suas mãos seguraram o meu queixo, eu sabia que ele tinha
terminado a ligação, e eu fiquei subitamente emocionada quando Ben avançou, enchendo a
minha boca. Ergui os olhos para observá-lo. Ele empurrava os seus quadris para frente,
invadindo a minha boca aberta, e se retirava, se arrastando para dentro e para fora da
minha boca devagar, mas profundamente. A expressão em seu rosto era de puro prazer.
Suas pálpebras estavam pesadas, a sua respiração acelerada. Gemidos suaves escapavam de
seus lábios entreabertos cada vez que ele empurrava para frente e batia no fundo da minha
garganta.
— Porra baby, isso é bom pra caralho! — As mãos quentes de Ben tiraram os
cabelos do meu rosto, enquanto seus olhos seguiam os meus movimentos. — Eu adoro ver
você com meu pau enterrado em sua boca!
Eu percebi que eu nunca tinha feito isso para ele, e subitamente desejei fazê-lo
gozar. Abri a boca mais larga para acomodá-lo, ainda segurando seu pau em minhas mãos.
Agarrando a parte de trás da minha cabeça com uma das mãos, ele pressionou
para frente, enquanto ele gozava, fazendo com que os jatos quentes de esperma
deslizassem para o fundo da minha garganta com um mínimo de esforço da minha parte.
Ele sabia o que estava fazendo, isso era certo.
Ben estendeu a mão para mim, me puxando para cima, para que ficasse em pé
e beijou minha testa antes de colocá-lo novamente para dentro de suas calças.
Eu fiquei deliciada pelo seu elogio, feliz e orgulhosa por ter lhe dado prazer.
— Foi bom?
— Eu estou pronto para ficar sobre um joelho! — Ele deu uma risadinha.
Houve pouco tempo para refletir sobre o que o seu comentário significava
porque quase tão rapidamente quanto ele me colocou em pé, sua boca viajava sobre a
minha garganta e suas mãos se moviam para a barra da minha saia. Eu não tinha percebido
o quão molhada o processo de dar prazer a ele tinha me deixado, mas não havia como
negar isso. Eu estava encharcada! Seu grande dedo indicador me invadiu e deixei escapar
um gemido. Segurei seus ombros, o beijando avidamente, enquanto ele firmemente me
trazia cada vez mais para perto.
Vozes do lado de fora da adega quebraram o nosso beijo e nós dois olhamos
para a porta. Merda! Me esforcei para organizar minha saia e me cobrir, mas as mãos de Ben
me pararam. Ele estava ficando louco? Ângelo e Rosa estavam aparentemente trazendo o
grupo de clientes deles para o celeiro.
— Deixe-me terminar, doce menina! — Sua boca caiu contra a minha e seus
dedos continuaram o seu doce assalto, me mandando diretamente mais para perto da
borda. Eu não sabia se era a sensação de perigo, a possibilidade de ser pega, ou o domínio
de Ben sobre o meu corpo, mas eu gozei completamente alheia, descaradamente
balançando os meus quadris contra a sua mão para aproveitar da sensação. Ben me beijou
para abafar os gemidos que saíam dos meus lábios.
Mais tarde, caminhamos para o interior da casa e Ben me mostrou onde ficava
o banheiro das visitas, onde me lavei e me coloquei apresentável.
Quando entramos na grande sala de jantar com uma mesa, de madeira rústica,
o cheiro de alho, dos tomates e de carne assada nos cumprimentou. Ângelo abriu uma
garrafa de vinho tinto e Rosa colocou várias travessas grandes no centro da mesa.
Eu não tinha me dado conta disso antes, mas agora que estava sentindo o
cheiro da comida, percebi que estava faminta.
Não posso dizer que a conversa fluía, porque, bem, isso não aconteceu. Nem
Ângelo nem Rosa falavam bem o inglês. Mas a comida era deliciosa. Algumas das
melhores. que já provei – carne assada, ravióli frescos recheados com ricota e manjericão,
tudo isso combinado com os vinhos locais deliciosos. Nossos anfitriões eram calorosos e
acolhedores e foi uma noite adorável.
No final do jantar, Ben ligou para o táxi e os anfitriões nos acompanharam até
a porta. Rosa me puxou para um abraço, me agradecendo e dizendo que Ben era um
homem bom e que precisava de uma boa garota.
Ficou evidente que ela era uma figura materna para Ben, e eu me senti honrada
que ele tivesse desejado me apresentar a ela.
No dia seguinte, tínhamos um voo noturno, mas primeiro Ben tinha uma
sessão de fotos. Ele me pediu para ficar no hotel, dormindo, depois tomasse o café da
manhã e desse um mergulho na banheira enorme. Ele estaria de volta para me pegar em
poucas horas. Eu não discuti. Depois de todo o vinho de ontem à noite, um pouco de sono
extra era exatamente o que eu queria.
Quando acordei uma hora mais tarde, liguei para o serviço de quarto e deixei a
banheira enchendo, despejando um generoso banho de espuma. Era bom ter um dia para
relaxar. Normalmente Fiona me fazia correr muito cedo, de modo que isso era um prazer
raro.
— Emmy Jean, eu sinto a sua falta! Como está Paris, querida? Os franceses
estão sendo arrogantes?
Eu ri. Deus, eu precisava disso. Precisava ouvir a voz dela. Era como um
pedacinho de casa e instantaneamente me senti muito bem.
— Oh Mamãe, é incrível aqui! Eu estive nos escritórios de Yves Saint Laurent
e Versace e provei coisas de Louis Vuitton! E agora, estou em Milão. — Eu não mencionei
Ben.
— Não se apegue a esse mundo! Essas pessoas não são como nós, Emmy
Jean!
Suas palavras me paralisaram. Ela estava certa. Eu nunca me senti tão fora do
lugar, mas com Ben eu não tinha que fingir ser alguém que eu não era.
— Não se preocupe, mamãe! Eu ainda sou eu! — Eu sorri, sabendo que isso
era verdade.
— Bom. Eu não posso esperar que você venha me visitar em casa! Com o seu
pai viajando tanto, eu me sinto sozinha!
Meu pai era um motorista de caminhão de rodovia e ficava fora grande parte
da semana. Eu escutei, enquanto ela falava coisas monótonas sobre a festa americana na
igreja e seus tomates premiados, ocasionalmente fazendo perguntas e sondando mais
profundamente. Era bom só ouvir a voz dela. Isso me fez lembrar que havia um mundo
maior e além do brilho e glamour do Fashion Week, e que eu estava destinada a ter mais na
vida.
— Eu estarei em casa em breve, mamãe. Diga oi para o meu pai por mim. Eu
te amo!
Ela parecia tão longe, a minha casa de infância no campo, era uma lembrança
distante do mundo da moda movimentada de Paris e Milão. E o meu romance com Ben
consumindo tudo, cada pensamento acordado, e até mesmo inspirando os meus sonhos.
Eu sabia que isso provavelmente não era saudável, mas era a minha realidade. Eu tinha sido
sugada para sua bolha e eu não queria que isso acabasse!
Eu estava realmente tão envolvida por essa atração, embora fosse por um
homem incrivelmente atraente, que me transformei em uma pilha de gosma? Mas era mais
do que isso, eu me lembrei. Por mais que eu gostasse da sua aparência externa, eu gostava
dele por todas as suas qualidades que não tinham nada a ver com a sua boa aparência.
Ele tinha sido honesto e franco comigo sobre seus objetivos. O jeito como ele
falava sobre o seu futuro e a sua experiência financeira, era sexy. Ele demonstrou sua
capacidade de planejar com antecedência e se sustentar. Ele colocava as minhas
necessidades em primeiro lugar quando nós tínhamos intimidade, o que era mais do que eu
esperava com base nas minhas experiências anteriores decepcionantes. Sem mencionar que
o homem tinha o dom da fala suja. O que significava que, a longo prazo, ele seria do tipo
que manteria as coisas interessantes. Apenas o suficiente daquela espontaneidade para
manter o fogo aceso. Eu sabia que estava me precipitando, no entanto. Maldição, eu estava
pronta para escolher os vestidos das damas de honra e ele ainda não tinha me dito que
éramos exclusivos! Se isso é apenas sexo, por que sentia que é muito mais?
Capítulo 15
Emmy
Ben era fácil de encontrar. Ele ficava alguns centímetros acima de todos ao seu
redor. Meu deus grego perfeito. Meu homem sexy. Senti orgulho ao vê-lo. O maquiador
usou um pincel de base para alisar por cima do corretivo, iluminando seu tom de pele. As
olheiras que ele uma vez tinha tido sob seus olhos haviam desaparecido. Talvez dormir ao
meu lado durante a noite realmente tivesse seus efeitos.
Seus olhos encontraram os meus e um sorriso fácil floresceu pela sua boca
carnuda. Ele realmente era lindo. Eu devolvi o sorriso, lhe enviando um desejo silencioso
de boa sorte, e depois voltei para a área dos assentos da plateia. Eu precisava ter certeza
que Fiona tinha um assento na primeira fila. Eu estaria sentada vários assentos atrás, mas
fiquei feliz que eu tinha sido capaz de obter um assento, apesar de tudo. Gunnar estava
assistindo ao show do hotel via vídeo online.
De repente, Ben estava lá, andando muito bem na passarela. Ele era a perfeição
absoluta. Confiante, com certeza, e sexy como o inferno. Seu andar estava equilibrado, com
o queixo para cima, e seu olhar escuro em frente. Meus olhos vagaram pelo comprimento
do seu corpo, apreciando o quanto ele estava atraente num terno cinza e uma gravata
vermelha bem ousada. Uma bolsa de couro pendurada em seu ombro. Nunca vi ninguém
num terno corte estreito ficar mais sexy.
Eu sabia que ele não ficaria com a roupa, mas caramba, eu não me importaria
de lentamente despi-lo mais tarde, desembrulhando-o como um presente. Meu pulso
acelerou com o pensamento. Com todas as comemorações que ainda viriam, eu só esperava
que pudesse ter algum tempo a sós com ele.
Uma vez que os shows do dia terminaram, eu fui para os bastidores, para
encontrá-lo. Estava uma loucura: fotógrafos, designers e modelos em todos os lugares. E
todo mundo estava em clima de comemoração. Drogas, álcool, pessoas nuas. Uau, lá se vai
qualquer esperança de encontrá-lo, eu lhe enviei um texto dizendo que eu iria vê-lo na festa
pós-show e sai.
Depois de ir para o hotel para fazer uma troca para algo mais apropriado para a
noite, optei por uma calça skinny preta bem justa e pra combinar uma blusinha de seda
roxa e sandálias de tira prata.
Quando cheguei ao hotel onde a festa estava sendo realizada, eu me senti fora
de lugar e desajeitada, enquanto fazia o meu caminho para dentro do elegante hotel.
Parando na recepção do hotel, o funcionário da recepção me orientou a tomar o elevador
para o salão do terceiro andar.
Ele deve ter notado a forma como eu ansiava por sua garrafa de cerveja,
porque, apenas alguns segundos depois, ele sinalizou e acenou para o garçom, e uma
cerveja foi aberta e colocada na minha frente.
Me virei para ele com um sorriso, pela primeira vez esta noite. — Eu fui tão
óbvia?
Ele sorriu com facilidade, sua feição aberta e amigável. — Braydon Kincaid. —
Ele estendeu a mão para mim.
— A qualquer hora. — Era óbvio que ele era um modelo. Ele era alto, pelo
menos, um par de centímetros a mais de 1,83m de altura, e seu corpo era magro, mas bem
tonificado e firme, com músculos. Seu cabelo era um tom mais claro do que Ben uma
mistura de marrom queimado com loiro e seus olhos eram de um azul impressionante.
Ele tomou um gole da sua cerveja, sua garganta trabalhando quando ele
engolia. Era difícil não ser afetada por este homem fisicamente. Ele realmente era lindo. —
Armani, Prada, Iceberg, Jil Sander e Calvin Klein. Coisas divertidas.
— Ah, agora eu me lembro. Você abriu o show de Jil Sander. Você foi o único
usando aquela calça rosa.
— E eu acho que você deve ficar orgulhoso por ter se vestido de rosa hoje. É
preciso ser um homem confiante para fazer isso. — Eu disse, mudando o assunto para
longe de mim mesma.
Ele balançou a cabeça. — Sim, eu tenho certeza que meus pais estão muito
orgulhosos. Eu fiz manicure hoje e desfilei na passarela de rosa. O sonho de todo pai.
— Ohio. E você?
— Tennessee.
Braydon levantou a minha mão que estava ao seu lado e levou até seus lábios.
— A qualquer hora, Jujuba. — Suas palavras brincalhonas, o brilho em seus olhos e o
toque suave de seus lábios contra minha pele, enviou um fecho de calor correndo direto
para meu núcleo.
Atravessando a sala, eu fui direto para sala VIP, a mais mal iluminada. Paredes
espelhadas e bolas de discoteca girando produziam pequenas manchas de cores que
saltavam do outro lado da sala. O efeito era desorientador.
Ele segurava um copo de licor de cor âmbar, e seus olhos estavam um pouco
vidrados. Pânico tomou conta de mim, meu estômago caiu aos meus pés. Talvez eu não o
conhecesse tão bem. Quando seus olhos encontraram os meus, o reconhecimento cruzou o
seu rosto. Ele se endireitou em seu lugar, se afastando um pouco da garota que estava
colada ao seu lado.
— Emmy —. Ele estendeu a mão para mim e eu a peguei, parando entre ele e
a modelo ao lado dele. Eu não sabia seu nome, mas seu rosto era familiar. Eu tinha certeza
que eu a tinha visto no desfile da Prada antes. Ao invés de me espremer entre eles, eu fiquei
em pé, espremida entre o sofá e a mesa baixa de centro perto dos joelhos de Ben. Ele
olhou para mim, seu sorriso um tanto sombrio.
De repente, eu não queria estar lá. Eu não fazia parte daquela cena, eu não
estava bem com as drogas, nem sobre ficar sentada e desfrutando de uma bebida, enquanto
tolerava o uso de cocaína acontecendo ao nosso redor. E eu certamente não queria.
Chame-me de antiquada, pudica, o que quiser, mas voltar para o meu quarto e tomar um
banho de espuma parecia muito mais atraente do que sair com essas pessoas.
Segurei seu bíceps, o mantendo firme. Parecia que eu seria a única a levá-lo de
volta. Eu nunca tinha visto ele bêbado. E uma parte em mim não gostou. Eu me
preocupava com ele. Quanto ele bebeu? E será que ele deveria estar bebendo tão
fortemente tomando seus medicamentos? Eu o ajudei a manobrar de onde estávamos no
espaço entre a mesa e sofá.
Sim, eu.
Eu estava bem disposta, e acho que ele não tinha comido nada o dia todo. Eu
juro que ninguém alimentava esses modelos. Pelo menos eu esperava que tudo isso fosse
muito álcool com o estômago vazio. Lutei para nos manter indo na direção certa,
mantendo meu domínio sobre Ben, minha bolsa e me equilibrar em meus saltos agulha.
Senti uma grande mão fechar em torno de meu cotovelo.
