Disponibilização: Eva

Tradução: Cris, Narjara, Regina

Revisão: Faby
Leitura Final: Juliana
 Jason Thorn ... Amigo de infância do meu irmão.
Oh, como estupidamente apaixonada por aquele garoto eu era. Ele
foi o primeiro garoto que me fez corar, minha primeira paixão
oficial. Tudo lindo até agora, certo? Essa excitação que
borbulha dentro de você, aquelas borboletas famosas que você
sente pela primeira vez - ele era a razão para todas elas. Mas,
você só começa a viver nesse mundo de conto de fadas até que
eles esmagam suas esperanças e sonhos e, em seguida, pisa em
seu coração além do necessário. E garota, ele esmagou meu
pequeno coração em pedaços.

Após a parte de pisotear ele se tornou o garoto que eu fiz o meu

melhor para ficar longe - deixe-me dizer-lhe, foi muito difícil
de fazer quando ele dormiu no quarto em frente ao meu.

Quando a tragédia atingiu sua família e eles se mudaram, eu

estava pronta para esquecer que ele já tinha existido.

Agora ele é uma estrela de cinema, aquele que faz com que as
mulheres de todas as idades entrem em um frenesi de gritos,
aquele que faz todas desmaiarem com aquele sorriso que mostra
suas covinhas. Você acha isso sonhador? Eu certamente não penso
assim. Que tal eu encontrá-lo de repente? Nada sonhador ainda.
Não quando nem consigo olhar para ele nos olhos.

Eu? Eu sou Olive, uma nova escritora. Na verdade, eu sou a

escritora do livro que inspirou o filme que ele está prestes a
estrelar no cinema. Até agora, eu também sou apontada como a
garota mais sortuda que está prestes a se tornar a esposa de
Jason Thorn.

Talvez você esteja pensando mais uma vez que isso é tudo muito
sonhador? Não, nada de sonhador acontecendo aqui. Nem mesmo
perto.
Este livro é para todas que uma vez amou um garoto e sentiu
aquelas borboletas dominá-las na melhor maneira possível.
E, bem, se o garoto não correspondeu você, vergonha dele! Que
idiota.
 Capítulo Um

Olive

Até o dia em que conheci Jason Thorn, meus sonhos eram feitos de
nuvens brancas e macias, vestidos cor-de-rosa, saborosas tortas de maçã, e,
claro, o irmão da nossa vizinha Kara.

"Não quero ouvir mais nada sobre isso, Jason. Você é sempre bem-vindo
para ficar aqui, querido."

Eu estou prestes a ir para baixo para ajudar a minha mamãe a colocar a

mesa quando suas vozes chegam até mim e eu paro.

"Viu, eu disse que estaria tudo bem. Vamos, vamos para o meu quarto."

"Espere um pouco, Dylan. Não tão rápido."

Eu ouço a xícara de café da mãe suavemente bater no balcão da cozinha

alguns segundos antes de eu ouvi-la falar novamente.

"Jason, você tem certeza que não quer que ligamos para alguém? Talvez
devêssemos verificar sua mãe e certificar-nos que tudo está bem, ou podemos
chamar seu pai e deixá-lo saber que você está passando a noite conosco. Aposto
que ele ficaria preocupado se ele ligasse para sua casa e não pudesse falar com
nenhum de vocês."

Minha mãe é uma mulher suave e compassiva – suave porque ela carrega
um coração que é puramente feito de brilhante ouro líquido. Eu tinha ouvido meu
avô dizer-lhe incontáveis vezes por aguentar meu pai, assim eu sabia que tinha
que ser verdade. Havia também um lado dela que poderia ser visto como vicioso
às vezes, porque ela era ferozmente protetora dos que ela contava como sua
família.

Além disso, ela é um amor, como meu pai gosta de chamá-la. Ela tinha
essa maneira secreta de fazer qualquer um sorrir, mesmo quando eles estavam
tristes com alguma coisa. Eu sabia disso porque ela sempre me fazia rir quando
estávamos no dentista, que era um grande lugar assustador para uma menina de
seis anos (quase sete!). Se ela estivesse na sala, as chances eram que ela teria
você irradiando para ela em todos os momentos.

Não era só eu e meu irmão; Ela tinha o mesmo efeito em meus amigos
também. Sempre que era sua vez de nos pegar na escola, todos olhavam pra ela
com esses grandes e tolos sorrisos esticados em seus rostos. Na verdade, agora
que penso nisso, eles me lembraram de Buzz, o filhote que Kara tinha conseguido
algumas semanas antes. Oh, o quanto eu adorava ver o irmão de Kara, Noah,
brincar com aquele cachorrinho; Eu sempre pensei que poderíamos comprar
alguns cachorros para nós depois que ele me pediu para casar com ele.
 Suspiro…

De qualquer maneira, eu não tinha permissão para ter um filhote de

cachorro em casa, e naturalmente eu sempre o pegava cada vez que minha mãe
estava fora – sshh, não diga a ninguém – mas eu vi o rosto que o rapaz fazia
quando ele queria algo de Kara.

Contudo, naquela época, eu acreditava que era difícil ser uma criança,
mas ter uma mãe como a minha fez tudo um pouco mais fácil. É por isso que eu
sempre quis ser como ela. Eu queria fazer as pessoas felizes, fazer esquecer suas
preocupações por um tempo, ser seu sol, como ela era o nosso.

Havia apenas uma questão pequenininha... O fato de que eu não tinha um

coração de ouro porque eu nunca fui boa em ser pacífica ou graciosa, onde
minha mãe, por outro lado, era o epítome daqueles traços.

Não era minha falha embora; sempre era Dylan que me deixava com raiva.
Se a culpa fosse atribuída, iria cair diretamente nos ombros de Dylan, não nos
meus.

Dylan é meu irmão mais velho, aquele que arruinava tudo pra mim,
provavelmente desde o dia em que eu nasci. Infelizmente, eu não me lembro
daqueles primeiros anos da minha existência, mas eu tinha certeza que ele estava
brincando comigo naquela época, também. De acordo com minha mãe e meu pai,
alguns dias depois que eles me trouxeram para casa do hospital, ele disse que
eles deveriam me levar de volta para onde eles me encontraram – ao lado das
latas de lixo.

Você pode acreditar na audácia? Meu amado irmão mais velho.

Nem sequer terminou com uma ameaça velada. Lembrei-me de que ele
roubaria meu carrinho e correria comigo no parque. Por que, ele provavelmente
estava tentando me matar com pura emoção!

Em uma idade adiantada, eu vim à conclusão que eu começaria a ter meu

próprio coração dourado quando Dylan não estaria por perto para me jogar fora
do meu jogo. Sempre que ele estava por perto, as chances eram de que ele faria
algo e eu perderia a calma, o que nos levaria a entrar em uma partida de gritos.

Não havia nada gracioso sobre gritar a um grau extremo para alguém
porque eles não iriam jogar My Little Pony com você.

As palavras cuidadosamente escolhidas de Jason me trouxeram de volta

ao presente, onde eu estou encurralada na parede à esquerda da escada,
ouvindo-os.

"Obrigado, Sra. Taylor, mas eu não acho que meu pai se preocupa sobre
onde eu estou passando a noite. E… Minha mãe provavelmente vai ficar bem de
manhã. Tenho certeza que ela adormeceu. É minha culpa realmente; Eu deveria
ter verificado o horário e ter certeza de que eu estivesse em casa antes das seis."
 "Estávamos brincando na rua, Jason. Tipo, bem na frente de sua casa. Eu
não acho que você é o culpado aqui. E quem vai dormir as seis, mamãe? Mesmo
Olive fica acordada mais tarde do que isso."

"Dylan." Minha mãe diz em voz baixa antes de suspirar.

Eu sorri, me sentindo orgulhosa. Eu poderia ficar acordada até muito

tarde. Às vezes eu podia ir até às nove.

Houve um silêncio completo por alguns momentos, e então os pés da

cadeira rasparam o chão como quando alguém se levanta da mesa.

"Ok, Jason." Ouço a voz tensa de mamãe quebrando o silêncio espesso.

Quem era esse garoto que eles continuavam chamando de Jason? Talvez ele fosse
parte da família e tinha se mudado para o outro lado da rua, algumas casas
abaixo, alguns dias atrás?

Como Dylan não me apresentou ao seu novo amigo?

"Você é sempre bem vindo nesta casa. Eu quero que você se lembre disso,
ok?"

"Obrigado Sra. Taylor. Eu agradeço."

"Por que você não vai se limpar enquanto eu termino o jantar? Depois do
jantar vamos ligar para o seu pai e certificar-nos de que ele sabe que está a
salvo."

"Isso não é realmente necessá-"

"Digamos que é para minha própria paz de espírito."

"Vamos, Jason." Ouço meu irmão murmurar. "Eu vou te mostrar o novo
jogo que meu pai me comprou."

Oh, sobre isso... Eu sempre pensei que era muito rude dele esconder
todos os brinquedos. Ele nunca me deixou jogar com ele.

Eu giro em meus calcanhares e estou a ponto de voltar para meu quarto e

verificar quem era o menino novo, através da pequena abertura da minha porta,
quando minha mãe disse, "Dylan, antes você pode ficar e me ajudar a colocar a
mesa? Então você pode se juntar a Jason lá em cima até eu chamar vocês para o
jantar."

"Claro, mãe," meu irmão responde prontamente. "O banheiro é a segunda

porta à esquerda, Jason. Meu quarto é ao lado. Eu estarei lá daqui a pouco."

"Posso ajudar com alguma coisa, Sra. Taylor? Eu não me importaria."

"Oh, você é muito doce, Jason. Que tal você ser nosso convidado para esta
noite, e em qualquer momento que você vier depois de hoje, você vai me dar uma
mão, também, ok? E você me chame de Emily de agora em diante."
 "Ok, Sra. Tay-umm... Emily. Muito obrigado por me deixar ficar aqui esta
noite. Eu estarei no seu quarto então, Dylan." Os passos dele começam a subir as
escadas.

Fico parada e espero pacientemente que o dono desses passos me alcance.

Como Dylan não está com ele, eu posso dizer oi e recebê-lo em nosso bairro sem
entrar em apuros.

Argh Dylan... Só porque ele era quatro anos mais velho não o fazia meu
chefe.

Seria louro? Talvez ele tem olhos escuros e cabelos escuros e fosse todo
sonhador, exatamente como o irmão mais velho de Kara, Noah, que tinha
completado 18 anos apenas algumas semanas antes. Minha mãe pensa que ele é
um pouco velho demais pra mim, mas ela também tinha dito uma vez que uma
menina deveria sempre sonhar grande. Enquanto eu amava minha mãe
claramente, ela não estava certa o tempo todo.

Enfim, já que Jason parecia ser amigo de Dylan, eu duvidava que ele fosse
algo para se sonhar.

De repente meu estômago fica todo agitado por alguma razão. Eu enrugo
minha testa e ajeito meu vestido. Amigo do Dylan ou não, ele é um convidado em
nossa casa e eu penso que deveria ser acolhedora desde que ele soou muito
enfático sobre ficar com a gente.

Tommy, um dos meus melhores amigos da escola, acreditava que nos

casaríamos um dia, mas eu nunca disse sim pra ele. Eu nunca tinha ficado
animada quando estávamos em encontros de brincadeira.

Primeiro, eu vejo os tênis de Jason. Ainda me lembro: eles eram brancos e

muito limpos para um menino de sua idade. Eu penso que talvez ele não é tão
ruim e não zombaria de mim como os outros amigos de Dylan.

Colocando meu melhor sorriso, lentamente levanto a cabeça para

encontrar seus olhos. Seus passos hesitam quando ele me vê escondida ao lado
da parede. Eu dou um bom olhar nele e meu sorriso desaparece lentamente
quando minha boca caiu aberta.

Jason? Jason o quê?

Borboletas? Aqueles balanços minúsculos são minhas borboletas do

estômago? Aquelas sobre as quais minha mãe me falou? Isto certamente se
parecia com elas. Milhares delas. Foram essas as mesmas borboletas que minha
mãe sentiu quando conheceu meu pai?

Qual era seu sobrenome?

Eu queria – quero dizer - eu preciso do seu sobrenome para ser meu

sobrenome.
 Não no dia seguinte, nem dez anos ou vinte anos depois. Eu preciso que
aconteça neste dia, certo, naquele momento para ser exata.

Ele parece surpreso ao me ver por um segundo, mas se recupera mais

rápido do que eu. Ele me dá um estúpido sorriso bonito com uma covinha em seu
lado esquerdo.

"Você tem uma covinha." Eu suspiro totalmente perdida naquela

minúscula fenda. É quase mágico.

Fecho a boca e sinto o calor subir até minhas bochechas. Consigo

retribuir seu sorriso com outro.

"Ei, pequena. Você deve ser a irmãzinha de Dylan. Eu sou Jason."

"Oi". Eu cumprimento timidamente enquanto eu dou a ele um pequeno

aceno.

Seu sorriso cresce, e eu sinto meu rosto corar novamente. Colocando um

cabelo solto atrás da orelha, eu sorri mais.

Oh garoto.

Ele é tão bonito.

Limpo minha garganta e estendo minha mão, assim como eu vi meu pai
fazer quando ele estava se encontrando com alguém novo. "Eu sou Olive. Meus
amigos me chamam de Liv ou Oli porque acham que tenho um nome estranho."

Levantando sua sobrancelha, ele olha para a minha mão, em seguida, até
meus olhos quando ele aperta a minha mão. "Eles acham?" Ele pergunta, e eu
aceno com entusiasmo, escondendo minha mão atrás das minhas costas
novamente. "Eu acho que você tem um bom nome, pequena Olive. Seria difícil
para alguém esquecer um nome como Olive. Você tem lindos olhos verdes; Eu
diria que o nome combina com você."

Bonito?

Bonito?!

Eu nunca ia lavar minha mão novamente.

Meu sorriso cresce, e acredito que foi o primeiro momento em que me

apaixonei pelo garoto misterioso que tinha uma adorável covinha e ia passar a
noite em frente ao meu quarto.

"Você é nosso novo vizinho?" Pergunto. Ele tem que ser nosso novo
vizinho. Eu tenho que vê-lo novamente.

"Sim, nos mudamos na semana passada."

 Eu balanço a cabeça. Isso é uma boa notícia – mais tempo para nós
estarmos juntos.

"Já que você gosta do meu nome, você gostaria de se casar comigo?" Eu
pergunto.

Seu rosto fica vermelho e ele abre e fecha a boca algumas vezes.

Finalmente, ele ri e diz, "O quê?"

Dou de ombros. "Meu pai não quer que eu me case por pelo menos mais
trinta anos, mas eu não acho que devemos esperar tanto tempo. Então, podemos
nos casar mais cedo?"

Ele coça a cabeça e até faz aquele olhar bonito. "Eu acho que somos muito
jovens para nos casarmos, pequena."

Humilhada, eu olho para os meus pés. "Meu pai também diz isso. Eu
sempre pensei que me casaria com Noah, nosso vizinho, mas meu pai está contra
isso também. Até minha mãe acha que ele é velho demais pra mim. Eu acho que
eu posso esperar que você fique mais velho." Eu aceno para mim mesma.
"Certifique-se de que você espera por mim também. Ok. Eu vou descer e ajudar a
mamãe com o jantar. Dylan sempre se enrola. Você sabe," eu começo, segurando
minhas mãos atrás das minhas costas quando meus olhos caíram sobre seus
sapatos. "Eu a ajudei a assar a torta de maçã e a cobertura de baunilha mais
cedo. Eu vou ter certeza que você vai ter a maior fatia. Você vai adorar, e eu vou
dar a você primeiro."

Eu sei que os caras se importam com comida, porque meu pai sempre
apreciara uma boa refeição caseira. Meu pequeno coração se apaixona pela
primeira vez e eu estou esperando que Jason se apaixone por mim também,
depois que ele experimentasse a torta.

Ele ri e toca seu dedo no meu queixo. Surpresa com o contato, minha
cabeça levanta, meus olhos enormes. Quando eu vejo seu rosto sorridente, eu
tenho que morder o meu lábio para não sorrir como uma menina, que seria
certamente uma doação inoperante que eu estivesse apaixonada por ele.

"Obrigado, pequena. Tenho certeza que está deliciosa se você ajudou a

fazer. É melhor eu deixar você ir. Eu espero ansiosamente vê-la no jantar."

Passando por mim, ele puxa uma mecha do meu cabelo, seu sorriso ainda
firme em seus lábios enquanto vai para o banheiro.

Eu fecho minhas mãos assim eu não vou acenar um adeus e suspirar

como minha amiga Amanda faz sempre que ela via Dylan.

Por dentro, eu estou dançando nas nuvens.

Ele tinha tocado meu cabelo.

 Ele tinha tocado meu queixo e olhou nos meus olhos.

Jason.

Nosso novo vizinho com covinhas. Tinha. Me. Tocado.

Ah...

Eu tinha certeza de que ele tinha se apaixonado por mim também. Quero
dizer, por que mais ele sorriria, olharia nos meus olhos e me tocaria se não
tivesse?

Certo?

Certo?!
 Capítulo Dois

Olive

Sete anos depois...

"Obrigada por me deixar usar seu telefone, Amanda." Eu sussurro

enquanto eu estou me escondendo no meu armário.

"Por que estamos sussurrando?"

"Para que Dylan e Jason não possam me ouvir."

"Você tem certeza de que quer fazer isso? Quero dizer, vamos Olive, e se
ele perceber que é você que está enviando mensagens pra ele?"

"Mas eu quero que ele perceba que sou eu." Eu penso sobre isso por um
segundo, e então mudo de ideia. "Bem, ok, talvez não no início, mas
eventualmente."

Amanda suspira do outro lado da linha. "Não tenho tanta certeza de que
seja uma boa ideia, Liv. E se ele disser a Dylan?" Ela ofegou. "E se eles
reconhecerem o número e acharem que sou eu?"

"Oh pare com isso. Como eles poderiam reconhecer o número do seu
primo? Se você não abrir a boca, ninguém vai saber. E é só por hoje à noite. Eu
não vou escrever novamente. Meus pais se foram, ele está ficando, é o momento
perfeito."

"Olive!" Meu irmão bate na minha porta. "A pizza está aqui, venha para
baixo se você não quiser encontrar uma caixa vazia."

"Quebre a porta." Eu murmuro para mim mesma. Abrindo a porta do meu

pequeno armário, eu grito de volta, "Estou indo!"

"Ok, estou indo para o andar de baixo. Que horas são?" Pergunto a
Amanda, levantando-me do chão.

"Nove. Quando você vai enviar uma mensagem pra ele? Você tem que me
deixar saber o que ele está dizendo."

"Eu não posso enviar mensagens de texto para você enquanto eu estou
mandando mensagens para ele. Eu vou estar muito animada. Ligo pra você
amanhã para te dizer como foi."

"Não, eu estou indo para o café da manhã, então, quem sabe quando você
vai me ligar. Além disso, eu preciso pegar o telefone de volta para o meu primo.
Eles vão embora amanhã à tarde."
 "Tudo bem, então vejo você amanhã. Deseje-me sorte."

Jogando o telefone na minha cama, eu respiro fundo e me olho no

espelho. Meu cabelo loiro avermelhado está caindo sobre meus ombros em ondas
suaves, meus olhos brilhavam e meu rosto estava ruborizado de excitação sobre a
possibilidade do que poderia acontecer mais tarde, naquela noite.

Olho para minhas mãos trêmulas e rio de mim mesma.

Tudo o que eu quero nessa noite é enviar uma mensagem para Jason e
falar com ele como se eu fosse outra pessoa, como uma admiradora. Você vê, eu
tenho tudo planejado por dias. Eu vou enviar uma mensagem pra ele, é claro
mantendo a minha identidade em segredo, de preferência quando Dylan não
estivesse ao seu lado, e então simplesmente conversar com ele. Talvez eu possa
perguntar quem ele gostaria que sua admiradora fosse... Não seria ótimo se ele
me dissesse?

Até agora o plano estava funcionando sem problemas. Dependendo de

como o resto da noite fosse, eu faria meu movimento em conformidade.

"Olive!" Meu irmão troveja lá de baixo.

Fechando os olhos, respiro profundamente, escondo o telefone debaixo do

travesseiro e saio do meu quarto.

"Por que você está gritando? Eu disse que estava indo." Eu digo quando vi
Dylan sentado sozinho na frente da TV.

"Sirva as bebidas e traga a pizza." Ele responde, sem sequer olhar pra
mim.

"Por que você não pode levantar e fazer isso sozinho?" Eu disparo de volta.

"Apenas continue com isso já. Estou prestes a começar o filme."

Eu abro a boca para...

"Oi pequena Olive." Alguém sussurra bem ao meu ouvido, fazendo-me

pular.

"Jason," eu sussurro de volta, minhas mãos pulando para o meu peito

para manter meu coração no lugar. "Você me assustou."

Ele ri, mostrando-me a covinha. "Eu sei."

Eu sorrio de volta, meus olhos brilhando de amor pelo menino que eu

conhecia há sete anos.

Puxando uma mecha do meu cabelo, ele pisca e passa por mim com uma
garrafa de água fria na mão. Ele empurra Dylan e senta-se ao lado dele.
 Olhando o assento pequeno ao lado de Jason, eu pergunto, "Você quer
outra coisa além de água?"

Virando a cabeça, ele sorri para mim. "Obrigado, linda. Eu estou bem."

Eu viro uma pequena poça de água muito feliz no tapete favorito da minha
mãe.

"Pare de flertar com a minha irmã, seu cabeça de merda." Dylan

murmura, mas eu estou muito ocupada com meus sonhos para dizer a Dylan que
se calasse, não que ele me ouvisse.

Pegando o refrigerante de Dylan e alguns pratos de papel para a pizza,

volto para a sala de estar.

"Sirva sua própria bebida," eu digo, deixando cair a garrafa um pouco

severamente na mesa de café na frente dele.

"Quantas fatias você quer, Jason?" Eu pergunto, ajoelhando-me no chão e

não encontrando seus olhos.

Dylan suspira e murmura, "Aqui vamos nós de novo."

Ele não gosta que eu sempre coloco a primeira fatia de pizza - ou bolo, ou
torta, ou qualquer tipo de comida na verdade - para Jason.

Abaixando sua garrafa de água, Jason estende a mão para me ajudar.

"Você não vai se sentar no chão." Ele me puxa para o sofá. "Vou cuidar da pizza."

Sentando-me ao lado dele, eu o deixo dividir as fatias entre nós três.

"Duas fatias estão boas?" Ele pergunta me dando a primeira parte.

Muito emocionante.

"Sim, obrigada."

Quando ele se inclina para trás e me dispara outra piscadela rápida, eu

esqueço tudo sobre a minha pizza e revela no fato de que eu estou prestes a
passar duas horas sentada ao lado de Jason assistindo um filme. É a noite
perfeita para escrever pra ele.

"O que estamos assistindo?" Eu pergunto, dando uma pequena mordida

da fatia enorme.

"Nada que você vá gostar. Nós já estamos passando nossa noite de sexta
sendo babá da sua bunda, assim você não tem o que dizer na escolha do filme."

"Não seja um idiota, Dylan." Jason murmura com a boca cheia.

 "Então você está dizendo que prefere ficar em casa esta noite em vez de
sair com as garotas?"

Enquanto meus olhos se enchem de lágrimas de constrangimento e algo

mais que eu não consigo nomear, eu coloco meu prato para baixo e tento me
levantar, apenas para ser puxada de volta por Jason.

"Crianças," ele diz em um tom semelhante ao do meu pai. Sua mão quente
ainda está fechada sobre meu pulso, mantendo-me sentada – ou mais parecido
com paralisada. "Eu prometi a Emily que cuidaria de vocês dois apenas no caso
que você decidissem que hoje era o dia de matar um ao outro. Então, corte a
porcaria e comece o filme já. As garotas não vão a lugar algum, Dylan."

Ainda envergonhada, eu limpo minha garganta para chamar sua atenção.

"Vocês não precisam ficar por mim. Eu estou bem, Dylan. Você sabe que não me
importo de ficar sozinha."

Olhando meu rosto miserável, Dylan finalmente balança a cabeça e pega

seu prato. "Nah, está tudo bem. Jason está certo; As garotas não vão a lugar
nenhum e nós queríamos assistir isso por semanas, agora é um bom momento
como qualquer outro."

O filme começa e ambos se acomodaram, enquanto toda a minha

excitação pela noite lentamente escorre de mim.

Quando Dylan se levanta e diz, "Vou diminuir as luzes." Eu ainda estou

brincando com o prato de papel no meu colo.

Ele teria uma namorada?

Eu tenho certeza que ele não tinha uma. Nem Dylan na verdade, não
desde que ele tinha terminado novamente com a sua namorada Vicky.

"Não se preocupe pequena, não é um filme de terror ou qualquer coisa. É

ação, você vai gostar," sussurra Jason no meu ouvido antes de Dylan sentar-se
novamente.

Ouvindo-o usar o apelido que ele sempre gostou de me chamar, eu

consigo colocar um sorriso sincero no meu rosto quando olho pra ele.

"Obrigada. Vocês podem sair depois do filme, você sabe. Eu não direi a
mamãe e papai quando eles voltarem amanhã."

"Você está de brincadeira? Eu estava ansioso por uma noite tranquila.

Pizza e um filme com uma bela menina de olhos verdes ao meu lado?" Ele me dá
um leve empurrão com seu ombro. "Seu irmão é o estúpido, não eu."

Dylan apaga as luzes e salta de volta para seu assento. Felizmente desta
vez eu estava derretendo em outra poça no sofá não-tão-favorito de minha mãe.
Fico assim até o final do filme, porque o ombro de Jason permaneceu encostado
no meu todo o tempo.

Sobre morrer de sobrecarga sensorial, eu ainda tenho um sorriso estúpido

no meu rosto quando eu vou para o meu quarto dormir.

Que comecem as mensagens...

*************

Por volta de 01h30m da manhã, amontoada sob minhas cobertas, ouço a

porta do quarto de Dylan abrir e fechar pela segunda vez. A TV em seu quarto
está ligada, mas suas vozes eram baixas. Ou não queriam me acordar ou eles
estavam prestes a ir dormir, embora eu duvidasse muito que fosse o caso.

Alcançando o telefone debaixo do meu travesseiro, eu tento obter algum

controle sobre a minha respiração e batimentos erráticos do meu coração.

Tanto quanto eu estou morrendo para escrever uma mensagem para o

Jason, eu também estou com muito medo.

Meus dedos tão frios como gelo, rapidamente envio a primeira mensagem
da noite.

Eu: Oi Jason.

Original, eu sei.

Espero para ver se eu ouço o telefone dele apitar, mas eu não consigo
ouvir nada. Meu coração na garganta, eu sento na cama e apoio minha cabeça na
cabeceira. Talvez Amanda tivesse razão. Talvez, esta não fosse a melhor ideia que
eu poderia ter...

Jason: Quem é?

Poderia ter havido um guincho que escapa da minha boca quando o

telefone acende em minha mão sem um som. Na escuridão do meu quarto, uma
corrida inexplicável atravessando meu corpo, começo a conversar com Jason
como uma estranha.

Eu: Eu não acho que você saberia mesmo se eu dissesse meu nome.

Jason: Nós não podemos saber se você não tentar.

Eu: Meu nome é Michelle. Nós vamos para a mesma escola.

Jason: Hmm... Você está certa. Acho que não conheço uma Michelle.
 Eu: Não posso dizer exatamente que estou surpresa.

Jason: E por que seria isso, minha nova amiga Michelle?

Já perdida em um mundo diferente, meus dedos param de voar sobre os

botões quando ouço a porta de Dylan abrir e fechar calmamente. Sem saber se
era meu irmão ou Jason, escondo o telefone debaixo das cobertas assim a luz não
chamaria a atenção.

Eu: Há sempre tantas pessoas ao seu redor. Não dá muitas

oportunidades para novas pessoas se apresentarem, eu acho. Mas,
novamente, talvez você já me conheça.

Jason: Isso é interessante. Nossa amizade é tão nova, Michelle que

não é realmente Michelle, e você já está mentindo pra mim?

Eu: Eu não diria que estou mentindo. Digamos que eu sou uma de
suas muitas admiradoras e um pouco tímida nisso. Só queria falar com
você.

Jason: Vamos jogar o seu jogo. Sobre o que você gostaria de falar?

Eu: Eu não tenho ideia. Talvez você possa começar com onde você
está e o que você está fazendo?

Jason: Fácil o suficiente. Como eu já tenho certeza que você não é

uma Michelle, você já deve saber sobre meu amigo Dylan, eu estou em sua
casa.

Eu: Eu sei dele e eu sei que vocês são amigos íntimos, é isso aí.

Jason: Gostaria que eu apresentasse vocês dois? Vai ser como uma
segunda apresentação pra nós, também.

Eu: Não é necessário.

Jason: Como quiser minha nova amiga tímida. De que mais você
gostaria de falar?

Eu: Você tem alguma suposição de quem eu poderia ser?

Jason: Oh, outro jogo. Você está cheia de jogos esta noite, garota
misteriosa.

Eu: Não é exatamente um jogo pra mim.

Cinco minutos se passaram, mas nenhuma mensagem chega. Quando

atinge a marca de dez minutos, fico ansiosa, preocupada se ele já sabe quem eu
sou e tinha parado com isso. Levantando-me da minha cama, começo a caminhar
pelo quarto. Quando o espaço não é suficiente, eu sorrateiramente saio do meu
quarto e calmamente desço para pegar uma garrafa de água e me distrair com
outra coisa.

Entrando na cozinha em uma blusa sem alças e calças de pijama, eu paro

quando encontro Jason olhando fixamente para fora da pequena janela sobre a
pia.

"Jason?" Eu sussurro.

Virando-se pra mim, ele sussurra de volta, "Ei, pequena." Seus olhos de
chocolate parecem cansados para sua tenra idade. "O que está fazendo acordado
tão tarde?"

Espionando seu telefone no balcão da cozinha, eu forço meu olhar pra

longe. "Sonho ruim, eu acho. Não poderia voltar a dormir." Agindo indiferente, eu
abri a geladeira e peguei uma garrafa de água. "O que você estava olhando."

"A minha casa."

"Sua mãe está bem?"

"Não sei Olive. Eu realmente não sei." Soltando um profundo suspiro, ele
distraidamente alcança seu telefone e caminha até mim.

"Você pode falar comigo se algo estiver em sua mente."

Ele para em frente a mim, seus olhos quase invisíveis na escuridão.

"Eu posso?"

"Claro. Eu sei que você se preocupa com seus pais às vezes. Posso ouvir se
você precisar."

"Você está certa, pequena Olive. Eu me preocupo com eles, mas eles são a
última coisa sobre a qual eu quero falar."

"Eu sinto muito," eu murmuro, olhando para o chão.

"Não precisa sentir. Venha nos chamar se precisar de alguma coisa, está
bem? Eu não acho que vamos dormir por algumas horas ainda." Um suave puxão
no meu cabelo e ele foi embora.

Espero alguns minutos antes de voltar para o andar de cima.

Assim que eu estou prestes a entrar no meu quarto e correr para o

telefone, Dylan espia fora de seu quarto.

"O que você está fazendo, Olive?"

Droga! Ele não tem outra coisa a fazer senão tornar minha vida miserável?
 "O que você está fazendo?" Eu pergunto de volta, um pouco irritada e um
pouco nervosa.

Ele inclina a cabeça, as sobrancelhas franzidas.

"Volte pra cama, Olive. Está tarde."

"Eu estava fazendo exatamente isso antes que você me parasse." Eu

levanto a garrafa de água em minha mão para que ele pudesse ver. "Desci para
tomar água, Dylan. Eu não estava fazendo nada."

Nenhum de nós recua. Só porque seu amigo está ficando aqui, eu não
posso deixar o meu quarto para pegar uma bebida.

"Deixe-a em paz, cara." Ouço a voz de Jason vindo de trás de Dylan.

"Boa noite, Dylan," eu digo finalmente, então escorrego para o meu quarto
sem esperar por uma resposta. Quem sabia o que estava em sua bunda...

Saltando na minha cama, eu procuro o telefone debaixo das minhas

cobertas e tenho uma pequena surpresa quando eu não consigo encontrá-lo. Eu
relaxo quando percebo que está debaixo do meu travesseiro.

Um excitamento bobo apressa-se sobre mim outra vez, eu verifico as

mensagens somente para não encontrar nada novo de Jason.

Acomodando-me, eu digo a mim mesma que eu só enviaria mais uma

mensagem e então talvez tentasse minha sorte amanhã antes que Amanda viesse
pegar o telefone.

Eu: O quê? Sem suposições? Estou surpresa.

Jason: Desculpe, eu estava ocupado. Qual jogo estávamos jogando

novamente?

Vendo minha primeira abertura, eu não posso me segurar e pulo nela. Ele
me mencionaria?

Eu: Ocupado? Ocupado com o quê? Já encontrou uma nova amiga,

huh? Você realmente é rápido.

Jason: Você me diverte. Fui encurralado pela irmã de Dylan. Não

exatamente nos braços de outra garota.

Não sabendo que meu coração estava prestes a ser quebrado pela primeira
vez, eu engulo a dor que a palavra ‘encurralado’ tinha causado e forço a escrever
de volta.

Eu: São quase duas da manhã, e você estava com a irmã de Dylan?
Isso soa bem. Diga-me mais.
 Jason: Ela é apenas uma criança. Uma pegajosa talvez, desde que
ela sempre me segue, mas ainda uma criança. Ela às vezes esquece isso.
Estou muito mais interessado em quem você é. Estou pronto para jogar.
Você está pronta para ser descoberta por mim?

Eu leio a mensagem mil vezes, ou talvez fosse um milhão. Uma lágrima

escapa do canto do meu olho, e eu puxo as coberturas sobre mim e deito de
costas.

Suavemente, eu coloco o telefone para baixo e afasto as coberturas do

meu rosto para olhar para o meu teto escuro. Em algum ponto o barulho de duas
novas mensagens, mas eu ignoro. Não, isso não é verdade, eu me lembro de
pegar o telefone e excluir tudo antes que as palavras inesperadas pudessem me
machucar novamente, mas nesse ponto estava tudo embaçado pra mim. Eu não
podia lê-las mesmo se eu quisesse me torturar.

Pegajosa?

Encurralado.

Meu coração quebrou em pedaços, de repente eu não poderia suportar ver

Jason pela manhã. Não poderia suportar dormir no quarto em frente a ele
novamente.

Me sentando na cama, eu não percebo que eu tinha chutado meu próprio

telefone na porta do meu armário.

Segundos depois, Dylan invade meu quarto.

"Você ouviu – Olive, o que aconteceu?"

Enxugando minhas lágrimas, olho para meu irmão e mais lágrimas

escorregaram pelas minhas bochechas já molhadas.

Quando ele se senta na minha cama e gentilmente coloca a mão nas

minhas costas, eu jogo meus braços em volta dele e escondo meu rosto em seu
pescoço. Seus braços me envolvem.

Quente e seguro.

Ouço passos na minha porta, mas eu estou com muito medo de levantar a
cabeça e me encontrar cara a cara com Jason. Eu não acho que eu seria capaz de
olhá-lo nos olhos novamente.

Minha respiração batendo contra o pescoço de Dylan, eu digo, "Desculpe,

só um sonho ruim."

"Está tudo bem, irmãzinha," diz Dylan. Ele hesita e acrescenta, "Desculpe,
também."
 Os próximos dias foram puro inferno pra mim, tendo Jason dormindo
exatamente no quarto ao lado do meu, eu sentada bem ao lado dele na mesa de
jantar. O pior foi quando eu olhei para ele e encontrei-o sorrindo pra mim, mas
sabia que não significava nada.

Talvez nunca tenha significado.

 Capítulo três

Jason

A primeira coisa que vi quando abro meus olhos é o rosto preocupado de

Emily pairando sobre mim.

"Bom dia," eu digo, bocejando as palavras. "Que horas são? Perdemos o

café da manhã?" Me sento na cama improvisada que eu usei quase todos os dias
nos últimos sete anos, esfrego meus olhos e tento acordar.

"Jason. Querido." Ouço a luta de Emily com aquelas palavras simples e

fiquei alerta ao mesmo tempo.

Então meu olhar deriva para Dylan, que está sentado na borda da sua
cama, sua cabeça em suas mãos. Eu olho pra cima e vejo seu pai, Logan Taylor -
um bombeiro, um homem que eu respeitava mais do que meu velho - de pé na
porta. Seus olhos eram duros como o aço.

"O que está acontecendo?" Pergunto a ninguém em particular, quando

algo feio começa a encontrar o seu caminho em mim.

Emily, a mulher que eu amava muito, possivelmente mais do que minha

própria mãe, senta-se ao meu lado e agarra minha mão na sua pequena e
delicada. Ela tinha marcas de queimadura naquele braço, quase até seu ombro,
mas elas nunca me incomodavam como elas surpreendentemente incomodavam
muitas pessoas, jovens e velhas.

"Jason, não sei como dizer isso."

Outra explosão de silêncio.

"Alguém, por favor, pode dizer alguma coisa? Dylan? O que está
acontecendo, cara?" Ainda nenhum som. "Ok, vocês estão começando a me
assustar."

"Logan," Emily murmura ao meu lado, seus olhos desesperadamente

concentrados em seu marido.

O pai de Dylan balança a cabeça, deixa cair os braços e entra no quarto

para se sentar ao lado de Dylan, em frente a mim.

Quando meu melhor amigo levanta a cabeça, eu vejo seus olhos injetados.

Meu olhar volta para os de aço de seu pai. Eles eram mais fáceis de olhar.
A raiva era sempre mais fácil de manipular do que emoção; Eu aprendi isso com
minha própria família.
 "Estou pronto," eu digo, mantendo meus olhos em Logan. "Por favor, me
diga o que está errado."

Eu não sabia, mas eu não estava realmente pronto para as palavras que
ele me daria. Não estava nem perto de pronto.

"Filho," ele começa, porque era isso que eu era para ele. "Você pode lidar
com isso."

Não é uma pergunta, mas eu aceno de qualquer jeito.

"Sua mãe tomou uma overdose de pílulas para dormir ontem à noite. Ela
se foi."

Pisco, uma vez.

Eu balanço a cabeça.

Com minha voz grossa e áspera, pergunto, "Quem a encontrou?"

"Aparentemente seu pai voltou de sua viagem esta manhã. Chamou uma
ambulância, mas Lorelai já tinha ido."

"Compreendo. Onde está o meu pai?"

"Ele está no hospital. Falei com ele há alguns minutos."

Desamparado, eu assenti com a cabeça novamente. O que mais eu

poderia fazer? O que mais eu deveria fazer?

"Obrigado," eu digo, dando a mão de Emily um aperto rápido. "Obrigado

por terem me contado."

Cada pessoa nesse quarto em que eu estou sentado tinha sido mais uma
família para mim do que a minha própria jamais seria. Apreciei o fato de que eu
podia ver a preocupação em seus olhos, sua preocupação por mim. Eu nunca vi
qualquer coisa perto disso nos olhos da minha mãe. Seu álcool significava mais
para ela do que seu próprio filho.

Eu lentamente me levanto.. "Eu deveria voltar... para casa, eu acho."

Mas eu nunca tinha tido uma casa, tinha? Esta era uma casa. A casa do
outro lado da rua? Não muito mais que isso.

Dylan e Logan se levantam comigo, mas eu olho para a Sra. Taylor. Seus
olhos estão cheios de lágrimas. Ela tem a mesma sombra de olhos verdes que sua
filha, tão marcantes como os de Olive. É reconfortante olhar.

Inclino, surpreendendo-me, dou um leve beijo em seu rosto.

"Por favor, não chore, Emily. Está bem. Vai ficar tudo bem."
 Parecia mais uma pergunta para meus ouvidos.

Ela lentamente se levanta e limpa uma lágrima, minha lágrima. Eu nem

sabia que estou chorando. Sua quente mão segura minha bochecha e ela olha
diretamente nos meus olhos. "Claro que vai ficar bem, Jason. Você tem a nós."

Eu balanço a cabeça.

Inesperadamente, eu me encontro nos braços de Dylan em seguida. "Eu

sinto muito, cara," ele diz, segurando-me. Eu sinto a mão de Emily nas minhas
costas, uma carícia suave. Logan estava ao nosso lado, vigiando sua família.

Eu era a família deles.

Eu ganhei aquele lugar entre eles.

*****************

"Tem certeza de que não quer ficar aqui e terminar a escola com Dylan?
Posso falar com seu pai de novo." Oferece Logan.

A família Taylor estava no gramado da frente. Mesmo a pequena Olive

tinha saído para dizer adeus com os olhos cheios de lágrimas. Eu sorri pra ela.
Eu podia ver o brilho em seus olhos, brilho triste talvez, mas faíscas apesar de
tudo. Ela estava tão cheia de vida e tinha os olhos verdes mais bonitos e
cativantes do mundo. Tão rico e vivo. O tipo que você olha, fica feliz e se deixa
afogar dentro. Eu sabia que algum idiota seria obrigado a quebrar seu coração
muito em breve, mas eu não estaria lá bem ao lado de seu irmão para proteger
seu coração. Eu não estaria com as pessoas que eu considerava minha família.

Em vez disso, eu estaria em Los Angeles vivendo em uma casa

desconhecida com um estranho que eu chamei de pai e que eu nunca tive a
chance de conhecer. Por um segundo rápido eu me perguntei se ele estava se
culpando pela morte dela. Ele certamente não estava lá quando sua presença
poderia ter feito a diferença. Talvez o final não tivesse mudado, talvez em alguns
anos nós ainda tivéssemos acabado na mesma situação, mas nós nunca
saberíamos. Era tarde demais para tudo.

Quanto ao que eu pensei... Eu culpei a vida, e ele. Foi ele quem escolheu
nos deixar para trás quando ele poderia ter sido um advogado em San Francisco
tão facilmente. Foi ele que tinha escolhido ignorar a saúde mental da mamãe que
estava rapidamente se deteriorando, ou a depressão, ou do que você quisesse
chamar. E então ele foi o único que me ignorou quando eu disse que sua esposa
estava se tornando uma alcoólatra.

No final, as escolhas que eles tinham feito estavam mudando minha vida.
 "Ele não vai mudar de ideia. Acredite, eu tentei." Eu digo finalmente.

Dou de ombros. Tudo tinha mudado, exceto a decisão do meu pai:

estávamos indo embora. Ou, mais precisamente, ele estava me forçando a deixar
tudo pra trás.

Chutando na grama sob meu pé, eu paro na frente de Emily, a mais

gentil, o ser humano mais cuidadoso. Uma mãe que nunca poderia ser
verdadeiramente minha.

"Eu não sei o que dizer," eu admito. As palavras queimavam no meu peito
enquanto meus olhos continuavam a olhar para baixo, para os meus tênis.

"Jason?"

Mãos quentes e suaves me cercaram o rosto e olharam nos meus olhos.

"Você se lembra do que eu disse a você na primeira vez que nos

conhecemos?" Ela sorri, o seus olhos brilhando como sua filha "Você sempre será
bem vindo aqui. Isso nunca vai mudar. Los Angeles não está tão longe; Eu estou
esperando que você volte sempre que quiser ou precisar. Você ouve o que estou
dizendo?"

"Sim." Eu balanço a cabeça. "Eu não sei como agradecer por tudo que
você fez por mim, por tudo você foi pra mim."

"Eu não preciso de agradecimentos, Jason. Apenas certifique-se de voltar

para nós." Ela hesita, apenas por meio segundo, então me puxa e beija minhas
bochechas. "Certifique-se de cuidar de si mesmo." Um último olhar em meus
olhos, e ela me solta.

Eu desejei que ela não fizesse isso.

"Filho," disse Logan, dando-me um rápido e inesperado abraço. "Você

ouviu o que Emily disse, esta é a sua casa também. E você sempre volta para sua
casa. Não se esqueça disso. Nós sentiremos sua falta."

Parecia que eu não era capaz de fazer nada além de assentir naquele dia.

Olho para Olive e, apesar da minha situação, meus lábios se inclinaram.

"O gato comeu a sua língua, hein?" Ela apenas olha pra mim triste, com
aqueles olhos tristes. Olive Taylor sempre tinha algo a dizer, sempre. "Você não
tem nada a dizer, pequena?" Eu pergunto, rindo, o som completamente errado e
áspero.

"Sinto muito pela sua mãe, mas espero que você fique feliz em Los
Angeles."
 O tom frio e o que eu estava vendo em seus olhos não combinavam, mas
antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Dylan levanta-se dos degraus em que
estava sentado e Olive abraça a cintura de seu pai, me calando.

Mesmo assim, eu estendo a mão e gentilmente toco seu cabelo macio,

puxando-o gentilmente antes de deixá-lo ir pela última vez.

"Eu também espero. E obrigado, pequena, nunca vou esquecer você."

Uma lágrima escorrega de seus olhos, e antes que eu soubesse o que eu

estava fazendo, eu estendo a mão para capturá-la com a ponta do dedo.

Ela fecha os olhos e abraça seu pai mais apertado quando eu a toco, mas
não disse nada.

Eu olho para a lágrima que descansa na ponta do meu dedo por um longo
tempo e sinto um aperto em meu coração.

"Cara," Dylan disse me salvando dos meus pensamentos confusos.

Eu solto um grande fôlego e abaixo meu dedo.

"Isso é uma merda," diz ele.

Eu ri. "Você está falando."

"Eu quero que você volte na primeira chance que você tenha, e mantenha
contato."

Eu aceno em adeus, fazendo com que sua boca se contorcesse.

Golpeando meu queixo com seus nós dos dedos, ele geme. "Oh cara. Não
acredito que vou sentir falta de ver a sua cara de merda todos os dias."

"Dylan!" Emily adverte.

"Desculpe mãe." Esfregando a parte de trás de seu pescoço, Dylan olha

pra mim timidamente. "Conversaremos?"

"Vamos conversar," prometo.

"Jason," meu pai chamou do carro esperando do outro lado da rua.

"É melhor eu ir," eu digo, dando alguns passos pra trás.

Dando um rápido abraço a Dylan e um tapa nas suas costas, eu digo,

"Cuide da sua família, cara."

"Tenha certeza de cuidar de si mesmo também."

 Meu peito pesado, eu olho para todos eles uma última vez e vou embora.
Eu não era forte o suficiente para caminhar longe deles sem olhar pra trás. No
tempo que me levou para atravessar a rua, eu olhei pra trás três vezes.

Eu era uma pessoa má por estar feliz em vê-los tristes? Feliz porque eu
me sentia amado? Amado e bem vindo como eu nunca tinha sido antes?

Como eles ficaram juntos como uma família ficou queimando em minha
mente como uma memória feliz, e então eu entrei no carro e desapareci da vida
deles.
 Capítulo quatro

Olive

Minhas emoções travaram uma guerra dentro de mim, eu agarro meu pai
e assisti Jason entrar na Mercedes preta. A imagem dele se virando para nos
olhar, e com um sorriso de covinhas, antes de entrar no carro foi gravada em
minha mente como uma triste memória para os próximos anos.

Então, como qualquer outro momento fugaz da vida, meu primeiro amor
lentamente desapareceu no tempo.
 Capítulo Cinco

Jason

Oito anos depois...

Com meu ombro empurro aberta a porta privada dos fundos da boate, eu
arrasto a garota que ria comigo. Desde que ela estava ocupada me acariciando
com aqueles dedos-como-garras, tropeça sobre seus próprios pés, endireitando-se
no último momento, sua risada ficando ainda mais alta. Agarro sua cintura para
me certificar de que ela não enfrentasse o chão nesses sapatos de salto alto, eu
verifico o beco para ter certeza de que estamos sozinhos. Assim que a porta se
fecha e a música diminui para um zumbido, eu tiro a mão de Jenna do meu pau
e bato suas costas contra a parede de concreto, comendo seu gemido em um beijo
faminto.

Espere, o nome dela é Gemma?

"Leve-me para casa, Jason," ela diz com suas palavras ligeiramente
arrastadas. Ela não está bêbada – se estivesse, eu não faria isso com ela – mas
por alguma razão ela escolheu agir como se ela estivesse. Eu não me importo com
seus jogos. "Leve-me para casa e eu vou te mostrar alguns novos truques."

Mais risos.

Jamie talvez?

Porra!

"Isso é melhor, querida. Você não sente a emoção?" Eu pergunto em voz

baixa enquanto meus lábios passavam sobre sua pele contra sua garganta.
"Qualquer um pode sair e nos ver. Isso não excita você?"

Qual é mesmo o nome dela? Ela não tinha um papel importante no filme,
mas nós tínhamos compartilhado o mesmo estúdio por cerca de um mês. Ela
girava e pulava ao meu redor sempre que me encontrava sozinho num canto,
observando o trabalho da equipe. Ela sussurrou coisas sujas no meu ouvido,
sujas para uma garota de sua idade, quando ninguém estava por perto.
Finalmente, depois de inúmeros "foda-me" que ela me dizia com os olhos, ela se
atirou na minha direção na festa essa noite, a pequena beleza morena Jessie (???)
estava prestes a receber a foda da sua vida contra um muro de concreto num
beco na parte de trás de um clube. Olhando para sua pele ruborizada e olhos já
atordoados, eu podia ver que não estava incomodada que ela estava prestes a ser
fodida como uma prostituta barata, ao ar livre.

Isso era tudo o que ela seria pra mim, e muito provavelmente para os
outros que viriam depois de mim - produtores, agentes, etc.
 "Aww, você não pode esperar para deslizar seu pau em minha buceta, você
pode? Eu também não posso esperar. Eu sabia que você era louco por mim
Jason," ela sussurra em meu ouvido bem antes dela lamber, tentando matar
minha orelha com os movimentos esfaqueadores de sua língua.

Cristo!

Eu afasto seu rosto.

Sua voz aguda soou em minha cabeça, fazendo-me muito consciente do

álcool que eu tinha consumido.

Ignorando suas palavras, eu levanto o vestido prateado de Jenna pra cima

e sobre seus quadris, certificando-me de acariciar suas coxas tonificadas
enquanto ela geme contra meu pescoço, seu coração acelerado.

Ela continua murmurando entre beijos desleixados, mas eu a ajusto e me

deixo perder em seu corpo.

Nesse ponto, eu não estou sentindo muito, apenas algum tipo de música
da casa batendo na minha cabeça tornando difícil pensar com clareza. Meu pau
estava definitivamente sentindo algo enquanto ele estava esticado contra o meu
jeans, morrendo para entrar em sua buceta apertada.

"Você sabia que você ia ser fodida hoje à noite, não é... querida?"

Droga! Eu ainda não conseguia me lembrar do nome dela.

"Sim. Sim. Eu sabia que você não podia ficar longe." Ela ofega quando
meus dedos encontraram seu caminho até ela... Uma borboleta? Que diabos?
Normalmente eu não me importaria, mas, bem, processe-me, eu era um bastardo
curioso.

Eu dou um passo pra trás de seus braços de polvo e olho para baixo para
encontrar uma borboleta segurando duas tiras frágeis em torno de suas asas.
Sua calcinha era aberta para que todos pudessem ver sua buceta sem pelos, se
você pudesse mesmo chamá-las de calcinha, que seja.

"Huh," eu murmuro. "Acho que isso facilita meu trabalho."

Meu pau ainda está rugindo para entrar em ação, então eu encolho os
ombros dela e tiro um preservativo do meu bolso traseiro, puxando-o
rapidamente considerando o meu estado de bebedeira.

Levantando sua coxa tão alta quanto ela me envolveria, eu entro nela em
um rápido impulso profundo enquanto ela ofega em deleite.

"Jesus, você me encheu," diz ela surpresa.

 "Você gosta disso, querida? É isso que você estava procurando por tanto
tempo? Encher-se corretamente?" Outro empurrão e seus olhos se abriram.

"Sim, é melhor do que já ouvi." Sua voz é toda sonhadora, o que me fez
hesitar em continuar fodendo ela. Eu não faço sonho. Uma foda rápida de uma
vez, que nos daria prazer, era mais o meu tipo de coisa. Sonho leva a coisas
complicadas, e mesmo que eu gostasse de acreditar que como ator eu poderia
vender um bom sonho, ou inferno, até mesmo ser um bom sonho, eu não era
fodido o suficiente para pensar que eu iria encontrar o meu próprio felizes para
sempre com minha escolha de carreira. Nem todo mundo tolerava o estilo de vida
que eu vivo.

Não me interpretem mal, eu amo o meu trabalho. É a única coisa que faz
sentido em minha vida. No entanto, o restante? O isolamento constante, forçado
em você, os paparazzi perseguindo você, todos dissecando cada pequeno
movimento seu... Depois de um tempo, senti como se houvesse um laço em torno
da minha garganta que foi sendo apertado por toda minha vida.

Sim. Isso é exatamente como eu me sentia.

Indiferente. Cansado.

A única vez que parecia que eu estava respirando novamente era quando
eu estava em um estúdio de cinema, fingindo ser alguém.

De certa forma, minha vida era uma peça.

"Oh, meu Deus, Jason. Sim. Sim, eu sabia que seria assim com você." Ela
geme enquanto suas palavras saem. Eu ajustei meu ritmo. Esta era a única vez
que ela seria fodida sem sentido por mim; Eu deveria estar focado nela.

"Mantenha a calma," eu falo em seu ouvido enquanto seus gritos

começavam a ficar mais alto. "Você não quer ser pega sendo fodida na rua, não
é?"

"Eu quero. Eu quero. Sim! Sim!"

Abaixo a cabeça para o ombro dela e corro para a linha de chegada.

Quanto mais rápido terminasse, mais rápido eu poderia voltar para a minha
casa.

Agarrando a bunda dela, eu envolvo suas pernas magras em torno da

minha cintura e continuo empurrando nela. Seus gritos agudos ecoam no beco
escuro, misturando-se com a música que vinha através das paredes da boate
onde estava suas costas.

"Oh, foda-me, Jason," ela grita em meu ouvido.

"Isso é o que eu estou tentando fazer," eu digo com os dentes cerrados.

Com todos os seus gritos, eu já estou ficando sóbrio.
 Fecho os olhos e tento me concentrar na tarefa que tinha pela mão.
Quando ela de repente goza fodendo a terra dos sonhos, eu amaldiçoo e gozo
atrás dela enquanto ela continua apertando meu pau ritmicamente.

Inclinando minha cabeça pra trás, sinto todos os músculos do meu corpo
relaxar e experimentar a felicidade que eu aprecio muito, mesmo que fosse
apenas por alguns segundos.

É exatamente quando ouço os passos correndo atrás de nós. Olhando por

cima do ombro, vi o primeiro dos muitos lampejos cegantes.

"Foda-se!" Eu xingo, minhas mãos rapidamente me livrando do

preservativo antes que pudessem chegar até nós.

Jenna cai de volta na parede e suspira, um sorriso ainda mais dopado

começando a formar em seus lábios quando ela começa a arrumar seu cabelo.

Fechando minha calça, eu abaixo sua saia para ela quando ela está muito
ocupada já olhando radiante para nossos intrusos sobre o meu ombro.

Merda! Eles estão quase perto de nós. Felizmente, meu corpo é grande o
suficiente para escondê-la de suas câmeras, eu duvidava que tivessem
conseguido alguma foto do que estávamos fazendo apenas alguns segundos
antes. Na melhor das hipóteses, eles pensariam que eu a tinha levado para fora
para uma sessão rápida.

"Jason! Jason! É este um novo relacionamento?" Grita o do bigode.

Clique. Clique. Clique.

"Seu amor começou no estúdio? Os rumores são verdade?"

"Quando é que você vai assumir isso?"

Clique. Clique.

"Você começou um relacionamento para promover seu novo filme?"

"Jason! Fale conosco, homem! O que vocês estavam fazendo aqui?"

Alguns deles riram.

Clique. Clique. Clique.

Qualquer que seja o nome dela, joga os braços em volta do meu pescoço e
sorri para as câmeras. "Como você nos encontrou aqui atrás. Isso era para ser
segredo. Estávamos sendo espertos."

Meu rosto uma máscara de calma, eu gentilmente retiro seus braços

novamente e abro a porta privada dos fundos para empurrá-la de volta para o
clube.
 Seus olhos se arregalaram e ela não pode fazer nada além de abrir a boca
enquanto eu fecho a porta no seu rosto e viro-me para enfrentar os paparazzi
ainda gritando perguntas pra mim. Felizmente, havia apenas sete ou oito deles.

"Jason! Há um vídeo de você com Zoey, onde parece que você está
ocupado em seu carro. Agora você está com Jennifer, algum comentário?"

Ah! Então esse era o nome dela.

"Tenham uma boa noite, pessoal," eu digo em tom aborrecido, ignorando

suas perguntas. Eu coloco minhas mãos nos meus bolsos e eles se separam para
que eu passe, as suas vozes ficam mais e mais altas em minha cabeça. Eu não
ouço especificamente o que eles estão dizendo, mas eu sei que a primeira coisa
que eu ia receber amanhã de manhã era um telefonema do meu agente, Tom
Symond, que tinha se tornado um bom amigo ao longo dos anos, e, claro, minha
relações públicas, Megan.

Alguns minutos mais tarde, eu estou no meu carro correndo de volta para
Bel Air, ainda tão nervoso e vazio como eu estava no início da noite.
 Capítulo Seis

Olive

"Você pode, por favor, me lembrar de por que você não poderia vir comigo
de novo?" Eu sussurro para Lucy no telefone quando eu pressiono minha testa
contra a parede no canto da sala branca de espera onde eu sentei, esperando
para ser chamada.

"Querida, acalme-se. Se não fosse a aula da puta, você sabe que eu estaria
lá segurando sua mão a cada passo do caminho. A mulher já tem problema
comigo; Não posso lhe dar mais munição. Quando você chegar em casa, vou ter
as doses de tequila prontas para comemorar. Concentre-se nisso. Vai ajudar."

Fecho os olhos. Eu estou há segundos de vomitar. Para me acalmar e me

concentrar em outra coisa, eu começo a andar de uma lado para outro em meu
pequeno espaço. Pensamentos felizes, eu me encorajo.

Feliz, pensamentos felizes.

Havia uma menina loira sentada no sofá branco em forma de U. Ela esteve
ocupada com mensagens, em seguida, tirando selfies inúteis pelos últimos dez
minutos. Ela era bonita e tinha um bronzeado obviamente muito falso que já
estava manchado nela. Ela não tinha deixado aquela coisa – aquele telefone que
tinha orelhas do Mickey nele, nem mesmo por um segundo desde que ela entrou
pelas portas.

Quero dizer, pelo amor de Deus, quantas fotos esquisitas você pode tirar
enquanto está sentada no mesmo exato lugar, sorrindo o mesmo sorriso falso?
Eu tinha parado de contar depois de trinta.

Olhando para ela fazendo outro beicinho enquanto ela aperta seus seios
junto com seus braços, eu gemo.

"Eu acho que vou vomitar," eu sussurro em meu telefone.

"Oh cale a boca. Vista sua calcinha de garota grande e surpreenda-os com
o seu pequeno sorriso."

"Já que você está fazendo um trabalho tão ruim como melhor amiga, pelo
menos me lembre por que a Char não podia vir comigo?"

Lucy solta um longo suspiro. "Charlotte estaria tremendo ao seu lado se a

levasse com você. É por isso que não lhe dissemos para onde você estava indo,
lembra?"

Eu lembro. Ela está certa; Se Charlotte estivesse lá, eles se lembrariam de

nós como o duo tremedeira - não era a melhor primeira impressão que você
gostaria de deixar para alguém, muito menos as pessoas do estúdio que estavam
interessadas em adaptar seu livro em um filme de merda.

"Eu te odeio."

"Eu também te amo, meu bebê ansioso."

"Lucy," eu começo de novo em um tom miserável. "A reunião era às

2h30m, são quase 3h. Talvez eu devesse sair? Talvez eles tenham cometido um
erro programando isso. Quero dizer, com quem eu estou brincando, certo?
Claramente, isso não está acontecendo. Eu não quero esperar para ver alguém
pular e gritar, 'Brincadeira, chupa essa!' Eu só quero ir pra casa, posso voltar pra
casa, por favor?"

"Não, você não pode voltar para casa. Eu a proíbo de vir para casa antes
de você fazer aquela reunião e voltar com boas notícias e muito dinheiro. Agora,
feche os olhos."

"Por quê?"

"Faça Olive."

"Bem. Meus olhos estão fechados. Você pode vir e abri-los se você quiser
ganhar o prêmio de melhor amiga do ano."

"Eu já tenho a merda desse prêmio, querida, então essa é uma ameaça
inútil. Os seus olhos estão fechados?"

"Sim," eu bufo.

"Está bem. Agora, imagine que você é um rio."

"Ahhh," eu gemi. Não essa merda novamente. "O que você está fazendo?"

"Acalmando o inferno para você."

"Por dizer que sou um rio?"

"Sim. Agora, cale a boca e imagine que você é um rio. Você está fluindo;
Ninguém e nada pode pará-la. Você sente a luz do sol em seu... o que quer que a
faça feliz. Você é um brilho de riso no ar. Então, você se transforma em uma
pequena cachoeira, não, você se transforma em uma cachoeira majestosa e, em
seguida, vo-"

"Ok, ok, Lucy." Eu a corto rápido antes que ela possa cuspir mais
besteira. "Estou calma. Você me acalmou. Eu sou um rio frio que ouve brilhos de
riso no ar e depois se transforma em uma cachoeira majestosa."

"Ótimo, bom pra você. Agora, eu vi o rabo quente de Jameson passar por
mim, então eu tenho que ir e dar uma mordida nisso," Tento cortar, mas ela me
repreende. "Faça-me sentir orgulhosa e vou encontrar você em casa. Tchauzinho!"
 Eu abro minha boca, mas ela já tinha desligado. Abaixo meu telefone e
sorrio para mim mesma. Ela não tinha chegado perto de me acalmar, mas ela
sempre tinha uma maneira de me fazer sorrir.

Olho em volta do escritório preto e branco. Tudo parecia tão caro: a arte
nas paredes, os móveis, o tapete, até mesmo as malditas janelas parecia tudo
caro e brilhante. Sentindo-me nua, nervosa, assustada, excitada – eu mencionei
nua? – Eu dei um passo pra frente para ir sentar ao lado da garota clicando feliz,
mas quando eu a vi pegar um pau de selfie de sua bolsa, eu decidi não fazer.

Foi um passo.

Meu olhar pousa sobre as mulheres que estavam sentadas atrás da

enorme escrivaninha em forma de curva. Todas elas pareciam modelos, não
secretárias. Nem um único cabelo em sua cabeça está fora de lugar enquanto o
meu era um bagunça ondulada louca. Eu olho para baixo em minhas roupas...
Bem, obviamente eu não combino com o vestuário de escritório saia lápis, blusa e
salto alto, mas eu estava bem. Apenas algumas horas antes, Lucy me forçou a
vestir uma saia preta estampada com uma camisa branca simples e uma jaqueta
de couro fina. Claro, ela tinha tentado forçar-me a usar saltos altos, mas eu tinha
acabado usando minhas botas de combate da sorte. Eu gostava de pensar que eu
parecia relaxada de um modo elegante e chique. No entanto, isso não estava me
ajudando a não me sentir fora de lugar em absoluto.

Eu me concentro na morena que me disse que eu precisava esperar

alguns minutos porque os executivos estavam atrasados. Aqueles poucos
minutos tinham se transformado em quarenta minutos exatamente um minuto
atrás.

Por favor, não me julguem. Normalmente, estou legal com a espera.

Inferno, em qualquer outro momento, eu adoraria sentar ao lado da garota da
foto e tirar fotos dela tirando fotos de si mesma e dar muitas risadas sobre isso
com Lucy e Charlotte quando voltasse para casa. Mas, os minutos tinham uma
maneira realmente lenta de se mover quando você estava prestes a perder a
calma e vomitar na frente de um punhado de estranhos. Eu não poderia ser
responsável por todos os olhares nervosos que eu estava atirando como punhais
afiados nas modelos-secretárias.

Inferno, que vergonha. Que tipo de pessoas cruéis elas eram jogando com
minhas emoções como estavam? Tanto quanto eu estava preocupada, elas
mereciam todos os punhais pouco afiados imaginários.

Finalmente a morena encontra meus olhos, segura seu dedo em sua

orelha para ouvir quem está falando do outro lado de seu fone de ouvido, então
assente com a cabeça uma vez.

"Senhorita Taylor," ela me chama.

 Fecho os olhos, dou um suspiro profundo e trêmulo, e caminho até ela.

Ela já está fora de seu assento e caminhando em minha direção. Nós nos
encontramos no meio.

"Sou um rio. Eu posso fluir pacificamente," eu murmuro para mim

mesma.

"Como?"

"Oh nada. Desculpe." Eu dou a ela um sorriso trêmulo.

"Venha até o escritório do Sr. Thomas. Eles estão prontos para você."

"Obrigada," eu digo, tentando muito, muito mesmo manter minhas mãos

em meus lados em vez de fazer algo louco como deslizar minha mão na dela para
roubar um pouco de sua calma.

Isso não seria estranho, certo?

Ela me dá um sorriso sincero, o primeiro realmente, e conduz o caminho

pelo longo corredor.

Nós viramos para a direita, passando pinturas mais caras, e alguns

cartazes de cinema, então nós demos uma volta à esquerda, desta vez passando
por um bando de pequenos escritórios. Cada vez que passamos por uma porta
aberta, eu estava pronta para pular fora da minha pele com nervosismo. Quando
fizemos mais uma volta, eu estava começando a me sentir como um hamster
tentando chegar ao seu deleite. Depois, só havia uma grande porta na nossa
frente.

Eu paro. Eu estou realmente fazendo isso? Isso realmente está

acontecendo?

Merda!

Com quem estava brincando? Isto ia ser um desastre completo!

Eu não sou uma cachoeira majestosa. Nem mesmo perto.

A morena fica ao lado da porta e sua mão para na maçaneta antes de

puxá-la aberta.

Claramente, ela está esperando por mim me aproximar, mas eu não estou
fazendo nada disso. Levanto meus olhos até os dela.

Lutar ou fugir?

Eu estou há segundos de fugir.

Droga!
 Quantas voltas fizemos? Poderia eu mesma encontrar o caminho para sair
do labirinto do inferno sem ela?

Eu dou um passo involuntário para testar as águas e a próxima coisa que

eu sei é ela está de pé ao meu lado, perguntando se eu estava bem, sua mão
surpreendentemente forte nas minhas costas.

Eu faço um som horrível, um horrível choramingar na minha garganta e

depois começo a tossir. Quando eu termino com todo aquele absurdo, seu rosto
tinha amolecido.

"Desculpe," eu murmuro.

"Você está nervosa com a reunião?"

"Não pode ser tão óbvio," eu digo, tentando rir.

"Você não precisa ficar nervosa. Eu amei seu livro," ela declara, me
deixando em choque.

Meus olhos se arregalaram. "O quê? Você amou? Você leu meu livro? Sabe
quem eu sou? Você disse que gostou do livro?" Eu pergunto, segurando minha
respiração. Bem, ela obviamente tinha bom gosto; Era um bom livro afinal.

"Sim, eu amei, e claro que eu sei quem você é. E logo após esta reunião, se
você aceitar a oferta dele, muito mais pessoas saberão sobre sua história. Você
acertou o sucesso."

Eu não quero acertar o sucesso ou ser muito conhecida. Eu não quero

conseguir nada. Naquele momento, tudo que eu quero é entrar na minha cama e
me esconder sob minhas cobertas.

"Mas você tem que entrar agora." Eu posso ver que ela está esperando por
mim me mover. "O Sr. Thomas tem uma agenda lotada e ele já está atrasado." Ela
olha para o pequeno relógio e olha pra mim. "Vá agora, não há muito tempo até
sua próxima reunião."

Eu não estou me mexendo.

Antes que eu soubesse o que estava acontecendo, ela abre a porta e está
me conduzindo para dentro.

Parando antes de cair no chão, fico parada e ouço o som distinto de uma
porta fechando. Olho por cima do meu ombro.

Ela se foi.

A traidora!

Eu me viro e me encontro cara a cara com três homens vestindo ternos.

 Por um segundo eu não sei o que fazer, mas então eu mentalmente me
balanço e caminho na direção deles.

Eu já estou lá pra isso, posso muito bem parecer com alguém que sabe o
que está fazendo.

O careca – eu estou assumindo que ele é Bobby Thomas – vem pra frente e
me encontra na metade do caminho, rapidamente oferecendo-me sua mão.

"Olá, Srta. Taylor, eu sou Bobby." Ele me cumprimenta com um sorriso

calmo em seu rosto. Se seus olhos não tivessem se fixado em meus seios, eu diria
que ele parece amigável.

Irritada, fecho meu rosto e capto sua atenção. "Prazer em conhecê-lo, Sr.
Thomas," eu digo.

"Não teremos nada disso. Chame-me de Bobby. No final de tudo isso nós
vamos nos conhecer muito melhor."

Eu forço um sorriso no meu rosto e gentilmente puxo minha mão fora de

seu aperto.

Os outros dois não se levantam do assento, mas voltam a olhar pra mim,
avaliando-me.

Andando ao meu lado, Bobby me leva até a mesa comprida, na frente das
janelas do chão ao teto.

Gerenciando a olhar ao redor, eu noto que estamos em algum tipo de sala

de conferências, que não faz nada para acalmar meus nervos. Eu estou além da
minha compreensão aqui.

"Olive, isso é – posso te chamar de Olive?"

"Claro," eu murmuro, distraída por sua mão descansando sobre a curva

das minhas costas.

"Ótimo. Olive gostaria de lhe apresentar o membro mais jovem de nossa

empresa, Keith Cannon."

Com aqueles olhos azuis claros e maçãs do rosto proeminentes, Keith

Cannon fez uma primeira impressão muito impressionante.

"Prazer em conhecê-lo, Keith. Sou Olive Taylor."

Eu sorrio para ele e aperto sua mão quente. Ele tem dedos longos e fortes.
Seus dentes parecem um pouco brancos demais, um pouco brilhante demais
para ser natural, mas é difícil encontrar algo natural em Los Angeles.
 Ao seu lado, um rapaz mais baixo e mais jovem, que está ocupado
escrevendo no laptop, levantou-se e balançou minha mão enquanto Bobby
continua com as apresentações.

"Isto é provavelmente muito emocionante para você, e se nós

concordarmos em nossos termos, ele será o roteirista para o filme. É importante
que retratem tudo na sua história para o cinema, assim como você conseguiu
fazer em poucas centenas de páginas, então eu queria que você conhecesse Harry
Schuman e ouvisse suas ideias. Ele na verdade está aqui para a nossa próxima
reunião, mas estamos atrasados um pouco hoje, então desde que ele já está aqui,
nós queríamos que ele falasse sobre isso com você."

Eu balanço a cabeça e depois das cortesias me sento em frente a eles.

"Entendemos que neste momento você não tem um agente literário, Olive.
É isso mesmo?" Keith pergunta.

"Sim," respondo. "Isso não era algo que eu esperava que acontecesse. Em
absoluto. Eu sou uma autora independente, e como você já deve saber, Soul Ache
é o meu primeiro romance, o que torna tudo isso ainda mais surreal."

"Entendemos que poderia ser um pouco esmagador, mas você

definitivamente nos impressionou com a sua história. E nós queríamos chamar
sua atenção antes que alguém pudesse roubá-la."

"Keith está certo," Bobby assume novamente. "Nós queremos que você veja
isso como o primeiro passo em nossa parceria. Você não tem que decidir sobre
qualquer coisa hoje, mas você deve saber que estamos extremamente ansiosos
para assumir este projeto. Você também deve estar ciente disso – desculpe-me,"
Ele para de falar quando seu telefone apita com uma nova mensagem de texto.
Levantando os olhos, ele acena distraidamente a mão num gesto que dizia
‘continue’.

"Eu preciso verificar algo, mas, por favor, continue sem mim por alguns
minutos e eu vou estar de volta. Nós podemos até ter uma surpresa para você,
Olive. Acho que você vai gostar."

Eu forço um sorriso em meus lábios e então Boobie Bobby tinha ido

embora.

"Vamos conseguir isto, não vamos?" Keith pergunta e recebe um aceno de

cabeça de Harry e eu. "Como Bobby acabou de mencionar, estamos interessados
em optar pelo seu livro. Mas..." Ele levanta a mão como se para me impedir de
falar.

Sou toda ouvidos, Keith. Ninguém o está impedindo.

"Nós queríamos marcar esta reunião para que pudéssemos conhecer um

ao outro melhor e ver se podemos impressionar você. Depois de hoje, se você
gostar do que está ouvindo, ficaria feliz em organizar uma reunião de almoço para
podermos repassar os detalhes e apresentar-lhe um acordo de opção para os
direitos exclusivos."

"Ok," eu balanço a cabeça, porque isso faz sentido, certo? Ele não está
dizendo nada assustador, nem um pouco.

Keith assente para mim com um grande sorriso que mostra seus brancos
perolados e brilhantes novamente e continua. "Então, essencialmente, Olive, nós
queremos permanecer fieis a sua história, tanto quanto pudermos. Você capturou
muitos corações de tantas diferentes faixas etárias, por isso queremos manter o
coração de sua história. A única diferença é que queremos elevá-la ainda mais.
Polir os personagens principais, talvez fazer algumas pequenas mudanças aqui e
ali, adicionar alguns novos personagens secundários, grandes nomes de
Hollywood, é claro. Nós não decidimos se queremos mudar o final ainda, mas isso
é apenas os detalhes, tenho certeza que você não está interessada nisso."
Entrelaçando suas mãos em cima da mesa, ele olha diretamente pra mim. "Nós
queremos que o filme chame a atenção de todos."

Em algum lugar no meio de sua explicação das intenções do estúdio com

meu livro, ele tinha acabado de dizer que eu não estaria interessada nas
mudanças? Do que ele está falando?

"Tudo parece ótimo, mas talvez devêssemos dar alguns passos pra trás,"
eu digo. "Eu realmente sinto que estou em terreno estranho para mim aqui.
Quando você diz algumas pequenas mudanças...?"

"Eu li seu livro, senhorita Taylor, e quando tudo foi ótimo para um
formato de livro, para um filme ele não vai traduzir da mesma maneira. Fazer
mudanças será necessário em certas partes," diz Harry, falando pela primeira vez.

"Vamos acompanhá-la através de tudo," Keith me assegura, entrando na

conversa. “Geralmente leva tempo – em torno de um ano ou possivelmente até
mais de um ano – para conseguir financiamento para o filme, para encontrar o
diretor certo para a história, os atores certos, a produtora e muitas outras
etapas... mas queremos usar os boatos do seu livro para nossa vantagem e
manter o ímpeto acontecendo. Desde que você não tem um agente literário, eu
altamente sugiro a você encontrar um ou ter um advogado verificando o contrato
que vamos apresentar na nossa próxima reunião assim não haverá nenhum
problema no futuro."

"Claro, claro. Mas e essas mudanças?" Pergunto, sentindo-me mais

oprimida pelo segundo.

Keith deve ter visto algo no meu rosto porque seu sorriso se suaviza.

"Eu não acho que nós perguntamos, mas você gostaria de ter algo para
beber? Algo para comemorar, talvez?"
 "Não, eu estou bem. Obrigada."

"Então da próxima vez. Então você tem alguma pergunta pra mim?"

Eu olho para Harry, mas ele não está observando nada disso.

"Eu acho que tenho. Primeiro de tudo, é muito emocionante ouvir que
você está interessado em meu livro, mas para ser honesta, as mudanças que você
mencionou que quer fazer são... Eu não sei como colocá-lo em palavras, na
verdade. A coisa é, eu passei anos neste romance. Enquanto eu quero ver meus
personagens ganharem vida no cinema, eu não tenho certeza se vale a pena
passar por tudo isso só para que ele acabe completamente irreconhecível." Cada
palavra naquele livro tinha um lugar especial em meu coração.

"Você não está interessada em vender os direitos do filme?"

"Eu não disse isso. Na verdade, fiz algumas pesquisas e acredito que em
alguns casos os autores podem atuar como um consultor. Seria uma opção pra
mim? Terei alguma chance de fazer julgamentos para o filme?"

"Olive, acredite em mim, todos os autores se sentem da mesma maneira

que você, no início, mas quando o projeto prossegue e a produção começa tudo
muda. O roteiro ainda não está escrito, então não podemos comentar sobre
quaisquer mudanças, mas eu vou definitivamente certificar-me de que você está
incluída no processo."

Felizmente, eu sou esperta o suficiente para saber que ter uma opinião
sobre o roteiro e ser ‘incluída no processo’ não são a mesma coisa.

"Vamos falar sobre o elenco," ele diz, enquanto eu ainda estou tentando
decidir como responder.

"Não é um pouco cedo para isso?" Eu pergunto, mexendo na minha

cadeira.

"Essa é uma das primeiras coisas em que nos concentramos porque

assegurar o ator certo para o papel certo vai mudar tudo. Nós já temos alguns
nomes que achamos que seria um ajuste perfeito para Isaac e Genevieve." Ele
verifica as notas na frente dele. "Para Isaac, seu personagem principal, temos um
ator específico que estamos tentando entrar em contato, mas para Genevieve
temos uma lista de nomes que estamos passando. Você tem alguma ideia, talvez
sugestões para o elenco?"

"Bem, quando eu os retrato em minha mente, eu não os vejo como outras

pessoas."

Mentira, Olive. Mentindo corajosamente.

"Eu adoraria ouvir os nomes que você está considerando embora," eu

adicionei.
 Logo no final da frase, a porta à nossa esquerda se abre e Bobby volta
para a sala com outro homem bem ao lado dele. O olhar de Keith se move para
eles também, e antes que eu sei o que está acontecendo, Jason entra atrás deles,
brincando com o telefone na mão.

Como o Jason fodido Thorn.

Minha boca se abre.

Merda!

Meu Jason.

Dupla, merda tripla!

Não, não meu, meu Jason.

Merda! Merda! Merda!

Em choque e presa em meu assento, minha boca ainda está aberta

quando Bobby ri, chamando minha atenção. Tenho certeza que eu sou um
espetáculo.

"Olive, eu quero..." A boca de Bobby está se movendo, mas nada do que

diz chega a mim.

Lembrei-me da cachoeira pacífica que Lucy tento me enganar em acreditar

que eu era.

Isso se foi. Tudo secou. É um desastre, realmente.

Eu sou uma avalanche – a mãe de todas as avalanches para ser precisa.

Saltando do meu assento rapidamente, eu viro minhas costas para eles

antes que Jason possa me notar. Talvez eu estou agindo como louca, mas não
havia muitas Olive no mundo. E se ele se lembrar de mim? Lembrar do meu
nome?

Droga!

E se ele ver o meu sobrenome na capa do livro que está colocado bem no
meio da mesa?

Procurando por uma saída rápida, não encontro nenhuma. Com certeza
machucaria um pouco se eu tentasse quebrar a janela e saltar pra fora.
Percebendo o carrinho de bar ao lado da janela, eu faço meu caminho pra ele.

Porra, maldito Keith, por que ele continua chamando meu nome?