Eu soltei meu domínio sobre Ben e permiti que ele ficasse entre nós. Ele jogou
um braço sob o ombro de Ben, facilmente o guiando até o elevador.
Me abaixei para ajustar a tira da minha sandália, que estava cavando em meu
tornozelo, mantendo uma mão no ombro de Ben para firmá-lo, Braydon estendeu a mão
para mim, tirando a bolsa que pendia desajeitadamente do meu braço. Ele deslizou a alça
sobre o seu pulso e piscou para mim. — Eu te ajudo.
Dei-lhe o nome, ainda me perguntando como ele sabia sobre Ben e por que ele
estava sendo tão legal comigo.
— Eu vou pegar um taxi.
Eu tinha tomado o Metro até aqui, mas percebi que tentar levar um Ben
bêbado dentro e fora do metrô não era uma aventura que eu particularmente queria
experimentar agora. Ou nunca. Pra não falar dos paparazzi. Nós não queríamos que alguém
percebesse quem ele era e começasse a tirar fotos, especialmente tendo em conta que Paris
estava cheia de fotógrafos durante a Semana da Moda.
Me sentei na parte de trás do carro, presa entre os dois homens. Ben pegou a
minha mão e a segurou em seu colo. Ele inclinou a cabeça para trás, no assento e,
murmurou desculpas para mim.
— Braydon?
— Hum?
Eu estava muito consciente do calor do seu corpo junto ao meu, sua perna
ocasionalmente batendo na minha coxa. — Você não acha que ele... Tomou alguma coisa,
não é?
— Emmy, venha aqui... — Ben me puxou para a cama com ele e se aninhou
em meu pescoço, respirando o cheiro do meu cabelo. Sua mão se moveu de minha cintura
para baixo até a minha bunda dando um aperto suave.
Ele se virou para enfrentar Braydon. — Obrigado pela carona, mas é hora de
ir, Bray.
Braydon riu suavemente. — Eu acho que não cara. Isso se chama pau de
uísque (Whiskey dick- Quer dizer que ele bebeu demais e não consegue fazer sexo e nem satisfazer ela).
Você não estará recebendo nada hoje à noite. Além disso, não seria de muita utilidade para
ela. — O olhar azul eletrizante de Braydon, encontraram os meus e eu estremeci.
Ah! — Ok, o tempo para história acabou. — Eu me afastei das mãos de Ben
com meu rosto aquecido. Aparentemente Ben precisava de uma focinheira quando estava
bêbado. Atravessei a sala e peguei o telefone. — Acho que vou pedir o serviço de quarto,
talvez se der algo para ele comer ajude. — Eu olhei para Braydon. — Gostaria de algo?
— É depois da meia noite, o que ela poderia querer? — Eu não pude impedir
o tom de desdém na minha voz.
Ben trocou um olhar de cumplicidade com Braydon. Havia algo grande mas
completamente silencioso sendo comunicado entre eles. — Não diga a Emmy sobre Fiona,
— Ben resmungou baixinho.
— Você me faz sentir tão bem. — Ele murmurou, seus lábios roçando a pele
na parte de trás do meu pescoço.
— O quê? — Perguntei.
—Não. — Seus olhos correram para longe dos meu, olhando ansiosamente
para os óculos de sol que tinha descartado, não querendo que eu visse sua expressão.
— Interessante. Eu não tinha notado que você era uma garota de ménage.
— Eu não sou. — Sua voz era fraca, um murmúrio cheio de incerteza. Ela
mordeu o lábio inferior, os olhos buscando o meu em uma rendição completa. Ela pode
nunca ter considerado isso antes, mas era óbvio que ela estava agora. Eu aposto que se
colocasse a mão dentro de sua calcinha agora, ela ia esta molhada.
Eu não tinha certeza de como eu me sentia sobre isso. Ela não era minha. Eu
tinha deixado isso bem claro. E agora eu estava sendo um idiota egoísta. Se isso era algo
que ela queria, eu deveria dar a ela. Se eu pudesse apenas provar isso para mim mesmo.
— Ben?
— Hum?
— Ela não é uma das mulheres que vocês dois compartilharam, ela é?
Meu coração pulava em meu peito. Ela me perguntou diretamente sobre Fiona
e eu não via nenhuma maneira de evitar isso. Eu sabia que ela não ia ficar feliz, embora eu
não gostasse da ideia de magoá-la.
— Você e Braydon dormiram com Fiona? — Ela perguntou.
— Saber que você fez sexo com Fiona? Sim. — Sua voz era firme e eu só
podia imaginar os muitos pensamentos girando dentro de sua cabeça. — Foi apenas uma
vez? — Seus grandes olhos cinza buscaram o meu. — Com Braydon?
— Sim. — Eu sabia que não estava sendo totalmente sincero, mas a minha
resposta à sua pergunta foi honesto. Foi o melhor que pude fazer.
Não pude deixar de toca-la, levantando seu queixo. — Ei, você está bem? —
Eu sussurrei.
Eu sorri e me inclinei para beijar suavemente sua boca. — Não foi um grande
negócio, ok?
Emmy ficou quieta. Orei para que pudéssemos superar isso. Eu não queria que
o meu passado com Fiona estragasse o meu presente com Emmy. Ela endireitou sua
postura, mas eu não pude deixar de notar que o seu movimento a levou para longe de mim
sobre o cobertor.
Emmy
O fato que Ben tinha sido íntimo com Fiona foi devastador. Não pude deixar
de imaginar Ben a beijando, sua boca se movendo sobre a garganta, as mãos segurando
seus quadris. Eu apertei meus olhos fechados. Minha respiração ficou presa na minha
garganta como se alguém estivesse arrancando meu peito. Ela era contra mim, meu
inimigo. Como é que ele poderia ter ficado com alguém como ela?
Talvez fosse exatamente por isso que eu não deveria questionar isso. Se estava
tudo bem pra ele, porque não deveria estar pra mim também? Isso era apenas uma
exploração, apenas casual. Eu estava em Paris, a cidade mais romântica e sedutora do
mundo, com a oportunidade de desfrutar da companhia e intimidade de dois modelos
masculinos. Eu sabia o que Ellie diria. Vá em frente! Então, por que o meu estômago
estava cheio de nós? E por que a minha mente continuava recordando o modo sutil que
sua mandíbula tinha apertado quando eu tinha ficado aberta a essa ideia? Parte de mim
queria isso apenas para ter a oportunidade de ver a reação de Ben, para ver se isso estava
realmente bom pra ele.
Eu calei a parte do meu cérebro que continuou gritando pra mim que isso não
era nada mais do que um pouco de competição doente. A necessidade de conquistar algo
que Fiona tinha conseguido não era saudável, e eu me odiava por pensar dessa maneira. Eu
não precisava competir com ela. Era infantil e mesquinho, mas era como eu me sentia. Não
consiguia negar esse fato.
Junte-se comigo e Braydon para tomar uma bebida as 8 horas no Grand Capri
Ben
Ele não estava pedindo. Ele estava mandando. Mas antes que eu tivesse tempo
de surtar ou refletir sobre suas intenções, uma outra batida na porta chamou a minha
atenção. O porteiro entregou uma caixa grande. Eu carreguei para dentro e o coloquei
sobre a cama. Tirei a tampa, e empurrei de lado as montanhas de papel de seda branco, e
peguei um vestido. Não era qualquer vestido, mas um vestido de noite. Meu queixo caiu,
era um Vera Wang de seda preto elegante e de aparência muito cara, um corpete bem justo
com sutiã embutido e uma longa fenda aberta de um lado. Era um estilo bem clássico e que
eu sabia que ainda seria elegante por muito tempo. Abracei o material macio contra meu
peito, saboreando a sensação. Eu nunca tive uma coisa tão bonita.
Afastando mais o papel, eu levantarei uma caixa de sapatos que estava na parte
inferior da embalagem, encontrei um par brilhante de saltos negros plataforma Christian
Louboutin. Havia uma bilhete dentro do calçado que só dizia:
Eu tive todo o dia para refletir sobre isso e várias outras questões antes de meu
encontro. Mas também me dei o luxo de tempo para ficar pronta. Imaginei que um longo
banho iria me ajudar a relaxar e eu poderia dedicar alguma atenção muito necessário para o
meu subconsciente negligenciado. Tenha compaixão, minha mente estava rodando.
Eu: Nervosa
Ben: Não fique, baby. Lembre-se, somente o que você pode lidar.
Suas palavras não fizeram nada para me acalmar. Ele parecia tão controlando,
tão certo. Eu só podia esperar que ele estivesse, porque eu não estava.
Ben: Estou mandando alguém para ajudá-la a se preparar. Ela vai estar
ai às 17:30 hs, se estiver tudo bem pra você...
Eu: Claro
Eu não estava acostumada a ter alguém me ajudando, mas se Ben pensava que
iria ajudar, este era o seu mundo, e eu estava apenas brincando nele.
Tomei banho, raspei as pernas, e passei um creme com cheiro doce em meus
braços e pernas. Eu tinha acabado de secar meu cabelo quando Lucia chegou às cinco e
meia. Eu estava um pouco preocupada que ela estaria apenas seguindo minhas ordens, mas
eu não poderia estar mais errada. Ela rapidamente assumiu o comando, se apresentou com
um aperto de mão amigável, então abrindo sua mala de rodinhas preta cheia de maquiagem
e diversos instrumentos de cabelo. Ela mandou eu me sentar e em seguida, avaliou minha
pele e características. Fiquei aliviada ao saber que ela falava Inglês fluente. Ben tinha
pensado em tudo.
Calor inundou meu rosto e uma onda de vergonha tomou conta de mim.
Como é que eu poderia explicar a minha situação com um modelo que não é o meu
namorado, mas eu queria que ele fosse... E que eu estaria indo a um encontro com ele e seu
amigo modelo igualmente delicioso para um ménage à trois? Não... Não era algo que se
dissesse as pessoas. Embora eu soubesse que Ellie provavelmente arrancaria isso de mim,
especialmente se tequila, ou como eu gostava de chamar, soro da verdade estivesse
envolvido.
Depois que ela ajeitou seus produtos na mala e partiu, eu levei o meu vestido
de noite até o banheiro para me vestir. Uma vez que o estilo não poderia acomodar um
sutiã, a única roupa eu coloquei foi um pequena calcinha de renda rosa, uma das poucas
que eu trouxe.
A seda suave deslizou dos meus tornozelos até os meus quadris e se encaixou
perfeitamente. Amarrei as tiras de seda do vestido por trás do meu pescoço, deixando as
fitas de seda formar um arco. O decote profundo abraçou meus seios perfeitamente. Eu
estava preocupada em ir sem um sutiã, mas parecia que isso ia funcionar.
Enfiei os pés dentro do belo scarpin e mexi os dedos dos pés. A abertura na
frente do sapato mostrou um vislumbre da minha brilhante unha vermelha. Eu estava mais
pronta do que nunca estaria.
Ben chegou sozinho numa limusine preta, e eu estava grata por isso. Eu não
acho que poderia lidar com ele e Braydon juntos ainda. Ele saiu da limusine e me
cumprimentou na calçada. Ele parecia perfeito, inteligente e pecaminosamente sexy em um
terno Armani preto e camisa preta aberta no pescoço expondo suas sexy garganta. A roupa
escura fez seus olhos se destacarem, brilhando mais do que o habitual e hoje pareciam mais
verde do que avelã.
Eu não pude deixar de notar que ele não respondeu à pergunta. Com a mão na
parte inferior das minhas costas ele me direcionou até a limusine e entramos. Estava mal
iluminado e espaçoso, o cheiro de couro e um rastro de perfume de Ben estavam
esperando por mim lá dentro.
Ele acenou com a cabeça, pensativo e nos serviu uma medida de vodca com
gelo e acrescentou um pouco depois, um pouco de suco de cranberry.
— Ela muito deliciosa, a mas doce buceta que eu já tive. — Ben sussurrou, sua
voz rouca e baixa, enquanto seus olhos percorriam meu decote mais uma vez.
Braydon sugou o ar, seu pomo de adão trabalhando em sua garganta. — Ela é
depilada?
Oh. Meu. Deus. Meu pulso martelou atrás dos meus ouvidos. Eles estavam
falando sobre minhas partes intimas como se eu não estivesse aqui!
As mãos de Ben se mudaram para desatar a tira por trás do meu pescoço, e
meu coração bateu violentamente em meu peito. Pânico tomou conta de mim, mas eu
estava muito excitada para detê-lo. Uma vez que eu estava exposta a Braydon, eu sabia que
não haveria como voltar atrás. Mas eu não queria parar agora. Os dedos hábeis de Ben
soltaram as tiras que levemente acariciaram minha pele desnuda.
Eu tinha assumido que iria levar as coisas devagar, conversas, o jantar, uma
abundância de bebidas para criar coragem, me dando tempo para me acomodar sobre a
situação e ver se eu queria seguir adiante. Aparentemente, eles não estavam bem com a
espera. Mas a mancha de umidade na minha calcinha me disse que nem eu estava.
A mão de Braydon segurou meu peito e ele rolou meu mamilo entre o polegar
e o indicador, emiti um gemido suave quando a palma da sua mão entrou em contato com
a minha carne pesada. — Posso te provar, Jujuba? — O topo do meu vestido descansou
no meu colo, meus seios totalmente expostos.
— Eu quero ver você gozar, ver esta bela buceta ficar apertada e molhada. —
A voz de Braydon era profunda e cheia de desejo.
Eu adorava o quão molhada eu estava ficando por estes dois homens, sem
sequer tocá-los. Eu balancei a cabeça e sua mão segurou minha buceta, a palma da mão
pressionando contra o meu clitóris. Prazer atravessou por mim. Ele lentamente deslizou
um dedo dentro de mim, gemendo quando fez isso, e em seguida adicionou outro dedo,
gemendo enquanto enfiava, como se o ato de me penetrar fosse fisicamente uma tortura.
Ben deu atenção aos meus seios, chupando e lambendo mais avidamente do
que Braydon tinha. Eu enrolei meus dedos em seus cabelos e gemi. Na ação empurrei meus
quadris mais perto na mão de Braydon e seu ritmo aumentou.
Jogando a cabeça para trás contra o assento de couro fresco, quatro mãos me
seguraram firme, quando pequenos tremores varreram meu corpo. A boca de Ben colou na
minha, nossas línguas emaranhadas quando deixei escapar um grito final de prazer.
A limusine parou e uma voz masculina suave falou pelo interfone. Braydon
apertou um botão e respondeu o motorista em fluente italiano. Ben me entregou minha
bolsa e pegou minha mão. Isso foi como um evento bem orquestrado e eu era a atração
principal. Era quase demais. Me incomodou o quão profissionais eles eram nisso. Era
bastante óbvio que outras mulheres tinham sido tratadas com este mesmo êxtase.
Ben puxou minha cadeira e ele e Braydon, esperaram até que eu me sentasse
antes de graciosamente se sentarem em suas próprias cadeiras, todos os seus movimentos
foram coordenados. Seus olhos, ainda pesados de desejo, observavam cada movimento
meu. Quando o garçom veio para encher nossos copos de água, eu não podia me ajudar,
mas me perguntava se eles estavam ainda duros e prontos para mim, debaixo da mesa.