Alcançando o jarro de água que tem fatias de limão flutuando nele, eu

agarro um copo e começo a servir. Desde que minhas mãos estão tremendo,
algumas gotas não caiem no copo, mas quem se importa. Tão logo o copo está
meio cheio, eu o bebo e sirvo outro.

O álcool teria funcionado muito melhor, mas a água estava fazendo o

truque.

Alguém toca meu braço, e fico com vergonha de dizer que quase perco o
controle sobre o jarro, fazendo de mim mesma uma boba ainda maior.

"Olive, você está bem?"

Percebendo que é apenas Keith, eu abaixo lentamente o jarro e me agarro

ao meu copo.

"Ah, desculpe. Eu não sei o que aconteceu comigo." Eu tento sorrir, mas
para ele provavelmente parece mais uma careta.

Keith riu. "Não é todos os dias que você vê uma estrela de cinema tão
perto. Compreendo a sua excitação."

Ele não entende nada. Por que ele está falando sobre Jason como se ele
fosse um animal num zoológico?

"Vamos tomar nossos assentos de novo para que possamos apresentar

vocês dois. Você gostaria disso, não é?"

Na verdade eu odiaria isso, muito obrigada.

Lá se foi minha esperança de que talvez Keith fosse bom o suficiente para
me tirar de lá.

"Claro," eu murmuro, usando o copo de água como um escudo na frente

do meu rosto.

Quando olho para a mesa, vi que Harry está fora e Bobby pegou seu
assento. Próximo a ele senta-se o homem que tinha entrado ao lado de Bobby.

E então, havia Jason...

Tento não olhar para ele.

Meu Deus, por favor me ajude a respirar.

Ainda usando o copo como meu escudo enquanto eu continuo bebendo

água, eu me sento em frente ao cara desconhecido – que tem uma expressão
divertida em seu rosto – e então eu pulo um pouco e jogo água em mim quando
Keith puxa a cadeira ao lado da minha e senta-se.

Jesus... Se controle, Olive.

 Eu estou pronta para reagir em surpresa e fugir para encontrar Lucy para
que eu pudesse matá-la. Certamente isso tudo está acontecendo porque ela não
tinha vindo comigo.

Keith começa as apresentações. "Este é o agente de Jason, Tom Symond, e

este é o autor que eu mencionei a você, Tom, Olive T..."

"Muito prazer em conhecê-lo," eu digo, em uma voz mais alta do que

Keith, interrompendo-o antes que ele possa dizer meu último nome.

Tom Symond ri, levanta-se e pega minha mão.

Então eu tenho que me levantar, também. Você não odeia ser civil às
vezes? Enquanto estamos apertando as mãos, eu deslizo e olho para Jason desde
que ele está tão quieto. Quando noto que ele está olhando pra mim com um
franzir no rosto, rapidamente desvio os olhos, sento-me e pego meu amado copo
de água.

"Jason Thorn é quem queremos para o papel de Isaac. Nós pensamos que
ele vai ser perfeito." Keith começa de novo.

Maldição, mas o cara fala demais.

"Ainda temos muitas coisas para conversar, Keith, então não vamos ficar
à frente de nós mesmos," disse Tom.

Assenti com entusiasmo. Que tipo de inferno eu estou em que eles

trouxeram ÚNICO ator que eu queria estar-

"Olive Taylor?"

Oh Deus…

A morte pode ser tão pacífica. Meu próprio céu. Isso não parecia bom?
Respiração era tão subestimada de qualquer forma.

"Olive?" Jason pergunta novamente em uma voz de surpresa. Há um

completo silêncio na sala.

Meu estômago resmunga.

Alguém lá em cima? Mate-me.

Mate-me agora.

"Prazer em conhecê-lo... Sr. Jason Thorn," eu digo miseravelmente quando

ninguém mais fala por vários segundos, silenciosamente reduzindo anos da
minha vida.

De todas as coisas que eu poderia ter dito naquele momento, de todas as

coisas que eu poderia ter feito em vez de sentar lá agitada como uma folha...
 "Pequena," ele diz quando se levanta do assento. Há afeição em sua voz.
Definitivamente surpresa, também, mas principalmente afeto.

Todos os pelos do meu corpo se erguem.

Jason já está dando a volta na mesa vindo em minha direção. Nenhuma

fuga agora.

Derrotada, eu solto meu copo de água e empurro minha cadeira para trás
para enfrentar Jason.

Uma vez que ele me alcança, apenas dois passos nos separaram. Dois
pequenos passos depois de não vê-lo por tantos anos.

"Olive," ele diz, os seus lábios formando um grande sorriso. Seus olhos
passam em cada centímetro do meu corpo, fazendo-me corar.

Então ele está no meu espaço, suas mãos embalando meu rosto já
ruborizado. Involuntariamente, eu dou um passo para trás, minha bunda quase
sentada na mesa. Ele veio comigo.

"Pequena, olhe para você." Ele ri, provocando um sorriso em meu rosto.
"Não posso acreditar, Olive. Porra olhe para você," repete ele novamente.

A covinha? Ainda é tão reconfortante ver como tinha sido no primeiro dia
que eu o conheci.

"Oi," eu digo, levantando minha mão em um leve aceno.

Ele joga a cabeça pra trás e ri.

Uau.

"Sr. Jason Thorn? É assim que você me chama agora?"

"Sim, desculpe por isso," eu murmuro, o meu rosto esquenta.

"Jason?" Pergunta seu agente por trás. "Você a conhece?"

"Sim, eu a conheço," Jason responde, os seus olhos ainda em mim. "Eu

era sua pessoa favorita em todo o mundo. Ela disse isso quando tinha oito anos,"
ele inclina a cabeça, seus olhos se estreitam. "Ou talvez fosse sete?"

"Provavelmente sete," murmuro e fecho os olhos. Yahh, eu tinha feito isso,

porque ele tinha sido exatamente isso pra mim.

"Oh, esta é uma ótima surpresa," Bobby interrompe nossa reunião

inesperada. "Nós não sabíamos que vocês dois se conheciam. Este será
definitivamente um adicional para o projeto."

Jason pisca pra mim.

 Meu coração vibra.
Então suas mãos finalmente deixam meu rosto, só para pegar minha mão
e voltar para Tom.
"Você pode lidar com isso?"
"Claro, mas acho que você deveria ficar. Vamos ser rápidos." Tom
responde.
O quê?
"Você pode cuidar de tudo."
"Jason, espere um minuto."
Sim, Jason! Espere um minuto!
Seu olhar pousa em Bobby. "Eu estou dentro. Você pode resolver tudo
com Tom."

Ele está dentro? Em quê? Dentro de QUÊ? Certamente não é o meu livro,
não é?

"Você terminou a sua reunião com Olive?" Ele pergunta a Keith.

Olá pessoas! Ainda estou aqui?

O olhar de Keith encontra os meus assustados antes de responder à

pergunta de Jason. "Vou enviar-lhe o contrato e pessoalmente marcar uma
reunião de almoço. Vamos discutir o contrato e as opções com você e fazer as
mudanças necessárias."

Eu estou começando a sentir tonturas. Eu já tinha dito tudo bem à sua

proposta?

Absurdamente, aceno com a cabeça.

"Ligue-me quando a reunião terminar, Tom." Diz Jason enquanto me puxa

para trás.

"Eu não posso acreditar nisso," ele murmura assim que nós estamos do
lado de fora da sala e no labirinto novamente.

Além de ficar chocada em silêncio, eu só espero que ele estivesse no prédio

muitas vezes para saber como sair da maldita coisa.

Uma mão engolida pela mão de Jason, a outra agitando atrás de mim com
minha bolsa, eu tento acompanhar seus largos passos.

Isso realmente está acontecendo?

 Apenas quando eu vejo a luz e penso que finalmente estamos fora, eu sou
puxada para um escritório vazio e aqueles olhos de chocolate escuro focam
completamente em mim.

"Olive, você está linda," ele diz depois que nós nos entregamos no pesado
silêncio. "Você cresceu muito."

Porra.

"Eu cresci. Você está muito bem, Jason. É bom ver você."

A minha voz que está tremendo? Ele ainda era minha primeira paixão e
meu primeiro desgosto, mas ele também era Jason Thorn. O Jason Thorn, que
tinha vinte e seis anos e tinha duas indicações ao Oscar sob seu cinto, mas eu
não ia pensar sobre o que estava sob o seu cinto, porque isso seria ruim.
Realmente ruim. Ele era um dos atores mais versáteis na indústria. Eu mencionei
que ele era o melhor? Ele era mais do que apenas um ator. Ele era uma estrela –
uma perturbada, eu diria, mas ainda uma estrela grande e brilhante. Qualquer
outra mulher estaria saltando nele se ela se encontrasse trancada numa sala com
ele, o que eu acreditava que elas geralmente faziam.

Eu, no entanto, estou lentamente recuando para a liberdade.

"É isso aí? Isso é tudo que você vai me dizer?"

No último dia em que eu sorri pra ele, ele conseguiu pisar no meu coração
com uma simples mensagem de texto, mesmo não sabendo que ele estava
pisando nele. A última vez que ele puxou meu cabelo como um adeus tinha sido a
última vez que eu já ouvi falar dele.

Claro, ele tinha enviado mensagens de texto e ligado para Dylan nas
semanas seguintes, mas depois eu acho que nem mesmo Dylan ouviu falar dele
novamente. Um ano depois, vimos seu primeiro filme como uma família na
mesma sala onde ele passou inúmeras horas com a gente.

"Estou muito chocada, eu não sei o que dizer realmente," eu digo antes
que eu possa dizer algo estúpido.

"Eu também estou, mas, Deus, olhe para você, pequena." Outra leitura
lenta do meu corpo. "Eu nem a reconheci quando eu entrei pela primeira vez na
sala. Quais são as chances?"

"Não é?" Eu ri com nervosismo. "Quais são as malditas probabilidades..."

"Você tem que me contar tudo."

"Tudo? O que você quer dizer?"

"Dylan? Ele está aqui em Los Angeles também? E a sua mãe e seu pai?
Estão todos bem?"
 "Sim. Eles estão todos bem. Mamãe e papai ainda moram em San
Francisco. Na mesma casa, na verdade. Dylan está em D.C., ele é um professor, e
casado com a garota mais doce do mundo. Você pode acreditar nisso?"

Eu continuo caminhando pra trás.

Pequenos passos, Olive. Você está tão perto da liberdade.

"Na verdade, eu posso." Seu sorriso fica ainda maior quando ele se senta
na borda da mesa do escritório. "Ele queria ser um professor desde o ensino
médio ou algo assim, e a família sempre foi importante pra ele. Não admira que
ele não pudesse esperar para começar a sua própria."

Finalmente, alcançando a porta, apoio minhas costas contra ela e espero o

momento perfeito para escapar.

"Deus, Olive, você nem consegue imaginar o quanto eu senti sua falta."

"Quando você parou de ligar, eles também sentiram sua falta."

Ele arqueia uma sobrancelha. "Então, você não sentiu minha falta?"

Você me machucou, seu malvado atraente, eu quero dizer.

"Hum, claro. Claro."

Sua covinha desaparece e ele se endireita. Quando ele começa a caminhar

em minha direção, eu não tenho para onde correr.

"O que há de errado com você, pequena Olive?" Estendendo a mão, ele
puxa uma mecha do meu cabelo, um gesto tão velho que puxa algo em meu
coração. "Eu não sou mais seu amigo?"

Ele se lembra. A coisa de me puxar pelo cabelo que ele tinha começado a
fazer toda vez que ele me via era como um ‘olá’ quente dele. Eu costumava amar
isso, pensando que ele não poderia manter suas mãos longe de mim. Eu amava
ele. Você poderia chamar isso de paixão, mas para mim, era amor puro. Ele tinha
sido meu primeiro e único desejo em cada um dos meus aniversários.

"Eu teria pensado que você ficaria feliz em me ver, também, Olive. Se não
feliz, inferno, talvez um pouco animada. Meu ego está levando uma pancada
real."

"Desculpe," eu digo, estremecendo um pouco. "Foi um... Um dia estranho,

para dizer o mínimo."

"Ainda assim não admite que sentiu minha falta," ele murmura quase
para si mesmo. Seus olhos parecem estar em cada centímetro do meu rosto, mas
eu escolho focar em um ponto sobre seu ombro. Seu rosto não é estranho pra
mim, como o meu é pra ele. E lembro-me de que aquele olhar terno era muito
bom. Inferno, foi apenas uma das coisas que me fez apaixonar por ele.

"Você é uma escritora," ele comenta, como se o pensamento tivesse

acabado de ocorrer a ele.

"Algo assim."

Ele me presenteia com aquela covinha novamente. "Hoje à noite estarei

lendo suas palavras."

Em pânico, eu digo, "Oh, você realmente não precisa. Não é mesmo muito
bom. É o meu primeiro livro e as pessoas são loucas." Seu sorriso fica cada vez
maior. "Eu até poderia estar sendo punida agora. Eu estou sendo séria, você não
gostaria mesmo, Jason. E que tipo de estrela de cinema você é que tem tempo
suficiente para ler um livro?"

Havia sexo naquele livro! Movimentos vigorosos. Fodas. Chupando.

Orgasmo.

Oh, querido Deus. Havia palavras como pau e buceta!

Ele ri. "Agora você me intrigou ainda mais. Vou ter que lê-lo assim que
chegar em casa. Além do que..."

Ele levanta um dedo quando eu abro minha boca para objetar novamente,
"Eu acabei de dizer aos executivos que estou dentro do estúdio que estão
interessados em transformar seu livro em um longa-metragem. Eu acho que eu
deveria saber no que eu estou me inscrevendo, você não acha?"

"Por que você disse isso mesmo não sabendo do que se trata?"

"Meu agente me arrastou aqui, dizendo que era uma boa escolha pra mim.
Eu estou supondo que ele sabe sobre o seu livro e eu confio nele."

"Bem. Você vai fazer isso. Eu tenho que ir." Dando um passo à minha
direita, eu abri a porta. "Foi tão bom ver você. Agora tchau."

Seus olhos se iluminam. "Aí está a pequena Olive que conheço."

Antes que eu posso afastar minha mão, ele a agarra como se estivesse se
preparando para correr.

Por que meu coração vibra tanto quando ele me toca mesmo que fosse
óbvio que ele ainda me visse como a irmãzinha do seu melhor amigo, o garoto?

"O que você está fazendo?" Eu pergunto enquanto eu estou sendo puxada
para a liberdade.

"Vou deixá-la onde quer que você queira ir."

 "Você nem sabe onde eu moro. E se estiver a uma hora de distância?
Estou começando seriamente a duvidar de sua situação de estrela de cinema."

Novamente, aquela risada. "Vai ser divertido. Prometo te divertir durante

toda essa hora, pequena."

"Não é uma hora. Sério, eu posso chegar lá em pouco tempo."

"Então você não vai sofrer muito na minha presença."

"Você sempre foi tão teimoso quando era pequeno?" Pergunto, começando
a ficar um pouco irritada por ser puxada ao redor como uma boneca.

"Oh, querida," ele diz suavemente, olhando por cima de seu ombro, a
ondulante covinha piscando pra mim. "Você sempre foi a pequena, não eu."
 Capítulo Sete

Jason

Depois de empurrar uma Olive relutante em meu carro, eu dou a volta e

entro enquanto ela está murmurando algo sobre matar alguém.

Divertido, eu pergunto, "Vamos fazer uma matança?"

Eu ainda não posso acreditar nos meus olhos, que ela está realmente lá.

Franzindo o cenho, ela olha pra mim, sua mão puxando o cinto de
segurança. "O quê?"

"Calma lá, assassina." Eu sorrio e me inclino sobre ela para cuidar do seu
pequeno dilema.

Meu nariz está quase tocando sua bochecha. Mmm. Ela cheira a maçãs,
frescas e doces.

Sinto sua rigidez.

Minha pequena Olive.

Segurando-a, eu me inclino para trás e meus olhos se concentram em

seus lábios entreabertos. "Ai está."

"Obrigada," ela murmura, olhando para qualquer lugar menos pra mim.
Eu também olho pra longe.

"Então, você estava murmurando sobre matar alguém?"

"Lucy. Minha amiga."

"O que ela fez para merecer uma morte horrível?"

Ligando o carro, discretamente olho pra ela.

A garotinha que sempre me dera os maiores sorrisos tinha desaparecido

há muito tempo. Enquanto parecia que ela não mudou nada, eu sabia que tudo
tinha mudado. Parecia que eu não era o merecedor de qualquer sorriso, não
mais.

"Eu não posso ser uma companhia tão ruim, posso?" Eu pergunto antes
que ela possa responder sobre sua amiga.

Ela me dá um pequeno sorriso. Não um dos seus belos sorrisos que

costumavam iluminar seus olhos e liberar suas bochechas, mas ainda um
sincero, no entanto.
 "Não, você não é tão ruim assim. Você pode me deixar na USC 1 , vou
encontrar meus amigos."

"Você vai lá?"

"Sim."

"Vamos, Olive. Não seja assim. Diga-me mais sobre o que você tem feito.
Ainda não consigo acreditar que nós encontramos um ao outro aqui, de todos os
outros lugares em LA."

"Um café ou algo assim teria sido mais parecido, não é?"

"Exatamente. Um escritório de executivos de cinema? De jeito nenhum."

Ela ri. "É um pouco estranho, não é?"

"Esquisito? Eu não sei, provavelmente. Você nunca foi uma garota

comum."

Parando na luz vermelha, eu encaro ela. Ela está olhando pela janela,
suas mãos descansando no colo dela apertadas juntas. Eu puxo um fio de cabelo
louro avermelhado – que parece muito mais leve do que era anos antes – e ela
olha pra mim. Eu sorri e digo, "Oi."

Ela morde o lábio inferior e sorri timidamente. "Oi de novo."

"Eu senti sua falta, pequena. Eu nem sabia o quanto até que eu vi você."
Seu sorriso vacila um pouco, mas ela consegue transformá-lo em um sorriso
torto, que parece estranhamente atraente nela.

A luz fica verde e eu tenho que dar a minha atenção para a estrada, eu
tenho uma carga especial e tudo isso. Passam-se os minutos sem que nenhum de
nós diz nada, então ambos falamos ao mesmo tempo.

"Você..."

"Eu posso..."

Eu ri. "Você fala primeiro."

"Eu só queria perguntar por que você parou de ligar para Dylan. Por um
tempo ele costumava ficar sensível se alguém mencionasse você. Eu acho que ele
não queria mostrar o quanto ele estava chateado. Eu sei que não é da minha
conta e você certamente não tem que responder se você não quiser, mas eu
sempre quis saber."

1
USC: Universidade de Los Angeles na Califórnia.
 Quando o carro na minha frente para devido ao tráfego, eu mudo de faixa
e desacelero. Esfregando a parte de trás do meu pescoço, solto uma respiração
profunda.

"Você não precisa responder," ela repete antes que eu posso formar uma
resposta em minha mente. Eu não tenho uma razão suficiente para dar a ela.

"Não, está tudo bem, pequena. Eu sei que foi uma coisa de merda de se
fazer depois de tudo o que sua família tinha feito por mim. Para ser honesto, as
primeiras semanas foram muito difíceis. Talvez você se lembre," eu digo, olhando
pra ela. "Meu pai e eu nunca estivemos próximos, e a morte da minha mãe não
mudou nada sobre isso. O dia que eu deixei vocês, ele nem sequer me falou uma
palavra na viagem até aqui. Quando finalmente chegamos, ele me mostrou para
um quarto vazio em uma casa grande e voltou para seus clientes. Bem desse
jeito. Mal o vi, e ele certamente não se importava com o que eu estava fazendo.
Infelizmente, só piorou depois disso. Eu não queria ser aquele garoto que só
ligava para reclamar. E, não diga a sua mãe, mas acho que se eu tivesse
conversado com Emily sobre como eu estava, eu teria quebrado e chorado como
um bebê, quando eu ouvisse ela me chamar de querido naquele tom doce dela.
Mentir para Dylan foi surpreendentemente mais fácil." Quando ela não diz nada,
eu continuo. "E com o tempo, com a escola e depois com o filme..."

Parece sem sentido até para os meus próprios ouvidos.

"Sinto muito por você ter passado um tempo difícil quando você chegou
aqui, mas você deve estar tão feliz agora. Estou feliz que as coisas terminaram
melhor. Quando assistimos ao seu primeiro filme, acho que vi a mamãe limpar as
lágrimas mais que algumas vezes."

"Ela chorou por um filme de ação?"

"Você foi baleado, e bem, eu acho que ela chorou porque ela estava
orgulhosa de você."

Uma flecha direto no meu peito. Quando minha mãe desmaiou de beber
diariamente, bloqueando-me para fora durante a noite, Emily tinha me levado.
Depois dessa noite, eu tinha ficado em sua casa mais do que eu tinha na minha
própria. Ela tinha sido uma mãe melhor para mim do que a minha própria
poderia ser. Dylan era meu irmão e Olive... Bem, Olive também tinha sido minha
amiga. Eles eram a única família que eu conhecia. Era tão simples quanto isso.

"Você realmente não sentiu minha falta?" Eu pergunto, tentando difundir

o silêncio pesado no carro. "Não esperou pelo telefone ou por uma ligação minha?
Vamos, não seja tímida. Você pode me dizer." Eu observo ela pelo canto do meu
olho.

Ela ri. É bonito assistir.

 "Eu definitivamente não esperei pelo telefonema."

"Mas você admite ter sentido a minha falta, não é?"

"Talvez," ela diz tão baixinho que eu não tenho certeza se eu ouvi direito
dela.

Quando seu telefone toca, ela me dá um olhar de desculpas e atende.

"Onde está você? Não. Ok. Sim, a reunião terminou, eu estou voltando.
Ok. Estarei em casa em breve. Não! Não, espere lá dentro. Lucy, eu juro por
Deus, se eu te encontrar fora – Olá? Lucy? Maldita!"

"Algo errado?" Eu pergunto, divertido.

"Não, está tudo bem. Bem, uma boa notícia para você, você não tem que
me levar até a USC. Estamos mais próximos de casa."

"Lucy é sua colega de quarto?"

"Uma deles."

"Quantos companheiros de quarto você tem?"

"Com Lucy, três."

"É difícil?"

"Na verdade não. Quero dizer, somos todos amigos, então eu acho que é
mais fácil do que seria se eles fossem completos estranhos."

Depois que ela me dá o endereço, ficamos quietos pelo resto da viagem.

Porra, mas eu não consigo parar de olhar pra ela. Ela tem o mesmo pequeno
nariz, a mesma faísca em seus olhos, mas ela está tão diferente da última vez que
a vi. A pior parte? Ela tem seios suficientemente grandes e eles tinham
amortecido meu braço quando eu tinha acidentalmente esbarrado neles quando
eu a segurei lá dentro.

Foda-se, mas minha pequena Olive – a mesma garotinha que eu tinha

protegido de idiotas – não é tão pequena mais.

"Esta é a rua certa?" Eu pergunto quando eu viro à direita.

"Sim. Você pode parar aqui. Já tomei bastante do seu tempo."

"Não seja assim. Diga-me qual é o edifício."

"Talvez eu não queira que você saiba onde moro."

Eu dou-lhe um olhar exasperado, e ela me dá um irritado, que só me fez

rir.
 Ela bufa e aponta para um edifício antigo. "Você vê aquelas três pessoas
esperando lá?"

"Aquele prédio antigo?"

"Sim, esse."

Parando em frente ao prédio que ela havia apontado, eu desligo o motor.

"Este lugar é seguro?" Eu pergunto, inclinando-me sobre ela para olhar

para o prédio através de sua janela.

“Seguro suficiente.” Com uma rapidez que eu não esperava, ela abre a
porta e sai. Inclinando-se para olhar pra mim através da porta aberta, ela diz,
"Obrigada por me trazer, Jason. Foi muito legal ver você de novo. Fico feliz por
isso. Não leia o livro porque é meio tosco, se você me perguntar. Tenha uma boa
vida. Tchau."

Ela fecha a porta em meu rosto sorridente. Ah! Ela está agindo como se
pudesse fugir tão facilmente agora que eu a encontrei.

Rindo para mim, procuro meu Ray-Ban e saio do carro. Seguindo ela, eu
assisto uma menina separar dos outros dois e correr direto para os braços de
Olive, toda gritando e pulando.

A outra garota tem um sorriso igualmente grande em seu rosto quando ela
finalmente alcança a dupla saltitante. O cara? Ele não parece tão feliz.

"Comece do começo, você tem que nos dizer tudo. Eles querem os direitos
do filme? Você disse sim? Quanto eles ofereceram? Quem vai interpretar Isaac?"
Ouço sua amiga perguntar rapidamente. Eu não posso ouvir as respostas de
Olive, mas eu estou ciente de que ela está tentando levá-los de volta para o
edifício.

E ela não tinha me notado – ainda.

"Olive," eu digo ao lado do seu ouvido quando sua amiga se concentra nos
outros dois e está olhando por cima do seu ombro.

"Jesus!" Ela grita virando-se.

 Capítulo Oito

Olive

Com meu coração batendo em minha garganta, eu me viro para encontrar

Jason sorrindo para mim.

"Não tão rápido, pequena," diz ele.

Pegando seu braço, eu consigo puxá-lo alguns passos de distância. "O que
você está fazendo? Eles reconhecerão você!"

Eu lanço um olhar atrás de mim. Pelo que eu posso ver das três bocas
abertas, já é tarde demais.

"E daí? Eu quero conhecer seus amigos."

"Jason. Tem certeza que está bem? Você não deveria... eu não sei, estar
um pouco mais preocupado em estar em público?"

"Ninguém está por perto. Tudo bem, Olive. Relaxe, eu não vou
envergonhá-la. Eu prometo," diz ele em um tom.

Meu coração aperta. "Não foi isso. Eu sinto muito. Vamos apresentá-lo,
então."

Lucy é a primeira a fechar a boca e sorrir como um gato que está prestes a
tomar banho no creme.

"Você deve ser Lucy, a pessoa que está enfrentando uma morte
sangrenta," diz Jason, dando-lhe um sorriso sincero.

"Sim, provavelmente sou eu." Lucy tem aquele olhar estrelado em seus
olhos quando ela finalmente aperta a mão de Jason.

"Esta é Charlotte, e Marcus." Eu assumo quando Lucy finalmente solta

sua mão.

"Prazer em conhecê-los," diz Jason.

Quando Lucy olha para mim interrogativamente, eu suspiro, "Jason teve

uma reunião depois da minha, e elas estavam atrasadas, e então ele estava na
minha reunião, então ele me reconheceu e me ofereceu para me trazer."

É uma explicação curta, mas seria suficiente para entreter ela até que
chegássemos em nosso apartamento.

"Vocês dois se conhecem?" Marcus pergunta com uma careta confusa em

seu rosto.
 Marcus é uma questão completamente diferente. Ele é meu companheiro
de quarto e meu ex, e quanto mais meu livro foi reconhecido, mais irritado ele
ficou.

Sinto a mão de Jason em minhas costas. É um toque leve, mas é o

suficiente para fazer todo o meu corpo zunir com emoção.

Corpo estúpido, traidor.

"Jason era o melhor amigo do meu irmão. Ele costumava morar conosco."
eu digo a Marcus.

"Você nunca mencionou isso."

"Eu sinto muito? Não achei que você estaria interessado em saber isso."

Lucy interrompe. "Oh, cale a boca, Marcus. Eu sabia, e francamente, isso

é suficiente. Você gostaria de vir?" Ela pergunta a Jason, suavizando seu tom.

"Eu adoraria, mas eu tenho medo que vai ter que esperar até a próxima
vez." Virando-se para mim, ele diz, "Posso ver seu telefone?"

"Por quê?" Eu pergunto suspeitosamente.

"Quero pegar o número de Dylan."

Ah, certo. Não era como se ele quisesse o meu. Assentindo com a cabeça,
tiro-o da minha bolsa e entrego a ele.

"Olive," chamando minha atenção, Char toca meu braço. "Estou morrendo
de vontade de ouvir o que aconteceu na reunião e se você disse sim, mas eu
tenho que me encontrar com o meu grupo de estudo..." Ela olha para o relógio.
"Em meia hora. Eu vou falar com você quando eu voltar, ok?"

"Claro, vamos conversar quando você voltar."

Soprando-nos um beijo rápido, ela sai apressadamente.

Antes que eu posso perguntar a Jason por que demora tanto para
conseguir o número de Dylan, Marcus me chama a atenção, balança a cabeça,
vira-se e sai.

"O que há de errado com ele?" Pergunto a Lucy, certificando-me de que

Jason não possa ouvir.

"Quem sabe? Ele está em um de seus humores, eu acho. Não se preocupe

com ele."

Jason entrega meu telefone de volta, nossos dedos tocando por um

segundo rápido.
 Aquelas velhas borboletas infantis, que eu pensei que tinham ido há
muito tempo? Todas voltaram com uma vingança, que me assustou mais do que
qualquer coisa que tinha acontecido naquele dia.

"Eu coloquei meu número aí e eu quero que você me ligue sempre que
precisar de alguma coisa, ok?"

Como se eu fosse repetir esse erro novamente.

"Já que eu tenho a sensação de que você não vai fazer isso, eu vou ter
certeza de mandar uma mensagem para você assim que eu começar a ler o livro.
Vou deixar você saber o que eu acho."

"Você não vai deixar isso passar, vai?"

Seu sorriso cresce. "Não é uma chance no inferno, pequena."

Depois que ele diz adeus a Lucy, ele olha para mim mais uma vez. Então,
segurando meu rosto novamente, ele coloca um beijo inesperado na minha testa,
tornando-me completamente sem palavras.

"Vejo você em breve," ele diz, e então ele vai embora.

"Agora," Lucy começa quando ela engancha seu braço no meu e começa a
arrastar-me para o nosso edifício. "Eu estou segurando a minha língua até que
formos escadas acima, entrarmos em seu quarto, fecharmos a sua porta, e
deitarmos lado a lado naquela cama. Isso deve nos dar tempo suficiente para
aceitar o que acabou de acontecer. Contudo, quando nossos corações finalmente
pararem de ficar loucos por esse belo pedaço de bunda, você vai responder a cada
única pergunta que eu fizer. Estamos entendidas? Assinta se estiver."

Eu balanço a cabeça.

****************

"Espere um minuto. Ele te tirou da reunião? Mas você disse sim antes que
ele a arrastasse pra fora? Este filme incrível está acontecendo ou não?"

Eu estou tão confusa quanto ela. "Parece que está."

Estamos sentadas uma ao lado da outra na minha cama, de frente para a

janela que mostra um céu já escurecido. Meu quarto era apenas suficientemente
grande para ter uma cama queen size e um pequeno armário/penteadeira, mas
desde que minha cama era um pouco maior do que a sua, é nosso local regular
para ficarmos até tarde da noite conversando e comendo lanches.
 "E por que não estamos mais empolgadas com essa enorme coisa de
mudança na sua vida? Você está fazendo isso parecer que não é nada."

"Ver Jason eclipsou essa pequena pepita. Oh, Lucy," fechando meus
olhos, eu suspiro e me deito de costas em meus travesseiros. "Eu agi como uma
idiota total. Fiquei mortificada quando o vi entrar por aquela porta, mas então
por que eu senti aquela pressa em sair quando ele me agarrou pela mão, ou
quando ele olhou pra mim como se realmente estivesse me vendo? Por que..." Eu
luto para encontrar as palavras certas. "Por que meu coração parecia que estava
queimando?" Eu jogo meu braço sobre meus olhos e solto um suspiro. "Mas
então eu me lembrei do quanto doeu ler o que ele pensava de mim naquela noite,
e eu não podia olhá-lo nos olhos. Eu o chamei de Sr. Jason Thorn pelo amor de
Deus! Eu me fiz de tola completa na frente de todos."

Lucy se deita gentilmente ao meu lado e eu abro meus olhos para olhar
seus cinzentos e tempestuosos olhos.

"Mas o truque de cachoeira funcionou, não é? Você estava toda calma e

recolhida até que a sobrecarga atraente entrou e seus ovários explodiram junto
com seu coração."

Eu sorri. "Essa é uma maneira de dizer, eu acho."

"Você ainda o ama?" Ela pergunta depois de uma longa pausa de silêncio.

Eu ri. "Juntamente com milhões de outras mulheres. Quem não ama

Jason Thorn?" Lucy ignora minha resposta e se mantem olhando fixamente até
eu desistir. "Ele não é o mesmo garoto que dormiu bem ao lado do meu quarto,
Lucy. Não estou mais apaixonada por ele assim."

"Eu não acredito em você, minha Olive Verde2." Ela bate no meu nariz com
a ponta do dedo.

"Não importa se você acredita ou não. Duvido que volte a vê-lo em breve."
Eu bato no braço dela. "Não se preocupe, vou levá-la para ver seu próximo filme.
Você ainda pode salivar enquanto estiver assistindo seu abdômen sarado. Não
está saindo no próximo mês?"

Depois de ver e falar com ele novamente depois de tantos anos, não seria
um chute sólido no meu estômago quando eu o visse beijar sua companheira de
cena? E bem quando eu estava começando a me acostumar a vê-lo em um beijo
apaixonado.

Ela suspira. "Não, ainda faltam dois meses. E de qualquer forma, não é o
mesmo que vê-lo cara a cara. Você acha que ele teria tirado a camisa dele se você
tivesse pedido? Estou arruinada para sempre depois de vê-lo mostrar essa

2
Olive é azeitona em inglês e ela chama a amiga dela de green Olive, que é azeitona verde
covinha pra você e depois beijar sua testa. Se eu não soubesse que você ainda o
amava..."

"Eu não o amo."

"Eu teria saltado sobre ele e muito possivelmente lambido sua covinha
enquanto minhas mãos acidentalmente vagavam para lugares onde cada menina
daria seu primogênito para dar uma espiada." Ela faz seu corpo tremer inteiro.

"Ahh, não seja nojenta." Eu faço um rosto engraçado pra ela. "E não faça
isso com nenhum cara quando estiver por perto, por favor."

"Por quê? Lamber é um impulso natural. Quando você pensa nisso, você
realmente começa a aprender a lamber corretamente quando você é apenas uma
criança. Todos aqueles pirulitos e sorvetes que você lambeu até a morte? Isso foi
apenas treinamento. Você acha que ele não iria amá-la se você lambesse sua
covinha e deixasse suas mãos vagarem ao redor um pouco?"

"Ele me vê como sua irmã, Lucy. Claro que ele não gostaria de ter minha
língua em qualquer lugar perto do seu rosto, ou a minha mão nesse assunto."

"Quem disse?"

"Diz todo cara que teve a irmãzinha de um melhor amigo se apaixonando

por ele." Quando você pensa sobre isso, realmente soa um pouco irritante. Lá
está ele tentando ter um momento de família, que ele não conseguiu em sua
própria casa, e lá estou eu surgindo onde quer que ele vá, aderindo a ele como
uma cola. Ele foi apenas agradável o suficiente para não dizer nada na minha
cara.

Lucy vira-se completamente pra mim, seus olhos brilhando de malícia.

"Talvez ele vá se apaixonar por você agora. Então eu podia ver seu abdômen
quando eu quisesse. Maldição, eu poderia possivelmente fugir com um pretexto e
uma passada de mão."

"Eu diria para não prender a respiração. Eu desisti desse sonho há

exatamente sete anos... quatro meses, e alguns dias atrás. Não que eu esteja
contando ou algo assim."

Lucy bufa. "Claro que não."

Meu telefone sibila com uma nova mensagem de texto e antes que eu
posso mesmo levantar minha cabeça dos travesseiros, Lucy está fora da cama e
cavando em minha bolsa.

"Quem é?" Eu pergunto. "É Char? Você pode responder de volta e lembrá-
la de comprar papel higiênico quando voltar pra cá?" Não havia nenhuma
maneira que eu ia pedir ao Jason Thorn para parar na mercearia para comprar
papel higiênico. "Por que está sorrindo, Lucy? O que ela disse?"
 "Oh, eu tenho a sensação de que vou amar isso," ela responde com um
sorriso maligno em seu rosto enquanto digita uma resposta.

"Do que você está falando?"

Ela joga o telefone em mim, quase quebrando meu queixo no processo, e

corre para fora de meu quarto diretamente para o dela.

Perplexa, eu olho para a mensagem de texto que eu tinha recebido... e ela

evidentemente respondeu.

Jason: O cara, Marcus, é seu namorado?

Eu: Não, apenas ex. Estou 100% solteira.

"Eu te odeio tanto!" Eu grito quando ouço o grito de resposta vindo do seu
quarto. O telefone apita com uma nova.

Jason: Bom. Eu não gosto dele.

Rapidamente, eu escrevo de volta.

Eu: Por que diabos você não gosta dele?

Jason: Eu não gostei da maneira como ele te tratou.

Eu: Você só o viu por alguns segundos, como você sabe como ele me
trata?

Jason: Eu tenho olhos.

Eu: Tão surpreendente. Eu não tinha notado.

Jason: Acabei de falar com seu irmão, depois de conversar com seus
pais. Tudo está bem. Ele diz oi. Depois do jantar, vou baixar o seu livro e
começar a me preparar para o meu próximo papel.

Eu: Ainda bem que conseguiu consertar as coisas. Falo com você em
alguns anos.
 "Olive?" Ouço Lucy gritar da segurança de seu próprio quarto. "O
suspense está me matando!"

"Eu ainda te odeio," eu grito de volta.

"Oh, eu te amo também, mas, eu quis dizer o que ele está escrevendo?"

"Você nunca saberá."

Ela sai do seu quarto e me dá o olhar mais inocente com aqueles lábios
vermelhos carnudos e inocentes olhos.

Justo quando ela está prestes a se sentar ao meu lado, Marcus aparece à
minha porta.

"Olive, podemos conversar por um segundo?"

Eu me endireito e o convido para entrar.

Lucy olha para Marcus por alguns segundos antes de me olhar e dizer,
"Vou pular no chuveiro antes de ir para a cama, tenho uma aula cedo na parte da
manhã. Antes de dormir, vou perseguir sua posição na Amazon por um tempo.
Falo mais tarde com minha Olive Verde."

Eles trocam olhares hostis enquanto Marcus entra no meu quarto e Lucy
sai. Não era que Lucy odiava Marcus como pessoa – eles realmente eram amigos
um com o outro mais do que tinham sido comigo – ela só odiava o fato de que
Marcus tinha me deixado porque ele pensou que eu estava gastando muito tempo
com os personagens ficcionais que eu tinha criado na minha mente. Ele nunca
pensou que eu realmente publicaria, muito menos que seria bem sucedida em
minha primeira tentativa como uma escritora. Honestamente, nem eu, mas isso
não era o ponto.

Fechando a porta, ele cruza os braços sobre o peito e recosta-se na

parede, me observando com olhos silenciosos, quando ele não gostava de algo,
sempre fazia isso. Sempre te olhava até você encolher em seu assento antes que
ele realmente abrisse sua boca para deixá-lo saber o que estava errado.

"É isso que você quer fazer com seu futuro, Liv?"

Oh e também, ele nunca me chamou pelo meu nome completo. Ele achava
ridículo.

"O que você quer dizer?"

"Char disse que você faltou uma aula hoje."

"Sim," eu digo lentamente, me perguntando onde ele ia com isso. "Tive

uma reunião."
 "Isso é o que é importante para você agora? Girar em torno de estrelas de
cinema e gritar com Lucy?"

"Eu conheço uma estrela de cinema, Marcus, apenas uma, e Jason

insistindo em me dar uma carona para casa não é exatamente girar em torno de
um monte de estrelas de cinema. Como eu disse lá embaixo, eu tinha sete anos
quando nos conhecemos, como uma família, não apenas eu. Ele tinha apenas
doze anos. Ele era como um segundo irmão pra mim."

Pergunto-me quantas vezes teria que me deitar com uma cara séria antes
que o dia terminasse. Mas isso não é exatamente uma mentira, é? Ele me viu
como sua irmã. Fui eu e meu coração que haviam confundido as águas em minha
própria cabeça, e fora tudo isso, eu ainda me importava com o que Marcus
pensava de mim.

Apesar do que Lucy e Char pensaram, durante o curto ano em que

estivemos juntos, eu estive interessada em Marcus. Ele era inteligente,
interessado em mim, confiante em si mesmo, e tinha uma visão para o seu futuro
– um que eu queria ser parte. Ter um relacionamento com alguém com quem já
partilhava uma casa tinha sido estranhamente excitante. E o sexo? Isso também
foi bom, especialmente quando estávamos nos escondendo de Char e Lucy.

Parecia que éramos corretos um para o outro até que ele decidiu
lentamente me derrubar e moldar-me em algo que eu nunca viria a ser.

Ele ergue a sobrancelha. "Você tem certeza? Você não parecia com alguém
que tinha visto seu irmão há muito perdido pra mim lá embaixo."

"Por que você faz isso comigo?" Eu pergunto genuinamente curiosa.

Ele inclina a cabeça. "O que você quer dizer?"

"Questiona todos os meus movimentos. Mina minhas decisões. Faz-me

sentir como se eu não pudesse fazer nada direito aos seus olhos. Eu publiquei
um livro, Marcus. As pessoas estão realmente lendo isso. Muita gente está lendo
isto. Um maldito estúdio de cinema quer o meu livro. Por que você não pode estar
feliz comigo? Por mim? Por que você está me rebaixando assim?"

"Isso não é o que estou fazendo, Liv," ele diz, e se senta ao meu lado. Ele
levanta a mão como se estivesse prestes a apertar minha coxa, mas depois a
deixa descansar na cama, ao lado do meu joelho. "Você perdeu tanto peso
enquanto você estava tentando escrever este livro. Inferno, às vezes você nem
tinha tempo de tomar um banho antes das suas aulas, deixou de sair comigo.
Nosso relacionamento terminou por causa deste livro, porque você estava mais
apaixonada com seus personagens do que você estava comigo. Mesmo quando
você não está escrevendo, você está perdida nos seus sonhos."
 "Não foi por isso que acabou, Marcus. Estive escrevendo este livro há
anos, muito antes de você, mas você já sabia disso. Quando começamos algo,
você sabia o quanto isso significava pra mim, terminar este livro."

"Talvez seja isso que você quer acreditar, mas não é o que aconteceu, Liv.
Eu pensei que uma vez que publicasse você poderia levar as coisas mais fáceis,
corrigir as coisas entre nós, mas agora eu posso ver que está mudando você para
pior."

Chocada, eu respondo, "Faltei uma única aula. Como isto poderia ter me
mudado Marcus? E mesmo se eu estivesse faltando aulas ao absurdo, você
também sabe que eu estou adiantada em minhas aulas e que me formarei mais
cedo." Nenhum de nós diz nada por um curto período de tempo. Então eu suavizo
minha voz e tento novamente. "Será que eu inconscientemente fiz algo que iria
fazer você pensar assim? Se esse é o caso, eu fiz algo ou disse algo que te
machucou, me desculpe. Não importa o que aconteceu entre nós, você sabe que
eu me importo com você."

"Eu me importei com você também, Livy."

Pretérito.

Ele se levanta e para junto à porta. "Quando você decidir voltar à

realidade, eu realmente espero que não seja muito tarde."

"Lamento saber que você pensa assim, Marcus. Realmente, eu lamento."

Quando eu não digo o que ele obviamente espera que eu diga, ele acena
com a cabeça secamente e me deixa sozinha em meu quarto.

Sentindo um pouco irritada que ele de alguma forma conseguiu me

desaminar quando eu tinha todo o direito de me sentir entusiasmada com minha
realização, pulo da cama, baixo as cortinas e desligo as luzes.

Quando eu estou confortavelmente aconchegada debaixo das minhas

cobertas, fecho os olhos e tento ignorar o fato de que Marcus ainda tem poder
suficiente sobre mim para ficar sob minha pele.

Logo, eu adormeço em um sono irregular onde ainda era uma menina que
sonhava e desejava coisas que ela nunca poderia alcançar.

****************

Quando uma porta se fecha com força suficiente para acordar os mortos,
eu assusto acordando com um suspiro. Voltando a respirar, eu tenho que piscar
algumas vezes para me orientar e perceber que estou em Los Angeles e não em
minha casa de infância. Apalpando a cama em busca do meu telefone, eu desisto
quando eu não posso encontrá-lo e em vez disso levanto-me para conferir Lucy.

"Lucy," eu sussurro e bato em sua porta quietamente. Quando não há

resposta, eu a abro e vejo que ela já está profundamente no sono. Fechando a
porta, eu vou para a cozinha para pegar uma garrafa de água e volto ao meu
quarto antes de me deparar com Marcus, só no caso de ele ser o único que tinha
batido a porta.

Quando eu estou de volta no meu quarto, eu ligo as luzes e finalmente

encontro meu telefone perdido no chão ao lado da cama.

Vendo as duas notificações de novas mensagens de texto de Jason, meu

coração decide que era hora de ter um ataque cardíaco. Eu abraço o telefone ao
meu peito, respiro fundo e exalo. Querendo ficar sozinha no escuro, eu desligo as
luzes novamente e volto para a cama. Meu telefone ainda está apertado em
minhas mãos.

Assim como eu a fiz anos e anos, lembro.

Agora que não há ninguém ao redor e eu estou sozinha com meus

pensamentos, tudo o que tinha acontecido naquele dia parecia um sonho. Vendo
o nome de Jason acender na minha tela está fazendo coisas inexprimíveis para o
meu coração.

Antes que eu posso trabalhar minha hiperventilação, eu abro suas

mensagens.

Jason: Posso ver porque você não queria que eu lesse isto.

Ah Merda!

Jason: Você está acordada?

Meu coração palpita quase parando.

Ele odeia isso?

Ele odeia isso.

A última mensagem foi enviada há quinze minutos.

Eu penso em dizer, Sim, estou acordada, mas decido contra isso. Nós
tínhamos nos visto, falado um com o outro o suficiente para um dia. Eu não
queria que ele me visse como a velha Olive que seguia atrás dele para chamar sua
atenção.

Se ele quer dizer o quanto ele odiava meu livro, amanhã era tão bom
quanto qualquer dia.
 Capítulo Nove

Olive

Alguém cutuca minha bochecha. "Acorda, acorda dorminhoca! É hora de

acordar."

"Vá embora," eu murmuro, enfiando minha cabeça mais fundo em meu

travesseiro.

"São quase nove horas," Lucy lamenta acima de mim. "Você tem que se
levantar."

Eu abro meus olhos e vejo o rosto de Lucy se aproximando sobre mim com
um sorriso muito brilhante. Rapidamente, fecho os olhos novamente.

"Você é como aqueles gatinhos de casa irritantes que sempre assistimos

no Facebook." Eu murmuro. "Por que eu tenho que me levantar? Eu não tenho
aula hoje."

"Porque precisamos sair e celebrar a reunião de ontem. E eu não sou um

gato, estou ofendida, mulher. Eu sou um filhote de cachorro bonito que todos
querem levar para casa."

Incapaz de me deter bocejo de novo e relutantemente abro os olhos.

Felizmente, ela não está mais a centímetros de distância do meu rosto.

"Que horas são?"

"Nove."

"Estamos comemorando às nove da manhã? De quem foi a brilhante

ideia? Eu vou dizer não. Vá e volte em uma hora razoável."

"Vamos, Olive." Ela puxa minhas cobertas. "Você não tem aula, mas eu
tenho. Então se levante, levante-se, levante-se."

"Jesus, você é como uma criança de cinco anos."

"Se você não quiser que eu despeje um balde de água fria em você, você
vai se levantar e estará na porta em menos de meia hora."

"Tudo bem," eu respondo quando me sento e empurro seu ombro. "Saia do

meu caminho."

Ela bate palmas. "Esse é o espírito que eu estava procurando!"

Em vinte minutos, eu estou pronta para sair, mas nem Lucy nem Char
estão prontas.
 "Estou prestes a sair e comemorar sozinha!" Grito parada junto à porta da
frente.

"Estou indo!" Lucy grita no mesmo momento que Char abre a porta e sai
de seu quarto.

"Você também tem aula, Char?" Eu pergunto, notando o grande pacote de

livros que ela está carregando.

"Infelizmente sim. Então eu tenho outra sessão de estudo com as

meninas."

"Você está trabalhando duro ultimamente. Existe alguma coisa que eu

possa ajudar?" Char é uma loira tímida e doce que está no curso de Inglês como
eu, mas ao contrário de mim, ela não tem interesse em criação literária.

"Que bom que você perguntou mesmo com tudo o que tem passado. Posso
aceitar essa oferta quando as finais estiverem se aproximando."

"Claro. Na verdade, também me ajudaria muito." Por mais que eu odiei as

palavras de Marcus, eu não quero que ele esteja certo sobre o que ele disse,
especialmente quando eu estou tão perto de me formar mais cedo.

"Seu livro ainda está incrível na posição!" Uma Lucy saltando e gritando
vem barulhenta para mim.

"Aqui vamos nós de novo." Char murmura com um sorriso em sua voz
enquanto me preparo para o impacto.

Dois segundos depois, os braços de Lucy estão em volta do meu pescoço e

nós estamos pulando para cima e para baixo, comemorando sua excitação sobre
o meu livro pela... Milésima vez? Se já não fosse a milésima, nós estamos
certamente ficando bem perto.

A verdade era que eu estava ficando longe de verificar comentários e

posições e todas essas coisas porque eu estava com medo de que tudo isso caísse
sobre mim a qualquer momento. Lucy era como um cão de caça de qualquer
forma; Ela tinha atualizado essas páginas quase todas as horas, desde que o livro
tinha ido para a Amazon dois meses antes. Meu medo também foi a razão pela
qual eu estava tentando bloquear a minha excitação com a possibilidade de ver
Isaac e Evie no cinema. Uma vez que os Estúdios Dream Catch me fornecesse o
contrato - se eles estivessem sérios sobre isso - e eu assinasse... Então eu quero
sentar e chorar, por uns poucos dias – lágrimas felizes é claro - ou eu iria
pressionar uma Lucy e enlouqueceria toda a cidade – naturalmente com ela ao
meu lado.

"Ainda nos melhores de 100?" Eu pergunto, com um leve tom de

esperança na minha voz mais do que claro.
 Ela passa o cabelo por cima do ombro. "Tente cinco melhores, mulher.
Você ainda está matando."

Eu tinha ficado como o livro número um em melhor de vendas em mais do

que algumas plataformas por quase seis semanas, e eu ainda estava entre os
cinco primeiros depois de dois meses? Eu acabo cedendo à vontade e completo
outra sessão de saltos com Lucy, sem notar Marcus encostado no batente da
porta e nos observando.

Em seguida, saímos de lá para celebrar com café com leite e croissants.

Valeu a pena cada maldita caloria que foi direto para nossos quadris.

****************

São quase quatro horas quando o nome de Jason brilha na tela do meu
telefone. Eu estou sozinha, sentada em nossa sala de estar, olhando fixamente
para um documento do word vazio, tentando descobrir qual direção minha mente
e coração queriam me levar dessa vez. Desnecessário será dizer que nenhum
deles estava falando comigo naquele momento.

Incitando meu coração a parar de vibrar como um pássaro selvagem no

meu peito, respiro fundo e atendo a ligação, ao mesmo tempo me perguntando se
é estranho eu ficar tão ansiosa com uma simples chamada telefônica.

"Oi."

"Ei pequena. Não estou interrompendo nada, estou?"

"Não. Como posso ajudá-lo?" Eu pergunto antes de virar minha garrafa de

água contra meus lábios para molhar minha garganta, muito seca de repente.

"Tão formal." Ele diz em tom de brincadeira e eu posso quase vê-lo

balançando a cabeça enquanto sorri. "Em breve, eu vou te conquistar. Você já me
amou uma vez; Vou fazer isso acontecer de novo."

Cuspo água por toda mesa de café barata que está em frente ao sofá, eu
tusso até que eu posso falar sem respirar engasgando.

"O quê?" Eu gemo quando o que eu quero dizer é, ‘Oh, Jason, eu ainda
estou totalmente apaixonada por você. Talvez mais ainda’.

"O que está acontecendo, Olive? Você está bem?"

"Sim. Sim," eu respondo com um sussurro áspero. "Apenas água

passando pelo lugar errado. Estou bem."

"Bem, está bem. Você me assustou; Pensei que alguém estava

estrangulando você."

"Sim, nada tão excitante."

 "Ser estrangulada é excitante para você?"

"Não para mim, mas definitivamente para algumas pessoas. Não critique
até você tentar isso e tudo mais."

Ele parece pensar nisso por um segundo, depois limpa a garganta antes
de falar novamente. "Ok não estamos indo em qualquer lugar perto disso. Você
não deveria nem saber sobre coisas assim." Eu dou um suspiro refinado, mas ele
me ignora. "Você nunca respondeu as minhas mensagens ontem à noite."

"Sim, eu não queria incomodá-lo." Eu me levanto e vou até a janela,

contando os carros que passam em nossa rua.

"Fui eu que te mandei mensagens; Por que eu ficaria incomodado quando

você realmente fosse em frente e as respondesse?"

"Era tarde. Eu só pensei que você estaria ocupado, ou fora. Por que você
disse que estava ligando de novo?"

"Pequena, você é terrível em tentar mudar o assunto suavemente. A partir

de agora, você pode responder as minhas mensagens sempre. Esqueci-me de lhe
dizer ontem, mas certifique-se de que ninguém mais consiga o meu número do
seu telefone, tudo bem? É puro inferno quando alguém se apodera dele."

"Se você está preocupado com meus amigos, não fique. Lucy é a única que
sabe a minha senha e ela nunca faria algo assim. Ela pode ter ficado um pouco
louca com todos os saltos e gritos ontem, mas ela não é alguém que roubaria o
seu número e, então o incomodaria." Faço uma pausa e penso sobre isso por um
segundo. "No entanto, ela pode apalpar você, se ela mesmo ver você novamente,
então você pode se preocupar com isso se você quiser, mas isso é tão longe
quanto ela iria. Ainda assim, se você está se arrependendo de me dar seu
número, eu posso excluí-lo agora mesmo."

"Esta tentativa de se livrar de mim é um enorme golpe para o meu ego,

pequena. Espero que você pare antes de fazer algum dano permanente."

"Eu não queria soar... bem, quero dizer, eu só não quero que você se
preocupe com isso."

Sentindo-me muito ligada para ficar em um só lugar, começo a caminhar

pela sala, de parede em parede. Por que ele não está apenas me dizendo o que ele
pensa do livro? Mesmo que tivesse lido algumas páginas, certamente teria uma
opinião sobre isso.

"Eu não estou me preocupando, e a razão pela qual estou ligando agora é
porque eu queria que você soubesse que eu conversei com Keith, o cara do
estúdio de cinema, e eles vão enviar o contrato de direitos para o meu agente em
vez de diretamente para você."
 Eu paro de andar. "O quê? Por que eles fariam isso?"

"Porque eu não quero que eles se aproveitem de você. Tom vai passar o
contrato para nós, então vamos nos reunir em minha casa para que você possa
assinar se você estiver feliz com tudo o que eles estão oferecendo. Apenas deixe-
me saber quando você vai estar livre e eu vou arranjar isso. Precisa ser nos
próximos dias porque tenho que ir ao Canadá na sexta-feira. Estarei fora da
cidade por alguns meses."

"Oh," eu murmuro, principalmente para mim. Essa pequena notícia se

estabelece no meu estômago, então eu mordo no meu polegar e tento dizer a coisa
certa. "Isso é demais, Jason. Apesar do que eu disse ontem, eu tenho certeza que
você não tem esse tipo de tempo em suas mãos para cuidar da irmã mais nova do
seu velho melhor amigo."

Ele tosse e xinga grosseiramente no outro lado da linha.

"Você está bem?" Eu pergunto.

"Sim. Desculpa. Olha isto não é sobre Dylan. Isso é sobre você. Você não
deixaria Dylan ajudá-la se ele estivesse em meu lugar? Pelo menos, você pode me
ver como um substituto para seu irmão. Eu não vou deixar ninguém tomar
vantagem do seu trabalho, Olive. Você receberá o que merece e nada menos."

O que ele acabou de dizer me joga de volta para meu coração partido de
quinze anos novamente. Parece que não importa o quanto eu tenha crescido, ele
nunca me veria como qualquer outra coisa senão uma irmã.

Eu aceno com a cabeça e percebo que ele não pode me ver através do
telefone, então eu forço minha boca abrir e dar-lhe as palavras.

"Obrigado, Jason. Eu agradeço," eu digo, em um tom maçante. "Uh, eu

tenho que ir agora. Meus amigos são esperando por mim, mas eu vou te enviar
uma mensagem para que você saiba em quais dias eu estarei livre. Você pode
organizar o horário de acordo com sua programação. Eu não quero ser um fardo
maior, mais do que estou sendo."

"Pequena," diz ele, abrandando o tom. "Você não poderia ser um fardo
para mim mesmo se você tentasse."

"Obrigado. Adeus Jason."

Antes que ele possa dizer qualquer outra coisa, eu termino a ligação, em
seguida, desligo meu telefone completamente.

É um movimento infantil e estúpido, mas eu não quero correr o risco de

ouvir sua voz novamente se houvesse a chance dele me ligar de volta, enquanto
eu estou ocupada sentindo pena de mim mesma.
 Mais tarde naquela noite, depois que eu tive uma longa conversa com
minha mãe, eu descobri que ela tinha pedido a Jason para cuidar de mim. Desde
que ele foi escolhido como Isaac, ela pensou que estaríamos trabalhando juntos.
Eu tive que explicar para ela que eu não estaria envolvida no processo de
filmagem.

Depois de fazer algumas pesquisas sobre o assunto, eu já tinha aprendido

que nenhum diretor queria que o autor entrasse no modo como ele queria
configurar o filme. Ele era o cachorro grande e não significava nada para ele se o
autor estava feliz com o processo ou não.

Detalhes do filme de lado, eu não tinha certeza como eu deveria sentir-me

sobre Jason me ajudar como um favor para a minha família.

Eu passei algum tempo pensando sobre o que eu deveria fazer... Ok,

talvez não muito tempo. Afinal, quem em seu juízo iria deixar passar a chance de
passar mais tempo com Jason Thorn em sua própria casa? Eu quero dizer...
Vamos lá. Mesmo que eu não fosse tão corajosa como Lucy e não o tentasse no
primeiro contato, nada me impediria de olhar seu corpo e aquela maldita covinha
dele.

Eu acabo sentindo pena de mim mesma.

"Pode vir, Jason Thorn," eu murmuro com uma confiança renovada em

mim mesma. Depois de todos esses anos, eu me tornei mestra em amá-lo de
longe. Seria estúpido da minha parte não tirar vantagem da nossa situação.

Pegando o meu telefone, envio-lhe uma mensagem rápida para avisá-lo

que eu não tenho aulas na quinta-feira.

Depois que eu passo por minha rotina noturna e volto para o meu quarto,
sua mensagem de resposta está em minha caixa de entrada.

Jason: Eu vou buscá-la às 18h e vamos esperar Tom na minha casa.

Até que ele possa se juntar a nós, por favor, tente não machucar o meu ego
mais do que você já fez, pequena.

Eu adormeço com o maior sorriso no meu rosto.

 Capítulo Dez

Olive

Na manhã de quinta-feira, acordo lentamente do meu sono sem sonhos e

tomo consciência de um braço pesado em meu estômago.

"Que diabos?" Eu digo grogue quando eu abro meus olhos e encontro Lucy
esparramada em cima de mim.

Ao som de minha voz, ela se aconchega mais perto e joga uma de suas
pernas sobre a minha.

"Lucy," eu gemo, tentando sem sucesso empurrá-la para longe. "Volte para
sua própria cama, droga. Deixe-me dormir em paz."

"Eu não posso," ela murmura, sem sequer se preocupar em abrir os olhos.
"Jameson adormeceu depois da nossa maratona de sexo. Eu poderia ter
acidentalmente fritado seu cérebro. Não importa o que eu faça, ele não vai se
mover." Seu rosto se aconchega mais perto de meus seios. "Mmmm. Como você
faz seus peitos parecerem tão suaves, mas tão firmes ao mesmo tempo? Eu adoro
dormir neles. Melhor droga de travesseiros. Sempre."

"Eu estou pensando que eu deveria dormir com a minha porta trancada
de agora em diante."

"Eu posso arrombar fechaduras, lembra?"

"Certo. Bem, eu não posso voltar a dormir com você me acariciando, então
volte para sua própria cama maldita."

"Não consigo dormir na mesma cama com ele." Cegamente, ela acaricia
meu rosto. "Isso é confortável. Você volte a dormir também, você está respirando
demais."

"Desculpe incomodar você, seu polvo louco. Por que diabos você não pode
dormir na mesma cama com ele?"

"Porque," ela estende a palavra como se estivesse falando com uma

criança, "foi só uma noite e ele está quebrando as regras. Se eu adormecer
quando ele estiver na mesma cama comigo, isso vai se transformar em um
relacionamento."

"E o que há de errado com isso de novo? Você saliva toda vez que você vê o
cara, para não mencionar que é provavelmente a vigésima vez que você teve ‘só
uma noite’ com ele, que não é a maneira que uma funciona em absoluto. Tenha
um relacionamento com o cara pelo amor de Deus e salve-nos de todos os
problemas, por favor."
 "Aurmm, você está dormindo," ela murmura, já adormecendo em mim.

"Lucy!" Eu grito alto o suficiente para acordá-la.

Ela dá um sobressalto, seus olhos sonolentos encontram os meus. "O

quê? Onde estamos indo? Quem morreu?"

"Você está prestes a morrer, se você não sair de cima de mim."

"Hoje à noite, você precisa foder Jason Thorn até o cérebro dele explodir,
ou teremos que encontrar alguém para transar com você. Imediatamente."
Xingando, ela vira as costas para mim e confortavelmente estabelece-se sobre os
meus travesseiros e murmura, "Sempre tão egoísta com esses peitos."

"Estou começando a sentir pena de Jameson."

"Não sinta. Diferente de você, ele ficou bem e duro na noite passada."

"Por favor, pare de falar. Não preciso dos detalhes."

"Não estou dando nenhum detalhe, sua puritana. Basta dizer que foi
bastante gratificante, e você poderia usar um pouco dessa satisfação, também.
Eu ainda estou dolorida em todos os lugares certos."

"Você conseguiu. Obrigado. Agora, volte a dormir. Estou te implorando."

Quando não há resposta - o que não é uma grande surpresa - eu fecho os

olhos e espero conseguir mais algumas horas de sono.

Poucos minutos depois, Lucy fala. Novamente.

"Olive? Você está acordada?"

"Não," eu resmungo.

"Bem, você vai foder os miolos de Jason Thorn esta noite? Porque eu
quero detalhes sobre isso. Como cada pequeno detalhe sujo. Ele é grosso e
curvado? Curto e grosso? Cheio de veias? Grosso e longo? Você pode imaginar
como sortuda você seria se esse fosse o caso. Seja honesta, você nunca o espiou
no banheiro quando ele estava tomando um banho? Aposto que mesmo aos
dezoito anos seu pau era impressionante."

"Você terminou? Que horas são?" Eu murmuro.

"Seis horas."

"Eu vou te matar."

"Claro que você vai. E não, eu não terminei. Quero mais detalhes. Preciso
de mais detalhes. Como ele beija? Será que ele beija da maneira que ele beijou em
‘Dinheiro Rápido’ ou ele beija do jeito que ele beijou em ‘O que sobrou de mim?’"
Posso senti-la girando na cama para me encarar, ficando mais focada nisso.
"Quero dizer, é importante conhecer esses detalhes, você sabe? Qual é a
realidade? Será que ele suavemente segura seu rosto quando ele te beija? Ou será
que ele passa os dedos através de seu cabelo e se aproxima para segurá-la contra
seu corpo?"

"Você passou muito tempo pensando nisso, não é?" Eu pergunto

finalmente.

"Quem diabos não ficou?"

"Se eu descobrir alguma coisa, eu vou deixar você saber para que você
possa morrer em paz. Podemos ir dormir agora?"

"Posso me aninhar em você?"

"Vai fazer você dormir mais rápido?"

"Isso é uma promessa."

"Apenas o braço."

"Só o braço." Repete ela.

Ela se aconchega mais perto e lentamente coloca seu braço em volta da

minha cintura. "Obrigado."

Tentando ser mais gentil possível com minhas palavras, eu digo, "Acho
que Jameson é protetor, Lucy." Sobre o exterior duro que ela mostrava ao mundo
estava a garota mais doce e mais romântica que eu já conheci. Ela era mesmo
mais mole do que eu era, e aquilo dizia algo. O único problema era que ela nunca
confiava em um homem o suficiente para mostrar suas fraquezas. Apesar de que
o cara dormindo no quarto à nossa direita estava provando ser um teimoso. Eu
sempre gostei do cara que sabia o que ele queria e não estava com medo de
enfrentar isso até que ele conseguisse. Nesse caso, minha aposta estava em
Jameson.

"E eu acho que nós precisamos chegar a um plano sobre o que você deve
fazer com Jason Thorn." Eu começo a protestar, mas ela fala antes de mim. "Não,
me ouça. Você é um arraso que tem cérebro, e vocês já tem uma ligação lá."

"Podemos conversar sobre isso outra hora?"

"Antes de sair para o encontro hoje à noite?"

"Não é um encontro, vamos apenas revisar meu contrato com o seu

agente. É uma coisa de trabalho."

"Você diz tomate, eu digo tomate."

"Deus, você fala demais pela manhã."

 Depois disso, eu a ignora e finalmente, depois de alguns minutos tentando
me envolver em uma conversa sobre Jason, ela desiste e fomos dormir.

**********

"Eu acho que estou um pouco apaixonada pelo seu carro". Eu digo alguns
minutos depois que eu entro no carro de Jason naquela noite.

"Sério?" Ele pergunta, sorrindo.

"Sim. Eu amo o preto meia noite, e os acentos de couro vermelho. Oh, e

seus olhos são tão bonitos quando você olha para ele de frente."

"Ele? Meu Spyder não é um ele, mulher, e nada sobre ela é bonito.
Atraente? É o que ela é. Olhos bonitos? Não."

Dou de ombros.

Eu tinha feito Char distrair Lucy para mim quando eu escapei de casa
antes que ela pudesse me encurralar e discutir seus planos recém-feitos. Ela até
fez uma lista com o título Como fazer Jason se apaixonar loucamente por Olive
Verde. Seu raciocínio por trás da importância da lista? Ela precisava que ele
fodesse meu cérebro. Dentro de sua mente consideravelmente pequena, ela
pensou que eu era sua melhor aposta para ganhar algumas respostas a suas
perguntas. Contudo, tendo efetivamente escapado dessa linha de pensamento, eu
me senti muito bem sobre a noite. Não havia nada pior do que ter Lucy fazendo
de você seu projeto de estimação. Eu já estava lutando em estar perto de Jason;
Eu não precisava pensar em como certas partes dele pareciam quando ele estava
nu.

Sua casa estava em uma encosta de Beverly Hills, e com uma vista de
tirar o fôlego. Estranhamente, até que eu vi os belos portões de aço ornamentado,
eu não me senti fora de lugar com ele. Depois que ele faz algo em seu telefone que
eu não consigo ver, os portões abrem e ele dirige até a entrada de automóveis,
desligando o motor quando chegamos às enormes portas brancas de sua casa –
ou pequena mansão é mais parecido.

"Uau." Eu suspiro quando saio do carro. "Isso é incrível, Jason." Olhando

ao redor com admiração o jardim bem cuidado que cerca o lugar, tenho a súbita
vontade de tirar meus sapatos e simplesmente caminhar ao redor na grama.

"Você gosta?" Ele pergunta com um sorriso estranho e inocente em seu

belo rosto. "Você não acha que é excessiva?"

"Você é uma estrela de Hollywood, Jason," eu digo incapaz de tirar os

olhos de cada pequeno detalhe em torno da casa. "Seria decepcionante se você
tivesse uma casa degradada. Suas namoradas devem ficar loucas por você depois
de ver este lugar." Como se um sorriso sincero dele não fosse suficiente para fazer
você entregar sua alma ao diabo.

"Você é a primeira garota que eu trouxe aqui."

Olho ao redor uma última vez e caminho para o lado dele. "O que você
quer dizer?"

Ele coça a parte de trás da cabeça dele e depois gesticula para que eu o
siga até a porta da frente.

"Eu acho que você poderia dizer que eu sou um pouco estranho sobre
isso. Esta é a minha casa, a minha fuga de uma indústria exigente, de certa
forma. Estou constantemente cercado por milhares de pessoas quando estou em
algum lugar filmando. Esqueça as filmagens, todos sabem cada detalhe da minha
vida, quer eu queira ou não. Quando eu chego em casa, quero que este lugar seja
imaculado por tudo isso. Eu nem sequer tenho uma equipe que está em torno
todos os dias da semana. Eu gosto da minha privacidade um pouco demais." Diz
ele, abrindo a porta e me convidando para entrar.

Um pouco animada demais para ver sua casa pela primeira vez, eu entro.
"Então... você está dizendo que não há nenhuma das festas ultrajantes de
Hollywood no meu futuro? Maldição, eu estava esperando para agarrar um
convite."

Ele ri. O som gutural é fascinante.

Enquanto caminhamos por um corredor estreito, nossos braços quase

tocando, eu não consigo tirar meus olhos dele e de seus olhos sorridentes.

"Que tal eu prometer levar você comigo se eu for convidado para uma festa
ultrajante de Hollywood?"

"Sim, por favor."

Quando o corredor chega ao fim e eu vejo o plano aberto da sala de estar e

da cozinha, eu ofego e caminho à frente dele direto para as paredes de vidro do
chão ao teto que revela não só uma visão assassina, mas um amplo quintal com
uma piscina de borda infinita e uma banheira de hidromassagem.

Com meu rosto a centímetros da janela de vidro, sinto Jason vir atrás de
mim. "Eles podem me enterrar aqui? Você vai deixar? Por favor? Eu só quero que
meu fantasma se sente lá e olhe para a cidade, e talvez passeie pela grama de vez
em quando. Eu não vou me preocupar em te perseguir."

Ele ri novamente. "Eu não acho que você iria gostar tanto disso."

"Você está brincando comigo? Eu daria praticamente qualquer coisa para

vir a este lugar no final de cada dia." Dando a piscina um olhar de desejo, eu
enfrento Jason.
 "Sério, é incrível, o que você realizou, o que você construiu para si mesmo.
Provavelmente não significa nada para você, mas estou orgulhosa de você. Tão
orgulhosa de ter conhecido você quando você não era um figurão." Dando-lhe um
pequeno sorriso, encolho os ombros. "Também estou feliz por você ter morado
conosco por tanto tempo naquela época. Caso contrário, eu não teria tido a
oportunidade de irritá-lo tanto quanto eu provavelmente fiz quando eu era uma
criança."

Sinto um puxão familiar no meu cabelo quando ele engancha seu braço
em volta do meu pescoço e me puxa para seu lado. Eu deixo minha mão
tremendo descansar em seu peito, perto de seu coração. Quando seus lábios
tocam minha testa e ele não me solta, eu fecho meus olhos e deixo meu coração
desfrutar da paz.

Quando ele recua, meu coração está batendo muito rápido. Olhando nos
meus olhos, ele sorri. "Você nunca em sua vida me aborreceu, pequena. Se eu
não tivesse você cuidando de mim, quem teria sempre me dado as primeiras e
maiores fatias daquelas tortas que você fez com sua mãe?"

Eu ri. "Você se lembra da primeira vez que veio a nossa casa? Eu prometi
a você a maior fatia de torta de maçã e acabei dando a metade da maldita coisa.
Eu ainda posso ver o choque em seu rosto quando eu a trouxe."

Seus olhos brilham de riso. "Como eu poderia esquecer? Você parecia tão
satisfeita consigo mesma, apenas esperando na minha frente para ouvir o que eu
pensava de suas habilidades culinárias."

"Sim, bem, eu não estava tão feliz quando minha mãe entrou e tirou a
coisa das minhas mãos antes que eu pudesse dar a você."

"Você me trouxe cinco fatias de torta, pequena. Depois do jantar da sua

mãe, mal tive espaço suficiente para comer um pedaço." Sua voz fica suave
quando seus olhos encontram os meus.

"Bem, eu estava com o coração partido". Eu digo igualmente suave.

Sua covinha me acenando para ter um gosto muito, muito pequeno, os

olhos de Jason olham para mim com tal calor neles que eu não sei o que fazer ou
o que dizer por alguns segundos.

Eu posso lidar em ser sua amiga?

Eu posso ignorar meu coração implorando e gritando contra meu peito?

Será que ele ainda quer ser meu amigo, ou isso é apenas um favor de uma
vez só?

O toque do seu telefone estoura nossa pequena bolha, e ele afasta seus
braços de mim para responder a chamada.
 "Tom? Sim. Tome seu tempo, nós vamos ficar bem. Bom, ligue para ela e
apresente uma nova estratégia." Terminando a ligação, ele se vira para mim. "Ele
vai estar aqui em uma hora mais ou menos. Eu pedi para Alvin trazer comida
chinesa, você está com fome?"

"Alvin?"

"Meu assistente. Você vai encontrá-lo em breve." Quando ele caminha em

direção a sua bela cozinha, eu sigo a poucos passos atrás dele, admirando o
modo como seus ombros se movem com cada passo relaxado.

Não olhe para seu traseiro, Olive. Simplesmente não olhe.

Fora das paredes de vidro, o céu está escurecendo lentamente, e de

repente o quintal inteiro se ilumina com luzes, fazendo todo o lugar parecer...
Mágico.

"Olive?" Jason chama meu nome em um tom divertido quando ele me vê

desviando para as paredes de vidro para dar uma olhada mais de perto.

Com um suspiro, eu volto para o longo balcão da cozinha quando Jason

tira mais do que alguns sacos de comida de um dos armários.

"O que temos para o jantar?" Eu pergunto pulando em um dos bancos do

balcão e quase deslizando fora dele.

Jesus, por que diabos eles fariam o assento tão pequeno?

Tentando ser discreta sobre isso, eu empurro-me sobre o descanso de pé

novamente e tento senta sobre isso lateralmente, assim vai parecer que eu estou
sentando confortável de verdade na coisa estúpida.

Quando meus braços começam a queimar de tentar equilibrar-me, eu

desisto e salto antes de cair novamente.

Depois de tirar a jaqueta de couro, dou a volta na enorme ilha e fico ao

lado de Jason.

Olhando para uma das caixas, eu pergunto, "Oh, frango com macarrão,
temos carne, também?"

"Felizmente, temos dois carne com macarrão e dois frango com macarrão,
e todas essas coisas extras."

"Ótimo. Posso ajudar com alguma coisa?"

"Estou tentando encontrar os hashis." Ele murmura enquanto esvazia

todos os sacos no balcão. "Você pode verificar as gavetas à sua esquerda? Eu
deveria ter alguns extras em algum lugar aí dentro."
 "Claro." Pegando todos os sacos vazios de papel e colocando-os de lado, eu
me inclino para baixo e tento entender como abrir suas gavetas. Como não há
alças, eu empurro ligeiramente a primeira, e ela abre automaticamente.

Eu reviro os olhos.

Pessoas ricas.

Está cheia de facas, impressionantemente organizadas por tamanho, mas

nada dos pauzinhos, então eu empurro de volta.

Quando toco ligeiramente a segunda gaveta, de repente a terceira abre-se,

batendo logo abaixo do meu joelho. Eu engasgo com a dor e tenho que dar um
passo para trás com a força inesperada disso.

O único problema é, em vez de encontrar o meu equilíbrio como o ser

humano gracioso que eu deveria ser, a parte de trás de minhas coxas batem em
outra gaveta que Jason tinha aberto atrás de mim, e eu perco meu equilíbrio.
Nesse segundo, eu aceito o fato de que eu estou prestes a cair direito no chão; Eu
apenas desejo que não tinha que acontecer bem na frente de Jason fodido Thorn.

No entanto, em vez de sentir a minha bunda bater no chão, sinto uma

mão firmemente perto do meu peito esquerdo quando um braço me abraça bem
debaixo dos meus seios. Por um instante - por um momento muito longo - nós
dois ficamos imóveis, a minha bunda paralela ao chão. A mão de Jason flexiona
em meu peito como se ele está verificando o tamanho dele, e a outra desce mais
um pouco em direção ao meu estômago.

"Foda-se," ele amaldiçoa com uma voz áspera próximo da minha orelha, e
a palavra envia arrepios na minha espinha.

Por favor, como eu não poderia ter fechado meus olhos para viver esse
arrepio ao máximo? E então, se eu arquear em seu toque apenas um pouco?
Talvez apenas segurar um gemido? Quem poderia me culpar? Eu era apenas
humana, afinal.

Quando ele de repente afasta a mão direita do meu estômago como se me

tocar queima sua pele, minhas pernas tremem e eu pego a primeira coisa que eu
consigo agarrar.

A mão dele.

Aquela que ainda está cobrindo meu peito.

E bem, se você realmente precisa que eu admita, em algum momento eu

posso ter espremido sua mão e posso ter inadvertidamente forçado ele apertar
meu peito. Ou talvez eu tenha me apalpado com o sua mão? Quem diabos sabe, e
mais importante, quem diabos se importa? Mãos tocavam o tempo todo, no
mundo inteiro. Eu aposto, que naquele exato momento, um monte de seios
estavam sendo tocados.

"Pequena." Ele rosna e seu peito - oh, meu Deus, seu peito – bate nas
minhas costas, me segurando mais firme contra ele.

Uma respiração profunda.

Duas respirações profundas.

Sua mão ainda está em meu peito, e minha mão está - não tão
surpreendentemente - ainda sobre a dele quando eu digo, "Eu sinto muito. Só...
dê-me um segundo para recuperar o meu equilíbrio."

Seu braço envolve em torno da minha cintura novamente e ele me levanta.

Quando eu já não estou quase de bunda com o belo piso de madeira e

sinto que posso ficar de pé corretamente, eu relutantemente solto sua mão, que
está descansando confortavelmente em meu peito.

Assim que ele se certifica de que eu estou bem, ele afasta ambas as mãos
de mim e lentamente dá alguns passos para trás.

Sem saber o que dizer, eu olho para baixo e vejo os malditos pauzinhos na
terceira gaveta aberta.

Limpo minha garganta, algumas vezes na verdade. "Eu os encontrei."

"Ótimo," ele diz alguns segundos depois, sua voz rouca.

Jesus! Fale sobre sonhos se tornando realidade.

Não tendo coragem de olhar para ele, pego dois conjuntos de pauzinhos,
fecho a maldita gaveta, e caminho de volta para os painéis de vidro. Mesmo que
meu rosto esteja provavelmente tão vermelho como um tomate maduro, eu estou
sorrindo como louca. Quando eu percebo que não há maneira de descobrir como
abrir os painéis, decido que seria mais sensato esperar por Jason antes que eu
derrube a casa sobre nós.

Duas caixas de comida na mão, ele vem para o meu lado e traz um
pequeno controle remoto.

Quando todos os painéis de vidro que cercam a sala de estar e cozinha

abrem, eu saio primeiro para o paraíso e respiro profundamente o ar fresco.