Nossas bebidas foram entregues: uma garrafa de vinho tinto para mim e Ben, e
um copo de cerveja para Braydon. Ele me fez sorrir. Parecia que, independentemente do
ambiente e ocasião, ele estava confortável sendo ele mesmo. Ele tirou o paletó e enrolou as
mangas da camisa até os cotovelos. Ben continuou a ser o epítome da sofisticação belo e
clássico. Esqueça o filé, ele me dava água na boca.
Eu esperava que Ben fosse corrigi-lo. Que dissesse que não estávamos juntos.
— Cerca de um mês. — Disse Ben em vez disso, seu joelho roçando o meu
debaixo da mesa.
Quando a sobremesa foi oferecido, optei por uma torta de frutas. Ben e
Braydon deixaram passar, cada um olhando para mim com fome. Oh meu, aparentemente,
eu estava em seu cardápio de sobremesas para mais tarde. O pensamento era excitante. A
forma como Ben me viu mastigar lentamente os pequenos pedaços da torta me fez pensar
se ele pensava que eu estava propositalmente me oferecendo como sobremesa. E talvez eu
estivesse, mas a verdade é que esta sobremesa não deveria ser comida rapidamente. O doce
sabor estourou na minha língua e a massa era leve o suficiente para derreter na boca. Era o
paraíso.
Ben exalou lentamente, seu olhar se decidindo sobre o meu. — Esta noite é
para ela. Tudo o que ela quer.
Pouco depois, quando terminamos nossas bebidas Ben pagou a conta. Depois
se levantou para me ajudar a levantar da minha cadeira. O que era bom, porque eu não
acho que minhas pernas podiam funcionar corretamente naquele momento. Eu puxei uma
respiração profunda em meus pulmões, me perguntando como o resto da noite iria ser.
Ben
Merda. Eu tinha concordado com isso, por ela, mas não era como se eu não
estivesse tendo dúvidas. Eu era o cara a ferrar tudo. Ela não era minha. Eu disse a ela uma
e outra vez. Isso não importa para mim. No entanto, importava. Foi uma lição séria de
controle para não arrebentar a mandíbula de Braydon depois que ele a tocou. Mesmo a
forma como sua mão se estendeu para ela, descansando contra a parte inferior das costas
dela quando ele a levou de volta para o carro me incomodou. Como eu ia lidar com ele
colocando o pau dele dentro dela?
Foda-se. Bebi mais uma bebida, assim que a nossa limusine parasse eu
precisaria estar o mais bêbado possível pra lidar com esta merda.
Capítulo 17
Emmy
Uma vez dentro de seu quarto de hotel, Ben parecia precisar marcar seu
território, para me reivindicar como sua antes que mais nada ocorresse. Enquanto Braydon
nos servias de outra bebida, Ben me levantou em seus braços, me segurou firmemente
contra seu peito e me beijou profundamente. Suas ações me confundiram. Ele era tão
carinhoso, tão amoroso, parecia contraditório com o que esta noite estava sendo em tudo.
Mas eu não ia reclamar. Este era Ben. Isso era o que eu queria o tempo todo.
Ele apertou mais um beijo suave na minha boca depois baixou os meus pés no
chão. Embora com esses saltos altíssimos eu ainda fosse vários centímetros mais baixa do
que ele, estávamos um pouco mais em um campo de jogo nivelado. O topo da minha
cabeça, pelo menos roçou seu queixo. Ele beijou minha testa e seus olhos prenderam os
meus. Eu tentei ler o que ele estava tentando me dizer, mas não pude determinar se o olhar
assombrado foi a indecisão ou apenas preocupação comigo. Engoli em seco e me afastei.
Braydon se virou para nos enfrentar, dirigindo sua atenção para Ben. — Tem
certeza que está bem com isso?
Cada um deles me acariciou suavemente, alisando as mãos para cima dos meus
braços nus, escovando o cabelo do meu pescoço para me beijar com ternura naquela
região, acariciando meus quadris. Ben segurou minha bunda e apertou. Sua dupla atenção
foi vertiginosa e me ligou.
Braydon inclinou meu queixo para cima para encontrar seus olhos. — Você
está pronta para mim? — Eu deixei meu olhar vagar até a grande ereção tentando sua calça.
— Você já me tem duro. — Ele rosnou.
Ben deu com seu ombro um empurrão brincalhão, e minha barriga revirou
com os nervos. Meu nervosismo evaporou quando Ben inclinou meu queixo para cima e
me beijou. Claro, eu me sentia meio estranha por estar beijando-o, enquanto acariciava o
outro, mas não tão estranha quanto eu teria pensado. Era Ben afinal de contas, alguém por
quem eu estava totalmente apaixonada, e ele e Braydon tinha feito isso várias vezes antes.
Era, obviamente, algo que eles estavam confortáveis. Eu soltei e fui com ele.
Agora livre do cinto, Braydon deslizou as calças para baixo sobre seus quadris.
Notei várias coisas ao mesmo tempo: Ele exalava comando. Seu tamanho era comparável
ao de Ben. Longo e firme, mas com uma veia grossa percorrendo o seu comprimento.
Barbeado completamente. E uma barra de prata perfurando a cabeça. Uau.
— Que porra é essa? — Ben perguntou com o cenho franzido, olhando para
Braydon.
Eu segui seu olhar para baixo para o anel de prata perfurando a cabeça do
pênis de Braydon. — É uma APA —. Braydon encolheu os ombros, como se ter um
piercing lá não fosse grande coisa. — Eu não estou autorizado a ter piercings ou tatuagens.
— Explicou ele, encontrando meus olhos.
— Ele não tinha isso da última vez. — Explicou Ben, se virando para mim,
antes de dirigir sua atenção para o membro ilícito de Braydon. — Que porra é essa, cara?
Isso não vai machucá-la, não é?
Braydon riu e jogou a cabeça para trás para uma rica risada gutural que caiu de
seus lábios. — Porra nenhuma. Ela vai implorar para obter outro. — Ele sorriu com
confiança, sua mão descendo até encontrar seu pênis, o acariciando lentamente para cima,
para baixo e sobre a cabeça com o piercing.
Eu tinha que admitir, eu estava curiosa. Eu não tinha ideia de como iria sentir
aquilo dentro de mim. Mas eu estava hesitante em tocá-lo, com medo de fazer algo errado.
Ele podia ler a indecisão sobre o meu rosto, seus olhos se fixaram em minha boca, onde os
dentes roçaram meu lábio inferior.
Olhei para Ben para sua reação. Seu rosto permaneceu calmo, sua expressão
ilegível, enquanto observava meus olhos. Eu continuei lentamente acariciando Braydon
enquanto sua respiração gaguejou em seu peito. O sentia estranho na minha mão. Sua pele
estava quente, como estava a barra, mas ele era diferente. Eu estava acostumada a Ben
nestas últimas semanas.
Eu senti Ben se movimentando atrás de mim. Suas mãos capturando meus
quadris e ele puxou minha bunda para trás para sentir seu comprimento endurecido.
Desatou o nó do meu vestido exatamente como ele tinha feito na limusine. Mas desta vez
ele deixou o vestido cair completamente para que ele caísse aos meus pés. Seu pênis
aninhado na fenda da minha bunda, suas mãos subindo para embalar e massagear meus
seios.
Eu sentia que havia algo acontecendo entre mim e Ben, mas eu não tinha ideia
do que. Pare de ser delirante, Emmy, ele repetidamente disse que ele não quer um
relacionamento! Eu lutei para desligar meu cérebro e seguir o conselho de Ellie. Divirta-se.
Não fique emocionalmente envolvida.
Ben deslizou minha tanga pelas minhas coxas e se abaixou de joelhos na minha
frente, batendo Braydon de lado. — Eu recebo o primeiro gosto. — Disse a ele.
Braydon fez sinal para ele ir em frente, como se eu fosse uma iguaria rara e boa
para ser repartida e saboreada.
Ben ajoelhado diante de mim era uma bela vista. Ele levantou uma sobrancelha
escura, em seguida, sem aviso pressionou a boca para a junção entre as minhas coxas. Ele
arrastou a língua lentamente pelo meu centro, enviando dardos quentes de prazer através
da minha barriga. Meus joelhos se dobraram, mas o forte aperto de Braydon em meus
quadris me impediu de ir para baixo.
Ben lambeu e chupou num ritmo lento, enlouquecedor que eu tinha aprendido
a apreciar com ele, enquanto Braydon me segurou por trás, oferecendo carícias suaves ao
longo de minha espinha. Santo Deus, isso me fazia sentir incrível.
Ben era quase bom demais nisso. Meu corpo não poderia lidar com o contato
direto, mas ele sabia o que estava fazendo e ele alternava batendo contra o meu clitóris e
pressionando beijos suaves contra meus lábios gordos e osso púbico. Muito em breve, eu
cavei minhas mãos em seus cabelos e gozei em voz alta, grata pelo aperto firme de Braydon
em meus quadris.
Nós três fomos para a cama. Eu precisava provar Ben, para mostrar a ele que
ele era meu e eu era dele. Não importava o que ele havia dito, eu senti que era a verdade no
fundo do meu coração e eu estava indo para lhe mostrar. Eu o empurrei contra a cama e
mexi sobre ele, tomando seu comprimento duro na minha mão e deixando minha boca
afundar todo o caminho até que meus lábios encontraram seu estômago tenso. Ele respirou
fundo, seus abdominais apertando.
— Merda, baby, — ele amaldiçoou. Suas mãos seguraram meu cabelo e eu lhe
acariciava com entusiasmo da base à ponta, enquanto mamava seu comprimento firme. —
Porra, Emmy... sim... desse jeito.
Muito em breve, Bem se puxou, livre da minha boca. — Você vai me fazer vir,
Tennessee. — Meu coração pulou ao ouvir seu velho apelido para mim. Isso fez as coisas
parecerem mais íntima entre nós, ouvi-lo se referir a mim como ele fez quando nos
conhecemos.
Eu estava deitada do meu lado, meio caída sobre Ben, quando senti Braydon
deitar atrás de mim. Braydon beijou a minha nuca, alisando as mãos sobre meu generoso
traseiro. — Foda-se, eu amo essa bunda, Jujuba.
Ben me abraçou ao peito, me embalando contra seu corpo quente. Ele beijou
minha testa e me permitiu ajustar à plenitude de Braydon me penetrando. Quando abri os
olhos, encontrei Ben, a tensão em sua mandíbula e o ardente olhar possessivo em seus
olhos me pegou desprevenida. Beijei-o, sem saber o que ele queria naquele momento.
Após alguns momentos, ele agarrou minha mão, a trazendo para seu pênis. —
Me acaricie, baby... — Ele sussurrou, com a voz entrecortada.
Cheguei entre nós e o agarrei, deixando minha mão deslizar ao longo dele,
deslizando da base à ponta.
Braydon avançou, balançando meu corpo contra Ben. O momento era
incrivelmente erótico, sendo imprensada entre dois homens. Dois conjuntos de pernas
entrelaçadas com as minhas, suas mãos grandes me acariciando. Ben beijando minha boca,
a língua de Braydon esbanjando meu ombro... Me perdi no ritmo, acariciando Ben no
mesmo ritmo, na medida, dos movimentos de Braydon contra mim.
— Ainda não. Goze comigo, baby, — Ben sussurrou contra a minha boca.
Ter tanto de sua atenção completa me desfez. Eu gozei mais do que nunca,
enterrando meu rosto no peito de Ben eu gritei. A mão de Ben assumiu meus movimentos
desconexos e ele me acariciou firmemente, até que eu senti o sêmen quente que fluir sobre
os nossos dedos entrelaçados. Minha buceta apertou e Braydon pressionou no fundo, mais
uma vez, gemendo a sua própria liberação.
Fiquei nos braços de Ben, descansando minha bochecha em seu peito firme,
apreciando a sensação de apenas estar realizada. Eu sabia que era estúpida, mas naquele
momento eu me senti tão amada, tão protegida. Eu nunca quis deixar este lugar quente. E
eu não precisava, porque Braydon voltou com panos quentes e me limpou enquanto eu
permanecia aninhada contra Ben. E depois de abandonar a camisinha, Braydon rastejou de
volta para a cama com a gente.
Ele estreitou os olhos para Braydon. — Tudo bem, mas fique em seu próprio
maldito lado. Ninguém abraça Emmy, além de mim.
Dormir em uma cama grande entre dois homens foi outra experiência nova
para mim. Eu me enrolei em Ben, relaxada e exausta e deixei ele me segurar.
Capítulo 18
Emmy
Na manhã seguinte, fiquei aliviada ao ver que Braydon tinha deslizado para
fora e saído em algum momento. Mesmo que eu me sentisse mal por Ben ter tentando
expulsá-lo ontem à noite, não acho que eu poderia lidar com ele, de frente, esta manhã. Eu
tinha o homem que eu queria, quente e sólido ao meu lado.
Ben preguiçosamente piscou abrindo seus olhos e sua boca se contraiu com
um sorriso.
— Não está ferida ou qualquer coisa, não é? — Ele perguntou, sua expressão
preocupada.
Eu balancei minha cabeça.
— Eu honestamente não sabia que ele tinha esse piercing. — Ele franziu a
testa.
Eu sorri. — Foi tudo bem, Ben. — E bem era o código para alucinante, —
Mas Ben não precisa saber tudo isso. — Você nunca consideraria... — Eu olhei para os
lençóis, cutucados pelo seu comprimento semi ereto.
— Porra nenhuma. Eu não sou louco, minha querida. — Sua mão foi
protetora sobre sua masculinidade e eu ri, me aconchegando em seus braços. Ben me
enrolou em seus braços e beijou o topo da minha cabeça.
A verdade era que eu não precisava dele coberto ou com quaisquer outros
enfeites. Eu o amava do jeito que ele era. Uau. Gostava. Eu gostava dele. Não aquela outra
palavra. Isso seria muito perigoso. E estúpido.
Nossa sessão de carinho do fim da manhã foi interrompida por uma batida na
porta. Nossos olhos se encontraram juntos em confusão. Será que ele estava esperando
alguém?
Um calafrio escorregou pela minha espinha. O que ela estava fazendo aqui?
Sem queixa, eu permiti que ele me guiasse até o banheiro. Ele empurrou
minhas roupas e sapatos para mim e pendurei minha alça da bolsa por cima do ombro
antes de fechar a porta. Eu estava atordoada demais para me mover. Atordoada para
pensar. Em vez disso, agarrei o pacote em meus braços e olhei para a parte de trás da porta,
uma vez que prontamente foi fechada na minha cara.
Um momento depois, ouvi vozes encherem seu quarto. Eu estava nua no chão
de mármore frio segurando o pacote do meu vestido e sapatos.
— Ela e eu temos uma história. — Disse ele com cuidado. — Eu vou te dizer
qualquer coisa que você queira saber, mas agora não é o momento certo. Eu tenho que
ficar pronto. E se eu conheço Fiona, ela provavelmente irá ao seu quarto procurar por
você. — Ele apertou meus ombros suavemente. —Vá.
Eu balancei a cabeça.
Não conseguia me concentrar em nada, mas que a conversa iminente entre Ben
e eu precisava acontecer. Tomei banho, me vesti e coloquei os movimentos no trabalho,
mas a minha mente estava em outro lugar. A bela noite que tínhamos compartilhado. A
forma como Ben me fez sentir. A devastação de saber que ele tinha estado, muito
possivelment,e com Fiona esse tempo todo.
Eu: Sim
Eu considerei seu pedido. Eu sabia que devia estar com fome. Eu mal tinha
comido durante todo o dia. Mas a comida era a última coisa em minha mente. Para não
mencionar, que se íamos ter uma discussão emocional, eu preferia não fazê-lo em público.
Ben parecia exausto. Os círculos escuros sob seus olhos e sua postura
derrotada, indicou que ele havia passado o dia preocupado, muito parecido como eu tinha
estado. Eu queria abraçá-lo, entrar em colapso em seu peito, enterrar meu rosto em seu
cheiro, e esquecer todo o resto. Esquecer que Fiona tinha invadido nossa bolha pacífica
nesta manhã, esquecer que ele rudemente me empurrou para o banheiro. E o mais
importante, esquecer como ele continuamente me mantinha à distância, insistindo que isto
era apenas físico, quando eu sentia muito mais.
— Posso entrar?
Eu percebi que estava apenas ali, bloqueando a porta. Eu dei um passo para o
lado e fiz sinal para frente. Ben se sentou ao meu lado na cama e respirou fundo.
Ben não vacilou, não deu qualquer indício físico de que essa linha de
questionamento o deixou desconfortável. — Fomos, sim. — Ele viu os meus olhos, e
verificou a minha reação.
Ele acenou com a cabeça. — Sim, isso foi apenas uma vez, como eu lhe disse.
— Fiona foi a minha primeira. Assim... desde que eu tinha dezoito anos. —
Puta merda! Ele tinha vinte e três anos. Cinco anos de merda? Ele esteve
dormindo com ela por cinco anos? Sem mencionar que você nunca esquece o seu primeiro
amante. Nunca. Ela era a amiga de sua mãe que tinha tomado a sua virgindade. Me senti
fisicamente doente. Eles estavam para sempre ligados através de seu caso em andamento e,
obviamente, íntimo.
Eu sempre tive essa desconfiança subjacente que ela estava apaixonada por ele,
e agora eu entendi o porquê. O relacionamento deles era muito mais profundo e mais
complicado do que eu imaginava. Não era alguma conexão bêbada depois de uma festa
Fashion Week com Braydon, como se eu tinha inicialmente previsto. Era muito mais.
Eu queria bater em alguma coisa. Se ele acreditava honestamente que sexo não
queria dizer nada, especialmente um relacionamento contínuo com a mesma pessoa por
cinco anos, ele era um idiota. — Eu odeio que ela conheça todos os detalhes íntimos sobre
você... coisas que eu achava que eram nossas... ela o sentiu dentro dela... muito mais vezes
do que eu.
Ele baixou a cabeça. — Eu sinto muito. Eu deveria ter lhe contado antes. Eu
não estive com ela há meses. Desde antes de você e eu ficarmos juntos.
Eu me senti tão ingênua. Era demais para engolir. Ele nunca disse que éramos
exclusivos... ainda assim, eu nunca tinha imaginado algo como isso. Eu me senti ferida,
traída, quebrada num milhão de pedaços. Meu pobre coração batia de forma desigual no
meu peito.
— Como você ousa me envolver nisto... me seduzir... dizer que foi apenas
sexo... sabendo o tempo todo que Fiona é minha chefe, que eu já tenho uma relação difícil
com ela. Alguma vez você sequer pensou em minha carreira? O que ela faria comigo,
quando ela descobrisse que você não estava dormindo com ela, porque você tinha um
brinquedo novo?
Ele não respondeu, mas seus olhos se arregalaram, me dizendo que ele não
tinha considerado isso.
Ele murchou, seus olhos brilhavam como fogo. — Passei o dia inteiro
tentando descobrir como te dizer isso... Eu não quero mais ninguém, Emmy. E depois de
ontem à noite com Braydon, eu não quero ver alguém tocar em você de novo. Eu quero
que você seja minha. Eu quero um relacionamento real, apenas você e eu. E agora eu,
aparentemente, estraguei tudo antes mesmo de começar.
Eu não discuti, eu só torci minhas mãos no meu colo, sem saber como eu me
sentia sobre sua pequena declaração. Será que ele estava dizendo tudo isso porque eu estava
louca por Fiona?
Eu não tinha dúvida de que ela o tinha abordado várias vezes, por isso a sua
abstenção deveria ter feito eu me sentir melhor. Mas foi um prêmio de consolação de
merda. — Eu preciso de tempo. — E eu precisava chorar muito. Ninguém precisava ver
isso.
— Ok, — ele disse suavemente, se levantando da cama. Ele se abaixou e deu
um beijo suave na minha testa. — Eu sinto muito.
A porta se fechou atrás dele com um som sinistro. Eu me enrolei em uma bola
no centro da cama, envolvendo meus braços em volta de mim. Eu me sentia doente,
humilhada, completamente desorientada.
Engoli dois analgésicos com um copo de água da torneira morna e joguei água
fria no meu rosto. Peguei meu telefone e me arrastei de volta para a cama. Era estúpido,
considerando que eu o chutei para fora, mas ainda assim, a dor em meu peito se
intensificou ao ver que eu não tinha novas mensagens.
Eu marquei Ellie, atordoada demais para sequer calcular que hora estava em
Nova York.
Ela atendeu no terceiro toque. — Emmy!
— Oi... — Eu resmunguei. Droga minha voz soava como um homem.
Incrível.
De certa forma fiquei aliviada por ela saber imediatamente que algo não estava
certo. Eu não acho que seria capaz de fingir, ou ter uma educada conversa fiada agora. Eu
respirei fundo e puxei as cobertas até meu peito. — Você conhece a cadela da minha chefe
que eu odeio?
— Fiona, certo?—
— Sim. Bem, eu acabei de descobrir que Ben esteve dormindo com ela por
cinco anos.
— Cristo.
— Não. Ele disse que não esteve com ela desde que ele e eu começamos...
Fosse o que fosse que tínhamos.
Eu engoli o caroço na minha garganta. — Sim. Acho que sim. Eu não acho
que ele iria mentir sobre isso. Ele me disse tudo o que eu pedi. E ele está comigo
praticamente todas as noites, por isso...
— Hmm. E ele disse que o relacionamento com ela acabou... agora que ele está
vendo você?
— Sim.
— Bem... é possível que isto pareça como um grande negócio, porque ele
estava com Fiona, que você despreza. Mas esta totalmente com você. Você ainda quer
continuar esse relacionamento de parceiros sexuais com seu coração no jogo e o dele não?
Isso pode ser perigoso, também.
Me lembrei do olhar solene de Bem, quando ele me disse que queria fazer isso
de verdade, ninguém além de nós. — Na verdade, ele me disse hoje que ele queria um
relacionamento de verdade comigo. Só nós dois... ninguém mais.
— Parece que é isso que você queria o tempo todo. Você disse que ele é um
grande cara e você está caída por ele. E agora ele quer um relacionamento, mas por causa
de com quem ele dormiu antes de você, você vai usar isso contra ele?
Soava estúpido quando ela colocava dessa forma. Mas eu não iria aprofundar.
Mesmo que estivesse tentando. Não facilmente. Ele dormir com Fiona por cinco anos
malditos era um grande negócio. Ela era minha chefe. Sua chefe, também, em um sentido.
Isso era uma bagunça.
Não era algo que eu poderia simplesmente ignorar e rir. Eu tinha que ver Fiona
todos os dias, sabendo que eles estavam juntos. Estremeci com o pensamento. Percebendo
que Ellie ainda estava na linha, eu agradeci o conselho e disse adeus, precisando de tempo
para processar tudo.
Ben
Eu: Não. Não pra isso, seu porra. Ligue para mim.
— Bem, pare de pensar nela, idiota. Isso nunca vai acontecer novamente.
— Sim, nem me fale. Tudo isto é novo para mim. Eu acho que estou
apaixonado por ela, homem.
Braydon riu. — O que você fez? Deixe-me adivinhar... Ela quer que você
coloque uma APA agora e você não quer?
— Isto não é sobre seu pau ou suas estúpidas bolas preciosas, cara. E não, eu
nunca terei um piercing no meu pau. — Eu fiquei de pé perto da cama e comecei a andar
pela sala, de repente inquieto. Expliquei o relacionamento já tenso de Emmy com Fiona e a
dor em seus olhos quando eu disse a ela sobre o nosso passado. Braydon ficou quieto,
ouvindo a coisa toda. Eu soltei um suspiro pesado. — Eu preciso recuperá-la. O que eu
faço?
— Você precisa mostrar a ela o que ela significa para você. Fazê-la entender
como ela é especial para você. Fazê-la esquecer de tudo sobre Fiona.
— Você tem que pensar sobre as coisas que ela gosta... Se ela curte poesia,
você escreve-lhe um poema... Ou se sua comida favorita é sushi, você encontra o melhor
restaurante japonês para levá-la. Merdas como essa.
Cristo. Eu não era bom com os sentimentos. Isso poderia ser interessante...
Capítulo 20
Emmy
Aquela semana após a confissão de Ben sobre seu relacionamento com Fiona
foi um inferno, mas eu me joguei no meu trabalho. Ser o capacho de Fiona foi a distração
perfeita. Eu pensei sobre Ben, muitas vezes, uma dor surda sempre presente dentro do meu
peito, mas eu fiz o meu melhor. Eu acordava grogue e cansada, caminhava pelo meu dia e
caia na cama todas as noites segurando meu telefone. Eu tive que me dissuadir a chamá-lo
pelo menos seis centenas de vezes. Liguei para Ellie em vez disso.
Deslizando para fora dos meus saltos, eu estava pronta a entrar em colapso na
cama, quando uma batida na porta me parou. Meu coração bateu de forma desigual, e eu
me perguntei quem poderia ser. Era uma entrega da portaria.
Uma vez que o porteiro saiu, eu tentei dar sentido a essa entrega. As íris, roxa
profunda, eram altas, vibrante, com hastes verdes, tinham um leve aroma floral que me fez
lembrar de casa. O cartão ligado ao vaso de flores, dizia, "flor do Estado do Tennessee". Oh...
Isso era interessante. Todos os meus favoritos de casa. Será que as íris cresciam na França?
E eu duvidava que vendessem aqui esta marca de cerveja. Teria Ben feito isso? Trazido
tudo isso só para mim?
Era estranho como esses pequenos confortos de casa melhoraram meu humor.
Eu sorri pela primeira vez em uma semana. Tudo parecia mais brilhante.
— Sim, obrigada. Acabou de chegar. Isso foi muito gentil de sua parte.
Eu sentia falta dele, também. A cada hora de cada dia. — Tudo bem.
— Sim, venha tomar uma cerveja comigo. Eu estou supondo que você nunca
experimentou Hap & Harry.
Ele riu. — Vou para baixo em um minuto.
Quando Ben chegou, o desejo de me esmagar contra o seu corpo era quase
insuportável. Em vez disso, eu abri a porta e o convidei a entrar. Entregando a ele uma
cerveja, eu não pude deixar de notar as profundas olheiras sob seus olhos. Ele não estava
dormindo bem, e eu senti uma pontada de culpa por essa situação.
Ele tomou um gole lento da garrafa, inclinando a cabeça para trás, mas seus
olhos permaneceram nos meus. Seu escrutínio era demais. Me ocupei com a pequena mesa,
removi dois muffins da caixa de pastelaria, e os coloqueis em guardanapos para nós. A
forma grande de Ben apareceu logo atrás de mim, e eu senti irradiar o calor de sua pele, o
senti respirar meu cheiro contra a minha nuca. Ele chegou perto de mim para depositar sua
cerveja em cima da mesa, e em seguida, tomou a minha das minhas mãos e a colocou ao
lado da dele.
Eu virei em seus braços, sentindo a primeira lágrima rolar pelo meu rosto. Ben
olhou para mim, com uma expressão de dor no rosto e enxugou as gotas com os polegares,
capturando meu rosto em suas mãos. Eu não disse nada, não precisava. O olhar que
compartilhamos comunicava tanto, não havia necessidade de palavras. Ben me olhou com
espanto, alisou o cabelo do meu rosto e passou os dedos através dos longos fios, antes de
finalmente se abaixar e trazer sua boca para a minha. — Eu estou apaixonado por você,
Emmy. — Ele sussurrou, enquanto seus lábios pressionaram contra os meus.
As endorfinas, luxúria, amor e desejo inundaram o meu sistema de uma só vez.
Beijei-o de volta, duramente, esmagando minha boca na dele. Suas palavras eram tudo o
que eu queria ouvir, mas na verdade ouvi-las, em sua voz profunda, sexy, era demais.
Ele me deitou contra o centro do colchão e olhou para mim. Minha respiração
vinha muito rápida, meu peito subia e descia rapidamente. Seus olhos pousaram no meu
peito, se movendo sobre cada curva. Ele delicadamente traçou um dedo ao longo da borda
rendada do meu sutiã antes de chegar atrás de mim para soltá-lo.
Ele veio para descansar ao meu lado, deitando assim que nós encaramos um ao
outro. Acariciando meu rosto suavemente, seus olhos observavam os meus com admiração.
— Deus, eu senti sua falta.
Eu coloquei minha própria palma contra sua bochecha áspera e meu polegar
deslizou passando pela pele cor de hematoma debaixo de seu olho, reconhecendo que a
semana passada tinha sido dura para nós dois. —Você disse que aquela noite com Braydon
te fez perceber algumas coisas? — Eu sussurrei.
Ele engoliu em seco e assentiu. — Sim. Eu não sou bom em expressar meus
sentimentos, mas porra, eu queria dar um soco bem na cara dele quando o vi tocar em
você.
Eu sorri. — Nós não tínhamos que fazer isso, você sabe... Eu nunca tinha
pensado em fazer um ménage a trois antes de você sugerir.
— Foi estúpido da minha parte. Ele e eu tínhamos feito isso antes, então eu
percebi que não era grande coisa. Se fosse algo que você queria, eu poderia dar a você, eu
não queria negar-lhe qualquer coisa. Mas, então, quando isto realmente estava acontecendo,
eu não sei. Toda essa emoção e pesar, apenas me atingiram como um tijolo. Eu não queria
que ele te tocasse. Eu queria você só para mim: sua risada doce, seu corpo bonito,
exuberante. Eu não quero dividir você, Emmy.
Ele se inclinou para frente e apoiou a testa contra a minha, beijando levemente
meus lábios. — Nunca mais.
Lendo a tensão no conjunto firme de sua mandíbula, eu sabia que seria duro e
rápido, e isso era exatamente o que eu precisava. Nós dois precisávamos, para afastar
qualquer pensamento persistente de Braydon, ou Fiona. Isto era apenas sobre nós,
selvagens e apaixonados.
Seu corpo inclinou sobre o meu. Ben beijou duramente minha boca e avançou
para frente, a cabeça de seu pau separando minhas dobras quando ele empurrou dentro de
mim lentamente, permitindo ao meu corpo tempo para se ajustar.