"Cheira bem," eu digo em voz baixa, sem ter a coragem de olhar para seu
rosto ainda.

"Cheira... como grama," diz ele.

 "Eu sei. Eu adoro isso." Eu dou mais alguns passos. "Podemos nos sentar
à beira da piscina?"

"Temos uma mesa." Ele aponta para uma grande mesa no pátio.

"Eu vi, mas eu quero mergulhar meus pés dentro d’água."

Sua mão toca minhas costas e ele me guia em direção à piscina.

Empurrando os pauzinhos para o meu bolso, tiro os sapatos, me abaixo e

enrolo minhas calças. Quando eu estou feliz com o comprimento, eu me endireito
e fico na beira da piscina.

"É incrível aqui, Jason." Quando ele não responde, eu olho para trás e o
vejo tirando seus sapatos e meias. Eu mordo meu lábio inferior para me manter
sorrindo e volto para enfrentar a espantosa visão.

Tirando os pauzinhos do meu bolso para que eles não quebrem quando eu
me sento, eu me abaixo para o chão e mergulho minhas pernas na piscina.

Fecho os olhos e viro meu rosto para o céu com um pequeno sorriso no
rosto. Há um calmo respingo e eu sei que Jason está sentando também.

"Obrigado por me convidar," falo finalmente, abrindo os olhos para olhar

para ele.

Seus olhos já estão em mim. Sorrindo de volta, ele balança a cabeça e me

entrega meu jantar, agarrando seus pauzinhos antes que eu possa entregá-los a
ele.

"Você está diferente do que eu estou acostumado, pequena. Diferente da

garotinha que eu me lembro," diz ele quando começamos a comer o nosso jantar
em um silêncio confortável.

"Diferente como?"

"Ainda não sei."

Eu penso sobre isso por um minuto, então em um tom de conversação

digo, "Talvez sejam os peitos?"

Engasgando com sua comida, ele tosse por um bom minuto enquanto eu
sento lá serenamente, olhando para frente.

Finalmente, em uma voz estrangulada, ele diz, "Sim. Podem ser os peitos."

Sim, ele notou meus peitos.

Marque um ponto para os meus peitos!

**************
 Quando Tom finalmente aparece, são quase nove horas.

"Desculpe-me por ter mantido vocês esperando por tanto tempo. Eu

estava com outro cliente."

"Por favor, eu deveria ser a única a agradecer por poupar tempo para mim
em sua agenda agitada, e eu não tenho ideia que porcentagem você leva para este
tipo de coisas, mas, por favor, me avise para que eu possa-"

"Isso foi cuidado, você não precisa se preocupar," Jason interrompe.

"Mas-"

"Tudo bem, senhorita Taylor..."

"Por favor, me chame de Olive," eu digo enquanto estendo a mão para os

papéis que ele alcança para mim.

Sorrindo, ele continua. "Olive é um contrato bastante padrão, mas vamos

continuar para que você possa decidir se há uma cláusula que você não está se
sentindo confortável."

Eu balanço a cabeça. Eu não sei nada, nada sobre isso.

"A primeira boa notícia é," Tom começa quando Jason se levanta para
pegar uma bebida para Tom. "Este projeto não atingirá o 'limbo de
desenvolvimento'." Quando eu olho para ele sem entender, ele explica com mais
detalhes.

"Depois que um produtor ou um estúdio opta pelos direitos de um livro

para um filme o cronograma é geralmente cerca de doze dezoito meses ou, por
vezes, até mais tempo para começar a produção, e mesmo depois disso, não há
garantias que isso aconteça. No seu caso, eles querem aproveitar o sucesso do
livro, o que significa que já conseguiram um grande nome como Jason, o resto
virá rapidamente."

Alcançando o copo, ele aceita o uísque – ou talvez seja bourbon, de

qualquer forma ambos tem um gosto terrível - de Jason e continua falando.

"Jason estará no Canadá por um tempo para outra filmagem, então ele
tem reuniões de imprensa com outro elenco e equipe de ‘A testemunha’. Por
causa disso, eles estão com o objetivo de começar a filmar quando Jason estiver
de volta à cidade. Então, Olive, se você assinar o contrato, isso está
definitivamente acontecendo. O elenco para os personagens menores será feito
quando Jason estiver no Canadá, mas eles vão garantir em escolher a pessoa
certa para Evie até que Jason possa voltar para Los Angeles." Ele se vira para
olhar para Jason. "Precisamos organizar sua agenda em conformidade. Eles
querem que você participe das audições de Evie e faça um teste de tela com os
que restarem. Você pode voltar no seu dia de folga das filmagens."

"Teste de tela?" Eu pergunto, olhando entre Jason e Tom. Quando eu

disse que não sabia nada, eu falava sério.

"Teste de tela é um método que eles usam para determinar a adequação

de um ator ou atriz para o papel. Desde que o livro é centrado no relacionamento
de Jason e Evie, eles têm que ter uma forte química na tela. Não importa se
alguém é ótima na audição. Eles precisam ver como ela funciona com Jason,
então ele terá que vir aqui para as últimas etapas do processo de audição."

"Eles não querem que eu faça uma audição?" Jason pergunta, franzindo a
testa para Tom. "Eu posso fazer uma leitura do livro de Olive em vez de esperar o
roteiro ser feito."

Tom toma um gole de bebida e balança a cabeça. "Já que eles sabem que
você está interessado, eles querem você. E você já se estabeleceu como um ator
forte. Eles não precisam de você para uma audição. Mas há outras coisas..." Tom
olha para mim antes de endurecer seu olhar em Jason novamente. "As outras
coisas que precisamos falar. Caso contrário, tudo o que você trabalhou vai ficar
em chamas. Você não viu seu contrato ainda; O estúdio tem algumas restrições
sobre sua vida pessoal."

"Bem. Eu entendo," Jason o interrompe. "Deixe minhas coisas fora disto.

Você terá opinião amanhã em nosso encontro. Apenas passe pelo contrato de
Olive esta noite." A voz áspera de Jason me faz virar para olhar para ele. Sem
dizer mais uma palavra, ele se levanta e desaparece de nossa vista.

Um pouco confusa, eu tenho que me forçar a me concentrar em Tom

quando ele começa a falar comigo novamente.

De acordo com o meu contrato, eu não teria qualquer opinião sobre o

roteiro final. Se eles acabassem mudando o fim - como eles haviam insinuado -
eu não tinha o direito de dar um ataque sobre isso. Desde que eu era uma nova
autora e ainda não estabelecida, Tom não viu uma maneira onde poderia fazê-los
modificar essa cláusula específica. A taxa de opção era uma taxa fixa, mas o
"preço de compra inicial" para os direitos do filme seria de três por cento do
financiamento inicial, com um limite de curso. Isso era algo que Tom já tinha
negociado, e eu seria paga quando a produção começasse.

No final, decidimos que havia apenas alguns pontos que valiam a pena
negociar antes de assiná-lo, e aparentemente, o mais importante era onde e como
usariam o crédito do autor, o que significa meu nome e o título do livro.

Quando finalmente terminamos com tudo, Tom sai, e eu me vejo sozinha

com Jason novamente.
 "Eles realmente querem o meu livro, Jason," eu digo, abraçando meus
joelhos quando eu me sento no sofisticado sofá.

"Eles tinham você em no escritório deles, pequena," ele me lembra quando

senta ao meu lado. "Claro que eles querem seu livro. Você teve alguma dúvida?"

"Sim. Acho que até este momento, eu não os levava a sério."

"E agora? Como você está se sentindo?"

Descansando minha testa nos meus joelhos, eu olho para ele através de
olhos borrados. Eu estou tendo problemas para manter meu sorriso. "Você
provavelmente vai enlouquecer, mas eu posso começar a chorar a qualquer
momento agora."

Eu já posso sentir meu nariz formigando.

Ele se levanta e me oferece a mão. "Vamos, eu vou te dar um grande

abraço. Se você vai chorar, bem, você merece ter um abraço enquanto você
chora."

Posso desmaiar? E talvez levá-lo ao chão comigo para que pudéssemos

fazer algumas coisas impertinentes?

Sorrindo através das minhas lágrimas, eu pego sua mão. Assim que eu
estou de pé, eu jogo meus braços ao redor do pescoço dele e o abracei. Meus
dedos dos pés mal tocavam o chão.

Eu trabalhei muito e por tanto tempo naquele livro. Meu coração estava
em cada página. Meus segredos, meus sonhos, minhas lágrimas. Levara muito
tempo para ficar feliz com cada frase que eu tinha escrito.

E agora esse mesmo livro me trouxe aos braços de Jason.

Engolindo, eu me inclino para trás e olho diretamente para aqueles

quentes olhos castanhos. Os mesmos olhos que eu tinha roubado relances do
outro lado da mesa de jantar quando eu tinha idade suficiente para saber que
estava irrevogavelmente apaixonada pelo amigo do meu irmão. Aqueles mesmos
olhos que eu timidamente conheci quando ele era apenas um garoto. Aqueles
olhos que assisti no cinema por anos, ansiando por algo que eu nunca tive,
sentindo falta de algo que só ele poderia me fazer sentir.

Sentindo-me mais feliz do que jamais senti em minha vida, eu sorri.

"Minha história estará no cinema."

"Ela vai pequena." Ele sorri de volta, seus olhos castanhos escuros
segurando meu olhar. No dia seguinte, eu ficaria obcecada por quanto tempo ele
tinha olhado nos meus olhos, mas nesse momento... Eu escolho não questionar
cada inesperado pequeno olhar, cada segundo extra de contato visual.
 "Muito obrigado, Jason. Por tudo, muito obrigado."

"Eu não fiz nada, querida. É só você."

"O livro, sim, mas isso," eu gesticulo para a cópia do contrato que eu
estaria assinando se o estúdio aceitasse as mudanças que queríamos. "Eu teria
estragado isso se eu tivesse que fazer tudo sozinha."

"Nós dois sabemos que você estaria perfeitamente bem, Olive."

Há uma ligeira hesitação de sua parte, mas quando ele pressiona outro
beijo precioso na minha testa, eu fecho os olhos e me agarro mais firme, certa de
que teria dificuldade em deixá-lo ir desta vez.
 Capítulo Onze

Jason

"Ok rapazes, precisamos fazer isso rápido. Eu vou direto para o aeroporto
depois que terminar," eu digo logo que entro no escritório da minha publicitária.
Alvin está bem atrás de mim, digitando no telefone em um ritmo desumano. Acho
que ele está se certificando de que tudo está pronto para nossa chegada ao
Canadá.

"Alvin," Megan diz enquanto se levanta de sua cadeira em frente a Tom.

"Você espere lá fora. Feche a porta atrás de você."

Depois da minha aprovação, ele sai da sala.

"Ok, me fale. Qual é o dano?" Eu me sento no meio do sofá de couro,

espalho meus braços sobre as costas, e forço meu corpo a relaxar. Esta parte do
meu trabalho, falando sobre a minha imagem, meus erros... Esta é a parte que eu
odeio profundamente.

Megan pega alguns papéis da gaveta da sua mesa e volta a sentar-se.

Ambos tem faces igualmente sombrias.

"O quê?" Eu pergunto quando eles olham um para o outro, obviamente

tentando decidir quem deve falar primeiro.

Alguns segundos se passam e Tom suspira; Qualquer homem ficaria

acanhado com o olhar duro de Megan McDowell. Ela é a melhor publicitária lá
fora, a mais dura de todos, mas isso não muda o fato de que ela é só uma
mulher. Tom tem um ponto fraco por ela.

"Megan recebeu um e-mail esta manhã e isto muda tudo."

"Explique."

"Na semana passada, você teve relações sexuais com Jennifer Widner...
naquele beco, antes que os paparazzi encontrassem você?"

Não adianta negá-lo. Se eu fizesse, eles não poderiam fazer o trabalho que
eu os paguei para fazer. Então, eu não nego. "Sim. Eles não poderiam ter
conseguido qualquer foto embora. Foi algo fechado, vou te dar isso.” Eu verifico
meu relógio. "De qualquer forma, vocês dois viram as fotos daquela noite. Era
implícito que estávamos fazendo sexo, mas eles não conseguiram as fotos. Você já
me deu uma palestra sobre isso, Megan." Eu me levanto. "Se isso for só para
lembrar-me de me comportar no Canadá, não há necessidade."

"Sente-se, Jason," Megan ordena em um tom curto.

 Tom está esfregando a testa; Algo sério deve ter acontecido para ele
mostrar seu desconforto tão abertamente. Não salientou muito mais depois de
trabalhar para mim desde o início da minha carreira.

"O que está acontecendo aqui?"

Ela me entrega um pedaço de papel. É uma cópia de um único e-mail

enviado para a conta de e-mail da Megan.

Eu leio o conteúdo dela. Então eu leio de novo.

"Isso é uma piada?" Eu pergunto, erguendo minhas sobrancelhas.

"Infelizmente, não é," Megan responde. "Você está sendo chantageado."

Olho para o papel em minhas mãos novamente. "Por dois milhões de

dólares?" Eu enrolo o papel e jogo fora. Inclinando-me para frente, olho
diretamente nos olhos de Tom. "Se você estiver me enganando, se isso é algo que
vocês dois inventaram para que eu fique assustado e limpe meu ato, me diga
agora, Tom. Se eu descobrir mais tarde, você não ficará feliz. Nenhum de vocês
ficará."

A mandíbula de Tom endurece e eu vejo suas mãos se apertarem. "Você

acha que eu faria isso com você? Em cima de tudo o restante, você está fora de
sua mente também?"

"Eu não sou estúpido, Tom. Aquele beco estava vazio. Se alguém estava
me filmando fazendo sexo com Gemma, ou seja, lá qual for seu nome..."

"Você nem se lembra do nome de merda dela?"

"Eu teria visto," eu continuo por cima do seu tom de ascensão. "Aqueles
paparazzi saíram do nada depois que nós tínhamos acabado. Quando chegaram
até nós, parecia que estávamos saindo ou algo assim."

"Obviamente alguém estava lá, Jason," Megan responde e chama minha

atenção da cara irritada de Tom. "De que nos servirá fazer parecer que alguém
está chantageando você? Pare de agir como se você não soubesse nada sobre esta
indústria. Se foi um paparazzi ou algum estranho apenas andando por lá, eles
têm você em uma fita."

"Eu não pago nada a ninguém," eu falo rispidamente. "Nós nem sabemos
se eles têm o que eles dizem que tem."

"Eu respondi a seu e-mail, pedindo provas," responde Megan. "Eu estou
esperando que teremos resposta hoje. Como você já leu por si mesmo, se você
decidir não pagar, ele vai vendê-lo para quem pagar o maior preço. Tenho certeza
que eles estarão mais do que felizes em tirá-lo de suas mãos. Enviaremos
documentos para cessar e desistir, mas uma vez que estiver Online, você sabe
que o que quer que você faça estará sempre lá fora, e que vai destruir sua
carreira em um questão de segundos. Neste ponto, estamos além do controle de
danos."

"Isso é uma nova perversidade?" Tom pergunta. "Você tem que fodê-las ao
ar livre, onde qualquer um possa conseguir uma visão grátis?"

"Cuidado," eu o aviso cansado, toda a luta escapando de mim.

Claramente não termina comigo, ele se levanta de seu assento e começa a

andar na extensa sala.

"Este é o quinto incidente este ano," diz ele, esfregando a ponte do nariz.
"Só este ano, Jason. Os primeiros nós conseguimos apagar, mas se houver um
vídeo e se você recusar a comprá-lo antes de ir para um tabloide ou um veículo
de comunicação, não há nada, absolutamente nada que possamos fazer para
varrê-lo sob o tapete desta vez. Você entende o que eu estou lhe dizendo?"

Parando perto de mim, ele continua em seu discurso. "Você mesmo

compreende o fato de que você perdeu dois projetos? Dois projetos muito
importantes com alguns grandes nomes, e você os perdeu por causa da constante
negatividade na imprensa. Eles não estão falando sobre os filmes que você está
fazendo. E agora isso? Você não é uma estrela de programa inútil baseado na
vida real, Jason. Pare de agir como tal. Se você tivesse quarenta, eu diria que
você estava passando por uma crise de meia-idade, mas você não tem desculpa
para o seu comportamento recente. Nenhuma." Ele espera por uma resposta, mas
eu não dou nenhuma. "O que você acha que acontecerá? Nenhum dos executivos
do estúdio está feliz com você. A festa de lançamento que você deveria fazer? Toda
a turnê europeia para ‘A testemunha’? Você está fora. Eles não querem que você
seja o centro das atenções quando você deveria estar lá para promover sua merda
de filme. Você só vai para a abertura em Londres. Você está fodendo toda a sua
carreira."

Eu não digo nada. Até certo ponto, ele estava certo. Claro que eu sabia
disso. Eu estou literalmente fodendo minha carreira. E eu não tenho nenhuma
explicação convincente. Eu não sou danificado porque minha mãe tinha cometido
suicídio, ou porque meu pai tinha morrido de um ataque cardíaco enquanto ele
estava na cama com uma prostituta. Eles não tinham esse tipo de controle sobre
mim. Eles tinham sido meus pais biológicos e esse foi o fim de tudo.

"Eu entendo, e você está certo, é por isso que eu lhe dei minha palavra de
que eu iria parar com isso."

"Parar com isso?" Ele ri. "Você não está entendendo, meu amigo. Seu filme
da pequena Olive? Aquele que você está surpreendentemente animado para ser
uma parte dele? Esqueça isso. No segundo que o público ver este vídeo, o estúdio
irá cortá-lo. Eu disse que eles tinham restrições. Eles nem querem que você
tenha um relacionamento enquanto você estiver filmando e promovendo seu
filme. Você acha que eles vão ficar bem com o seu vídeo lá fora enquanto eles
estão se preparando para anunciar seu envolvimento com a adaptação?"

Sento-me mais reto. "Você me disse que eles não querem mais ninguém.
Eles querem que eu interprete Isaac."

"Sim, Jason." Ele acena com a cabeça e solta uma risada sarcástica. "É
exatamente o que eu disse. Estou surpreso que você estava realmente me
ouvindo."

Ele perde o sorriso e me dá um olhar duro, esperando algo.

O significado do que ele está tentando me dizer finalmente surge. "Ela

assinou o contrato, droga! Eles não podem desistir disso só porque eu estraguei
tudo. Isso não tem nada a ver com o livro de Olive."

"Você tem razão, não tem. Mas eles se importam? Olive assinando o
contrato não significa nada neste momento. É apenas uma opção. Você sabe
como essas coisas funcionam; Deixe passar tempo suficiente e os direitos
reverterão para ela."

Do canto do meu olho, eu vejo Megan levantar e pegar seu computador.

"Eles só chegaram a Olive Taylor porque eu disse a eles que eu iria colocar
você a bordo. Você leu o livro. Eu sei que você leu o livro. Pense nisso por um
segundo. É quase como se fosse escrito para você. Por que eles querem alguém
mais quando você é o ajuste perfeito?"

Voltando-me, falo com ele de novo. "Do que diabos você está falando?"

"Às vezes você pode ser tão estúpido," ele diz, gemendo. Ele se aproxima
de mim como se estivesse se aproximando de um animal perigoso "Você disse que
era amigo de Olive, certo?"

Balanço a cabeça. "Eu praticamente cresci na casa dela. Seu irmão era
meu melhor amigo."

"Sim, bem, eu acredito que sua inspiração para Isaac foi você."

"Não."

"Por que diabos não?"

"Eu não uso drogas, eu nunca fiz. Você sabe disso. E Genevieve é amiga
de Isaac. Eles nunca moraram na mesma casa. Olive era..." Mesmo que ela
tivesse sido minha amiga, eu não poderia dizer isso. "Olive era irmã do meu
amigo. É diferente."

Ele revira os olhos. "E daí? Ela é uma escritora. Ela usa sua imaginação.
Essa versão de que você usa drogas. Esta versão de você fodendo tudo que se
move. Em público. Essa versão de você é amigo dela. Esta versão de que você era
amigo do irmão dela. É a mesma merda! O filme não é sobre drogas. É sobre
Isaac e Genevieve. Talvez ela quisesse escrever um final feliz para o garoto por
quem ela estava apaixonada quando ela era uma criança. Que diabos eu sei?"
Tomando fôlego, ele baixa a voz. "Tudo o que estou dizendo é que os executivos
queriam você porque você era perfeito para o papel: O garoto perturbado de
Hollywood finalmente se apaixona na tela. Isaac é um personagem forte; Ele teria
mudado as coisas para você. Abriu novas perspectivas. Eu queria você neste
projeto porque iria ajudar a sua imagem aos olhos do público se fosse feito
direito. Você pode vê-lo apenas como outro filme, mas os espectadores teriam
visto mais do que isso. No final eles teriam deixado o cinema pensando em todas
as mágoas por que passaram. Finalmente, eles teriam visto um lado diferente de
você, alguém que é capaz de amar."

"Agora você está apenas tentando me irritar."

"Você acha? Mostre-me um relacionamento estável que você teve nos

últimos anos."

Passo a mão pelo meu cabelo e pego o ritmo onde Tom tinha parado.

"Isso não significa que eu não sou capaz de amar, Tom. Pelo amor de
Deus, por que estamos falando disso? Eu não estou procurando nada sério,
especialmente não com alguém que está nesta indústria. E não fale comigo como
se você não soubesse meus horários. Eu não tenho tempo para um
relacionamento sério. Não é como se eu nunca tive nenhum interesse amoroso
nos filmes em que estive."

"Não me venha com essa. Você nunca esteve em um relacionamento com

essa intensidade - na tela. Dormir com sua protagonista enquanto você está
fugindo de balas e bombas não conta."

Megan acena com a mão para nós e sua voz para o que Tom fosse vomitar.
"Eu acho que vocês precisam ver isso."

Eu alcanço seu lado logo depois que Tom fez. Há um vídeo na tela. Ela
clica para tocar.

Estamos todos em silêncio enquanto observamos o vídeo de quarenta

segundos.

"É só isso?" Eu pergunto quando o vídeo para antes que qualquer um

deles possa começar de novo.

Megan gira na cadeira para me encarar. O fogo em seus olhos é visível de

tão perto. "É só isso? Isso é o que você tem a dizer?"

"É um vídeo de quarenta e dois segundos de merda que algum asqueroso

fez com a câmera de seu telefone. O que você quer que eu diga?"
 "Então," ela começa, ligando as mãos em seu colo. "O que você está
dizendo é que ninguém vai entender que isso é você," ela olha de volta para a tela.
"claramente fodendo os miolos de Jennifer Widner? Porque meus olhos estão
funcionando perfeitamente bem, Jason, e eu posso ver seus quadris bombeando
nela enquanto seu vestido está enroscado em torno da cintura dela. Eu quase
posso ver seu pau entrando nela." Eu estremeço, não é exatamente o que você
quer ouvir sair da boca de sua publicitária. "Ou você está me dizendo que você
estava apenas esfregando nela no beco, porque se você está prestes a sugerir que
digamos isso à mídia, eu vou ter que informá-lo que isso não funcionará porque
podemos ver claramente o preservativo que você está jogando fora quando você
percebe que existem paparazzis ao redor. Que é exatamente quando o nosso
pequeno homem da câmera dá um zoom em seu rosto e, em seguida, o maldito
PRESERVATIVO que você encheu."

Eu me encolho e volto ao meu assento sem fazer mais comentários.

"Nós sabemos se há mais no vídeo do que isso?" Ouço Tom perguntar a

Megan.

"Não diz. Felizmente, não há som."

"Eu não vou pagar a ele," eu digo de onde eu estou sentado,

interrompendo-os. Olhando para longe do espaço em branco de seus olhares. "Eu
sinto muito. Eu não vou fazer isso. Ele pode vendê-lo para quem quiser. Eu não o
farei rico. Por tudo que eu sei, ele vai apenas encaminhá-lo a todos depois que ele
receber o dinheiro."

Tom caminha em minha direção e senta-se. "Olhe Jason, isso não é uma
piada. Isso vai arruinar você. Se isso tivesse sido a única coisa, você estaria bem.
Inferno, nós estaríamos rindo sobre isso. Mas as fotos com Zoey no seu carro e
tudo mais antes disso... Eles não vão deixar isso ir tão facilmente, não quando
eles têm provas como essa."

Recostando-me, olho para Megan. "Você tem a melhor equipe de

Hollywood. Faça alguma coisa, inferno. É só encontrar uma boa garota para um
encontro agora, alguém para fazer compras de comidas integrais no
supermercado de mãos dadas comigo. Desvie sua atenção disto. Jason Thorn
namorando alguém seria uma história mais chocante do que um vídeo de sexo
embaçado," acrescento com desgosto.

"Você acha que todo mundo é estúpido e não vai ver através do golpe de
publicidade?" Tom pergunta, parecendo todo profissional novamente. "Todo idiota
está entrando em um relacionamento falso esses dias. Ninguém vai comprar isso
de você." Seus olhos se moveram em direção a Megan, que está me encarando
silenciosamente. "Você não vai dizer nada?"
 Ela encolhe os ombros. "Ele tem razão. Namorar alguém não vai ajudá-lo a
lidar com toda essa porcaria. Com o tempo, eles vão ver através disso. No
entanto, se encontrarmos alguém..."

Uma batida na porta interrompe sua frase, e um segundo mais tarde a

cabeça de Alvin aparece.

"Vamos perder nosso voo, chefe. Precisamos sair agora."

Eu aceno minha mão. "Vou sair daqui a cinco minutos."

Quando ele fecha a porta, eu dou toda minha atenção de volta para
Megan. "Você estava dizendo?"

"Você não vai gostar."

"Até agora você não disse nada que eu gostei, por que mudar agora?"

"Se nós vamos mentir sobre um relacionamento, nós temos que ser
maiores do que isso. Você tem que fazer alguma coisa que vai muito bem engolir
tudo isso junto com suas transgressões anteriores."

"Coloque pra fora!" Eu digo com impaciência.

Tocando suas unhas compridas em sua mesa, ela solta um longo suspiro.
"Nós vamos ter que encontrar alguém para você se casar."

Eu a encaro sem expressão. Então, olhando para o olhar interessado de

Tom, eu ri. "Eu acho que vocês dois perderam a cabeça. Eu não estou pagando
você para vir com uma solução estúpida como essa. Eles não vão acreditar que
eu fui em frente e tenho uma namorada, mas eles vão acreditar que eu me casei
com alguém por amor? Você está se ouvindo?"

"Você não vai pagar o cara." Ela dá de ombros. "Então eu estou dizendo
que ter suas fotos tiradas com uma namorada falsa não vai fazer tudo isso ir
embora. Você tem que fazer algo grande e parar tudo isso de uma vez. E o que
importa para você? Eu não estou dizendo para você se apaixonar por ela. Uma
namorada falsa, uma esposa falsa, praticamente será a mesma coisa para você. A
única diferença é que você terá que viver na mesma casa por alguns anos."

“Viver na mesma casa? Alguns anos?” Eu ri mais forte. "Você está louca.
Tom, você não pode concordar com ela."

"Você tem uma ideia melhor?" Ele responde. "A percepção que o público
tem de você tem que mudar; Se esta for a maneira de fazer isso..."

Olhando para os dois, eu me levanto do meu assento e caminho até a

porta. Fiquei tentado a demiti-los, mas eles são os melhores, e aparentemente eu
não estou em um lugar onde eu posso fazer o que diabos eu quero mais.
 Eu paro perto da porta. "Não vou pagar nada a ninguém. Deixe-o liberar o
vídeo para quem quiser."

Na porta, vejo um impaciente Alvin erguendo as sobrancelhas e batendo

no relógio.

"Jason." A voz resignada de Tom me impede de ir mais longe.

"Se isso... depois que isso sair, você ainda vai ter ofertas, mas confie em
mim, elas não serão as mesmas ofertas que você está recebendo agora. Você
esteve brincando com fogo, e francamente, você está prestes a entrar em
chamas."

Meu aperto na porta aumenta, eu viro para enfrentar a dupla. Ao longo

dos últimos anos, construímos uma boa relação entre nós. Eles sabiam quem eu
era e onde eu queria ir nesta indústria, e eu sempre apreciei sua orientação. Eles
nunca tinham me encurralado assim. Eles sempre me ofereceram opções.

"Eu quero o filme de Olive," eu digo a Tom. "Faça o que você tem que fazer
para me amarrar a ele. Vaze a notícia hoje antes que isto saia se você tiver que
fazer. Eu não me importo com o que você faz, apenas faça algo para que eles não
possam retroceder."

Ele está relutante, mas ele acena com a cabeça. "Eu vou fazer o meu
melhor."

Para Megan, eu digo, "Eu não gosto da sua solução, Megan. Eu entendo
de onde você está vindo, mas... de qualquer maneira isso não importa. Eu tenho
que pensar sobre isso. Eu suponho que você não tem nenhuma futura noiva
pronta para eu escolher?"

Calmamente, ela encolhe os ombros. "Talvez eu tenha alguns nomes."

"Claro que sim," eu murmuro. Ignorando-a, continuo. "Quando eu voltar

do Canadá, você pode me mostrar sua lista e eu vou pensar mais sobre isso. Isso
é tudo o que posso fazer agora."

Eu me viro para sair.

"Jason, no Canadá você tem que..."

"Não se preocupe, Tom," o interrompo. "Eu não estou pensando em deixar

alguém se aproximar do meu pau de qualquer maneira."
 Capítulo Doze

Olive

"O que você está fazendo aí, Olive?" Char pergunta.

Tiro a cabeça do congelador e olho para ela por cima do meu ombro. "Você
viu meu sorvete? Eu o escondi atrás das ervilhas, mas não está lá."

Ela ri. "Receio que você esteja atrasada, vi a Lucy pegá-lo ontem à noite."

"Porra, Lucy," eu murmuro, desistindo de minha busca.

"Você está nervosa?"

"Nervosa? Quem, eu? Sobre o quê?"

Inclinando a cabeça, ela espera com expectativa.

Rolando os olhos, eu resmungo, "Ele não foi embora há tanto tempo,

apenas alguns meses, e ele me mandou mensagens de texto de vez em quando,
mas sim, estou animada para vê-lo novamente.” Mesmo sabendo que eu não devo
estar, mas eu estou. "E como se isso não fosse emoção suficiente para meu
coração frágil, eu vou encontrar o diretor de elenco e na verdade estar lá quando
eles escolherem quem vai interpretar Evie. Eu estou definitivamente
enlouquecendo com isso."

"Você é tão sortuda. Eu me pergunto quem vai entrar para audição para
ela. Se Keira Knightley estiver lá, você tem que tirar fotos. Uma tonelada delas.
De todos os ângulos."

"Ah, Char," eu digo enquanto eu pulo no balcão com as mãos vazias. Eu

queria comer sorvete para acalmar meus nervos. "Falar sobre Keira Knightley não
está ajudando nada. Se eu vê-la, eu vou me embaraçar mais do que eu fiz a
última vez que eles me viram, e eu não quero pensar nisso."

Andando ao meu redor, ela abre a geladeira e tira duas pequenas caixas
de suco de maçã que tínhamos comprado um dia antes. Entregando uma delas,
ela pula no balcão bem à minha frente.

Suspiro. "Minha salvadora."

"Eu ofereceria álcool para tirar a tensão, mas eu estou pensando que não
seria muito útil em seu estado."
 "Não, não seria," eu digo, com um estremecimento. "Eu vou beber tudo
que puder quando sairmos hoje à noite. Você ainda está vindo, certo? Não nos
abandone como você fez a última vez. É noite de karaokê."

"Não é necessário fazer nenhum reforço. Eu não perco noite de karaokê.

Então, como é a sensação de ser uma graduada? Quais são seus planos agora?"

"Ainda não decidi como me sinto sobre isso. Estou feliz, é claro, mas um
pouco triste, também, eu acho. Eu paguei todos os meus empréstimos estudantis
com o dinheiro que eu ganhei com o livro, então isso já é algo. Sinto-me leve
como uma pena. Não tenho muito dinheiro no banco, mas pelo menos não terei
que me preocupar com empréstimos."

Ela balança sua caixa de suco antes de colocar o canudo dentro dela.
"Sim, eu não estou ansiosa para pagar empréstimos estudantis todos os meses.
Queria ter tempo para escrever um livro também."

Não era nada que eu não tivesse ouvido nos últimos meses. Eu aprendi
rapidamente que quando você escreve um livro, e surpresa, surpresa, você está
ganhando dinheiro com isso – mesmo que seja apenas cinquenta dólares por mês
– de repente todos ao seu redor se transformam em escritores. Claro, eles são um
escritor muito melhor do que você, só que eles não tem o tempo para se sentar e
ir para a terra do nunca, porque eles estão tão ocupados com a vida real já.

"Oh, você está pensando em escrever um livro?" Eu pergunto suavemente

enquanto eu inspeciono a caixa de suco em minha mão.

"Bem, eu estou em literatura inglesa, também, então sim, eu pensei sobre

isso. Quero dizer, até você escreveu um," ela ri nervosamente.

Erguendo as sobrancelhas, olho para ela. "Até eu escrevi um?"

"Oh." Ela faz uma cara impassível. "Isso não soou direito. Eu apenas quis
dizer, você nunca mencionou que você estava escrevendo um livro e depois bam,
você publicou por conta própria. Foi apenas surpreendente."

Lucy tinha sido minha leitora beta desde o dia que ela tinha roubado meu
laptop para ver o que eu estava sempre trabalhando, mas eu não tive coragem de
compartilhar minhas palavras com mais ninguém. Não era porque eu não gostava
de Charlotte, foi só porque eu estava muito nervosa sobre a coisa toda.

No silêncio que segue depois de suas palavras, ela toma poucos goles
longos de seu suco de maçã antes de colocá-lo no balcão. "De qualquer forma, a
razão pela qual perguntei sobre seus planos... Eu queria saber se você estava
pensando em se mudar?"

"Mudar? Daqui?"
 "Sim. Quero dizer, temos mais um semestre, mas já que você vai ter
dinheiro vindo do filme, também..." Ela dá de ombros. "Eu só pensei que talvez
você tivesse sua própria casa."

"Você está tentando se livrar de mim, Char?" Eu pergunto, ligeiramente

divertida, ligeiramente cautelosa.

"Claro que não." Ela pula para baixo e joga a caixa na lata de lixo; Ela
nem tinha terminado. "Você conhece Lily, certo?" Eu concordo. "Bem, seu
namorado a jogou fora, por isso ela está procurando um lugar para ficar para o
resto do semestre. Eu disse que talvez seu quarto ficasse vazio se você decidisse
se mudar."

"Desculpe ouvir isso sobre Lily, mas eu não estou pensando em sair. Eu
gosto de viver com vocês."

"Oh." Ela parece genuinamente confusa. "A maneira como você tem
atuado em torno de Marcus ultimamente, eu pensei você estivesse desconfortável
aqui."

"Marcus foi meu amigo por um ano antes de iniciarmos nosso

relacionamento; Vivemos juntos por quase três anos agora. Eu não estou
desconfortável em torno dele, Char, nós simplesmente não ficamos juntos tanto
como costumávamos fazer. Além disso, não tenho problemas com ele. Ele vem
agindo estranho depois que este negócio do livro aconteceu."

"Eu entendo." Ela evita meus olhos.

"Bem," eu começo, me preparando para descer do balcão. "Estou feliz que

fizemos isso."

"Você está brava comigo?"

"Não. Existe uma razão para eu estar?"

"Não. Posso lhe perguntar algo mais?"

Eu me sento de volta novamente. "Claro. Sobre?"

Eu puxo o canudo curto na minha boca e solto um suspiro feliz quando o

suco de maçã frio bate na minha língua.

"Jason Thorn."

Intrigada, eu gesticulo para ela ir em frente. Charlotte não fazia muitas

perguntas. Ela assistia. Ela ouvia. Ela era tímida ao ponto que era doloroso
assistir às vezes.

"Quando você viu aquele vídeo de Jason naquele beco..."

Minha expressão muda. Por que ela está me perguntando sobre isso?
 "Você ficou chateada?"

Que porcaria?

Que diabos?

Soltando o canudo, ergo uma sobrancelha. "Aonde você vai com isso,
Char?"

"Em nenhum lugar." Evitando meus olhos, ela joga com a máquina de café
que eu tinha comprado com Lucy no dia em que eu consegui meu primeiro
pagamento da Amazon. "Eu só não quero ver você se machuque. Ele é uma
estrela de cinema, Liv. Eu vi vocês dois juntos naquele dia – quando ele veio
deixá-la..."

"Você saiu assim que o conheceu Char."

"Eu sei. Eu sei. Mas eu vejo como você fica excitada toda vez que você está
falando sobre ele."

"Então?"

"Marcus acha que você está..."

"Eu não me importo com o que Marcus pensa, Char. E para responder à
sua pergunta inicial, sim, fiquei chateada ao ver o vídeo, mas não porque eu
estava com ciúmes ou algo assim. Eu não tenho opinião da vida dele. Inferno, eu
não sou nada mais do que uma amiga ou a irmã de um velho amigo para ele
agora." Eu dou de ombros. "Eu não sou estúpida o suficiente para pensar de
outra forma. E se eu gostar de sair com ele, não é? Não é novidade que ele, hum,
gosta de ter sexo, por falta de uma palavra melhor. Será que todas as pessoas
que o atacaram na TV e online pensam que ele era um virgem ou algo assim?"

Ela concorda pensativa. "Ouvi dizer que depois que o vídeo foi lançado, ele
foi arrancado de alguns filmes, e houve rumores de que ele estava realmente
perdendo o papel no seu filme, também."

"Obviamente, ele não perdeu." Eu salto para baixo do balcão e jogo a caixa
de suco agora vazia na lata de lixo.

"Bem, ainda. Parece que ele é uma bomba. Eu só espero que ele não
estrague o seu filme, também."

A porta do apartamento se abre e Marcus e Lucy entram.

Eu me concentro em Char. "Ele é um maldito bom ator, Char. Ele pode ter
qualquer papel que ele quiser. Eles vão esquecer o vídeo em algumas semanas,
quando alguma outra celebridade trair sua esposa com a babá, então todo
mundo vai concentrar-se nisso. O que aconteceu com você hoje?" Eu pergunto,
franzindo a testa para ela.
 "O que você quer dizer?" Ela murmura, sem olhar para mim.

"Oi, Liv," Marcus me cumprimenta em seu caminho para a geladeira e oh-

tão-casualmente deu um beijo casto no meu cabelo.

Assustada, eu me viro para ele enquanto pega uma garrafa de água da

geladeira e sai da cozinha. "O que foi isso?" Eu pergunto para suas costas, me
puxando junto.

Ele olha por cima do ombro. "Eu disse oi, ou isso é proibido, também?"

Lucy me olha chateada da porta.

"Alguma coisa está errada neste apartamento hoje," eu anuncio.

Meu telefone toca.

Graças a Deus!

"Meu Uber está aqui. Estou indo embora."

"Mas eu acabei de chegar aqui!" Lucy geme. "Você nem ouviu o que
Jameson fez comigo hoje." Ela alarga os olhos para mim. "Em uma sala de aula
vazia!"

"Ele abalou seu mundo?" Eu pergunto, erguendo uma sobrancelha.

Ela me dá um sorriso louco. "Isso mesmo!"

"Veja, eu estou envolvida agora. Mande mensagem quando estiver saindo

para noite de karaokê, e eu vou voltar aqui para me preparar."

Pego minha bolsa e saio pela porta, sem encontrar os olhos de Marcus.

**************

Finalmente chegando ao prédio onde as audições seriam realizadas, eu

saio do meu Uber e fico lá olhando para o edifício por um momento. Eu estou
animada porque eu estou prestes a ver meus personagens ganharem vida? Ou eu
estou animada porque eu conseguiria passar algum tempo com Jason
novamente?

"Olive!"

Viro-me para ver Jason saindo do carro. A forma como ele sai e fecha a
porta daquele seu ridiculamente atraente carro... Então, como se em câmera
lenta, coloca seu Ray Ban em...

Droga…
 Mini ataque de orgasmos.

Então ele se aproxima cada vez mais, e eu tenho um olhar ainda melhor
na minha covinha – minha, porque eu estou apostando minha reivindicação
sobre aquela maldita coisa. Afinal, eu tinha visto isso antes de todos os seus fãs
amorosos. Primeira a chegar, primeira a ser servida, certo?

"Oi," eu consigo dizer quando ele chega até mim.

"Oi pra você também!"

Nós só ficamos lá e nos olhamos por um momento, seu sorriso ficando

mais fofo.

Devo abraçá-lo? Eu poderia abraçá-lo? Isso era mesmo permitido? Por que
eu estava tão estranha?

Finalmente, ele ri e diz, "Venha aqui." Ele me dá um abraço de lado e olha

para mim. "Eu posso ter sentido falta de você um pouco mais do que você sentiu
minha falta, pequena. É bom te ver."

Não era a melhor coisa que ele poderia ter dito, mas de novo eu aceitaria
qualquer coisa que saísse de sua boca quando ele estava me abraçando.

Com a cabeça inclinada para trás, olho para ele. Alcançando, eu levanto
seus óculos de sol e finalmente vejo seus olhos.

"É bom ver você também, Sr. Jason Thorn."

Rindo, ele beija minha têmpora. Se seus lábios se demoraram por mais de
dois segundos, ou eu apenas imaginei? Esses dois segundos extras significam
alguma coisa? Por que ir para a testa e não a bochecha? Tinha um significado
diferente?

Significado diferente ou não, meu coração dá um suspiro feliz e as

borboletas quase desmaiam de tanta excitação que Jason está dando a elas.
Fecho os olhos e aproveito o momento.

Depois que chegamos ao andar onde a equipe de elenco está situada, ele
leva seu tempo para me apresentar a todos. Todo o conjunto tm uma vibração
descontraída, nada assustadora. O diretor de elenco, Bryan, seu assistente e um
cinegrafista para gravar as audições foram os únicos deixados para trás, e Jason
parecia conhecer todos.

"Não estou atrasado, estou?" Jason pergunta depois de apertar as mãos

de todos.

Seus olhos foram para os papéis na frente dele, o diretor de elenco acena
com a mão sobre a cabeça. "Bem na hora, como sempre. Você já conferiu o roteiro
que temos pronto?"
 O roteiro está pronto?!

Jason assente para Bryan e pega os papéis que o assistente lhe entrega.
"Eu os peguei esta manhã." Depois virando algumas páginas, ele pergunta, "Qual
cena você quer?"

"Vamos tentar a primeira vez que ele encontrou o caminho de volta para
Genevieve."

"Está bem. Ótimo." Olhando para o canto onde eu estou sentada, Jason
me olha e pisca.

Eu aponto meu polegar e sorrio.

Claramente divertido, ele balança a cabeça e se vira para o diretor.

"Quem virá para Evie?" Ele pergunta a ninguém em particular.

"Temos três nomes. Vamos ver como você faz na câmera e depois ir de lá."

Quando eu vejo a primeira atriz, Claudia Colbert, entrar, fico muito

orgulhosa de mim mesma por não perder minha calma. Mesmo que ninguém
estivesse prestando atenção em mim, eu ainda penso que eu mereço um tapinha
nas costas.

Ela está usando uma simples camiseta branca com jeans preto e
sapatilhas. Seu cabelo está em um rabo de cavalo que de algum modo, sem
esforço e de uma maneira que eu nunca poderia conseguir, está lindo e pelo que
eu posso ver, ela não tem maquiagem. Enquanto nós os mortais tínhamos que ter
pelo menos algum corretivo, claro que ela tinha sido abençoada com uma ótima
pele sobre todo o resto.

Ela aperta a mão de Jason, conversa com o diretor por alguns segundos,
depois toma seu lugar na frente da câmera com seu roteiro na mão e espera que
Jason fique em seu lugar.

"Vocês estão prontos?" Bryan pergunta, dando-lhes toda sua atenção

quando ele se levanta e senta-se ao lado do operador de câmera.

Jason e Claudia concordam com a cabeça.

"Vamos começar a ler do topo. Eu quero gravar o final de dois ângulos

diferentes, então vamos parar e pegar a última parte novamente." Quando eles
começam a ler suas falas, Bryan está observando-os através de uma pequena tela
que está sobre a mesa. Tento me inclinar à minha esquerda para dar uma
olhada, mas eles estão no meu caminho, então eu me volto e me concentro em
ouvir Isaac e Evie pela primeira vez.
 "Como você pode me deixar, Evie?" Jason pergunta, já soando como uma
pessoa diferente, cansada, quebrada, sem esperança. Ele está se tornando Isaac
bem na frente dos meus olhos.

Claudia dá um passo para ele e inclina a cabeça para o lado. "Nunca te

deixei, Isaac. Eu tentei, mas eu não posso te deixar. Mas eu também não vou
atrás de você; Eu não vou forçar isso em você."

A voz de Jason torna-se áspera enquanto ele ri. "Forçar isso em mim? O
que é isso, Evie? Existe mesmo alguma coisa que sobrou de nós em você?"

Ela dá mais um passo para ele e levanta a mão, mas depois a deixa cair
quando as duas mãos formam punhos.

"Eu o aborreço agora? É por isso que você não pode me tocar?" Jason
quase cospe as palavras para ela quando seus olhos pegam seus movimentos.

Claudia se encolheu e balançou a cabeça, sua voz batida e pequena. "Eu

não quero te machucar mais."

Jason solta os papéis e aperta os pulsos de Claudia, levantando-os e

puxando-a contra seu peito em um movimento rápido que eu não estou
esperando. "Você acha que seu toque pode me machucar? Você me matou no
momento em que você me deixou ir do seu coração, Evie."

"Isaac," murmura Claudia, e quando olha para Jason, há lágrimas nos

olhos dela.

Macacos me mordam! Se eu tivesse alguma pipoca e lenços de papel.

"Você foi quem me deixou," ela continua. "Você quebrou meu coração em
tantas peças que eu nunca me recuperei totalmente, Isaac. Mas nada disso
importa, não é? Você não está aqui para ficar. Você nunca vai ficar."

Espere lá!

Isso definitivamente não está no meu diálogo. Eles tinham transformado

uma cena perfeitamente romântica em uma bem brega.

Ela parece desolada.

Eu vejo uma lágrima cair de seus olhos e Jason solta seus pulsos como se
eles o tivessem queimado.

"Eu voltei. Eu vim rastejando de volta para você," Jason engasga.

Inclinando-se, ele coloca as bochechas dela em suas mãos, forçando-a a olhar
para ele. "Evie, você é a única para mim."

Ambos fecham os olhos e descansam a testa um contra o outro.

 "Leve-me com você," ela sussurra no silêncio. "Não me deixe sangrar
novamente. Não deixe que eles te tirem de mim."

Jason beija seu nariz, seus olhos, e então recua alguns centímetros, suas
mãos ainda segurando o rosto dela. "Diga que você ainda me ama, Evie. Dê-me as
palavras."

Ela se levanta de ponta dos pés e sussurra seu amor por ele contra seus
lábios. Então eles vão um para o outro como se o mundo estivesse terminando.

Bem, o meu acabou de qualquer jeito. Eu deveria assistir isto acontecer

na frente dos meus olhos mais duas vezes com duas atrizes diferentes? O que no
mundo eu estava pensando quando eu disse a Jason que eu amaria vir junto?

Alguém diga corta, droga!

Então termina e eles se separam. Bryan agradece a eles e pede outra

tomada de um ângulo diferente. Eu me recuso a ver isto pela segunda vez. Ver a
mesma cena em um filme seria uma história diferente, mas aqui, com apenas
algumas pessoas ao redor... Parece íntimo, real. Todos e cada um de nós é um
intruso, invadindo o momento deles.

Finalmente, Bryan está feliz com o que consegue, e depois de agradecer a

Claudia, eles a mandam embora.

Eu assisto a mesma coisa acontecer com duas outras belas, muito bem
conhecidas, atrizes muito talentosas. A terceira, Lindsay Dunlop, praticamente
arrebenta. Bryan pede-lhe para fazer três diferentes cenas com Jason. No final de
tudo, eles tem a Evie deles, e Lindsay está sorrindo tão grande quanto Jason.

Mesmo que eu não esteja sendo especificamente ignorada ou qualquer

coisa, eu ainda estou saindo como um polegar dolorido de quem senta assim no
canto. Eu tenho a sensação de que eu estou lá porque Jason Thorn me trouxe.
Não importava que eu sou a autora.

Sentindo-me oprimida com os beijos, a atuação, as palavras... Eu saio da

sala, não que eu preciso me esgueirar. Ninguém se importa com o que eu estou
fazendo.

Eu estou cavando em minha bolsa à procura do meu telefone quando

alguém vira no canto do corredor e choca-se comigo. Eu tropeço para trás.

Um segundo de choque, então eu grito de dor.

Olho para minha frente e vejo que toda a minha camisa está encharcada
com algum tipo de líquido verde. Isto cheira como café, mas é verde.

Líquido verde escaldante.

"Jesus! Você está bem?" Pergunta alguém.

 "Ah Merda! Merda! Merda!" Meus olhos ardem com as lágrimas, deixo cair
minha bolsa no chão acarpetado. Arrancando minha camisa fora, eu começo a
soprar em minha pele para encontrar algum alívio.

Alguma garota vem correndo ao lado do cara.

"Senhor está tudo..."

"Vá me arranjar algo para limpá-la!" O cara ordena para a garota.

"Olive Taylor?" Ele suaviza sua voz para mim.

Ouvindo meu nome, eu olho para cima e vejo Keith, o executivo com os
dentes branqueados, pairando sobre mim.

"Oh, Olá," eu digo, o meu lábio tremendo um pouco. Espio dentro da

minha camisa e percebo que meu peito já está vermelho.

Maravilhoso.

A moça reaparece ao nosso lado e entrega a Keith uma toalha molhada.

"Permita-me," murmura Keith, dando um passo em minha direção.

Eu estou com muita dor para recusar sua ajuda, então eu empurro meu
cabelo para fora do caminho e o deixo suavemente pressionar a toalha fria na
minha pele.

"Obrigado," murmuro. "Isso é ótimo."

Ele encontra meus olhos e me dá um sorriso de desculpas. Ele

provavelmente está em seus trinta anos, mas para sua idade, ele parece bem,
menos a situação dos dentes. Quando ele lentamente alcança o inchaço dos meus
seios, eu engulo e desvio o olhar.

Talvez uma toalha molhada não fosse a melhor solução, mas está
funcionando. Por agora. Eu ainda tinha perdido a camisa de alguma forma. Está
completamente encharcada e competir em um concurso de camiseta molhada
não está em minha lista de afazeres.

Assim quando ele abre a boca para dizer alguma coisa, alguém agarra
meu pulso e eu sou arrancada de Keith. Minha cabeça se ergue e eu vejo Jason
empurrando-me para trás das suas costas, olhando furiosamente para Keith.

"Que diabos você acha que está fazendo tocando nela?"

"Jason!" Eu ofego, um pouco tardiamente. Sua mão ainda está em volta do

meu pulso, mas seu toque é gentil.

Keith parece calmo, mas ao ouvir o tom de Jason, ele ergue as

sobrancelhas.
 "Jason," eu digo, puxando seu braço, tentando chamar sua atenção. "Há
café em cima de mim, ele estava tentando ajudar."

"É vitamina, Olive," Keith diz olhando para mim com um pequeno sorriso.

Vitamina quente?!

Sério?

"Apalpando seus seios?" Jason rosna. Ele olha para mim com seu rosto
vermelho e eu enrugo a testa para ele.

"Jesus," ele exclama quando finalmente baixa os olhos o suficiente para

me olhar. "Jesus!" Ele repete. Olhando nos meus olhos, ele pergunta, "Você está
bem, pequena?"

"Eu vou ficar bem." Eu olho para Keith por cima do ombro dele e decido
que um pedido de desculpas está em ordem.

"Eu sinto muito. Eu não estava olhando onde eu estava indo. Obrigado
por sua ajuda." Eu olho para Jason, segurando meu braço, e olho meu pulso que
ainda está em seu aperto. "Se você puder me deixar ir, eu vou embora."

Ele não me solta, mas pelo menos seu rosto não está mais vermelho de
raiva.

Olhando para Keith, ele diz, "Desculpe cara. Quando eu vi vocês dois... eu
supus errado."

"Compreensível, ela é sua amiga."

Jason aperta a boca.

O que anda acontecendo no mundo?

"Espero que nos vejamos logo, Srta. Taylor," Keith diz para mim e se
afasta de nós.

Jason solta meu pulso e suavemente afasta o cabelo que caiu sobre meus
ombros longe do meu peito.

"Vamos para a sala de emergência."

"Não, não vamos. O que há de errado com você?" Eu pergunto

genuinamente curiosa. "Ele estava me ajudando. O que você acha que ele poderia
estar fazendo?"

Ele tem a decência de desviar o olhar.

"Como posso ajudar?" Pergunta ele ao invés disso.

 Suspiro. "Você deveria voltar lá, Jason. Eu estava saindo de qualquer
maneira." Novamente, eu desgrudo a camisa da minha pele. Se outro Uber estiver
por perto, talvez eu possa voltar para o apartamento sem ser vista por muitas
pessoas.

"Acabamos com a leitura." Ele coloca a mão nas minhas costas e me

encoraja a avançar. "Vamos, eu devo ter uma camisa extra no meu carro. Vamos
olhar para o dano enquanto você se troca e depois decidimos se vamos para a
emergência ou não."

"Tudo bem, mãe," eu murmuro, e ele me dá um olhar sombrio.

"Seu carro realmente parece adorável de frente," eu digo, quando

chegamos ao estacionamento.

"É um Venom GT Spyder, Olive. Não é um carro adorável."

Eu dou de ombros atrás das costas dele. Para mim, os olhos e a boca
pequena pareciam adoráveis.

Destrancando as portas, ele se inclina e pega algo atrás de seu assento.

Uma camiseta cinza.

"Tire sua camisa," ele diz, se endireitando e se virando para mim.

"O quê?" Eu balbucio para ele.

Sua mão alcança para levantar a bainha da minha camisa, mas eu bato
nela.

"O que você está fazendo?" Eu falo silenciosamente enquanto duas garotas
passam correndo pelo carro, seus telefones colados às suas orelhas.

"Olive," ele começa. "Eu preciso ver o quão ruim está. Tire."

Suas mãos voltam para mim. Golpeio sua mão com mais força.

"Você quer que eu tire minha camisa ao ar livre?"

Ele encontra meus olhos. "Estamos no estacionamento. Ninguém que não

deveria estar aqui pode entrar aqui. Ninguém vai ver você entre o SUV e meu
carro. Continue."

Ele me alcança novamente.

Então, naturalmente, olhando para ele, eu bato na sua mão ainda mais
forte.

Desta vez, ele ri.

"Não me faça tirar isso para você, Olive. Eu não quero te machucar."
 "Seu carro nem chega ao seu peito, Jason. Duvido que faça muito para me
esconder da vista."

"Fique de frente ao SUV. Eu vou virar e cobrir suas costas. Ou podemos ir

direto para a emergência. Sua escolha."

"Não," eu digo.

"Então faça o que eu digo."

Eu estreito meus olhos para ele. "Você é irritante." Depois de uma breve
disputa que só acaba me fazendo ficar quente, eu sou a primeira a me virar.

Resmungando sob minha respiração, eu levanto cuidadosamente minha

camisa do meu estômago e a tiro. Não está doendo tanto quanto estava alguns
minutos antes, mas eu não diria não em esfregar alguns cubos de gelo no meu
peito. Deixando cair a camisa no chão, eu...

Merda! A camisa extra ainda está em suas mãos.

"Dê-me a maldita camisa," eu sussurro, olhando para minha esquerda

para ver se alguém está passando.

"Por que você está sussurrando?" Ele pergunta por cima do meu ombro,
sua respiração quente fazendo cócegas no meu pescoço.

O irritante-quente-idiota ri quando eu grito e salto.

"Você deveria se virar," eu o acuso.

Seus olhos caiem sobre meu peito. Com a mandíbula endurecendo, ele
rapidamente olha para cima e para longe.

"O que é isso?" Ele range entre os dentes.

Cobrindo meus seios com meu antebraço, eu falo rispidamente, "Eles são
seios. Com o que se parece?"

Será que ele pensa que eles eram muito grandes? Provavelmente. Eu
definitivamente não tenho aqueles peitos pequenos e elegantes que você poderia
ir para a cama sem usar um sutiã.

"Por que você não está usando algo branco e simples?"

Apesar da estúpida situação, eu olho para o meu peito e sorrio. "Por que
você se importa com o que eu uso? E o que há de errado com este?"

Ele olha para o céu. "É... não... faz nada. Você pode ver através dele."

"Então?"

"Você não devia usar essas coisas."

 "Quem disse? Tenho certeza que você deve ter visto coisas muito melhores
do que este aqui." Eu respiro fundo e deixo isso de lado. "Basta me dar a maldita
camisa, Jason," eu digo impaciente. "Não era minha intenção desagradar você ou
embaraçar você ou o que quer que esteja acontecendo agora."

“Me desagradar?” Seus olhos voltam para os meus. "Olive," ele diz, dando
um passo em minha direção.

Eu o impeço antes que ele pode me dizer algo fraternal e me irritar, ou –

pior ainda – quebrar meu coração ainda mais.

"Jason, há pessoas ao redor. Por favor, me dê a camisa para que eu possa

me cobrir."

Sua mandíbula aperta, mas ele me entrega sua camisa, e eu rapidamente

a coloco.

"Obrigado."

Ele dá mais um passo e eu encosto minhas costas contra o SUV atrás de

mim. Ele levanta a camisa, apenas um pouco. Dessa vez, eu não bato na mão
dele. Ele já tinha visto mais de mim do que eu estava pronta para mostrá-lo.

Ele gentilmente toca minha barriga, então começa a correr os nós de seus
dedos sobre minha pele ligeiramente irritada.

Aquela coisa que reside em seu peito? Tomou asas e voou para longe.

A outra coisa que está no meu crânio? Vira mingau completamente.

Eu inspiro, meu batimento cardíaco de repente abrandando até o ponto

onde eu não tenho certeza se eu ainda estou viva ou tinha pisado no céu. Quando
eu levanto a cabeça para cima, ele está olhando para mim - direto para os meus
olhos.

Até então eu sou o exemplo perfeito de uma daquelas figurinhas animadas

‘Meu corpo está pronto’.

"Não parece tão ruim quanto seu... área do peito," Ele diz, deixando cair a
camisa sobre sua mão.

Ele não se afasta.

Eu não desvio o olhar.

Sua mão ainda está lá.

Em minha barriga.

Sob minha camisa.

 Então ele suspira e puxa-a para longe. De repente eu posso respirar
novamente.

Em vez de implorá-lo para me tomar contra o carro como eu quero

desesperadamente, eu digo, "Eu vou ficar bem. Vou colocar algo quando chegar
em casa. Não é tão ruim quanto parece."

Ele não está feliz, mas ele abre a porta do carro e me ajuda a entrar.

Jason Thorn, minha paixão da infância e agora estrela de cinema, tinha

tocado minha barriga, suavemente, e eu não estou hiperventilando.

Hã…

Talvez eu estivesse pegando o jeito dessa coisa de obsessão/amor.

 Capítulo Treze

Jason

Fazia uma hora que eu deixei Olive e eu estou mais uma vez sentado no
escritório de Megan, trabalhando no controle de danos. Até agora, eu tinha
olhado através de doze fotografias, reconhecendo algumas das meninas sem ter
ideia de quem eram as outras. A única coisa que eu sabia com certeza: eu não
queria nenhuma delas.

"Estou começando a duvidar de suas habilidades de relações públicas,

Megan," eu digo depois de deixar as fotografias de volta em sua mesa.

Ela olha para mim sem entender enquanto toma um gole de seu chá verde
e coloca-o lentamente sobre sua mesa.

"Tem sido o quê? Um mês? Dois meses? Você ainda não se decidiu por
uma garota, Jason. Eu não estou te pedindo para fazer um compromisso ao longo
da vida aqui. Escolha um para que possamos elaborar um contrato e seguir em
frente."

"Eu não vou me casar com uma atriz sedenta de sangue que estará nisto
apenas para ficar mais exposta. Eu não estou assinando para passear ao redor de
eventos e toda essa porcaria de publicidade. Casar com ela será tortura
suficiente."

Ela inclina a cabeça. "Por que exatamente você acha que estamos fazendo
isso, Jason? Será uma solução vantajosa para ambos os lados. Por que mais se
casariam com você?"

Uau.

"No seu caso, você precisa da exposição positiva. Você precisa lembrar o
público e, francamente, a indústria cinematográfica que você não é apenas um
exibicionista e sim um maldito bom ator. Em seu caso, quem você decidir se
casar, ela vai usar você para seu próprio ganho, o que quer que seja. É assim que
o jogo é."

Esfrego minha testa e me inclino para trás no meu assento. "Eu não gosto
disso, Megan. Não gosto de nada."

"Olha Jason," ela começa, inclinando-se sobre sua mesa. "Você é um ator
incrível. Você tem o potencial para tornar-se um dos melhores desta indústria,
mas isso não é o que a mídia está circulando mais. Você leu os tabloides
ultimamente?"

"Você sabe que eu não toco nesses."

 "Sim, você não, mas as pessoas fazem. Eles adoram fofocas, eles adoram
saber os segredos sujos de celebridades, e eles definitivamente amam rasgá-los
em seu primeiro erro, e cada vez depois disso. Esses fatos nunca vão mudar. Se
você gosta ou não, não importa. Você esteve neste jogo por tempo suficiente para
conhecer as regras." Ela para e toma outro gole de chá. Eu quero pegar aquela
maldita xícara e jogá-la contra a parede. "Sabe o que lerão amanhã?"

"O quê?" Eu resmungo.

"Uma entrevista especial com uma garota universitária do Canadá.

Aparentemente, vocês dois foderam por todo o lugar em Toronto, e ela está dando
o furo sobre seu relacionamento." Ela levanta uma sobrancelha, esperando por
minha resposta.

Abatido, eu balanço a cabeça. "Que garota universitária? Que diabos você

está falando? Eu não toquei qualquer mulher desde o incidente do beco."

"Não é o que ela está dizendo."

"E agora você vai acreditar nos tabloides do que em mim?"

"Não importa o que eu acredito. Eu sei que você não tocou em ninguém
porque eu estive em contato com Alvin." Meus olhos se estreitam e ela dá de
ombros. "Para protegê-lo, preciso saber o que está acontecendo em sua vida antes
que os outros possam saber sobre isso. Então, sim, é claro que eu estou
mantendo vigilância sobre você. O ponto é que amanhã todos comerão a história.
Não importa se é verdade ou não, ou se há fotos exclusivas anexadas à entrevista
desta vez. Todo mundo vai acreditar simplesmente porque bem, é o que você faz."
Outro encolher de ombros. "É a primeira coisa que aparece em suas mentes
quando ouvem o nome Jason Thorn."

"Não há fotos exclusivas, embaçadas ou não, porque nada aconteceu em

Toronto." Eu suspiro. Não importa o que eu dissesse, eu sei que não poderia
ganhar. "Você está me dando uma maldita dor de cabeça, Megan."

"Eu gostaria que a dor de cabeça fosse sua única preocupação. Qualquer
publicidade não é uma boa publicidade no seu caso, Jason. A negação só pode
funcionar até certo ponto e eles não estão tendo o que estamos servindo mais.
Você quer ser conhecido por seu trabalho, não por sua vida pessoal. Foi o que
você me disse quando me contratou e você estava certo, porque essa é a única
maneira que você vai continuar conseguindo os grandes papéis. Caso contrário,
você só vai se perder neste circo, porque ninguém estará interessado em tê-lo em
sua equipe."

"E casar com uma garota resolverá todos os meus problemas." Eu dou
uma risada amarga e me levanto. O céu está tingido com matizes cor-de-rosa e
laranja suave enquanto lá dentro, naquele escritório, meu próprio mundo está se
enchendo com nuvens escuras.
 "Eu não disse que vai resolver todos os seus problemas de uma só vez.
Tudo depende de como você age depois que você estiver casado. Você vai ter que
desempenhar o papel de bom marido por algum tempo. Não pisar na sua esposa.
Eu não me importo se você adicionar uma cláusula no contrato, concordando em
ter sexo apenas um com o outro, mas você não vai lá fora tirar seu pau e
continuar fazendo o que você tem feito."

"Eu não estou fazendo sexo com ninguém," eu falo rispidamente.

Ela acena com a mão, dispensando-me. "Claro, antes de tudo acontecer,

teremos que fazer com que pareça que você está namorando por um mês ou dois
antes de se casar. Solte algumas fotos aconchegantes de vocês dois juntos. Então
nós vamos arranjar uma boa história e você vai fugir ou algo assim."

"Uma boa história," eu repito, passando minha mão pelo meu rosto.
"Minha vida inteira está se transformando em uma história de terror."

"Bem, da próxima vez você vai se lembrar de mantê-lo em suas calças e

não vamos estar nesta situação novamente."

"Obrigado pelo conselho," eu zombo.

"Vá para casa, Jason," diz ela, cansada. "Tenho que fazer alguns
telefonemas e ver quem mais posso adicionar na sua pilha de ‘futura esposa’."

"Ótimo," murmuro, indo em direção à porta.

"Eu estarei esperando por você às 16h, amanhã. Não me faça persegui-lo.
Você tem que escolher alguém para que possamos começar a moldar a história.
Isso não é algo que possa acontecer da noite para o dia."

Saio sem dizer outra palavra.

************

Eu: O que você está fazendo?

Olive: Estou prestes a gritar por misericórdia pela segunda vez esta
noite.

Eu: O quê?!

Olive: LOL! Não esse tipo de grito. Infelizmente, é só noite de

karaokê e Lucy quer que eu comemore o negócio do filme cantando até não
aguentar mais. Vamos cantar Marvin Gaye de Charlie Puth em dez
minutos, pela segunda vez... Eu acredito que vai acontecer mais algumas
vezes antes da noite terminar.

Eu estou de volta em casa, mas quanto mais eu tento relaxar e ler o

roteiro quase completo que Bryan tinha me dado, mais eu estou começando a me
sentir como um animal preso na minha maldita casa, o que em breve não seria
mesmo minha própria casa. Eu estaria compartilhando com uma companheira de
quarto desconhecida.

Tentando esquecer minha própria vida, eu decido enviar uma mensagem

para Olive para ver se ela está livre para falar sobre o roteiro. Afinal, ninguém
conhecia Isaac melhor do que ela, e mesmo que eu tivesse lido o livro
completamente, duas vezes, ajudaria se eu pudesse aprofundar na cabeça de
Isaac. Talvez perguntar o que ela estava pensando quando ela estava escrevendo
de seu ponto de vista. Ela poderia me dar detalhes sobre seu passado, coisas que
só ela poderia saber.

Quanto às cenas de sexo não filtradas de Isaac no livro... Eu não acho que
eu estava pronto para ir lá com Olive. Depois de ler o livro, eu entendi porque
Olive não queria que Dylan ou seu pai o lessem. Ambos teriam um ataque
cardíaco, ou simplesmente teriam problemas para olhar novamente nos olhos
dela, o que seria uma grande tragédia. Seus olhos... Eles eram de um tipo
sedutor e intrigante, de uma forma que faz você querer se aproximar dela apenas
para que você pudesse estudar e memorizar a profundidade das cores, encontrar
aquelas manchas de avelã escondendo-se no verde brilhante e ver como eles
cintilavam quando ela sorria para você.

Na noite em que ela veio à minha casa para encontrar-se com Tom,
descobri que não tinha problemas em olhar partes de seu corpo, incluindo seus
olhos, o que provavelmente me fez um bastardo completo.

Lendo sua última mensagem novamente, percebo que estou sentindo

decepção. Eu estou ansioso para conversar com ela, conseguir respostas dela, vê-
la novamente. Não era por isso que eu a convidara para assistir os testes? Eu não
tinha me sentido feliz quando a vi na frente do prédio, sorrindo para mim
enquanto eu corria para o lado dela? E nesse breve momento, eu não tinha
esquecido completamente Dylan sendo meu amigo, e Olive sendo sua irmãzinha?

Não gostando de onde meus pensamentos estão indo, eu jogo o roteiro de

lado e balanço a cabeça. Talvez não ter relações sexuais está me atingindo. Meu
telefone apita com uma nova mensagem de Olive.

Olive: O que você está fazendo?

Eu sorrio e vou para fora enquanto eu escrevo para ela de volta.

Eu: Aproveitando minha liberdade enquanto eu posso.

Olive: O que isso significa?

Eu: Nada importante. Eu tenho parte do roteiro, então eu realmente

estava pensando em ligar para você ver se estava livre para discutir sobre
Isaac. Conseguir algumas respostas.
 Olive: Estive com Isaac há quase três anos. Ele tem sido meu dia e
noite. Ele está tão quebrado, mas ainda perfeito do jeito que é. Vamos falar
sobre ele. Vamos falar sobre ele por horas.

Eu: Ainda estamos falando sobre o mesmo Isaac?

Olive: Só pode haver um Isaac no meu coração. Embora ele tenha

dado seu coração a Evie, ele sempre estará no meu.

Eu: Eu estou pensando que você está um pouco bêbada, pequena.

Olive: É noite de Long Island Ice Tea!!! E eu não quero mais ser a
pequena, Jason : ( Eu quero ser a grande Olive. Eu cresci, eu não sou
pegajoso ou grudenta mais.

Não tendo ideia do que ela está falando, eu hesito por um curto momento
antes de ligar para Alvin.

"Oi Alvin."

"Ei, chefe. O que há de novo?” Há um ruído no fundo.

"Desculpe-me, cara. Mau momento?"

"Está tudo bem. Você precisava de algo?"

"Sim. Preciso que me encontre um... um bar universitário, provavelmente.

Eles estão tendo uma noite de karaokê."

Eu posso ouvir seu laptop ser ligado. "Ok. Existe alguma maneira de
diminuir isso? Caso contrário, a lista será mais longa do que você gostaria."

"Deve estar em algum lugar perto da Universidade. Vou enviar-lhe o

endereço dela para que você possa verificar os bares ao redor do apartamento,
também."

"E essa ‘ela’ de que estamos falando é Olive Taylor?"

"Sim," eu respondo distraidamente enquanto eu caminho de volta para a

casa. Se eu vou sair, eu preciso trocar de roupa.

"Você não está pensando em sair para encontrá-la em um bar, está?"

"E se eu estiver?"

"Eu diria que você não deve ter o suficiente de Megan mastigando sua
bunda e você está ansioso para mais."

Eu ri. "Não se preocupe, ela não vai ouvir sobre isso." Eu paro ao lado de
minha cama. "E se você não quiser ser demitido, você não está relatando isso
para ela também. Retorne para mim assim que puder. Estou mandando uma
mensagem para você com o endereço."

Terminando o telefonema, envio-lhe uma mensagem com o endereço do

apartamento dela e vou ao meu armário para me trocar para algo mais
‘universitário’, para me misturar com o resto dos meninos da fraternidade.

Quinze minutos depois, eu estou no caminho para tentar encontrar Olive

em um dos cinco bares que Alvin tinha me enviado.

******************

Foi no quarto bar que eu finalmente encontro... Algo. E por algo, quero
dizer Olive e a amiga que ela me apresentou naquele dia - Lucy? Charlotte? - no
pequeno palco improvisado, prestes a começar uma canção.

Ela parece... Maldição, ela parece bem. Seus cabelos haviam sido
claramente colocados em um coque bagunçado, mas ainda havia algumas
mechas que tinham escapado e estavam descansando sobre seus ombros,
enquadrando e chamando a atenção para seu belo rosto sorridente. Ela está
usando um vestido curto, que parece estar um pouco apertado em seus seios.

Por que diabos eu estou olhando para seus seios, novamente?

Merda!

Quando a música explode, elas começam balançando ao ritmo. Então, ela

estende a mão, solta o cabelo, balança a cabeça e olha para a amiga com um
grande sorriso no rosto enquanto ela balbucia algo que eu não posso
compreender. Assim como ela tinha dito no telefone, elas começam a cantar ‘Let's
Marvin Gaye’ do começo. Então começa a fazer movimentos lentos do quadril e do
ombro. Os idiotas que estão alinhados na frente do palco aproveitam tudo,
vaiando e assobiando.

Olhando para o chão, eu puxo meu boné de beisebol, tentando não

chamar a atenção para mim. Eu caminho mais longe e encontro um canto escuro
perto do palco. Quero pegar uma cerveja do bar, mas não vale a pena ser
reconhecido. Assim que eu souber que Olive está segura com seus amigos, eu vou
embora. Com as mãos nos bolsos, encosto contra a parede de madeira e assisto a
tudo com perplexidade, diversão e fascínio.

Quando Olive sorri e morde o lábio inferior enquanto sua amiga assume a
música, eu estou completamente hipnotizado por ela.

Um soco inesperado.

Então o coro chega e elas estão cantando juntas novamente. Naquele

ponto, Olive vira de costas para sua amiga, olha por cima do ombro dela, e com
um olhar brincalhão em seu rosto, pisca para ela. Eu teria apostado milhões de
dólares que toda a atenção de todos os homens de sangue quente estão sobre ela,
não sua amiga, mas não parece que Olive esteja se importando de qualquer
atenção que ela está recebendo. Mesmo que sua amiga é uma morena impetuosa,
não pode segurar uma vela para a beleza de Olive. Se tivessem a oportunidade,
mais da metade dos idiotas iriam atrás dela sem pensar duas vezes.

Sem nem mesmo perceber o que eu estou fazendo, caminho mais perto do
palco. Me misturar tinha sido mais fácil do que eu pensei que seria, então eu não
vejo um problema com estar mais ao ar livre.

Um bar de faculdade não é exatamente o lugar que as pessoas esperam

que eu esteja, afinal. Mesmo que alguns deles pensam que eu pareço ser alguém
que eles conhecem, com a quantidade de álcool em seu sistema eles não iriam se
lembrar de nada pela manhã, e se alguém começar a tirar fotos, eu apenas iria
embora.

Meus olhos colados no palco, especificamente em Olive, eu não vejo o cara

ao meu lado e sinto um cotovelo bater na minha lateral. Grunhindo de dor, eu
baixo meu boné de beisebol apenas para ter certeza de que ninguém pode ver o
meu rosto inteiro. Eu não posso ficar aqui a noite inteira, mas eu sei que eu não
estou indo a lugar algum até que eu falo com Olive e tenha certeza de que ela não
será incomodada por qualquer idiota bêbado.

Eu não confio em nenhum desses bastardos para não pressioná-la assim

que ela sair do palco. Tanto quanto a multidão está ficando aquecida, Olive e sua
amiga parecem gostar de cantar uma para a outra, rindo e sorrindo o tempo todo.
Quando estão nas extremidades opostas do palco, Olive torce o dedo para sua
amiga e eu encontro-me alguns passos mais perto do palco.

Droga, Jason!

Quando ela grita por misericórdia, eu estou bem ali com ela. Meu telefone
começa a zumbir no meu bolso.

Vendo o nome de Megan na tela, eu ignoro sua ligação. De repente,

zangado e nervoso por algum motivo, eu estou prestes a me virar e sair quando
ouço alguém gritar: 'Eu vou te dar toda a cura que você precisa, por toda maldita
noite, querida’.

Estúpidos bastardos de merda.

Então, eu fico.

Eu mesmo a deixaria em casa. Dessa forma eu me sentiria melhor,

sabendo que ela estava segura.
 Quando elas finalmente terminam com a música, eu estou mais do que
pronto para socar alguns caras que eu coloquei meus olhos. Dylan também ia
querer não é?

Assim que Olive desce do palco, o cara que eu tinha visto quando a deixei
no apartamento dela pega sua mão e leva as duas garotas para o final do bar,
onde mais alguns de seus amigos estão sentados. Dirigindo-me a eles, noto que
Olive afasta sua mão da dele e liga o braço com da sua amiga novamente.

Quando eu estou quase ao seu lado, meus olhos se encontram com os de

sua amiga, a que ela tinha estado no palco, e ela me reconhece imediatamente.
Alguém também me reconheceu? Fotos tiradas? Era por isso que Megan estava
ligando?

Quando eu estou parado atrás de Olive, o sorriso de sua amiga se tornara

grande demais para seu pequeno rosto.

Aquilo é um problema.

Limpo minha garganta, mas Olive não me ouve, não com a estúpida
música tocando – nenhum deles ouve. Eu olho para sua amiga, mas ela está
procurando em qualquer lugar além de mim.

Suspirando, coloco minha mão na cintura de Olive.

O toque parece familiar - talvez um pouco demais.

Ela gira ao redor, seu cabelo batendo-me no rosto; Cheira como frutas.
Comestível.

Foda-se.

Não comestível.

Não minha pequena Olive.

Quando eu estou a salvo do ataque do seu cabelo, ela está olhando para
mim com uma carranca no rosto, então ela ligeiramente levanta meu boné de
beisebol e me reconhece imediatamente. Sua expressão transforma-se de fúria
bonita para um fodido lindo sorriso.

É bom saber que ela sabe como lidar com estranhos ao tocá-la: acertá-los
no rosto com os cabelos-chicote e, em seguida, franzir o olhar para eles até que
deslizassem para longe. Minha única esperança é que eles não a carreguem junto
com eles.

"Jason!" Ela sorri para mim e se atira nos meus braços, confiando em
mim para pegá-la.
 Grunhindo com o peso inesperado, eu tenho que dar um passo para trás
para nos estabilizar. Rindo, eu empurro suavemente seu queixo que está
enterrado em meu peito.

"Você cheira tão bem," ela se contorce ligeiramente. "Você veio para ver a
Olive grande? Eu não sou tão pequena mais, sou Jason? Você viu isso, certo?"

Ela parece tão vulnerável e esperançosa que eu tenho dificuldade em

encontrar as palavras certas para falar.

Minha mão agindo por conta própria, eu embalo seu rosto e a observo
fechar os olhos por dois segundos, em seguida suavemente abre-os para olhar de
volta para mim.

"Não, eu acho que você não é mais minha pequena Olive."

Ela enruga o nariz. "Você ainda está me chamando de pequena."

Balançando a cabeça, ela diz, "Você precisa então de muita ajuda para encontrar
os apelidos certos. Você sempre precisou."

Rindo, eu me inclino até o ouvido dela e pergunto, "Eu, agora? Gostaria de

ser voluntária para me ajudar nesse assunto?"

Ela assente ansiosamente, seu sorriso florescendo de novo.

É impossível não sorrir para ela.

Por um momento, ficamos ali olhando um para o outro e meu sorriso

lentamente se dissipa.

Eu estou fazendo algo errado.

Eu estou sentindo algo errado.

Então, felizmente, sua amiga está lá, limpando a garganta enquanto ela
coloca uma mão sobre as costas de Olive.

"Lucy!" Olive grita sobre a música excitada enquanto ela se estabiliza

contra meu peito e vê sua amiga.

Ela está definitivamente um pouco bêbada.

E eu quero puxá-la para mais perto.

Lucy sorri para ela. "Talvez você devesse deixar Jason levá-la para casa
antes que alguém o reconheça aqui. As pessoas parecem estar olhando para sua
direção." Acrescenta, olhando para mim, em tom de desculpas.

Olho ao redor e com certeza, há algumas pessoas por perto, sussurrando

enquanto eles mantem seus olhos em nós.
 "Eu deveria?" Pergunta Olive.

"Você definitivamente deveria," Lucy repete, acariciando seu braço.

"Certo," Olive concorda, virando-se para mim. "Você deveria me levar para
casa antes que alguém me reconheça, Jason."

Eu sorri. "Ok, vamos levá-la para casa, você está bêbada." Meus olhos
fixos em seus lábios, eu estendo a mão e limpo a umidade, arrastando a boca
dela ligeiramente.

Ela morde o lábio onde eu tinha acabado de tocá-la.

Segurando um gemido, olho para a amiga. "Obrigada, Lucy. Desculpe se

eu me intrometi na noite de vocês. Estava apenas preocupado com ela."

"Tudo bem. Podemos fazer isso a qualquer momento, e ela já está

caminhando para uma grande ressaca, melhor impedir isso agora. Ela é um peso
leve."

Eu posso ver isso, e por alguma razão, eu prefiro uma Olive leve a uma
bebedora pesada. Assentindo, eu agarro a mão de Olive para afastá-la de seus
amigos, mas sua outra amiga Charlotte nos para.

"Aqui," ela diz me dando uma chave sobre o ombro de Lucy. "Olive não
tem uma com ela."

"Char, eu te amo," exclama Olive, e empurrando Lucy para fora do

caminho, dá a sua amiga um grande abraço.

"Ei!" Grita Lucy.

"Eu também te amo, Olive." Charlotte ri um pouco rígida. "Vejo você em

casa."

Ela concorda com a cabeça e volta para o meu lado, segurando a mão dela
exatamente como ela tinha feito quando ela tinha apenas dez anos de idade.

A memória me atinge do nada. Quando Dylan e eu a encontramos sentada

nas escadas da escola, ela estava chorando silenciosamente porque alguns
garotos haviam se divertido das cicatrizes de queimadura em sua mão e braços.
Enquanto Dylan subira os degraus para encontrar quem tinha aborrecido sua
irmã, Olive tinha simplesmente estendido a mão, pedindo silenciosamente que eu
ficasse com ela.

Meus olhos em sua mão virada para cima, minha mente presa em uma
memória que eu não tinha sequer percebido. Eu me lembrava, eu a alcanço tal
como eu tinha feito anos antes, e seguro firme.
 Sinto mais olhos em mim, então eu olho para a esquerda de Lucy e vejo o
cara, Marcus, me avaliando com um não tão feliz olhar em seu rosto.

Ignorando-o e dizendo adeus a suas amigas novamente, eu puxo Olive

para fora do bar e para a rua.

Ar puro.

Quando chegamos ao SUV preto, Olive para de repente. Eu olho para ela.

"O que está errado? Você está se sentindo mal?"

"Não." Ela aperta os olhos. "Acho que não. Onde está seu carro?" Ela olha
para direita e esquerda, tentando localizar o meu Spyder.

"Eu não peguei o Spyder hoje à noite, isso seria muito revelador. Venha,
porque esse também é meu."

"Oh, cara," ela geme, seu rosto deprimido quando ela começa a acariciar o
carro. "Este monstro é seu também? Quantos carros você tem?"

"Cinco," respondo, divertido com seu tom.

Ela geme mais alto e seus ombros caiem, mas ela não me impede quando
eu destranco a porta e a ajudo a entrar.

"Você está ficando cada vez mais longe de mim, Jason Thorn," ela
murmura enquanto eu estou tentando colocar o cinto nela.

Não compreendendo o que ela quer dizer, eu ri e digo, "Isso é porque você
está bêbada. Eu estou bem aqui. Vamos levá-la para sua cama para que você
possa dormir."

"Vamos," ela murmura, bem antes de eu gentilmente fechar a porta.

*************

Nosso caminho para o seu apartamento é quieto enquanto ela cochila no

assento do passageiro. Eu estaciono o carro na frente do prédio e pulo para fora
para ajudá-la antes que ela caia no chão. Quando eu abro lentamente a porta do
lado do passageiro, ela ainda está dormindo. Eu estou pensando se eu devo levá-
la lá em cima ou se estaria prolongando isso quando algum idiota passa dirigindo
por nós e alguém se inclina para fora da janela e grita algo para nós.

Maldito idiota.

Os olhos de Olive se abrem com uma pequena careta.

 "Jason?" Ela pergunta com sua voz toda adormecida e atraente.

Merda!

"Sim, sou eu, querida. Você pode andar se eu te ajudar?"

Seu rosto ainda está confuso, ela quase cai do assento quando ela tenta
dar um passo no ar.

"Opa, calma aí," eu digo, segurando sua cintura. Seu vestido tinha subido
e parece insistente em me mostrar sua calcinha de renda branca. "Ok. Acho que
já passou da hora de dormir, Olive. E quanto a você me dê um pouco de ajuda
para que eu possa levá-lo enquanto você ainda está intacta."

"O que você está fazendo aqui?" Ela pergunta, os seus olhos meio
fechados.

Fecho o carro, passo meu braço em volta da sua cintura e a levo para seu
apartamento enquanto ela se pendura em mim.

Quando finalmente entramos, tenho dificuldade em localizar o interruptor

de luz e acabo por desistir dele completamente. Foda-se a visão, especialmente
quando a irmã do meu amigo está quase meio nua em meus braços.

"Olive? Você está acordada o suficiente para me dizer qual quarto é seu?"

"Hã?"

"Querida," eu murmuro, pegando seu peso enquanto ela descansa sua

cabeça contra meu peito. Eu agarro seu queixo e inclino sua cabeça para cima.
Seus olhos se abrem.

"Jason." Ela olha para mim como se ela está me vendo pela primeira vez.
Há aquele sorriso novamente.

"Olá," eu digo, afastando a franja do rosto dela.

Ela coloca ambas as mãos no meu peito e soluça. "Oi."

Eu ri e a seguro quando seus joelhos se dobram. Recuperando seu

equilíbrio, ela olha em volta então, gira seus olhos enormes para mim. "O que
você está fazendo aqui?"

"Vim trazer você. Você pode me mostrar seu quarto?"

Ela levanta a mão e aponta para a esquerda.

"Onde estão Lucy e Charlotte?"

"Ainda estão no bar, lembra? As pessoas estavam começando a me notar,

então eu tive que sair com você. Tenho certeza de que estarão aqui em breve."
 Ela dá de ombros e boceja através do movimento.

Entramos em seu quarto e paro. Este é o quarto dela? Apenas uma cama
contra a parede? Não que ela tivesse qualquer espaço para qualquer outra coisa,
mas ainda assim. Olhando para a direita, eu vejo uma cômoda pequena no canto,
mas essa triste peça de mobiliário nem sequer contava.

"Desculpe," ela diz em uma voz baixa. Eu não tenho ideia de como ela
tinha adivinhado onde meus pensamentos estão, mas ela bate direto neles.
"Considerando onde você mora, este apartamento," ela gesticula para seu quarto
com sua mão, "este quarto deve ser muito pequeno para você."

"Vamos lá," eu digo, ignorando suas palavras. Assim que a abaixo na

cama, ela grunhe e deita de lado.

"Você pode colocar minhas pernas na cama? Por favor? Eu não acho que
tenho forças em mim para levantar os braços e tirar minhas roupas."

"Acredite em mim, isso é uma boa notícia para mim," eu murmuro em

silêncio e me ajoelho ao lado de sua cama. Eu não pensei se seria sábio da minha
parte lidar com uma Olive seminua. Puxando os saltos altos de seus pés, eu
suavemente agarro seus tornozelos e os levanto.

De qualquer maneira, ela não precisa se despir; Suas pernas estão ali
para que todos possam ver. Como se isso não é tortura suficiente ela estica os
braços, geme e começa a virar os quadris, dessa maneira fazendo seu vestido
subir. Inclinando-me sobre ela, eu puxo a barra de seu vestido para baixo um
pouco e meus dedos acariciam a pele macia de suas coxas.

Um suave gemido escapa de seus lábios e eu congelo. Fico fascinado com

os arrepios que aparecem nas pernas dela após o pequeno contato. Enquanto eu
estou distraído por aquele gemido suave e suas pernas, ela escolhe exatamente
esse momento para virar de barriga para baixo e abraçar seu travesseiro.

"Maldição!" Eu amaldiçoo enquanto eu tento tirar minha mão de debaixo

dela. Quando eu finalmente consigo, fazendo-me espalmar lugares que eu não
deveria sequer chegar perto, e eu solto um longo suspiro e me endireito.

Então eu vejo sua bunda redonda. "Oh, pelo amor de Deus..."

"Jason," ela murmura quando eu ainda estou olhando para sua forma de
dormir.

Um pequeno e indefeso rosnado escapa dos meus lábios. "Sim?"

Ela sorri, mas seus olhos ainda estão fechados quando ela pergunta,
"Você vai ficar no quarto de Dylan novamente? Eu sei que você era seu amigo e
não meu, mas eu estava tão animada quando você ficou. Mesmo depois de você
quebrar meu coração, eu não poderia te odiar. Não de verdade."
 Pensando que ela está falando sobre eu ir embora depois do suicídio de
minha mãe, eu sento na cama e afasto os poucos fios de cabelo que cobrem seu
rosto.

Olhando ao redor do quarto, eu vejo uma echarpe azul bem dobrada na

borda de sua cama. Desde que eu sei que será quase impossível levantá-la da
cama e colocá-la sob as cobertas, escolho usar a echarpe para pelo menos cobrir
suas pernas.

Em vez de sair como eu devo fazer, eu fico mais um minuto para observar
ela. Então eu me inclino para baixo e dou um leve beijo em sua têmpora. "Eu
sinto muito por quebrar seu coração, querida. Eu nunca quis machucar qualquer
um de vocês."

Tentando ficar quieto para que eu não a acordasse, eu hesito em partir

quando eu estou na porta. Sua respiração tinha se aprofundado e ela parece
minha Olive.

Não minha, mas ainda... Talvez... Oh, eu estou fodido...

Eu não estou pronto para admitir isto em voz alta, mas eu posso ter
gostado de tocar sua pele nua muito mais do que eu deveria, tanto no
estacionamento como agora.

De qualquer maneira, eu não estou em apuros. Eu não devo estar.

Pelo menos não ainda.

O galã de Hollywood Jason Thorn foi visto dando uns amassos com uma
beldade misteriosa!

Apenas algumas semanas atrás, a estrela de cinema chocou todos quando a

filmagem dele e Jennifer Widner, 25, tendo sexo em um beco sem saída foi revelado
em todos os meios de comunicação. Enquanto isso foi abafado rapidamente, não é
algo que vamos esquecer em breve.

No entanto, nessas fotos, Jason Thorn, 26 anos, parece ter esquecido tudo sobre
sua co-estrela Jennifer, e sua suposta rapidinha do Canadá, que estava em todos
os tabloides apenas na semana passada. Embora ainda tenhamos de identificar a
jovem nestas imagens íntimas, Jason parece completamente extasiado com ela.

Uma testemunha ocular afirmou, "Sua camisa parecia completamente arruinada e

Jason estava a ajudando a sair dela no estacionamento. Nós pensamos que eles
estavam prestes a ficar ocupados ali mesmo ao ar livre, o calor entre eles era tão
palpável. Enquanto ela parecia um pouco nervosa, eles não conseguiam tirar os
olhos um do outro. Depois que ela trocou a camisa, Jason acariciou seu estômago.
Ficamos chocados quando Jason Thorn apenas recuou após o toque breve mas
íntimo. Eles pareciam completamente apaixonados um pelo outro.

Depois de ver essas fotos do casal e a nossa equipe concorda, especialmente com
aquela em que Jason está saudando a mulher misteriosa com um beijo em sua
testa. Alguém mais desmaiou?

Os rumores ainda estão circulando que Jason perdeu dois papéis principais por
causa de suas escapadas sexuais. No entanto, ele não parece muito preocupado
com isso. Você não concorda?

O casal foi fotografado saindo juntos, mas nossas fontes dizem que não se
dirigiram para a casa de Jason Thorn em Bel Air.

Até agora não ouvimos nada dos representantes de Jason. Você acha que isso é
apenas mais uma aventura onde a mulher misteriosa vai acabar em outro beco com
Jason Thorn? Ou parece que a estrela de cinema está mudando seus modos para a
dama em questão? Seria definitivamente a primeira vez, você não acha? De
qualquer forma, vamos mantê-lo informados.
 Capítulo Quatorze

Jason

"O que você está fazendo aqui às oito da manhã, Megan?" Eu digo meio
grunhido quando ela entra em minha casa. "Eu pensei que a nossa reunião era
às doze horas." Esfregando os olhos, eu tento me concentrar nela enquanto seus
saltos batem com eficiência no corredor e na sala de estar. Ela parece muito
pronta para começar seu dia, enquanto eu ainda estou esperando para me livrar
dela rapidamente para que eu possa voltar para a cama.

"Você não esteve on-line," ela adivinha corretamente e deixa cair a bolsa
na poltrona.

"Eu estava dormindo, Megan. Na verdade, eu ainda estou dormindo. Isso

não pode esperar até a nossa reunião?”

"Receio que não." Curvando-se, ela tira o telefone da bolsa. "Você pode
querer colocar algo. Nem todos nós queremos ver você meio nu no início da
manhã." Ela acena com a mão para meu corpo com desdém.

Eu bocejo e olho para o meu peito nu.

"O que é isso? Eu ainda estou mantendo-o em minhas calças, se é isso

que você veio aqui para verificar."

Ela manda uma mensagem para alguém no telefone, coloca-o para baixo,
e pega outro de seus telefones. É muito cedo para lidar com ela.

"Tom estará aqui dentro de alguns minutos," diz, sem levantar os olhos do
telefone.

"Ótimo," eu bocejo novamente. "Exatamente o que eu precisava nessa

hora, seus dois rostos no meu..."

"Pare de choramingar e vá se trocar enquanto faço uma ligação. Vou

deixar Tom entrar."

"O bastardo já tem seu próprio código de segurança; É melhor ele me

trazer café da manhã."

"Tom disse que ligaria para Alvin, ele vai trazer o que for que você gosta."

"Agora você está lidando com meu próprio assistente também, Megan?
Você não tem pessoas suficientes ao seu redor para controlar?"

Ela me dá um olhar severo, dispensando-me sem outra palavra.

 "Ótimo," eu murmuro sob minha respiração enquanto eu a deixo para
fazer o que diabos ela está lá para fazer.

Quando saio do meu quarto, tinha tomado banho e estava

adequadamente vestido quando Tom e Alvin se juntam a Megan na sala de estar
e estão tendo uma conversa tranquila.

"O que é essa emergência que não podia esperar mais algumas horas?"
Pergunto a ninguém em particular enquanto eu me sento na frente deles.

"Temos que fazer uma declaração," Megan começa quando ela desintegra
um bolinho e dá uma pequena mordida. Alvin entrega a todos seu café. Depois de
agradecer e pegar meu próprio bolinho de mirtilo tento dar todo meu foco para
Megan. "Eu não queria dizer nada sem falar com você primeiro."

"Então por que Tom e Alvin estão aqui? E uma declaração sobre o quê?"

"Eu pensei que Tom iria querer participar dessa convocação." Ela dá um
pequeno encolher de ombros, mantendo os olhos afastados de Tom. "E você
confia na opinião dele."

"Você ainda não esteve on-line?" Alvin pergunta, escondendo um sorriso

malicioso atrás de sua xícara de café.

Eu levanto uma sobrancelha.

"E fui eu que liguei para Alvin, pois se você der a autorização, ele será
uma das poucas pessoas que estará nisso," Tom diz enquanto ele olha para Alvin.

Olho de volta para Alvin, mas ele me dá um encolher de ombros que

claramente diz, ‘Eu não tenho ideia do que está acontecendo também.’

“Você está prestes a me dizer que eu vou morrer ou algo assim?"

Megan e Tom compartilham um olhar que eu não posso nem começar a

decifrar. Tomando um gole de meu café preto, eu espero que falem o que quer
que fosse que não poderiam esperar para me dizer.

"Acho que encontramos a sua garota," anuncia Megan. Tom ainda está
evitando meus olhos.

"Isso é sobre isso?" Eu esfrego minha mandíbula e me inclino para trás em

meu assento. "Eu pensei que alguém tinha saído alegando que eu tive relações
sexuais com ela no elevador ou algo assim. O que está online então?" Eu
pergunto, relaxando em meu assento ainda mais.

Megan inclina a cabeça enquanto Tom suspira. "Há outra garota prestes a
sair e anunciar isso, Jason?"

Eu dou-lhe um sorriso. "Acho que não."

 Ela levanta uma sobrancelha e espera por algo que não está vindo.

Tom quebra nosso contato visual, repetindo suas palavras anteriores.

"Ela está certa, Jason. Acho que encontramos a garota certa para você.
Esta é a oportunidade perfeita para usarmos. Não podemos perder isso."

"Eu acredito que é algo que eu vou decidir, não você, e certamente não
Megan. E sobre que oportunidade você está falando?"

Megan liga seu tablet e me olha nos olhos. "Você precisa pensar sobre isso
antes de você tomar uma decisão. Nós não poderíamos ter girado uma história
melhor do que está e nós não fizemos qualquer coisa. Isto é relações pública
original. Se você pensar sobre isso, você verá a mesma coisa. Esta é a solução
perfeita, Jason. Tudo o que eu estou pedindo é para você pensar sobre isso. Você
me entende?"

Eu olho para ela com olhos impassíveis e digo, "Eu posso ver que quem
quer que seja essa garota, a ideia dela ser minha encantadora esposa está
excitando você por algum motivo, mas eu já lhe disse antes, Megan, eu não vou
me casar com uma garota e levá-la aos eventos para fazê-la ser notada. Se eu
estou prestes a compartilhar uma casa com ela, eu deveria pelo menos me dar
bem com ela como uma pessoa."

Tom sorri. "Eu não acho que isso vai ser um problema com esta garota."

Depois de esfregar minha têmpora, suspiro e estendo minha mão para

Megan. Eu tinha cavado meu próprio túmulo, e agora era hora de deitar nele.
"Tudo bem, dê-me isso."

Sabiamente, ela me entrega o tablet sem dizer outra palavra.

Quando eu vejo a minha primeira foto beijando a testa de Olive, eu olho

para cima com uma carranca no meu rosto.

"O que é isso? Alguém tirou a foto de Olive ontem?"

"Mantenha rolando para baixo," Megan diz.

Eu rolo para baixo como ela manda, e tudo o que eu posso ver são fotos de
Olive e eu, no dia anterior. Antes de nós irmos para o edifício enquanto eu estava
correndo para ela, eu beijando sua testa, um zoom na foto de seus olhos fechados
- em um maldito círculo vermelho - quando eu estava beijando sua têmpora. Não
termina aí. Lá tinha as fotos dela depois que ela tinha trocado para minha
camisa. Quando minha raiva começa a subir, eu estou agradecido que eles não
tinham conseguido obter qualquer foto dela enquanto ela estava meio nua em seu
sutiã, mas eles tinham fotos minhas acariciando sua barriga quando nós,
claramente, ficamos um pouco perto demais um do outro. Eu não tinha percebido
que eu estava a centímetros de distância de seus lábios.
 Eles não tinham a melhor qualidade, algumas estavam ainda borradas,
mas cada foto parecia íntima.

E embaçada ou não, estávamos radiante um para o outro.

"O que diabos é isso? Quem tirou isso?" Eu pergunto, só então percebo
que Alvin está olhando para as fotos sobre meu ombro.

"Elas foram tiradas ou por alguém que trabalha no edifício ou apenas

alguém que estava visitando. Ninguém sabia que você iria estar lá, e as fotos não
são de alta qualidade o suficiente para ser de um paparazzi," diz Megan. "Há um
artigo anexado a isso. Leia-o."

Concordando com sua avaliação sobre as imagens que foram capturadas

por um espectador, eu rolo mais para baixo e chego ao artigo.

Minha raiva atinge outro nível. Eu me levanto do meu assento e jogo o

tablet no sofá entre Tom e Megan.

Todos estão em silêncio.

"Eu tenho que ligar para Dylan e seus pais. Se alguém lhes falar sobre
isso, eles não entenderão."

"Dylan?" Alvin pergunta de onde ele está, seus braços cruzados contra seu
peito.

"O irmão de Olive. Meu amigo," eu esclareço, olhando para Tom. Aquele
bastardo sabia que eu era amigo do irmão de Olive.

"Nós podemos usá-la," Megan interrompe antes que eu possa pensar em

onde eu tinha deixado meu telefone na noite passada.

"O que você acabou de dizer?" Eu pergunto suavemente. Certamente eu

não a ouço direito.

Tom silencia Megan com um olhar firme. "Vamos lá, vamos sentar por um
minuto, Jason. Como você disse, é muito cedo. Tenho certeza que nem ela nem
sua família viram nada ainda. Você vai ligar para eles assim que nós saímos."

Mesmo que eu não queira admitir isso, ele está certo. Eu não gostaria de
alarmar a mãe e o pai de Olive ligando em uma hora ímpia, especialmente
quando havia uma chance definida de que eles não sabiam nada sobre as fotos.

Eu sento no sofá e pego meu café. Depois de engolir quase tudo, me

levanto e jogo o copo na lata de lixo na cozinha.

"Ok, o quem tem isso?" Eu pergunto quando eu estou de volta e meu

temperamento está um pouco mais sob controle.
 "Isto caiu online depois da meia-noite. Eu tentei ligar para você, mas você
não estava respondendo, é por isso que eu pensei que eu deveria vir aqui de
manhã em vez de esperar pela nossa reunião. Precisamos ficar à frente disso e
tomar uma decisão."

"Você estava certa, obrigado por não esperar até a nossa reunião. Eu não
quero que eles descubram sobre isso por outra pessoa. Duvido que Olive também
tenha visto. Pelo menos ainda não, não depois de sua noite fora."

Alvin tosse atrás de mim e caminha em direção à cozinha. "Como você

está tendo essa reunião cedo, eu vou reorganizar sua programação."

"Que noite?" Megan pergunta, olhando para Alvin recuando.

Eu aceno com minha mão. "Só no caso de eu perder alguém tirando fotos
de mim, eu estava em um bar de faculdade com Olive. Ela estava comemorando o
negócio do filme com seus amigos e eu estava dentro e fora de lá com ela em dez
minutos no máximo. Além de seus amigos, ninguém me reconheceu, então não
há nada para se preocupar."

"Jason, foi uma coisa inteligente a fazer?" Pergunta Tom. "Especialmente

quando você está tentando passar despercebido? Eles poderiam ter escrito sobre
você com uma garota da faculdade se eles tivessem um cheiro de seu perfume lá."

"Se eles tivessem fotos, confiem em mim, eles os teriam liberado com o
resto disto. Eu estava bem."

Os olhos afiados de Megan ainda estão em mim. "Então, qual é sua

decisão?"

"Decisão? Sobre o quê?"

"Temos uma oportunidade aqui, Jason. Cabe a você se vamos usá-la ou

não, neste momento. Se você aceitar, tudo o que eu vou fazer é liberar quem ela é
para a mídia e dar uma curta história de volta de como ela é sua amiga de
infância-"

"Ela é irmã do meu amigo de infância," eu falo irritado.

Megan continua. "E como ela é a autora da adaptação... Bem, tudo vai
cair melhor no lugar ainda mais fácil do que esperávamos. Ninguém vai assumir
que o seu casamento é falso. Só verão dois amigos se apaixonando depois de se
verem novamente depois de tantos anos. O público vai adorar a história. Será a
capa perfeita, Jason, e você sabe disso."

"Não, Megan. Não importa o quão perfeito isso tudo soa para você, eu não
vou usar Olive. Não."
 "Quem disse que você vai usá-la? Sua equipe de relações públicas usará
sua história. Você não. Ela é sua amiga, não é? Ela não iria querer ajudá-lo?
Vocês já são amigos, então, se você morar na mesma casa por alguns anos?"

"Ela está certa, Jason," Tom entra na conversa. "Eu não acho que Olive
iria se importar em ajudá-lo, e tenho certeza que você se lembra do que eu lhe
falei sobre o livro... acho que ela poderia estar mais do que bem com isso."

Eu deixo minha cabeça cair em minhas mãos. Olive, minha esposa? Dylan
iria me esfolar vivo. Ele a parte, eu não quero pensar no que seus pais pensariam
de mim.

"Aqui." Tom me entrega o tablet novamente. "Olhe para essas fotos e me

diga que não estou certo."

"A química entre vocês dois fala por si, Jason. Você já está meio
apaixonado por ela nestas fotos. Não seria preciso muito para fazer as pessoas
acreditarem que você se casou pelas razões certas," diz Megan.

Pego o tablet de Tom, talvez um pouco com muita força, e olho para o site
onde nossas fotos foram colocadas.

Curiosamente, nós parecíamos apaixonados.

Sim, eu estou definitivamente em apuros.

 Capítulo Quinze

Olive

"Acorde! Acorde! Acorde! Acorde!"

"Vá embora," eu gemo, jogando um travesseiro para onde o som está

vindo.

"Você tem que se levantar Olive. Você está em toda a internet."

Claro que seria Lucy tentando me acordar. Nunca era a doce Char. Por
que, você pergunta? Porque Char não é uma pessoa cruel. Não como Lucy. Lucy
tinha um problema real com pessoas dormindo pacificamente. Ela era um
problema por conta própria.

"Impressionante. Boa noite," eu murmuro. Viro as costas para a voz dela.

A cama afunda com seu peso quando ela senta ao lado do meu quadril.

"Eu acho que você não está entendendo, Olive." Sua mão agarra meu
ombro e ela me vira com força me deixando de costas. Ela também tem o poder
de uma mulher Hulk, embora ela tenha apenas um metro e sessenta.

"Eu não quero entender. Minha cabeça dói, Lucy," eu imploro, estreitando
meus olhos nela enquanto eu lentamente puxo a coberta sobre o meu rosto.
"Volte em algumas horas e eu vou ouvir o que quiser. Vou até concordar."

"Bem. Eu acho que você não se importa que as suas imagens

aconchegantes... com Jason Thorn... estejam espalhadas por toda a Internet."

"O quê?" Grito enquanto me sento um pouco rápido demais para meu
pobre cérebro. "Ai, ai, ai."

"Aqui." Ela coloca seu laptop no meu colo e espera para eu dar uma
olhada com um irritante rosto acordado e animado.

Enquanto eu rolo para baixo, com cada imagem que eu vejo, meus olhos
ficam maiores e maiores.

"Merda," eu murmuro quando começo a ler o artigo.

"Eu sei certo? Você vai ter bebês com as covinhas de Jason Thorn. Eu vou
ser a tia legal. Eu vou ser a babá. Eu virei e cuidarei seu marido meio nu
enquanto eu estiver fazendo serviço de babá."

Eu ri; Certamente é um pouco forçado, mas ainda conta como um riso.

"Você está usando alguma coisa?" Rolo pelas fotos novamente. Eu não consigo
parar de olhar. "Do que diabos você está falando?"
 Ela olha para mim como se eu sou estúpida, então suspira e fez-se
confortável em minha cama – novamente – deitando ao meu lado.

"Você tem que parar de ficar na cama comigo," eu murmuro, tentando

empurrá-la para fora da cama.

"Ele está apaixonado por você, você está apaixonada por ele. Isso está
acontecendo." Ela junta as palmas das mãos. "Meus sonhos estão se tornando
realidade!"

"Seus sonhos? Por favor, me diga o que você está fazendo para que eu
possa fazer da minha vida a missão de me juntar a você na terra do nunca um
dia."

"Oh, cale a boca." Uma manobra sorrateira e ela está bem debaixo das
cobertas comigo, roubando meu travesseiro. Eu empurro suas pernas e desço da
cama.

"O que eu vou fazer?"

"O que você quer dizer?"

"Não é Jason que se parece apaixonado nessas fotos, Lucy, sou eu! Você
não pode ver isso?"

"E…?"

"E ele nunca mais vai falar comigo. Dylan perderá a cabeça quando ver
isso."

"É claro que você está cega de escrever durante tantas horas em seu
laptop." Ela revira os olhos e fica ainda mais confortável na minha cama. "Vocês
dois parecem apaixonados um pelo outro."

"Querida?" Eu ouço uma voz bem na minha porta. Meu olhos se arregalam
tanto quanto podem.

"Jameson? Novamente?" Eu grito para Lucy.

Então a cabeça de Jameson aparece.

"Oh, aqui está você." Ele nem bateu! "Eu pensei ter ouvido sua voz." Ele
abre mais a porta, e eu dou uma boa olhada em seu peito nu, e depois mais
baixo...

"Oh Deus! Jameson, seu pênis!" Eu grito, os meus olhos doem. "Ponha
algumas roupas pelo amor de tudo que é mais sagrado!" Gemo enquanto cubro os
olhos com a mão.

"Oh, oi, Olive. Eu não te vi atrás da porta." Ele ri. "Pensei que Lucy tivesse
entrado no seu quarto para dormir um pouco."
 Eu espio através dos meus dedos. Lucy está apenas descansando na
cama, desfrutando da vista com um sorriso satisfeito em seu rosto. Então olho
para Jameson; Eu tento não olhar para baixo, mas bem, não é sempre impossível
fazer isso? Bem, pelo menos ele está cobrindo suas partes masculinas com a
mão, não que ele está fazendo um bom trabalho.

Eu gemo mais alto.

"Querida, eu tenho uma aula cedo. Se você está bem, eu vou embora."

Ela encolhe os ombros e Jameson pisca para ela.

"Parabéns pelo livro, Olive. Mal posso esperar para ver o filme."

"Obrigado," eu murmuro, olhando para seu ombro em vez dos seus olhos.
Quando Jameson finalmente sai e eu ouço a porta de Lucy abrir e fechar, olho
para Lucy. Seu cabelo está todo bagunçado e ela tem um sorriso travesso em seu
rosto.

Ela balança as sobrancelhas. "Ele tem um bom tamanho, não é? É por

isso que não o chamamos de 'Pênis' como você acabou de fazer. Isso é quase
como um insulto."

Eu balanço a cabeça. Ela era impossível... mas, sim, ele tem um bom
tamanho. Bom para ela. "É por isso que você o transformou em seu brinquedo?"

"E você não faria isso? Você não viu o tamanho do seu monstro há apenas
um minuto? E aquelas tatuagens?" Droga... até mesmo pensar nisso é ma-"

"Se você terminar essa frase, eu vou derrubar você da cama, Lucy."

Ela ri e abre os braços. "Faça o seu melhor, beleza misteriosa."

Eu gemo e encosto minhas costas contra a porta, só por precaução. Eu

não quero dar uma segunda olhada nas partes de Jameson.

"O que eu vou fazer?"

"Nada."

"O que você quer dizer com nada?"

Ela encolhe os ombros e acaricia a cama. Eu caminho e me sento,

tentando não me incomodar mais do que eu já estou.

"Você, minha amável amiga, vai esperar até que Jason ligue para você,”
diz ela.

"O que te faz pensar que ele vai ligar?"

 "Seu pessoal já deve ter visto isso. Confie em mim, ele vai ligar para você
quando ele ver."

**************

Eram três horas mais tarde e eu estou descansando no sofá com meu
laptop colado aos meus dedos.

Alguém destranca a porta e minha cabeça levanta rapidamente. Vendo

que é apenas Char, eu a cumprimento.

"Ei. Você está em casa cedo."

"Sim, a professora Kindley teve uma emergência e terminou a aula mais

cedo." Jogando sua bolsa e seu laptop em seu quarto, ela vem sentar ao meu
lado. "O que você está fazendo?"

"Olhando fixamente para a tela."

"Nada de novo, hein?"

"Não. Começo a escrever algumas páginas, mas depois volto e apago tudo
o que escrevi. Acho que posso ser um uma banda de um só sucesso. É como se
todos os meus sucos criativos estivessem secos. Ou talvez eu nunca fui criativa
em primeiro lugar, e o que eu escrevi foi apenas um acaso."

"Tenho certeza de que não funciona assim, Olive," diz Char enquanto
começa a massagear as têmporas.

"Dor de cabeça?"

"Sim. Não me sinto bem desde que abri os olhos."

"Você quer que eu cozinhe uma sopa de galinha para você?"

"Não, eu estou bem. Obrigada. Você tem alguma ideia do que você quer
escrever, ou você simplesmente não consegue encontrar as primeiras palavras?"

"Oh, eu estou encontrando as primeiras palavras, tudo bem, mas eu não

consigo entrar na história e acabar apenas jogando toda a coisa."

Ela olha para mim com seus brilhantes olhos azuis. "Então não é a
história certa para você escrever. Você saberá quando for o caminho certo."

"Eu não tenho tanta certeza disso. Meus dedos estão ansiosos para
escrever, mas eu não tenho absolutamente nada. Nada."
 "Deixe-me saber se eu posso te ajudar com qualquer coisa. Enredo ou
outro coisa."

Coloco meu laptop para baixo e me levanto. "Eu vou fazer chá para você."
Eu digo por cima do meu ombro. "Sua voz está começando a anasalar."

Ela geme e pega meu laptop.

"Jason já ligou sobre as fotos?"

"Não." Eu encho a chaleira com água e enquanto estou esperando ferver,

eu abro o armário para escolher chás para nós. "Você quer chá de ervas ou
apenas chá preto normal?"

"Eu vou querer chá de ervas, por favor." Ela responde suavemente. "Você
deveria ver os comentários sobre essas fotos."

Eu olho para cima para ver Char deslocando as fotos novamente. Pegando
duas canecas, coloco os sacos de chá nelas. "Eles estão falando besteiras?"

"Não," responde ela, olhando por cima do ombro. "Na verdade eles acham
que vocês parecem adoráveis juntos. Mais do que alguns dizem que você é sua
nova namorada, uma nova atriz ou algo assim."

Eu bufo. "Eu estou adicionando mel a seu chá e eu não quero ouvir
nenhumas queixas sobre isso." Char odeia mel; Sempre que ela fica doente,
temos que forçá-lo praticamente pela garganta. Eu pego a água fervente e a
derramo em nossas canecas.

"Obrigada, mamãe Olive."

"De nada, minha linda criança." Pegando as canecas, volto para o sofá e
entrego para ela o chá de ervas.

O laptop ainda em seu colo, ela estende seu pescoço e cheira meu chá. "O
que você está bebendo? Isto cheira melhor do que o meu."

"Apenas chá preto, Earl Grey." Sentando ao lado dela, eu olho para a tela.

"Esta é a minha favorita," diz Char, deslocando para outra foto, aquela
onde a mão de Jason estava fora da vista e debaixo da minha camisa. "Vocês dois
parecem perdidos um no outro."

"Bem, nós não estávamos perdidos em qualquer lugar, eu tive uma

vitamina quente estranha derramada sobre mim e ele estava apenas tentando ter
certeza que eu estava bem. Eu não sei que tipo de verme tirou nossas fotos, mas
de alguma forma conseguiram capturar algo que não estava lá. Eles são bons
caçadores, eu tenho que admitir."
 "Eu acho que estou com Lucy nisto," ela admite, e eu viro bruscamente
para olhar para ela, quase derramando chá quente sobre mim, novamente. "Ok,
não me mate ainda," ela diz, levantando as mãos como se para me afastar. "Eu só
não acho que você poderia capturar algo como isto se não houvesse
absolutamente nada lá. Quero dizer, não é como se você ainda estivesse
apaixonada pelo Marcus, certo?"

"Claro que não. E bem, nós já sabemos que eu ainda estou apaixonada
por Jason, então Lucy e você estão vendo isso."

"Olive." Ela fecha o laptop e coloca-o ao lado dela. "Você provavelmente

não quer dar a si mesma falsas esperanças, mas..."

"Mas…? Mas o quê?"

"Jason não está realmente olhando para você como se você fosse apenas a
irmãzinha de seu melhor amigo. Pelo menos não nestas fotos." Ela gesticula em
direção ao laptop. "Claro que não tenho ideia de como ele está te tratando quando
vocês estão juntos."

Eu aceno para ela e tomo um gole do meu chá. "Ele é apenas-"

Meu telefone começa a tocar e Char levanta uma sobrancelha enquanto eu

a olho em pânico.

"Onde está o seu telefone?" Ela pergunta.

"Eu não sei, no meu quarto?"

O telefone continua a tocar.

Ela inclina a cabeça. "Bem, você não vai atender?"

Eu balanço a cabeça com veemência. "Eu estou assustada."

"Sobre o quê?"

O maldito telefone para de tocar e recomeça.

"Pode ser o Dylan. Não consigo lidar com ele agora. Deus sabe o que ele
vai dizer. Quando éramos crianças, ele não gostava de me ver correr ao redor de
Jason assim ele, com certeza, não vai ficar feliz com essas fotos."

"E se for Jason?" Ela pergunta.

Isso é ainda pior. "Bem, se for ele, e se ele estiver com raiva?"

"De você?" Ela franze o cenho.

"Não importa quem."

 Empurrando sua caneca para mim, ela se levanta. "Você está sendo
ridícula."

Ambas as canecas na minha mão, eu grito atrás dela. "Char, não olhe! Eu
não quero saber. Por favor."

"Tarde demais," diz ela. Mantendo seus olhos em mim, ela se apoia contra
a moldura da porta e atende meu telefone.

"Oi, Jason. Não, sou a amiga do Olive, Charlotte."

Fazendo um rosto triste para ela, eu balanço a cabeça e sussurro, "Eu não
estou aqui. Fora! Fora! Estou fora. Diga que eu desapareci."

Charlotte revira os olhos. "Uh huh. Sim, ela está bem aqui. Claro. Cuide-
se."

Eu gemo alto.

Ela deixa cair o telefone ao meu lado e agarra sua caneca da minha mão.

"Eu vou tentar dormir com essa dor de cabeça. Obrigado pelo chá. Falo
com você mais tarde."

"Traidora!" Anuncio. "No minuto que você confia em alguém, eles se

transformam em um traidor. Todas vocês são traidoras!"

Ela fecha a porta sem um segundo olhar.

Suspirando, eu me ajeito e pego meu telefone.

"Olá?"

"Quem é o traidor?" Jason pergunta num tom divertido.

"Todos os meus amigos." eu respondo cansada. Fecho os olhos, deixando

meu coração fazer sua própria coisa e vibrar no som suave da sua voz, mas ainda
firme.

Ele ri. "Como você está, Olive?"

"Ainda respirando, então isso é alguma coisa."

"Você não estava tão bêbada ontem. Ainda está de ressaca?"

"Não, não, eu estou bem. Não é nada, realmente. Estou tendo problemas
para escrever."

"Hmmm. Você viu as fotos? É por isso que você não pode escrever?"

Eu penso em fingir que não tenho ideia do que ele está falando, mas no
final, eu não acho que eu posso improvisar.
 "Sim, Lucy as mostrou para mim esta manhã," eu admito.

"Você está brava comigo?"

Eu enrugo a testa e tomo um gole do meu chá. "Por que eu estaria brava
com você?"

"Pelas coisas que escreveram no artigo, e, bem, ser fotografada comigo

tornou você uma parte de minha vida, então eu estou acostumado a não ter
qualquer privacidade, mas você não pediu para ser espalhada por toda a internet.
Você falou com seus pais? Eles viram?"

"Sim, não. Eu estou esperando que eles não vejam. E se eles fizerem...
bem, não era nada afinal, certo? Tenho certeza que eles já sabem disso. Não é
como se estivéssemos tendo um relacionamento secreto como eles estão dizendo."

"Certo."

Arrastando minhas pernas para cima, eu descanso a caneca no meu

joelho. "E, ei, pelo menos eles disseram que eu era bonita no artigo. Isso tem que
ser bom para o meu ego, certo?" Eu ri sem jeito. Afinal, parece bem em ser
chamada de bonita, especialmente quando está ao lado de Jason.

"Claro que você é linda, Olive. Você não precisa ouvir isso dos tabloides
para acreditar nisso."

Eu quase derreto e me torno uma parte do sofá.

"Obrigado," eu murmuro quando eu posso formar palavras. "Você está

bravo comigo?" Eu pergunto quando há uma lacuna de silêncio.

"Irritado com você? Por que diabos eu estaria bravo com você?"

"Eu não sei." Eu me inclino para frente e coloco a caneca na pequena

mesa de centro. "Depois de todas essas outras coisas... Que saíram talvez você
não quisesse ser visto com... inferno, eu não sei." Silenciosamente, eu bato na
minha testa com a palma da minha mão... e depois bato de novo.

"Não, querida, não estou zangado com você."

Querida?

Derreto pela segunda vez.

"Agora que nós estabelecemos que nenhum de nós está irritado com o
outro, eu queria pedir-lhe para sair para jantar," diz ele.

"Jantar? Eu? Como sair, fora?"

 "Sim. Eu tenho algo que eu quero falar com você e pensei que talvez
pudéssemos sair e ter um bom jantar juntos. Melhor do que ficar presos em
minha casa."

"Eu não acho que você poderia se sentir preso em sua casa, Jason. Se
você fizer, há algo muito errado com você." Sua casa é praticamente o paraíso na
terra, pelo menos para mim – especialmente quando ele está nela também.

Ele está sorrindo; Eu posso ouvir em suas palavras quando ele fala.
"Estou feliz que você goste da minha casa, Olive. Embora até eu concorde com
você, eu acho que para isso, eu gostaria de levá-la para sair."

"Eu deveria estar com medo? Você vai me dar más notícias sobre o filme
ou algo assim? Porque isso praticamente soa assim, e eu não sou uma grande fã
de surpresas ruins."

"Tudo está indo muito bem com o filme. As filmagens começam em poucas
semanas. Você estará no estúdio comigo para que você possa ver por si mesma."

Nessa altura, sento-me mais reta. "Eu? Eu estarei no estúdio com você?"

"Eu pensei que você gostaria de ver; eu estava errado?"

"Não. Não. Eu não amaria nada mais do que estar lá. Se você puder me
levar com você, eu prometo que não vou incomodá-lo. Mesmo uma vez seria
incrível."

"Nós falaremos mais sobre isso esta noite no jantar, ok? Você está livre?"

"Sim. Sim. Jantar. Esta noite?" Minha agenda está aberta para ele. De
qualquer forma, o único compromisso que tenho é com meu laptop. "Aonde eu
deveria ir?"

"Eu passarei aí por volta das sete horas. Você acha que pode estar
pronta?"

Abaixo o telefone e verifico a hora. São quase cinco horas.

"Claro."

"Ótimo. Vejo você mais tarde, querida."

Querida…

Gah... Ele é meu querido.

"Sim. Até logo."

Desligando, corro para o quarto de Char.

 "Ele vai me levar para o estúdio!" Eu anuncio assim que eu abro a porta.
Ela está no telefone, mandando mensagens de texto. "Oh, desculpe. Você está
ocupada?"

"Não. Não. Entre." Ela acena para mim e coloca o telefone debaixo do
travesseiro. "Então você está indo para o estúdio. Quando?"

Entro e sento na beira da cama. "Ele disse que as filmagens começariam

em algumas semanas. Deus, tudo parece tão surreal, Char. Eu acho que estou
começando a ficar louca por dentro. É realmente real e realmente está
acontecendo." Eu já estou saltando na cama.

Ela sorri. "Definitivamente é real."

"Ele disse que queria falar comigo sobre alguma coisa, então ele está me
levando para jantar hoje à noite. Eu deveria ficar pronta. Eu tenho que tomar
banho primeiro." Eu me levanto, mas não me movo. Eu quero pedir sua ajuda,
mas ela tem agido estranha ultimamente. Um dia fria, um dia quente... Eu não
sabia o que fazer, mas pensei que era a pressão do último semestre.

"Quando eu sair, você pode me ajudar a escolher algo para vestir? Eu

estive olhando para o meu laptop o dia inteiro, eu me sinto como uma bagunça."

"Claro. Vá em frente e entre no chuveiro. Eu estarei em seu quarto quando

você sair."

"Obrigado, Char," eu digo e beijo sua bochecha.

Ela sorri. "Você não tem tempo para ficar sentimental. Vá em frente."

Eu salto por todo o caminho até meu quarto.

*****************

Naquela noite, quando Jason me pegou, eu era uma grande bola de

energia. Eu poderia ter usado uma conversa para animar de Lucy, mas ela estava
estudando com outras garotas de sua turma, e Char era... Bem diferente de estar
doente, ela não era a melhor pessoa para ir quando você precisava de uma
conversa para animar.

Quando Jason me ligou para me informar que ele estava a poucos

minutos do apartamento, eu escolhi esperá-lo lá fora para evitar os olhares
intensos de Marcus.

Seu Spyder estaciona, e eu praticamente corro para o lado do passageiro

antes que ele possa sair.
 "Por que você está esperando lá fora? O que há de errado?" Ele pergunta
assim que eu estou dentro.

Eu respiro fundo e seu cheiro bate em mim. Meus olhos rolam para a
parte de trás da minha cabeça.

"Huh?" Eu pergunto distraidamente. "Sim. Nada. Eu não queria fazer você

esperar."

"Você está linda, Olive," ele diz, seus olhos se movendo lentamente sobre
mim.

Como eu não tinha ideia de onde ele ia me levar, Char pensou que seria a
aposta mais segura manter isto simples com um vestido preto. Eu passo minhas
mãos sobre minhas coxas, alisando e puxando o vestido um pouco para baixo. O
processo, que não é muito útil, por isso coloco minhas mãos no meu colo e
esqueço isso. Enquanto ele parece como se fosse muito curto naquele momento,
eu sei que estará bem em mim quando eu estiver de pé. Eu gosto especialmente
como ele parece de lado; O vestido curva em torno da minha bunda
perfeitamente.

"Onde estamos indo?" Eu pergunto depois que eu prendo o cinto e ele se

afasta do meio-fio.

"Eu pensei que a Soho House seria melhor para a privacidade. Pelo menos
não seremos fotografados."

"Ah, a coisa do clube privado? Você é membro?"

"Sim, mas eu não sou um grande fã; Eu prefiro a privacidade de minha

própria casa, mas às vezes eu tenho que encontrar as pessoas da indústria lá
para o almoço ou outras reuniões de negócios."

"Eu entendo." Isso significa que estávamos prestes a ter uma reunião de
negócios?

O resto da viagem é estranhamente calma. Aparentemente, nenhum de

nós tem mais nada a dizer, no qual eu penso que não é um bom pressagio para
mim.

Depois que ele entra na garagem e confirma nossa reserva, ele

casualmente coloca a mão logo acima do meu bumbum - praticamente
arrancando meu coração - e me guia até os elevadores.

Quando o silêncio torna-se muito, eu pergunto, "Está tudo bem?" Eu não

me importo com silêncios confortáveis, mas eu tenho a sensação de que algo está
acontecendo com ele. Ele parece distraído.

Ele está franzindo a testa quando ele olha para mim. "Sim. Por quê?"
 Eu dou-lhe um sorriso triste. "Eu não sei. Você não está falando. Você
parece tenso e não tão feliz por estar aqui."

Seus olhos se suavizam e ele suavemente puxa meu cabelo. "Não é você,
pequena. Só tive um dia estressante."

Balançando a cabeça, engulo em seco e olho para longe de seus olhos

quentes.

Saindo do elevador no andar superior, nós fomos subindo as escadas e

passando pelo bar um pouco lotado, e depois para a mais legal área de jantar que
eu já vi em minha vida.

Todo o telhado está cheio de exuberantes oliveiras e outras plantas. As

lanternas e as luzes cintilantes penduradas pelos galhos iluminavam todo o
espaço e criam a configuração perfeita para uma noite romântica. Mas, pelo olhar
no rosto de Jason, eu posso ver que isso está longe de ser uma noite romântica
para ele. Tentando ignorar a bela vista de LA, nós seguimos a moça da recepção
para uma mesa que está principalmente fora da vista dos outros clientes.

"Jason!" Grita um sujeito quando estamos prestes a sentar. Eu não posso

ver o dono da voz, mas Jason acena para alguém e se senta diante de mim.

"Um dos produtores do meu último filme," ele explica com um sorriso no
rosto. Eu sorrio de volta para ele.

Sem mais conversas, nós pedimos nossos drinques e comida, e, em

seguida, simplesmente espero por Jason falar o que ele queria.

"Eu pensei que você iria desfrutar da atmosfera aqui," diz ele assim que
um garçom traz nossas bebidas. Jason toma seu uísque antes que o pobre
homem possa colocar meu drinque na minha frente. Ele pede um novo para si e
repentinamente empurra para trás seu assento e levanta-se.

"Eu preciso dizer oi a algumas pessoas, eu vou estar de volta," diz ele e se
afasta de mim.

Olhando para suas costas em estado de choque, pego meu coquetel, tomo
um gole e depois outro grande.

O garçom volta com a segunda bebida de Jason, mas Jason não tinha
retornado ainda. Eu tenho que me forçar a sorrir quando ele me dá um olhar
esnobe.

"Impressionante," eu murmuro, tirando o meu telefone para enviar uma

mensagem para Lucy.

Eu: Eu estou sentada em um belo terraço, cercado por oliveiras e

luzes cintilantes – sozinha.
 Lucy: O que você quer dizer com ‘sozinha’?

Eu: Eu não sei o que exatamente, mas algo está errado com Jason.
Acabamos de pedir nossos pratos e bebidas, e ele saiu para dizer oi para
algumas pessoas.

Lucy: Isso não soa muito sinistro. Tenho certeza que ele estará de
volta.

Eu: Bem, espero. Ele tem agido estranho desde o momento em que
entrei no carro dele. Nenhum contato visual, nada.

Inclino-me um pouco para ver se consigo localizá-lo. Com certeza, ele está
de pé ao lado de um grupo de dez ou doze pessoas que estão jantando. Uma bela
mulher loira se junta ao grupo e em vez de sentar, ela se aproxima de Jason
quando o vê. Ela toca seu braço, inclina-se para sussurrar algo em seu ouvido, e
diz algo engraçado o suficiente para fazer Jason jogar a cabeça para trás e rir.
Então sua mão esgueira-se em torno de sua cintura... e eu sento meu traseiro
para baixo.

Perfeito.

Lembrando que eu não estou com Jason, mas com Jason Thorn não alivia
minhas preocupações. Eu aceitaria o outro cara qualquer dia.

Eu: Eu não acho que estou me sentindo bem. Quero voltar para casa,
Lucy.

Lucy: Ei, vai ficar tudo bem. Você é uma gata. Um ronronar com
conteúdo. Tenho certeza que ele queria falar com você sobre o filme. Você
mesmo não disse isso? Se ele te chatear, eu vou chutar sua bunda, não se
preocupe.

Não há nenhuma maneira que a porcaria do gato funcionaria desta vez.

Antes que eu possa responder, Jason volta para a mesa, murmura um

pedido de desculpas, me dá um olhar estranho e volta a beber.

Sentindo-me vazia, eu brinco com a borda da mesa e continuo bebendo

minha bebida enquanto eu tento focalizar na bela vista.

Em algum momento, ele faz algumas perguntas sobre como o meu novo
romance está indo, e eu respondo todas as suas perguntas com respostas
desnecessariamente longas. Eventualmente, porém, eu desisto de tentar envolvê-
lo em uma conversa quando ele começa a enviar mensagens de texto para o seu
agente.

Nossa comida chega – nós tínhamos pedido salmão – e – surpresa -

comemos em silêncio.
 Se cutucar o pobre peixe conta como comer, então é o que é.

Meu telefone vibra duas vezes, mas eu não verifico para ver quem é. Não
importa quantas vezes ela envia mensagens, eu não sou nenhum gato,
especialmente um que não ronrona. Na metade do nosso jantar estranho e muito
decepcionante, eu desisto da comida e apenas encosto na minha cadeira para
olhar para o horizonte da cidade. Eu odeio ficar mal-humorada em geral, mas
sentada em frente do Jason e mal humorada... bem, está tudo errado. Mesmo
assim, não há uma maneira que eu posso agir como se eu estou tendo o
momento da minha vida naquele momento.

"Olive?"

Tão perdida em minha própria cabeça, eu me encolho quando ouço a voz

grossa de Jason.

"Sim?"

Ele inclina a cabeça e franze as sobrancelhas. "Você está bem?"

"Eu não sei. Você está?" Eu pergunto de volta.

Ele coça a barba. "O que você quer dizer?"

"Você mal disse uma palavra para mim desde que nos sentamos, Jason.
Não que você fosse um tagarela no carro, mas você literalmente falou talvez vinte
palavras para mim. Desde que você foi o único que me convidou para sair, eu não
tenho ideia do que está acontecendo, mas vou esperar até terminar o jantar para
que você possa me levar para casa. Melhor ainda, você pode dizer a alguém para
me chamar de um táxi... eles fazem isso aqui? De qualquer forma, se eles fizerem,
eu posso voltar para casa sozinha."

Algumas mesas à nossa esquerda, um grupo de pessoas ri alto, atraindo

minha atenção para longe de Jason. Por que não poderíamos rir com alegria
assim? Jason ia me levar para um estúdio de filmagem, o estúdio de filmagem
que estava sendo montado para o mundo que eu tinha criado. Eu ia ver o quarto
de Isaac, tocar a cama onde ele acordou Evie no meio da noite só porque ele não
podia esperar para beijá-la pela primeira vez. Eu deveria ser única estando feliz,
não ficar mal humorada na frente de um deus do sexo.

Ele não é meu deus do sexo, mas eu estou na sua vizinhança, e, depois de
tudo, Deus me tinha dado olhos para essas ocasiões.

Olho para Jason e vejo sua expressão perturbada.

"Foda-se," ele murmura quase para si mesmo.

Felizmente eu foderia você se esse é o seu problema.

 Alcançando para seu segundo copo de uísque, ele bebe o resto em um
grande gole, empurra sua cadeira para trás com um barulho alto, e vem para
meu lado.

Eu tenho que virar meu pescoço para olhar para ele.

Ele me oferece sua mão. "Venha, eu não posso fazer isso aqui com todas
essas pessoas ao redor. Vamos."

"Ir para onde?" Eu pergunto, os meus olhos saltando suspeitosamente

entre sua mão e olhos.

Claramente cansado de esperar para me decidir, ele puxa para trás a

minha cadeira enquanto eu ainda estou sentada nela e pega a minha mão.

Agarrando a pequena bolsa, que eu peguei emprestado de Char, deixo-o

me puxar para longe da nossa triste mesa e tento ignorar o calor que está
viajando por todo o meu corpo de sentir sua pele quente na minha novamente.

Mesmo segurando as mãos dele poderia contar como realizando sonhos de

infância, certo? E já tinha acontecido mais de uma vez. Eu deveria ter contado a
noite como um sucesso. Só que eu não tenho ideia do que está vindo a seguir.

Fale sobre sonhos de infância...

 Capítulo Dezesseis

Olive

Em vez de me levar para casa, ele nos leva de volta para Bel Air, para o
paraíso que é a sua casa.

"Você quer algo para beber?" Ele pergunta assim que nós estamos dentro.

"Eu estou bem. Obrigado."

"Vou pegar algo para mim, então."

Ele se serve.. Eu nem me importo o que era naquele momento. Eu apenas

fico no meio de sua sala, me abraçando e me sentindo uma porcaria.

"Talvez você devesse ter me deixado em casa, Jason," eu digo quando ele
mantem as costas viradas para mim. "Eu acho que esta noite não foi uma boa
ideia. Se isso é sobre você me levar para o estúdio, ou, inferno, eu não sei, para
me dizer que você acha que o meu livro é uma porcaria... ou talvez seja sobre as
fotos, o que faria mais sentido, mas-"

"Pare, Olive. Apenas pare," ele me interrompe.

Ele finalmente deixa a garrafa de álcool sozinha e caminha para o meu

lado. Colocando as mãos em minhas bochechas, ele olha em meus olhos. "Seu
livro é incrível. Você é incrível. Pare de pensar mal sobre si mesma. Eu tenho
que... não, eu preciso dizer-lhe algo, ou perguntar-lhe algo. Inferno..." Ele solta
meu rosto e vira as costas para mim, novamente. "Eu já estou fazendo uma
bagunça disso. Eu só não sei como dizer... por onde começar."

"Bem." Eu deixo a bolsa na poltrona confortável. "Estou meio convencida

de que você está tentando dizer que você tem que me matar, então não pode ser
pior do que isso. Apenas me diga isso e supere já."

Ele passa a mão pelo cabelo já desarrumado e solta uma respiração

profunda. "Você está certa. Ok. Você gostou de ficar sentada lá fora na última
vez, então vamos sair." Agarrando minha mão, ele nos leva para fora.

"Você tem espreguiçadeiras," eu digo quando saímos do lado de fora. Há

seis delas e elas parecem lindas ao lado da piscina. Há também mais do que
algumas almofadas gigantes, as que você pode se enrolar e dormir
confortavelmente. "Você não as tinha a última vez que eu estive aqui."

"Sim, eu pedi para Alvin encontrar algo confortável para sentar-se para
quando eu tiver convidados que quiserem sentar-se perto da piscina, em vez de
na mesa."
 Ele tinha conseguido por causa de mim?

Eu sou incapaz de conter meu sorriso.

Nós arranjamos as almofadas mais perto da piscina e sentamos um de

frente para o outro.

"Eu dancei em torno disso o suficiente, então aqui vamos nós," ele
começa. Sento-me mais reta, pronta para o que quer que ele esteja prestes a falar
comigo. "Minha publicitária quer que eu me case, Olive."

Espera. O quê? Eu não estou pronta para isso!

"Vamos de novo?"

"Eu perdi alguns empregos depois do escândalo do vídeo do beco;

Aparentemente eles não pensam que eu sou sério o suficiente sobre meu
trabalho, e nenhum grande estúdio quer lidar com isso. Eles não queriam que a
imprensa negativa ao meu redor afetasse seu filme, então eles terminaram meus
contratos. Tom acha que só será o começo se as coisas não mudarem."

Espere. O quê?

Eu mal ouço uma palavra do que ele está dizendo. Ele está se casando?

Eu estou amaldiçoada? Porque não há nenhuma maneira que isso é justo.

Há muito tempo eu desisti da paixão de minha infância, mas agora depois de vê-
lo novamente, passar tempo com ele novamente... Agora ele está se casando com
alguém?

"Espere um segundo." Eu balanço a cabeça. "Eu não entendo. O que isso

tem a ver com você se casar?"

"É o que eles fazem nesta indústria, Olive. Eles pintam uma vida para o
público. Eles moldam você em algo novo, algo que se encaixa em seus padrões. É
tudo uma ilusão. Às vezes, mesmo em sua vida privada você tem que continuar
atuando. Você tem uma nova namorada; Seus publicitários sentam e elaboram
um contrato. Tudo acaba em um contrato. Tudo é obrigatório. Claro que existem
casais de verdade, também, mas é difícil encontrar isso com alguém nesta
indústria."

"Então por que não conseguir uma namorada?"

Uma namorada de aparências ainda é ruim, mas uma esposa? Eu tinha

lido romances suficientes para saber que aqueles casamentos sempre tinham a
hipótese de um amor verdadeiro e que a mulher em seu juízo perfeito não iria se
apaixonar por Jason depois de passar algum tempo com ele?

Ele balança sua cabeça. "Não. Eles acham que a mídia verá através disso,
e se o público e todo mundo pensar que eu estou jogando com eles, só vai
enterrar minha carreira mais fundo. Longa história curta, Megan pensa que se eu
me casar e agir de forma convincente por alguns anos, a opinião de todos sobre
mim vai mudar. Enquanto isso, eu vou ser capaz de me concentrar no meu
trabalho em vez de lidar com a repercussão das minhas ações na mídia."

Meu coração afunda cada vez mais, eu tento não mostrar o que eu estou
sentindo - pura agonia - em meu rosto.

"Então parabéns estão em ordem, eu acho," eu digo, devidamente levando

de volta. "Uau, você está casando. Você já anunciou?"

Ele ri, e não é um riso feliz. Longe disso. "Sim, não."

Sem olhar para ele, inclino-me para a esquerda e empurro minha mão na
água da piscina. Está uma noite fria, mas eu mal sinto nada.

"Megan e Tom têm me mostrado fotografias de algumas novas atrizes há

algum tempo agora, mas eu não poderia escolher uma." Ele continua a quebrar
meu coração. "Bem, agora eles escolheram alguém para mim."

Fotos? Isso é malditamente hilário. Escolher uma esposa através de fotos?

Obviamente, Hollywood não é a minha coisa. Onde está o amor, gente?

Forço um sorriso. "Quem é a mulher afortunada?"

Em vez de me responder, ele diz a coisa mais estranha. "Você se lembra do

primeiro dia que nos conhecemos? O primeiro dia em que eu a encontrei
escondida ao lado da parede, nas escadas?"

Meu sorriso se torna genuíno. "Partes e pedaços." Falso. Claro que me

lembro daquele dia.

"Então," ele diz enquanto se move em seu assento. "Deixe-me responder a

uma pergunta que você me fez naquela época." Ele faz uma pausa, depois diz,
"Sim."

Eu olho para ele, sem noção. "O quê?"

Eu lhe perguntei se ele gostava de torta ou não? Não me lembro de

perguntar nada.

"Sim para quê?"

"Você não se lembra," ele murmura enquanto esfrega sua barba. Tomando
uma respiração profunda, ele me lembra, "Você me pediu para me casar com
você... então... você gostaria de se casar comigo, Olive?"

Eu ri. Tipo um grande gargalhada. Então eu vejo seu rosto. "O quê? Você
está falando sério?"
 Um nódulo grande e gigante toma residência em minha garganta, quase
ao ponto de me sufocar. Ele pode ouvir meu batimento cardíaco? Ver como
minhas mãos estão começando a tremer? "Você não está falando sério, certo?" Eu
pergunto finalmente, meu sorriso desaparece.

Ele me dá uma risada sarcástica. "Aparentemente nossas fotos fizeram

todo mundo acreditar que estávamos apaixonados um pelo outro, e já que já
temos um passado, Megan pensa que o público não vai questionar o nosso
casamento. Na verdade, ela aposta no oposto."

"Nosso casamento?" Eu consigo engasgar. Ele está realmente falando

sério. Está bem ali em seus olhos.

"Se você aceitar, é claro."

"Uau." Eu levanto e me afasto dele. "Uau."

Uma parte de mim está gritando dentro de mim para saltar sobre ele, toda
no estilo macaco, e gritar ‘Sim! Claro, eu vou casar com você. SIM!’ até que minha
voz fique rouca para que ele entenda a questão. Afinal, eu estava desejando esse
momento desde que eu tinha oito anos, não tinha? A outra parte de mim... bem,
não há outra parte de mim. Aparentemente, eu sou apenas uma enorme, piegas
namorada de Jason Thorn.

Eu pulo quando a mão de Jason toca meu ombro e ele me vira para
encará-lo. Eu nem sequer ouço ele se levantar.

"Eu estou provavelmente estragando isso. Deixe-me explicar um pouco

mais antes de responder."

Eu devo ter acenado com a cabeça, porque ele continua.

"Se você aceitar, vamos nos casar em uma semana ou duas."

Eu dou-lhe uma risada sarcástica. Será que ele pensa que me dar essa
informação ajudaria? Porque não. De modo nenhum.

Ele continua. "Claro, você vai morar aqui comigo até o divórcio."

Ainda não estamos casados, e ele já está planejando um divórcio?

"No contrato que eu assinei com o estúdio para ‘Soul Ache’, eles
adicionaram uma cláusula que diz que eu não posso estar em um relacionamento
enquanto estamos filmando o filme e através da fase de promoção dele.
Entretanto, como você é a autora, nós nos casando seria uma promoção
inestimável para eles." Ele para de falar e olha nos meus olhos. "Megan e Tom
pensam que você poderia ter-me em sua mente quando você escreveu seu livro."

Meu coração literalmente para de bater, mais do que deveria. Fico imóvel
até ele falar novamente.
 "Mas isso não pode ser verdade, certo?"

"Claro que não." Eu balanço a cabeça.

"Certo. Bem, o público vai pensar como Megan e Tom," ele murmura, os
seus olhos ainda procurando os meus. "Eles acham que os executivos ficarão
felizes com a notícia, uma vez que só chamará mais atenção para o filme. Quando
a história que nós estamos juntos começar, todos falarão sobre como, após tantos
anos, nós encontramos novamente, como a estrela de cinema se apaixonou pela
autora de sua própria história. No filme, praticamente tudo o que eles vão ver sou
eu me apaixonando por você. Quanto mais falam sobre nós, mais seu livro e seu
filme serão mencionados. E, bem, você será a garota que me fez desistir de meus
velhos hábitos."

Abro a boca, mas ele me para e pega minhas mãos nas dele.

"Sim, isso vai me ajudar a tirar todo mundo das minhas costas para que
eu possa voltar a fazer o que eu amo fazer sem toda esta porcaria de mídia, mas
também pode ser uma coisa boa para sua carreira, também. Seu próximo livro
praticamente será garantido para outro sucesso de vendas antes mesmo de
terminar de escrevê-lo."

Não gosto de ouvir isso. De modo nenhum. Eu não quero que as pessoas
leiam as minhas palavras só porque eu era sou com sua estrela de cinema
favorita. Eu quero fazer meu próprio caminho, não andar na sombra de Jason.

"A verdade é que, Olive, eu prefiro me casar com você a casar com uma
garota que eu não conheço, alguma garota que está apenas conseguindo um
passeio de exposição ao se casar comigo."

Sorte, sorte minha.

Não é essa a proposta de casamento que todas as garotas sonhavam

receber do amor de sua vida?

"Somos amigos, certo?" Ele pergunta quando eu fico em silêncio.

Ainda chocada, eu estou me esforçando muito para acompanhá-lo. Eu

balanço a cabeça. Imagino que poderíamos ser chamados de amigos. "Pode ser
divertido viver juntos novamente. Você terá seu próprio quarto em frente do meu,
assim como nos velhos tempos, exceto que desta vez não há Dylan para
incomodá-la. Eu vou principalmente estar fora, filmando." Ele olha em torno de
seu quintal celestial - se é que esse espaço pudesse até ser chamado de quintal –
e ele aperta minhas mãos. "Você pode ter esse lugar só pra você, Olive. Seria mais
fácil escrever aqui em vez de em uma casa cheia de companheiros de quarto,
certo?" Seus olhos voltam para mim.

"Eu nem estou escrevendo," eu digo estupidamente.

 "O quê?"

"Eu acho que estou sem criatividade. Nada de novo está vindo, de modo
que poderia ter sido o meu primeiro e único livro."

Ele inclina a cabeça e me mostra sua covinha hipnotizante.

"Talvez quando você se mudar pra cá eu possa ajudar com seus

problemas de criatividade."

Meus olhos ficam presos em sua boca.

O que diabos isso quer dizer?

Eu forço meus olhos longe de seus lábios. Eu estou sonhando com um

mundo alternativo onde estávamos nos beijando. Quando o amor da sua vida lhe
pede para malditamente se casar com ele, você ri com alegria, talvez até mesmo
lance algumas lágrimas felizes e, eventualmente, se beijam, certo? Mas esse não
era o sonho de minha infância que se tornava realidade, não é? Não, isso seria
viver na mesma casa com Jason Thorn, agindo como se estivéssemos
apaixonados apenas quando estivéssemos em público, talvez segurando sua mão,
beijando-o na bochecha.

Meu coração poderia sobreviver a Jason Thorn?

"Então, o que você acha?"

"Sobre?"

"Casar comigo..."

Ele realmente não vê como eu me sentia por ele? Nem um pouco?

"Não tenho certeza se sou capaz de pensar agora, Jason," admito.

"Você vai me salvar, Olive."

Mas o que aconteceria comigo no processo? Essa é a verdadeira questão.

Meu coração está disposto a ir junto com o que ele está propondo; Afinal de
contas, não havia maneira de eu poder participar do seu casamento sabendo que
poderia ter sido eu lá em pé, bem ao lado dele, mesmo que fosse uma mentira.
Mas minha mente não está pensando de qualquer maneira; Está dando todos os
tipos de sinais de alerta.

"Posso pensar nisso?"

"Claro," diz ele, soltando minhas mãos.

Eu estou com frio. Muito frio.

 Não sabendo o que fazer comigo, abraço meus cotovelos e olho para os
meus pés.

Seu dedo levanta meu queixo e ele se abaixa para capturar meus olhos,
então eu olho para ele. Ele está sorrindo então, seus olhos gentis. "Tudo bem se
você não quiser dizer sim, pequena. Não é algo que eu pensei que eu faria este
ano também."

Ele está se aproximando de mim? Involuntariamente - sim, não, é muito

voluntariamente – dou um passo para frente para fechar a distância entre nós.
Seus olhos são o meu farol.

O que ele vê em meus olhos?

Seu olhar deriva para meu pescoço. Ele levanta a mão e as pontas dos
dedos tocam o arco do meu pescoço. Eu paro de respirar e engulo. Seu olhar
salta para o meu como se o movimento o assustasse. Então as pontas dos seus
dedos arrastam para cima e em volta do meu pescoço e adentra meu cabelo, o
seu toque suave e inesperado faz meu corpo tremer.

Meus olhos se fecham e eu respiro seu cheiro.

Ele está tão perto de mim.

Perto do meu coração.

Seu polegar acaricia minhas maçãs do rosto e eu inclino minha cabeça em

seu toque.

"Olive," ele sussurra.

Aquela voz…

Eu fico trêmula, e fico molhada ... Meu corpo faz todo tipo de coisas que
sempre acontecem em romances.

Ele vai malditamente me beijar!

Se acontecer, não enlouqueça Olive.

Você é uma cachoeira calma, um gato que ronrona.

No início, ele descansa sua testa contra a minha e nós ficamos assim por
um momento, respirando cada um contra o outro.

Suavemente. Lentamente.

Seu nariz toca o meu.

 Então nada. Absolutamente nada! Seu telefone começa a tocar e suas
mãos enrijecem contra minha pele de repente aquecida. Por um momento, sinto
que ele está ali comigo e não há ninguém além de nós, mas, então, nada.

Seu maldito telefone é um bloqueador de pau afinal.

Seus olhos ainda se concentrando em mim, ele dá alguns passos para

trás, responde ao telefone, e só então quebra o contato visual. Tinha os olhos dele
escurecido? Eu estou começando a ver as coisas?

Levanto meus dedos para tocar meus lábios. Como eu poderia sentir como
se seus lábios tivessem me acariciado mesmo que ele nem mesmo tivesse me
tocado?

Volto para dentro, para onde eu tinha deixado minha bolsa e pego-a.

Quando Jason entra, eu estou pronta para partir antes de fazer algo
estúpido.

Eu estou ficando louca.

 Capítulo Dezessete

Olive

No momento em que eu estou no meu apartamento, entro diretamente no

quarto de Lucy. Minhas mãos já estão cobrindo meus olhos quando eu digo, "Pelo
amor de todos os filhotes fofinhos pelo mundo inteiro afora, se houver qualquer
pênis do lado de fora, guarde-o."

Ouço a risada de Lucy. "Estou sozinha, sua idiota."

Deixando cair minhas mãos, eu fecho a porta dela e me inclino contra ela.
Lucy endireita-se em sua cama e abaixa seu laptop. "O que aconteceu? Você
nunca respondeu minhas mensagens de texto."

Eu respiro fundo e depois lentamente solto.

"Jason me perguntou se eu gostaria de me casar com ele."

Lucy olha para mim sem piscar os olhos.

Erguendo minha mão, olho para cima e depois para Lucy novamente.
"Minhas mãos estão tremendo."

"O quê?"

"Minhas mãos estão tremendo," eu repito.

"Isso não. Pode repetir o que disse antes disso? Acho que não entendi."

"Ele me perguntou se eu me casaria com ele."

"Ok. Estou sonhando ou você está realmente no meu quarto, me dizendo

que Jason Thorn propôs casamento para você?"

Eu cubro meu rosto com minhas mãos e gemo.

"Você poderia vir aqui por um segundo?" Lucy pergunta calmamente.

Depois de alguns passos, eu estou sentada ao lado dela. Estendendo a

mão, ela belisca minha perna.

"Eu já tentei isso no meu caminho para cá. Não é um sonho."

"Puta merda!" Ela exala, cobrindo a boca com as mãos. "Puta merda,
mulher! Você colocou um feitiço nele ou algo assim? Droga, mas você é rápida."

"Lucy, eu preciso que você me escute muito de perto, você pode fazer isso
por mim?"
 "Claro, eu acredito que sou capaz de ouvir o que você está prestes a dizer.
A propósito, estou muito impressionada e igualmente chocada agora mesmo, se
você não pudesse dizer."

"Sim, eu não acho que você vai ficar tão impressionada depois de ouvir
toda a história."

Abraçando seu travesseiro até seu estômago, ela faz um gesto para que eu
continuasse.

"Aparentemente, o beco..."

"Não, espera!" Ela pressiona seu dedo contra meus lábios e salta de sua
cama. "Vou pegar a tequila que escondi na cozinha. Precisamos de doses para
comemorar."

"Nós não estamos comemorando nada, Lucy!" Eu sibilo atrás de suas

costas, mas ela já foi embora.

Quando ela volta, ela está segurando dois copos e uma garrafa de tequila
meio cheia. Ela me entrega os copos e serve a tequila.

"Nós não estamos comemorando," eu digo de novo.

"Tudo bem. Copos para cima de qualquer forma. Preciso de álcool no meu
sistema para ouvir isso. Levanta meu astral."

Pegamos as dose e ela senta, a garrafa de tequila apertada firmemente em

suas mãos.

Eu começo novamente, "Aparentemente, o vídeo do beco fez mais danos do

que tínhamos pensado."

"Por quê?"

"Sem perguntas," aviso.

Ela abre a boca, mas eu coloco minha mão sobre ela antes que ela possa
perguntar qualquer outra coisa. "Preciso dizer tudo de uma vez, ok? Estou tendo
dificuldade em manter a calma agora. Eu estou deixando você saber, mas sem
perguntas."

Ela assente com a cabeça, então eu puxo minha mão de volta.

"Ok, aqui não tem nada. Como eu disse, aparentemente, o vídeo arruinou
as coisas para ele. Por causa disso, a publicitária e o agente dele querem que ele
se case com alguém." Seus olhos ficam enormes, mas em vez de falar, ela toma
um gole da garrafa, fazendo cara feia quando queima sua garganta. "Você sabe,
tornar-se um homem de família ou o que diabos eles estão pensando. Então, eles
têm mostrado a ele fotos. Malditas fotos, você pode acreditar nisso?"
 Mantendo-se em silêncio, ela balança a cabeça com entusiasmo.

"Bem, eu não posso. De qualquer forma. Longa história curta, ele não
gostou de qualquer das noivas potenciais que estavam mostrando a ele. Quando
nossas fotos foram a público e todos pareciam pensar que estávamos felizmente
apaixonados, a publicitária sugeriu que eu seria a noiva perfeita por causa do
nosso passado juntos. Ele disse que ninguém iria pensar que era um golpe de
publicidade para limpar a imagem negativa em torno dele. Ele deve concordar
com a brilhante ideia deles, porque ele me perguntou se eu gostaria de me casar
com ele e me tornar sua companheira de quarto."

"Posso falar agora?"

"Sim, por favor."

"Bom. Ok, só um segundo." Ela toma outro gole da garrafa e oferece para
mim. Eu tomo dois grandes goles.

"Então, você disse sim, certo?" Ela pergunta enquanto eu estou

enxugando minha boca com as costas da minha mão. "Diga-me que você não
disse não. Porque se você fez isso, eu teria que te socar no olho e eu duvido que
fique bom na capa daqueles tabloides."

"Eu enlouqueci e saí."

"Claramente você perdeu sua cabeça."

Empurrando-me para longe, ela se levanta da cama e coloca o dorso de

sua mão em minha testa.

"Você não parece ter febre."

Eu afasto sua mão.

"O que eu vou fazer Lucy?"

Ela se inclina para baixo assim nós estamos olho no olho e enfaticamente
diz, "Você vai se casar com Jason Maldito Thorn, é claro!"

Eu deito de costas em sua cama. "Eu não acho que seja uma boa ideia,
Lucy."

"Por que diabos não?"

"Não vai ser um casamento de verdade. E se ele..."

"Não." Ela empurra o dedo na minha cara. "Você não vai começar com
todos os se isso acontecer, esta merda de ‘se isso acontecer’."

"Você ouviu alguma coisa?" Eu pergunto, levantando-me da cama.

 Inclinando a cabeça, olha para a porta e escuto. "Não estou ouvindo
nada."

"Pareceu que alguém abriu uma porta. Quem está em casa? Não devo
falar com ninguém sobre isso. Eu recebi uma advertência antes de ele me deixar."

"Marcus não está em casa e Char não está se sentindo bem. Por fim,
verifiquei que ela estava dormindo."

Eu relaxo. "Ainda assim, vamos mantê-lo em segredo."

"Este casamento falso, esta é a sua oportunidade, Olive. Esta é sua

chance de fazê-lo se apaixonar por você."

"Eu não tenho certeza se ainda estamos falando sobre a mesma coisa
aqui."

"Olhe," ela começa com o tom dela ‘Eu sou uma pessoa muito paciente’.
"Você ainda está apaixonada por ele, não é? Sempre foi e eu acredito que sempre
será. Eu vi aquelas fotos, Olive. Ele está a fim de você. Você não pode fingir esse
tipo de química. Ok, talvez ele não esteja apaixonado, pelo menos ainda não. Vou
te dar um crédito. Mas você tem que dar-se uma chance. Você disse que viveria
com ele... O que mais você quer?"

Com minha relutância já dissolvendo, eu direciono meus olhos

esperançosos até Lucy. "Você está certa. Eu sei que você está certa. Quero me
casar com ele. Mas ele também é o fodido Jason Thorn, Lucy. Se ele fosse um
cara normal, apenas trabalhando em um trabalho normal, eu nem sequer
pensaria duas vezes sobre isso. Mas ele é Jason Thorn. Quero dizer, ele poderia
fazer muito melhor do que eu."

Ela sorri. "Mas ele escolheu você, não é? E que diabos, digamos que não
deu certo. O que você tem a perder? Seus próximos dez livros já são líder de
vendas se você se casar com o cara."

"Por que você é a segunda pessoa a dizer isso para mim esta noite?"
Caindo de volta em sua cama, eu solto um longo suspiro. "Quero tanto me casar
com ele, Lucy."

Lucy sobe e deita-se ao meu lado.

"O que está te impedindo?"

"Eu acho que estou com medo. De estar tão próxima dele, me apaixonar
ainda mais. Ele já quebrou meu coração uma vez quando eu era apenas uma
criança e ele nem sabia que estava quebrando. Desta vez, ele vai me arruinar."
Eu fecho meus olhos e respiro fundo para limpar minha mente. "Eu cheguei tão
perto de saltar sobre ele e segurá-lo pela querida vida." Levanto minha mão e
gesticulo o quanto com dois dos meus dedos.
 Virando-se de lado, olho para Lucy. "Eu já lhe disse que eu pedi que ele se
casasse comigo? No primeiro dia que eu o vi em nossa casa? Quando eu tinha
oito anos."