Eu estava fazendo pouco mais do que estar deitada debaixo dele, mas eu aceitei
o elogio, pressionando um beijo em seu pescoço. Eu adorava o cheiro dele, o peso dele em
cima de mim. Finalmente, Ben começou a se mover, pequenas estocadas rasas até ter
certeza de que eu estava esticada em torno dele e pronta para mais. Eu envolvi minhas
pernas em torno de sua cintura e Ben agarrou minha bunda com uma mão, dobrando meus
quadris para cima para encontrar seus impulsos. A sensação era quase demais. Ele estava
tão dentro de mim.
Ele dirigiu em mim, batendo com força contra o meu núcleo. Me agarrei a suas
costas largas, enquanto Ben se movia contra mim, me empurrando para o colchão com
cada impulso profundo, me reivindicando, me possuindo, me fazendo dele.
Ben
Depois disso, eu a abracei, sentindo seu corpo tremer e pulsar após o orgasmo
final. Estar intimamente com ela ajudou a afugentar algumas das memórias de Bray. Isso
não era algo que eu queria rastejar em torno, nas bordas da minha memória, porque eu quis
dizer cada palavra que eu disse. Ela era minha. Eu nunca precisei de ninguém do jeito que
eu precisava dela.
Depois que seu batimento cardíaco se recuperou, ela rolou para me encarar na
cama, estávamos deitados lado a lado.
Eu balancei a cabeça. Eu não sabia o que mais havia para falar. Em minha
mente as coisas estavam muito fodidamente claras. Tinha Emmy de volta. Isso era tudo o
que importava. — O que está em sua mente, baby?
Me recusando a permitir que ela tivesse tempo para responder, minha boca
capturou a dela em um beijo faminto. Eu não podia esperar mais um segundo para sentir
seus lábios nos meus. Ela era tão suave, tão doce. Eu não sabia sobre o que era essa garota,
mas eu a queria. Precisava dela.
Após a terceira rodada de sexo em tantas horas, nós dois estávamos cansados.
Emmy tomou banho, colocou shortinhos e a parte superior do top, enquanto eu peguei
duas cervejas frescas para nós e os muffins que tínhamos esquecido antes. Nenhum de nós
tinha jantado, mas isso daria o truque. Quando Emmy surgiu, com o cabelo úmido
penteado para baixo de suas costas e bochechas rosadas recém-lavadas, ela sorriu para o
pequeno piquenique que eu tinha preparado na cama.
Eu a alimentei com pequenos pedaços de muffin, percebi que ela gosta mais da
parte de cima, tomamos as nossas cervejas, conversando um pouco e nos aconchegamos
juntos na cama. Eu desviei a conversa de qualquer menção a Fiona, feliz que a minha oferta
de paz pareceu funcionar. Minha pequena garota bebedora de cerveja, e comedora de
muffin de mirtilo.
Eu continuei a dar a Fiona suas injeções, mas trabalhei duro para manter as
coisas puramente profissionais entre nós. Eu estava a esperando nos próximos minutos, e
me certifiquei de ter colocado meu telefone para vibrar. Emmy provavelmente chamaria
agora que ela tinha terminado o trabalho do dia. Eu queria falar com ela, mas eu precisava
ajudar Fiona primeiro. E já que Fiona e Emmy misturavam tão bem quanto óleo e água, eu
não queria perturbar qualquer uma delas agora.
Emmy não entenderia que eu ajudasse Fiona assim, e Fiona estava num estado
de espírito delicado suficiente, com todas essas malditas drogas de fertilidade. Suas duas
primeiras tentativas de engravidar não funcionaram, e eu comecei a me perguntar se
colocar seu corpo através de tudo isso realmente valia a pena. Mas eu não iria questioná-la.
Eu podia ver a determinação brilhando em seus olhos, quando ela me entregou a seringa.
Fiona levantou sua camisa e eu limpei a área, a observando inalar fortemente com o álcool
frio.
— Não é nenhum problema, Fiona. Eu só espero, que para o seu bem, esta
seja a última vez que nós temos que fazer isso.
Usando a distração, eu belisquei a pele dela e enfiei a agulha, tentando ser tão
gentil como poderia, enterrando a agulha em sua carne. Fiona sempre pulava um pouco,
mas diferente do que tivemos antes, esta pequena rotina se tornou uma ciência praticada.
Colocando o pequeno curativo no lugar, eu descartei a agulha no recipiente.
— Tudo bem?
Mil vezes, eu quis dizer a ela sobre Emmy, mas algo dentro de mim me
impedia.
Emmy
Durante o dia, eu temia o meu tempo com Fiona. Eu ainda não podia olhá-la
diretamente nos olhos. Toda vez que eu a via, eu pensava sobre ela e Ben. Era uma tortura.
Ele queria dizer a ela que estávamos juntos, mas eu continuei o arrastando para longe disso.
Eu sabia que ela ia enlouquecer, e uma vez que ela já me tratava como lixo, eu não queria
ver o que aconteceria, uma vez que ele dissesse a ela. Ela provavelmente ia acabar me
demitindo.
Muitas vezes após o sexo, eu sentia como se tivesse corrido uma maratona.
Meus músculos tremiam, ficava tonta e eu ficava encharcada de suor e esperma. Eu não
sabia que eu era capaz de múltiplos orgasmos, e eu nunca pensei que os homens eram
também. Bem, talvez os homens não, mas Ben Shaw, um deus na cama, era e, ainda ele
gozava duas ou três vezes durante nossos loucos ataques sexuais de horas de duração. Nós
afastamos todas e quaisquer fronteiras físicas, fazendo amor constantemente. Tomamos
banho juntos, enrolados juntos na banheira e dormíamos nus em sua cama grande. Ele se
recusou a me deixar sentir autoconsciente, sempre me acariciando, me beijando e me
dizendo que eu era linda. A perfeição. Um sonho tornado realidade, de verdade.
Eu percebi com clareza absoluta de que eu estava me apaixonando por ele. Era
impossível. Mas eu estava. Ele era doce, carinhoso e me fazia rir. Eu queria compartilhar
sua cama todas as noites, dormir embrulhada em seus braços, afastar seus demônios, e me
certificar que ele estava bem alimentado. Eu queria ser a única a cuidar dele. A última
pessoa que veria antes de dormir e a primeira pessoa que veria quando acordasse. Ele era
meu. Total e completamente. Mesmo que ele não soubesse ainda.
Quando eu olhava para ele, eu não via o modelo das revistas. Eu via um
homem com as necessidades básicas e desejos que eu queria saciar. Eu queria ser a que ele
chamava para a noite, a única que o acariciava e acalmava para voltar a dormir. A pessoa
que o alimentava, que se importava o suficiente para tirá-lo daquelas pílulas de merda. Me
irritava que ninguém se importou o suficiente para fazer essas coisas antes de mim.
Ele era meu. E eu sabia que eu o amava. Não a ideia dele, não o modelo, ou o
prestígio ou estilo de vida luxuoso. Eu amava esse homem, esse quebrado, sensível, homem
de fala suja.
Eu queria lhe dar tudo: tudo de mim, a minha família, e tudo o que ele nunca
teve. Mas ainda não era o suficiente, porque ele merecia tudo isso e muito mais.
Amar Ben Shaw era o sentimento mais aterrorizante. Era como estar numa
montanha russa sem barra de segurança, em queda livre, sem pára-quedas, e morrendo do
coração e de falta de ar ao mesmo tempo. Eu não tinha ideia se ele era mesmo capaz de se
comprometer num relacionamento tradicional. Mas isso não mudava meus sentimentos. Eu
o amava com todo o meu ser, se era ou não era devolvido. Não era uma escolha. E isso, o
amor para sempre, assustava o inferno fora de mim.
Prendi a respiração depois que disse isso. Era inteiramente verdade, mas
merda, eu não tinha a intenção de apenas deixá-lo cair sobre ele assim. Agora, ou talvez
nunca.
Ben permaneceu silencioso, mas eu sabia que ele tinha me ouvido. Eu o senti
endurecer ligeiramente quando eu tinha pronunciado essas três pequenas palavras. Depois
de alguns instantes, ele pressionou outro beijo na minha cabeça e disse boa noite mais uma
vez, seu tom final.
Ben tinha prometido que a festa depois do Fashion Week, esta noite, seria
muito mais doméstica do que as festas loucas anteriores. Hoje seria uma festa mais privada
em que os estilistas celebrariam na cobertura do hotel La Manufacture, localizado no bairro
têxtil de Paris. A maioria das principais grifes de roupa estaria lá. Ben mencionou que
Braydon estava de volta à cidade para uma sessão de fotos, mas, aparentemente, eu não
deveria ficar animada com a possibilidade de vê-lo esta noite. Garanti a Ben que isso não
tinha nada a ver com a nossa noite juntos; fiquei aliviada por conhecer alguém ali além dele
e de Fiona.
— Vá em frente e diga oi. Vou pegar uma bebida de verdade e, depois irei
encontrá-los.
— Oi, Braydon!
— Ei, amigo! — Braydon lhe deu um tapinha ruidoso nas costas e pegou a
cerveja dele. — Você a reconquistou, não foi?
— Sim. Obrigado pelo seu conselho, cara! — Ben sorriu e me puxou para o
seu lado para beijar a minha testa.
Notei uma taça de champanhe marcada de batom posta ao lado de uma garrafa
vazia de Braydon.
Ben ficou tenso ao meu lado. Antes que eu pudesse perguntar quem era
London, Gunnar falou com Ben.
— Claro! — Ben olhou diretamente para mim. — Está tudo bem se eu deixá-la
com Bray?
Eu concordei.
— Claro. Vá!
— Na verdade não.
London nunca retornou para a sua taça de champanhe, e Braydon fez o seu
melhor para me distrair. Ele perguntou sobre onde eu morava em Nova York e falou sobre
suas aventuras bêbadas durante as últimas semanas, mas meus olhos continuamente
procuravam Ben. Uma hora depois, sem ainda nenhum sinal dele, eu me desculpei com
Braydon. Depois de consumir três dos pequenos coquetéis de pêssego, estava precisando
desesperadamente de um banheiro. E eu queria encontrar Ben.
— Você sinceramente está dizendo que não sentiu a minha falta? — Perguntou
uma voz feminina.
Ela riu um riso macio e calculado, o riso de uma mulher acostumada a ter
exatamente o que ela queria.
— Nós nos divertimos juntos, certo? — Sua voz tinha ficado mais baixa, mais
abafada.
Eu não podia ouvir mais, mas ao invés de sair normalmente, eu me virei e bati
diretamente na porta da varanda de vidro, a sacudindo ruidosamente. Ben virou de repente
e pegou os meus olhos.
— Emmy!
Ele deve ter vindo nos procurar, e, infelizmente, ele tinha trazido Fiona com
ele, também. Mais pessoas lotavam a sala de estar, enquanto a festa lentamente e
seguramente, se movia para ali. O olhar de Braydon vagou atrás de mim para Ben e
London e ele fez uma careta. Ele devia saber toda a história.
— Emmy... — Ben estendeu a mão para mim. — Isso não foi nada, London e
eu estávamos apenas colocando a conversa em dia. Eu juro para você!
Oh Deus, ela era agradável, também! Eu só fiquei ali, inutilmente olhando para sua
mão. Ben se aproximou.
Observá-lo ir atrás de Fiona fez com que me sentisse como se uma faca tivesse
sido empurrada dentro do meu peito. Depois de me esconder de Fiona todo esse tempo,
ele escolheu este momento terrivelmente tenso para anunciar que estávamos juntos, e então
saiu correndo atrás dela?
Eu me sentia doente. Mais doente do que eu já me sentia depois que ouvi seu
flerte, na conversa com London.
Pontos negros nublaram a minha visão. Oh merda, eu vou desmaiar!
Seu braço quente cercou a minha cintura e ele me guiou para longe da
carnificina.
Eu afundei na cadeira e nos servi uma dose generosa de whisky. Eu não estava
nem perto de embriagada o suficiente para lidar com todos esses sentimentos confusos que
Ben despertava em mim. Eu disse a ele que o amava, e ele não disse nada... E agora esta
noite eu o peguei flertando com a sua ex, que, oh, era apenas uma top model. Em seguida,
houve aquilo com Fiona. Engoli a bebida, apenas desejando me sentir dormente.
Acenei.
— Eu estou bem. O fogo ajuda. — Pequenas chamas azuis dançavam sobre as
pedras no interior da lareira a gás elegante, aquecendo suavemente o ar que nos rodeava.
— Me diga como posso te ajudar. Você quer que eu chute a bunda dele? —
Perguntou Braydon por fim.
Eu ainda não podia acreditar que eu tinha tido relações sexuais com Braydon.
Isso foi acidental.
— Sim. — Eu ri pela primeira vez naquela noite. — Isso seria bom para mim!
— Eu não sei o que houve com London antes. Eu sei que ele pensa com o pau
dele na maior parte do tempo, mas ele é diferente com você, Emmy. Você tem que ver
isso.
— Não, ela era uma garota de Nova York com quem Ben namorou por algum
tempo.
Eu estremeci. Não sei se era melhor ou pior que ela não fosse uma modelo.
Poderia até ser pior, porque gostava da ideia de ser a primeira.
— Só para registrar: acho que ele só compartilhava para evitar ficar muito
próximo das garotas... Ele nunca foi do tipo que desejava um relacionamento.
— Ei, vai ficar tudo bem! Ele é louco por você! Eu sei disso.
— Eu não sei. Eu perguntei na portaria e soube que ela pegou um táxi, e estive
procurando por você. —Ele se ajoelhou na minha frente. —Eu preciso falar com você, por
favor, baby!
Droga! O desespero em seus olhos e o tom áspero da sua voz fazia com que
toda a minha determinação se derretesse.
Eu assenti.
— Ok.
Agarrei a mão de Braydon e dei um aperto. Seu olhar cravou em Ben e ele
encolheu seus ombros, como se estivesse se desculpando. Eu não queria chutar Braydon
dali. Ele tinha me apoiado esta noite. E em nossos breves encontros, a minha confiança
nele aumentou. Ele era um bom rapaz. O júri estava atualmente condenando Ben.
Ben se sentou na cadeira ao meu lado, com seu corpo totalmente voltado para
mim.
— Eu sinto muito por mais cedo, mas baby, nada aconteceu com London!
— Não foi assim! Você vai me ouvir? Não havia nada para dissuadir, porque
ela não tinha nenhuma chance comigo. Eu sou seu, Emmy!
Suas palavras puxaram algo no meu peito, mas eu não podia me distrair com o
meu maldito coração agora.
— Eu disse a ela que tinha me apaixonado por uma doce e bella sulina! — As
mãos de Ben capturaram as minhas. —Você roubou o meu coração, baby! Ninguém e nada
vai mudar isso. Eu pertenço a você! — Ele tirou os fios soltos do meu cabelo do meu
rosto, me olhando com adoração. — Eu não quero passar um único dia sem você. Eu
nunca precisei de ninguém, Emmy. Mas eu preciso de você! Eu amo o jeito como você
cuida de mim. E eu quero cuidar de todas as suas necessidades. Se deixar este idiota em
nossa cama serviu para mostrar alguma coisa, é que eu vou lhe dar qualquer coisa, baby!
Braydon bufou, reclamando em voz baixa que ele não era um idiota.
— Jean!
— Sério?
— Cale a boca!
Meu coração bateu violentamente contra o meu peito. Eu tinha esperado tanto
tempo para ouvir essas palavras, e agora que eu realmente as estava ouvindo, na voz
profunda e sexy de Ben, com seus lábios quentes roçando os meus, era ainda melhor do
que poderia ter imaginado.
Suas mãos se moveram para agarrar a minha bunda e me puxar contra ele. Eu
soltei um gemido ofegante, meu corpo estremecendo com o contato.
— Tire eles daqui! — Ele acenou para a última das pessoas que permaneciam
na cobertura. Aparentemente, Ben não queria que o público visse o que estava prestes a
acontecer. Eu estava muito bêbada e muito excitada para detê-lo.
Não se preocupando em nos despir mais, Ben me fodeu forte e rápido. Ele
empurrou o material da minha calcinha de lado e enterrou-se dentro de mim, num impulso
dolorosamente lento que me estendeu tão plenamente que gritei, com os sons ecoando no
ar da noite. Ele agarrou a minha cintura e me levantava para baixo e para cima dele.
— Você é tão sexy... Eu amo os sons que você faz... Isso mesmo, linda, eu
quero ver você gozar!
— Eu te amo, Emmy!
Senti seu esperma inundando a minha entrada, enquanto pequenos tremores
pulsavam através do meu corpo.
Eu não pude deixar de rir. Eu acho que eu ainda estava muito embriagada, mas
eu achei isso engraçado. Nosso amor tinha deixado ele quente e incomodado.
— Vocês estão brincando comigo? — Ele ajustou suas calças e fez uma careta.
— Não façam essa merda na minha frente, se eu não for convidado para jogar.
Eu não tinha percebido que Braydon estava nos observando, ou ao menos nos
ouvindo do seu posto, enquanto guardava a porta. Opps!
Já era ruim o suficiente Ben e Braydon já terem estado com ela. Alguma parte
de mim gostou que ela não tivesse experimentado o piercing dele que eu experimentei. Se
fôssemos contar pontos, essa coisinha me proporcionava pontos extra. Estupidez, eu sei.
Ben e eu ficamos deitados juntos relaxando a maior parte do dia, até que houve
uma batida na porta no final da tarde. Uma garrafa de espumante foi deixada na portaria. O
cartão dizia:
Ela estava sendo muito boa. Alguma coisa estava acontecendo. Ben não via
isso, mas eu via. Também achei interessante que ela tivesse enviado o cartão para nós dois.
Como ela soube que eu estava no seu quarto e só tinha ido até o meu para trocar de roupa?
Mas eu sorri e aceitei uma taça de espumante.
— Eu te amo, Emerson!
Ele não conseguia parar de dizer isso. O que era muito bom para mim!
— Humm?
— Eu quero que você venha comigo até a minha casa, para ver onde cresci e
conhecer os meus pais.
— Eu gostaria muito!
Meu telefone soou na minha bolsa, e eu olhei para ele. Era Fiona. Isso era
estranho. Ela raramente me ligava. Ela normalmente enviada uma mensagem.
— Alô!
— Sim, obrigada. Ben já nos serviu uma taça e está delicioso. Foi muita
gentileza de sua parte! — Minha voz soava leve e alegre. Bom trabalho, Emmy. Eu
silenciosamente me dei um tapinha nas costas. Maneira de ser civilizada com a ex do seu
namorado. Me senti orgulhosa. Muito madura.
— Maravilha! Bem, depois de apreciá-la, eu adoraria que você viesse até o meu
quarto. Gostaria de conversar sobre a adição de mais responsabilidades à sua função. Você
provou ser bastante capaz!
O quê? Sério?
— Tudo bem, amor. Entre! — Ela recuou até a grande sala de estar e eu a
segui, fechando a porta atrás de mim. Ela se deixou cair no sofá e enrolou as pernas
debaixo dela.
— Oh, bem, eu sinto muito, e eu não quis dizer que parecia ruim. É que eu
nunca a vi, você sabe... — Eu gaguejei. — sem maquiagem!
— Está tudo perfeitamente bem. — Ela acenou com a mão com desdém. —
Eu queria falar com você sobre a sua posição na Status.
— É bastante óbvio que você é mais do que capaz, com as suas funções. Ben
confia em você, e você sabe que eu confio no julgamento dele. Então... Gostaria de
expandir a sua função; dar-lhe um pouco mais de responsabilidades. Claro, que isso viria
com um aumento de salário também. Como é que soa para você?
O que você deveria dizer se a sua chefe descobrisse que você estava
namorando seu ex-caso e lhe oferecesse mais dinheiro? Não havia nenhum guia para isso,
mas eu tinha certeza que eu deveria me sentir grata.
— Absolutamente.
— Eu posso fazer isso. Tudo o que você precisar. — Uau, talvez o meu
trabalho de assistente fosse finalmente compensar. Eu estava subindo na vida.
— Brilhante! Vou enviar um e-mail para você mais tarde, hoje à noite, com
mais detalhes. Mas, por agora, se me der licença, gostaria de tirar uma soneca.
Nosso relacionamento era tão novo, tão frágil, que temia que a distância
pudesse atrapalhar. Se isso fosse um filme da vida, fugiria com aquele homem e nunca
olharia para trás. Mas, infelizmente, não é assim que funciona a vida.
Todo o trajeto até o aeroporto, Ben ficava me dizendo que estava orgulhoso de
mim, e que eu deveria estar animada com essa oportunidade. Eu não poderia evitar pensar
que isso era apenas um truque para Fiona se livrar de mim, desde que descobriu sobre o
meu relacionamento com Ben.
Eu confiava nele, mas isso não significava que ficasse feliz com ele estando por
três semanas, sozinho, em Paris com a mulher com quem ele tinha tido um caso contínuo.
Eu não confiava nela. Nem um pouco!
Ben pagou um upgrade para mim, na primeira classe, mesmo que tenha lhe
dito que isso não era necessário, e, depois, ele me acompanhou até onde os limites de
segurança permitiam.
— Ei, são apenas três semanas! — Ele segurou meu rosto em suas grandes
mãos, encontrando os meus olhos com um olhar preocupado.
— Três semanas e dois dias. — Eu apontei.
— Você acabou de me dizer que você vai me enviar mensagens sexuais? Falou
como a porra de um verdadeiro romântico!
Estava cada vez mais difícil de encontrar Ben nas semanas que se seguiram.
Talvez fosse a diferença de fuso de seis horas ou nossos horários de trabalho, mas
raramente nos foi oferecido tempo para falar. A única coisa que me ajudou a passar o
tempo era que eu tinha pegado uma das camisetas de Ben comigo de Paris. Seu perfume
masculino ainda se agarrava ao tecido, e a cada noite eu enterrava meu rosto no algodão e
respirei profundamente. Quando o cheiro finalmente passou, eu me preocupei que de
alguma forma, era um sinal de que as coisas estavam caindo aos pedaços entre nós.
Ben estava tendo problemas para dormir durante a noite novamente e me disse
que tinha começado a tomar suas pílulas. Ele me decepcionou, mas eu entendi. O homem
precisava dormir. Ele jantava quase todas as noites com Fiona e eu tentei ser madura sobre
isso, eles eram os únicos deixados em Paris desde que Gunnar tinha voltado para Nova
York poucos dias depois de mim para preparar mais uma grande campanha. Mas minhas
velhas dúvidas e inseguranças sobre seu relacionamento começaram a se infiltrar
novamente.
Nos aventuramos até a cidade, mesmo que tivéssemos que pegar um táxi. Ellie
estava vestida com calça jeans, preta skinny e um belo par de sapatos Jimmy Choo. Eu
estava de calça jeans e um par de botas de cano alto, preta.
Eu amava Nova York no outono. Havia um guarda-roupa totalmente novo e
necessário. Eu tinha me jogado em compras, possuída como se fosse no meu trabalho. Foi
a distração perfeita. Ellie estava muito feliz em ajudar. Ela me mostrou as melhores lojas da
cidade onde poderíamos chegar a um acordo sobre a última moda.
— O quê? —
— Eu odeio caras assim. — Ela lançou um olhar irritado para o grupo de caras
enfiados em uma mesa de canto na área VIP selecionada.
— Você o conhece?
Eu ri com Braydon. Por alguma razão ele estava despojado com uma camisa e
calça jeans e usava um par de óculos de sol. Dentro do bar. E não apenas qualquer óculos.
Mais um em forma de coração, rosa. Óculos de sol feminino e brilhante.
Seu olhar com os óculos malucos abocanhou o meu. — Jujuba, — Ele pulou
de seu assento e me abordou num abraço. — O que você está fazendo aqui?
Eu pensei em deixar escapar que Fiona tinha me banido da França, uma vez
que ela entendeu que Ben e eu tínhamos ficado muito próximos, mas ao invés disso eu
educadamente expliquei que estava de volta para trabalhar na Fashion Week de Nova York
na primavera.
Ele tirou as lentes bobas e seu olhar, vagou atrás de mim e trancou em Ellie.
— Me apresente a sua amiga. — Seu tom era decisivo e ele estava praticamente transando
com os olhos nela. Claramente Braydon gostou do que viu. Todo aquele cabelo de mogno
escuro e pele bonita em tom azeitonado faziam os homens mais fracos. E Braydon bêbado
não era páreo.
Ellie revirou os olhos para a cantada. — Você tem ouvidos? Ela apenas lhe
disse o meu nome. Use-o.
Braydon virou para mim e seu sorriso desigual me disse que ele estava várias
bebidas à nossa frente. — Ohh... ela é um rojão. Eu gosto disso.
Ela ergueu o queixo. — Elizabeth. Mas, se você gostaria que seus testículos
permanecessem ligados ao seu corpo, você vai ficar com Ellie.
Eu não sabia o que tinha feito suas garras saírem, mas ver a troca de fogo foi
divertido.
Braydon nos apresentou a seus amigos, que, com base na sua altura e recursos,
eu imaginei que também eram modelos. Eu já estava acostumada a estar em torno de
modelos e Ellie, abençoada com uma autoestima saudável, não piscou um cílio.
Braydon sinalizou a garçonete e fez o nosso pedido. Ele pediu para as nossas
bebidas serem adicionados à sua conta.
— O que são esses óculos, Bray? — Eu balancei a cabeça para os óculos cor
de rosa que jaziam descartados ao lado dele.
Ele deu de ombros. — Encontrei-os sobre a mesa. Não são bonitos? — Ele os
deslizou de volta e sorriu para mim. Ah, sim, ele estava acabado. Ele era engraçado e
brincalhão quando estava bêbado. Ellie revirou os olhos, claramente não divertida.
Braydon se inclinou mais perto, jogando o braço em volta dos meus ombros.
— O grande Ben não está aqui para nos prender... você pode jogar com o meu APA
novamente mais tarde. — Ele mostrou seus dentes brancos para mim, sorrindo
brilhantemente.
Eu balancei a cabeça e ri. Enquanto alguns teriam pensado que era grosseiro o
jeito que ele tinha praticamente me proposto sexo, eu sabia que Braydon só estava
brincando. Ellie me lançou um olhar interrogativo, mas eu ri disso.
Eu chequei meu telefone de novo, perguntando por que eu não tinha ouvido
falar de Ben por nada naquele dia. Eu tentei não pensar sobre o fato de que ele estava
sozinho com Fiona na cidade mais romântica do mundo.
Capítulo 24
Ben
Eu abri a porta do meu quarto de hotel para encontrar uma Fiona soluçando,
coberta de lágrimas.
Eu nunca tinha visto ela tão prá baixo. — Então, ainda há uma chance, certo?
— Não. Eu só sei que isso não vai funcionar. Por que isso? Os outros doze
não o fizeram. Talvez Deus ou quem quer que esteja lá em cima... — Ela olhou para o teto
— Não quer que eu seja uma mãe.
— Hey, — Estendi a mão para a mão dela. — Eu nunca vou estar muito
ocupado para você.
Ela entrelaçou os dedos juntos. — Eu sei. Você é muito bom para mim.
Sem saber mais o que fazer, eu a puxei para o meu peito para um abraço, e
Fiona se aninhou contra o meu pescoço. Depois de alguns instantes, os soluços pararam,
seu peito se acalmou e suas mãos deslizavam pelos meus lados para segurar minha bunda.
Ela enxugou as lágrimas de suas bochechas e piscou para mim. Fiona era uma
mulher bonita, mesmo com as suas lágrimas. Mas eu não podia fazer isso.
— Ben... — Ela não disse mais nada, apenas continuou implorando a mim
com aqueles intensos olhos castanhos.
— Ben... Ninguém tem que saber... E Emmy não tem que descobrir...
Eu: Algo aconteceu esta noite. Ocupado demais para falar. Saudades.
Capítulo 25
Emmy
Eu não gostava de passar um dia sequer sem falar com Ben. Assim, mesmo
que o texto dissesse que estaria ocupado, eu não pude resistir a chamá-lo algumas horas
mais tarde. Claro, assim que eu disquei, eu desejei não ter feito.
Mas pior do que isso, ela disse que ele estava dormindo e ela não queria
acordá-lo. Em seguida, ela prontamente desligou na minha cara.
— Emmy, baby...
— Ben?
— Seis da manhã.
Ou ele acordou cedo ou muito tarde na noite anterior. — Você dormiu bem?
Por que Fiona atendeu ao telefone ontem à noite? — A memória voltou correndo com
clareza retumbante.
— Ela atendeu?
Eu não respondi, minha mente repleta de perguntas. Havia algo que ele não
estava me dizendo, mas eu não tinha coragem de perguntar naquele momento.
— Eu sinto sua falta mais. Não vai demorar muito agora e depois eu estarei em
casa.
Porra, eu não podia esperar. Eu odiava a sensação que Fiona pensava que Ben
e eu estávamos ficando muito próximos e havia criado propositalmente esta distância entre
nós.
Capítulo 26
Emmy
No dia que Ben deveria estar em casa, o trabalho se arrastou num ritmo
horrível. Tentei me concentrar, eu fiz o meu melhor, mas o meu olhar constantemente
vagava para o relógio. O voo de Ben chegaria mais tarde naquela manhã e ele prometeu vir
direto para o escritório, para me ver. Nós iríamos almoçar. A menos que eu pudesse
convencê-lo a me levar direto para casa para uma brincadeira ao meio-dia entre os lençóis.
Comer era superestimado. E eu sentia falta dele terrivelmente.
Às dez horas, Gunnar parou em minha mesa. — Vamos. Fiona quer que todos
nos reunamos na sala de conferências para fazer algum grande anúncio.
Eu olhei para ele com curiosidade. Talvez ela estivesse anunciando a minha
promoção. Me levantei da mesa e fiquei um pouco mais alta em meus calcanhares. Eu tinha
me saído bem em Paris, e eu resolvi todas as suas exigências de diva com um sorriso no
meu rosto. Tinha valido a pena. — O que você acha que poderia ser? Ouviu algum rumor?
— Eu perguntei quando nos aventuramos no corredor.