Ela se apoia em um cotovelo e estuda meu rosto. "Não. Conte-me agora."

Eu conto tudo o que eu posso me lembrar daquele dia. "Eu até mesmo
tinha esquecido sobre isso, mas aparentemente ele ainda se lembra."

Há um momento de silêncio.

"Acho que vou dizer que sim."

"Mas é claro que você vai!"

"Devo enviar uma mensagem para ele ou algo assim?"

Ela ri e bate um travesseiro no meu rosto. "Não, idiota. Deixe-o pensar em

você até que ele ouça de volta. Você vai dizer a ele amanhã."

Afasto o travesseiro do meu rosto. "Então, o que eu devo fazer agora?"

"Ir dormir?"

"Sim, eu não acho que isso esteja acontecendo em breve."

"Você quer fazer um plano?" Seus olhos estão cintilando com travessuras.

"Um plano para quê?"

"Um plano para fazer Jason Thorn se apaixonar por você."

"Vou passar."

"Mas vai ser divertido!"

"Eu não tenho nenhuma dúvida sobre isso, mas eu já tenho um plano."
Rastejando pela cama, eu caminho de costas, afastando-me em direção à porta.
"Eu vou apenas amá-lo diretamente em seu rosto."

"Essa é a minha garota! Mostre-lhes como é que se faz."

"Se tudo explodir em meu rosto, você vai me ajudar a pegar os pedaços do
meu coração, certo?"

Ela salta da cama e me dá um grande abraço.

"Quando precisar. Sempre."

"Ótimo ouvir isso. Eu vou me acalmar no meu quarto."

 "Eu ainda vou fazer uma lista do que você pode fazer com ele. Apenas no
caso de você precisar. Há esta coisa que eu faço com Jameson que o torna extra,
extra perver-"

"Ok, amo você. Tenha uma ótima noite."

Deixando o quarto de Lucy o mais silenciosamente possível, deito-me na

cama e observo o teto por horas antes de finalmente adormecer com um pequeno
sorriso gravado no meu rosto.
 A beleza misteriosa não é mais um mistério!

Ahhh desculpe senhoras, parece que o nosso próprio deus do sexo Jason
Thorn está fora da piscina de sexo por agora.

Vocês se lembram da beleza misteriosa com que ele foi pego recentemente?
Ela não é mais um mistério. Aprendemos que a loira avermelhado é Olive Taylor,
uma amiga de infância de Jason, que também é a autora do novo romance de
sucesso do New York Times que está sendo adaptado para o cinema. Você pode
adivinhar quem é o ator principal? Você adivinhou certo! Jason Thorn assumirá o
papel de Isaac, um ator conturbado que se reconecta com seu primeiro e único amor
que ele deixou para trás anos antes. Você acha que a Srta. Taylor escreveu o livro
para obter a atenção de seu velho amigo? Se assim for, definitivamente parece
estar funcionando para ela. Depois de alcançar o número um em cada lista de
vendas, ela está reivindicando o nosso garoto mau, também?

O casal, que tem sido o tópico da conversa da cidade esta última semana,
foram vistos no espaço exclusivo, Soho House. De acordo com o nossa fonte, o casal
teve um jantar encantador juntos na área de jantar principal. "Eles estavam
conversando um com o outro com os olhos e eles estavam absolutamente radiantes
de felicidade. Eles estavam definitivamente em um encontro", acrescenta a fonte.
"Não há como eles serem apenas amigos. A interação deles era intensa."

O grande pedaço de estrela deixou o lado da senhorita Taylor somente uma

vez e foi cumprimentar um grupo de sócios de negócio que estavam jantando a
apenas algumas mesas. A saída romântica terminou cedo quando Jason decidiu
que não podia esperar para terminar seu jantar, agarrou a autora mais vendida
pela mão e correu para a saída.

"Foi a coisa mais romântica que já vi na minha vida. Um minuto eles

estavam sorrindo um para o outro, bebendo seus coquetéis e, no minuto seguinte,
eles estavam de mãos dadas correndo para a saída." disse outro observador.

Você acha que Jason está apaixonado por sua amiga de infância? As
pessoas que assistiram a cada movimento no encontro quente parecem pensar
assim.

Você acha que ele vai mantê-la? Ela será a pipoca para o sexy milho dele?
 Capítulo Dezoito

Jason

"Os malditos bastardos são rápidos," eu digo depois de ler o artigo que
tinham sobre nós. Coloco o tablet na mesa, ao lado do meu prato de almoço
vazio. "A coisa é, eu não tenho nenhuma ideia de quem são estes espectadores
que assistiram ontem. A maneira como eles estão descrevendo as coisas... a
única coisa verdadeira lá é que eu só deixei seu lado uma vez. O resto é besteira
completa. Nós mal dissemos uma palavra um ao outro durante toda a refeição."
Eu balanço minha cabeça e pego as batatas fritas no prato de Tom.

"A forma como eles estão contando a história funciona para você, então eu
diria para parar de reclamar."

Lambendo o sal no meu polegar, fico em silêncio. Eu tinha feito um papel

de tolo na frente de Olive na noite anterior. Eu pensei que iria tocar no assunto
enquanto estávamos jantando, mas, por algum motivo, parecia errado pedir a
Olive para se casar comigo como se estivéssemos em uma reunião de negócios.
No final, eu ainda fodi tudo, mas, pelo menos, estávamos sozinhos quando
aconteceu. Não era como se tivesse feito diferença se eu tivesse ficado de joelhos e
pedisse que ela se casasse comigo para salvar minha carreira. Não havia uma boa
maneira de pedir a alguém para casar com você para que pudessem ajudá-lo a
sair da sepultura que você tinha cavado.

Falando nisso, eu ainda não tive resposta de Olive.

"Ela ainda não respondeu. Não fique muito animado."

"Vai ser um grande impulso para a carreira de escritora dela. Ela seria
uma tola em não dizer sim. Vai mudar a vida dela mais do que mudará a sua."
Tom intervêm.

"Ela não é como todas essas mulheres que você conhece," eu digo,
gesticulando ao redor da cafeteria.

"Todas essas mulheres?"

"Você sabe, as mulheres nesta indústria ou as modelos que você parece

gostar de vez em quando."

Ele ergue as sobrancelhas. "E posso perguntar o que a faz tão diferente?"

Dou de ombros. "Ela é Olive. Eu a conheço. Se ela aceitar - e isso é um

grande se - provavelmente será porque ela quer me ajudar. Eu acho que ela
também está meio apaixonada pela minha casa, então isso definitivamente é um
ponto a favor para mim."
 Tom ri e sacode a cabeça. "Você é um filho da puta cego."

Franzindo o cenho, eu pergunto, "O que diabos isso quer dizer?"

Ele suspira e levanta a mão. "Nada. Não fique nervoso comigo, mas tenho
que dizer que você também é um filho da puta de sorte."

"Vou perguntar de novo, o que você quer dizer?"

"Quero dizer que sua Olive não é exatamente feia de doer, não é? Mesmo
quando você está ferrado, você tem sorte."

"Sim." Eu limpo minha garganta. "Ela é linda." E ela também cresceu, o

que era uma perigosa combinação para mim.

"Até agora, a única coisa que Megan vazou para a mídia é que vocês eram
amigos de infância e você está atuando na adaptação do filme de seu livro. Todo
mundo está correndo com sua própria versão da história. E se Olive disser que
sim, vocês terão que ser vistos juntos mais algumas vezes e começarem a atuar
como o casal feliz em frente das câmeras. Então, nós vazamos a notícia do
casamento depois que estiver tudo pronto."

"Você é meu publicitário ou meu agente?"

"Parece que estou fazendo tudo por sua desgraçada bunda hoje em dia."

"Sim, bem espero que eles não falem sobre mim por muito mais tempo.
Estou cansado de ler meu nome e ver meu rosto nos tabloides."

Nosso garçom vem e retira nossos pratos vazios.

"Há mais alguma coisa que eu possa fazer por vocês?"

"Estou bem, obrigado." Eu olho para Tom. "Você?"

"Eu vou querer um café expresso," diz Tom.

"Você conseguiu entrar em contato com Jackson Merritt?" Eu pergunto

quando Tom está tomando seu café expresso.

"Você sabe que perdeu outro contrato depois da entrevista com a garota
canadense. Seu próximo ano está todo em aberto agora mesmo. Talvez
devêssemos considerar as ofertas que você está recebendo atualmente em vez de
ir atrás de diretores e filmes que você quer fazer parte. Não são ofertas ruins."

"Nada aconteceu com a maldita canadense. Quantas vezes tenho que

repetir?" Resmungo, chamando a atenção das pessoas que estão perto da nossa
mesa.

"Controle-se."
 "Eu trabalhei duro para chegar onde estou, Tom," eu digo, abaixando a
minha voz. "Só porque eu errei na minha vida pessoal, não significa que eu vou
deitar e deixar todos me despedaçarem. Sou muito bom no meu trabalho. Eu
estou me casando e mantendo um perfil baixo, não é? Se não vai ajudar na
minha situação, por que estou fazendo isso?" Eu reclino em meu assento e olho
diretamente nos olhos de Tom. "Como minha agenda está aberta, quero estar no
filme de Jackson. Apenas alguns meses atrás, eles estavam atrás de mim para o
papel principal e tivemos que recusar, porque estava chocando com o meu
horário. Agora não está. Quero esse papel. Faça acontecer."

"Calma aí," ele diz, empurrando para trás seu café expresso enquanto se
inclina para mim. "Ainda temos tempo antes de irmos com tudo o que temos.
Vamos ver como tudo se estabelece em um ou dois meses. Se eles não vierem por
conta própria, então iremos atrás deles. Você costumava confiar em mim, Jason.
É por isso que trabalhamos bem juntos. Eu não vou a você com um papel que
não vai levar você um passo à frente de todos os outros, mas você tem que me
deixar fazer o meu trabalho." Seus olhos ficam sérios para mim. "Não podemos
deixar que os outros vejam como toda esta porcaria está afetando sua carreira e
você. Basta se manter em suas calças, faça com que Olive se case com você e
vamos levá-lo de volta aos trilhos."

Cansado de minha própria maldita vida, esfrego minha testa e decido

ouvir Tom.

Meus olhos direcionam para meu celular quando ele começa a vibrar na
mesa, o nome de Olive piscando na tela.

"É Olive," eu murmuro para Tom, meus olhos brevemente encontrando os

dele.

"Ok. Por que você não está respondendo?"

"O quê?" Eu olho para ele com uma carranca no meu rosto.

"O telefone, você não vai responder?"

"Eu vou," respondo, mas não faço nenhum movimento para responder.
Em vez disso, pego o telefone e olho para Tom novamente. "O que está
acontecendo agora?"

Ele parece tão confuso quanto eu me sinto. "Você me diz, amigo."

Penso nisso por um segundo ou dois, depois sorrio. "Foda-se, mas acho
que estou realmente com medo de ouvi-la dizer não. Não tenho certeza se vou
passar por esse genial plano de casamento de Megan e seu, se Olive não estiver
dentro."

O telefone para de vibrar na minha mão.

 Quando Tom ri, era um grande, 'Ei pessoas, olhe para mim, estou tendo o
tempo da minha vida' sorriso. O Bastardo!

"Você gosta dela, não é? Você realmente gosta, como ela."

Ele está começando a me irritar. "Claro que eu gosto dela. Ela sempre foi
importante para mim."

Ele ergue ambas as mãos, seu riso morrendo até uma risada. "Eu deveria
saber... Você nem mesmo pestanejou quando o nome dela surgiu, não como você
fez com todas as outras garotas. Seu filho da puta. Oh, isso vai ser divertido de
assistir."

"Cala a boca," eu rosno para ele.

Levantando do meu assento, eu ando longe de nossa mesa e disco o

número de Olive quando eu estou em pé no pequeno jardim que serve como
quintal da cafeteria para os fumantes.

"Jason!" Ela responde com uma voz aterrorizada.

Meu corpo inteiro tenciona. "Qual é o problema?"

"Jason, eu... eu estou presa aqui. Há pessoas do lado de fora da cafeteria."

"Calma, Olive. O que você quer dizer com pessoas lá fora?"

"Quero dizer, há dez ou talvez mais pessoas acampadas bem do lado de

fora da cafeteria. Estou aterrorizada, Jason."

"Ok, querida. Respire fundo e comece pelo começo."

Ela faz o que eu disse, respira fundo e parece se acalmar, pelo menos um
pouco. "Ok desculpe. Estou em uma cafeteria chamada Dreamers, é perto do
campus. Eu deveria me encontrar com Lucy e Char para o almoço entre as aulas
delas, então eu trouxe o meu laptop e vim aqui mais cedo, esperando escrever
algumas palavras enquanto eu estava à espera. Desculpe-me, eu estou
divagando."

"Está bem. Diga-me quem está aí fora."

"Bem, Lucy e Char não conseguiram chegar, então eu decidi voltar para
casa, já que eu não consegui continuar minha estória, mas os paparazzi estão
aqui, Jason. Eu nem notei eles antes de caminhar para fora, mas um deles gritou
meu nome e começou a tirar fotos e fazer perguntas. Estou de volta na cafeteria
agora, mas eles ainda estão lá fora."

"Merda," eu murmuro, virando-me para voltar para a mesa. "Você viu as

notícias sobre nós?"
 "Se você quer dizer as histórias que eles descrevem o que nós comemos na
noite passada, então sim, Lucy as esfregou na minha cara esta manhã. O que
aquilo tem a ver com isso?"

"Dê-me um segundo," eu digo a Olive uma vez que eu alcanço Tom. Então,
eu digo a Tom, "Eu preciso ir embora. Os paparazzis estão acampados do lado de
fora da cafeteria em que ela está e ela não consegue sair."

"Você precisa de mim?" Pergunta Tom, seu rosto de negócios de volta.

"Não, eu cuido disso. Eu te ligo mais tarde, ok?"

"Tudo bem," ele assente. "Mas não se esqueça de ligar para Megan depois
de ter a resposta de Olive. Ela tem que lidar com tudo isso e começar a
trabalhar."

Eu resmungo, pego a chave do carro e saio da cafeteria o mais rápido

possível.

"Estou a caminho, Olive."

"Obrigada. Como eles sabiam que eu estava aqui?"

"Alguém deve ter reconhecido você e avisado. Já existe uma hashtag no

Twitter para nós."

"Perfeito." Ela suspira. "Não tenho carro, Jason. Eu caminhei até aqui. É
uma caminhada de dez minutos, mas eu não posso simplesmente andar com eles
me perseguindo."

"Não. Fique aí, estou indo pegar você. Sinto muito, Olive, eu deveria saber
que isso iria acontecer. Envie-me uma mensagem de texto com seu endereço
exato. Agora."

Terminando o telefonema, entro no carro e vou em direção a ela.

**********

Entro na cafeteria em grande comoção. Olive estava errada. Há pelo menos

vinte paparazzis esperando do lado de fora e eu sei mais do que ninguém como
implacável eles eram. Quando me viram entrar para salvá-la, eles sabiam que
tinham ganhado o dia.

Olhando ao redor do interior da cafeteria, preciso apenas de alguns

segundos para localizar Olive quase se escondendo atrás de seu laptop no canto.

Eu corro em sua direção.

 Ela me nota e levanta com um salto, seu rosto tão branco como uma
folha. "Obrigada por ter vindo tão rápido," ela diz em voz baixa, seus olhos
girando ao redor.

"Você está bem?" Minhas mãos agindo por conta própria, eu cubro seu
rosto e olho para seus olhos atordoados.

Suas mãos pousam em cima da minha por um breve momento como se

ela quisesse assegurar-se de que eu estou lá com ela. Então, tão rapidamente, ela
as deixa cair. "Estou bem. Eu simplesmente não sabia o que fazer, ou o que dizer
a eles. Eles estavam todos gritando de uma vez e o proprietário do café não está
feliz com isso." Ela discretamente indica a sua direita com a cabeça. "Eles já me
pediram para sair uma vez."

Meus olhos verificam ao redor e eu vejo uma mulher severa que está atrás
do balcão, olhando fixamente para nós.

Volto-me para Olive. "Vamos sair em um minuto. Meu carro está

estacionado ao virar da esquina."

"Jason, eu me sinto péssima." Ela olha para si mesma e toca seu cabelo,
que está em um bolo desorganizado em cima da cabeça dela. Para mim, ela
parece tão bonita quanto a noite anterior. "Eu só vim aqui para almoçar com as
garotas. Chame-me de convencida, mas não quero me ver rebocada para todo
lugar assim." Ela gesticula para mim e acrescenta, "Especialmente perto de você,
não quando você se parece assim."

"Jason Thorn? Você realmente é Jason Thorn?" Pergunta alguém. Eu me

viro para ver quem está falando comigo.

"Oh, você é. Você realmente é. Posso tirar um selfie com você? Eu tenho
que mostrar isso aos meus amigos, eles nunca vão acreditar em mim se eu não
tiver provas."

Forço um sorriso no rosto e concordo com a cabeça. "Claro."

Eu nunca recusei um fã que estava pedindo um autógrafo ou uma foto.

Não era coisa minha, mas naquele momento, eu queria que fosse. Eu tiro a
maldita selfie com o rosto dela há centímetros de distância do meu enquanto ela
me abraça como se nos conhecêssemos não apenas por segundos, mas por
meses.

Assim que ela sai, outras cinco pessoas encontram coragem para se
aproximar de mim e pedem autógrafos e fotos.

Quando volto, Olive está sentada olhando para o laptop fechado. Eu sei
precisamos ter uma conversa rápida antes de mais pessoas nos cercarem. A essa
altura, somos obrigados a ter dificuldade em sair do lugar se todo mundo
começar a postar que eu estou aqui.
 Pego a mão de Olive entre as minhas e puxo-a para cima.

"Onde é o banheiro neste lugar?" Eu pergunto enquanto pego seu laptop

com minha mão livre.

"Lá". Ela aponta para um corredor estreito atrás.

Eu a arrasto atrás de mim e me certifico de trancar a porta do pequeno

banheiro quando estamos dentro.

"Se ficarmos mais tempo, mais pessoas ouvirão que eu estou aqui e
teremos um problema real em nossas mãos. Precisamos sair agora."

Ela assente com a cabeça.

"Mas antes de sairmos, eu tenho que perguntar... Desculpe, eu não quero

te pressionar, Olive, mas eu preciso saber para que eu possa até..."

"Sim," ela me interrompe em um tom apressado, mas claro. "Se você está
falando sobre a... coisa que você perguntou ontem. É sim."

Meu coração suspira. Sorrindo para ela, eu relaxo. Sua mão ainda está na
minha, então eu a aperto. "Sim?"

Ela mordisca seu lábio inferior e minha atenção muda de seus olhos
brilhantes para seus lábios rosados cheios. "Sim"

Ela repete um pouco mais suave.

Limpo minha garganta e afasto meu olhar do perigo que são seus lábios
convidativos. "Então, nós estamos fazendo isso?"

Ela sorri e assente. "Acho que sim."

Com meus olhos ainda sobre ela, eu alcanço para trás, destranco a porta
e estou prestes a sair quando ela me puxa de volta. "Espere, me dê o laptop." Eu
tinha esquecido completamente sobre ele. Eu entrego a ela e ela o empurra para
dentro de sua enorme bolsa. Volto para pegar a mão dela, mas ela recua.

"Apenas espere."

Nós ficaríamos presos no maldito banheiro.

Levando as mãos para cima, ela tira um pequeno clipe de seu cabelo e
tudo desmorona em torno de seu rosto. Empurrando seus dedos através dele, ela
dá algumas boas sacudidas e então olha para mim com um bonito corado em seu
rosto.

Eu gemo. Maldição, agora tudo o que eu posso pensar é como parece ter
seu cabelo vibrante embrulhado em torno da minha mão. Maldição de novo,
agora com seus cabelos atraentes de cama, ela parece que tinha acabado de ser
fodida. Por mim. O que é a exata conclusão que os paparazzi teriam.

"Você não deveria ter feito isso, pequena."

Ela olha para o espelho. "Eu pareço pior? Isso é tudo que eu tenho. Eu
sinto muito."

"Tudo que você tem provavelmente me mataria, então eu diria que isso é
mais que suficiente. Vamos, precisamos ir embora."

Desta vez, ela é a pessoa que estende a mão.

"Nós não vamos dizer uma palavra. Não olhe diretamente para as
câmeras, apenas me siga e vamos deixar minha publicitária cuidar do resto."

Ela assente e saímos do banheiro. Há algumas pessoas esperando por nós

para sair, mas, pela primeira vez na minha carreira, peço desculpas e viro de
costas para todas elas.

No momento em que saio da cafeteria com Olive pegando na minha mão,

os paparazzi estão prontos para o segundo momento. Cada um deles está
gritando perguntas aleatórias para nós, tirando fotos sem parar.

Olive está olhando para o chão e seus passos são apressados, mas eu
ainda tenho que abrandar um pouco para que ela possa acompanhar meus
longos passos. De repente, ela ergue o olhar e os nossos olhos se encontram. Nós
dois sorrimos um para o outro. Antes que eu possa desfrutar do momento, todos
os paparazzis em torno de nós viram a troca rápida entre nós e entram em um
frenesi, gritando nosso nome mais alto.

Mesmo que os paparazzi estão no nosso caminho, finalmente chegamos ao

meu Spyder e eu abro a porta do lado do passageiro para ajudar a Olive a entrar.

Quando eu finalmente me afasto da loucura, eu sei exatamente que foto

iriam usar no dia seguinte.
 Capítulo Dezenove

Jason

"Isso foi alguma coisa," diz Olive depois de alguns minutos de silêncio
terem passado.

Olho para ela com o canto do olho para me certificar de que ela está
realmente bem. "Bem vinda ao meu mundo. Você está bem?"

Ela levanta os braços na frente dela. "Um pouco no lado mais sombrio,
mas ainda inteira. Você?"

"Eles raramente chegam a mim mais. Você se acostuma a caminhar por

uma rua com câmeras piscando em torno de você."

"Vem com o trabalho, eu acho."

Infelizmente, é assim. Na maioria das vezes, eu posso fugir com óculos

escuros e um boné de beisebol e simplesmente me misturar, mas não funciona
todas as vezes. "Eu acho que devemos nos dirigir diretamente para o escritório da
minha publicitária. Precisamos planejar como vamos lidar com isso."

"Agora?"

"Sim. Fugir não vai funcionar. Não podemos ficar presos em uma cafeteria
assim pela segunda vez. Eles não vão apenas me rastrear; eles vão se concentrar
em você. Quanto mais ficarmos em silêncio, mais difícil será afastá-los."

"Desculpe, eu deveria ter lidado melhor." Ela diz em voz baixa.

Pegando uma curva à esquerda, eu mantenho meus olhos na estrada, mas

estendo a mão para agarrar a sua. Eu estou começando a fazer muito isso
ultimamente.

Segurar sua mão. Mantê-la por perto. Respirando o cheiro dela. Tocando-
a. Olhando para a bunda dela. E o mais importante, fodidamente olhando para
ela.

"Se algo assim acontecer novamente quando eu não estiver por perto, eu
quero que você me chame imediatamente. Se eu não puder vir, eu vou enviar
alguém que possa ajudá-la. Se nós vamos fazer isso, eu preciso saber que você se
sente confortável. Eu não quero que você tenha medo de sair por minha causa."

"Está tudo bem, Jason." Ela cobre minha mão com a sua pequena. "Se
você lhes disser quem eu sou ou que estamos juntos, tenho certeza de que eles
acabarão recuando."
 Suspiro. "Acho que não. Isso provavelmente levará algum tempo. Isso é
muito suculento para eles ignorarem."

Quando ela puxa a mão, eu tenho que me afastar também.

Entrego-lhe o meu telefone e peço-lhe para ligar para o número de Alvin.

"Está tudo bem, chefe? Tom me ligou e disse que talvez precisasse de
ajuda."

"Tudo bem, Alvin. Nós lidamos com isso. Você pode descobrir onde Megan
está? Se ela estiver no escritório, eu quero ir direto para lá. Olive está comigo e
acho que precisamos nos sentar e conversar."

"Dê-me alguns minutos e ligo de volta para você."

Quando Alvin liga de volta, eu estou a meio caminho do escritório de

Megan.

"Ela não está no escritório, chefe. Ela está terminando uma reunião de
almoço no Chateau Marmont."

"Bem, então estamos indo para lá."

"Eu sugeri a mesma coisa, mas ela disse que vocês precisariam ter uma
conversa privada. Ela disse pra te dizer que ela estará de volta em seu escritório
em quinze minutos e para encontrá-la lá. Quer que eu ligue de volta para ela?"

"Não, está bem. Estou há poucos minutos, vamos esperar por ela."

Quando chegamos, a assistente dela já está nos esperando e nos leva ao

escritório de Megan.

"Eu sei que eu não perguntei, mas espero que você tenha tempo para
isso." Eu digo para Olive uma vez que estamos sozinhos.

"A reunião? Sim, claro. Eu sei que tenho que assinar coisas." Ela me lança
um olhar interrogativo. "Pelo menos, estou achando isso."

"Você não tem que assinar nada que não queira Olive. Eu confio em você."

Fomos interrompidos quando a assistente de Megan volta para nos dizer

que Megan está a poucos minutos de distância e para perguntar se queríamos
algo para beber.

Nós dois recusamos.

"Sobre o que ela vai falar com a gente?" Olive pergunta quando a
assistente sai.

"Você não vai se sentar?"

 Ela olha ao redor como se ela está apenas então vendo a seção grande
distante no lado esquerdo do escritório e o conjunto de poltronas na frente da
mesa de Megan.

"Estou bem," ela diz depois de um momento.

Caminho até ela e seguro-a pelos ombros. "Ela não vai vazar qualquer
coisa que não queremos que ela vaze. Para isso, ela precisa conversar com nós
dois. Basicamente, temos de criar um plano de jogo para a coisa do casamento.
Ou seja, se você estiver absolutamente certa, Olive."

Esfregando as palmas das mãos para cima e para baixo pelas coxas, ela
assente e olha para mim. "Eu estou. Como você disse, se nada mais der certo,
pelo menos vai ser divertido."

Deixo minhas mãos descerem pelos seus braços e entrelaço nossos dedos.

"Definitivamente, vai ser divertido," eu murmuro, os seus belos olhos me

puxando para dentro.

"É exatamente assim que eu quero que as pessoas vejam vocês," diz
Megan enquanto ela entra.

Olive dá um leve empurrão. Eu suspiro e olho para o teto.

"Olá para você, também, Megan." Soltando uma das mãos de Olive, eu me
viro para encarar minha querida publicitária. "Olive, esta é Megan, uma linda dor
na minha bunda."

O sorriso de Megan é meio selvagem, mas ela ainda estende a mão e

acaricia minha bochecha. "Você estaria perdido sem mim."

"Se você diz isso," eu murmuro e aperto a mão de Olive.

Ela já está sorrindo para Megan e eu estou tendo dificuldade em olhar

para longe de seus lábios. Ela dá um puxão na minha mão, mas eu não vejo o
porquê eu devo soltá-la então eu a seguro. Quando ela vira aqueles olhos verdes
para mim com um franzir de sobrancelhas, eu tenho que forçar minha mão a
soltar a dela. Imediatamente, ela estende a mão para Megan e elas apertam as
mãos, trocando algumas gentilezas.

"Ok, vamos sentar e conversar," diz Megan, sentando-se atrás da mesa.

Olive escolhe sentar-se na borda de seu assento, seu corpo emitindo todos
os tipos de sinais de estresse: pés saltitantes, mãos frias, mordidas nos lábios...

Mordida nos lábios pode ser divertido, embora. Eu posso fazer a mordida
nos lábios uma atividade divertida para ela.
 "Eu suponho que vocês chegaram a um acordo," Megan interrompe meus
pensamentos, e que bom que ela fez isso.

"Sim." Olive concorda e olha para mim, esperando por uma resposta.

Eu sorrio para ela e roubo um pequeno sorriso de volta dela.

"Vocês devem salvar os olhares avaliadores para a imprensa. Vocês não

têm que atuar em torno de mim, também."

Eu posso ter matado Megan naquele momento. O olhar assustado de Olive

se afasta de mim, e mal consigo fazê-la olhar para mim por mais de alguns
segundos pelo resto da reunião, o que não foi nada excitante.

"Primeiro e acima de tudo, precisamos solicitar uma licença de casamento

confidencial e tirar isso do caminho. Não queremos que eles saibam por conta
própria."

"Eles descobrirem sobre o casamento não é todo o propósito desta coisa?"

Pergunta Olive.

"É," concorda Megan. "Mas queremos que eles saibam sobre isso quando
estivermos prontos para que eles saibam sobre isso." Megan volta o olhar para
mim. "Eu preciso que você compre um anel para Olive. Faça isso antes de saírem.
Nós queremos que ela seja vista usando-o."

"Vamos ir e escolher algo juntos?" Ofereço a Olive.

Antes que ela possa responder, Megan entra na conversa. "Não, não
queremos que ninguém fale sobre isso. Você sabe o quê, esqueça o que eu disse.
Eles provavelmente vão estar atrás de vocês e nós não queremos dar a eles esse
babado ainda. Fale com Alvin, ele cuidará de tudo."

Aparentemente satisfeita com seu próprio plano, ela balança a cabeça

para si mesma e nos dá mais detalhes sobre quando nós devemos ser vistos e
como devemos agir em público.

"Vou imprimir uma lista antes de saírem. Eu quero que vocês sejam
fotografados quase todos os dias em qualquer um destes lugares até que você
saia de viagem para Londres."

"Quando ele vai embora?" Pergunta Olive a Megan.

"Estou bem aqui, você sabe, você pode olhar para mim também," eu sugiro
preguiçosamente.

Suas bochechas mostram um rubor atraente quando ela finalmente me

olha. "Desculpa."
 Eu lhe dou um longo olhar. "Vou para Londres na semana que vem. É só
por alguns dias."

"E você vai com ele," acrescenta Megan, olhando para Olive.

"Eu vou?" Ela geme.

"Sim. E você começará a usar seu anel na estreia de Londres. Se vocês

forem bombardeados com perguntas, poderão respondê-las, contanto que
mantenham as respostas curtas, mas não falem sobre se casar, e mude de
assunto de volta para promover o filme. Vocês dois estando lá juntos será bom
para o filme, também. Outra coisa, eu não quero que você fale com a imprensa
sobre Olive antes de ir. Quando vocês estiverem sendo fotografados aqui na
cidade, apenas sejam vocês mesmos, sorriam para as câmeras... Eu não sei,
talvez segurem as mãos, mas se mantenham suaves. Queremos que todos
estejam falando de vocês e até agora ninguém tem certeza se vocês estão juntos
ou não. Vendo vocês dois na estreia de Londres com um anel no dedo dela será
uma resposta suficiente por si só."

"Não tenho que assinar nada?" Olive pergunta quando Megan termina
suas instruções.

Megan olha para mim com uma sobrancelha arqueada. Eu olho de volta.

"Os advogados de Jason irão lidar com essa parte," ela responde
eventualmente. Mantendo seu olhar fixo em Olive, ela inclina-se para frente.
"Estará no contrato, mas você não pode falar sobre isso com ninguém. Nem seus
pais, nem seus amigos. Nem sequer repita para si mesma depois deste ponto. Se
descobrirem que tudo isso foi arranjado, arruinará tudo o que estamos tentando
fazer."

"Bem..." Olive murmura, estremecendo ligeiramente.

A voz de Megan é áspera, mais áspera do que eu permita que use ao falar
com Olive, quando ela pergunta, "Para quem você disse?"

"Megan," eu digo em voz baixa, silenciando-a.

"Eu mencionei isso para Lucy, mas eu juro que ela não vai contar para
uma alma sequer, Jason." Olive se apressa em dizer, seus olhos focados em
algum lugar sobre meu ombro.

Eu me abaixo um pouco e olho em seus olhos. "Tudo bem, pequena. Eu

confio em você, e se você confia nela..." Eu dou de ombros. "Está feito, Megan.
Então, vamos em frente."

Quando saímos do escritório de Megan depois de passar mais alguns

detalhes de como devíamos agir em público, tanto Olive como eu estávamos
mortalmente acabados.
 "Uau..." Olive expira uma vez que estamos sentados no carro e apenas
olhando para o para brisa. Eu nem sequer tento ligar o carro. "Quem sabia que
eu teria que ter cuidado com tantas coisas. Quer dizer, vamos lá, ela estava
realmente falando sério sobre eu olhar um pouco demais para qualquer outro
ator? Ou a parte - que foi minha parte favorita, a propósito - onde ela disse que
eu teria que desencorajá-lo se você quisesse ter uma rapidinha em Londres?"

"Eu temo que ela esteja falando muito sério. Além disso, minha parte
favorita foi sobre você olhando para mim - oh, desculpe, ‘não olhando’ - eu a
observei do canto do meu olho enquanto eu continuava – “encarando-me
adoravelmente nas fotos. Você acha que pode me olhar adoravelmente, pequena?
Eu não me importaria de trabalhar nisso."

"Que gracinha você é meu futuro-esposo."

"Ah," eu gemo e fecho os olhos. "Chame-me de tudo menos marido. Por

alguma razão, eu odeio essa palavra. Esposo, companheiro..." Eu balanço a
cabeça. "Apenas não me chame de marido," eu digo em uma voz rouca antes que
eu note o que eu estava dizendo.

Ela ri. "Bem, eu vou encontrar outro nome de estimação. Que tal meu...
Bem, olha como eu perdi algumas células nervosas lá dentro, não consigo pensar
em nada agora. Vou pensar em algo, não se preocupe."

Sorrio para mim mesmo. "Não posso esperar para ouvir, querida." Isso é
definitivamente algo que eu iria esperar também.

"Você está pronta para encarar isso?" Eu pergunto suavemente enquanto

nós silenciosamente assistimos alguns sujeitos apontarem e falarem do meu
Spyder enquanto passavam.

Ela se vira no assento para me encarar. "Eu disse que sim, Jason. Eu
quero ajudar; eu não vou voltar atrás. Mas se você mudar de ideia…"

"Não," respondo depois de uma breve pausa, e então deixo minha cabeça
cair de volta no apoio de cabeça. "Você ainda é a única garota com quem quero
me casar."

Ela dá uma risada curta e divertida e descansa sua têmpora contra o

apoio de cabeça. "Eba?"

Viro a cabeça para encontrá-la me estudando. Um segundo depois, eu

estou puxando seus cabelos, roubando outro sorriso dela.

"Em algumas semanas, tudo vai morrer, não se preocupe," eu asseguro a

ela. "E não vai ser tão ruim, eu prometo."

"Eu não estou preocupada. Não exatamente. Quero dizer, é provavelmente

o desejo de todas as garotas se casar com você nesses dias. De mentira ou não,
será... algo. Então, não, eu não estou preocupada. Mas acho que você deveria
estar."

"Por quê?"

"Bem, se não podemos contar a ninguém sobre isso," ela dá de ombros,

seus lábios levantando os cantos. "Eu não vou ser a que vai dizer aos meus pais
que me casei tão apressadamente. Se eu tiver que mentir, você também vai."

Agora é minha vez de estremecer. "Eu acho que posso encantar sua mãe e
seu pai, mas Dylan... Sim, eu não estou tão ansioso por essa conversa."

Fechando os olhos, ela encara de novo. "Então, vamos nos casar logo
depois que voltarmos de Londres. Vai ser uma coisa rápida em sua casa. Sem
amigos, sem nada. Nessa noite, eu moro com você, e quando a filmagem de Soul
Ache começar, vou acompanhá-lo ao estúdio de filmagem nos primeiros dias,
então, eles podem ter as mais sinceras fotos de nós e, essencialmente, começar a
promover o filme exatamente quando a filmagem começar."

"Isso resume muito bem," eu murmuro, esfregando meus olhos.

"Você não é Isaac e eu não... não sou Evie, eles entendem isso, certo?" Ela
pergunta um pouco hesitante quando eu ligo o carro.

"Pequena, nos olhos deles, nós seremos quem quer que eles queiram que
sejamos."
 Capítulo vinte

Jason

Você sabe o que acontece depois de começar a agir como se estivesse

apaixonado por uma garota? Ou, inferno, esqueça sobre estar apaixonado, você
sabe o que acontece quando você age como se estivesse namorando? Caindo de
amores um pelo outro? Não?

Deixe-me lhe dizer o que acontece: você começa a se perder em seu

próprio jogo de merda. Você começa a pensar que estão realmente namorando.
Que porra você deveria pensar quando estão de mãos dadas, olhando nos olhos
um do outro, rindo, e apenas fodidamente desfrutando de suas vidas?

Somente, é um tipo especial de inferno onde você não pode colher os

benefícios do namoro como você faria se você estivesse realmente num fodido
namoro.

Os dias após nosso encontro com Megan passaram em uma agitação de

atividade. Por mais que eu odiasse me ver em todos os meios de comunicação lá
fora, eu não podia negar o fato de que eu não me importava muito quando Olive
estava na mesma foto comigo. Depois de olhar para tantas malditas fotos de nós
dois juntos, rindo, sorrindo e de mãos dadas - sempre de mãos dadas - eu podia
ver o que Tom e Megan tinham visto inicialmente.

Nós parecemos bem juntos.

Felizes.

Eu estava com medo de estar começando a acreditar na mentira que

tínhamos tão meticulosamente criado. Eu estava começando a acreditar que Olive
pertencia a mim e só a mim.

Encontro no cinema tarde da noite?

Checado.

Compras no mercado dos fazendeiros?

Checado.

Encontro para o café?

Checado.

Encontro para o almoço?

Checado.
 Encontro para jantar?

Checado.

Nós estávamos seguindo as instruções de Megan a risca e, enquanto nós

cumpríamos a lista dela uma por uma, nós tínhamos toda uma tripulação de
paparazzis nos seguindo em todos os lugares, e quando digo em todo lugar, quero
dizer em todos os lugares. Todos eles pareciam ter se esquecido das minhas
escapadas para sexo e preferiram se concentrar no nosso novo amor. A julgar por
todos os artigos e vídeos que todos continuavam postando, as pessoas estavam
amando. Todos que leram o livro de Olive, o que era um grande número de
pessoas, estavam torcendo para que Olive ganhasse meu coração. Todos
gostavam da ideia da estrela de cinema conturbada caindo de amores por um tipo
comum de garota.

O que eles não sabiam era que Olive não era nada menos que
extraordinária.

*****

Depois de um longo voo para Londres, finalmente chegamos ao nosso

quarto de hotel. "Este é o nosso quarto? Ou devo dizer palácio?" Olive pergunta
depois de girar e absorver tudo.

"Tetos altos, janelas grandes, duas malditas varandas."

Eu ri. "Acho que você aprova."

"Eu definitivamente aprovo. Estou muito feliz que você esteja pagando a
conta, no entanto."

Mantendo meus olhos para cima e longe de sua bunda, eu sigo atrás dela
e ouço seus comentários sobre cada cômodo na suíte.

"Jason!" Ela ofega quando chega ao banheiro principal. Ela olha por cima
do ombro para ter certeza de que eu estou seguindo ela. Não tão felizmente para
mim, ela tinha tudo, especialmente quando ela se inclina para frente para
verificar o... o... Eu não posso nem ver o que ela está tentando olhar. A camiseta
dela sobe e tudo que eu posso ver é aquela maldita bunda dela.

"Jason, você viu isso?"

Ela se endireita e está olhando para mim, seus olhos verdes cintilando. Eu
sei que ela está animada sobre cada coisinha, porque até a comida do avião a
deixou feliz.
 "Tudo é compartimentado, é tão fofo. Não é fofo? E eles continuam nos
dando champanhe de graça, lanches e doces dinamarqueses. Estou literalmente no
céu agora mesmo."

Eu não vi nada disso; tudo que eu podia sentir era ela ficando sob minha
maldita pele.

Depois de ter comido dois dos meus doces e mais os dela, ela tinha
adormecido toda aconchegada contra mim.

Eu não tinha movido uma polegada o resto do voo.

"Sim?" Eu pergunto, focalizando em seu rosto novamente.

"Há uma banheira clássica aqui." Sua voz ecoa no banheiro ladrilhado.

"Ótimo." Eu murmuro rapidamente me afastando dela antes que eu

perdesse minha maldita cabeça. As coisas que eu poderia fazer com ela naquela
banheira... Eu não preciso de um vislumbre dela de pé ao lado da banheira.

Poucos minutos depois, ela me encontra no meu quarto. "Há apenas dois
quartos aqui." Ela comenta da porta.

Levanto a sobrancelha e olho para ela. "Dois não é suficiente? Quantos

você esperava encontrar?"

"Não é isso não. É tão grande, eu apenas presumi que seria mais do que
dois. Há uma sala de jantar, então se eu quiser convidar os nossos amigos
inexistentes para o jantar, será útil eu acho. De qualquer forma, você vai ficar
com este quarto?" Ela pergunta quando ela entra no quarto e se senta na cama.
"O outro quarto é maior; por que você não fica com aquele? Eu ficaria mais
confortável se você ficasse com aquele."

Quando chegamos no aeroporto, o céu já estava escurecendo, mas eu

ainda abro as cortinas, então as luzes da cidade iluminariam o quarto sem que
eu precisasse ligar as luzes brilhantes.

Eu me viro para sair do quarto, mas Olive está esparramada na cama,

olhando para o teto.

"Ok, fala logo." Oh, como eu gostaria de poder. "Qual é o nosso itinerário
para esta noite? É algo como isto? Às 08h, sair do hotel, certifique-se de ser
fotografada de mãos dadas com Jason Thorn. Às 8h30, entre no restaurante, de
mãos dadas com Jason Thorn. Às 9h30, saia do restaurante, rindo e esfregando-
se em Jason Thorn."

Sorrindo, eu sento ao lado dela e olho para seu rosto virado para cima.
"Eu não sabia que minha mão estava causando tal dor em você."
 "Sua mão... Segurar sua mão não é nenhuma dor. É apenas estranho
como detalhista ela é nas listas dela, como se ela tivesse que mencionar que eu
preciso sorrir quando eu estou olhando para você. O que ela acha que eu vou
fazer? Envergonhar você em público ou algo assim? E, inferno, talvez eu esteja
tendo um momento e eu só quero olhar para você por um segundo."

Meus dedos param de brincar com as pontas dos cabelos macios dela.
Minha voz sai rouca quando eu falo. "Fale mais sobre este momento e vou tentar
responder o melhor que puder."

Ela se vira de lado e fita os olhos em mim. Antes que ela possa responder,
meu maldito telefone vibra com uma nova mensagem de texto.

"É a Megan. Temos um carro esperando para nos levar para jantar.
Aparentemente, ela está se juntando a nós."

Olive geme e cobre os olhos com o braço. "Ela vai passar o plano de jogo
dela para amanhã. Estamos ferrados."

*********

O jantar foi exatamente o que Olive tinha predito que seria: Megan dando
a cada um de nós detalhadas instruções sobre o que dizer, o que não dizer e etc.
No final, ela se concentrou completamente em Olive e explicou o que aconteceria
na estreia no dia seguinte. Quando nem Olive nem eu conseguimos manter mais
nossos olhos abertos, ela concordou em terminar a noite e todos nós voltamos
para nossos quartos.

Eu olho o despertador do meu lado esquerdo e percebo que tinha passado

apenas onze minutos desde que eu tinha deixado Olive sozinha na varanda
depois de dar-lhe um beijo rápido na testa. Foi o mais próximo que tivemos de
um beijo real até agora, sempre um beijo na testa, ou às vezes um beijo ainda
mais inocente na bochecha. Eu já descobri que eu preferia beijar a testa do que a
sua bochecha. A forma como ela olhava para mim depois que eu dava um beijo
sempre desfazia algo dentro de mim, então eu pegava o que eu poderia conseguir.

Mais um minuto se passa. Ela ainda está conversando com os amigos

dela? É a primeira noite que nós dormiríamos sob o mesmo teto e eu estou tendo
problemas para guiar meus pensamentos para longe desse fato.

Finalmente ouço uma porta sendo fechada, então passos suaves a

levaram mais longe do meu quarto para seu próprio quarto. Talvez eu devesse ter
encontrado uma suíte com apenas um quarto.

Eu respiro fundo e deixo tudo para lá.

 Quando ouço o grito de Olive, eu estou fora da minha cama e corro para
ela em segundos. Tão logo quando eu chego na sala de estar, ela colide com meu
peito nu, me deixando sem ar.

"O que é?" Eu pergunto com urgência, meu coração batendo em meu
peito. Quando ela continua tremendo em meus braços, tentando recuperar o
fôlego, eu agarro seus cotovelos e afasto-a do meu corpo. "Qual é o problema?"

Com seu peito subindo e descendo rapidamente, ela encontra meus olhos.
"Alguém está no meu quarto." Sua respiração falha. "No armário."

Assim que termina suas palavras, ouço um suave barulho vindo de seu
quarto. Agarro seu braço com mais força. "Vá para o meu quarto. Agora. Chame a
segurança do hotel." Ela assente bruscamente, mas não se move. "Vá querida.
Vai ficar tudo bem," eu digo, suavizando meu tom. Ela corre sem me questionar
mais.

Quando entro em seu quarto, eu pego o fraco cheiro de Olive, o cheiro de

seu perfume: maçãs frescas e flores. Quando adentro mais, um cheiro mais
pesado obscurece o que eu estou começando a reconhecer quando Olive está
perto.

"A segurança do hotel está a caminho. Se você não quiser entrar em mais
problemas, você deve sair daí."

Uma loira esbelta sai do armário ao ouvir as minhas palavras. Ela está
usando um conjunto de lingerie preta que não deixa nada à imaginação. Certifico
de manter meus olhos em seu rosto e não um centímetro abaixo disso.

Minha mão em punho e respiro fundo.

"Como você entrou?" Eu pergunto, tentando muito manter a raiva que

está queimando dentro de mim fora da minha voz.

E se Olive não tivesse notado a presença desta pessoa em seu quarto e esta
lunática tivesse conseguido machucá-la?

Ela dá de ombros e me oferece um pequeno sorriso. Não é a primeira vez

que uma fã ou stalker tinha pago a um funcionário do hotel para entrar em meu
quarto, mas com Olive aqui comigo...

Muda as coisas.

Seus olhos percorrem meu peito nu e ela encontra a coragem de dar um

passo em minha direção enquanto ela lambe os lábios. Cruzo meus braços sobre
meu peito.

"Eu adivinhei que você a traria aqui com você, mas eu queria te dar
opções hoje à noite. Eu brinco em trio, também." Diz ela.
 Eu aperto a mandíbula e tenho que me forçar para não jogá-la para fora.

"Jason? Está tudo bem?" As palavras suavemente pronunciadas de Olive

vem do lado de fora do quarto.

"Está tudo bem, Olive." Eu ergo minha voz. "Abra a porta para que a
segurança possa entrar aqui o mais rápido possível."

Voltando-me para a lunática, vejo a expressão chocada em seu rosto.

"Talvez você queira colocar suas roupas antes que mais pessoas te vejam assim."

"Mas... mas eu te amo," ela diz, dando outro passo em frente. "Por favor,
dê-me uma chance. Eu realmente amo você, Jason! Eu assisti cada um de seus
filmes cem vezes!"

Eu aperto os dentes e me afasto dela para esperar pela segurança.

"Eu farei o que você quiser Jason. Só me dê uma noite, por favor," ela
implora em vez de colocar as roupas. "Eu só quero uma chance. Vou deixar você
fazer o que quiser comigo. Eu nem me importo se você me foder na frente de um
bando de pessoas. O que quer que seja eu estou de acordo."

Ouvindo vozes altas vindas do lado de fora do quarto, eu saio sem olhar de
volta para ela. Eu estou fazendo o meu melhor para ignorar suas palavras. Ela
ainda está me implorando, seus apelos se tornando desesperados. O chefe de
segurança do hotel, Daniel... Alguma coisa, que eu tinha conhecido assim que
fizemos o check-in, alcança-me antes que eu possa chegar até eles.

"Qual é o problema, senhor?"

"Alguém conseguiu entrar no quarto e se esconder no armário. Sugiro que

a tire daqui imediatamente ou eu estarei prestando queixas."

"Isso é impossível. Nossa segurança..."

Levanto uma mão. "Eu não tenho tempo para discutir isso com você. Ela
obviamente encontrou uma maneira. Leve-a para fora daqui, agora." Seus olhos
ficam sérios e antes que ele possa se mover para o quarto com os outros dois
homens que estão de pé atrás dele, a garota vem correndo para fora, ainda nos
mesmos trajes.

"Você o tirou de mim!" Ela grita enquanto corre para a porta. Enquanto eu
estou pensando que ela está finalmente saindo, de um jeito ou de outro, meus
olhos pegam algo em sua mão: uma arma de choque.

Ela está correndo em direção a Olive.

Eu grito o nome de Olive, tentando avisá-la enquanto meu coração salta

para minha garganta. Antes que eu possa chegar a Olive que está de pé ao lado
da porta aberta ou parar a maldita lunática, um dos caras da segurança imobiliza
a garota no chão de madeira e prende suas mãos atrás de suas costas, forçando
furiosamente a arma para fora de suas mãos.

Uma vez que chego ao lado de Olive, eu estou tremendo tanto quanto ela,
se não mais. Segurando seu rosto em minhas mãos, eu a forço a encontrar meu
olhar. "Você está bem?"

Sua boca se abre, mas nenhuma palavra sai. Ela dá um pequeno aceno de
cabeça.

Enterro seu rosto em meu peito e desejo que meu coração diminuísse a
velocidade.

Ela está bem. Ela está legal.

"Tirem-na daqui!" Eu ordeno quando os caras da segurança parecem estar

tendo seu tempo doce com a menina lamentando.

Puxo Olive tão longe da porta quanto possível. Sua pele está fria sob meu
toque.

"Senhor, você quer que nós..."

"Saiam!" Eu falo irritado, finalmente farto. Felizmente, eles obedecem.

Antes que o último possa fechar a porta, Megan olha através da pequena
abertura. "O que diabos está acontecendo aqui? O que há com toda esta gritaria?"
Ela olha por cima do ombro. "Alguém tentou entrar?"

Soltando Olive por um segundo, caminho em direção à porta e a fecho no

rosto de Megan. Eu não estou em condição para falar com ela.

Desta vez, sou mais gentil quando seguro o rosto de Olive em minhas
mãos. Ela ergue o rosto e seus olhos prendem nos meus. "Sinto muito, Olive." Ela
fica rígida quando eu a toco novamente, mas parece relaxar enquanto eu
lentamente acaricio suas bochechas com meus polegares. Eu não gosto do fato de
que seu rosto ainda está pálido, mas ela não parece tremer mais.

Ela agarra meus antebraços. "Não foi sua culpa. Acho que exagerei um
pouco. É só..." Seus olhos afastam dos meus. "Quando a porta do armário se
abriu e eu vi o reflexo dela no espelho..."

"Não se desculpe, querida." Eu digo bruscamente. Foi minha culpa não

trazer minha própria escolta. "Sinto muito, Olive," eu murmuro de novo e a puxo
contra meu peito.

Alguns segundos depois, seus braços incertos do movimento se prendem

em torno de minha cintura e a tensão rapidamente deixa o meu corpo.
 "Você tirou dez anos de minha vida," eu murmuro contra seu cabelo. Eu
estou segurando a cabeça dela no lugar, bem sobre meu coração.

"Tudo bem, Jason. Acalme-se. Estou bem."

Será que ela sabia o quanto ela tinha me assustado? "Não faça isso de
novo," eu digo, afastando-me para que assim posso olhar para ela. "Nunca mais
fique de pé assim."

Suas sobrancelhas juntam, sua coloração lentamente voltando ao seu

rosto. "Eu estava esperando..."

"Não discuta comigo também. Você deveria ter esperado no meu quarto
depois que a segurança chegou aqui."

Seu cenho franzido se aprofunda e eu combino isso com o meu.

"Você vai dormir comigo," eu anuncio antes que ela possa dizer uma
palavra.

Isso faz com que o franzido da testa desaparecesse completamente quando

sua linda boca se abre.

Tantas coisas para fazer com essa boca.

Tantas coisas para dizer olhando para aqueles olhos cativantes.

"O que você quer dizer?" Ela pergunta, os seus olhos se estreitando
quando eu a solto e gentilmente a puxo para meu quarto.

"A cama é grande o suficiente, Olive. Você vai dormir em meu quarto,
comigo."

"Ok," ela responde, finalmente começando a andar.

"É isso aí? Nenhum argumento?"

"Bem, eu fiquei com medo e era sua fã me assustando afinal, então o

mínimo que você pode fazer é dormir comigo, para me proteger, é claro, então...
sim, eu vou de bom grado dormir em sua cama." Ela olha para mim sobre seu
ombro, seus olhos inocentes. "Não é como se você fosse me tocar, certo?"

Segurando meu riso, eu balanço a cabeça. "Sem toques, não se preocupe."

"Ufa." Ela assobia, fingindo tirar um suor imaginário de sua testa. "Por um
segundo eu estive louca com tanta preocupação. Vamos para a cama, então." Nós
paramos ao lado da cama, minha mão mal tocando suas costas.

"Oh," ela diz, virando-se completamente para mim quando ela fica entre a
cama e eu.
 Há uma chance de eu estar um pouco perto dela.

Seu olhar vai para meu peito e seus olhos se arregalam como se ela está
apenas percebendo que há um homem meio nu bem na frente dela. Quando seus
olhos começam a rastejar, a minha pele formiga e eu luto com o meu corpo para
não reagir a seus belos olhos impulsivos. "Eu... eu deveria tomar um banho
primeiro, então eu vou apenas..." Seus olhos pulam entre meus olhos e a
clavícula. "Eu vou ao outro quarto pegar... minhas coisas. Eu volto logo." Ela bate
no meu braço e afasta rapidamente.

Rindo, deito na cama.

Vinte minutos se passam quando ela finalmente coloca o joelho no lado

direito da cama e sobe próximo a mim. Há muito espaço entre nossos corpos para
que pudéssemos entrar em contato, mas em vez de deitar na própria borda da
cama como eu estava fazendo, ela calmamente fica debaixo das cobertas e se
instala no meio.

Eu fico tenso.

Talvez ela só queira ficar no meio para que pudéssemos partilhar os

lençóis sem ter de puxá-los? Ou talvez ela fosse uma daquelas mulheres agitadas,
e para evitar cair da cama, ela precisava adormecer longe da beirada? De
qualquer forma, eu ficaria no meu lado, então estava tudo bem.

Tudo ficaria bem.

Outros dez minutos se passaram e, graças a Olive virar e girar, eu ainda

estou bem acordado.

Cada vez que ela se vira, move, alisa seu travesseiro, ou suspira
silenciosamente, meu corpo tem um lembrete de sua presença e, naturalmente,
age em conformidade. Inferno, até mesmo sua respiração está começando a
chegar até mim.

Gemendo, viro para a direita para vê-la de costas para mim.

"Jas-" ela começa a sussurrar, mas antes que ela possa terminar meu
nome, eu a alcanço, estendo minha mão pela barriga dela - graças a Deus, pelo
menos ela está usando algo - e a puxo de costas contra meu peito.

Ela ofega e seu corpo fica imóvel. Por um momento, eu não sei o que fazer
com a minha mão, mas então eu resolvo descansar a palma da minha mão na
cama, ainda mantendo meu braço contra sua barriga, prendendo-a. Pelo menos
desta maneira ela vai parar de girar e virar e nós finalmente vamos dormir.

"Jason? Você está dormindo?" Ela sussurra, não virando a cabeça.

"O que você acha?" Eu murmuro.

 "Desculpa. Posso ir se quiser..."

Com meu peito ainda amortecendo suas costas, eu puxo meus quadris
alguns centímetros para trás - apenas para ter certeza que ela não iria sentir
qualquer coisa que ela não deveria sentir - e dou ao seu corpo um leve puxão com
meu braço.

"Vá dormir Olive."

"Oh, ok," ela murmura.

Poucos minutos depois, exatamente quando eu estou prestes a adormecer,

ela começa a mexer seu traseiro. A pequena fada consegue descansar seu traseiro
bem acima do meu pau. Um movimento errado e meu pau já preparado estaria
descansando bem contra sua bunda redonda e bem torneada - não que eu tenha
passado muito tempo olhando para ela...

Enquanto sua respiração se aprofunda, pouco depois que ela tinha se

assegurado de que seu traseiro estava perfeitamente posicionado para me
torturar, levou-me horas para adormecer, lutando com o impulso de avançar,
apenas alguns centímetros, apenas para dar ao meu pau uma sensação.

**********

Com meus olhos ainda fechados, respiro fundo e sorrio para mim mesmo.
Eu podia sentir o sol da manhã filtrando através das cortinas abertas, aquecendo
a minha pele. É bom. A outra coisa que parece mais do que bom é o cheiro de
Olive no meu quarto.

Quando eu tento levantar meu braço para esticar, eu noto um peso

pesado sobre ele. Abrindo meus olhos, encontro meu nariz centímetros longe da
testa de Olive.

Merda!

Em algum momento em meu sono, eu tinha embalado ela nos meus

braços e sua perna tinha de alguma forma sido jogada sobre mim, pressionando
minha madeira matutina em meu estômago. Eu tento ver se eu poderia me
afastar, mas isso só fez piorar as coisas. Quando os quadris de Olive se movem e
sua coxa pressiona mais firme contra meu pau, eu não posso impedir de gemer.

Movendo-se no lugar, ela se aconchega mais perto e enterra seu rosto em

minha garganta.

Oh, foda-me por amor de Deus!

 Com minha mão livre, eu quase consigo agarrar sua coxa e empurrá-la
para baixo, mas minha mão descansa sobre... sua pele nua? Antes que eu possa
me deter, minha mão se arrasta para cima e meus dedos tocam o lado de sua
calcinha.

Doce Jesus...

Ela está nua quando está na cama comigo? Ela estava louca?

Eu inclino minha cabeça para baixo e olho para ela através de meus olhos
meio fechados. Ela ainda tem a camisa vestida, mas está toda amontoada em
torno de sua cintura.

Deixando cair minha cabeça no travesseiro, suspiro e noto tardiamente

que tinha começado a massagear sua coxa, bem debaixo de seu traseiro.

Depois de me acalmar por um segundo, puxo minha mão rapidamente.

Ela faz um ruído suave, doce em seu sono e tenta subir em cima de mim.

"Oh Deus," eu gemo baixinho. Consigo mantê-la no lugar antes que ela
possa subir no meu colo. Quando ela de repente puxa sua perna para longe e vira
para o outro lado, suspiro de alívio. Não estamos nos tocando. Não me
interpretem mal, sua bunda ainda está livre de sua camisa e se eu baixasse meus
olhos um pouco mais, eu posso encontrar o céu, mas eu sou capaz de me conter.

Eu apalpo meu pau, e sim, eu tenho um inferno de uma ereção que eu

teria que cuidar no chuveiro. Apoiando-me no cotovelo, olho para Olive e suspiro.

Ela parece tão inocente em seu sono, tão bonita, e ela iria ser minha
esposa em apenas alguns dias.

Só para ver se ela acorda, eu toco seu braço com a ponta dos dedos e
gentilmente arrasto-os para baixo, até seu pulso.

Nada.

Eu faço meu caminho de volta até seu ombro, mas ela apenas se enterra
mais profundamente em seu travesseiro.

Sentindo-me como um próprio monstro, eu resolvo me levantar e cuidar

de mim no chuveiro antes que eu faça algo estúpido. Nenhuma razão para
brincar com fogo.

Inclinando-me, dou um leve beijo em sua têmpora e ela solta um suave

gemido.

Um barulho que meu pau gosta um pouco demais.

Má ideia, Jason. Pior fodida ideia.

 Rolando para longe dela, eu pulo no chuveiro e cuido do meu pau rebelde
sob a água quente.
 Capítulo Vinte e Um

Olive

Depois de passar quase todo o dia sozinha, porque Jason tinha coisas
para fazer, estávamos agora numa limusine com Megan, dirigindo-nos para o
teatro onde a exibição da estreia iria acontecer.

"Você se lembra de tudo que eu disse Olive?" Pergunta Megan depois que
sua conversa com Jason finalmente termina.

Demora muito para eu não rolar os olhos. "Sim, Megan. Vou deixar Jason
com a maior parte da conversa enquanto eu apenas sorrio e tento parecer bonita
ao lado dele." Levanto um dedo como se eu tivesse acabado de me lembrar de
algo. "Oh, desculpe, eu quase esqueci - eu também vou me certificar, de alguma
forma, de mostrar meu anel sem parecer como se eu estivesse empurrando-o em
todos os rostos."

Jason ri e me estende a mão, com a palma para cima. "Estamos quase lá,
vamos lá."

Sorrindo timidamente para ele, eu pego sua mão. Eu ainda não consigo
encontrar seus malditos olhos. Tento não pensar na conversa que tive com Lucy
naquela manhã.

Eu: EU DORMI NA MESMA MALDITA CAMA COM JASON!

Lucy: Você viu as partes quentes dele?! Comece a descrever. Agora.

Eu: Não, Lucy! Eu não vi o seu... Nada. E, se eu tiver o privilégio de

ver, eu não vou chamá-lo de "partes quentes".

Lucy: Você não é divertida. Então, o que diabos você estava fazendo
na cama dele? Diga-me que você não o viu dormir como assustadora você é.

Eu: Às vezes, eu questiono nossa amizade.

Lucy: Isso vai passar não se preocupe. Vamos, desembucha.

Eu: Longa história curta. Havia uma fã louca esperando no seu

quarto, que aconteceu ser o meu quarto. Depois que ela foi removida, ele
queria que eu dormisse com ele para poder me manter segura.

Lucy: Desmaiei! Você ouviu o baque? Eu apenas desmaiei no chão.

Eu estou te ligando!
 Antes que eu pudesse digitar que eu não podia falar, seu rosto já estava
acendendo minha tela.

"Eu devo me preparar para o cabelo e maquiagem em poucos minutos, eu

não posso falar," eu disse assim que respondi ao seu telefonema.

"Olá para você, também, minha melhor amiga. Caramba! Cabelo e

maquiagem você disse? Você vai se lembrar do meu nome em poucos dias?"

"Fui eu que te mandei um SMS há alguns segundos."

"Bem, eu não podia mostrar minha excitação através de mensagens, você

tinha que ouvir minha voz. Você queria ouvir minha voz, não é?"

Abri a porta da varanda e saí para garantir que ninguém me ouvisse.

"Ok, você fez bem. Eu tenho mais para contar, mas você não pode
enlouquecer, está bem? Porque se você enlouquecer, eu vou enlouquecer e eu não
posso enlouquecer."

"Jesus, você já está me enlouquecendo com todos esses ‘Não me

enlouqueça’."

"Eu realmente tenho que ir antes que eles entrem. Eu não quero enfurecer
Megan. De qualquer forma, como eu disse, nós dormimos na mesma maldita
cama," eu disse, pulando um pouco para cima e para baixo. Eu estava ficando
animada apenas falando sobre isso.

"Sim, sim. Continue, continue!"

"No meio da noite, eu acordei porque senti algo na minha perna."

"O queeeeeee?" Ela gritou na outra extremidade da linha e eu tive que

puxar o telefone para longe da minha orelha. "Era a parte quente dele?"

"Não, Lucy. O pau dele não cresceu magicamente entre as pernas e

caminhou para mim. Ele ainda estava dormindo, mas sua mão estava na minha
perna e ele estava..." Eu baixei a minha voz e olhei para o chão. "Acariciando a
minha coxa."

Lucy ofegou. "Ele tocou sua perna. Isso é escandaloso. Continue. Eu amo
isto."

Mordi meu lábio para não sorrir. "Então, ele puxou minha perna sobre seu
colo e eu-"

"Oh meu deus!" Lucy gritou antes que eu pudesse terminar a frase. "Ele
puxou sua perna sobre o pau dele! Você sentiu o pau dele! Jameson faz isso
quando ele está acordado!"
 "Obrigado por me interromper," eu murmurei, mas eu ainda estava
sorrindo.

"Olive?" A voz de Jason me tira dos meus pensamentos. "Estamos aqui.

Você está pronta para fazer isso?"

Olho para fora da janela e quando vejo o que está esperando do outro lado
da porta, de repente, não me sinto tão bem afinal. Eu estava me acostumando
com os paparazzi - eu até tinha meus próprios favoritos entre eles, mas isso? Eu
posso entender por que Megan está tão empenhada em se certificar de que todo o
meu foco esteja em Jason e apenas em Jason.

"Ei." Jason diz suavemente ao meu lado. Eu olho para ele, meu pânico
mal sendo controlado.

Eu estou ferrada.

"Você está bem?" Ele pergunta.

"Nós não temos tempo para isso agora, Jason." Megan intervém.

"Tenho todo o tempo do mundo para Olive. Se você está tão determinada a
sair lá fora, fique a vontade." Ele gesticula para a porta com a mão.

Megan respira fundo, dá a ele um olhar de morte e diz, "Tente ser rápido."
Então, ela sai do carro, deixando-nos sozinhos.

"Você está bem?" Ele repete.

"Há tantas pessoas lá fora," eu respondo, os meus olhos ainda estão

focados em todas as pessoas gritando além do tapete vermelho.

Os dedos de Jason pegam meu queixo e minha atenção se move para ele.
"Eu não vou deixar você sair da minha vista. Será que isso faz você se sentir
melhor?"

Seus olhos são tão gentis comigo. Ele se importa comigo mais do que se
preocupa com tudo o que está esperando por ele lá fora. Alguém bate na janela e
eu salto em meu lugar.

Olho pela janela traseira do carro e vejo que estamos segurando a fila.

"Não me importo com eles." Jason vira minha cabeça para ele novamente;
desta vez, seu polegar esfrega suavemente meu lábio inferior.

Eu respiro profundamente e concordo com ele. "Eu realmente apreciaria

se você não se esquecesse de mim lá fora."

"Olive," ele murmura, sua cabeça ligeiramente inclinada para o lado.

"Receio que seja tarde demais para eu me esquecer de você." Meus olhos derivam
para sua covinha.
 Ele quis dizer isso?

Enquanto eu estou ocupada sendo estúpida sobre uma maldita covinha,

alguém abre sua porta e se inclina no carro.

"Sr. Thorn?"

"Vamos," Jason resmunga enquanto me puxa pela mão. "Vamos acabar

com isso para que você possa me ver matando um bando de caras sem camisa."

Fecho os olhos e, com sua ajuda, saio.

Todos os burburinhos e gritos que irrompem ao nosso redor assim que

eles avistam seu ator favorito obriga-me a abrir os olhos e encarar a música.

A mão de Jason aperta a minha por um breve segundo enquanto procura

algo nos meus olhos; o que quer que ele tenha visto deixa-o satisfeito, porque ele
caminha para frente e gentilmente puxa a minha mão para segui-lo.

Com minha mão livre, furtivamente aliso minha saia do vestido enquanto
eu tento acompanhar ele. Oh sim, eu estou vestindo um maldito vestido branco
Burberry que eu nem quero saber o preço. Jason tinha pedido a sua própria
estilista, Jewel, para escolher algo para mim também, e depois de ver as minhas
opções, tínhamos decidido ir com o vestido Burberry. Era a coisa mais linda que
eu já coloquei. O bustiê sem alças encaixava-se perfeitamente em minha pele e
fez maravilhas para os meus seios, enquanto a saia cheia conseguiu deixá-lo
parecendo ainda mais feminino. Eu nunca queria tirá-lo, especialmente depois
que eu peguei Jason espreitando meus seios mais do que algumas vezes.

No entanto, uma vez que ele tinha uma expressão tão angustiada em seu
rosto sempre que seus olhos caíam mais abaixo que meu queixo, eu não poderia
ter certeza se ele amou o vestido tanto quanto eu ou odiou.

Ao lado de Jason Thorn, que está usando um terno preto que fazia cada
mulher solteira em sua vizinhança perder a cabeça um pouco, eu realmente me
senti adequada antes que tivéssemos deixado o hotel. Mas agora... Enquanto
meus olhos aterravam em suas costas e outros atores e atrizes que estavam
dando entrevistas à imprensa ou posando para fotos, eu me senti tão pequena
como uma formiga entre eles.

Quando nossos pés chegam ao tapete vermelho, Jason me puxa para a

esquerda, em direção aos fãs gritando. Eu não posso nem mesmo imaginar
quantos eles são. As barreiras e os guardas de segurança colocados
estrategicamente parecem apenas mal segurar eles afastados da maneira que
empurram um para o outro para se aproximar de Jason. Alguns deles estão
chorando.

Jason nunca solta minha mão enquanto caminhamos em direção a eles,

mas em algum momento um cara usando um terno cinza aproxima-se de nós
para falar com ele em um tom tranquilo e então Megan está me afastando de
Jason, me forçando a soltar sua mão. Em resumo, ele olha para mim por cima do
ombro, com uma pequena carranca no rosto, mas então precisa encarar seus fãs
e assinar qualquer coisa e tudo o que empurram para ele.

Um movimento à esquerda de Jason chama minha atenção e eu vejo um

garoto, por volta de oito ou nove anos, correndo em direção a Jason. Tinha
conseguido escapar de um dos guardas de segurança, mas antes que pudesse
chegar a Jason, outro o pega. A comoção deve ter atraído a atenção de Jason -
como fez com todos desde que o garoto estava gritando e lutando para sair do
aperto do segurança - porque ele se vira e faz sinal ao sujeito para soltar o garoto.
Ele sa ajoelha na frente do garoto quando ele corre para ele. Não podemos ouvir o
que eles estão dizendo um para o outro, mas o garoto está radiante em Jason
com excitação mal contida. Ele empurra algo em sua mão e Jason assina com um
sorriso em seu rosto. O garoto olha na minha direção e diz algo para Jason que é
engraçado o suficiente para fazê-lo rir. O garoto afasta o olhar de mim, mas
Jason me chama a atenção e me pisca enquanto bagunça o cabelo do garoto. O
mesmo guarda de segurança vem e escolta o garoto de volta para seu pai. Depois
disso, ele conversa um pouco mais e assina mais alguns braços.

Quando eu penso que ele tinha finalmente terminado, ele olha para mim
por cima do ombro e faz sinal para ir até ele.

Eu olho para Megan, mas ela está de costas para mim e está ocupada em
seu telefone, então eu dou de ombros e incerta caminho em direção a Jason. É
impossível ouvir qualquer coisa que ele está dizendo, mas quando me aproximo,
vejo que ele está segurando algo grosso em sua mão. Um livro.

Meu maldito livro.

Fazendo o meu melhor para não mostrar o meu desconcerto, eu chego ao

seu lado e olho para ele, perguntando por que ele me quer lá.

Sua mão quente toca meu pescoço e ele se inclina para sussurrar em meu
ouvido, "Eles querem que você assine o livro deles."

"Eu?" Eu grito para ele quando ele olha para mim.

Ele balança a cabeça, sorri e me entrega o livro. Alguém se aproxima de

mim e me entrega uma caneta. De uma só vez, eu assino mais de vinte livros.

Vinte malditos livros!

Quando Megan aparece ao nosso lado para dizer a Jason que precisamos
continuar andando, Jason pega minha mão na sua, o que faz todos gritarem
ainda mais alto, e continuamos nosso caminho através do tapete para que os
fotógrafos possam tirar fotos de Jason.
 Há tantos lampejos piscando, tantas pessoas gritando o nome de Jason - e
meu nome.

Eu sinto como se estivesse em um sonho ou talvez fosse um pesadelo; eu

não consigo decidir.

Quando estamos em frente às câmeras, a mão de Jason pousa em minhas

costas e ele me puxa mais perto de sua frente. De acordo com as instruções de
Megan, eu levanto minha mão para mostrar o anel e a coloco no abdome de
Jason - um abdome duro que se contrai ao meu toque, um abdome que eu tinha
olhado por uma boa quantidade de tempo e talvez até tivesse tocado uma ou duas
vezes enquanto ele estava dormindo na noite anterior.

Justo quando todos os lampejos estão prestes a me cegar pela eternidade,

um deles grita, "Jason! Um beijo! Uma foto com um beijo!"

Eu tento muito, muito mesmo não reagir, de não sorrir como o gato de
Cheshire, mas quando Jason olha para mim e eu inclino minha cabeça para cima
para encontrar seus olhos, eu tenho o maior sorriso no meu rosto.

Enquanto todos ao nosso redor ainda gritam, a mão de Jason toca minha
bochecha e cada pessoa em torno de nós desaparece para mim. Minha mente
está mortalmente silenciosa. Está acontecendo. Eu estou a segundos de distância
de beijar o cara dos meus sonhos.

Eu vejo seus lábios aproximarem enquanto meu coração tenta forçar seu
caminho para fora do meu peito. Minhas pequenas borboletas estão se
preparando para a decolagem de suas vidas.

Mas…

Mas não acontece como aconteceu nos sonhos que eu tinha com Jason
desde que eu conseguia me lembrar. Nem mesmo perto.

Enquanto eu estou esperando o primeiro melhor beijo na história dos

primeiros beijos, Jason só me dá um selinho. Um maldito selinho! Seus lábios
pressionam contra os meus por apenas dois segundos, três no máximo.

Eu me sinto enganada.

E, bem, desde que eu sonhava em beijá-lo por tanto tempo - muito, muito
tempo - eu tive dificuldade em não mostrar a decepção que sinto em meu rosto.
Por um segundo, um segundo muito rápido, eu posso ter arranhado meu nariz
em desgosto logo depois que ele se afasta de mim. Assim eu rapidamente coloco
um sorriso em meus lábios e o deixo me puxar para outra estação onde ele
estaria dando entrevistas curtas para numerosos meios de comunicação.

Seguindo as instruções de Megan, recuo um pouco e faço o meu melhor

para manter um sorriso no rosto.
 Eu não posso mesmo me enganar pensando que ele simplesmente não
gostava de demonstrações públicas de afeto; o cara tinha sido retratado em
situações piores. Eu não posso sequer contar quantas fotos eu tinha visto ao
longo dos anos onde sua língua estava na garganta de alguma atriz ou modelo.

Evidentemente, ele realmente me vê como nada mais do que uma amiga.

Inferno, eu até mesmo posso ter feito um trabalho muito melhor em beijar meu
amigo.

"Você não está sorrindo. Sorria," Megan me alerta de seu lugar próximo a
mim.

Eu mostro-lhe meus dentes e ela suspira, balançando a cabeça.

Quando Jason termina todas as entrevistas, chega o momento dele se

juntar aos atores do filme para as fotos do grupo.

Perto da linha de chegada, certo? Depois do beijo mais decepcionante da

história, o que mais pode acontecer que estragaria uma noite bonita ainda mais
do que já tinha sido?

Jennifer Widner pode acontecer, pessoal. E ela realmente acontece. Ela

aparece do nada e toma seu lugar ao lado de Jason e dos outros atores. Ela
poderia ter ficado ao lado de qualquer um dos outros, mas, nãooo, ela escolhe
Jason e ela coloca a mão em seu peito como eu tinha feito minutos antes.

Imagine minha surpresa quando ela chama minha atenção e pisca para
mim.

Eu estou de pé, mais ao lado, então eu não posso ver o rosto de Jason
para dizer se ele tinha visto sua piscadela. Eles posam para uma tonelada de
fotos e quando Jason volta para o meu lado, ele ainda tem o seu sorriso com
covinhas em seu rosto.

Eu? Não muito.

**********

No final da noite, depois que toda a loucura termina, seguimos para o

nosso quarto de hotel inteiros. Eu dou a Megan uma boa noite e lhe agradeço por
toda a sua ajuda. Sem suas instruções firmes, eu teria parecido como um peixe
fora da água, pelo menos mais do que eu já tinha.

Depois que Jason e eu entramos em nossa suíte e ele se certifica de

trancar a porta, eu coloco alguns passos entre nós e olho para ele com um sorriso
cansado em meu rosto. "Foi uma noite linda, Jason. Obrigado por tudo."
 Não sei exatamente o que devo fazer, coloco a mão em seu braço, hesito
por um momento e depois me inclino para lhe dar um beijo suave em sua
bochecha.

Quando eu me afasto, sua covinha aparece, mas eu estou de saco cheio

pela noite. Eu nem sequer tenho força suficiente para apreciar a maneira como
ele está olhando para mim, seus olhos viajando pelo meu corpo da cabeça aos pés
ou o quão bom ele parece com as mangas da camisa enroladas, ou como... a lista
continua. Abaixando-me, eu puxo meus sapatos de salto alto para fora de meus
pés e faço uma careta de dor.

Meus pés estão acabados. Mortos.

"Você nunca disse o que achou sobre o filme."

"Oh, eu não disse? Desculpa. Foi fantástico. Você estava ótimo. Obrigado
por me trazer aqui."

Seu sorriso ilumina seu rosto.

Levantando os sapatos com um aceno enquanto eu respaldo, eu digo,

"Estou indo para a cama, então boa noite. E de novo, obrigada, Jason." Ele tinha
feito com que a segurança verificasse cada centímetro da suíte, então eu sabia
que estávamos livres de fãs aquela noite, o que significava que eu não tinha razão
para não dormir no meu próprio quarto.

Suas sobrancelhas se juntam. "Você vai para a cama, agora?"

"Megan disse que nosso voo mudou e nós estamos partindo amanhã bem
cedo." Eu dou de ombros. "Também meus pés estão me matando, então sim,
estou terminando a noite." Dou-lhe outro pequeno aceno e me viro, mas sua voz
me para antes que eu possa escapar.

"Você vai dormir lá dentro?" Sua voz não é exatamente dura, mas não é
tão suave quanto segundos antes também.

Olho por cima do meu ombro. "Sim. Boa noite, Jason."

Caminhando diretamente para o banheiro, eu encho a banheira magnífica

com água quente, tiro o meu igualmente magnífico vestido e suspiro de alívio logo
que meus dedos dos pés afundam na água.

***********

No meio da noite, eu acordo quando sinto algo se movendo na minha

cama. Por um segundo, eu estou confusa, mas então eu percebo que não era um
sonho. Eu grito e jogo os lençóis para quem está na minha cama - como se isso
vai ser suficiente para assustar o intruso - e rolo para saltar para fora e de
alguma forma chegar a Jason.

Quando uma mão forte pousa em meu estômago e me arrasta de volta

contra um peito duro, eu fico meu fôlego.

"Pare de gritar," Jason resmunga atrás de mim.

"Jason?" Eu sussurro. "Jason!"

Com meu coração ainda batendo na minha garganta, eu bato na mão dele
onde ainda está descansando na minha barriga e grito um pouco mais só para
uma boa medida.

"Você está maluco? Eu quase tive um ataque cardíaco."

"Como eu saberia que você acordaria?"

"O que você quer dizer com ‘como eu saberia que você acordaria’?" Eu
tento rolar para encará-lo, mas seu braço se aperta em volta da minha cintura e
me puxa para mais perto dele.

Desta vez, fico sem ar por uma razão completamente diferente.

"Não se mexa. Estou tentando dormir."

"Oh, e como é que eu estava? Girando em círculos?"