Mãe Santíssima. Todo o ar foi sugado de meus pulmões, mas eu consegui tirar
um pequeno fôlego, trêmula. — Ele nunca me disse. — Minha voz era baixa e dura.
— Seus remédios foram levados dos EUA, mantido em gelo, e teve que ser
refrigerado. Pensei que você estava coordenando tudo isso.
Fiona apareceu um momento depois, com Ben ao lado dela. Eu queria correr
para ele, me lançar em seus braços, mas a sala lotada impedia isso. Ele encontrou meus
olhos e eu respirei fundo. Ele parecia terrível. Cansado e chateado com alguma coisa.
Como se ele tivesse acabado de receber alguma notícia horrível. Eu não queria nada mais
do que vê-lo pelas últimas três semanas, mas de repente eu me senti insegura. Incerta sobre
onde estávamos, não tendo certeza sobre suas chamadas distantes, nessas duas últimas
semanas. E se ele tivesse mudado de ideia sobre mim? Quem quer ter um relacionamento?
— Obrigada a todos por seu trabalho, enquanto estávamos fora. Nosso lindo
garoto Ben arrasou como de costume. — Ela sorriu com carinho para ele. — Mas a razão
pela qual eu quis reunir o grupo hoje é para compartilhar uma notícia muito emocionante.
— Quando ela sorriu para Ben novamente fiquei impressionada com o impulso irresistível
para bater no rosto dela. Com uma cadeira. — Eu estou esperando um bebê.
Puta merda.
Eu dei uma cotovelada em meu caminho através da sala lotada e fui direto para
o banheiro das mulheres.
Dez minutos atrás, eu estava tão desesperada para vê-lo, sentir seus braços em
volta de mim. E agora eu me sentia completamente devastada e não tinha certeza sobre
nada.
Eu não queria enfrentá-lo, não queria que ele me visse chorar. Mas eu
precisava de algumas respostas. Havia sinais o tempo todo. Sinais que eu ignorei. Os
telefonemas que ele não atendia na minha presença. Eu me perguntei se eles eram de
Fiona. Daquela vez que ela estava em seu quarto e ele não me deixou entrar... todas aquelas
noites em que ele tinha sido tão curto comigo ao telefone quando estava sozinho com ela
em Paris...
— Eu sinto muito por isso, baby. Sinto muito. Quando Fiona veio a mim e me
contou sobre suas lutas de fertilidade, ela me pediu para não dizer nada a ninguém. Eu dei-
lhe as injeções, mas eu juro que era inofensivo.
Ele não respondeu, pelo momento mais longos da minha vida. Eventualmente,
ele deslizou pela parede, se afundando no chão até que ele estava sentado de frente para
mim. Eu podia ver seus pés pela fresta por baixo da porta. — Você vai sair para que eu
possa falar com você?
Essa não era a resposta que eu precisava. Meu coração bateu de forma irregular
no meu peito. — Você realmente acha que isso vai tornar as coisas mais fáceis?
— Pouco tempo depois que você saiu de Paris, Fiona ficou devastada sobre as
inseminações artificiais não estarem funcionando. Ela fez muitas tentativas, e nenhuma
delas funcionou. Ela me pediu para dormir com ela.
— Ela estava destruída emocionalmente, por isso eu disse que ela poderia
passar a noite no meu quarto. Eu achei que ela não deveria ficar sozinha naquele momento.
Mas isso era tudo o que eu estava planejando... Dormir. Eu pedi o jantar e nós assistimos
TV e compartilhamos algumas garrafas de vinho. Bebi demais e desmaiei. Algum tempo
depois, acordei no meio da noite com Fiona em cima de mim. Ela tinha... Ela estava... —
Ele hesitou. — Ela estava me montando.
Eu não tentei parar o grito que escapou da minha garganta. Baixei a cabeça e
chorei, engolindo o ar. — Isso é estupro, Ben. Você pode prestar queixa.
— Eu não vou apresentar queixa. Eu a convidei para minha cama. Nós dois
estávamos bêbados. Ela estava severamente deprimida...
Eu não sabia o que havia para pensar. Se eles estavam bêbados ou não, se ela
não estava bem. Eu odiava Fiona. Ela poderia queimar no inferno por toda vida que eu não
me importava. — Ela se aproveitou de você... — Ela deveria ser punida por isso.
— Emmy... ela e eu costumávamos ser amantes. Esse tipo de coisa era normal,
ela me acordar desse jeito...
Porra.
Oh, meu Deus... poderia ser o bebê de Ben dentro dela. Lágrimas silenciosas
escorriam pelo meu rosto. Pânico apertou meu coração. Eu queria poder fechar meus
ouvidos, fingir que nada disso estava acontecendo. Em vez disso, agarrei meu peito,
pressionando a palma da mão contra o meu coração, implorando-o para não vacilar. Ele
bateu de forma desigual quando a dor surgiu dentro do meu peito. Eu juro que eu senti o
exato momento que meu coração se partiu, despedaçando dentro de mim com uma dor
afiada e distinta.
O peso do conhecimento que ele não queria vê-la castigada era esmagador.
Puta merda. Eu não podia suportar o pensamento de que ele estaria para
sempre ligado a Fiona. Inferno, talvez eles até mesmo tivessem um relacionamento de
verdade uma vez. Para o bem do bebê. Eu lutei contra uma onda de náusea e reprimi um
gemido com os dedos prensados sobre meus lábios.
Eu precisava ficar longe dele. Eu nem sequer queria compartilhar o mesmo ar.
Me levantando com as pernas trêmulas, limpei meus olhos e saí da cabine. Ben saltou em
seus pés, o olhar dele segurando o meu, num suspense preocupado. A adrenalina percorreu
o meu sistema e empurrei meu corpo em ação. Eu precisava sair deste banheiro.
Ele deixou cair as mãos, parecendo magoado. Bom. Serviu-lhe bem. Ele
mentiu para mim durante semanas. Ele tinha estado dentro de Fiona e tinha a ajudado
durante meses antes disso.
— Eu queria dizer-lhe. Mas eu sabia que você ia ficar louca. E eu não acho que
seja possível que ela tenha engravidado a partir daquela noite, Emmy. Eu lhe disse que não
podia ser o pai. Eu nem sequer... uh, ejaculei... mas ela só continua insistindo que ela tem
uma sensação.
Minhas mãos voaram para os meus quadris. — Ben, você não tem que gozar
para deixar uma menina grávida. Será que você não prestou atenção na aula de biologia da
nona série?
Ele mordeu, sua mandíbula enrijecendo. — Eu não acho que o bebê é meu.
— Oh, você não acha, que coisa reconfortante. — Porra, que idiota.
Ben fez uma careta. — É exatamente por isso que eu não queria te dizer. Eu
pedi um teste de paternidade. Nós vamos começar a trabalhar nisso. Eu prometo a você.
Apenas confie em mim.
— Eu sinto muito. Eu não posso fazer isso. Tem havido muitos segredos.
Muito engano onde essa mulher está envolvida. Eu não posso. Eu não posso mais fazer
isso. — Eu levantei meu queixo e empurrei passando por ele, saindo tão rapidamente
quanto as minhas pernas trêmulas podiam me transportar.
Ben
Dei uma última olhada no espelho após o maquiador ter terminado comigo e
vi Fiona se aproximando por trás. Porra, que maravilha.
Virei o rosto para ela, minha expressão impassível. Eu estava aqui a fazer a
porra do meu trabalho. Nada mais.
— Você comeu açúcar? — Fiona perguntou, seus dedos estendendo para tocar
as olheiras que eu sabia que forravam meus olhos.
— Claro que não. — Eu dei um passo trás para fora de seu alcance. Eu mal
estava comendo, eu não estava dormindo, merda, e meu trabalho estava refletindo isso.
Fiona percebeu meu movimento e franziu a testa. Nós não falamos muito
depois que eu solicitei o teste de paternidade e enviei a ela um cheque para cobrir os custos.
Parecia frio, mas foi assim que ela tinha feito, para me enganar na cama.
Nós trabalhamos juntos. Isso era uma necessidade para o momento. Ela já
tinha me agendado para várias campanhas futuras e eu gostaria de realizá-las. Isso não quer
dizer que eu estava bem com ela me tocando, tentando agir como se ainda fôssemos
amigos, ou me convidando para jantar depois de umas fotos. Eu aparecia para as fotos,
fazia o meu trabalho, então partia para o hotel. Eu não socializava com ela, ou qualquer
outro, nessa matéria.
— Emerson Jean, saia desta cama. — Minha mãe falou lentamente, puxando
os cobertores das minhas pernas.
Eu me senti mal porque Ellie estava segurando meu quarto, pagando a minha
metade do aluguel na esperança de que eu iria em breve voltar à Nova York. Eu não tinha
planos de fazer isso. Não havia nada para mim lá agora.
— Vamos. Chega disso. Eu fiz seu bolo favorito de nozes com calda de
caramelo e café. Não fique mais deprimida.
Era fácil para ela dizer. O coração dela não tinha sido colocado num
liquidificador. Para piorar a situação, meu irmão, Porter, estava vivendo em casa de novo,
depois de terminar o seu contrato de arrendamento com um companheiro de quarto.
Como se eu precisasse de mais algum espectador da minha morte. Minha mãe não tinha a
nós dois sob o mesmo teto em anos. Porter estava agora com vinte anos e embora ele
ainda tivesse que determinar sua direção na vida, minha mãe querida te-lo por perto. E eu
estava meio preocupada que Porter fosse se dirigir para Manhattan em sua surrada e velha
caminhonete e caçasse Ben para chutar a bunda dele. Posso não ter me oposto muito.
Ben tinha me chamado e mandou mensagens sem parar até que eu mudei meu
número. Eu não poderia ser sugada de volta para seu mundo. Eu não pertencia a ele desde
o início. Eu era uma simples menina do sul. Eu não estava talhada para o nível de drama
que o seguia. E se ele era o pai do bebê de Fiona, eles estariam ligados para a vida. Mesmo
que ele não fosse, eu duvidava que ele já tivesse cortado os laços com ela. Ele não via as
coisas claramente quando se referiam a minha antiga chefe. Eu não poderia estar com
alguém que não colocava o nosso relacionamento em primeiro lugar.
Eu fui deixada para chorar a perda dele em minha vida, sabendo a que a dor
que eu senti nunca iria se curar totalmente. Mas eu não podia me esconder no Tennessee
para sempre. Eu precisava voltar para Nova York, se não fosse para ficar, pelo menos para
ver Ellie e recolher o resto das minhas coisas.
Ben
Precisei de cada grama de controle que eu tinha para evitar puxá-la em meus
braços, a segurar contra mim e pressionar beijos na sua boca. A expressão dela estava
cansada. E eu odiava como ela parecia estar em estado de alerta em torno de mim. Eu
queria abraçá-la, confortá-la, mas eu sabia que tinha perdido esse direito.
— Emmy...
Meus sentimentos por ela não haviam mudado. Nem um pouco. Eu a amava.
No mais profundo do meu ser. Eu precisava dela na minha vida. Eu sabia que eu tinha
fodido tudo por causa de Fiona, mas eu precisava que Emmy me ouvisse.
Me ignorando, ela levantou a mão no ar, acenando para um táxi. Que passou
correndo.
— Emmy, espere. — Estendi a mão para ela, mas me contive. Ela não era mais
minha para tocar. O pensamento era preocupante. Estar perto dela novamente e não ter o
direito de estender a mão e levá-la em meus braços era uma situação estranha. Eu não
gostava disso.
— Como está o bebê? — Ela perguntou, sua voz fria e sem emoção.
Quando ela se virou de frente para mim, todo o veneno em sua expressão foi
dissolvido. Ela estava sofrendo tanto quanto eu. Ela fechou os olhos por um instante e
respirou fundo. Eu me perguntei se ela estava sendo atacada por uma série de memórias
como eu estava. Sua risada suave, nós dois partilhando um copo de vinho em um café na
calçada, eu lhe ensinando palavrões em francês, alimentando um ao outro na cama à noite.
E, claro, fazendo amor. Sua vontade de experimentar sexualmente e a química que nós
compartilhamos eram fora de serio. Havia tantas coisas que eu sentia falta nela, e eu me
perguntei se ela sentia minha falta também. Ou será que ela só se lembrava da maneira
amarga como as coisas terminaram entre nós?
— Por favor. Meu motorista está aqui. — Indiquei o sedan preto estacionado
no meio-fio. — Me deixe te levar para casa e explicar. — Eu não tinha a mínima ideia por
onde começar, mas eu não podia deixá-la ir embora, com medo de que eu nunca mais a
veria. Peguei a bolsa, sem esperar pela sua resposta.
Ben calmamente me avaliou, com seus intensos olhos castanhos que sempre
viam muito.
Ele destrancou a porta, e a manteve aberta para eu entrasse na frente dele. Seu
apartamento era espaçoso e aberto. A cozinha estava à minha direita e na frente estavam a
sala e a sala de jantar. Era limpo e arrumado, embora um pouco abafado, com ar viciado.
Eu não tinha certeza de onde ele estava vindo, mas parecia que ele não esteve
em casa por um bom tempo. Ele folheou uma grande pilha de correspondência que tinha
sido entregue a ele pelo porteiro e fez sinal para eu ir em frente e dar uma olhada ao redor.
A sala de jantar tinha uma mesa de mogno redonda e quatro cadeiras estofadas
em couro de cor creme. Eu continuei até a sala e a janela grande que tinha uma vista da
cidade. A sala tinha um sofá marrom-chocolate, moderno e elegante na minha concepção, e
duas poltronas. Não havia muito no quesito decoração, apenas algumas fotografias
arquitetônicas preto e branco penduradas na parede e uma lareira de tijolos cheia de velas
brancas altas. Era simples, mas agradável. Clássico e elegante sem ser pretensioso. Isso lhe
convinha.
Algo para me distrair seria bom. Eu brincava com a garrafa uma vez que ele a
entregou para mim, tomando pequenos goles.
— Ela disse que o teste in-utero tem alguns riscos associados. Ela também fez
um discurso sobre como ela queria esse bebê... Sonhou com isso por dois anos e não faria
nada para prejudicá-lo. Ela concordou em fazer o teste assim que os médicos disserem que
é seguro, o que será depois do nascimento.
— Entendo. — Eu não sei por que ele não iria desistir. Ela era claramente
tóxica para ele... para nós...
— Eu tenho um contrato com ela. Ele não expira até a próxima primavera. —
Acrescentou.
E do mesmo jeito que ele não quis prestar queixa por ela ter se aproveitando
dele, eu estava disposta a apostar dinheiro que ele também não iria levá-la ao tribunal para
acabar com seu contrato inicial.
Senti sua angústia. Era a mesma angústia que tinha me assombrado nos últimos
dois meses. Eu sentia falta dele também. Não havia como negar. Mas eu me preocupava
que éramos muito errados um para o outro. Muito drama. Insuficiente normalidade.
— E você ainda acha isso, depois de viver através dos níveis catastróficos de
drama que Fiona criou para nós? — Baixei a cabeça, eu não aguentei ver a esperança em
seus olhos brilhantes. — Eu não posso fazer isso de novo. — Eu não poderia colocar o
meu coração através dos sentimentos dilacerantes que tinham me dominado nas últimas
semanas. Se e quando eu estivesse pronta para namorar, prometi a mim mesma que eu
escolheria alguém seguro. Um cara legal, normal com um emprego normal. Não um
homem incrivelmente sexy e intenso que transformou meu interior em uma pilha de
gosma. Eu estava indefesa contra Ben. Isso não poderia acontecer de novo. Com tempo
para refletir, eu sabia que a maneira como eu me tornei totalmente fixada em tudo o que ele
dizia e fazia não era saudável. Cada pequena emoção que ele me fez sentir e não vamos
esquecer a resposta do meu corpo a ele. Eu nunca tinha tido um relacionamento tão
intenso. Quando eu estivesse pronta, eu sabia que precisaria de algo como os meus pais
tinham. Devagar e sempre. Algo estável e confiável.
— Você não tem que vê-la. Você não tem que falar com ela. Eu vou ser
representado por sua agência pelos próximos meses, mas é isso. Eu cortei a merda pessoal.
Não há mais consultas médicas, nada mais de sair por ai... Você estava certa. Ela queria
mais comigo. Provavelmente sempre quis. Era hora de acabar com isso.
— Ben, ela saltou sobre você em seu sono. Você poderia simplesmente parar
de trabalhar para ela.
Ele soltou um suspiro profundo e esfregou uma mão sobre a parte de trás do
seu pescoço. — Não é tão simples assim. Apenas confie em mim, ok?
Eu sorri, presunçosa. — Eu tentei isso. Não funcionou muito bem para mim.
Ele franziu o cenho. — Porra, Emmy. Sinto muito. Eu estava tentando fazer a
coisa certa, fazer a coisa do relacionamento sério com você... Ser um amigo para Fiona.
Porra. — Ele torceu suas mãos em seu cabelo.
Compreensão me atingiu como uma tapa na cabeça. Ben não tinha realmente
feito nada de errado. Fiona lhe pediu para manter seus problemas de fertilidade em
segredo. E ele tinha honrado isso. Ele não me traiu, bem, não propositadamente, de
qualquer maneira. Ela se aproveitou dele. Talvez eu estivesse sendo muito dura com ele.
Deus, isso era confuso. Minha cabeça estava uma bagunça.
Quando eu olhei para cima e encontrei os olhos dele eu vi que ele estava
dizendo a verdade. Ele queria fazer isso funcionar. Ele me queria.
Cada vez que o via, era como a primeira vez. Seu queixo forte, peito definido,
ombros largos e boca carnuda, era uma combinação tão sensual, que destruiu e afastou a
minha presença de espírito. Mesmo que isso acabasse me destruindo, eu não conseguia
ficar longe dele. Não. — O que você vai fazer se ele for seu?
— Sim. Juntos. — Sua mão estendeu para pegar a minha. Parecia inofensivo.
Mas quando o peso quente de sua mão deslizou contra a minha pele, um toque foi o
suficiente. Eu percebi em um instante que, mesmo sem saber se o bebê era dele, eu estava
disposta a aceitá-lo e toda a sua bagagem.
— Emmy... — Meu nome era um murmúrio quebrado; sua voz, crua e rouca.
— Você não pode olhar para mim desse jeito, com esses lindos olhos cinzentos. — Seu
polegar acariciou minha bochecha. — Isso traz de volta muitas memórias... — Ele se
inclinou mais perto, seus lábios roçando a camada externa do meu ouvido. — Isso me faz
querer levá-la para a cama e fodê-la até você gritar meu nome.
Eu não respondi. Não foi possível. Minha voz tinha falhado. Pensamento
cognitivo tinha falhado também. Agindo por instinto, eu coloquei minha mão em sua
bochecha, deslizando os dedos levemente em sua pele áspera.
Eu não estava dizendo que não. Eu não estava dizendo que sim.
Sua boca deixou a minha só para viajar na minha garganta, sua língua deixando beijos
úmidos ao longo de minha pele sensível. Sua mão viajou para o norte de minha cintura, se
movendo sob minha camisa para pressionar contra o meu lado. Seu polegar deslizou ao
longo da parte inferior do meu sutiã, mas ele não foi mais longe. Meu coração trovejou no
meu peito, esperando por ele, fazer contato com os meus seios doloridos.
— Emmy... diga-me que isto está bem... Eu preciso estar dentro de você, baby,
muito...
Meu sexo se apertou com a sua admissão. Eu não sabia onde estávamos, não
me importava. Eu o queria muito. Queria que ele afastasse todas as feridas e sentimentos
confusos, e nada faria isso melhor do que sentir seu corpo sobrepujando o meu com
luxúria crua.
Seus olhos castanhos queimavam com paixão. — Se você quer que eu pare, me
diga agora.
Seu quarto era espaçoso, com uma cama king-size no centro, vestida com
lençóis cinza escuro e muitas almofadas macias. A última luz do sol estava desaparecendo,
dando ao quarto um lindo brilho rosa.
Uma acolhedora poltrona de couro estava empurrada num canto e tinha várias
cópias de Vogue espalhadas no chão. Mas o melhor de tudo, o quarto tinha o cheiro fresco
e masculino de sua colônia.
Os olhos de Ben deixaram os meus para vaguear pelo meu peito nu. Ele
afundou de joelhos na minha frente e deu um beijo suave na minha barriga. Então seus
olhos levantaram até os meus e ele começou a tirar minhas calças de yoga para baixo dos
meus quadris, levando minha calcinha com elas. Levantei um pouco para fora da cama, e
ele deslizou lentamente as roupas pelas minhas pernas, as removendo completamente. Eu
estava exposta e vulnerável, mas eu não me sentia assim. Seu olhar escureceu, ele me
olhava com fome, fazendo-me sentir bonita e desejada. Eu queria que ele me tocasse, que
colocasse a boca e as mãos em mim, mas ele se ajoelhou na minha frente, olhando meus
olhos com seu olhar faminto.
— Bem... — Eu sussurrei, sem saber como pedir o que queria. Suas mãos
capturaram meus quadris e ele me obrigou a deitar de volta contra a cama, mas eu me
apoiei em meus cotovelos, sem saber o que ele estava prestes a fazer. Ben se arrastou até o
meu corpo, puxando a camisa dele rapidamente. Sua pele quente pressionava contra a
minha e eu agarrei seus ombros fortes. Seus lábios pressionaram contra minha clavícula, a
parte superior do meu peito, meu braço. Ele depositou beijos suaves em toda a minha pele,
meus seios formigavam na espera por ele.
Finalmente sua boca beijou ao longo da onda de meu peito, as pontas dos
dedos fazendo toques leves ao redor dos meus mamilos. Ele apertou meus seios juntos,
admirando a clivagem generosa que criou e trouxe sua cabeça para lamber e beliscar meus
mamilos sensíveis. Eu soltei um grito gutural. Eu não sei exatamente como apenas isso
poderia me fazer sentir tão bem.
Me sentei e puxei impiedosamente seu cinto, lutando para tirar suas calças.
Ben, aparentemente sem pressa, levantou de joelhos para que o nível do meu rosto
estivesse no mesmo de sua virilha. Meus dedos trêmulos finalmente conseguiram abrir suas
calças e as puxei com sua cueca boxer para baixo de seus quadris. Ele estava duro e
inchado. E ainda maior do que eu me lembrava. Seu comprimento pesado estava pronto e
esperando por mim. Me inclinando para frente, eu o levei na minha boca, o sugando com
avidez, o segurando com as duas mãos. Assim, quando a minha boca fechou em torno dele,
cada um de nós gemeu. As palmas das mãos de Ben acariciavam minhas bochechas
enquanto ele me olhava trabalhar, com os olhos semicerrados e cheios de desejo.
— Porra, querida. Você chupa muito bem. — Eu lambia todo o seu eixo, o
deixando ver a maneira sexy que eu estava beijando sua parte mais sensível. Eu senti como
se estivesse fazendo algo certo, porque ele gemeu baixo em sua garganta, seu corpo dando
pequenos golpes em minha boca. — Emmy, ah... foda... foda... — Ele apertou profundo
para o fundo da minha garganta e eu senti uma onda quente sinalizando a sua libertação.
Ainda ajoelhado, ele veio para cima de mim, pressionando minhas costas no
colchão, mais uma vez.
Mesmo depois de gozar, ele ainda estava duro como uma rocha e eu o senti
empurrando contra o meu estômago.
Seus dedos levemente circularam meu clitóris sensível, enquanto ele sussurrava
coisas doces e sujas no meu ouvido. — Você está tão molhada para mim, baby... Boa
menina... Eu quero te foder muito...
Eu balancei minha cabeça. É claro que eu não estive. Mas ele tinha. — Ben...
Você esteve com Fiona. Eu não confio nisso. Eu preciso que você use um.
Meu cérebro, que agora trabalhava um pouco mais claramente, sabia que
essa não era a solução. Eu não podia cair na cama com ele de novo tão facilmente e esperar
que o nosso sexo mais que apimentado fosse florescer em uma real relação de confiança.
Eu levantei meu queixo e encontrei seus olhos. — Se nós vamos fazer isso... Não pode
mais esconder coisas de mim. Preciso de honestidade brutal entre nós.
— Não há nenhum problema. Vamos fazer isso, baby. Você é minha. — Ele
chegou mais perto, inclinando meu queixo para cima para encontrar meus olhos.
O homem assombrado que eu tinha trabalhado tanto para cuidar, olhou para
mim. Eu não discuti.
Saí para a sala e fiquei perto das janelas que iam até o chão para retornar sua
chamada.
— Emmy, onde diabos você está? Eu verifiquei seu voo, que aterrissou no
horário. Você está bem?
— Onde diabos você está? — O tom preocupado de Ellie puxou meus olhos
de Ben.
— O que diabos você está fazendo aí? Melhor ainda, deixe-me pegar meu
tridente e eu vou ajudá-la.
Ellie murmurou seu adeus, e eu poderia dizer que ela não estava claramente
feliz comigo. Eu teria uma amizade para remendar mais tarde. Não só eu tinha saído de
repente, no mês passado, mas eu meio que fui má por não atender ao telefone quando ela
ligava também. Eu tinha meio que me retirado, enquanto estive no Tennessee. Dormi
muito, fiz jardinagem com minha mãe, e comi muita comida caseira, o suficiente para
compensar a perda de peso obrigatório de 2 quilos que eu tinha experimentado quando
cheguei lá. Colocando o telefone de volta na minha bolsa, eu ainda podia sentir Ben me
observando.
Oh. Ele não disse se Fiona estava lá com ele, e eu não ia perguntar. Estávamos
conversando, fazendo progresso. Eu não queria fechar isso ainda.
— Não foi culpa sua. Eu não estava pensando claramente, de qualquer jeito. É
só... Já faz tanto tempo...
Ele entrelaçou os dedos com os meus e deu na palma da mão um aperto. —
Fale comigo, baby.
— Eu tenho tempo. Nós vamos levar o tempo que você quiser. — Ele ergueu
a mão à boca e pressionou um beijo carinhoso na palma da minha mão. — Eu vou esperar
o tempo que você precisar.
Percebi que Ben e eu havíamos corrido direto para o físico. Mais uma vez. Eu
tinha tanta coisa para descobrir, onde estávamos, onde eu estava indo para o trabalho... Eu
precisava resolver as coisas antes que eu pudesse correr de volta para isso.
Ele nunca esperou por sexo em sua vida, eu tinha certeza. Ele poderia ter
qualquer garota que ele quisesse, deixando cair a calcinha em questão de minutos.
Mordi meu lábio inferior. — Eu não sei, Ben... — Provavelmente não era a
melhor ideia.
— Só dormir. Eu não vou tocar em você a não ser que você me peça. Por
favor.
— Ok. — Eu respondi.
Ele levou minha mala ao quarto dele, e eu enviei um texto para Ellie dizendo a
ela que eu a veria pela manhã. Eu pesquei a minha bolsa de higiene, e em seguida, me juntei
a ele no banheiro onde escovamos os dentes lado a lado na bancada dupla. Ben lançou
olhares para mim no espelho. Eu gostava de estar no seu espaço. Era doméstico e muito
normal depois de tudo o que tinha acontecido.
Certamente ele não proibiria pijama. Ele disse que era apenas para dormir.
Ele puxou os lençóis e nos cobriu com o fofo edredom branco que estava
dobrado sobre a extremidade da cama, nos envolvendo no calor.
Ele acenou com a cabeça. — Elas não têm funcionado merda nenhuma, mas
sim.
— Venha aqui, — Ele sussurrou, abrindo os braços para que eu pudesse ficar
perto dele. — Eu quero você por perto. Eu preciso te abraçar.
Rolei para o seu lado e me aproximei. Descansando minha cabeça contra seu
peito, eu o senti que ele subia e descia constantemente com cada respiração profunda que
tomava. Sua mão arrastou ao longo do meu lado até que ele descansou no vale na minha
cintura. Algo sobre ele me tocando, me fez sentir inteira. A mão de Ben deslizou até meu
quadril, então alisou lentamente de volta para as minhas costelas.
— Deus, baby. Você não tem nenhuma de ideia do quanto eu senti sua falta.
Ainda havia muito para falarmos, mas eu senti a falta dele, também. — Eu
estou aqui, Ben. Apenas durma. — Eu sussurrei.
— Eu me sinto mal por ter gozado e você não. Deixe-me cuidar de você,
querida. — Sua mão arrastou ao longo do meu lado de novo, se movendo para acariciar a
pele em meu quadril sob a T-shirt. Sua mão áspera em minha pele nua enviou um
formigamento quente na minha barriga, e minha respiração ficou presa no meu peito. —
Então, a partir de amanhã, vamos começar a espera... — Acrescentou.
— Eu disse a você, vamos dar todo o tempo que você precisa. Eu não estou
preocupado. A coisa mais importante é que você ainda está aqui comigo.
Por agora, eu pensei. Meu coração destruído não estava pronto para entrar
nisso, mas meu corpo não iria seguir o conselho sensato. Eu era dele. Ele era meu. Este
lindo, danificado, intenso homem era meu. Para melhor ou pior. Eu precisava ver o que
aconteceria em seguida.
Agradecimentos
Eu tenho que agradecer demais aos modelos incríveis que apoiaram este livro.
Obrigada ao incrível Don Hood, a super amigável Levi Allen, e o dedicado Scott Mosley
por compartilharem seus insights sobre o mundo da moda. Cada um deles teve tempo para
responder às minhas perguntas e forneceram um olhar honesto sobre suas aventuras até
agora. Além disso, agradeço a Sophie Campbell, que conversou comigo sobre sua
experiência de namorar um modelo. Muito útil, pequena miss! Vocês todos são estrelas do
rock em meu livro.
Para o meu querido marido, que inspira muito do que eu escrevo. O verdadeiro
amor é a remoção de aranhas para mim, trazer-me sopa de macarrão com galinha quando
estou doente, e me deixar te acordar no meio da noite porque eu tive um sonho ruim,
sabendo que você não vai conseguir voltar a dormir. Te amo em pedaços, gracinha. O
melhor. Marido. Sempre. Eu sou tão abençoada por estar nesta viagem com você! Mwah!