Quando ele apenas resmunga sob sua respiração e de outra forma calado,
eu pergunto, "O que você está fazendo aqui, Jason? Você não poderia ter batido e
me acordado antes de você rastejar em minha cama? Eu pensei que uma das
suas fãs loucas estavam na cama comigo, pensando que eu era você!"

"Bem, não era. Sou só eu. Que diabos são esses barulhos?"

"O quê? Oh, fogo crepitante e vento nas árvores."

"Fogo crepitando e... vento... nas árvores." Repete ele.

"Sim." Eu viro minha cabeça para olhar para ele por cima do meu ombro.
Ele esta´me dando um olhar tipo 'você está ficando louca'. "O que? Me relaxa
antes de adormecer." Eu digo, ficando ofendida.

"Você pode dormir sem isso?"

"Claro. Eu só gosto de ouvir isso."

Meu corpo está rígido, mas sua mão acariciando meu braço lentamente
me ajuda a relaxar e me acostumar com ele.
 Ele coloca o queixo no meu ombro e olha para o meu telefone que está ao
lado do meu travesseiro. Sua respiração quente está fazendo cócegas no meu
pescoço, mas na maioria das vezes consigo ficar quieta.

"O vento é meio assustador, Olive."

"Eu posso mudar para a chuva."

Pressionando seu rosto mais fundo no meu pescoço, ele ri.

"Vamos ouvir isso."

Rapidamente, paro o vento e mudo para ‘chover no telhado’.

Ele cantarola para si mesmo por alguns segundos, em seguida, aprova.

"Eu gosto deste muito mais."

"Há cachoeira ou oceano, também."

"Não, mantenha a chuva e seu fogo crepitante. Você se lembra de como

você costumava sentar à sua janela e ouvir a chuva com os olhos fechados?"

"Claro que sim." Mas como ele lembrava?

"Você sempre tinha um sorriso no seu rosto quando você fazia isso, sua
mente há quilômetros de distância. Sua mãe costumava ficar tão frustrada com
você quando você saía na chuva sem um guarda-chuva. Você ficava doente toda
vez, mas nada poderia impedi-la."

"Sim," eu concordo em uma voz grossa. "E eu me lembro de você tentando

retardá-la sempre que você me via tentando me esgueirar sem ela perceber."

"Bem, é difícil enganar a sua mãe. É um trabalho de dois homens."

Ficamos em silêncio por um tempo depois disso.

"Acho que o ar condicionado no meu quarto está quebrado. Não vi a

necessidade de chamar alguém para verificar o que é que tem de errado quando
temos outro quarto perfeitamente quente."

"Então…?"

"Então, temos que dividir a cama por mais uma noite. Você pode voltar a
dormir agora."

"Eu ainda posso ouvir o meu batimento cardíaco, Jason. Tenho certeza de
que não vou voltar a dormir logo."

"Deixe-me ver," ele sussurra e, de repente, sua mão está se movendo da

minha barriga para meu coração.
 Cuidadosamente saltando meus seios - Maldito! - sua mão descansa sobre
o meu coração.

"Hmm, você está certa; eu posso sentir seus batimentos cardíacos."

Eu não consigo falar. Sem palavras.

Ele respira fundo contra meu pescoço, fazendo meu corpo tremer, e diz,
"Vá dormir Olive." Então, finalmente, sua mão se afasta do meu coração e volta a
minha barriga. Talvez um minuto depois disso, sua respiração se estabiliza e ele
adormece.

Bem desse jeito.

Fico acordada por horas.

 Noiva de um mal beijador?

Você viu as novas fotos do casal mais falado de Hollywood? Enquanto eles
foram fotografados por toda a cidade na semana passada e geralmente pareciam
felizes juntos, as coisas parecem ter tomado uma direção ruim para Olive Taylor.

A nova autora e o galã de Hollywood assistiram à estreia do filme de Jason

Thorn, em Londres, na noite passada. Enquanto ambos pareciam incríveis juntos e
roubavam o coração de seus fãs, assinando tudo o que era entregue a eles, tudo
mudou quando foi a hora para posar para as câmeras.

Por dias agora, rumores têm circulados de que o novo casal está
considerando amarrar o nó depois de perder tantos anos que poderiam ter sido
gastos juntos. Na segunda foto, você pode ver claramente que a senhorita Taylor
está orgulhosamente ostentando um anel de diamante no seu dedo. Estamos
pensando que os rumores são verdadeiros! Quantos de vocês, senhoras, morreriam
para estar no lugar dela?

Mas então, o impensável acontece. Quando o casal é convidado a

compartilhar um beijo para uma foto, Jason dá-lhe um selinho! Um selinho,
pessoal! A estrela bonita, que é conhecida por sua proeza sexual, que nós vimos
devorar numerosas mulheres no cinema, dá a senhorita Taylor apenas um selinho!
E o engraçado é que você pode ver a decepção no rosto dela tão claramente.

Nós estávamos definitivamente esperando um beijo muito mais aquecido do

casal, e considerando o olhar no rosto de Olive depois que toda a coisa tinha
acabado... Ousamos dizer que Jason Thorn é um bom ator, mas na verdade é um
beijador ruim na vida real?
 Capítulo Vinte e Dois

Olive

Tinha sido exatamente uma semana e meia desde que tínhamos retornado
da estreia do filme em Londres. Uma semana e meia desde que todos os tabloides
fizeram da minha imagem - a que ninguém parecia parar de falar - a capa deles.
Enquanto Jason nunca mencionou a existência disso, Megan estava furiosa. Ela
tinha me ligado mais do que algumas vezes apenas para ter certeza que eu estava
ciente de quanto eu estava arruinando as coisas para Jason. Depois dessa
conversa específica, eu esperava receber um telefonema do próprio, gentilmente
me deixando saber que a nossa coisa de casamento falso estava cancelada.

Essa ligação nunca veio.

Enquanto mal nos víamos na semana depois de chegarmos em casa, eu

me mantive ocupada escrevendo as primeiras páginas do meu novo romance.
Tanto quanto eu estava feliz que minha musa estava de volta, eu estava infeliz
com o fato de que eu não poderia dizer a minha mãe e meu pai ou mesmo a
Dylan sobre o que estava acontecendo na minha vida. No início, eles não
acreditaram que algo estava acontecendo entre Jason e eu e optaram por não
ouvir a imprensa, mas depois que eles viram as fotos da estreia, eles tinham me
ligado e me perguntaram se tudo era verdade. Eu odiava mentir para eles, mas eu
não tinha outra opção se eu queria uma chance de fazer as coisas reais com
Jason.

Nem é preciso dizer que nenhum deles estava feliz comigo. Enquanto meu
pai só falou comigo por alguns segundos, minha mãe estava... ela estava triste e
preocupada que eu estava cometendo um erro. Devido ao fato que as filmagens
para ‘Soul Ache’ estavam prestes a começar, eu não podia ir até eles, até Jason
ter tempo livre para vir comigo, porque não havia jeito de encará-los sozinhos. De
jeito nenhum.

Então, naquela manhã, na casa de milhões de dólares de Jason Thorn em

Bel Air, eu tinha oficialmente me tornado Olive Thorn. Fora Lucy, Tom e Megan,
não haviam testemunhas de nosso santo matrimônio. Até Char não pôde ir,
porque tinha um dia cheio de provas.

Duas horas depois de nosso ‘casamento’, Jason me deixou com Lucy

porque ele tinha que estar no estúdio para ensaios e algumas outras coisas. Um
pouco depois, Lucy teve que ir para uma aula.

O que deixou minha bunda recém-casada sozinha na casa de Jason. À

medida que as horas passavam, eu me dei um passeio em sua casa e felizmente
descobri que ele tinha uma enorme sala de mídia com poltronas de couro
incrivelmente confortáveis. Depois de caminhar sem rumo, dentro e fora de sua
casa, eu me forcei a sentar ao lado da piscina com meu laptop e digitar algumas
palavras.

Quando o céu começou a escurecer e eu ainda estava sozinha, decidi que

seria uma boa ideia começar a comemorar meu próprio dia de casamento com
uma bebida. Então, uma bebida levou a outra e depois outra.

Que maravilha. Feliz fodida lua de mel para mim!

A próxima coisa que eu soube foi que estava ligando para o número de
Lucy.

"Ser esposa de Jason Thorn não é" - soluço - "tão glamoroso como eu
pensei que seria."

"Você está bêbada?" Pergunta Lucy.

"E daí? E se eu estiver? Você estava transando com Jameson? Porque se

você estivesse, bom para você. Bom para todos que estão transando.
Tecnicamente, é minha lua de mel, e você sabe quanto sexo estou tendo agora?
Nada. Zero. Exatamente isso. Pense sobre isso. Sua cabeça está explodindo,
certo?"

Lucy ri por um bom minuto. "Seus sons explodiram, tudo bem," ela diz,
ainda rindo. "Eu acho que você deve maneirar nas bebidas."

"Você pensaria isso, certo? Quer dizer, se Jason Thorn não pode explodir
sua cabeça, quem diabos poderá? Mas ele está aqui explodindo minha mente
agora? Não. Minha vagina está perfeitamente intocada pelo pênis de Jason Thorn.
Inferno, até meus lábios estão intocados."

"Eu pensei que ele já tivesse voltado." Há um farfalhar do outro lado da

linha e ela murmura algo para alguém.

"Você estava transando com Jameson! Eu sabia! Todo mundo está

transando agora!"

"Você quer que eu vá? E apenas para o seu registro, sua recém-pervertida,
eu não estava tendo relações sexuais com Jameson. Estávamos... estávamos
deitados na cama. Ele está dormindo na verdade."

Sento-me mais reta e quase derrubo o copo de champanhe. "Você está se

apaixonando por ele!"

"Ok, agora você está apenas falando bobagem sem sentido. Estarei aí
assim que puder."

"Não," eu gemo, tomando o último gole do meu champanhe. "Eu quero ir

até você. Estou há segundos de distância de ir para o quarto dele e apenas me
esfregar toda sobre seus lençóis. Não posso ficar aqui por muito tempo."
 "Parece que você já fez isso."

"Não exatamente. Então, você gostaria de me dizer como você está

apaixonada por Jameson, mas praticamente com medo de sua cabeça para
aceitar?"

Silêncio.

"Está bem. Aguenta aí. Estou indo pegar você."

*********

"Ele cheira tão, tão bem, Lucy. Eu cheirei tudo no quarto dele. Foi tão, tão
bom. Por que você não cheira como ele?" Eu me inclino para frente em seus
braços e tento cheirar seu cabelo. "Você ainda não cheira como ele."

"Estou pensando que é uma coisa boa agora. Tente ficar quieta por um
minuto! Nós vamos cair rolando as escadas, então você nunca vai sentir o cheiro
dele novamente."

"Eu não posso cair. Eu quero cheirá-lo e lambê-lo por toda parte."

"Bom, então me ajude um pouco para que possamos levá-la até estes
últimos degraus e para uma cama."

Eu cantarolo uma canção que está presa em minha cabeça e consigo

chegar na frente da porta do nosso apartamento com a ajuda de Lucy. "Eu
consegui!" Eu grito, erguendo meus braços. "Eu consegui! Agora, o que eu ganho?
Uma noite com Jason?"

A mão de Lucy aperta minha boca. "Fique quieta pelo amor de Deus." Ela
sibila, e em vez de tirar sua chave, ela bate na porta.

Marcus a abre. "O que está acontecendo-"

"Marcus." Eu choro e me jogo em seus braços.

Pegando-me no último segundo, ele olha para Lucy antes de me olhar.

"Eu me casei," eu anuncio enquanto eu empurro meu anel em seu rosto.

"Vê?"

"Eu vejo," ele diz, me puxando para cima em seus braços enquanto eu
começo a deslizar para baixo.
 "O que há de errado com ela?" Ele pergunta a alguém por cima do meu
ombro. Olho para trás e me lembro de que Lucy me trouxe de volta para casa.
Então, noto que minhas mãos estão tocando pele nua.

Eu franzo o cenho para o peito nu de Marcus. "Por que você não está
usando nada?"

"Acho que você perdeu o privilégio de perguntar isso, não acha?"

Minha carranca se aprofunda. "Por que eu deveria perder priv-le... privilg-"

"Oh, parem com isso vocês dois." Lucy exclama por trás das minhas
costas. "Ajude-me a levá-la para dentro ou saia do nosso caminho para que eu
possa-"

Antes que ela possa terminar suas palavras, eu estou de pé e nos braços
de Marcus.

"Whoaaaa," eu ri. "Você nunca me carregou antes, Marky. Por que você
nunca me carregou? Eu não acho que estou me sentindo tão bem," acrescento,
apoiando minha cabeça em seu ombro.

Charlotte está encostada no batente da porta, o rosto ilegível. "Char, senti

sua falta hoje," eu digo, estendendo a mão para ela, mas ela balança a cabeça e
fecha a porta.

"Aonde você vai?" Pergunta Lucy, seguindo-nos apressadamente. "Leve-a

para o meu quarto."

"O que há de errado com Char?" Eu pergunto, mas Marcus e Lucy me

ignoram.

"Marcus, você está me ouvindo?" Ela repete.

Marcus abre a porta, leva-me para a cama e gentilmente me coloca no

meio.

Me enrolo e murmuro, "Meu estômago está fazendo algo dentro."

"O que você acha que está fazendo, Marcus?"

"Estou cuidando dela. Alguém tem que fazer isso."

"Que diabos você acha que eu estava fazendo?"

"Você está sendo muito barulhenta," eu digo, encolhendo-me e agarrando

os lençóis para que eu pudesse parar de girar.

"Vamos, Olive. Vamos para o meu quarto."

 "Deixe-a ficar," intervém Marcus. "Jameson ainda está no seu quarto e o
quarto de Olive está praticamente vazio. Ela precisa dormir. Onde diabos está o,
assim chamado, marido dela?"

"Isso não é da sua conta, Marcus," ouço Lucy dizer.

Alguém se senta ao meu lado e começa a tirar o cabelo do meu rosto. Era
agradável. Por que Jason não podia acariciar meu cabelo, também? Deve ter sido
Marcus. Eu não conseguia me lembrar de Lucy ter tais mãos grandes. "Eu acho
que é. Não parece que você está fazendo um trabalho muito bom de cuidar dela,
Lucy."

Eu gemo e viro minhas costas para eles. Eu estou muito cansada para
ouvi-los brigar.
 Capítulo Vinte e Três

Jason

Irritado ao máximo, eu fico na frente do velho colega de quarto e ex-

namorado de Olive, tentando o meu melhor para não socar o cara.

"Dê-me Olive," eu ordeno pela segunda vez.

"Ela não está em estado de te ver agora, cara. Eu sugiro que você volte na
parte da manhã." Ele tenta fechar a porta na minha cara.

Eu tinha chegado em casa tarde, apenas para encontrar uma garrafa

vazia de champanhe e o laptop de Olive ao lado da piscina, mas nada dela.

Quando eu tentei ligar para ela, encontrei o telefone dela em seu próprio
quarto bem do outro lado do meu. Bastante preocupado, eu tinha visualizado seu
telefone, liguei para a amiga dela Lucy e soube que ela estava em seu
apartamento.

Bato na porta com a palma da mão e o forço a abri-la. "Olive!" Eu grito

para dentro do apartamento. Ao invés de Olive sair, uma Lucy de olhos
sonolentos aparece por trás do vagabundo.

"O que está acontecendo aqui? Jason? Você está aqui para pegar Olive?"

"Sim," eu aperto meus dentes, mantendo meus olhos em Marcus. "Você

pode dizer a ela que eu estou aqui?"

Agarrando-se ao braço de Marcus, Lucy tenta puxá-lo para trás, mas ele
não está se movendo. Aquele filho da puta tem seus olhos em mim, também.

"Você perdeu a cabeça, Marcus? Ele é o marido dela, pelo amor de Deus."

Ele dá um riso sem graça. "Como se eu acreditasse que fosse verdade

depois do jeito que ela chegou aqui."

Meus olhos derivam para a Lucy com um tipo de preocupação diferente.

"Olive está bem? Aconteceu alguma coisa?"

"Como se você se importasse com ela," Marcus fala rispidamente.

O rosto de Lucy se suaviza. "Ela está bem, Jason. Ela só bebeu um pouco
demais. Ela está dormindo. Por isso que eu disse ao telefone que você poderia vir
buscá-la pela manhã."

Enojado com o idiota, eu entro no apartamento deles.

"Ei!" Ele grita atrás de mim.

 Apenas venha para mim garoto, penso. Venha até mim para que eu possa
acertar você.

"Onde ela está?" Eu pergunto, olhando para Lucy.

Charlotte, a outra companheira de quarto, está observando tudo se

desdobrar calmamente diante de uma porta aberta. Eu dou um passo para ela e
ela balança a cabeça. "Ela está dormindo no quarto de Marcus."

Eu viro para Marcus, minha paciência desaparece completamente. "Seu

filho da puta! Você tocou nela?!"

"Com o que você se importa? Você não é nada para ela." Ele levanta a voz
e incha seu peito, vindo para cima de mim. Antes que eu possa alcançá-lo e
estragar seu belo rosto, Lucy agarra meu antebraço.

"Parem, vocês dois! Ele não a tocou, Jason. Jesus." Ela lança um olhar
irritado para Marcus. "Ninguém a tocou. Eu estava dormindo ao lado dela.
Vamos." Ela explica rapidamente e puxa-me para outra porta fechada.

Minhas mãos estão coçando para colocá-las sobre o cara, mas deixo a
pequena Lucy me puxar para longe dele.

Eu entro no quarto depois dela e vejo Olive dormindo no meio da cama,

suas pernas puxadas para o estômago. Toda a minha raiva derrete e meu coração
se acalma. Eu teria que sentar e pensar sobre o que isso significa.

Colocando um joelho na cama, eu deslizo meus braços sob suas costas e

joelhos e a levanto em meus braços o mais suavemente possível. Eu respiro fundo
e sinto seu belo cheiro.

Seus olhos abrem e um sorriso doce espalha em seu rosto. "Jason." Ela
murmura baixinho. Ela descansa a cabeça contra o meu peito e fecha os olhos
novamente.

Ela cheira a álcool.

Eu limpo minha garganta para suavizar meu tom. "Sou eu, querida. Vou
levá-la para casa."

"Eu não quero ir," ela murmura. "Nós estávamos transando." Ela passa os
braços em volta do meu pescoço mais seguramente e empurra seu rosto mais
distante em meu pescoço.

Meu corpo responde a seu cheiro como sempre parece fazer ultimamente,
mas eu o impeço de reagir. Aqui não.

Com minha cara feia de volta no lugar, meu olhar volta para Lucy para vê-
la apenas segurando seu riso.
 "Do que diabos ela está falando?" Eu falo um pouco irritado.

"Nada, nada," ela disse apressadamente. "Eu estou supondo que ela
estava sonhando com vocês dois fazendo sexo. Ela estava chorando sobre a lua
de mel quando chegou aqui."

O que?

"Oh."

Bem, ok então.

Levando-a de volta à sala de estar, vejo Marcus esperando na frente da

porta, suas mãos cruzadas contra seu peito, seu rosto sombrio de raiva.

"Você nunca mais me atrapalhe novamente," eu digo em voz baixa quando

eu paro ao lado dele.

"Eu não me importo com quem diabos você é, mas quando você terminar
esse jogo e deixá-la uma bagunça, eu vou ser o único cuidando dela."

Lucy se aproxima dele e abre a porta para mim, mas eu não consigo me
mover do meu lugar. Eu estou tendo dificuldade em apenas deixá-lo ir sem fazer
alguns danos.

"Você deveria levar Olive para casa, Jason," Lucy diz, ainda segurando a
porta aberta para nós. "Ela está tremendo."

Olho para Olive e vejo que seus braços estão cobertos de arrepios.

Não encontrando o olhar de Marcus novamente, eu digo um rápido

obrigado a Lucy e volto para casa tão rápido como eu poso para que eu possa
colocar Olive de volta em sua cama, onde ela pertencia.

***********

Estacionando meu carro na garagem, eu descanso contra meu assento e

solto uma respiração profunda. Olive está enrolada ao meu lado, roncando
suavemente. Dando a volta no carro, eu abro a porta e chamo seu nome.

"Olive, estamos em casa. Acorde, querida."

"Vá embora." Ela murmura sem nem mesmo abrir os olhos, mantendo as
costas voltadas para mim.

"Olive, querida, você pode me ajudar para que possamos entrar em casa e
ir para a cama?"
 Sem resposta.

Ok então…

Eu me inclino para baixo e cuidadosamente a embalo em meus braços

novamente. Ela nem hesita em colocar seus braços em volta do meu pescoço e se
aconchega mais perto.

"Você está tão quente," ela murmura, os seus lábios se movendo em uma
suave carícia contra a pele do meu pescoço, fazendo com que eu aperte meus
dentes juntos para me impedir de gemer ou pior... um momento depois, ela
adormece em meus braços.

Conseguir com que uma Olive meio consciente entre em casa prova ser
mais difícil do que eu pensava que seria.

Quando eu finalmente consigo nos levar para dentro sem nenhum dano
permanente, eu hesito entre as portas de nossos quartos. Eu deveria tê-la
colocado em sua própria cama, mas eu quero manter um olho nela durante toda
a noite, apenas no caso de ela piorar. Do que eu posso sentir o cheiro, ela tinha
mais do que apenas uma garrafa de champanhe no sistema.

Quando a coloco na minha cama, ela nem sequer abre os olhos para ver
onde ela está. Eu alcanço e ligo a pequena luminária de cabeceira para que eu
possa ver se ela está bem. A luz amarela suave ilumina o quarto e me ajuda a ver
o rosto de Olive com mais clareza. Observo suas roupas e eu tento decidir se eu
devo tirá-las. Decidindo contra isso muito rapidamente, eu esfrego a parte de trás
do meu pescoço e a deixo do jeito que está, indo para o banheiro para tomar um
banho rápido.

Volto para o quarto e a encontro tentando desabotoar seu jeans e não

fazendo um trabalho muito bom, embora ela foi bem sucedida com a tirada de
sua camiseta - felizmente, seu sutiã ainda estava no lugar. Era outro rendado
onde eu poderia ver através dele e expunha seus mamilos excitados, mas nesse
ponto qualquer coisa era melhor que nada.

"Olive, pare." Eu corro para seu lado e coloco minha mão sobre a dela.
"Pare."

Uma pequena linha apareceu entre suas sobrancelhas e ela olha para
mim. "Quente. Eu quero isso fora." Como um extra, ela chuta suas pernas e
atrapalha-se ao chutar sua calça jeans.

Golpeio a palma da mão na minha testa e desligo a luz antes de pegar sua
calça jeans.

Quando meus dedos entram em contato com a pele macia de sua barriga,
um formigamento passa pela minha espinha e eu tenho que fechar os olhos. Meu
pau se contrai em minha cueca, e amaldiçoo.
 Eu concordo de todo o coração.

Agora que ela tinha decidido ser útil, ela inclina seus quadris em minhas
mãos e me ajuda a facilitar retirar sua calça jeans. Eu mantenho meus olhos
longe de seu corpo o tempo todo. Para ficar ocupado, eu me viro de costas para
ela, dobro seu jeans e o coloco na minha cômoda. Então, eu alcanço a camiseta
que ela tinha jogado para a direita do outro lado do quarto e a dobro também.

Quando olho para a cama, eu posso facilmente distinguir a forma de

Olive, deitada de barriga para baixo, bem no meio. A calcinha é de renda branca
também. Ela está maravilhosa mostrando seu traseiro cheio e redondo. Nada
plano em minha Olive. Nada em absoluto.

Por um momento, quando finalmente posso afastar meus olhos de sua

bunda, fico imaginando se ela gosta de dormir esparramada em toda a cama
apenas para me torturar, porque com certeza parece que ela gosta. Eu pego uma
camisa velha do meu armário para pôr sobre ela. Tão quente como ela parece
pensar que o quarto está, eu não acho que ela ficaria muito feliz de encontrar-se
apenas de calcinha quando ela acordasse.

Não iria me machucar tê-la coberta, também.

Trazendo um copo de água da cozinha, acordo-a para que ela possa tomar
alguns goles. Ao invés de pegar o copo das minhas mãos, ela fecha suas mãos
sobre a minha e bebe tudo em alguns grandes goles, tudo enquanto resmunga
para si mesma.

Assim que ela termina, ela cai sobre os travesseiros novamente. Depois de
lutar com os lençóis, eu consigo vestir a camisa sobre ela e suspiro de alívio.

Isso não era tão difícil agora, era?

Entrar na cama é muito mais fácil para mim. Eu me certifico de ficar do

lado mais distante da cama e mantenho o meu olhar em Olive para ter certeza de
que ainda está respirando. Eu devo ter adormecido porque eu acordo
sobressaltado quando sinto os cabelos de Olive fazendo cócegas no meu braço.
Quando olho para baixo, ela está deitada sobre mim e... ela está ... se esfregando
na minha perna?

Cristo!

Eu gemo e agarro sua coxa, mas em uma manobra que você não esperaria
de um bêbado, ela consegue subir em cima de mim.

"Olive," eu falo quando sinto a umidade de sua calcinha na minha barriga.

Com seus olhos meio abertos, ela olha para mim e sonolenta pergunta,
"Nós estamos transando ainda?"
 Apesar da situação perigosa em que eu me encontro, eu ri e depois deixo
que se transformasse em um gemido quando os quadris de Olive começam a se
mover sobre mim. Eu aperto meus dedos em suas coxas e a paro. Se ela fizer
outro movimento para baixo, meu pau estaria em água quente.

"Querida, o que você está fazendo?"

"Eu quero consumar agora."

Eu gemo mais alto e fecho os olhos para poder focar por um segundo. As
pequenas mãos de Olive pousam no meu peito e ela começa a tirar minha camisa.
"Fora!" Ela ordena.

"Nada será tirado," eu digo, finalmente voltando aos meus sentidos e

suavemente inclinando-a para fora de meu corpo e de volta para a cama. Em vez
de lutar contra isso como eu esperava, ela suspira e murmura, "Preciso disso."
Então, ela começa a tirar sua própria camiseta.

Eu agarro a bainha e puxo para baixo. "Suas roupas também ficam,

Olive."

"Mas eu quero tanto, Jason." Ela olha para mim na escuridão, seus olhos
vidrados e sua testa franzida. Suas mãos soltam a camisa e encontram seu
caminho até meus lábios, depois minhas bochechas. "Eu costumava amar
observar você sorrir," ela sussurra, fechando os olhos como se estivesse
imaginando nossa infância. O rosto dela assume uma expressão melancólica. "Eu
costumava olhar para você quando eu tinha certeza que ninguém iria notar e
apenas esperava que aparecesse. Sua covinha, eu quero dizer. Isso me deixava
tão boba. Você vai me mostrar agora? Lucy disse que eu devia lamber." Ela ergue
as sobrancelhas. "Eu posso?"

Balançando a cabeça, eu sorri. "Querida, você está bêbada. Que tal irmos
dormir?"

Ela bufa e soca o colchão levemente. "Mas eu quero…"

"O que você quer?" Eu pergunto distraidamente enquanto afasto os fios de

cabelo que ela está tentando soprar para longe de seu rosto.

"Eu quero Jason." Ela pronuncia as palavras tão suavemente e de tal

forma que me lembrou de uma garota fazendo um desejo de aniversário, os olhos
fechando bem antes de soprar todas as velas. Um desejo tão inocente e simples,
mas ainda mais poderoso capaz de deixar alguém sem palavras.

Então, assim, um interruptor se apaga e sua voz se torna rouca. "Eu

quero gozar." Choramingando suavemente, ela levanta seus quadris da cama.

"Olive, você não tem ideia do que está dizendo. Vamos dormir para que
você possa ficar sóbria, certo?"
 "Você pode me dar o meu brinquedo, Jason que não é Jason? Eu
realmente preciso dele." Antes que eu possa perguntar do que diabos ela está
falando, ela agarra meu pulso e empurra minha mão em sua calcinha.

Morte.

Morte pura e doce.

Eu ia queimar em chamas, tanto no inferno como na vida.

Eu fecho meus olhos e tento respirar, mas isso só piora as coisas quando
eu inalo o aroma dela. Não me julguem, tento afastar minha mão, mas ela é mais
rápida do que eu, e antes que eu possa reagir, ela aplaina sua mão sobre a
minha.

"Estou encharcada..." ela geme quando ela começa a se tocar com meus
dedos.

"Olive," eu assobio quando sinto sua umidade em meus dedos. "Olive, por
favor, pare." Eu tento puxar minha mão para longe, mas ela segura meu pulso
com a mão livre para se certificar de que fique onde está.

Empurrando minha testa contra sua têmpora, eu sussurro. "Olive, você

está me matando, querida. Por favor, solte minha mão."

Deus.

Suas pernas se abrem e ela empurra um dos meus dedos mais firme
contra seu clitóris.

Seu perfume está me deixando louco, sua respiração suave atingindo o

meu pau como se ela tem a boca envolta em torno de mim. Puxando meus
quadris para trás apenas no caso de ela decidir ir para a minha cueca e ter
ideias, porque eu estou duro como uma rocha, eu empurro minha mão para
longe de sua umidade antes que ela possa me parar novamente e dou um beijo
em sua têmpora.

"Você ainda está bêbada, Olive. Você não sabe o que está fazendo."

Inesperadamente, ela vira-se completamente para mim e enterra seu rosto

contra minha garganta, seu peso me forçando a deitar de costas. Quando sinto
uma umidade em minha pele, seguro sua mandíbula e olho para seu rosto.

Para meu completo choque, ela está chorando silenciosamente.

"Querida, o que há de errado?" Eu pergunto, limpando as lágrimas com os

polegares.
 Seus lindos olhos encontram os meus e ela quebra meu coração em
muitos, muitos pequenos pedaços. "Eu só quero consumar para que eles não o
tirem de mim." Ela funga e esconde seu rosto contra meu pescoço novamente.

Jesus. Como ela ainda poderia estar bêbada? Exatamente o que ela bebeu
enquanto eu estava fora e por quanto tempo?

"Querida," eu sussurro, tentando acalmá-la.

Eu sei que esta não é a minha Olive falando, mas se ela não estivesse tão
bêbada, poderíamos ter... Feito... Algo sobre isso. Conversar? Transar? O que ela
precisasse.

"Posso ter meu brinquedo agora?" Ela pergunta, ainda fungando.

Maldito seja!

Talvez ela dormisse com um brinquedo de pelúcia ou algo assim?

Eu tinha meus dedos cruzados, mas...

"Este brinquedo que você está pedindo é... é algo que você usa para fazer
você gozar, querida?"

Seus olhos cheios de lágrimas encontram os meus enquanto ela assente

com a cabeça e mordisca seu lábio inferior.

Não há nenhuma maneira que eu ia procurar em suas coisas para

encontrar um pau de plástico. Também não há jeito no inferno que eu ia deixar
tê-lo, não importa o quanto meu pau discordasse de mim.

"Abra suas pernas, querida," eu sussurro finalmente. Se ela pudesse ter o

orgasmo pelo qual ela está claramente desesperada, talvez ela fosse dormir.

Quando ela as deixa caírem abertas e fica mais confortável na cama, eu

levanto sua perna e a coloco no meio das minhas coxas, segurando-a aberta para
mim. Minha mão seria a única coisa que ela receberia esta noite, mas seria mais
do que suficiente para satisfazê-la.

Coloco minha mão em seu estômago e ela geme, arqueando em meu

toque. Ela está me matando, uma lenta e linda morte, mas uma morte, no
entanto. Eu sussurro encorajamentos em seu ouvido e ela relaxa ainda mais no
colchão.

"Depois de conseguir o que você precisa você vai dormir, ok?"

Ela balança a cabeça prontamente. Eu respiro fundo, apenas para sentir

seu cheiro mais profundo.

Rodando meu dedo em torno de seu clitóris, eu a vejo desmoronar sob o

meu toque, gemendo e choramingando.
 Meu pau lateja em minhas calças, morrendo para sair e brincar com ela.
Fecho os olhos e me foco em sua pele suave e molhada. De vez em quando, paro
de tocá-la, arrastando meus dedos molhados contra sua barriga e a vejo levantar
seus quadris para ter o meu dedo de volta. Fico fascinado por cada movimento
que ela está fazendo.

Quando eu estou ficando perto de perder a cabeça, esfrego e a acaricio

mais rápido, meus dedos firmes contra seu clitóris. Isso parece transformá-la
ainda mais e ela geme mais alto, implorando-me por mais.

"Shhh, querida. Entendi."

"Jason," Ela sussurra entre seus gemidos. Meu nome derramando de seus
lábios é como uma carícia em meu coração acelerado.

Eu solto um gemido ao lado de sua orelha e vejo seu corpo tremer.

"É isso que você precisava, querida?" Eu sussurro de volta.

"Sim. Sim."

"Bom," murmuro. Eu pressiono um beijo em sua têmpora.

Quando sua mão estende e aperta minha coxa, seus dedos cavando tão
perto do meu pau, eu gemo e a observo se perder em seu orgasmo enquanto seus
gritos quase me fazem gozar, também. Ela tenta fechar as pernas em mim, mas
eu as empurro novamente e continuo acariciando-a até que ela se acalma e
começa a gemer docemente.

Puxando minha mão para fora de sua calcinha, eu pressiono outro beijo
persistente em sua têmpora e a deixo se curvar em mim enquanto tenta
recuperar o fôlego. Logo, sua respiração se estabiliza e ela adormece em meus
braços.

Fazia muito tempo que não me sentia como Olive está me fazendo sentir,
se alguma vez houve esse tempo...

Eu tinha perdido algo. Eu tinha perdido o que estava acontecendo entre

nós. Ela não era mais a irmã de Dylan aos meus olhos. Ela era minha pequena,
como no primeiro dia que nos conhecemos. E agora ela era minha esposa.

Toda vez que ela olhava nos meus olhos com o coração aberto, ela estava
me puxando para mais fundo. Tanto quanto como tudo isso tinha começado
como um jogo, eu não sabia se eu seria capaz de deixá-la ir quando o tempo
viesse.

Enrolo-me ao redor de seu pequeno corpo e a coloco mais perto do meu

corpo em chamas. Não é o suficiente. Deslizando meu braço sob sua cabeça, eu
puxo uma de suas pernas sobre minha coxa e me certifico que ela ficasse assim.
 Com um sorriso suave em meu rosto, eu sussurro, "Sonhos doces,
esposa."

Demora um momento para aquela única palavra atingir meu interior.

Demora outro para sentir como certo soou.

Era uma vergonha que ela não se lembrasse de nada além do ponto de eu
levá-la para sua nova casa quando ela acordasse na manhã seguinte.
 Capítulo Vinte e Quatro

Olive

"Como você não pôde me dizer isso antes de hoje?"

"Megan falou para mim no último minuto, Olive. Não se preocupe, vai ser
divertido. Você vai gostar."

"Você tem certeza? Tem certeza de que eu vou gostar Jason?" Eu estreito
meus olhos para ele e vejo seus lábios se contorcerem quando ele se concentra
em algo em seu telefone. Ouço uma risada vinda do meu lado, então eu viro meu
olhar para Alvin e levanto uma sobrancelha.

Eu conheci o assistente de Jason poucos dias antes, quando literalmente

trombamos em casa. Eu não sabia muito sobre ele, mas ele parecia ser um cara
legal. Ele estava definitivamente no topo de tudo. Pelo que eu tinha visto nos
últimos dias, ele estava praticamente gerenciando a vida de Jason. Parabéns para
ele.

"Você sabia?" Pergunto a ele.

"Claro que ele sabia Olive. Ele organiza meu horário."

"O que o chefe diz..." Alvin concorda com ele.

"Ótimo. Impressionante. Nenhum de vocês pensou que seria útil

mencionar antecipadamente que eu estaria em uma sessão de fotos para uma
revista. Como, talvez, eu não sei... alguns dias antes?" Eu continuo mexendo com
minhas mãos.

"Pare de mexer com as mãos. Diferente de enlouquecer como você está

fazendo agora, como teria sido útil?" Pergunta Jason.

Eu dou-lhe um olhar incrédulo. "Se eu pudesse começar a enlouquecer

alguns dias antes, agora eu estaria muito mais calma, Jason. Além disso, Megan
não precisa me instruir ou alguma merda assim? Como eu devo saber o que
posso dizer e o que não posso?"

Ele finalmente levanta os olhos para encontrar meu olhar. "Você não
precisa de instruções para uma sessão de fotos, Olive. Somente seja você mesma
e eu cuidarei do resto."

Sessão de fotos. Toda vez que eu ouço a palavra, começo a tremer de novo.

Aparentemente, a ideia de Megan de anunciar nosso casamento feliz ao

mundo era anunciá-lo através da mais fodida revista popular de mulheres do
planeta. Eu descobri que tinha havido uma conversa de fazer uma entrevista ao
vivo, mas felizmente essa ideia não tinha ido para frente. Uma sessão de fotos era
o mal menor na minha opinião, mas isso não significava que eu estava contente
com esse resultado, especialmente, quando eu soube sobre isso de manhã.

"Estamos aqui." Anuncia Alvin enquanto nosso carro para em frente a um

edifício industrial relativamente pequeno.

Solto um grande suspiro e saio do carro atrás deles.

"Porcaria!" Eu sussurro quando entramos no prédio. Ele era um edifício

totalmente mobiliado e parece espetacular, além de todas as pessoas correndo ao
redor. Assim que eu dou uma olhada em tudo ao meu redor, esqueço tudo sobre
o meu nervosismo. Colocando a mão nas minhas costas, Jason me guia mais
adiante.

Segundos depois, antes que eu possa verificar tudo, Alvin está

caminhando em nossa direção com passos rápidos e uma mulher ao seu lado.

Quando ele tinha deixado o nosso lado?

Eu esqueço tudo sobre o edifício e foco na mulher ao lado dele. Quando

eles estão na nossa frente, ela quase fodeu Jason com os olhos e tem um sorriso
libertino em seu rosto.

"Olá, Sr. Thorn." Jason pega a mão estendida da mulher e a sacode.

"Por favor, me chame de Jason. É Julie, certo?"

Seu sorriso se torna mais brilhante quando percebe que Jason se lembra
do nome dela.

Ela assente com a cabeça. "Sim. Estamos tão animados em trabalhar com
você hoje."

Finalmente, eles soltam suas mãos e ela continua. "Nossas estações de

maquiagem e cabelo estão prontas para vocês dois. Assim que estiverem prontos,
poderemos começar a filmagem e a entrevista será no primeiro andar, depois
temos as fotos."

Eu limpo minha garganta e chamo sua atenção.

Finalmente.

Suas bochechas coram, mas apenas ligeiramente. "Prazer em conhecê-la,

Olive. Sou Julie."

Eu aperto sua mão e tento dar-lhe um sorriso genuíno. "Prazer em

conhecê-la também, Julie."
 Ela bate palmas uma vez. "Ok. Deixe-me levá-los para o cabelo e
maquiagem, então vou apresentá-los ao nosso fotógrafo." Ela ainda está falando
diretamente para Jason. Aparentemente, eu sou apenas uma reflexão tardia.

Jason agarra minha mão e meu coração dá um pequeno salto. Eu estou

me acostumando com a coisa irritante me pegando desprevenida; eu continuo
dizendo a mim mesma que ele é apenas um cara, mas o coração quer o que quer
certo? Bem, o meu está morto em se atirar aos pés de Jason até ele pegá-lo para
si mesmo.

Coração perdedor este meu.

Eu resisto ao desejo de rolar os olhos e sigo atrás deles.

Quase duas malditas horas depois, finalmente estamos prontos.

Felizmente, eles mantem a minha maquiagem mais leve, murmurando que eles
estão à procura de um olhar natural desde que eu já sou uma ‘ninguém’. Ok,
talvez eles não usaram exatamente essas palavras, mas, confie em mim, o
significado estava lá.

Tanto faz. Eu arraso na aparência natural.

Então, começam as decisões do guarda-roupa. Há cabides de roupas.

Cabides. Eles gastam mais do que uma hora para decidir sobre o guarda-roupa
correto para nós. Em um ponto, eles me perguntam se eu estou bem em estar
coberta em um lençol branco enquanto Jason está meio nu, mas Jason veta essa
ideia antes que eu posso. Considerando que eles acabam escolhendo apenas três
roupas, todo o processo parece um pouco excessivo para mim. Então de novo, o
que eu sabia?

A primeira roupa que todos concordamos é um vestido semelhante ao que

eu tinha usado na estreia de Londres. Nada muito indecente, não muito
decotado, não mostrando muito as pernas, mas definitivamente um pouco
brincalhão. O segunda é um conjunto casual composto por jeans pretos e uma
camiseta branca que seria amarrada nas costas, mostrando um pouco da minha
barriga.

A terceira roupa... Essa é a minha favorita de todas. É branca, costas

nuas, tem recortes na frente e é muito ajustada ao corpo.

É a perfeição.

Como ficaria em mim? Eu não faço ideia.

Eles me querem na terceira primeiro. Uma garota da equipe vem ao meu

lado e apressadamente me mostra uma sala improvisada onde eu posso me
trocar para pôr o vestido.
 Eu entro no vestido, tudo bem, mas eu resolvo não voltar lá fora.
Enquanto o vestido parece incrível no cabide, em mim... É demais. A parte
traseira está quase mostrando a rachadura da minha bunda, e a parte
dianteira... Bem, a frente está mostrando seio demais sem mostrar muita pele.
Quando eu peço o sutiã, a garota apenas balança a cabeça. Eu quase consigo
expor meus mamilos.

"Olive?" A voz de Jason vem de fora. "Está pronta?"

"Jason," eu sussurro, cruzando meus braços contra meu peito como se ele
pode ver através da espessa cortina. Se ele dar uma olhada neles, eu sabia que
meus mamilos lhe dariam um espetáculo. "Eu não posso sair assim."

"O que você quer dizer com isso?"

"Quero dizer-"

A cortina bege se separa e Jason vem direto em minha direção.

"Whoaa," ele diz, agarrando meus ombros enquanto eu vacilo. Uma vez
que estamos bem para ficarmos em pé, ele solta meus ombros e dá um passo
para trás. "Qual é o problema?"

"Jason," eu começo miseravelmente, meu rosto mudando a expressão. "É

muito. Eles não vão me dar um sutiã e meus seios estão..." Eu abro meus braços
para dar-lhe um olhar e seus olhos arregalam.

"Whoaa," ele diz novamente, seus olhos ficando maiores.

"Sim, exatamente. E então as minhas costas..." Eu me viro e olho para ele

por cima do meu ombro. "Parece tão ruim em mim."

Até então suas sobrancelhas estão na linha do seu cabelo e seus olhos
estão colados na minha bunda.

"Minha bunda parece enorme, não é? Jason, por favor. Não quero fazer
isso. Eu não sirvo para isso."

Quando seus olhos ficam na minha bunda e ele começa a esfregar sua
testa, eu o enfrento novamente e puxo as mangas compridas do meu vestido.

"Cristo," diz ele.

"Cristo, o quê? O quê?!" Eu ergo minha voz. "Eles vão zombar de mim. Eu
não sou gorda. É apenas este vestido..."

Seus olhos finalmente encontram os meus e ele inclina a cabeça. "Do que
você está falando, Olive?"
 Esfrego os olhos. "Você parece assim," eu explico, gesticulando para seu
corpo, depois para o meu. "E eu pareço assim..." Eu posso sentir as lágrimas se
acumulando em meus olhos.

Ele precisa de mais explicações?

A voz dele se acalma. "Querida, vou perguntar de novo. Do que você está
falando? Você parece... você parece fodidamente deslumbrante. Se eu pudesse,
eu iria..." Seus olhos vão até meus seios, mas logo voltam rapidamente para cima.
Ele dá um passo em minha direção e segura meu rosto em suas mãos. "Não me
interprete mal, não estou feliz com o vestido também, mas eu tenho medo não é
pelas mesmas razões. Não quero que ninguém te veja nisso." Outra olhada para o
meu peito. "É uma coisa boa que há principalmente mulheres lá fora. Eu vou
ficar louco se eles gastarem outra hora escolhendo outra roupa. O que você acha
de irmos lá fora, dar-lhes algumas boas fotos e encerrarmos o dia, hein? Então,
nós podemos encontrar seus amigos e irmos para a festa. Você estava ansiosa por
isso, lembra? Quanto mais rápido nós encerrarmos isso aqui, mais rápido vamos
chegar aos seus amigos."

Com o meu ataque de loucura, a pequena festa tinha sumido

completamente da minha mente. A produtora tinha fechado um bar à noite para
que o elenco e a equipe pudessem se reunir e se misturarem antes da filmagem
alguns dias depois. Eu estava supondo que a maioria deles já se conhecia, mas
quando Jason perguntou se eu queria ir e talvez levar as garotas comigo, eu tinha
adorado a ideia.

"Você promete que eu não pareço tão ruim assim?"

Algo brilha em seus olhos e sua voz está áspera quando ele responde.
"Prometo."

Ele estende a mão para mim e eu a pego sem hesitação.

"Vamos começar a filmagem no segundo andar," diz a fotógrafa Amelie

quando estamos ao seu lado. "Então, dependendo das fotos, vamos tirar algumas
aqui ou talvez nas escadas. Vamos ver como vai ficar."

Jason concorda com a cabeça e guia-me para a escada com a mão na pele
nua das minhas costas. A maneira como meu corpo dói quando ele está me
tocando... É outra coisa.

Amelie e sua pequena equipe estão à nossa frente e eu paro quando

chegamos no final das escadas.

"Jason," eu sussurro e puxo sua mão para chamar sua atenção antes que
ele comece a subir. Há algo diferente em seus olhos quando ele está olhando para
mim, algo que está fazendo meu coração fazer coisas engraçadas, mas eu deixo
para lá. "Se você não quiser que eu tire uma foto de Alvin e todos que ainda estão
lá embaixo, não há maneira que eu possa subir essas escadas com este vestido. A
menos que eu arrume e-"

Sem aviso, Jason se inclina e me levanta em seus braços. Eu estou

atrasada demais para segurar os gritos enquanto ele sobe as escadas. Minhas
mãos apressadamente verificam minhas costas para ter certeza que tudo está
coberto, mas o antebraço de Jason já está cuidando desse pequeno problema.

Todos estão olhando para nós, até Alvin, que está atrás de nós, tem um
pequeno sorriso nos lábios enquanto eu me agarro aos ombros de Jason.
Aproveitando a situação, fecho os olhos e descanso minha testa contra seu
pescoço quente. É tudo que eu posso fazer para não acariciar seu bíceps
protuberante com meus dedos. Antes que eu posso saborear o momento, estamos
no topo da escada e ele gentilmente me coloca de pé. Eu juro que posso ouvir
todas as mulheres no estúdio soltar um suspiro e ficarem um pouco mais
apaixonadas pelo meu marido.

Jason limpa a garganta e distraidamente alcança minha mão novamente.

"Ok. Eu quero vocês na frente desta parede," Amelie diz, nos colocando na
frente da parede de concreto.

Mais luzes ofuscantes, ótimo.

Tomando nosso lugar, eu olho para Amelie para conseguir mais

instruções, mas o que ela fez? Ela levanta a câmera e começa a tirar fotos.
Confusa, eu olho para Jason e ele sorri para mim.

"O que eu deveria fazer?" Eu pergunto para Jason. Eu tento forçar meus
lábios em um sorriso enquanto eu olho para a câmera, mas eu só posso adivinhar
como horrível parece.

Então, os lábios de Jason estão na minha orelha e ele sussurra, "Você

deveria me amar, minha linda esposa."

Formigamentos...

Minha boca se abre, mas a expressão de Jason nem sequer vacila. Com
seus olhos em mim, ele se inclina contra o muro de concreto e me puxa contra
seu peito, minha frente com sua frente. Agora todo mundo tem uma clara visão
da minha bunda mal coberta e costas nuas, mas as palavras de Jason já tinham
me feito esquecer tudo sobre isso.

"O quê?" Eu sussurro, mantendo meus olhos em seu rosto.

"Perfeito," diz a fotógrafa de algum lugar atrás de mim. "Eu quero capturar
a química natural de vocês. Por favor, Olive, tente relaxar um pouco mais e nos
esquecer."

Fica calada, dama.

 Jason enterra o rosto no meu pescoço e fala suavemente - apenas para os
meus ouvidos. "Eles não têm ideia de que estamos casados, mas sabem que
estamos noivos." Ele levanta seu rosto do meu pescoço e olha nos meus olhos.
"Você deve olhar para mim como se me amasse, Olive, do jeito que estou olhando
para você."

Como assim?

Ele tinha perdido a cabeça na pequena quantidade de tempo que levara

para vestir uma camisa branca e calça preta?

Ele levanta os olhos dos meus e olha por cima da minha cabeça. "Amelie,
está tudo bem se você nos der alguns segundos?"

O clique para.

Jason beija meu nariz. "Você terá que ser um pouco mais convincente se
quisermos que eles pensem que estamos apaixonados. Vou ter que ... Tocar você."

"Tocar em mim?" Eu grito.

Seus olhos direcionam para meus lábios e ele acena com a cabeça. "E você
vai ter que me tocar como se você realmente gostasse de mim."

Estendendo a mão, ele pega minha mão e coloca-a em seu peito.

"Claro. Você está certo," eu digo, mal reconhecendo minha própria voz.

"Vai acabar em breve. Você não vai sofrer por muito tempo, não se
preocupe."

"Certo. Nenhum sofrimento. Muito em breve. Entendi."

"Está pronta?"

Eu relaxo meus ombros e concordo. Agir e parecer que eu o amava? Jogo

de criança.

Quando ele dá a aprovação, a sessão começa novamente.

Jason se endireita da parede e me leva com ele. Sua mão ainda em

minhas costas, ele me mantem perto de seu corpo, meus seios adequadamente
esmagados entre nós.

"Olive, você pode olhar para a câmera enquanto Jason está se

concentrando em você?"

Eu tiro meus olhos de Jason e olho para a maldita câmera.

"Ótimo. Agora coloque suas mãos em seu peito e incline-se ligeiramente

nele."
 Eu já estou grudada no cara, como eu deveria me apoiar nele?

Olho para Jason e meu coração vibra. Era assim que ele me olharia se ele
estivesse apaixonado? Seus olhos aquecidos, seus lábios ligeiramente separados,
sua respiração desigual.

Fecho os olhos e respiro. Eu posso fazer isso. Eu posso apenas me deixar

desfrutar de sua proximidade sem mexer com tudo isso.

Eu também quero brincar.

Nem sequer ouvindo o que Amelie está dizendo, eu deslizo lentamente

minha mão para cima de seu peito e deslizo suavemente meus dedos sobre sua
barba escura, exatamente onde sua covinha está se escondendo. Seus olhos
escurecem e eu sou puxada ainda mais firmemente contra seu peito

Uau! Meus mamilos gostam muito disso.

Para o seu olhar interrogativo, eu digo, "Eu quero jogar, também."

Eu me levanto na ponta dos pés e paro quando eu estou um fôlego longe

dos lábios de Jason. "Eu pareço estar apaixonada por você?" Eu pergunto
calmamente, meus olhos firmemente focados em seus lábios entreabertos.

Aceite isso. Meus lábios estão bem aí. Beije-me. Só uma vez.

Ele não o faz.

Mantendo seu olhar aquecido sobre o meu, ele beija o canto dos meus
lábios. "Nós parecemos como se fôssemos loucos um pelo outro," ele sussurra, a
sua mão apertando minhas costas. Sua cabeça inclina para frente e seus lábios
fantasiados em minha garganta. "Nós parecemos como se nós não pudéssemos
suportar tirar nossas mãos um do outro."

Com uma rápida manobra, ele me vira contra a parede e descansa sua
testa contra a minha. Eu assobio e mordo meu lábio quando o concreto frio
encontra minha pele nua. Arqueando minhas costas, envolvo meus braços ao
redor de seu pescoço e me certifico de empurrar meus seios contra seu peito.

Amelie está à nossa direita, certificando-se de capturar cada momento

íntimo.

O que ela vê através da lente? Pode ver que estamos apenas brincando?

Sua mão segura minha cintura e ele me dá um sorriso antes mesmo dele
puxar minha parte inferior contra ele. Agora, é apenas a minha cabeça
pressionada contra a parede.

Quando eu sinto o seu... Duro... Pau... Pênis... Partes quentes (como Lucy
diria)... Eu gemo e fecho meus olhos.
 Então, ele não é exatamente alheio a mim. Isso pode ser considerado um
bom começo, certo? Eu posso trabalhar com isso.

"Parece que estamos prestes a foder um ao outro." Ele sussurra em meu

ouvido.

Meus olhos fecham por conta própria e eu beijo sua bochecha, exatamente
onde está sua covinha; eu sei que posso encontrá-la mesmo quando meus olhos
estão fechados. "Você está me fodendo agora, Jason."

Porque ele está. Ele poderia muito bem puxar meu vestido para cima e
entrar em mim bem ali, bem na frente de todo mundo. Meu corpo tem certeza
como o inferno que está pronto para tomá-lo.

Ele belisca meu queixo com os dentes - não muito macio - nem muito
duro, e eu sugo uma respiração. Ele afasta sua cabeça e ordena-me para abrir os
olhos com uma voz rouca. Faço o que me diz.

Porque eu sou uma boa menina assim.

O que eu vejo em seus olhos... Tudo ao nosso redor derrete. Todas as

luzes, Amelie, Alvin, cada pessoa no prédio derrete e somos apenas nós. É apenas
meu Jason e eu. Não a estrela de cinema, não Jason Thorn por quem toda
mulher estava salivando. Naquele momento, ele é apenas meu.

Meu garoto dos sonhos.

Minha paixão de infância.

Meu primeiro amor.

Meu único amor.

E agora meu marido fingido.

Uma eternidade passa.

Eu mordo meu lábio inferior.

Seus olhos brilham. "É tão bom, Olive?" Seus olhos me prendem tanto
quanto o seu corpo.

"O melhor," eu sussurro dolorosamente.

Lentamente, ele abaixa a cabeça novamente e captura meu lábio inferior

entre seus lábios. Então, eu sinto sua língua suavemente lamber esse lábio
inferior.

Por favor, insira outra daquelas figurinhas 'Meu corpo está pronto para
balançar'. Santo Deus!
 "Coloque as mãos no peito dele," sussurra Amelie ao nosso lado.

Puta merda! De onde ela veio? Teria nos ouvido?

Eu nem me importo, apenas faço como me dizem. Eu deslizo minhas mãos

para baixo de seu pescoço, certificando-me que as pontas dos meus dedos
acariciem sua pele sob o colarinho e param quando sinto seus batimentos
cardíacos descontrolados.

Ouço mais alguns cliques.

"Isso foi incrível, gente. Mudança de guarda-roupa," Amelie anuncia ao

nosso lado, quebrando nossa conexão. Eu ainda estou em seus braços, ele ainda
não tinha me soltado, mas ele se afasta de mim. Eu engulo e os olhos de Jason
lentamente esfriam.

Maldição, mas ele é um bom ator.

A mesma garota vem e arrasta-me para uma mudança de guarda-roupa, o

que é provavelmente o melhor.

O resto da sessão de fotos é mais tranquilo, e em vez de ir por conta

própria, Jason e eu seguimos as instruções de Amelie. É mais seguro assim. Eu
tenho um beijo na testa e outro na minha bochecha.

Quando nos sentamos para a entrevista e lhes dissemos que estamos

realmente casados, os olhares nos rostos deles eram inestimáveis.
 Capítulo Vinte e Cinco

Jason

Tivemos um jantar rápido onde Lucy e Olive conseguiram me fazer rir

várias vezes com as suas histórias antes de irmos para o bar onde o elenco e a
equipe estavam se encontrando. Mais do que uma festa, era uma maneira de
reconectar uns com os outros e conhecer as novas pessoas antes que as
filmagens comessem todo o nosso tempo. E se Olive está triste porque Charlotte
não conseguiu vir, ela não demonstra, mas eu posso ver algo sobre ela, a
ausência de sua amiga em sua vida a incomoda. Eu não faço perguntas.

Enquanto Lucy tinha preferido jeans e blusa com um monte de decote,

Olive está usando uma brilhante saia cinza metálica com uma camisa branca
casual. Seu cabelo ainda está úmido do chuveiro que ela tomou depois das fotos
e ela mal tem qualquer maquiagem, e ela parece perfeita em meus olhos.

Ainda tremendo da nossa sessão de fotos, eu estou tendo problemas para

olhar para longe dela. Cada pequeno detalhe parece importar de alguma forma. O
jeito que suas bochechas estavam coradas de tanto rir, a maneira que eu a
peguei olhando para mim sob seus cílios, a maneira como seus olhos cintilavam
quando eu estendia a mão para segurar sua mão. Foi tornando-se impossível não
notar cada pequena coisa sobre ela.

Impossível não gostar de tudo que eu estava vendo.

Eu estava me forçando a dormir no meu quarto, desde que ela chorara em

meus braços antes de gozar em meus dedos naquela noite, mas minha paciência
estava começando a diminuir. Eu estou prestes a abrir suas pernas e tomá-la
para mim. Cada olhar inocente, cada toque inocente, cada sorriso secreto... Tudo
apenas nos empurrou mais perto do nosso inevitável.

Tomando minha segunda cerveja da noite, eu mantenho o controle de

Olive e Lucy do canto do meu olho. Eu quero dar-lhe tempo sozinha com sua
amiga, porque mesmo eu posso ver o quanto elas estão fazendo falta uma para a
outra. Elas não tinham parado de falar desde que Lucy tinha pisado no carro. Eu
não queria que o meu horário a mantivesse longe de seus amigos, mas na minha
linha de trabalho, você se acostuma a não ter sua liberdade.

Elas estavam bebendo doses de tequila seguido por cervejas. Ela não
parecia estar bêbada, e ela certamente não está agindo assim, mas eu não posso
ter certeza. Se tiverem outra rodada, eu vou interferir. Tanto quanto eu teria
amado lidar com Olive bêbada novamente, eu queria que ela estivesse sóbria
quando voltarmos para casa.
 Uma hora depois da festa, alguns membros da equipe decidiram montar a
máquina de karaokê e passaram a cantar, tornando-se o entretenimento da noite.
De vez em quando, elas estavam pulando de volta para o palco para torturar
todos os ouvidos. Além delas, ninguém mais havia apanhado o microfone, que era
uma bênção se você me perguntar.

Eu estou sentado no bar com o diretor assistente, Tyler Cameron, um cara

com quem tinha trabalhado antes e respeitava, quando ouço pela primeira vez a
voz de Olive através dos alto-falantes.

"Olá pessoal, sou Olive." Ela tosse e bate no microfone com o dedo.

Alguém solta um assobio alto.

"Acho que é sua esposa, Jason," diz Tyler, olhando por cima do ombro. Ele
foi o primeiro na festa que eu tinha dito que estávamos casados. Tyler não era um
cara que iria repetir para qualquer outra pessoa, especialmente depois que eu
pedi a ele que não fizesse isso.

Esposa. Sim. Certo. Eu sou casado.

Eu viro meu assento para enfrentar o palco. "Sim, é ela," eu digo, os meus
olhos tomando as curvas de seu corpo. Recostando-me, apoio meu cotovelo no
bar e tomo um gole da minha cerveja.

Há um sorriso em sua voz quando ela disse, "Eu perdi uma aposta para
minha amiga Lucy ali." Ela aponta para uma Lucy radiante e consegue um
assobio dela. "Então, como perdedora, eu deveria fazer seus ouvidos doerem por
um pouco tempo. Espero que vocês possam suportar a mim. É uma música lenta,
então vocês devem ficar bem."

"Sua voz é boa? Eu acho que não posso lidar com qualquer barulho mais
esta noite," diz Tyler quando ele dá toda a sua atenção para Olive.

"Oh, ela é boa. Não se preocupe."

"Você parece bem, Jason," ele diz, me olhando cautelosamente antes de

Olive começar sua música.

Eu afasto meu olhar de Olive enquanto ela tenta se sentar na banqueta.

"O que você quer dizer?" Eu pergunto.

"Eu sei melhor do que acreditar em qualquer coisa que eu li nos tabloides,
mas depois de todas essas fotos e vídeos... Bem, você parecia como você fosse
uma bomba pronta para explodir no movimento errado. Estou feliz por você estar
de volta conosco, e se ela é a razão... bem, bom para você."

Em vez de responder a ele, eu resmungo e dou toda minha atenção de

volta para Olive.
 Como sempre, ela não tinha sido capaz de ficar na banqueta, então
quando ela começa a canção de Ed Sheeran ‘Kiss Me’, ela está de pé, uma mão
envolta firmemente em torno do microfone, a outra descansando sobre a
banqueta.

Depois de um tempo, quando a música toca mais alto e sua doce voz é
carregada pelo espaço, todos parecem estar chocados em silêncio. Tyler fala de
novo. "A sua esposa, ela parece ser boa em um monte de coisas."

Eu aceno com a cabeça; Isso é tudo o que eu consigo fazer neste

momento.

Em algum lugar no meio da canção, depois que seus olhos finalmente

encontram os meus na multidão, sua voz fica suave e rouca enquanto ela
gentilmente me manda beijá-la. Eu prendo seus olhos porque eu preciso dessa
conexão, pois parecia que estamos ocupados nos apaixonando um pelo outro. Ela
está me vendo, e talvez pela primeira vez, eu a estou vendo também. Sua voz me
chama tanto quanto seus olhos, mas ela esconde aqueles belos olhos de mim, e
eu me encontro atravessando o salão para chegar até ela.

Eu quero que ela olha para mim.

Eu quero que ela me veja quando eu esteja beijando-a.

E eu preciso que ela me beije de volta.

Quando a música termina e ela abre os olhos, eu estou bem em frente a

ela. Ela sorri para mim como se ela sabe que ela iria me encontrar lá, esperando
por ela.

Dando mais um passo, fecho o espaço entre nós. Tirando o microfone das
suas mãos, coloco-o na banqueta. Minha mão envolve seu pescoço e eu pergunto,
"Você me vê, Olive?"

A pergunta é importante para mim, sua resposta ainda mais. Não seria a
estrela de cinema Jason Thorn beijando-a loucamente em poucos segundos. Seria
eu. Jason. O amigo dela. O homem que queria fazê-la dele.

Um arrepio percorre seu corpo quando ela levanta uma mão trêmula para
colocar em minha bochecha. Sua voz não é nada mais do que um sussurro
quando ela me responde. "Eu sempre vi apenas você, Jason."

Então meus lábios estão sobre os dela, e seus lábios estão nos meus. Nós
beijamos tempo suficiente para cobrir anos. Na frente de todos, seus lábios se
tornam meus e eu tomo sua respiração para mim, porque eu preciso mais do que
ela.

Eu estou ciente dos assobios e de todos os aplausos, mas eu não posso

ouvir, não posso sentir nada além da mulher em meus braços. Na minha mente,
somos apenas nós dois. Em pé no meio de uma sala escuro, estamos nos braços
um do outro, onde nos trancamos e jogamos fora a chave sem um segundo
pensamento. Ela inclina a cabeça e minha língua desliza mais profundamente em
sua boca.

Não foi suficiente.

Queimando com a necessidade de consumi-la, agarro-a pela cintura e

encosto meu corpo sobre o dela, forçando-a a arquear as costas e beijo-a mais
desesperadamente.

Mais firme.

Mais profundo.

Eu coloco tudo o que eu tenho começado a sentir por ela nas últimas
semanas no beijo e ofereço de volta para ela.

Nosso primeiro beijo.

Eu quero que seja bom para ela, mudar seu mundo de alguma forma. Eu
quero que seja seu melhor primeiro beijo de todos os primeiros beijos que ela
experimentou.

É a primeira vez que toca seu coração, afinal; ela precisa se lembrar de
cada segundo.

Seus braços envolvem meu pescoço e seus dedos deslizam em meu cabelo.

Eu solto um gemido.

Ela choraminga em mim, seu corpo tremendo com tremores finos.

Ela se lembraria de tudo.

Quando eu quero mais dela, eu deslizo minha mão para cima e pego seu
rabo de cavalo para puxar sua cabeça para trás, apenas o suficiente para que ela
possa recuperar o fôlego enquanto eu beijo as bordas de sua boca onde ela
esconde os sorrisos secretos, os que ela guarda para quando ela está escrevendo
em seu laptop, perdida em um mundo diferente que ela tinha criado desde o
início, tijolo por tijolo. Eu quero possuir aqueles sorrisos secretos tanto quanto eu
quero possuir seu lindo coração. Eu quero ser a razão de sua existência.

Quando ela ignora todos e captura a minha boca para si mesma, eu vou
voluntariamente, dando-lhe mais da minha língua e aceitando a dela também.

Então eu a beijo novamente.

E de novo.

E de novo.
 E de novo.

Eu mantenho uma de minhas mãos na parte de trás de sua cabeça e

deixo a outra lentamente segura seu traseiro para que eu possa puxar ela mais
firmemente contra o meu pau latejante e rapidamente alongado.

Se não estivéssemos agarrados um ao outro, a fome que sinto por ela, a

maneira como meu mundo está girando... Teria me deixado de joelhos.

Meu coração está pronto para ser dela se ela quiser levá-lo para si mesma
e mantê-lo por uma eternidade.

Eu não consigo parar.

Não quando meu corpo está doendo para sentir suas mãos em mim. Não
quando sua boca está me dando algo que eu estou desesperado para ter dela e só
ela, embora eu não tinha percebido que eu preciso.

Especialmente quando ela está agarrando-se a mim como se eu estivesse

respirando a vida nela.

Então ela está se afastando e olhando para mim com luxúria e um pouco
de surpresa em seus olhos.

"Olá," ela sussurra rouca. Eu belisco seus lábios e ela me dá um de seus

sorrisos secretos.

O meu primeiro.

"Você certamente tomou seu tempo," ela diz, escondendo seu rosto contra
meu pescoço, assim que as palavras deixam sua deliciosa boca. Seu hálito quente
sussurra seu desejo contra minha pele.

Ignorando a sala cheia de pessoas ao nosso redor, eu pergunto, "Você

esteve esperando por mim te beijar?"

Ela sai do esconderijo e olha nos meus olhos com o mais doce sorriso em
seu rosto. "Desde quando eu era uma menina. "Beijando-me na bochecha, ela
acrescenta, "Obrigado por fazer o meu sonho se tornar realidade."

Meu coração doí de amor por uma menininha que, de certa forma, sempre
pertenceu a mim. "Valeu a pena a espera?" Eu pergunto com a minha voz grossa,
meu coração trovejando em meu peito.

Ela franze o nariz, seus olhos focados em meus lábios. "O júri ainda está
indeciso. Você acha que podemos tentar novamente, talvez?"

"Amigos?" Lucy sussurra urgentemente, logo abaixo do palco.

 Olive fica rígida em meus braços por um momento como se ela tivesse
acabado de se lembrar do bar cheio de gente onde estamos dando um espetáculo,
mas eu acaricio suas costas e ela derrete contra mim. Depois olhamos para Lucy.

"Estou amando o que está acontecendo aqui," - ela faz um gesto entre
Olive e eu - "mas as pessoas estão filmado a coisa toda. Desde que vocês parecem
que estão prontos para atacar um ao outro no palco, eu pensei que talvez vocês
gostassem de saber antes de começar a tirar suas roupas."

Merda!

"Nós devemos ir embora," eu digo para Olive e rapidamente a retiro do

palco. Não importa o quão rápido nós partimos, eu si que seríamos a conversa da
noite. Com os vídeos e as notícias do nosso casamento, talvez até ainda mais nos
próximos dias.
 Capítulo Vinte e Seis

Olive

Deixo Jason me puxar atrás dele enquanto saímos do bar e me vejo cara a
cara com um punhado de paparazzi nos cercando. O maior sorriso que eu já
ostentei em minha vida some do meu rosto e eu pego a mão de Lucy para ela não
se atrapalhar quando os lampejos começaram a explodir em nossos rostos. A mão
de Jason aperta a minha e ele diminui o passo, ficando atrás de nós para nos
levar para o estacionamento privado. Olho para Lucy e vejo que ela está
mantendo os olhos para baixo e tentando acompanhar nosso ritmo, quase
correndo em seus saltos altos.

Os paparazzi continuam me fazendo perguntas em vez de Jason, e eu me

sinto entrar em pânico quando eles começam a chegar mais perto de nós.
Quando um deles - um louro com a aparência completa de surfista – fica um
pouco perto demais para meu conforto e me faz quase derrubar Lucy na minha
pressa para ficar longe dele, Jason solta minha mão e empurra o paparazzo com
um empurrão não tão suave em seu ombro. Deixo Lucy me puxar para mais
perto, mas Jason para de caminhar para encarar o homem, então temos que
parar, também.

"Não coloque suas mãos em mim, cara," o cara diz com um meio rosnar
enquanto abaixa sua câmera. "Somente fazendo meu trabalho aqui e tirando
algumas fotos das senhoras bonitas."

Ele está provocando Jason?

"Eu não me importo com o que é o seu trabalho. Eu não quero que você
em cima dela."

Seguro o braço de Jason e tento forçá-lo a continuar caminhando antes

que as coisas fiquem piores entre eles.

O idiota sorri e diz, "Calma homem, talvez ela precise de alguém em cima
dela. Eu ouvi que você não está fazendo isso por ela."

Alguns dos outros soltam risadas baixas e continuam gravando a coisa

toda. Eles estão absorvendo tudo. Jason dá um passo à frente, e depois outro
enquanto seus músculos continuam tensos embaixo da minha mão, onde eu
estou tentando, sem muito sucesso, retê-lo.

"Olive, faça alguma coisa ou ele vai perder a cabeça," murmura Lucy com
urgência ao meu ouvido.

"Jason," eu digo bruscamente quando vejo suas mãos se fecharem em

punhos. "Nós precisamos ir."
 Seus olhos ainda sobre o idiota sorridente e sua mandíbula apertada, ele
concorda comigo e começa a avançar novamente. Os paparazzi continuam nos
seguindo e mesmo que eles estão mais longe dessa vez, as perguntas continuam
circulando em torno da minha reação a seu beijo sem graça na estreia.

Fico meio tentada a parar de andar e apenas atirar-me em seus braços

para que pudéssemos ter uma repetição do nosso primeiro beijo - obviamente, o
que tínhamos tido naquela noite, porque não havia maneira de eu aceitar o beijo
na estreia como o meu primeiro com ele - e calar todos eles, mas sair de lá o mais
rápido possível parece uma ideia melhor.

Talvez eu tenha uma chance de beija-lo em público em outro momento?

Alcançar o carro e afastar-se da pequena multidão não ajuda Jason a

relaxar. Tanto quanto Lucy faz o seu melhor para aliviar o nosso humor, Jason
não diz mais do que algumas palavras.

Assim que deixamos Lucy em casa, Jason pega seu telefone e liga para
sua publicitária sem falar uma palavra para mim.

"Megan. Sim. Desculpe por interromper. Eu estou ligando para te avisar

que algumas pessoas da equipe fizeram vídeos de Olive e eu nos beijando no
palco. Sim, estávamos na festa da equipe. Bem."

Eu rapidamente percebo que eu não gosto deles fazendo controle de danos

sobre algo que era tão malditamente perto de mágico para mim. Esfregando
minhas mãos em minhas coxas, viro a cabeça e vejo os carros passando por nós.

Pergunto-me para onde iam e para quem iam chegar ao final da viagem.
Talvez eles não estavam indo a lugar algum, apenas navegando pela vida.

Nem sequer faz sentido, Olive. Cala a sua mente balbuciante.

"Sim, eu sei," Jason corta. "Nós não prometemos exclusividade para a

revista com a coisa do casamento. Certo. Vá em frente e faça um comentário
sobre os vídeos então. Não. Isso não é tudo."

Ele faz uma pausa antes de soltar um grande suspiro. Sinto-me como
uma intrusa a ouvir a sua conversa, mas não é como se eu posso fugir para lhe
dar privacidade.

O melhor dia da minha vida está lentamente sendo arruinado pelo

controle de danos.

"Alguém deve ter avisado aos paparazzi porque um pequeno grupo deles
estavam esperando por nós quando saímos mais cedo. Um deles ficou um pouco
perto de Olive, então eu lhe dei um empurrão."

Fecho os olhos e encosto a cabeça na janela.

 "Não. Ele quase a fez cair!" Grita Jason de repente. Apesar de estar bem ao
lado dele, eu não posso ouvir o que Megan está dizendo. Eu posso ouvir sua voz
em ascensão, mas eu não consigo entender suas palavras.

"Eu não vou me desculpar," Jason rosna para ela. "Eu não vou deixar
ninguém a incomodando só porque ela é muito educada para dizer-lhes para
recuar. Eu liguei para lhe dar um aviso. Agora você sabe. Faça o que quiser com
isto."

Com essas últimas palavras, ele desliga.

Durante o resto da viagem, ele não fala comigo, então eu não acho que
seria uma boa ideia forçar uma conversa com ele. Talvez já estivesse arrependido
de me beijar? Ou talvez ele estivesse atuando e eu era muito estúpida para
perceber que estávamos atuando? Ele poderia ser tão cruel assim? Ou talvez ele
estivesse zangado com os paparazzi mencionando a foto da estreia que fez tantas
manchetes...

Se ele está zangado com isso, eu não sei como consertá-lo. Eu esperei que
ele dissesse algo sobre isso no dia que a imagem tinha aparecido online, mas eu
era demasiada covarde para mencioná-lo por conta própria. Quando ele não
mencionou isso e decidiu agir como se nada estivesse errado... bem, por que
cutucar o urso, certo? No entanto, talvez se eu pedir desculpas, ele suavize pelo
menos o suficiente para falar novamente.

Gaah... Ele está fazendo meu coração e minha cabeça doerem com seu
silêncio.

Nós vimos os paparazzi parados na frente de sua casa no momento em

que ele vira a esquina para sua rua.

"Droga!" Jason rosna, acelerando em direção ao portão antes que possam

entrar entre o carro e o portão e bloquear a nossa entrada.

Eu protejo meu rosto com a minha mão quando eles começam a torar
fotos para conseguir um vislumbre no carro. Eu não tenho ideia se eles podem
ver através das janelas escuras ou não, mas em qualquer caso eu não estou no
humor para forçar um sorriso.

Jason consegue levar-nos para dentro sem quaisquer problemas.

"Ou há algo novo acontecendo que nós não sabemos, ou eles sabem que
nós somos casados," Jason diz enquanto dirige o carro pela entrada.

Silenciosamente, concordo com a cabeça.

Após o curto percurso, quando estamos em segurança longe de olhares

indesejados, eu salto para fora assim que o carro está estacionado. Jason tinha
me dado minha própria chave da casa, mas eu ainda espero por ele abrir a porta
para entrarmos. Não importa o que ele dissesse, este pequeno palácio era dele,
não meu. Eu sou mais como uma companheira de quarto enaltecida do que uma
esposa.

Quando Jason vem para perto de mim, eu evito o contato visual e espero
que ele destranque a porta. Verdade seja dita, eu tinha planejado correr para o
meu quarto e me esconder lá por alguns meses, mas assim que nós entramos e
Jason fecha a porta atrás de nós, ele agarra minha mão e me prende contra a
parede.

Minha respiração parou quando minhas costas bateram na parede, forte.

"Jason," eu ofego, chocada.

Ele captura meu rosto em suas mãos e meu coração dispara quando eu
vejo o olhar em seu rosto.

"Faça de novo," ele rosna.

Meus olhos nos seus, minha respiração forte, eu silenciosamente

pergunto, "Fazer o quê, Jason?"

"Beije-me daquele jeito. De novo." Quase soou como uma ameaça.

Engulo em seco e olho para os lábios dele. "Aquilo não fui eu," eu
sussurro, minha voz mal funcionando. "Você me beijou." Aperta minhas mãos e
pressiono elas contra a parede. Meu corpo está tremendo com anos de querer e
precisar dele.

Deus, eu queria que aquele garoto me olhasse, como se ele está olhando
para mim naquele momento, desde que eu tinha aprendido sobre como um
menino deve beijar uma menina. Ele era meu cara perfeito.

"Oh, não, querida," ele diz enquanto esfrega seu nariz contra meu
pescoço, me respirando. Ele está me respirando! "Aquilo tudo era só você."

Seus lábios pairam sobre os meus e eu respiro rapidamente. Quando ele

recua alguns centímetros, levando seu calor, eu me vejo perseguindo-o como uma
marionete sendo controlada.

Ele inclina a cabeça. "Beije-me, Olive," ele repete, seus olhos presos aos
meus.

Com fome por ele, me lanço em seus braços. Meus braços envolvem seu
pescoço e eu o puxo até meus lábios. Esse é o convite que ele precisa. Ele me
empurra contra a parede e deixa que eu pegue o que eu quero.

Quando eu inclino minha cabeça para aprofundar o beijo e provo sua

língua na minha, ele geme. Curvando-se, sua mão alcança debaixo da minha saia
para a curva da minha bunda e ele me iça contra a parede. Eu grito em sua boca,
mas ele não interrompe nosso beijo. Esse é o ponto onde ele assume e dá algo
que eu nunca tive com nenhum outro cara.

Eu envolvo minhas pernas em torno de sua cintura e seguro mais

apertado, enfiando meus dedos em seu cabelo e puxando-os ligeiramente.

Ele geme, um som que é tão áspero e delicioso que vibra através de mim e
causa ainda mais calor na piscina entre as minhas pernas, uma área que agora
está em contato próximo com seu pau revestido com jeans. Eu aperto minhas
pernas ao redor dele, morrendo para ter um pouco mais de atrito contra a sua
dureza. Como se ele sabe o que eu preciso, com suas mãos apertadas em minha
bunda ele empurra seus quadris exatamente onde eu preciso dele. Pronto!

Ele interrompe nosso beijo e eu tomo um grande gole de ar enquanto ele

roça minha mandíbula com os dentes e depois se move sobre minha garganta.
Sua respiração era tão errática quanto a minha. Quando ele me deu outro
impulso, batendo no ponto perfeito, eu ofego e jogo minha cabeça para trás,
batendo na parede com um baque que provavelmente me faz perder mais do que
algumas células cerebrais.

Ser beijada por ele valeu a pena cada uma.

Então seus lábios estão nos meus e de repente nós estamos nos movendo.
Eu seguro seu rosto em minhas mãos e tomo tanto quanto eu posso de seus
lábios. Eu nem me importo onde ele está me levando enquanto ele continue me
beijando assim.

Quando meu traseiro bate em algo sólido, eu abro meus olhos e olho ao
redor, enquanto as mãos de Jason estão trabalhando para eu sair da minha
calcinha debaixo da minha saia. Estamos na área da cozinha e eu estou sentada
na ilha da cozinha.

Quente!

Eu estou prestes a marcar um grande momento!

A calcinha fica presa em meus sapatos e ele praticamente os arranca,

surpreendendo outro suspiro de mim. As luzes que vem do seu quintal são o
suficiente para eu ver seus olhos escuros queimando com calor. Calor por mim.
Suas mãos grandes continuam acariciando minhas coxas, mas, de outra forma,
ele me deixa parecer quando nós ofegamos, fora da minha respiração.

Seus olhos ainda em mim, ele lambe seus lábios, desliza suas mãos entre
minhas coxas, e as espalha, abrindo espaço para seu corpo.

Eu me inclino para frente e apoio minha testa contra a dele. Nossos olhos
estão abertos e eu estou me entregando a ele – sem volta, para a vida.
 "Você vai ficar molhada para mim quando eu te tocar?" Ele sussurra
contra a minha boca. Seus dedos estão brincando comigo, acariciando um rastro
imaginário do meu joelho para cima em direção à minha buceta, nunca tocando,
mas muito perto de mim para ficar absolutamente imóvel.

Com meu coração batendo fora do meu peito, eu concordo. "Muito

molhada," eu sussurro.

"Bom," ele murmura em uma voz grossa, e finalmente, finalmente seus

dedos me tocaram bem ali.

Meus olhos se fecham. Eu gemo e jogo minha cabeça para trás.

Sua mão me deixa e ele segura meu pescoço, trazendo minha testa de
volta para descansar contra a dele.

"Não querida. Eu quero que você olhe nos meus olhos quando eu fizer
você gozar. Quero que você se lembre."

Como se eu pudesse esquecer-me dele me tocando...

Ele me dá seu dedo de novo, mas desta vez, ele não acaricia, nem toca. Ele
empurra dois de seus dedos para dentro de mim, literalmente, tirando meu
fôlego, e pressiona seu polegar firmemente contra meu clitóris.

Minhas pernas tremem, fecho os olhos e respiro fundo. Ele não está se
movendo e eu preciso que ele se mova realmente de verdade. Não ia demorar mais
do que alguns segundos para eu gozar. Alguns golpes e eu iria perdê-lo.

"Por favor..." Eu sussurro e coloco minhas mãos em seu rosto, olhando

para seus olhos como ele quer que eu faça.

"Você me quer?" Ele pergunta, sua voz irreconhecível.

"Sim," eu suspiro. Eu o queria há anos. Eu o tinha desejado quando ele

estava dormindo no quarto do meu irmão, tão perto, mas ainda longe. Então,
quando os anos se passaram, eu o desejava secretamente, seus filmes,
segurando-o perto do meu coração, mesmo quando ele era impossível para tê-lo.
"Sim," eu repito com mais sentimento.

"Então me beije, Olive."

Desta vez, eu não hesito. Aproximando seu rosto, eu o beijo suavemente.

Seus dedos me dão um pequeno empurrão e seu polegar esfrega meu clitóris, tão
suavemente quanto meu beijo. Eu envolvo minhas pernas em torno de sua
cintura e o puxo mais perto de mim. Inclinando sua cabeça com as mãos, eu o
beijo mais fundo. Ele ainda está suave, mas eu empurro minha língua mais
profunda em sua boca para provar tudo dele, para brincar com sua língua.
 Seus dedos começam a empurrar mais profundamente, minha umidade
escorrendo de mim ao redor de seus dedos, e eu choramingo em sua boca
enquanto eu tento empurrar meus quadris para frente para pegar mais dele.

Quando ele atinge um ponto específico, eu afasto minha boca da dele e

seguro em seus ombros, meus dedos curvando.

"Caramba," eu sussurro, espalhando minhas coxas mais largas. "Jason."

Calor começa a rastejar por todo o meu corpo, cada centímetro da minha
pele em erupção toda arrepiada. Eu estou quase lá, então eu digo a ele
exatamente isso.

"Estou tão perto..." eu murmuro, meus olhos se fecham.

Ele acrescenta outro dedo em mim e arqueio minhas costas.

Tão fodidamente perto.

Seria um daqueles longos e intensos orgasmos. Nada de louco, pelo menos

nada muito louco, mas ainda um daqueles doces, eu estou queimando todo em
um tipo bom de orgasmo.

Seus dedos empurram lentamente e profundos, enquanto seu polegar

paira sobre meu clitóris, me fazendo praticamente perder a cabeça.

Soltando seus ombros, eu me inclino para trás e me apoio nas mãos,

abrindo as pernas mais amplas, pedindo mais.

"Jason, por favor," eu murmuro quando ele não acelera seu ritmo e me
deixou voar.

"Você precisa mais forte?" Ele pergunta com um grunhido baixo em sua
voz.

Mordo meu lábio e concordo.

"Diga-me," ordena ele. "Diga-me o que você gosta."

Abro os olhos e olho para ele, mal me segurando ao ouvir a fricção que
seus dedos estão causando, sabendo que ele está ciente de como eu estou
molhada para ele... Sabendo que eu estou corando, só um pouco, eu falo quando
eu ainda estou me perdendo em seu olhar intenso. "Mais forte. Mais rápido."

É tudo o que ele precisa. Seus dedos vão mais profundos, seu polegar
pressionando mais forte. Um suave gemido escapa dos meus lábios, misturados
com seu nome, e eu sinto isso acontecer. Começa bem entre minhas pernas e se
espalha pelo meu corpo inteiro. Meus dedos do pé se contraem e eu gemo mais
alto enquanto Jason continua empurrando mais fundo, me abrindo e
pressionando cada vez mais.
 Durou mais do que qualquer outro orgasmo que eu já tive, e foi apenas
com os dedos.

Eu estou mais do que pronta para experimentar seu pau.

Quando eu tenho forças para abrir os olhos e olhar para Jason, ele é lindo
de ver.

Respiração desigual, olhos brilhando, ele continua me trabalhando até os

últimos tremores deixarem meu corpo. Então ele tira seus dedos para fora de
mim e sua mão vai para trás de minhas costas, puxando-me para seus lábios.

Seu beijo é selvagem. Mordemos um ao outro, lambemos um ao outro,

devoramos completamente um ao outro. Nós pegamos como nós damos. É
fantástico. O melhor dos melhores. Eu penso que não poderia ficar melhor.

Torcendo meu cabelo em torno de sua mão, ele puxa minha cabeça para
trás. Eu sei que minhas bochechas estão ruborizadas e meus lábios estão
inchados, mas eu preciso de mais. Eu estou com fome por mais dele.

Deixo minha mão lentamente cair de seus ombros para seu peito, então
em direção à grossa protuberância em seu jeans, a protuberância que eu mal
consigo distinguir no escuro. Quando ele percebe onde minha mão está indo, ele
pega meu pulso e me para.

"Ainda não terminei com você."

Com essas palavras, ele tira minha camisa e olha para meus seios
completamente fora do meu sutiã. Suas mãos alcançam meus seios, mas ele não
tira o sutiã de mim. Em vez disso, ele os levanta como se está dimensionando-os.

"Eu quero fazer tantas coisas com você, Olive," ele diz quando ele pode
tirar seus olhos de meus seios.

"Eu quero que você faça todas as coisas comigo," eu sussurro de volta,
meu coração ganhando velocidade.

Ele arqueia sua sobrancelha. "Você quer, agora?"

"Sim."

"Bom. Eu farei cada única coisa que é possível fazer a você. Isso é bom
para você, pequena?"

Meu cérebro formiga. Eu estou começando a amar como ele soava quando
ele está me chamando de ‘pequena’. Eu balanço a cabeça encontrando um pouco
de coragem, acrescento, "Quero tudo, Jason."
 Seus olhos ficam meio fechados e seus lábios mostram um sorriso. "E eu
quero apenas você, Olive. Deite-se, então. Você fez uma bagunça nos meus dedos
e eu preciso limpar você."

Eu coro e hesito por um segundo. Devo desculpar-me?

"Venha aqui, querida," ele diz, notando minha relutância em deitar-me.

Quando eu estou encarando ele novamente, ele segura minha bochecha e

beija meus lábios formigando, me persuadindo a abrir para ele.

"Você vai me deixar provar você? Porque seu cheiro está me deixando
louco e eu preciso lamber você.” Ele sussurra em minha boca.

Enquanto eu estou distraída, seus dedos puxam para baixo os bojos do

meu sutiã e ele torce meu mamilo com uma mão, fazendo-me gemer e
choramingar.

Quando nossos lábios se separaram, ele fala rudemente. “Deite-se para

mim, querida.”

Eu faço. Um pouco timidamente talvez, mas minhas costas ainda atingem

a ilha.

Jason estende minhas pernas abertas e olha para mim, seus olhos se
movendo sobre meus seios, e então lentamente para baixo.

Ele cutuca minha buceta aberta com dois de seus dedos, espalhando
minha umidade por toda parte. Então com um lento deslizar dos dedos, espalha o
que sobra sobre os meus mamilos.

Quando sua boca fecha em torno do mamilo duro e ele suga, meus olhos
fecham e um choque elétrico percorre meu corpo, fazendo-me tremer. Enquanto
ele ainda está devorando meus seios, lambendo e mordendo, ele suavemente
levanta minhas pernas e puxa-as sobre seu ombro, deixando as costas dos meus
joelhos descansar em seus ombros.

Então suas mãos seguram meus quadris e sua cabeça mergulha mais
baixo, mordendo e lambendo em seu caminho. Quando ele tinha finalmente
atinge seu objetivo, eu sou uma confusão de tremores.

"Uma linda buceta," ele sussurra, a sua respiração quente em minha

carne sensível fazendo todos os tipos de coisas para mim.

Então ele me lambe de baixo para cima, pressionando sua língua

firmemente contra meu clitóris e depois rodando. Arqueio meu pescoço e engulo.

Olhando para mim quando ele dá leves beijos no interior da minha coxa,
ele pergunta, "Quantos homens você deixou te tocar assim?"
 "O quê?"

"Quantos homens conseguiram te ver assim? Toda molhada, quente e

rosada?"

Maldição... Mais uma vez com o rubor. Eu tinha namorado três caras no
total e além de Marcus, você mal poderia os chamar de homens. Uma era do
colégio depois que Jason nos deixou. O outro que eu só namorei por alguns
meses no meu primeiro ano na faculdade. Fora de todos eles, Marcus foi o único
que tinha feito sexo oral em mim, então como eu poderia mesmo responder a sua
pergunta?

Ele arqueia a sobrancelha. "Você está contando?" Sua boca baixa e ele
chupa meu clitóris.

Meu corpo treme novamente.

Eu balanço a cabeça. "Não. Eu só... não sei como responder."

Ele empurra um único dedo dentro de mim e espera por minha resposta.

"Só um esteve aí," eu digo suavemente.

"Marcus," ele adivinha ameaçadoramente.

Eu não ia responder isso.

Ele acrescenta outro dedo. "Jason," eu sussurro com um novo orgasmo já

se aproximando.

"De agora em diante, ele não pode tocar um único fio de cabelo em sua
cabeça," ele rosna entre minhas pernas e começa a lamber todos os meus sucos.
Meu corpo estremece e minhas mãos alcançam seu cabelo, meus dedos
agarrando qualquer coisa que seja o suficiente para segurar.

Eu não posso decidir se eu estou mais excitada pelo fato de que há uma
possibilidade legítima dele estar com ciúme de Marcus ou como ele é bom com
sua língua - provavelmente uma mistura saudável dos dois. Suas lambidas
tornam-se mais firmes e ele começa a girar sua língua em torno de meu clitóris
enquanto sua barba faz maravilhas, raspando em minha carne sensível. Levanto
meus quadris até a boca dele, geme e meus dedos se apertam em seu cabelo,
segurando-o para baixo.

Percebendo o que eu estou fazendo, eu rapidamente solto e Jason para o

que ele está fazendo.

Estou lhe dizendo, ele está fazendo magia.

"Não hesite comigo. Agora não, Olive," ele diz, levantando a cabeça de
entre minhas pernas. Seus lábios estão vermelhos e cintilantes. Eu quero devorá-
lo, e eu estou planejando isso. "Pegue no meu cabelo e faça o que for que você
queira me fazer."

Ovários explodindo aqui!

Levanto minhas mãos e passo meus dedos pelos seus cabelos novamente,
ligeiramente agarrando. Seus olhos prendem o meu olhar o tempo todo. Eu tenho
a sensação de que ele precisa ter-me tanto quanto eu preciso tê-lo, o que é
incompreensível.

Sua língua acaricia minhas dobras e eu começo a ter dificuldade em

manter meus quadris para baixo. Ele me puxa para frente, minha bunda quase
descansando na borda.

Quando ele cobre meu clitóris com a boca e começa a chupar, eu grito seu
nome, empurrando e puxando em sua cabeça.

É demais.

"Jason... Eu não posso... oh, Deus... você tem que parar."

Ele empurra dois de seus dedos para dentro, curva-os, e encontra meu
ponto G. Meu orgasmo se aproxima, assim. Pernas se contorcendo, corpo
tremendo, meus gritos soam em meus ouvidos... Eu gostaria de pensar que é
uma bela visão, mas eu sei que não é. Achando apoio em seus ombros, eu levanto
meus quadris para cima e para baixo, tentando prolongá-lo tanto quanto eu
posso.

Quando tudo termina e eu paro de me contrair contra seus dedos, todos

os meus ossos caiem do meu corpo e eu me torno um macarrão muito feliz.

A cabeça de Jason ergue-se entre as minhas pernas, mas não antes de me

dar uma última e lenta lambida, enviando um leve tremor em todo o meu corpo.
Quando sinto seus lábios contra os meus, sorrio preguiçosamente e sugo sua
língua na minha boca.

Ele geme e me deixa brincar com sua boca por tanto tempo quanto eu
quero. Então eu estou em seus braços novamente, minhas pernas mal envolvidas
em torno de suas costas, um braço circundando seu pescoço, o outro segurando
seu cabelo em um apertado punho, e estamos nos movendo.

Eu estou tão alta como uma pipa, toda zonza e sorridente. Eu duvido que
eu teria notado se ele tivesse me levado para o inferno em seus braços.

Quando minhas costas atingem um colchão macio e eu salto, eu abro

meus olhos para ver que ele tinha me trazido para o seu quarto.

Há luz suficiente vindo de fora para eu vê-lo tirar sua camisa e depois ir
para seus jeans. Enquanto ele mantem seus olhos em mim, eu me apoio em
minhas mãos e escolho vê-lo despir-se para mim.
 Aquele abdômen...

Segunda explosão de Ovários.

Eu tinha um plano muito detalhado de como eu ia lamber e beijar cada

linha.

"Suba, Olive," diz ele, gesticulando com o queixo antes de tirar a cueca.

E é uma coisa boa, também, porque eu não tenho certeza se eu posso vê-
lo tirar suas cuecas e não dizer algo que certamente me envergonharia, então eu
me empurro em direção aos travesseiros. No momento em que eu estou
estabelecida e, Jason está rastejando em cima de mim, suas mãos em cada lado
do meu rosto.

Quando nossos olhares se encontram...

Eu estou perdida.

Seus olhos ainda estão em mim, ele alcança a sua esquerda e abre uma
gaveta, presumivelmente tirando um preservativo - eu já tinha passado pelo
quarto dele e sabia que era lá que ele tinha alguns deles guardados.

Ele coloca a ponta do pacote na minha boca e puxa-o quando eu prendo

entre meus dentes.

"Coloque-o em mim, Olive," ele murmura contra meu pescoço, deixando

cair o preservativo em meu estômago.

Como eu deveria mover meus braços ou qualquer parte do meu corpo

quando ele está beijando e lambendo minha pele daquele jeito? Quando eu não
me movo, ele cutuca meu pescoço com seu nariz.

"Por favor, Olive. Eu mal posso me segurar."

Com as mãos trêmulas, procuro o preservativo que eu não posso ver, e

então vou para baixo e toco algo duro e grosso, algo que balança. Antes que eu
possa tentar colocá-lo nele, os lábios de Jason estão nos meus e ele está gemendo
em minha boca. Esquecendo-me do preservativo, eu deslizo meus braços ao redor
de seus ombros, mas antes que eu posso aprofundar o beijo, ele para e afasta
seus lábios.

"Não pare... Coloque querida." Sua voz é tão grossa, tão sedutora.

"Mas como eu..."

Ele empurra minhas pernas abertas com seus joelhos e então seu pau
está acariciando minha buceta.

Oh meu Deus…
 Eu gemo e deixo minhas pernas abertas mais largas para ele.

"Se você me quer dentro de você, olhe para mim e coloque-o," ele repete
novamente.

Mal segurando seu olhar fixo, eu me abaixa e agarro seu pau grosso,
acariciando-o uma vez, duas vezes.

Rosnando profundamente em sua garganta, Jason morde meu pescoço,

sugando suavemente a pele.

Porque eu estou morrendo de vontade de tê-lo dentro de mim, eu paro de

jogar e lentamente rolo o preservativo sobre ele.

E rolo.

E rolo.

E rolo.

Caralho!

No momento em que meus dedos o deixam, Jason empurra seus quadris

para frente e a cabeça de seu pau empurra em minha abertura. Eu ofego com
quantidades iguais de prazer e dor.

De algum lugar da casa, o telefone de Jason começa a tocar.

"Não pense nisso," ele murmura e empurra um pouco mais profundo.

Eu não penso nisso. Arqueio meu pescoço e gemo muito alto.

"Mais?" Ele pergunta entre minha respiração pesada.

"Siiim," eu gemo enquanto ele continua insistindo sem esperar pela minha
resposta. Então ele está recuando e voltando novamente dentro.

Meu corpo se acostumando com ele, eu tento segurar seu olhar para
deixá-lo ver como é bom tê-lo indo profundo no meu corpo.

Quando a cabeça do seu pau atinge aquele ponto mágico, meus olhos se
fecham e ele para de se mover. Não retirando. Sem empurrar de volta.

Eu estou completamente cheia, em todos os sentidos que contam. Parece

que todo o meu corpo treme sob ele. Ele cai de joelhos, mas manteve seu corpo
sobre o meu. Sinto seus dedos empurrando meu cabelo para longe do meu rosto
e então seus lábios estão contra a minha testa, deixando um beijo terno. Abro os
olhos e olho para ele.

"Olive," ele sussurra.

Uma palavra.
 Como ele pode me afetar como ele faz? Como poderia uma palavra de sua
boca tocar meu coração assim?

"De todas as formas que importam, eu sou o primeiro, Olive. Você

entende?"

Ele não tem ideia de como ele está certo. De todas as maneiras que
importavam, ele era meu primeiro, e depois que todo esse negócio terminasse, ele
provavelmente seria o meu último. Ninguém... Nada me faria sentir como ele está
me fazendo sentir nesse momento.

Eu balanço a cabeça.

Seus olhos se abrem, ele toca seus lábios nos meus. Suavemente,
gentilmente. Fecho meus olhos para esconder meus sentimentos e o beijo de
volta. Ele puxa seus quadris para trás e empurra profundamente. Forte.

"Você é perfeita, querida. Você é perfeita e agora você é toda minha."

Minhas sobrancelhas juntam-se e eu engasgo em sua boca. Ele não

interrompe o beijo.

Outro impulso profundo balança meu corpo para frente e ele suprime meu
gemido.

"Jason," eu gemo quando ele me dá espaço suficiente para respirar.

"É da mesma maneira tão bom para você?" Ele pergunta. Há algo
escondido em sua voz, algo que me diz que ele está surpreendido.

Eu dou-lhe um sorriso preguiçoso.

Ele sorri de volta. "Olhe para você me levando todo para dentro," ele diz
suavemente. "Boa garota."

Outro impulso profundo e minha respiração falha.

"Você está tão fodidamente profundo," eu ofego.

"Você gosta querida? Você gosta profundamente assim?" Sabendo o que

está fazendo, ele atinge aquele ponto e eu choramingo. "Querida," ele murmura,
chamando minha atenção. "Fale comigo."

"Sinto-me tão bem," eu choramingo. Para meu horror, sinto uma lágrima
deslizar para baixo do meu olho e em meu cabelo.

Jason segura meu rosto e enxuga as lágrimas com seus polegares.

"Calma, querida."
 "Eu sinto muito," eu sussurro enquanto ele continua se movendo dentro
de mim, seus movimentos gentis. "Só um pouco sobrecarregada, eu acho."

"Eu sei," ele murmura enquanto beija meus olhos fechados. "Eu sei
querida."

Ele me toma, corpo e alma. Golpes suaves e longos alternam com golpes
forte e superficiais. Eu estou exausta. Nossos gemidos ecoam no quarto e cada
ruído que ele faz me estimula mais.

"Você está cremosa em torno do meu pau. Você vai gozar para mim,
linda?" Jason pergunta. A boca dele está junto ao meu ouvido, suas respirações
pesadas aquecendo meu pescoço e enviando arrepios através de todo o meu
corpo. Todo tempo que ele está deslizando seu pau tão profundo quanto ele
poderia ir.

"Jason, isso é tão bom," eu sussurro enquanto eu seguro seus antebraços,

cavando meus dedos em sua carne, tentando mover meus quadris com seus
impulsos.

A pressão dentro de mim está crescendo e crescendo ... Está me deixando

louca.

Completamente louca.

"Jason, eu vou gozar," eu ofego.

"Sim, querida, eu posso sentir. Eu posso sentir você apertando meu pau."

"Mais rápido, por favor."

"Não."

Um impulso profundo.

"Isso vai ser melhor. Não temos motivo para correr. Apenas deixe ir,
querida. Dê-me isto."

Ele continua trabalhando seu pau em mim em seu próprio ritmo, não
acelerando, não abrandando.

Deslizo minhas mãos para cima e sobre seus ombros e sinto seus
músculos esticando sob minhas mãos. Ele é sólido sob meus dedos, tão real, e ele
está tendo um tempo difícil segurando tudo junto, assim como eu. Eu consigo
mover meus quadris sob seu corpo e de repente a cabeça de seu pau acerta onde
eu preciso que atinge e eu me perco.

"Beije-me, Jason," eu ofego, minhas mãos apertando em seus braços. Ele

pega minha boca e eu deixo tudo ir. Eu deixo tudo escoar de mim. Tudo o que eu
estava segurando por tanto tempo.
 Quando eu começo a contrair-me mais violentamente, meu orgasmo
rasgando meu corpo, Jason enterra-se profundamente em mim. A intensidade do
meu orgasmo atinge meu corpo e eu começo a chorar novamente. Enquanto
minhas lágrimas deslizam sobre nossos lábios, eu cubro seu rosto e o beijo mais
profundo, dando-lhe minha língua.

Meu corpo treme como uma folha.

"Merda, querida." Eu sinto seu gemido vibrar por todo o meu corpo e ele
começa a golpear em mim. Golpes fortes e profundos que conseguem puxar algo
mais de mim. Outro pequeno choque passa por mim e depois Jason está se
esvaziando em mim.

Meu peito se enche de uma sensação de calor, eu belisco seus lábios até
que seus quadris diminuem e ele solta um gemido longo, enterrando seu rosto
contra meu pescoço, ele se acalma dentro de mim. Depois de dar leves beijos na
minha pele, ele ergue a cabeça e me dá sua covinha.

"Ei," ele sussurra.

Apoiando-me nos cotovelos, arqueio meu pescoço e beijo sua bochecha,

exatamente onde suas covinhas viviam para me torturar e toda a população
humana.

Quando minha cabeça bate na cama novamente, ele está sorrindo ainda
maior.

"Como você está se sentindo?" Ele pergunta com um toque de

preocupação em sua voz.

"Perfeita," eu respondo, sorrindo para ele.

"Eu tenho que cuidar do preservativo."

"Agora?"

Ele beija meu nariz. "Sim, querida." Ele suavemente desliza para fora de
mim, seu pau ainda semiduro, e então ele está fora da cama, indo em direção ao
banheiro principal.

Sem ele me enchendo, eu me sinto tão vazia. E agora? Não é assim que eu
imaginava que minha noite terminaria. O que aconteceria agora? Seria uma coisa
única para ele? Depois de tê-lo e saber como me sentia tendo-o pra mim... Se eu
não o tivesse de novo, eu morreria de tristeza?

Era assim que funcionava?

Antes que eu posso pensar em algo a dizer, ele está de volta ao meu lado,
me reunindo em seus braços e estabelecendo-nos sob as cobertas. Não me escapa
o aviso de que ele tinha colocado cuecas antes de entrar na cama.
 Fico imóvel, sem me mover nem um centímetro.

Ele está em silêncio, mas suas mãos estavam deslizando para cima e para
baixo do meu braço. O que isso significa?

É bom estar de novo em seus braços. Sim, eu estou nua e ele não está,
mas ainda é bom. Ele não tinha me deixado sozinha no quarto. Era algo.

Eu deveria abrir minha maldita boca e dizer, e agora? Ou qualquer coisa

na verdade. Mas eu não faço. Tampouco Jason.

Eu tenho perguntas, mas eu temo suas respostas.

Mas por que ele não diz nada?

Não muito tempo depois que ele entra na cama comigo, seu braço acalma
sobre minha cintura e ele adormece.
Jason e Olive capturados em vídeo ao se envolver em um beijo apaixonado!

Oh garoto! Senhoras, alguma de vocês não tomou banho frio depois de assistir ao
vídeo de Jason Thorn beijando Olive Taylor no palco? Nós não sabemos sobre você,
mas nós certamente fizemos. Vários deles.

Como se isso não bastasse, estamos ouvindo rumores de uma fonte próxima ao
casal que eles silenciosamente se casaram na casa de Jason em Bel Air e estão
tentando mantê-lo em segredo para que eles possam aliviar a família de Olive do
casamento inesperado. Nossa fonte revela que Jason estava ansioso demais para
ter um longo noivado e decidiu surpreender Olive com um casamento sem estresse.
Todos acreditam que eles estão realmente apaixonados um pelo o outro.

Enquanto muitos fãs de Jason Thorn estão chocados e não sabem o que fazer com
os rumores, os próprios fãs de Olive pareciam apoiar essa sincera união. Depois de
assistir a esse beijo, nós não achamos que os rumores são falsos neste momento.

E podemos falar mais sobre o vídeo, por favor? Oh, o que nós não daríamos para
ser uma mosca na parede na casa de Jason Thorn para assistir o que aconteceu
quando eles estavam sozinhos... Depois de um beijo como esse, Jason não só
mostrou a todos o que é um beijo apaixonado e aparentemente, ele também
mostrou que Olive Taylor é muito possivelmente a garota mais sortuda do mundo.
Como se não soubéssemos isso...

Quando saíram do bar onde o elenco e a equipe estavam tendo uma festa antes
das filmagens de Soul Ache começarem no dia seguinte, Jason quase entrou em
uma briga com um fotógrafo, porque ele tentou chegar um pouco perto demais de
sua namorada. Quem sabia que ele seria um marido ciumento depois de todas as
suas discrições?

Durante os últimos dois anos, Jason Thorn tem sido conhecido por seu apetite
sexual. Você acha que Olive Taylor - ou devemos dizer Olive Thorn - será seu único
foco, ou a estrela terá mais distrações de vez em quando?
 Capitulo Vinte e Sete

Jason

Eu acordo sentindo como se meu sangue está zumbindo em minhas veias.

Minhas mãos encontram carne macia e eu gemo. Eu estou queimando de dentro
para fora. Meus quadris flexionados e eu ouço um pequeno gemido.

Sorrindo, eu deixo minhas mãos vagarem por um par de coxas.

"Mmmm, o que você está fazendo, pequena?" Eu murmuro e aperto os

quadris de Olive, parando com sucesso seu movimento ascendente enquanto meu
pau está acolhido descansando dentro dela.

Sentindo seu peso em meu peito, eu abro meus olhos e olho em seus
brilhantes olhos verdes. Hesitantemente, ela pressiona seus lábios sobre os meus
e levanta a cabeça para olhar para mim novamente. Liberando minha mão
direita, eu junto seus cabelos em meu punho, afastando-o de seu rosto e puxo-a
de volta. Quando ela separa seus lábios para mim, eu a beijo do jeito que ela
sempre deve ser beijada, do jeito que ela merece ser beijada. Ela geme e abre
mais a boca, transformando o beijo em luxúria líquida.

Ela é bem-vinda para fazê-lo.

Inferno, ela é bem-vinda para me acordar a cada manhã montando meu

pau. Eu mordo seus lábios e ela para, sua respiração está irregular, seus quadris
inquietos.

Segurando na parte de trás de sua cintura, eu nos viro e a tenho sob mim
em um segundo sem quebrar nossa conexão.

"Você deveria ter me acordado se você precisava de mais, querida," eu

sussurro enquanto eu me enfio nela. Ela esconde o rosto no meu pescoço
enquanto ela solta um gemido longo e atraente.

Suas pernas estão abraçando meus quadris, mas com meu segundo
impulso ela as deixa cair abertas e levanta seus quadris para sincronizar com
meus impulsos lentos.

"Eu só…"

Ela morde o lábio inferior, as sobrancelhas se juntando.

"Você só o quê, querida?"

Ela olha para os meus olhos com tanto desejo que eu não posso olhar
para longe dela.

"Eu só queria ter certeza de que a noite passada não foi um sonho."
 Eu empurro o mais profundo que posso e me deleito na forma em que seu
corpo treme sob o meu enquanto ela arqueia o pescoço e solta outro profundo
gemido.

"E você decidiu me montar?"

"Sim," ela sibila, jogando a cabeça para trás quando eu pressiono nela.

Sua buceta está tão malditamente quente, chupando meu pau dentro, me
apertando. Não consigo parar, puxo para trás e a encho de novo e de novo.

Suas mãos estão vagando pelo meu peito, seu toque despertando algo
dentro de mim. Quando eu começo a golpeá-la, sua respiração sai em suspiros e
ela solta gemidos abafados e incoerentes.

Cada vez que meu pau desaparece dentro dela, ondulações de prazer
balançam meu corpo.

"Jason," Olive geme sob mim, suas mãos sobre sua cabeça, palmas
descansando contra a cabeceira da cama. Eu abrando minhas estocadas e
rudemente puxo seu sutiã para baixo. Por que não o tiramos na noite anterior?
Oh, certo, eu mal tinha sido capaz de pensar, muito menos de me preocupar em
tirar o sutiã. Enquanto eu tivesse acesso ao que estava embaixo, eu não me
importava, mas agora eu quero. Eu quero cada centímetro de sua pele na minha
enquanto eu me enterro nela.

"Quando você estava escrevendo aquelas cenas de sexo você estava

pensando em seu namorado?" Eu pergunto, a minha voz toda fodida.

Ela hesita.

"Responda-me Olive."

Eu puxo meu pau, amando a maneira que ela tenta agarrá-lo com seus
músculos, em seguida, bato de volta dentro.

"Não," ela ofega, segurando os lençóis da cama com pequenos punhos.

"Em quem você estava pensando?"

"Não posso dizer."

"Oh, você pode, querida."

Eu deixo cair minha cabeça em seus seios e chupo seu mamilo em minha
boca quando eu começo a golpeá-la. Eu amo como ela arqueia suas costas para
me alimentar mais.

"Você quer que eu pare?" Eu mal seguro meus quadris. Ela parece linda
debaixo de mim, aceitando meu pau tão bem.
 A pequena bruxa começa a mover seus quadris debaixo de mim.

Rangendo meus dentes, eu digo, "Você pode tentar esconder a verdade,

querida, mas não será o mesmo quando eu estou evitando meu pau de entrar em
você. Em quem você estava pensando, Olive?"

"Você," ela sussurra, virando a cabeça para longe de mim.

Eu começo a pulsar dentro dela, então eu remeço meu ritmo novamente,

dirigindo para ela.

"Então o que eles dizem é verdade, você realmente estava pensando em

mim quando você escreveu Isaac," eu digo, como se mesmo pensar sobre isso não
está acelerando meus batimentos cardíacos.

Seus olhos são preguiçosos quando os abre para olhar para mim.

"Sim," ela sussurra com sua voz áspera.

"Você quer que eu fale sujo com você, querida? Como Isaac?"

Inclinando-me até seu ouvido, paro quando meus lábios estão apenas a
milímetros de distância e sem fôlego sussurro, "Você quer que eu te tome com
força, também? Foda você loucamente?"

Como resposta, ela cruza suas mãos atrás da minha cabeça e toma meus
lábios, brincando com meu coração como ninguém jamais fez.

Uma carícia corajosa de sua língua e tudo fica nebuloso. Arrancando

meus lábios de sua boca, eu endireito meus braços e olho para ela.

"Tudo que você tem a fazer é pedir, querida. Eu lhe darei tudo que você
precisa."

Meu corpo ergue do dela e eu olho para baixo para ver meu pau espesso
desaparecer em seu doce calor. Eu analiso cada curva e mergulho de seu corpo.
Ela está tão apertada e já sem fôlego, suas mãos inteligentes tocando cada
centímetro do meu corpo que ela pode alcançar.

Quando eu percebo que meu controle foi atirado ao inferno, eu saio dela
para ficar de joelhos.

"Segure na cabeceira, querida."

Quando ela estende a mão e enrola os dedos na cabeceira da cama, eu

engancho meus braços sob seus joelhos e coloco suas pernas sobre minhas coxas
abertas, certificando-me de segurar suas pernas abertas para mim.

Limpando o suor na minha testa, eu agarro seus quadris e lentamente

alimento meu pau com sua buceta, me divertindo com seu praguejar e gemidos
altos.
 "Oh, Deus," ela murmura quando eu estou todo dentro.

"Porra, sim," eu digo em resposta.

Então meus dedos pressionam mais forte em sua carne e eu a fodo como
se eu não tivesse fodido com ela na noite anterior. Enquanto a noite anterior
tinha sido incrível, tinha sido mais do que apenas sexo. Isso... Era puro prazer.
Isto é forte, profundo e definitivamente fora de controle.

Eu amo isso.

Ela adora isso.

Toda vez que eu afasto do seu corpo, eu chego ao fundo. Eu estou

bebendo os seus gritos agudos e respirações ofegantes. Quando sua cabeça bate
na cabeceira da força que eu estou batendo nela, eu tento abrandar o meu ritmo,
mas é tarde demais para nós dois.

"Foda-me, Jason... merda, porra... Sim, sim, por favor..."

Seus olhos reviram e seu corpo congela sob minhas mãos. Sua liberação
me enche de pressa. E eu gemo mais alto que seus gritos.

Ela respira fundo.

Em seguida, outra.

Enquanto eu continuo batendo nela, ela lentamente desce de seu

orgasmo, suas pernas relaxam, e ela abre os olhos dela. É o suficiente para
acender algo dentro de mim, então eu deixo tudo ir e junto-me a ela no
esquecimento.

Eu estou tentando recuperar o fôlego e lentamente empurrando para

dentro dela quando ela estica seus dedos sobre meu abdômen, olhando para mim
como se ela está pronta para me lamber e me comer. Fora da minha mente com
necessidade por ela, eu caio nos meus cotovelos, seguro sua cabeça entre as
minhas mãos, e lhe dou o mais forte e mais apaixonado beijo que eu já tinha
compartilhado com alguém.

Quando estamos meio mortos, dou um beijo em seu nariz e tento ignorar
meu pau pulsante. Eu estou pronto para fazer tudo de novo.

"Precisamos repetir isso algumas vezes por dia. Você está bem com isso,
querida?"

Como resposta, ela me beija e no meio do nosso beijo me dá um sorriso

preguiçoso.
 "Além disso, quando meu cérebro estiver funcionando, lembre-me de
perguntar como você conseguiu rolar um preservativo em mim sem me acordar.
Ou talvez possamos falar sobre não usá-los, se você está pronta para isso."

"Eu voto em não usá-los," ela murmura em uma voz suave.

Eu sorrio. "Bom, vamos lidar com isso o mais rápido possível."

Foi de longe a melhor manhã que eu já tive em toda a minha vida.

******************

Quando chegamos ao estúdio, tudo está pronto para o primeiro dia da

filmagem. Olive está fora de si, seus olhos lindos olhando em tudo com um
sorriso contagiante em seu rosto. Antes eu tenho que ir para maquiagem e
cabelo, eu a apresento ao diretor Tanner Pace e uma tonelada de outras pessoas.
Quando eu tenho que deixá-la com Alvin para ir ensaiar o texto com Lindsay
Dunlop, sinto uma pequena dor no meu coração. Eu quero mantê-la ao meu lado
em todos os momentos, ter a mão dela na minha, seus lábios nos meus,
permanentemente.

No entanto, eu não posso fazer isso.

Depois de uma hora de ensaio com Lindsay, verifico o trailer, mas não
consigo encontrar nenhum vestígio de Olive ou Alvin lá dentro. Caminhando ao
redor eu encontro ambos mastigando frutas e doces, ao lado da área de serviço de
arte.

"Jason!" Olive exclama quando me vê indo na direção deles. Seu sorriso

não tinha diminuído, e sua excitação era tão contagiosa quanto seu sorriso.

"Aí está você," eu digo quando chego ao seu lado. Enganchando meu braço
em torno da cintura de Olive, e dou uma mordida do morango em sua mão.
Então abaixo a cabeça e pego sua boca em um beijo rápido.

Quando termino, seus olhos estão meio fechados e vidrados; Talvez não
tivesse sido um beijo tão rápido depois de tudo. Lambendo os lábios, ela
murmura, "Morango. Hummm."

Eu ri e digo oi para os eletricistas, que estão tomando café na outra

extremidade do estúdio.

Mantendo Olive perto do meu lado, eu enfrento Alvin. "Vocês não foram ao
trailer ainda? Eu procurei lá primeiro."

"Olive queria ver o estúdio primeiro."

 Olive enruga o nariz e dá a Alvin um olhar de desculpas. "Sim, desculpe
por isso. É difícil explicar como isso te faz sentir quando você vê algo na vida real
que foi criado em sua mente." Ela vira os olhos verdes para mim. "Você deveria
ter visto o rosto de Alvin quando eu chorei. Até mesmo a colcha da cama de Evie
tem o mesmo padrão de penas que eu escrevi no livro, Jason. Essa é a cama onde
eles compartilham seu primeiro beijo."

Eu sorrio para ela. "A autora aprova, então? Ela também aprova o ator
principal?"

Ela assente com entusiasmo. "Eu definitivamente aprovo o ator principal.

Eu o aprovo mais."

"Eu queria mostrar a você ao redor eu mesmo, mas eu vou resolver

mostrando-lhe o meu trailer. Desde que você trouxe seu laptop com você, eu
estou supondo que você vai querer escrever?"

"Sim, eu percebi que eu iria encontrar um canto tranquilo. Eu não queria

estar no seu caminho o dia inteiro."

"Você não estaria, querida. Eu passo a maior parte do meu tempo no

trailer entre tomadas, e eu gosto de ficar observando você escrever." Eu pego seu
cabelo e deixo cair sobre seu ombro. "Você quer ir vê-lo agora?"

Tento não parecer muito ansioso, mas estou morrendo de vontade de tê-la
sozinha por alguns minutos. Aquele beijo não tinha sido o suficiente para saciar
minha sede por ela, e tinha sido algumas horas demais desde a última vez que eu
tive nua e contorcendo-se em meus braços.

"Chefe," Alvin interrompe antes que Olive possa responder. "Tanto quanto
eu amo passar o tempo com sua adorável esposa, eu temo que eu precise sair
para que eu possa cuidar da casa enquanto você não está realmente nela. Há
mais alguma coisa que você precisa de mim aqui?"

"Certo. Já designaram um assistente de produção?"

"Sim, falei com ele. Ele já deveria ter deixado a lista de atuação no estúdio
em seu trailer. Qualquer outra coisa que você precisar, me avise."

"Eu ficarei bem. Conversamos depois. Neste momento, vou passar mais
tempo com minha adorável esposa."

Alvin sai e eu ando pelo estúdio com Olive em direção aonde a maioria dos
trailers são mantidos.

"Você está brincando, certo?" Ela pergunta quando estamos na frente ao

monstro de dois andares.

"Por que eu iria brincar?"

 "Isso é gigantesco, Jason."

"Não é meu, na verdade. Eu não me importo tanto em ter um grande. A

produtora ofereceu para eu usar este durante a filmagem, e desde que eu soube
que você estaria vindo comigo, eu pensei que você apreciaria ter um espaço maior
para si mesma. Venha eu vou te mostrar por dentro. Você ficará mais do que
confortável o suficiente para trabalhar aqui."

Descansando minha mão em suas costas, eu incentivo ela seguir em

frente.

"Então você está dizendo que eu posso vir ao estúdio com você e trabalhar
em seu trailer? Sempre que eu quiser?"

Eu encontro seu olhar. "Supus que você gostaria de vir comigo, pequena.
Se não escrever, então talvez assistir as filmagens."

Ela desvia o olhar, mas não antes de eu ver seu sorriso brilhante.
Andando à frente dela, eu arranco a lista de atuação do estúdio que o assistente
de produção tinha deixado na porta e destranco o trailer.

"Eles não entram?"

"Não quando não estou aqui. Você viu o que aconteceu em Londres.
Embora este lugar seja muito bem guardado, eu não confiaria ninguém aqui." Eu
estendo minha mão para ela pegar. "Você deve mantê-lo trancado quando você
estiver sozinha aqui também."

Segurando minha mão, ela dá os passos estreitos e entra no trailer.

"Caramba, Jason. Estou apaixonado por sua casa, mas isso... é muito
parecido com o amor também."

Querendo sentir seu corpo perto do meu, eu envolvo meus braços em

torno de seu abdômen e descanso minha cabeça na parte superior da dela.
Quando ela coloca as mãos sobre a minha, eu estou sorrindo como uma criança.

Segure a onda, homem.

"Esta é a sala de estar," eu explico, de pé ao lado do sofá de couro branco.

Eu dou alguns passos para frente, arrastando-a comigo. "Por aqui, há a estação
de maquiagem e área de escritório e uma pequena cozinha, como você pode ver."
Eu dou um pequeno passo para frente e deixo meus quadris descansarem contra
ela para que ela possa sentir o quanto eu estou afetado por nossa proximidade.
Ouço sua rápida ingestão de fôlego quando minha ereção se aninha contra seu
traseiro fantástico.

Melhor acelerar isso.

 "Através da outra porta, há um banheiro e área de guarda-roupa. No
andar de cima há uma sala de projeção." Acabando com o passei, eu a viro em
meus braços, aperto um botão na parede para fechar a porta que separa a sala de
estar do escritório, e a apoio contra ela.

Até então, eu estou mais do que pronto para tê-la novamente.

Tocando meus lábios nos dela, eu espero para ver o que ela faria. Ela me
beija de volta, mas é mais suave do que o que eu queria. Não querendo assustá-la
no primeiro dia, me mantive suave, mas ainda deixo minha língua jogar com a
dela. Quando terminamos, ela está sem fôlego e eu posso ver chamas vermelhas
em seus olhos verdes.

Minha voz está mais rouca do que eu espero quando falo. "Você está bem
com tudo o que vem acontecendo?"

Ver seus lábios vermelhos e inchados faz algo para mim, então eu estendo
a mão e acaricio seus lábios macios com meu polegar.

Ela evita olhar para mim, mas assente com a cabeça. Inclino-me para
mais perto e sussurro em seu cabelo. "Você pode olhar para mim, querida?"

Então ela faz, e foda-me, mas ela é linda. Eu vou para seus lábios
novamente, e desta vez ela está tão ansiosa como eu estou.

Sua mão timidamente alcança sob minha camisa e ela a descansa contra
minha barriga. Involuntariamente, empurro meus quadris nos dela. Antes que eu
possa levantá-la e levá-la para o sofá, alguém começa a bater na porta.

"Jason, Tanner precisa falar com você sobre algumas mudanças que ele
quer fazer na primeira cena."

"Eu vou estar lá!" Eu grito.

Descanso minha testa contra Olive e suspiro. Focalizando seus lábios

entreabertos, discretamente reorganizo a mim mesmo. "Eu não acho que posso
fazer isso mais do que algumas horas sem tê-la novamente," eu sussurro sobre o
meu batimento cardíaco frenético.

O que está acontecendo comigo?

"Vá," diz ela, tirando a mão dela da minha pele e colocando-a no meu
peito, sobre a minha camisa. "Eu vou espiar ao redor do trailer um pouco mais.
Sua excursão foi bastante ruim."

"Tudo o que você precisa é se concentrar em mim, mulher."

Ela ri e meio que empurra meu peito. "Vá. Você vai voltar e me levar para
assistir a primeira cena?"
 Relutantemente, eu a deixo ir e esfrego meu rosto. "Deixe-me verificar a
lista de atuação."

Ela vem até a mesa comigo e olha para o papel por cima do meu braço.
"Oh, a primeira cena é a mesma que você assistiu na audição. Pensei que seria a
primeira vez que se viam na rua vazia."

"Filmes quase nunca são filmados em sequência. Desde que estou em Los
Angeles e não tenho quaisquer outros não tenho que agendar as cenas em torno
de mim, mas acho que Lindsay tem outro compromisso e ela vai ter que estar fora
do estúdio em alguns dias. Eles vão querer cuidar das nossas cenas juntos
primeiro."

"Ok," ela diz, os seus olhos ainda fixos na lista de atuação. Eu sorrio e
entrego a ela.

"Você quer mantê-la, talvez?"

"Sim!" Ela arranca-a das minhas mãos e vira as costas para mim.

Eu ri e puxo seu cabelo para que eu possa dar um leve beijo em seu
pescoço. "Eu estarei de volta para te levar para a primeira cena, querida. Fique
bem."

Por que não consigo manter minhas mãos e lábios longe dela?

Vinte minutos depois, eu volto para o trailer e levo Olive para que o
assistente pudesse nos levar para o local.

Deixando Olive sentar na minha cadeira atrás das câmeras, eu vou para o
meu lugar na frente delas. Meia hora mais tarde, Lindsay está no lugar e nós
estamos prontos para começar.

Antes que o diretor possa chamar a ação, eu olho para trás no ponto onde
eu tinha deixado Olive, mas eu mal posso distinguir seu rosto com todas as luzes
que estão direcionadas para nós. Fechando meus olhos, relaxo meu corpo e
penso em Isaac. Ouvindo a voz de Olive em minha mente, eu apreciei cada
detalhe que ela me deu sobre ele. Ela tinha soado como se ela estivesse realmente
apaixonada por ele, mas eu entendi esse tipo de compromisso bem demais. Ela
não seria uma boa escritora se não pudesse se apaixonar por seus personagens,
os bons e os maus.

Eu relaxo meus ombros e solto uma respiração profunda. Quando abro os

olhos e olho para Evie, transformo em Isaac, o Isaac que Olive tinha dado seu
coração.

"Ação!" Tanner grita.

Tudo começa.
 ******************

Duas horas de filmagem mais tarde, eu encontro-me ao lado de Olive,

segurando sua mão firmemente, seu aperto no minha tão forte.

"Eu tenho uma hora entre as tomadas," eu digo enquanto eu verifico o

relógio em meu pulso. "Você quer voltar para o trailer? Eu poderia usar um pouco
de silêncio." Eu preciso ficar sozinho com ela.

Ela me segue sem falar nada.

O assistente nos deixa na estação de serviço de artes e eu consigo um café

e Olive um chá. Desde que o trailer não está longe, eu envio o assistente para que
eu possa ter Olive para mim enquanto nós andamos a curta distância.

Um grande grupo de pessoas sai de um dos armazéns que está no

caminho para o meu trailer e se embolam em volta de nós. Temos que abrandar
os nossos passos e deixá-los passar em direção à pequena cidade falsa. Eu
percebo que eles devem ter feito uma pausa nas filmagens.

Quando Olive de repente para de se mover, eu paro e olho para ela.

"O que está acontecendo?" Eu pergunto quando ela sacode sua mão da
minha e começa a acená-la na frente de seu rosto.

"Olive, o que você está fazendo?"

"Isso é uma abelha?" Ela grita, apressadamente retrocedendo.

"Eu acho. Por quê? O que está errado?"

"Oh meu Deus, há mais!" Ela grita e pula no banco que está mais perto
dela.

Nessa altura, algumas pessoas tinham parado e começado a observá-la,

tentando entender que comoção era aquela.

Eu corro para seu lado. "Olive pare de pular, você vai cair e quebrar seu
pescoço."

"Jason! Jason, você tem que me ajudar!"

Sim, existe somente duas abelhas, embora estas duas fossem idiotas
persistentes.

"Querida," eu digo, rindo. "Pare de agitar as mãos e pular se você não

quiser que elas piquem você."
 "Elas estão vindo atrás de mim! Como posso parar! Tire-as de mim, por
favor."

"Ok," eu suspiro e pego-a atrás de seus joelhos. Sem hesitação, ela pula
em meus braços e se envolve ao meu redor, seu rosto escondido em meu pescoço.

Ela choraminga e eu tenho que impedir uma risada.

"Eu não sabia que você tinha medo de abelhas, Olive."

"Elas se foram?" Ela sussurra em meu pescoço. Eu mal conseguia

entender suas palavras.

"Na verdade, elas ainda estão voando, mas eu não vou deixá-las chegar
até você, não se preocupe. Ninguém vai te levar para longe de mim, nem mesmo
estas abelhas más."

Ela geme, mas seu apoio em mim está mais relaxado. "Não faça piada de
mim. Eu nunca fui picada por uma abelha, por isso, se elas me picam eu posso
morrer em poucos minutos."

Desta vez eu não consigo segurar; Eu rio, aumentando meu aperto em sua
cintura para que eu não a deixe cair. Sentindo olhos em nós, olho para trás e vejo
algumas pessoas gravando todo o espetáculo com seus telefones.

Ótimo. Mais cobertura da mídia é exatamente o que precisávamos.

"Eu sou provavelmente alérgica. Deve ser por isso que elas estão
esperando para me pegar. Elas se foram? Se não, balance suas mãos para que
elas não se aproximem de nós." Olive está inconsciente do que está acontecendo
ao nosso redor, então eu acelero meu ritmo, sabendo que ela não iria querer ser
filmada enquanto estivesse envolvida em torno de mim. Além disso, mesmo que
isso me fizesse um bastardo, eu gosto dela em torno de mim. Se eles o filmaram,
fotografaram... E daí? Ela é minha esposa afinal.

"Tenho certeza se eu acenar minhas mãos só vai irritá-las mais, e então

elas vão roubar você para longe de mim."

Levemente, ela bate no meu ombro e murmura, "Eu disse para não
zombar de mim. Estou falando sério."

Eu acaricio seu traseiro e sorrio para seu cabelo. "Eu sei querida. Está
tudo bem, estamos quase no trailer. Eu vou proteger você."

"Vamos ao hospital?"

"Olive, elas nem sequer tocaram em você, querida."

"Mas e se uma delas estiver no meu cabelo? Se ela estiver perto da minha
cabeça, estarei morta em segundos."
 Seu nariz está fazendo cócegas em meu pescoço, mas então eu sinto algo
diferente.

"Olive?"

"Sim," ela murmura de volta.

"Você acabou de me cheirar?"

Seu corpo se aperta novamente. "Não. Não. Eu funguei. Eu estava

checando para ver se eu estava prestes a chorar. Você sabe, me preparando,
apenas no caso e tal."

"Entendo."

Meu corpo tremendo de riso, consigo abrir a porta do trailer e levo minha
esposa para dentro. Caminhando em direção ao sofá, gentilmente a coloco sobre
ele. Com um sorriso colado ao meu rosto, eu olho para ela. Ela realmente parece
assustada. Empurrando sua franja longe de seus olhos, eu digo, "Não mova um
músculo, linda."

Antes que eu possa tirá-la dos meus braços, ela estenda a mão e toca
minha covinha. Inclinando minha cabeça, eu beijo seu dedo e afasto dela para
que eu possa ir ao banheiro e escovar os dentes. Eu tinha beijado Lindsay, ou eu
deveria dizer Evie, pelo menos umas vinte vezes. Eu não queria o gosto
persistente dela na minha boca. Não que Lindsay não fosse uma profissional
sobre isso, eu só queria o gosto de Olive de volta.

Assim que eu termino, eu estou rastejando em cima dela e alcançando

seus lábios. Ela não tinha dito nada sobre as filmagens, e enquanto eu estava
curioso para ouvir o que ela pensava sobre as cenas que tínhamos filmado, beijá-
la é mais importante na minha lista de prioridades.

Empurrando os lábios abertos, empurro minha língua dentro de sua boca

e gentilmente inclino sua cabeça para trás para que eu possa me afundar nela.
Eu não sei quanto tempo eu a beijei assim, gosto do sabor dela, memorizando seu
cheiro, mas quando eu deslizo minha ereção contra a costura de sua calça, seu
pequeno gemido alcança através da grossa neblina que está me cegando.

Terminando o beijo, eu apoio minha testa na dela e escuto sua respiração

pesada.

"O que você achou?" Eu pergunto em uma voz pesada quando eu posso
pensar mais claramente.

"Você foi incrível," ela sussurra enquanto ela olha nos meus olhos com seu
coração acelerado.

Divertido, eu pergunto. "Lindsay?"

 Ela faz uma cara atraente e engraçada. "Eu acho que estou bem com a
Evie fictícia tendo seu final feliz com Isaac, mas observando-a na vida real...
realmente observando ela beijar você tantas vezes, e de tantos diferentes
ângulos? Não tenho tanta certeza disso."

Eu ri e beijo-a novamente.

"É por isso que eu estava morrendo de vontade de te trazer de volta aqui.
Acho que prefiro beijar a autora."

"Como isso funciona exatamente? Quero dizer, como você não pode sentir
algo por ela e depois ir em frente e beijar ela assim?"

"Como o quê?"

"Como se quisesse comê-la?"

"Quero te devorar, Olive. Eu posso?"

"Mas estou falando sério."

"Querida, nada sobre esses beijos é íntimo. Você não viu quantas vezes
nós tivemos que parar para fazer certo até que o diretor estivesse feliz com o
ângulo e a iluminação? É Isaac e Evie beijando-se naquele momento, não Lindsay
e Jason. Agora, eu realmente quero que seja Jason e Olive beijando," eu
murmuro em seu ouvido e deixo um rastro de leves beijos em seu pescoço.

Arqueando seu pescoço para conseguir mais, ela ergue os quadris.

Eu gemo e empurro seus quadris de volta para o sofá com a mão. "Eu
tenho medo, que se começarmos com isso, eu não serei capaz de voltar para o
estúdio."

Ignorando meu aviso, ela me puxa para baixo pelo meu pescoço e beija-me
com toda a vontade.

Quando alguém bate na porta, eu estou fodendo ela através de nossas

roupas.

Afasto meus lábios dos dela e rosno para quem está na porta.

"Começando a cena em dez, Jason!" Alguém grita do outro lado. Parece o

auxiliar de produção.

Descanso minha cabeça no ombro de Olive. "Estarei lá em um minuto."

Observando quão rápido seu peito está subindo e descendo me deu um

imenso prazer. Fiz isso com ela. Eu roubei seu fôlego.

Me apoiando com minhas mãos, eu olho para baixo para seu rosto corado.
Seus olhos estão dilatados.
 "Eu amo esse olhar em você, Olive," eu digo, sentindo tantas coisas de
uma só vez.

"Que olhar?" Ela pergunta sem fôlego.

"Este olhar que diz, eu fui fodida tão bem."

Ela ri. "Eu não me lembro de ter sido fodida."

Levanto uma sobrancelha. "Você não lembra? Talvez devêssemos corrigir

isso."

Sua expressão séria, ela assente. "Nós definitivamente devemos. Quero

tanto você, Jason. Dentro de mim. Todo em mim."

Eu gemo e escondo meu rosto contra sua garganta. Batem novamente na

porta.

"Precisamos ir embora."

"Vou ficar aqui. Os beijos e tudo o mais estava começando a chegar a

mim. Além disso, quero que um pouco disso seja uma surpresa quando eu estiver
assistindo o filme. Eu me sinto motivada o suficiente para escrever mais, então
eu deveria aproveitar isso."

"Ok, querida." Eu beijo seu nariz e lentamente me afasto de seu corpo. "Se
eu não puder voltar entre as tomadas, vou ter certeza de que alguém lhe traga o
almoço."

"Quando termina as filmagens hoje?"

"Eu acho mais perto das oito. Tanner quer fazer algumas filmagens de rua
hoje. Por que você pergunta?"

Sentada de pernas cruzadas no sofá, ela endireita a camisa e desvia o

olhar. "Sem razão. Eu pensei que talvez quando chegarmos em casa, nós
poderíamos... " Suas palavras param.

"Nós poderíamos o quê, querida?"

Ela fica em silêncio, mas morde o lábio, chamando minha atenção.

Colocando minhas mãos em cada lado de seus quadris, eu olho em seu

rosto e pergunto novamente, "Podemos o quê, Olive? O que você quer de mim?"

Ela levanta os olhos e encontra meu olhar. "Eu quero você."

"Você me tem."

“Eu tenho?”
 Eu mordisco seus lábios e ela grita. "Minha esposa quer que seu marido a
foda? É isso que você está tentando falar?"

Seu olhar se suaviza e ela coloca uma mão sobre minha bochecha. "Ele
pode?"

"Oh, querida," eu murmuro, respirando seu perfume original. "Você quer

ser fodida corretamente, não é?"

"Sr. Thorn? Todo mundo está esperando por você no estúdio. O que devo
dizer a eles?" Desta vez é o assistente que eles tinham me atribuído - você poderia
dizer pela incerteza em sua voz.

"Pelo amor de Deus! Estou indo!" Grito de novo.

Eu suspiro e digo para Olive, "Segure esse pensamento até eu voltar."

No momento em que estávamos filmando as últimas cenas do dia, já tinha

ficado escuro lá fora e eu não tinha visto ou tido notícias de Olive durante horas.
Depois de uma conversa rápida com Tanner e Lindsay sobre a programação do
dia seguinte, eu estava indo direto para ela, esperando que ela ainda estivesse no
trailer.

Destranco a porta e entro, mas não a encontro no primeiro andar. Vou

para a sala de projeções e a encontro encolhida no canto do sofá, seu laptop no
colo dela, seus dedos batendo furiosamente. Quando chego perto o suficiente
para ver seu rosto, noto as lágrimas caindo de seus olhos.

"Olive, o que há de errado?"

Ela se encolhe e seus dedos param de se mover por um momento

enquanto ela olha para mim.

"Desculpe," ela funga. "Eu não ouvi você. Pode me dar um segundo? Eu
preciso terminar esta cena."

"Claro," eu digo um pouco chateado. Sento-me. Ela me dá um pequeno

sorriso e depois vira os olhos voltando para a tela.

Sentado ao lado dela, minhas mãos estão firmes de que ela precisa delas
em sua pele, então eu estendo a mão e junto seus cabelos no outro lado do
pescoço. Pequenos arrepios aparecem em sua pele, mas eu duvido que ela até
mesmo me percebe tocando-a.

Depois que vários minutos se passam e ela termina com o que a estava
fazendo chorar, ela gira em seu assento e me encara. Minhas mãos estão em seu
rosto em um segundo. "Querida, por que você está chorando?" Eu pergunto,
enxugando suas lágrimas. Ela deve estar chorando há muito tempo desde que
seus olhos estão vermelhos e inchados.
 Ela dá uma risada miserável e enxuga seu rosto com o dorso de sua mão.
"Seu pai... o pai dela morreu."

"Aww, querida, o pai de quem morreu?" Eu dou um beijo suave em sua

boca, provo seus lábios salgados, e me inclino. Eu ainda estou acariciando sua
mandíbula, possivelmente para me assegurar que ela está bem.

"Maya," ela responde quando novas lágrimas começam a rolar por suas
bochechas. Percebendo meu olhar questionador, ela esclarece. "O novo livro em
que estou trabalhando. Maya é a heroína. Seu pai tinha câncer, e ela estava com
ele... sua última noite, segurando sua mão, e então ele nunca chegou até a
manhã. Ele sabia... ele não estava indo, e ele a amava tanto."

Sua respiração falha e as lágrimas começam a escorrer mais rápido.

"Oh, querida," eu sussurro com uma pequena risada, e então ela está em
meus braços, seu rosto enterrado em meu pescoço. Ela é tão quente, tão bonita,
tanto dentro como fora.

"E então," ela continua. "E então ela conheceu este idiota em um hotel e
ele a ouviu chorar na porta ao lado e entrou em seu quarto quando..." Outra
fungada. "Quando ela estava lendo as cartas do pai."

Eu acaricio seus cabelos e depois suas costas. Meu coração está

quebrando em um milhão de pedaços enquanto ela chora por causa de seus
personagens.

"Isso é bom, não é?" Eu pergunto suavemente. Puxando o resto de seu

corpo em meu colo, eu a deixo se escarranchar em mim e se moldar ao meu peito
quando eu começo a acariciar suas coxas para acalmá-la. "Ela não estará
sozinha. Tenho certeza que você vai fazer com que o cara a ajude."

Ela coloca as mãos pequenas nos meus ombros e ergue a cabeça. "Ele
tinha sido um idiota para ela antes disso. Eles não gostam tanto um do outro,
mas ele ficará preocupado quando a ver chorar."

Eu afasto seu cabelo para que eu possa ver seu rosto inchado, mas ainda
bonito. "Eles vão se apaixonar?"

Ela me dá um pequeno sorriso. "Muito mesmo."

"Bom para eles," eu sussurro, amando como ela está me olhando. Seus
olhos tem uma vulnerabilidade neles, ainda assim a faz parecer mais poderosa de
alguma forma.

"Mas primeiro ela vai pedir-lhe para fazer sexo com ela," diz ela, seu
sorriso tornando-se perverso. Isso é quando eu percebo exatamente onde ela está
indo. Retornando seu sorriso, eu junto todo o seu cabelo em minhas mãos e
coloco sobre seus ombros.
 "Pensei que eles não gostassem um do outro, pequena Olive. Ela
realmente quer que ele faça sexo com ela?"

Ela assente ansiosamente e balança sua linda bunda um pouquinho para

que ela possa se sentar mais firmemente na minha ereção recentemente
despertando.

"Aposto que os lábios dela parecem tão bonitos todo vermelho e inchados,
assim como os seus agora. Aposto que não pensa duas vezes para fazer isso." Eu
agarro seu queixo e pressiono meu polegar em seu lábio inferior, puxando-o
gentilmente.

Ela movimenta seus quadris e eu tenho que deixar cair minha cabeça
para trás e fechar meus olhos para me acalmar. Descansando sua bochecha no
meu ombro, ela sussurra, "Não realmente. Ele não queria tirar vantagem dela
quando ela estava chateada, mas ela vai fazer ele mudar de ideia."

"Aposto que sim. Aposto que ele nunca pode dizer não a ela," eu digo não
movendo minha cabeça um centímetro. Se eu olhasse para baixo para ela e para
aqueles lábios, eu ia ficar perdido.

Seus lábios quentes pressionam meu pescoço e minhas mãos se apertam

em suas coxas. Quando sinto seu corpo magro longe do meu, eu abro meus olhos
para vê-la alcançar sua bolsa. Eu estabilizo seus quadris para mantê-la onde ela
está.

Depois de lutar para encontrar algo em sua bolsa, ela tira um

preservativo, parecendo muito orgulhosa de si mesma.

Eu ri e pressiono seu peito contra o meu. "Você quer que eu faça tudo
melhor, querida?"

Outro movimento de quadril e um firme assentimento.

"Levante," eu digo, golpeando sua bunda levemente. "Tire suas calças e

suba."

Seus olhos olham para a escada estreita, e eu falo antes que ela possa
começar a se preocupar com as pessoas chegando.

"Todo mundo sabe que não pode vir até aqui, querida, e eu tranquei a
porta quando eu entrei. Não se preocupe."

Eu desabotoo meu jeans e abaixo o zíper. Ela apenas hesita por um

segundo ou dois, mas quando ela vê meu pau orgulhosamente de pé, esperando
por ela, ela está descendo sua calça e saindo dela em um piscar de olhos.

Meu sangue rugindo em minhas veias, rapidamente coloco a camisinha e

estendo a mão para ela. Ela sobe e agarro sua cintura enquanto a abaixo sobre
mim.
 Aquele sentimento.

Esse primeiro deslizamento onde ela me leva em seu corpo e seus olhos se
fecham... É a coisa mais erótica e mais bonita que eu já vi no rosto de uma
mulher. Com seus olhos ainda fechados, ela morde o lábio e me dá um meio
sorriso como se estivesse bêbada. Inferno, ela não tinha começado a mover-se
ainda e eu já estou me sentindo tonto. Em vez de ir todo o caminho para baixo,
ela segura sobre meus ombros e levanta-se, mantendo a cabeça do meu pau em
seu corpo. Então, no próximo movimento para baixo, ela afunda tudo até a minha
base e esperamos até que suas pernas começam a tremer.

Eu nunca paro de tocá-la, acariciando suas coxas, empurrando minhas

mãos sob sua camisa, acariciando sua pele nua.

Estranhamente, é até atraente estar meio vestido com ela. Parece proibido
deslizar minhas mãos sob a camisa dela e entre suas coxas. Cada gemido, cada
tremor me pertence. Quando ela descansa as palmas das mãos nos meus
peitorais e começa a subir e a descer cada vez mais rápido, é tudo o que eu posso
fazer para não me derramar dentro dela antes que ela possa encontrar sua
própria libertação.

Ela parece incrível. Mordendo o lábio, os olhos semicerrados, sua buceta

abraçando meu pau tão apertado, o contato dos olhos, os gemidos... Eu estou
simplesmente hipnotizado.

Eu estava caindo cada vez mais fundo por ela e precisávamos ter uma
conversa séria se isso se mantivesse ganhando velocidade.

De repente, ela diminui seus movimentos e inclina-se para baixo, para os

meus lábios. Em vez de me beijar como eu estou esperando que ela faça, ela para
quando nossos lábios estão tocando. "Por que você está me olhando assim?" Ela
pergunta.

"Meu bebê é tímido?" Eu pergunto em uma voz pesada.

Ela esconde seu rosto na minha garganta novamente, mas continua

trabalhando meu pau em sua buceta.

Colocando minhas mãos debaixo de sua bunda, eu peço a ela para me

levar mais e mais rápido.

Quando ela solta um longo gemido, eu pergunto, "Isso é bom, querida,

hein?"

"Sim," ela sussurra, e seus dedos enfiando em meu cabelo. Seus lábios
roçam meu ouvido. "Eu adoro quando você fala comigo quando estamos fazendo
isso."
 Eu empurro seus quadris para baixo e forço tudo de mim dentro dela.
"Quando fazemos o quê, querida?"

Ela tenta subir, mas eu a seguro. "Diga-me, querida. Quando fazemos o

quê? Eu quero ouvir você dizer isto."

Ela lambe meu lóbulo da orelha e então sussurra, "Quando você me fode,
Jason. É isso que você quer ouvir?"

Eu deslizo-me um pouco para baixo e Olive grita em meu colo, rodeando

seus braços em meu pescoço.

"Isso é exatamente o que eu quero ouvir, querida," eu digo com um

rosnado e começo a fodê-la de baixo.

Ela geme e resmunga. Ela enrola seus pequenos dedos ao redor de meus
bíceps e segura quando eu estico a sua abertura e tomo tudo o que ela está
disposta a me dar. Enquanto eu a faço ver estrelas, eu converso com ela,
acelerando-a mais, apreciando a maneira como ela fica toda molhada em torno do
meu pau.

Mais perto do fim, ela choraminga meu nome, sua respiração falhando.

"Eu amo como você toma tudo de mim sem uma única reclamação, Olive.
Eu amo isso. Eu adoro isso," eu murmuro em sua orelha.

Quando nós gozamos, nós gozamos juntos.

Meus dentes mordendo o seu pescoço.

Seus dedos agarrando meus bíceps.

Minhas mãos segurando seus quadris, segurando-a no lugar.

Todo seu corpo treme.

 Capítulo Vinte e Oito

Olive

"Lucy, o que você está fazendo?"

Sua cabeça espreita por trás da porta da geladeira. "Eu estou pegando os
restos de comida. Com o que se parece?"

Eu olho para ela sem piscar do meu lugar no sofá.

Seu sorriso se alarga. "Você vê o que eu fiz aí? Restos? Jason? Restos de
comida?"

Silêncio.

Eu suspiro. "Não foi tão engraçado quanto você pensou, Lucy."

É uma quinta-feira e Jason tinha saído às 05h para uma sessão. Sua
agenda era intensa e eu não queria ter nada a ver com isso, não que eu não
gostasse de passar o tempo no trailer dele e me concentrar escrevendo, mas eu
mal conseguia me concentrar quando ele estava perto de mim.

"Oh, vamos lá, foi engraçado. Não quebre meu coração dizendo que eu não
sou engraçada. Eu não quero gastar toda a minha noite contando piadas a todos
ao meu redor para afirmar a minha graça."

Ignorando-a, eu pergunto, "Então, como está indo com a nova

companheira de quarto? A amiga de Char, Lily, certo?"

"Sim, Lily." Ela arranha o nariz como se tivesse cheirado algo ruim. "Não
tenho tanta certeza sobre ela. Vou dar mais tempo para ela."

Finalmente fechando a porta da geladeira, ela se senta ao meu lado e me

entrega uma maçã enquanto ela agarra uma tigela de mirtilos na mão.

Olho para a maçã na mão e depois para a Lucy. "Para que serve isso?"

"Agora que você está recebendo regularmente, você precisa comer mais
saudável para acompanhar Jason Thorn." Ela inclina a cabeça, mas olha
atentamente para sua tigela. "Porque você precisa preservar ele, não é? Ele é uma
máquina na cama, não é?"

Eu levanto minhas sobrancelhas e dou uma mordida na minha maçã, mas

de outra maneira fico em silêncio.

Pegando um mirtilo, ela me dá um olhar lateral. "Bem?"

 Eu balanço a cabeça. "Desculpe, eu não estou caindo nisso. Nenhum
detalhe do sexo. Já lhe disse isso, eu não sei, umas mil vezes hoje?"

Ela coloca sua tigela no sofá e puxa as pernas pra cima para me
enfrentar. "Você não é divertida, Olive. Como é que eu deveria viver indiretamente
através de você se você não me der os detalhes? O que eu fiz a você para merecer
tal crueldade?"

Eu dou outra mordida na minha maçã e pego meu laptop do gigantesco

sofá. Antes de eu o abrir, eu me viro para enfrentar Lucy.

Seus olhos estão expectantes, sua excitação escrita em todo o rosto.

"Vamos fazer um acordo," eu digo.

"Ótimo. Vamos. Eu amo acordos." Ela estende a mão pra mim.

Pego sua mão e olho diretamente nos olhos dela. "Você me fala sobre
Jameson e eu vou dar-lhe alguns pequenos detalhes sobre Jason."

Ela aperta minha mão com entusiasmo. "Feito. Você já viu o pênis de
Jameson, então você sabe que ele está pendurado."

Apertando meus olhos fechados como se isso apagasse a memória dessa

imagem, eu levanto a mão, a palma para fora. "Isso não. Deus, não. Não detalhes
da cama. Acho que ouvi mais do que o suficiente do quarto ao lado para ter uma
ideia de como ele é na cama. Diga-me o que você está fazendo com Jameson." Eu
estremeço quando eu vejo o olhar em seu rosto. "Não no sentido literal. Diga-me
se você está apaixonada por ele." Então é sua vez de estremecer. "Conte-me o que
está acontecendo, Lucy. Desde que essas coisas do livro e do Jason aconteceram,
tudo o que falamos é de mim. Mesmo que eu esteja ciente de quanto você ama
falar sobre esses assuntos particulares, eu estou mais interessada em sua vida."

"Nada excitante está acontecendo na minha vida. Eu gosto da sua muito

mais." Ela coloca alguns mirtilos em sua boca e desvia seu olhar.

"Lucy, por favor, apenas me diga por que você não vai namorar o cara. Ele
é louco por você."

"Como você sabe que ele é louco por mim?"

"Por favor," eu digo, lutando contra a vontade de rolar os olhos. "Você já

viu como o cara olha pra você? Eu vou admitir que ele é muito quente." Ela me dá
um rápido sorriso. "E ainda, ele é como um filhote de cachorro seguindo você ao
redor. Você continua chutando-o para fora de sua cama, mas sempre que você
vira ele salta de volta."

"Ele realmente é muito quente. Fazemos bem, não é?"

 Eu aceno minha mão com desdém. "Eu não tenho ideia do que estou
fazendo agora, mas você definitivamente fez bem. Você deve se agarrar a ele,
Lucy."

Ela coloca a tigela de mirtilos e suspira. "Se eu falar sobre o bastardo

irritante, você me dará alguns detalhes sobre como Jason é na cama?"

"Sim."

"Bem. Isso se chama chantagem, se você não sabe."

Eu ergo a sobrancelha e espero que ela continue.

"Bem. Eu nunca quis dormir com ele mais de uma vez, ok? Então, ficou
fora de controle. E você não o vê na faculdade; Não é como se estivesse correndo
atrás de mim. Ele está flertando com tudo o que se movimenta e tem uma vagina.
Eu não tenho ideia por que ele continua voltando para mais."

"Você tem certeza sobre o flerte? Quero dizer, você sabe se ele está
dormindo com mais alguém? Se ele está, eu não tenho ideia de como diabos ele
está conseguindo se manter no ritmo."

"Claro que eu tenho certeza. Não acho que ele esteja dormindo com mais
ninguém."

"Eu acho que ele está tentando chamar sua atenção com todos os flertes.
Estou lhe dizendo, esse cara está totalmente apaixonado por você. Ele está
apenas esperando por você para fazer algo sobre isso."

Ela se levanta do chão e volta para a cozinha. "Eu vou usar essa linda
máquina de expresso e não falar sobre a aberração Jameson mais." Ela apontou o
dedo pra mim e franziu suas sobrancelhas, "E eu acredito que você me deve
alguns detalhes sobre o seu amado marido. Dê-me."

"Pfff," eu bufo. "Marido minha bunda."

Brincando com os botões na máquina de café expresso, ela olha para mim
por cima do ombro. "Traga seu traseiro aqui para que eu possa realmente ouvi-
la."

Relutantemente, eu me levanto do sofá confortável e faço meu caminho

em direção a ela. De jeito nenhum no inferno eu vou tentar sentar-me nesses
bancos de bar. Eu quase odiava todos os seis com uma paixão ardente.

"Ok, você tem um limite de duas perguntas. Escolha sabiamente." Eu me

inclino sobre o balcão e descanso meu queixo em minhas mãos.

"Pare de sorrir, sua idiota." Ela ri da minha expressão. "Ok. Apenas deixe-
me pensar nisso por um segundo." Fechando os olhos, ela veste seu rosto
pensativo e começa a cantarolar. "Ok, eu não vou perguntar se ele é qualquer
grau de bom, porque, duuh... seus lábios estão prestes a se separar de todos os
sorrisos que você está fazendo. Não vou perguntar se você gozou, porque
novamente... duuh... Eu sinto como se eu quero perguntar quanto tempo ele
dura... nah, eu não vou perguntar isso também."

Meu sorriso se transforma em riso. "Vamos. Eu disse pequenos detalhes.

Peça algo que esteja comendo em você por todos esses anos."

"Bem. Ele é grande? Eu só tenho que perguntar isso." Eu abro minha boca
para responder, mas ela cobre minha boca com a mão dela. "Não! Não diga isso;
Mostre-me quão grande."

"Ok." Sorrindo, eu levanto minhas mãos e lentamente começo a separá-

las. Seu sorriso se alarga mais e mais.

"Cacete! Maldita mulher. O que é vinte, vinte e dois centímetros? Você teve
sorte. Droga."

Corando um pouco, eu ri. "Ok, você tem uma segunda pergunta?"

"Porcaria. Se eu soubesse que você realmente ia responder, eu teria feito

uma lista. Não posso decidir sobre a melhor pergunta quando você está me
constrangendo. Ok, ele fala quando está, sabe... fazendo isso? Quero dizer, ele é
um falador sujo? Porque se ele é, eu poderia simplesmente desmaiar aqui em sua
cozinha, e então você terá que me trazer de volta à vida e eu vou ficar aqui."

"Você não precisa desmaiar para ficar aqui, Lucy."

Já se abanando, ela diz, "Vá em frente, responda. Ele é um falador sujo,

não é? Ele tem que ser."

"Sim."

Seus olhos quase saem das órbitas. "Isso não era uma pergunta de sim ou
não, mulher! Você tem que me dar mais do que isso."

"Desculpa."

Ela cai de joelhos e coloca os braços na borda da ilha que eu estou

inclinada. "Tenha pena de mim, Olive. Pelo amor da nossa amizade. Por favor."

"Sim. De jeito nenhum."

Ela respira fundo e lentamente deixa escapar. "Eu te odeio. Ok. Ok, eu
posso viver com isso. Puta merda, mas você é sortuda."

Eu sou?

Ele é definitivamente além de incrível na cama, melhor que eu já tive, mas

eu sou realmente sortuda?
 "Eu não tenho tanta certeza disso. Quero dizer, ele está apenas dormindo
comigo porque ele não consegue dormir com mais ninguém agora? Estamos
namorando agora? Somos marido e mulher? Que diabos nós somos?"

"Calma aí." Ela se levanta do chão e volta para a máquina de café

expresso. "Você vai descobrir isso." Ela olha para mim por cima do ombro.
"Eventualmente. Eu diria, apenas continue vivendo no momento por enquanto.
Eu aposto em você ficar casada, no entanto, só para você saber. Eu os vi juntos.
Não tem jeito de que ele vai deixar você ir." Virando as costas pra mim, ela brinca
com alguns botões na máquina. "Você tem alguma ideia de como funcionar essa
coisa?"

"De jeito nenhum, mas suponho que tenha que conectá-la primeiro."

Ela bufa e foi para a chaleira. "Chá então." Seu telefone sibila com uma
nova mensagem e ela abandona a chaleira para pegar ele.

"Quem é?" Eu pergunto quando ela faz um som irritado.

"Ninguém." Ela solta o telefone de volta em sua bolsa e vem para o meu
lado. "O chá terá que esperar apesar disso. Tenho que ir embora."

"Está tudo bem?" Eu me endireito da ilha e fico de frente para ela.

Ela esfrega os olhos e salta sobre seus dedos do pé. "Olhe," ela começa.

"Uh-oh." Isso não é um bom começo para qualquer conversa.

"Não uh-oh. É só que não tenho certeza se devo dizer isso ou não. Quero
dizer que não deve afetá-la de qualquer maneira... mas talvez seja... Ah inferno."

"Fale logo, Lucy."

"Eu vi Marcus e Char se beijando," ela solta tudo de uma vez.

"Marcus e a nossa Charlotte?" Eu faço uma careta. "De jeito nenhum. Tem
certeza de que eram eles? Quero dizer... como... quando?"

"Desde que eles estavam fazendo isso em nossa sala de estar... sim, eu
tenho certeza que eram eles."

"Whoaa..." Eu dou um passo pra trás e me inclino contra a borda do

banco do bar, fazendo a maldita coisa riscar o chão. "Eu não vi isso vindo. Você
sabe como aconteceu? Quero dizer, nossa Char com meu Marcus? Mesmo?"

"Seu Marcus?" Lucy pergunta suavemente.

"Você está certa. Não meu, eu acho. Poderia ser por isso que ela esteve me
evitando ultimamente? Ela pensou que eu ficaria chateada ou algo assim? Ela
mal responde aos meus telefonemas e mensagens. Eu supus que era por causa
da sua carga de trabalho, mas agora..."
 "Para ser honesta, eu também não tinha ideia. Acho que Marcus ainda
tem uma coisa por você. Ele sempre teve, mesmo depois da separação. Você
deveria tê-lo visto quando Jason veio buscar seu traseiro bêbado. Eu pensei com
certeza que ele ia golpear Marcus com a forma como ele estava agindo. Então,
novamente, pelo que eu vi, não parecia que ele estava beijando Char pela
primeira vez também."

"Eu não sinto nada por Marcus. Não mais," eu digo com cuidado. Então
por que isso deixa um mau gosto na minha boca? “Mas, não foi como se Char não
viu o quão triste eu estava depois que ele me deixou. Ela estava bem ali conosco
quase desde o início. Estava desejando-o todo esse tempo?"

"Eu não tenho ideia, querida. Eu quero ouvir mais sobre isso, então não
se preocupe, eu vou deixar você saber o que eu ouvir. Char não é tão íntima
comigo desde que Lily se mudou, mas eu estou bem com Marcus. Vou perguntar
a ele e ver o que está acontecendo."

"O que eu faço? Posso dizer-lhe alguma coisa se, por acaso, nos falarmos?
Não que ela esteja morrendo de vontade de entrar em contato comigo." Eu
encontro o olhar de Lucy e pergunto, "Eu estou exagerando? Se estiverem
apaixonados, eu ficaria feliz por eles, mas não é estranho que isso aconteça
apenas algumas semanas depois que eu saí? Parece estranho."

"Não pense nisso, está bem? Você tem outras coisas para focar agora. Se
Char preferir não falar com você por causa de Marcus, deixe. Vou falar com
Marcus e saberemos mais sobre o que está acontecendo."

Eu balanço a cabeça. "Claro, mas você não precisa. Quero dizer, não é da
nossa conta, não é?"

"Eu tenho que ir embora, mas falaremos mais tarde, ok?"

Eu a abraço com força. Se havia uma coisa que eu não gostava da casa do
Jason, era que Lucy não estava vivendo comigo. "Sinto sua falta," eu murmuro
em seus cabelos.

"Oh, querida, eu também sinto sua falta. Especialmente seus seios

confortáveis." Ela fica ao meu lado e olha pra fora. "Vocês poderiam sempre me
adotar, você sabe. Eu não me importaria de chamar Jason de Papai."

"Ah, por favor, saia."

Erguendo as mãos, ela recua. "Apenas uma sugestão. Vocês estão em um

casamento agora; você não deve tomar uma decisão tão grande assim sem falar
com seu marido."

"Claro, eu vou fazer isso."

 Ela me dá um suspiro miserável. "Como se você sair não é ruim o
suficiente, agora eu sou forçada a dormir no sofá quando Jameson fica mais. Não
é confortável como seus seios, não é dormir de conchinha..."

Eu a sigo em direção à porta com um grande sorriso no meu rosto. "Pobre

Lucy. Vou pegar todas as conchinhas. E estou implorando, por favor, durma na
mesma cama com o pobre rapaz. Pelo menos, dê-lhe isso."

Ela estreita os olhos pra mim. "Você é a pior amiga do planeta terra."

"Obrigada, eu tento."

**********

Passaram-se horas depois que Lucy saiu e eu paro de andar pela casa
tentando decidir se eu devo ligar para Char para ver o que estava acontecendo ou
não. Não era que eu fosse ciumenta; Eu sabia que Marcus tinha namorado outras
meninas depois de mim, ele tinha trazido até algumas delas pra casa. Isso tinha
incomodado, mas eu não tinha sido ciumenta. Inferno, eu era falsamente casada
com minha paixão de infância, quem era eu para ter uma opinião sobre suas
vidas?

Mas, estando com minha amiga? Beijando-a? Dormindo com ela?

Eu não estou me sentindo muito motivada para voltar para a história que
eu estava trabalhando, mas eu me forço a sentar e conseguir algumas palavras
desde que eu tinha planejado escrever até Jason chegar em casa. Quando a cena
passa de emocional para outra cena de sexo quente, eu penso que seria uma boa
ideia entrar no tumblr e fazer alguma pesquisa, olhar algumas fotos eróticas e...
Você sabe me motivar.

Desde que eu sabia que Jason não estaria em casa por pelo menos mais
três horas, eu conecto meu laptop a sua TV gigantesca via bluetooth e começo a
percorrer algumas imagens preto e branco de bom gosto. Depois de saltar de um
site tumblr para outro, eu encontro um novo site que tem todos os tipos de
gravações de áudio - masturbação, perto do orgasmo, sexo a três, com o punho
(minha nossa!), conversa suja, gemidos e o bom e velho relações sexuais.

Curiosa e reconhecidamente animada, eu pressiono para tocar em um dos

clipes de som de ‘conversa suja’ e imediatamente encolho quando uma voz
profunda ecoa na casa de Jason: Você gosta de ter sua buceta fodida por este
grande pau, não é?
 Eu me assusto. Eu não tinha ideia de que Jason tinha alto-falantes na
parede. Eu abaixo o volume, mas ainda era uma... Experiência, para dizer o
mínimo.

Não gosto da garota chamando o cara de ‘papai’ e choramingando

desnecessariamente, eu paro e pressiono reproduzir em outro clipe. E depois
outro.

E outro.

E outro.

Eu não me importo de assistir pornô, mas eu não gosto de passar por um

milhão de vídeos apenas para encontrar algo que realmente me excitaria. Eu não
estou atrás de um enredo ou algo assim, mas quando a garota está gritando por
todo o lugar, fingindo, ou você não acha um cara atraente, não importa quantos
centímetros ele tem, é difícil entrar no que eles estão fazendo.

Então, tendo a liberdade de imaginar quem eu quero imaginar enquanto

eu ouço as bofetadas de pele contra pele, algumas palavras sujas, e um muito
bom gemido, eu sou uma garota feliz.

Uma vez que eu encontro um vídeo de 10 minutos, caseiro de um cara que

está gemendo tanto quanto a garota está, eu fecho os olhos e imagino Jason e eu
fazendo sexo.

Isso mesmo? Excitação instantânea.

Abrindo meu documento, começo a colocar as palavras e logo eu estou

perdida nelas.

"Booo!"

No momento em que sinto a respiração de alguém no meu pescoço e ouço

a voz, eu grito a plenos pulmões e jogo meu laptop direto sobre minha cabeça.

Quando eu percebo que é Jason que tinha me assustado, eu já estou de

pé no meio do sofá, segurando meu peito e implorando meu coração para ficar
onde ele pertencia.

"Por que você fez isso? Você está louco?!" Eu grito, ainda sem fôlego.

Jason esfrega a cabeça e me olha como se eu tivesse perdido a cabeça.

"Você joga seu laptop na minha cabeça e você está me chamando de louco?"

Meu laptop.

"Ah não!"

Eu pulo do sofá e corro para o meu laptop. "Não, não, não, não." Eu não
posso perder todas as coisas que eu tinha escrito.
 Antes que eu possa alcançar ele, Jason inclina-se e levanta-o do chão. Eu
arranco das suas mãos tão logo que eu estou ao lado dele. Enquanto a tela está
quebrada no canto superior esquerdo, o documento que eu estou trabalhando
ainda está aberto. Graças a Deus. Eu não tinha perdido tudo o que eu tinha
passado horas trabalhando.

"Nós estamos assistindo pornografia, pequena?" Jason pergunta com uma

voz sugestiva atrás de mim, e apenas quando, o pequeno susto que eu tinha
experimentado segundos antes se transforma em outra coisa.

Algo como terror.

Eu gemo e mergulhei para a TV, que está exibindo uma animação de um

homem muito atraente martelando em uma linda morena na tela. No entanto, é
uma tentativa fracassada porque Jason é mais rápido do que eu.

"Não tão rápido, minha pequena Olive," murmura enquanto enrola as

mãos na beira do sofá e me prende. Como se tudo isso não é suficiente para
causar uma grande mortificação, no segundo que Jason me tem entre o sofá e
seu corpo lindo, o casal nos alto-falantes aumenta a velocidade em fazer amor,
fazendo todos os tipos de barulho de pele batendo, gemendo, e amaldiçoando.
Parece que alguém está gozando a centímetros de nossos rostos.

Jason pega meu laptop das minhas mãos e gentilmente joga no sofá.

"Bem, minha linda esposa, isso é algo para voltar para casa."

"Oh meu Deus," eu gemo e aperto sua camisa com as duas mãos, então
continuo a empurrar minha testa contra o ombro dele. Eu posso ficar escondida e
feliz lá por anos.

Quando o peito de Jason começa a tremer com uma risada silenciosa

debaixo da minha cabeça, eu me afundo.

"Por favor, apenas me mate," eu resmungo em sua camisa.

"Oh, eu não poderia querida," ele diz, cutucando meu queixo com os
dedos.

Ele tem aquele olhar em seu rosto, aquele olhar específico que combina
perfeitamente com a ereção que eu estou sentindo contra meu quadril. Os
gemidos da mulher atingem seu crescente e ela finalmente goza.

Aleluia!

Segundos depois, seu parceiro se junta a ela com sua própria libertação.

Então o silêncio feliz.

 Por que não poderia ter terminado apenas alguns minutos mais cedo
assim Jason não pensaria que eu era uma pervertida?

Era pedir muito?

"Então..." Jason interrompe o silêncio enquanto olha para mim com

expectativa.

"Bem-vindo em casa," eu digo, forçando um sorriso em meu rosto

vermelho. "Como foi a filmagem de hoje? Fez alguma coisa interessante acontecer
no estúdio? Que cenas você..."

Ele interrompe-me, o que eu penso que é bastante rude.

"Eu não acho que essas são as perguntas certas a fazer hoje, minha
querida esposa."

Essa última palavra... Derrete meu coração e meu cérebro.

"Você está com tesão? Eu não estou cuidando de você?" Ele pergunta
enquanto eu estou tentando me recuperar completamente derretendo em uma
poça.

"Hã?"

"Você me ouviu." Ele coloca um cabelo atrás da minha orelha, seus dedos
persistindo em minha pele.

"Eu estava apenas pesquisando," eu murmuro incapaz de olhar em seus

olhos.

"Pesquisa, hein?"

"Sim. Havia uma cena de sexo e eu precisava de um pouco de inspiração...

e eu... bem, eu pensei que seria mais autêntico se eu estivesse no clima."

"Hmmm." Ele finalmente quebra nosso contato de olho e curva-se para

roçar seu nariz contra meu pescoço quando ele me inspira.

Garoto quente me cheirando, alerta!

Cada único cabelo em meu corpo levanta-se e meu corpo – agindo

completamente por conta própria – arqueia em direção a ele.

"Vamos ver se você está bem no humor, então."

Na minha próxima respiração, suas mãos grandes estão na parte de trás

das minhas coxas e um grito alto deixa meus lábios. Eu rapidamente envolvo
meus braços ao redor de seu pescoço enquanto ele me levanta.
 "Estou me acostumando com essa coisa de me carregar," murmuro, ainda
evitando seus olhos.

"Eu só quero que você tenha toda a experiência certa, você sabe, sinta isso
de verdade, então você pode escrever uma boa cena de sexo."

"Tudo por um bem maior, você diz?"

"Exatamente."

Quando ele me inclina e minhas costas encontram as almofadas do sofá,

eu penso que ele vai me deixar lá, mas em vez disso, ele mantem uma de suas
mãos firmemente em volta da minha cintura, pega meu laptop e abre o site que
tem os vídeos com som.

"O que você está fazendo?" Eu pergunto, a minha voz tingida com um
pouco de pânico.

"Só quero ver se eu posso fazer você gritar mais alto que ela. Quanto
tempo dura essa coisa?" Ele pergunta depois pressionando o mesmo que estava
tocando quando ele me assustou.

Ainda abraçando-o com meus braços e pernas, respondo a sua pergunta.

"Cerca de quinze, vinte minutos, eu acho."

"Vamos definitivamente vencê-los," ele murmura quando suaves sons de

lambidas enchem a casa.

"Estamos em uma competição que eu não estou ciente?" Ele nos ergue e
vai em direção ao seu quarto.

Estou dizendo, ouvir sons - especialmente lambidas e chupadas, vindo

das paredes é uma coisa muito estranha.

"Você não quer brincar comigo? Gritar meu nome enquanto eu estou
batendo fundo em você?"

Eu gemo. Mesmo se o áudio-pornografia não tivesse feito o efeito, Jason

está definitivamente me levando lá com suas palavras. "Isso soa bem, mas..."

"Nada de mas, querida. Deixe-me ajudá-la com sua pesquisa."

Então minhas costas batem em sua cama com um baque e seus lábios
tomam minha boca em um beijo ardente.

Com mãos frenéticas, eu pego sua camisa ao mesmo tempo em que ele
alcança a minha. Eu a tiro com pressa assim que ele me dá uma abertura e ele
cuida da minha ainda mais rápido. Vendo o contorno do seu pau esforçando-se
contra o material espesso de sua calça jeans não fa nada para me ajudar a
acalmar-me e pegar leve enquanto eu luto para abrir o maldito botão.
 Em segundos, ele me deixa completamente nua sob ele. Quando eu estou
sem fôlego de seu beijo, ele sai da cama e tira suas calças jeans e cuecas tudo por
conta própria. Seus olhos escuros nunca se desviam dos meus.

Sua ereção - ou o que quer que você chame esse monstro, está
levantando-se orgulhosamente enquanto minha atenção focaliza na grossa veia
que eu estou morrendo de vontade de traçar com a minha língua.

Colocando as mãos sob meus joelhos, ele lentamente me puxa para si

mesmo, na direção da borda da cama. Dentro de segundos, minhas pernas estão
sendo abertas e sua cabeça está bem entre minhas pernas, me lambendo
totalmente.

Quando ele termina - ou mais precisamente, quando termino - ele rasteja

em cima de mim, sua ereção incrivelmente dura e quente contra a minha perna.

"Um ponto pra nós," eu murmuro com minha voz um pouco rouca de
todos os gemidos. A garota ainda está implorando por sua libertação.

"Você estava molhada, Olive. Isso foi tudo pra mim, ou foi o áudio que te
deixou tão quente?"

"Ambos, eu acho," eu digo, olhando para longe de seu olhar persistente.

"Você está cheia de surpresas," ele murmura e lambe meus lábios,

abrindo-os para que ele possa deslizar sua língua dentro.

No fundo, quando a garota está quase gozando, Jason ainda está

preguiçosamente me beijando.

"Agora que eles alcançaram, o que fazemos agora?" Ele pergunta enquanto
dá pequenos beijos na minha mandíbula. Seus dedos estão fazendo algo perverso
com meus mamilos quando ele desce em direção a eles.

Os sons da pele batendo e outros sons molhados enchem o quarto antes

que eu possa pedir ao meu cérebro para responder sua pergunta, Jason diz, "Eu
acho que sei o que é esse som."

No segundo seguinte, eu estou virada de barriga para baixo e Jason está

ajoelhado sobre mim, minhas pernas fechadas entre suas coxas.

"Empurre sua bunda pra mim, linda."

Eu faço o que me diz. Então seu peito cobre minhas costas. Ele está
queimando, ou talvez sou eu?

"Obrigado," ele murmura contra meu pescoço e puxa todo o meu cabelo
para um lado.
 O cara no áudio solta um longo gemido enquanto ele continua fodendo a
garota.

Jason chupa meu lóbulo da orelha em sua boca e gentilmente morde nele.
"Isso está te deixando excitada, querida?"

"Sim..." Eu gemo, levantando minha bunda para convidá-lo a entrar.

"Você está queimando por isso, não é, querida? Você quer ser fodida como
ela?"

Sem palavras que fariam qualquer sentido, eu aceno.

"Você pode ouvir o quão duro e rápido ele está fodendo ela?" Uma mordida
suave no meu pescoço e meus olhos fecham. O cara realmente está indo pra ela
com força total, fazendo a garota gritar com prazer. "Merda, querida. Eu aposto
que ela está nas nuvens agora. Posso te foder mais do que ele está fodendo ela?"
Ele sussurra, sua voz suave causando todos os tipos de arrepios em meu corpo.
Suas pontas dos dedos estão acariciando minha coluna quando ele pergunta,
"Você quer que eu faça?"

"Sim, Jason. Por favor," eu murmuro.

Então ele afasta das minhas costas, e eu ouço ele abrir um preservativo e
colocá-lo. Em seguida, suas mãos estão massageando minhas nádegas. "Um dia,
sua bunda vai ser a causa da minha morte," ele murmura quase para ele mesmo,
guiando sua ereção em mim, estendendo-me larga e aberta. Eu gemo tão alto
quanto humanamente possível. Eu tento empurrar com ajuda dos meus joelhos
para forçá-lo a deslizar para dentro mais rápido ou talvez para fugir dele; Eu não
faço ideia do que eu estou fazendo, só que meu corpo fica vivo e eu posso sentir
cada toque suave, cada pequena pressão contra a minha pele.

E garoto lá está a pressão.

Ele afasta ligeiramente pra trás, mas depois pressiona todo o seu
comprimento em mim.

Minhas pernas estão tremendo quando ele pressiona seus joelhos contra
meus quadris, enganchando-me sob ele. Eu levanto meus braços pra cima e
abraço meu travesseiro, enterrando meu rosto nele.

Quando seu abdômen pressiona minhas costas e seus cotovelos estão

apoiados em ambos os lados dos meus ombros, tiro meu rosto do meu
travesseiro.

"Deve ser tão bom ter tudo de mim dentro de você assim. Estando dentro
de você..." Ele respira fundo. "Porra, parece incrível, Olive."

"Muito bom," eu consigo dizer em um sussurro.

 "Eu acho que te devo um orgasmo. Eles estão à nossa frente, querida."

"O quê?" Eu tinha esquecido completamente o casal do áudio. Cada

centímetro da minha pele está formigando com consciência sob Jason. Eu estou
longe demais para ouvir outra coisa além de sua respiração e minha própria
pesada respiração.

Ele se afasta, quase até a ponta, e empurra para dentro.

Minha respiração falha. "Sim!"

"Você gostou disso, hein?"

Outro impulso forte e eu estou agarrando meu travesseiro. Ele aumenta a

velocidade. Enquanto ele continua fodendo-me em puro êxtase, ele abaixa a
cabeça ao lado do meu ouvido e diz, "Eu acho que vou amar voltar pra casa para
isto cada fodido dia pelo resto da minha vida."

Meu coração para.

Então começa outra vez quando meu orgasmo pega-me desprevenida

quando Jason empurra tudo dentro e começa a bombear em mim.

Meus gritos são definitivamente mais altos do que os da garota, eu posso

te dizer isso.

Nunca haverá palavras suficientes para descrever a partilha do momento

perfeito com a pessoa que você ama, com a pessoa por quem você esteve
apaixonada durante a maior parte de sua vida... Mas... Quando o suor escorre da
testa de Jason em meu ombro e seus quadris continuam batendo em mim
através do meu orgasmo espetacular, eu decido que eu não preciso de palavras.

Ouvindo seu gemido profundo, sabendo que ele está desfrutando, tanto
quanto eu estou é o suficiente para isso. Ele retarda seus movimentos e eu
consigo parar de tremer debaixo dele. Seus dentes roçam meu ombro e outro
arrepio percorre meu corpo. Eu estou uma bagunça.

"Ah, querida... Os sons que você faz quando goza pra mim? Porra, muito
sujo."

Um impulso profundo dele e um vergonhoso choramingar de mim.

"Eu amo isso. Posso sentir em meus ossos. E a maneira como você aperta
meu pau, a maneira como você me puxa? Quase me mata, porra." Ele me beija
meu pescoço e gentilmente bate em minha bunda, arrancando um suspiro de
mim. "E acho que estamos presos nos orgasmos. Você quer que eu a lamba,
deixando tudo limpo novamente, eu estou supondo que são os sons que estão
fazendo, eles estão fazendo isso também, ou você quer montar-me?"

Ele sai de mim, mas seu calor não sai do meu corpo.
 "Tenho que dizer, meu voto é sobre você me montar, querida. Quero ver
seu rosto quando você gozar no meu pau. Eu posso sempre lamber você e te
limpar todinha no final."

Eu não o faço pedir duas vezes. Enquanto ainda podemos ouvir o sujeito
lambendo sua garota, eu empurro Jason para suas costas e afundo em seu pau.

"Sim, querida. Oh, porra! Sim. Assim, Olive. Tome tudo, querida." Minhas
mãos encontram a cabeceira e sem brincar, eu começo a montá-lo. Eu estou
tremendo e definitivamente estou murmurando algumas obscenidades em algum
ponto, mas é tudo perfeito. Estar com ele parece perfeito. Nosso tipo de perfeito.

Lindo.

Como eu sempre sonhei.

Quando eu gozo por cima dele, deixo-o observar o que ele faz pra mim, o
que ele dá para mim.

Tudo.

**********

"Se eu não estou ajudando você com sua pesquisa de uma forma ou de
outra, na próxima vez que você estiver escrevendo uma cena de sexo, eu acho que
nós vamos ter problemas querida."

No final, tínhamos realizado mais do que o casal do áudio, eu tinha

gozado mais vezes do que eu poderia contar ou lembrar, e cada vez eu fui mais
barulhenta que ela.

Nós definitivamente ganhamos, em todos os aspectos.

"Eu acho que estou tendo um acidente vascular cerebral ou algo assim.
Não consigo sentir certas partes do meu corpo."

Jason ri e seu dedo desce do meu ombro em direção ao meu quadril. Eu já

estou meio desmaiada e deitada de barriga para baixo. Quando seu dedo atinge a
curva da minha bunda, ele empurra as cobertas das minhas costas e sua mão
começa massagear. Tento me afastar de sua mão, mas antes que eu possa...

"Ei," ele me adverte com uma voz séria. "Você vai ficar aqui."

Eu gemo. "Se você começar a fazer isso, eu começarei a sentir as coisas, e

não tenho certeza se estou funcionando o suficiente pra isso."

Continuando a massagear minha bunda com firmeza, ele beija meu

pescoço e manda u ficar quieta. "Graças a Deus o áudio não se repetiu; É
perigoso ouvir algo assim com você."
 "Mmmm," eu murmuro, agindo como se eu estou meio adormecida.

"Vamos," ele diz em um tom divertido. "Não fique tímida comigo. Eu amo
que você gosta de brincar. Você estava queimando pra mim o tempo todo. Eu
aposto que nos ouvir ser tão vocais também não machucou."

Ele me pega em seus braços e eu me aconchego contra seu peito. Não são
nem sete horas, mas eu aconchego mais perto.

Quando eu não faço nenhum comentário, ele ri de novo e me beija na

têmpora. "Ok, vai ser do seu jeito. Por agora. O que você fez hoje? Eu senti sua
falta no estúdio."

"Lucy veio e ficou por uma hora ou mais." Então me lembro de que eu não
tinha pedido sua permissão para isso. "Tudo bem? Ela visitar?"

"Claro que está tudo bem seus amigos virem, Olive. Você não precisa da
minha permissão pra isso."

"Mas eu sei que você disse que não gostava de ter pessoas em seu espaço
pessoal."

"Eu quis dizer pessoas da indústria. Infelizmente, eu não tenho muitos

amigos. É difícil confiar nas pessoas quando você está exposto tanto quanto eu
sou, e desde que eu prefiro uma vida relativamente mais quieta, eu não tenho
muitas pessoas próximas a mim. Falando de amigos, há alguém que conheci
muito cedo na minha carreira, Devlin. Ele vive em Nova York por isso que eu não
consigo vê-lo muitas vezes, mas ele está abrindo um clube aqui e ele nos
convidou. Você gostaria de ir? Podemos convidar seus amigos, também. Sinto-me
mal que você está tendo suas reuniões com eles com um mar de câmeras
seguindo você."

Eu me liberto de seus braços, puxo a coberta sobre mim para me certificar

de que nada está mostrando, e olho para o teto.

"Se você está bem com isso, isso pode ser divertido. Lucy adoraria vir, e
talvez eu possa convencê-la a convidar Jameson, seu caso amoroso intermitente.
Mas Charlotte... eu não tenho certeza sobre isso agora."

Jason se apoia no cotovelo e olha pra mim.

Deus... O que há com esse cara que me afeta tanto? Mesmo quando ele
não está mostrando suas covinhas, você continua olhando para ele apenas pelo
puro prazer disso, e, claro, a promessa dessa covinha não é algo para empinar o
nariz.

"Está tudo bem com vocês duas?"

 Eu desviando o olhar para não enfrentá-lo e acabar montando nele
novamente, eu digo, "Aparentemente, Lucy viu Char e Marcus se beijando no
apartamento."

"E…"

"E ela é minha amiga. Não existe um código de garotas de algum tipo que
diz que você não deve ficar com ex de sua amiga?"

Seu tom é diferente, tanto mais suave quanto mais firme, ao mesmo
tempo em que pergunta, "Você ainda tem sentimentos por Marcus? Você está
com ciúmes dela, Olive?"

Eu olho para ele. "A resposta à primeira pergunta é um não definitivo.

Sendo ciumenta? Não tenho certeza, mas eu não acho que Marcus e eu... Nós
estivemos por um longo tempo, e... Rompemos. Não, não tenho ciúmes dele. É
apenas uma espécie de coisa estranha para Charlotte fazer nas minhas costas. Se
ela tivesse a qualquer momento me falado que tinha sentimentos por Marcus, eu
teria superado, e se eles se amam... eu ficaria feliz por eles. Ela nem sequer falou
comigo sobre isso então eu não tenho ideia do que realmente está acontecendo.
Apenas alguns meses atrás, no dia em que eu estava me encontrando com as
pessoas da produção, Marcus veio ao meu quarto para me dizer que ele pensou
que iríamos voltar a ficar juntos uma vez que eu tivesse terminado o meu livro. E
agora ele está com Char? Eu não sei. Não é raiva ou ciúme que eu estou
sentindo. É outra coisa, mas não sei se posso dizer o que é."

"Compreendo. A maneira como Marcus agiu quando eu fui buscar você

bêbada do apartamento deles, eu não devia ter imaginado que tinha os olhos em
ninguém além de você."

"Sim, eu também ouvi sobre isso da Lucy."

"Bem," ele começa quando ele se levanta da cama, completamente nu.

Não olhe Olive. Não faça isso.

Mas, é claro, eu olho.

Pelo menos não olhe pra baixo.

Oh, mas eu olho.

"O convite está aberto; Você pode convidar quem você quiser convidar.
Devlin terá uma sala VIP reservada pra nós, então teremos privacidade."
 Capítulo Vinte e Nove

Olive

Dois dias depois, estávamos saindo do carro na frente do clube de Devlin,

Mad Play. O logotipo do clube são dois Ms entrelaçados um com o outro em uma
forma geométrica. Eu não tenho ideia do que significam. Não são as iniciais do
clube, mas é legal como o inferno.

Jason e eu tínhamos nos encontrado com seu amigo durante o jantar

antes dele se dirigir para o seu clube antes de nós. Apesar de que apenas
passamos uma hora juntos, ele foi muito charmoso em todo o jantar - talvez um
pouco muito charmoso, o tipo que iria conversar com você até persuadi-la a tirar
suas calças se você der a chance.

Imaginando ele causando estragos em Nova York com Jason tinha levado
a uma infinidade de cenários passando pela minha mente. Esses dois quebrariam
corações à esquerda e à direita, e provavelmente já tinham feito. Como lembrete a
parte, eu tinha amado quando Jason me apresentou como sua esposa. Eu não
tinha certeza se ele iria deixá-lo saber que isso era tudo um jogo para o público.
Desde que minha melhor amiga soube, eu tinha assumido que ele iria
compartilhar isso com Devlin, assim como Alvin que sabia de tudo.

Falando de Alvin, ele deveria nos encontrar no clube com sua namorada,
mas até onde sabíamos, ele ainda não tinha chegado. A maior surpresa da noite,
no entanto, foi receber uma mensagem de Lucy que disse que Char e sua amiga
Lily viriam com ela. Não tendo qualquer ideia em como isso iria funcionar, eu
decido não me pensar sobre isso por enquanto.

Uma vez que haveria bebidas envolvidas, Jason tinha um motorista para
nos levar embora. Quando eu vejo todos os paparazzi amontoados na frente do
clube, eu seguro a mão de Jason mais apertada e saio do carro logo após ele.

Envolvendo sua mão com mais segurança ao redor da minha, ele coloca a outra
mão na parte inferior das minhas costas e me guia em direção à entrada. O
volumoso guarda na frente nem sequer verifica se os nossos nomes se está na
lista enquanto somos conduzidos para dentro antes que os paparazzi poderiam
nos abordar.
"Será que fica mais fácil?" Eu pergunto, levemente ofegante de correr a
curta distância. A música está alta o suficiente que Jason precisa se inclinar para
ouvir o que eu estou dizendo. Repito minha pergunta quando ele está perto o
suficiente.
 "Os paparazzi, a perseguição constante... fica mais fácil?"

Ele balança a cabeça de um modo distraído e envolve seu braço ao redor

de minha cintura, puxando-me para perto do seu corpo quando uma bela loira se
aproxima com um rosto sorridente. Claro, ela só tem olhos para Jason e me
ignora completamente. Eu estou me acostumando com isso.

Mesmo.

Eu definitivamente não quero arrancar os olhos dela, nem nada.

Isso seria horrível.

"Olá, Sr. Thorn. Meu nome é Drew. Estávamos esperando por você. Se
você puder me seguir, eu o levarei para Devlin."

Jason não responde, dá-lhe um aceno rígido quebrando os sonhos da

garota, a julgar pelo olhar em seu rosto.

Presunçosa, eu fico um pouco mais reta e dou à garota um sorriso

brilhante quando ela finalmente me dá um olhar de relance.

Foda-se ela.

Depois de caminhar por um corredor cheio de espelhos e luzes, nos encontramos

no espaço aberto e comum do clube onde você pode ver o mar de corpos que
dançam sob as luzes piscando. Um remix da última música do ‘The Weeknd’ está
explodindo através dos alto-falantes e do que eu posso ver, parece que todo
mundo está tendo o tempo de suas vidas.
Quando começamos a seguir a garota, contornando os corpos giratórios,
Jason me posiciona na frente dele e mantem suas mãos sobre mim em todos os
momentos. Confiando nele para me guiar na direção certa, eu tiro meu telefone
da bolsa pequena em minhas mãos e envio uma mensagem rápida para Lucy
perguntando se elas tinham chegado. Quando chegamos ao lado de Devlin e a
loira dá a Jason um último olhar, Lucy tinha respondido, dizendo que elas já
estavam dentro. Depois de enviar uma última mensagem onde lhe pedi para nos
encontrar no bar onde estávamos, eu dou toda a minha atenção para Jason.

"Suas amigas estão aqui?" Ele pergunta assim que eu coloco meu telefone
de volta em minha bolsa.

"Sim. Eu disse a ela onde estamos." Eu olho em volta e noto que ninguém
está incomodando Jason. Ninguém está vindo para nós, implorando para tirar
uma foto com ele ou pedindo para assinar qualquer parte do seu corpo.

"Marcus?" Ele pergunta, a sua voz mais firme do que eu gostaria.

"Não," eu digo brevemente e viro meus olhos para Devlin. "Tem certeza de
que é seguro para Jason estar aqui?"
 Devlin solta uma risada atraente. Se Jason não tivesse sido meu Jason, o
cara com quem eu queria ter filhos, eu teria me contentado com apenas ver seu
amigo. "Aww, quão doce é a sua pequena esposa estar preocupada sobre você,
Jason," ele grita para ser ouvido.

O polegar de Jason encosta a parte de baixo do meu peito.

"Então, o que você acha do meu novo lugar?" Devlin pergunta, abrindo os
braços.

Claro, vamos ignorar a pequena Olive.

Apesar de me sentir irritada por ser ignorada novamente, eu tenho que

admitir, seu lugar parece incrível. O esquema de cores geral do local é preto,
branco e dourado. Há balões brancos mergulhados em tinta dourada flutuando
por todo o lugar e as minhas mãos estão formigando para roubar alguns deles.

"Parece incrível," eu digo, olhando para as garçonetes que estão usando

vestidos lindos dourados. Os garçons usam calças pretas com botas brancas,
complementando perfeitamente as garotas. Todo o conceito é simples, mas
atraente.

"O que ela disse," Jason diz com um elevar de queixo atraente.

Parecendo satisfeito com a resposta, Devlin assente. "O que eu posso

pegar para vocês?" Ele pergunta, inclinando-se em nossa direção.

"Eu tenho que estar no estúdio amanhã, então eu só vou ter um e vou
pegar mais tarde," Jason responde ao seu amigo antes de olhar pra mim.

"Eu quero um Long Island," murmuro, olhando pra ele.

Deus, é um bom momento para lamber aquela covinha? Ou aqueles

lábios, eu teria ficado satisfeita em lamber aqueles lábios…

Sorrindo pra mim como se ele pode ouvir meus pensamentos, ele coloca
sua mão em volta do meu pescoço e dá um leve beijo no canto da minha boca.

"Feliz?" Ele pergunta, mostrando-me um pouco de sua covinha.

Segurando seu antebraço, eu me inclino e beijo sua covinha como minha

resposta. Quando me inclino para trás, sua covinha aparece com força total.
Pegando minha bebida de Devlin, eu descanso minhas costas contra o peito de
Jason e ouço eles falarem enquanto espero que as meninas nos encontrem.

Apesar da música batendo, eu ouço Lucy gritando meu nome antes que eu
realmente a vejo. Jason pega minha bebida da minha mão antes de eu espirrar
tudo sobre o meu lindo vestido.
 "Você está incrível," eu digo para Lucy, girando-a para verificar seu
vestido. Ela está usando um vestido de renda preta com um decote fundo.
Surpreendentemente, não é tão curto. "Eu estou supondo que Jameson virá?"
Pergunto, erguendo uma sobrancelha.

Ela revira os olhos, mas seus lábios mostram um sorriso. "Talvez."

"Talvez é bom. Eu vou aceitar todas a probabilidades." Ela me dá um

breve abraço e então eu vejo Char e Lily chegando através da multidão atrás de
nós.

Quando Char me vê, ela me dá um sorriso tímido. Por minha vida eu não
podia ver nada de errado com isso. Soltando Lucy, abraço Char e digo oi para
Lily. Eu só a tinha visto algumas vezes ao redor do campus, mas ela parecia
gentil.

Depois que as meninas dizem oi para Jason e Devlin, elas pedem as suas
bebidas. Quando o braço de Jason me envolve enquanto converso com Lily, viro a
cabeça para olhar para ele, mas sua atenção está em Devlin contando a ele uma
história sobre um amigo em comum deles.

"Podemos conversar por alguns minutos quando encontramos um lugar

sossegado?" Char pergunta, inclinando-se pra mim.

Eu sorrio. "Claro."

E se eles estivessem juntos? Eu não era a guardiã de Marcus, e se Char

realmente tinha sentimentos por ele, mesmo se eles tivessem começado quando
namorávamos... Bem, eu esperava que eles estivessem felizes, ou pelo menos
estariam. Então, eu a ouviria e ficaria bem com o que ela quisesse me dizer.

"Vamos, vamos dançar," Lucy diz, puxando Lily para a pista de dança com
ela. Motivando-me para segui-la, ela vira as costas e começa a dançar mais do
que pronta para soltar Lily.

"Você quer que eu mostre as salas VIP, Jason?" Devlin pergunta, me

salvando da humilhação. Tanto quanto eu amei a atmosfera do clube, eu não sou
a melhor dançarina. Claro, eu posso agitar minha bunda, rebolar, saltar, e esse
tipo de coisa, mas eu não estou bêbada o suficiente para saltar sobre a pista de
dança ainda.

"Você pode ficar com suas amigas se quiser," Jason diz, afastando meus
cabelos ondulados do meu rosto.

Coloco minha mão na dele. "Não, eu quero ir com você."

Depois de deixar Char saber que estávamos indo verificar as salas VIP,
deixamos as garotas no térreo e seguimos Devlin até o terceiro andar, onde as
salas VIP estavam localizadas.
 "Há um segurança do lado de fora de cada sala ocupada, e você terá sua
própria garçonete para preparar o que quiser do bar," Devlin diz, deixando-nos
em uma sala mal iluminada.

Para minha surpresa, não é separado do resto do clube. No lado direito da

sala, há uma pequena sacada com um corrimão onde você tem vista de todo o
clube. Desde que as salas privadas estão localizadas apenas no lado esquerdo do
edifício, não há ninguém que pode ver quem está nelas ou o que eles estão
fazendo lá. Eu duvido que alguém olhando pra cima da pista de dança possa ver
qualquer coisa no escuro.

Um enorme sofá de couro cobre uma parede inteira e na frente dela, há

uma grande poltrona de couro. O lustre que pende do teto é a única fonte de luz
na sala. No canto extremo esquerdo da sala há um pequeno bar, totalmente
carregado, presumivelmente para aqueles que não quer perder tempo esperando
por suas bebidas chegarem.

Um segurança entra e puxa Devlin para o canto da sala, falando em voz

baixa.

"Você quer trazer suas amigas aqui para cima?" Jason pergunta, vindo ao
meu lado enquanto eu entro na sala. "É agradável, mas você será isolada da
multidão, embora."

"Pessoal," diz Devlin, chamando nossa atenção. "Tudo bem se eu me

juntar a vocês mais tarde? Os caras estão tendo um problema na porta. É melhor
eu lidar com isso. Por favor, convide suas amigas para cima e use a sala de
qualquer maneira que você queira Olive. Se você chamar Anthony, que está
guardando a porta, ele vai certificar-se de enviar um garçom aqui."

"Tudo bem?" Jason pergunta.

Ele dá um aceno de cabeça e bate de leve em seu ombro. "Nada com que
se preocupar. Algumas pessoas não convidadas fazendo tumulto lá fora. Voltarei
quando as coisas estiverem mais tranquilas, certo?"

Devlin sai e eu apoio meus cotovelos na grade enquanto eu olho para a

pista de dança. O DJ muda a música e as notas escuras de ‘Dark Horse’ de Katy
Perry enchem o espaço. É mais erótico remix dela, o baixo mais baixo e mais
poderoso.

Quando eu não posso ouvir Jason, eu olho por cima do meu ombro para
vê-lo fechando a porta e desligando as luzes. Então ele vem em minha direção e
se posiciona atrás de mim. Seus braços envolvem minha cintura e ele me afasta
da grade.
 "Não fique sobre a grade assim," murmura ao meu ouvido. Viro a cabeça e
mostro-lhe meu pescoço. Quando ele espalha leves beijos na minha pele, eu
posso sentir seus lábios se inclinarem para um sorriso.

"Obrigada por convidar meus amigos," eu digo, sentindo a música

trabalhando seu caminho em minha corrente sanguínea.

Jason deve ter sentido a mudança no meu humor porque suas mãos
começam a viajar mais baixo e quando ele segura meus quadris, ele me puxa de
volta e me deixa sentir sua ereção alongando.

"Você está bonita. Eu gosto do seu vestido." Ele morde o meu lóbulo da
orelha e eu não consigo conter o gemido que escapa dos meus lábios.

"É um dos vestidos que seu estilista me deixou para a estreia de Londres."
Eu estou usando um vestido preto e marrom Alexander Wang com decote em V.
Mais do que atraente, eu me sinto bonita nele. A bainha do vestido também é em
forma de V, e há uma fenda aberta nas costas, também. Sentindo a camisa de
Jason esfregar minha pele nua através daquela abertura pequena aumenta meu
prazer.

"Hmmm," Jason murmura. Eu acho que ele não se importa muito com o
vestido. "Devemos ter suas amigas aqui em cima. Eu não acho que sou fã de
compartilhar você, mas nós as convidamos afinal." Meus dedos do pé curvam em
meus sapatos do prazer que suas palavras estão causando.

Eu ligo nossas mãos e puxo-as de volta para a minha cintura, ou mais

como apenas sob meus seios.

"Eu vou buscá-las," eu digo, fechando meus olhos e movendo meus

quadris junto com o ritmo da música.

Eu não quero ir a lugar algum.

"Meu bebê quer jogar de novo?" Jason pergunta enquanto inclina a cabeça
para o meu pescoço e gentilmente suga minha pele.

Eu gemo e deixo-o empurrar minha parte inferior do corpo contra a grade.

"Não diga isso quando não podemos fazer qualquer coisa sobre isso," Soltando
suas mãos, eu levanto as minhas e as envolvo em seu pescoço. Puxando sua
cabeça para meus lábios, eu o beijo lentamente. Então com um rosnado ele
desliza sua língua dentro da minha boca e levas as coisas mais adiante.

A música batendo em minha cabeça, eu já me sinto bêbada. O engraçado

é que eu só tinha tomado alguns goles da minha bebida.

"Quem disse que não podemos fazer nada sobre isso?"

Ele segura meu queixo, um pouco mais agressivamente do que eu

esperava, o que só causa mais umidade para infiltrar-se na minha calcinha. Ele
me beija até que eu estou vendo estrelas por trás das minhas pálpebras fechadas.
Quando uma de suas mãos roça meu vestido e pega um dos meus seios, eu gemo
em sua boca e enfio meus dedos em seu cabelo.

Quando nos separamos para respirar, eu estou sorrindo.

"Por que você está sorrindo?" Ele pergunta com sua voz rouca de todos os
beijos que trocamos.

"Nada." Ele me dá um olhar incrédulo. "Nada," eu repito. "É só, eu acho

que eu gosto de te beijar um pouco demais, e de alguma forma você parece gostar
tanto quanto eu."

"E isso a surpreende?"

"Sim." Ele não iria entender, mas sim... Finalmente beijar alguém que você
desejava beijar por tantos anos e realmente tê-lo beijando-a de volta com tanta
paixão... Era indescritível. A única coisa que eu poderia dizer é que isso faz algo
para o seu coração, algo que bate em minha bunda com a força inesperada.

"Meu coração está batendo só por você, Jason," eu sussurro contra seus
lábios enquanto eu me certifico de olhar para seus olhos. Ele entende o quanto
eu o amava? Há quanto tempo eu o amava? Porque eu quase posso sentir isso
derramando de mim.

A porta se abre e a conexão entre nós quebra.

A cabeça de Lucy aparece na porta. "Tudo bem se nós entrarmos?"

Eu dou um passo longe do corpo quente que está cobrindo minhas costas
e vou abrir a porta assim as meninas podem entrar. Lucy tem o maior sorriso no
rosto, mas consegue manter a boca fechada.

Duas doses de tequila e um Long Island Iced Tea e meio mais tarde, Char
me puxa para longe de nosso pequeno grupo para o pequeno bar no canto.

"Sei que Lucy lhe disse que ela nos viu, mas não é o que você pensa
Olive," ela diz, colocando a bebida na superfície de vidro.

"Honestamente, eu não estou pensando nada. Estou tentando não fazer

isso. Se vocês começaram alguma coisa, eu estarei feliz por você."

Seus olhos ficam sérios por um momento, mas antes que eu possa
adivinhar o que eu vi em seus olhos, desaparece. "Você não entende Liv."

Novamente com o nome...

Quando Lily solta uma grande risada que atravessa a sala, eu olho por
cima do meu ombro para vê-la rindo com Jason e Lucy. Eu sorri quando Jason
me chama a atenção, toma um gole da bebida e me dá uma piscadela.
 Char toca meu braço, então eu volto para ela novamente.

"Marcus e eu..." Parando no meio da frase, ela pega sua bebida e toma um
grande gole. "Nós podemos ter dormido juntos... enquanto você ainda estava com
ele."

Meu estômago afunda e minhas sobrancelhas chegam quase até o meu

cabelo. Engulo e gentilmente coloco minha bebida para baixo.

"Por favor, diga que você não fez isso."

Ela me dá um sorriso tímido e triste. "Não sei como aconteceu, Olive. Eu

juro para você, não foi mais que algumas vezes, mas eu sei que não faz isso
melhor. Lamento não ter lhe dito antes de hoje."

Algumas vezes?

"Você dormiu com Marcus enquanto eu ainda estava com ele? Quando
sabia que eu o amava? De jeito nenhum, Charlotte. Você não faria isso."

"Vocês estavam se separando." Ela respira fundo. "Lembra-se da vez que

você voltou para casa em San Francisco por uma semana, depois de uma de suas
brigas?" Eu não digo nada, nem mesmo aceno. Ela suspira. "Isto aconteceu
então. Estávamos ambos meio bêbados na primeira vez que aconteceu, não tão
bêbados que não sabíamos o que estávamos fazendo, mas você sabe... tornou
mais fácil esquecer o fato de que você estava longe acho."

Quão agradável deles.

"Eu estou supondo que não estava tão bêbada das outras vezes que
aconteceu," eu digo em um tom rude.

Ela balança a cabeça e olha para baixo. "Sinto muito, Olive. Nunca pensei
que isso iria acontecer comigo."

"Com você? O que aconteceu com você, Charlotte?"

"Você é minha melhor amiga, Olive. Você acha que eu estava emocionada
ao perceber que eu tinha sentimentos pelo namorado da minha melhor amiga?
Você pode entender o quanto doeu vê-lo com você depois do que aconteceu entre
nós?"

"Uau. Devo pedir desculpas pelo inconveniente?"

Eu dou um passo para trás.

Ela agarra meu braço e me para antes que eu possa me afastar dela.

"Por favor, não fique brava comigo Olive. Você não ama Marcus. Nós dois
sabíamos disso. Você nunca o amou como você ama Jason."
 "Como você pode decidir isso por mim, Charlotte? É claro que eu amava
Marcus. Talvez eu deva lembrá-la que foi ele quem me deixou não o contrário."
Eu afasto meu braço e ela solta sua mão. "Por que você achou que era uma boa
ideia me dizer isso agora? Porque se importar? Muito tempo passou e você pode
realmente ter Marcus todo para si mesma. Por que não apenas guardá-lo para
si?"

"Eu acho que o Marcus está se segurando porque ele acha que você vai
voltar pra ele. Tudo o que você decidir eu queria que você tivesse todos os fatos.
Nós ficamos juntos..."

Levanto minha mão e a impeço de falar. "Eu não acho que eu quero ouvir
mais nada Charlotte." Eu balanço minha cabeça em descrença. "Você está prestes
a me dizer que eu devo falar com Marcus e dizer-lhe que nunca vamos ficar
juntos novamente. Foi por isso que me disse isso? Para ter certeza de que eu
nunca iria voltar para ele se Jason me largasse?"

"Garotas? O que está acontecendo?" Lucy vem atrás de nós. Eu não

percebo que nossas vozes estão altas.

"Olive," Charlotte diz, ignorando Lucy. "Não é desse jeito. Eu não pensei
que você..."

"Esse é o problema, eu não acho que você está pensando," eu digo e viro
as costas pra ela. "Podemos ir até o banheiro ou algo assim?" Pergunto a Lucy.
Eu estou percebendo que minhas mãos estão tremendo. Ela olha nos meus olhos
e assente sem perguntar nada.

Meus olhos estão começando a umedecer.

Olho para Jason, mas ele está em uma conversa com Lily, suas
sobrancelhas franzidas, então eu afasto antes que ele possa ver o estado em que
eu estou. Eu não quero que ele pense que isso é sobre Marcus.

Lucy agarra minha mão assim que saímos da sala e me direciona para
baixo.

Encontramos um banheiro no andar de baixo que é apenas para as salas

VIPs, por isso, logo que chegamos, Lucy me guia para sentar-me no banco diante
dos espelhos. Se a minha mente não tivesse girando com o que Char tinha
acabado de me dizer, eu teria apreciado a decoração no banheiro, mas
infelizmente, eu mal posso ver Lucy ajoelhando-se na minha frente.

"O que há de errado, Olive? O que Char disse?"

Algumas lágrimas escapam dos meus olhos e deslizam por minhas

bochechas antes que eu possa limpá-las. "Ela dormiu com Marcus enquanto
ainda estávamos juntos."
 Lucy se endireita e se senta ao meu lado. "Diga isso de novo?"

Eu aceno com a cabeça e enxugo mais lágrimas. Por que eu estou

chorando? Eu estou realmente triste porque Marcus tinha mentido para mim,
tinha me traído com minha amiga? Pensei nisso, mas não. Não era o que Marcus
tinha feito que estava quebrando meu coração. Era Charlotte.

Levanto-me e começo a andar na frente de Lucy. "Por que eu estou

chorando mesmo? Isto é tão estúpido."

"Você pode começar do início e me dizer exatamente o que ela disse pra
você?"

Eu concordo e conto a ela tudo o que Char havia dito.

"Sinto muito, Olive. Eu não sei o que dizer. Tudo o que posso pensar é
onde diabos eu estava quando eles estavam entrando furtivamente no quarto um
do outro?"

"Parece que eu estava onde você estava. Eu nunca teria pensado que Char
faria algo assim."

"Você vai falar com o Marcus?"

Uma garota tropeça no banheiro, indo direto para as cabines.

"Por que eu iria?" Eu pergunto, saindo do caminho antes que ela possa me
derrubar.

O telefone de Lucy começa a vibrar em sua mão, então ela levanta um

dedo pra mim e atende ao telefone.

"Jameson onde você está?" Suas sobrancelhas se juntam e ela se levanta

do assento. "O quê? Qual hospital?"

Meu corpo congela com suas palavras.

"Sim. Compreendo. Obrigada."

Terminando o telefonema, ela se senta de volta, então tenta de forma

hesitante ficar de pé novamente.

"Ei, devagar," eu digo, ajudando-a a se levantar. "Diga-me o que ele disse."

Em vez de me responder, ela diz, "Ele deveria estar aqui agora."

"Lucy," eu estalo meus dedos na frente do seu rosto algumas vezes. "Foco.
O que Jameson disse?"

"Não era Jameson. Foi uma enfermeira. Jameson sofreu um acidente,

ele... ele vai entrar em cirurgia em meia hora."
 Eu o espero para ouvir mais, mas ela fica ali parada, olhando pra mim
impotente.

"Vamos, vamos embora," eu digo, puxando-a junto comigo.

Saímos do clube com pressa e saltamos para o primeiro táxi que vimos
parado no meio-fio. Felizmente, lá não tinha paparazzi para capturar nossa
partida.

"Jason," Lucy diz em uma voz chorosa. "Você não disse a Jason que você
estava indo embora."

"Eu sei. Eu não tenho o meu telefone comigo, então eu vou ter que
mandar uma mensagem para ele do seu telefone. Vamos nos focar em chegar ao
Jameson antes dele entrar em cirurgia, ok? O hospital está perto o suficiente,
devemos chegar lá a tempo." Eu dou um aperto em sua mão. Ela não tinha
desistido disso desde que saímos correndo do banheiro.

Seu aperto aumenta e eu ouço sua respiração falhar.

"Podemos ir um pouco mais rápido?" Eu imploro ao motorista de táxi.

Lucy encosta sua cabeça em meu ombro. "Você tinha razão, outro dia. Eu
o amo," ela confessa, então mais acalorada, acrescenta, "E eu o odeio por me
fazer me apaixonar por ele."

"Querida," eu digo gentilmente, tentando não rir. "Tenho certeza que ele já
está ciente desse fato. Mesmo os seus professores sabem."

"Eu sempre o afasto." Sua voz falha. "Eu nem lhe disse que o odeio. Ele
deveria saber o quanto o odeio por fazer eu me apaixonar por ele."

Manobrando meu braço sob sua cabeça, eu a abraço e a seguro. "Se ele
não sabe - embora eu tenha certeza que ele sabe - você vai dizer a ele antes que
ele vá para a cirurgia está bem? Ele ficará feliz por finalmente ouvir as palavras
de sua boca. Estamos quase lá, querida."

Assim que o táxi nos deixa na entrada da emergência, corremos para

dentro e encontramos uma enfermeira que pode nos ajudar. Nós alcançamos ele
pouco antes de o levarem para a sala de cirurgia, mas vendo-o inconsciente e
todo machucado não ajuda Lucy a se acalmar. Antes que podem afastá-lo de nós,
eu ouço o sussurro aquecido de Lucy, desde que você me fez apaixonar por você, é
melhor você ficar bem logo para que eu possa torturá-lo pelo que você fez pra mim!

Seu médico nos assegura que mesmo que seus ferimentos são graves, eles
não ameaçavam a vida dele. Aparentemente, sua moto tinha colidido com um
carro em alta velocidade. Ele tinha uma perna quebrada e várias fraturas em sua
omoplata e antebraço, juntamente com vários cortes e contusões.
 "Diga-me que ele vai ficar bem, Olive," diz Lucy quando nos sentamos na
sala de espera.

"Ele vai ficar bem, Lucy. Você ouviu o médico dele, ele está em boas
mãos." Ela assente e fica em silêncio.

"Você deveria ligar para seus amigos," eu digo depois de algum tempo.
"Tenho certeza que ele gostaria de vê-los quando puder receber visitas."

"Aqui, eu esqueci." Ela me entrega seu telefone. "Você deveria ligar para o
Jason primeiro. Tenho certeza que ele está se perguntando onde diabos você está.
Vou ligar para os amigos de Jameson depois disso."

Pego o telefone. "Eu volto já. Não se mova deste assento."

Encontrando meus olhos pela primeira vez desde que recebemos o

telefonema, ela me dá um tímido sorriso. "Obrigada, Olive."

Eu suspiro. "Por quê?"

"Por me apoiar. Por correr de lá sem pensar duas vezes." Seus olhos
começa a molhar, mas ela tem um sorriso no rosto quando diz, "Eu não tenho
certeza se eu poderia ter deixado Jason Thorn para trás por você."

"Eu tenho certeza o suficiente por nós duas. Você não deixaria ele por um
momento. Você deixou isso bem claro." Eu digo. "E salve essas lágrimas de
crocodilo para Jameson; Tenho certeza que ele ficará feliz em ver o quanto você se
importa."

Ela me dá uma risada; Está tremendo, mas eu aceito. "Aquele bastardo

gostaria disso, não é? Ele provavelmente incharia seu peito e deixaria todo
mundo saber que eu chorei por ele." Suspirando, ela balança a cabeça. "Vá em
frente e ligue para seu marido. Vou esperar aqui."

Não querendo ir muito longe de Lucy, eu encontro um canto quieto onde

eu posso ainda manter Lucy à vista e digito rapidamente o número de Jason.
Toca várias vezes e, em seguida, seu correio aparece. Eu deixo uma mensagem
curta que explica onde eu estou e o que tinha acontecido e peço que ele me ligue
de volta antes que ele viesse correndo. Era a noite do seu amigo e ele não tinha
muitos amigos ao seu redor; Eu não queria que ele partisse abruptamente
quando não havia nada que ele pudesse fazer no hospital.

Sentando perto de Lucy novamente, eu balanço a cabeça para ela. "Ele

não está atendendo. Deixei-lhe uma mensagem de voz e eu tenho certeza que ele
vai retornar para mim quando ele ver."

Nós ficamos lá sentadas e o jogo de espera começou.

Depois de quatro horas, Jameson estava fora da cirurgia.

 Depois dessas mesmas quatro horas, ainda não havia nenhuma chamada
de Jason.

**********

Às 5h30m da manhã, eu estou usando a chave de Lucy para entrar no

apartamento, e eu estou fazendo muitas orações e implorando a qualquer um que
estivesse escutando lá acima que eu não queria encontrar com Charlotte ou
Marcus.

Quando consigo me esgueirar no quarto de Lucy sem acordar ninguém,

suspiro de alívio. Eu realmente não sei se alguém está em casa, mas para estar
no lado seguro, eu tento o meu melhor para não fazer qualquer barulho e
empacoto uma troca de roupa para Lucy e pra mim. Saio do prédio tão
silenciosamente quanto eu tinha entrado.

Naquele momento, eu estou mais preocupada por não ouvir de Jason. No

início, pensei que talvez ele estivesse zangado comigo por não lhe dizer que eu
estava saindo com Lucy, mas então eu pensei que talvez ele não estivesse
zangado, mas não podia ir ao hospital porque todos o reconheceriam. Eu também
pensei que era uma desculpa esfarrapada.

Mas então, por que ele não me ligaria de volta? Por que ele não respondeu
a qualquer um dos meus recados de voz? Algo aconteceu no clube que eu não
estava ciente?

Talvez um terremoto o tivesse atingido?

Quando eu volto para o hospital, Lucy está sentada exatamente onde eu a

tinha deixado.

"Alguma notícia dos médicos?" Eu pergunto quando coloco a pequena

bolsa no assento entre nós.

"Ainda na UTI. Eles me informarão quando eu puder vê-lo. Eu deixei

mensagens de voz para alguns de seus amigos, com certeza eles vão aparecer
aqui assim que conseguirem."

"A família dele?"

Ela balança a cabeça e finalmente olha pra mim. Ela parece melhor do
que antes, mas eu posso ver que ela está lutando para levantar-se. Que merda de
noite para nós duas.

"Ele tem uma tia e uma avó, mas elas moram na Flórida. Não tenho
certeza se elas farão essa viagem. Eu vou deixar ele ligar para elas. Por que você
não trocou de roupa no apartamento?"
 "Não tinha certeza se alguém estava em casa." Eu dou a ela um meio
encolher de ombros e aperto a mão no punho da bolsa. "Não queria arriscar
acordá-los com o barulho."

Ela assente e vira a cabeça para a estação de enfermagem. Esfrego os

olhos e me levanto do assento. "Vamos, nós estamos nos destacando com esses
vestidos. Voltaremos em um minuto."

Guio uma Lucy relutante em direção aos banheiros e rapidamente me

coloco em roupas mais confortáveis. Enquanto as calças e as sapatilhas eram
realmente do meu próprio material que eu tinha deixado no apartamento quando
eu estava me mudando, a camiseta de beisebol é dela e está um pouco
desconfortável no meu peito.

"Como as calças não estão em seus joelhos?" Lucy pergunta, uma vez que
ela está pronta.

"Eles não são suas," eu explico com um sorriso. "Algumas das minhas.
Devo tê-las deixado pra trás."

"Oh, Ok."

"Lucy, você não parece tão bem. Que tal você descansar seus olhos por
alguns minutos, enquanto eu espero por notícias." Ela liga seu braço ao meu e
nós voltamos para nossos assentos.

"Você também não parece tão bem," ela questiona.

"Obrigada. Igual você," eu digo em um tom neutro e ela me dá uma

pequena risada. Eu aceitaria isso também. "Vamos lá, se o médico sair, eu vou
acordá-la."

Uma vez que chegamos a nossos assentos, Lucy nota um médico vestindo
um jaleco conversando com uma mulher de meia-idade e sua mão aperta meu
braço.

"Não é o mesmo médico, não se preocupe," eu digo, dando tapinhas na

mão dela. Não me escapa que a mulher está chorando um balde de lágrimas.

"Obrigada por vir comigo, Olive," ela diz novamente enquanto nos
sentamos de volta.

"Onde mais eu estaria?"

Ela olha bem para mim, depois apoia a cabeça no meu ombro e fecha os
olhos. "Aposto que até o momento que eu acordar, Jason ligará. Aqui, pegue
isso." Alcançando para o bolso, ela me entrega seu telefone. "Está ligado para
vibrar assim mantenha-o com você."

"Obrigada," eu digo, girando o telefone mais e mais em minhas mãos.

 Em poucos minutos, ela está dormindo. Enquanto Lucy dorme no meu
ombro, a sala de espera tinha esvaziado várias vezes. Nenhuma das vozes
perturbou seu sono.

No início da manhã, quando o médico vem para levá-la de volta ao quarto

de Jameson, ela quase parecia seu eu normal.

Eu escolho esperar na sala de espera por um tempo mais. Alguns minutos

depois que ela sai, seu telefone começa a enlouquecer com notificações na minha
mão. Pensando que é Jason ou um dos amigos de Jameson, eu deslizo a tela.
 Fracassado!!! Já é "o fim" para nossos recém-casados favoritos?

Na noite passada, Jason Thorn e sua tímida noiva participaram da abertura

do clube de Devlin Parker, amigo de Jason, Mad Play. Até agora tudo o que
ouvimos de várias fontes perto do casal é que eles são intensamente felizes e
apaixonados. Você se lembra daquele conjunto de fotos que compartilhamos
apenas alguns dias atrás, onde Jason estava levando Olive para seu trailer? Bem,
pessoal, parece que há problemas no paraíso.

Recebemos essas fotos de uma fonte anônima que estava na boate

enquanto o incidente ocorreu e conseguiu capturar Jason Thorn ficar aconchegante
com uma loira que definitivamente não é sua esposa. Como você pode ver na
primeira foto, a garota está sentada ao seu lado e sussurrando em seu ouvido
enquanto sua cabeça está descansando na parede.

Enquanto o casal foi fotografado junto entrando no clube, neste momento

não sabemos quando Olive Taylor deixou o ator quente sozinho. Parece que nem
tudo está bem com o último casal favorito de Hollywood.

Vamos encarar isso, nenhum de nós se importaria de compartilhar uma

cama com Jason Thorn, mas estávamos extremamente satisfeitos sobre o seu
casamento com a autora, Olive Taylor. Sua história de amor, o livro, Jason sendo
sua primeira paixão... O nosso ponto é, nós estávamos definitivamente torcendo por
Olive roubar o coração de Jason para sempre. No entanto, essas fotos recentemente
vazadas nos mostraram novamente que um casamento de Hollywood não é igual a
felicidade conjugal duradoura.

Nós todos sabemos como o provérbio diz: "Um leopardo não pode mudar
suas pintas." Talvez o destino deste casamento curto fosse selado bem no início. O
que você acha?

Até agora, a equipe de Jason Thorn está se recusando a fazer comentários

sobre as fotos e ainda estamos tentando localizar Olive Taylor para obter seu lado
da história.
 Capítulo Trinta

Jason

"Você precisa acordar, cara."

Esse é Devlin? Que diabos ele está fazendo na minha casa? "O quê?" Eu
resmungo, tentando afastar o nevoeiro e abrir os meus olhos. "O que você está
fazendo aqui?"

Dedos estalam na minha frente, e então ouço a voz de Alvin. "Você acha
que devemos chamar um médico?"

"Alvin? Que porra é essa?"

Eu forço meus olhos abertos e tenho que fechá-los de volta quando as

luzes brilhantes perfuram em meu cérebro. Eu gemo e cubro meu rosto com
minhas mãos. "Alguém desliga as luzes do caralho!"

"É a luz do dia, eu não acho que nós podemos desligar isso."

Protegendo os olhos com a mão, olho para o rosto preocupado de Alvin e

olho em volta. Eu estava dormindo em um sofá... Eu levanto e isso traz todos os
tipos de dor a minha cabeça.

Jesus! Quantas bebidas eu tomei ontem à noite?

"Onde estamos?" Eu murmuro.

"Na minha suíte," diz Devlin com um suspiro de sofrimento enquanto me

entrega uma garrafa de água fria.

"Obrigado," eu murmuro. Bebo tudo até a última gota e deixo cair a

garrafa no chão. Quando termino, eu limpo minha garganta e olho em volta do
ambiente novamente. "Por que estamos na sua suíte?"

Devlin olha para Alvin.

"Droga," eu amaldiçoo, deixando cair minha cabeça em minhas mãos.

"Minha cabeça está batendo forte. Que horas são, Alvin? Eu estou atrasado para
o estúdio?"

"Jason," diz Devlin em tom sério.

"Sim? Você nunca ouviu falar de persianas, seu bastardo?"

"Como você se sente, Jason?" Ele pergunta em vez de me dar uma

resposta. Merda. Eu estou há segundos de vomitar em seus sapatos.

"Péssimo. Sugiro que me aponte a direção do banheiro. Agora mesmo."

 Quando eu termino de vomitar minhas tripas, eu me sinto pior do que
quando tinha acordado, se isso era mesmo possível.

Eu tropeço para fora do banheiro. "Alvin, que horas são?"

"Sente-se por um minuto," Devlin ordena.

"Mantenha sua maldita voz baixa pelo amor de Deus. O que diabos você
me deu para beber ontem à noite de qualquer forma?"

"Eu não te dei nada, Jason."

Eu me jogo no sofá novamente e começo a massagear minhas têmporas.

Alvin ainda está pairando ao redor, mas Devlin senta-se bem na minha frente. Ele
não parece melhor do que eu.

Franzindo o cenho, eu me viro para Alvin. "Onde está Olive?"

"Olhe," diz Devlin antes que Alvin possa dizer qualquer coisa. "Olhe,
Jason. Você está em apuros. Inferno, eu estou em problemas."

"Explique," eu ordeno, me preparando. Se ele tivesse feito alguma coisa

com Olive, se tivesse dito alguma coisa para chatear ela...

"Eu tenho questionado meu pessoal, os que entraram em contato com

você no clube. E..."

"Por quê?"

"Cale-se e ouça. Achamos que alguém batizou sua bebida."

"O quê?" Eu tropeço e levanto. "Onde está Olive, Alvin?" Eu grito,

ignorando meu cérebro me amaldiçoando pelo movimento rápido.

"Nós não sabemos, chefe," Alvin responde calmamente.

"Por que diabos você não sabe? As amigas dela? Onde elas estão?
Pergunte a elas."

"Olhe," Devlin começa de novo, e eu dou um passo à frente. Se ele

dissesse, olhe mais uma vez, eu ia socar seu maldito rosto.

"Eu estava atrasado na noite passada. Quando finalmente cheguei ao

clube e Devlin escoltou-me até a sua sala privada eu achei você sendo um pouco
amigável demais com uma das amigas de Olive," explica Alvin, roubando a
palavras da boca de Devlin. "Eu não sei o que aconteceu, mas eu sei que você não
iria trair Olive. Não assim."

Meus olhos se arregalam em choque. Eu passo minhas mãos pelo meu

cabelo e me viro para Alvin. Devlin está sentado com a cabeça baixa, calado.
 "Você está fodendo comigo? Porra! Eu não faria isso. Nunca. Eu não.
Maldito seja!" Eu rosno enquanto pego um vaso que está sobre a mesa perto de
mim e atiro-o na parede, observando-o despedaçar-se.

"O que você viu? O que eu estava fazendo?" Eu pergunto irritado. Eu

estou tentando falar calmamente.

"Ela estava no seu colo, cara."

Droga!

Eu começo a andar de um lado para o outro e quando a parede está bem

na minha frente... Eu apenas dou um soco..

Parece uma boa ideia nesse momento. Com o crescimento da fúria dentro
de mim, eu posso derrubar todo o prédio só com minhas mãos.

Ignorando minhas juntas sangrando, lentamente volto para o sofá e sento-

me. Meu coração está extremamente acelerado.

"Por favor, explique," eu finalmente digo quando minha respiração está

sob controle e eu não tenho vontade de matar ninguém.

Alvin senta-se na outra extremidade do sofá, mantendo seus olhos em

mim o tempo todo. "Eu não sei muito, Jason. Foi assim que te encontramos. Você
não se lembra de nada? Ela estava no seu colo e vocês estavam trocando caricias,
suponho. Não sei cara. Talvez não? As mãos dela estavam sobre você e você
estava apenas sentado lá atordoado."

"Qual delas?"

"Qual delas, o quê?"

"Qual das amigas dela?" Eu falo entre meus dentes.

Ele olha para Devlin, então eu levanto minha cabeça para olhar para ele
também. "Lily," diz Devlin depois de pensar nisso por um minuto. "Eu me lembro
de Olive apresentando-a como Lily. Uma das loiras."

"Ninguém estava na sala?"

"Só vocês dois. Ela poderia ser a pessoa que batizou sua bebida? Porque
nenhum dos meus funcionários faria algo parecido. Eu os verifico pessoalmente,
você sabe disso. E mesmo que pudessem, por que iriam?"

"Ela é amiga de Olive, porra, por que ela faria algo assim?"

"Exatamente o quanto você se lembra?" Alvin pergunta novamente.

Eu penso sobre isso. Que diabos eu me lembro? Lembrei-me de ir até a

sala privada com Olive. Lembrei-me de beijá-la, querendo fazer muito mais com
ela do que apenas beijar. Eu ainda podia sentir seus lábios nos meus, suas mãos
no meu cabelo. Ela sempre tremeu quando eu a beijei, como se meu toque
enviasse um pequeno choque em seu corpo, e eu amei sentir isso. Eu
simplesmente adorava estar perto dela, tocá-la...

Eu balanço a cabeça.

"Não muito. Não me lembro de Olive sair. Lembro-me de falar com Lucy e
Lily, mas é isso. Você ligou para ela?"

Alvin faz uma careta, e eu odeio isso. "Nós não conseguimos encontrar seu
telefone, mas a bolsa dela estava ao seu lado, e telefone dela estava na bolsa.
Mas," acrescenta apressadamente antes que eu possa explodir de novo. "Liguei
para a Lucy. Ela não está atendendo agora, mas continuarei ligando. Não se
preocupe Jason."

"Diga-lhe o resto," diz Devlin, sombriamente.

"Que resto?" Eu olho entre eles.

Outra careta. Esta foi pior. Se eu nunca ver Alvin fazer uma careta como
essa nunca mais, seria cedo demais.

"Alguém vazou fotos de você e da garota. Cada mídia está divulgando a

história de que você está traindo Olive."
 Capítulo Trinta e Um

Olive

Eu analiso entrar em um ônibus, mas eu tenho dinheiro suficiente para

pegar um avião. Eu sou uma maldita autora de sucesso agora; O mínimo que eu
posso fazer é comprar um bilhete de avião para casa sem contar cada centavo na
minha conta no banco.

Então eu faço exatamente isso.

Primeiro, corro para a casa de Jason. Ser casada com um fodido ator
tinha suas vantagens, como quando você não tinha que levar sua carteira com
você quando você estava saindo com o dito ator. A bolsa menor poderia guardar
seu telefone e talvez um batom, mas só isso, e é por isso que eu tenho que parar
em casa para pegar alguns itens pessoais, uma troca de roupas e, claro, minha
ID.

Eu não quero pensar nisso, mas é difícil não notar que ele não tinha
voltado para casa. Onde ele passou a noite... Eu não quero pensar nisso também.

Por volta das 12h30m, eu estou em San Francisco.

Às 14h, eu estou em frente à porta da minha casa de infância, onde toda

essa bagunça tinha começado.

Respiro fundo e levanto meu braço para bater na porta.

Meu pai abre a porta, e passamos alguns segundos silenciosos olhando

um para o outro, o que só faz meus lábios inclina para baixo e lágrimas
começarem a fluir livremente pelas minhas bochechas.

"Querida," ele suspira.

Eu enxugo minhas lágrimas com raiva. Por que eu estou chorando?

"Sei que está zangado comigo, mas..."

Eu interrompo com mais lágrimas.

Patético, eu sei.

Mas então, eu estou nos braços do meu pai e ele está sussurrando as
palavras mais bonitas em meu ouvido.

Vale a pena ser uma pequena fracote patética. Lá eu estou a salvo.

É tão bom quando ele está me abraçando com tanta força. Eu posso largar
tudo e saber que ele cuidaria de sua garota como ele sempre fez. Quem poderia
machucar você quando seu pai tem seus braços fortes em torno de você? Quem
ousaria quebrar o coração de uma menina? Todas as mulheres não se sentiam
como uma garotinha quando seu pai dava um abraço? Será que nem todo mundo
queria ficar lá até que os monstros fossem embora?

Não?

Bem, bom para você e sua independência então. Estoure um pouco de

champanhe e comemore. Parabéns, você chegou â idade adulta. Eu, nem tanto.
Eu pegaria os abraços do meu pai sobre qualquer coisa.

"Logan, quem está na - Olive? Oh, querida."

Quando eu ouço a voz da minha mãe e sinto sua mão suavemente alisar
meu cabelo, eu enterro meu rosto mais fundo no peito do meu pai e os deixo
amar a sua garotinha.
 Capítulo Trinta e Dois

Jason

Depois de viver a pior manhã da minha vida, finalmente tínhamos

encontrado Lucy no hospital com o namorado dela. Ela parecia uma bagunça, e
eu não podia imaginar o que ela tinha passado enquanto esperava que seu
namorado saísse da cirurgia. Eu tinha ficado sabendo que Olive tinha estado com
ela o tempo todo, o que foi um progresso desde que nós não poderíamos
encontrá-la em qualquer lugar. Ela tinha saído com Lucy e passou a noite inteira
no hospital enquanto eu estava fora disso.

Foi um milagre que conseguimos tirar isso da boca dela. Ela tinha visto a
cobertura de notícias e estava tão furiosa como eu, se não mais. A única
diferença era que ela estava pronta para me atacar e ter minhas bolas para a sua
amiga, não a bastarda que tinha adulterado minha bebida e tirado as fotos.

Demorou algum tempo, mas nós explicamos o que estava acontecendo e

parecia que ela queria acreditar em nós. Depois de muito implorar, ela me disse
que Olive tinha voado para San Francisco horas atrás.

Às 10h da manhã, eu estava em um avião - porra, esperando por um jato

privado – voando para San Francisco.

******************

Era estranho estar no bairro onde você passou um grande e muito

importante pedaço de sua infância. Todas as casas pareciam as mesmas que eu
me lembrava; Até mesmo o maldito ar cheirava como se estivesse naquela época.
A casa em que minha mãe decidira tirar a própria vida ainda era a mesma. Claro,
parecia mais viva, e havia flores que não tinham lá quando eu era adolescente,
mas estava bem onde tinha estado, escondida entre as memórias que eu queria
esquecer.

Eu esperava que a família que vivia nela agora fosse mais feliz e mais
funcional do que a nossa. Eu esperava que as crianças que estavam crescendo na
casa não estavam testemunhando sua mãe lentamente perdendo a luz em seus
olhos por nenhuma boa razão. Eu esperava que eles tivessem outra casa em que
eles pudessem passar o seu tempo se as coisas não estivessem indo tão bem para
eles, alguém para se preocupar com eles como Logan e Emily tinha se
preocupado comigo.
 Certo então, de pé na frente da casa deles no meio da noite não senti tão
assustador como eu tinha pensado que isso pareceria quando eu estava no avião.
Era mais como voltar para casa, o que era um bom sentimento para alguém que
não tinha tido uma boa casa pela maior parte de sua vida, alguém que tinha
perdido os dois pais ao longo do caminho e por um tempo muito longo não tinha
uma coisa real para segurar quando as coisas ficaram difíceis.

Talvez não fosse tão assustador quanto eu tinha pensado inicialmente que
seria, mas eu ainda me sinto patético. Além de me sentir patético, eu também
pareço patético.

Depois de passar dez minutos na frente da casa, sem saber como os pais
de Olive iriam reagir me vendo, sem saber se Olive concordaria em me ver, eu
respiro fundo e bato na porta deles.

Quando Dylan abre a porta e seus olhos endurecem quando ele vê quem
está de pé em sua varanda, eu ainda estou tentando superar o choque de ver
meu melhor amigo depois de tantos anos.

Dylan não tem esse problema.

Meus lábios se espalham em um sorriso, mas isso foi um erro porque seu
corpo inteiro fica tenso. Ao invés de parecer feliz de me ver novamente como eu
esperava que ele fizesse, ele sai da casa e silenciosamente fecha a porta atrás
dele.

"O que você está fazendo aqui, Jason?"

"Dylan. Merda, cara." Tento impedir que meu sorriso se espalhasse mais,
mas... inferno, ele era meu melhor amigo, e fazia anos que não o via. "Cara, é
realmente bom ver você."

Sua expressão não muda.

"Vou perguntar de novo. O que você está fazendo aqui? Você não acha que
já fez bastante dano a ela?"

Eu esqueço meu sorriso, mas é muito tarde para preparar o impacto que
suas palavras causam. Se ele quiser agir como um idiota, que assim seja. Eu
poderia também.

"Eu posso ver que você não se importa em me ver. Eu acho que é uma
coisa boa que eu não vim te ver também. Eu estou aqui pela minha esposa."

"Esposa?" Ele dá uma risada sem humor. "Corte a porcaria, Jason. Nós
dois sabemos que é apenas um jogo para o público, embora ela se recuse a
admitir isso. Você está usando ela para ficar bem e ela é muito estúpida para se
importar com isso. Embora ela saiba disso."

"Você não sabe nada sobre nós, Dylan."

 "Sobre nós? Não há você e ela, Jason. Você sabe que ela está apaixonada
por você? Inferno, ela esteve apaixonado por você pela maior parte da vida dela.
Você vai continuar jogando este jogo, sabendo que vai matar algo nela quando
você finalmente se entediar com isso?"

Abaixo a cabeça e aperto minhas mãos em punhos.

"Eu não quero que você a veja, e eu quero que você dê meia volta..."

"Eu não me importo com o que você quer Dylan," eu digo em voz baixa.
Ele para de falar. "Vou conseguir atravessar essa porta, mesmo que eu tenha que
passar por cima de você."

Ele levanta uma sobrancelha e cruza os braços contra o peito.

"Experimente," diz ele. "Dê-me uma boa razão para não foder seu..."

"Eu estou apaixonado por sua irmã, seu idiota." Eu dou um passo para
frente, mais perto dele.

Seus olhos se estreitam para mim e ele dá um passo adiante com os

punhos cerrados. "Você está mentindo filho da puta."

Antes que ele possa fazer qualquer coisa, a porta atrás dele se abre e seu
pai sai.

"Isso é o suficiente, Dylan," ele diz em uma voz grave, fechando a porta
suavemente.

Eu congelo. Minhas mãos flexionam e eu engulo.

Na minha frente estava o homem que eu idolatrava, um homem que sabia

como cuidar de sua família, um homem que não se esquivou de mostrar seu
amor a seus filhos, a sua esposa... Mesmo ao filho do vizinho.

Assim como as casas ao nosso redor, ele parecia o mesmo. Ele tinha mais
cabelo branco e as linhas de expressão em seus olhos eram mais profundas, mas
aqueles ombros grandes, a postura e tudo o mais que o faziam ele era o mesmo.

Inferno, por que ele teve que sair? Eu não conseguiria convencer Logan.
Ficaria feliz em entrar em uma briga com Dylan, mas não com seu pai.

Eu dou um passo para trás e tento relaxar meus músculos.

"Não gosto da razão por que você está aqui, mas ainda é bom vê-lo,
Jason," diz Logan, depois de mover seu filho fora do caminho. Há um pequeno
sorriso brincando em seus lábios. Talvez eu ainda tivesse uma chance de chegar
a Olive. Talvez Logan acreditasse em mim.
 Sentindo-me como um jovem de dezessete anos de novo, eu esfrego a
parte de trás do meu pescoço e olho para o chão. Certamente eu não estou
chorando... Certo?

"Você não tem ideia de como é bom ver você também, senhor."

Ele assente. "Eu estou supondo que você está aqui porque você quer ver
Olive?"

Eu dou a Dylan um olhar duro e mantenho meus olhos nele enquanto eu

respondo a pergunta de seu pai.

"Sim, estou aqui por Olive."

"Você não vai vê-la," Dylan diz enquanto ele dá outro passo na minha
direção.

O bastardo só está com vontade de levar uma surra.

"Dylan, isso é o suficiente," Logan interrompe ele novamente. "Acalme-se."

Virando-se para mim, ele diz, "Vamos ter uma conversar antes de vê-la, está tudo
bem?"

"Claro," eu concordo quando ambos nos sentamos nos degraus da

varanda. Sabiamente, Dylan escolhe ficar ao lado da porta em vez de ficar perto
de mim. Se ele pensa que ele tem uma chance de me impedir de entrar para
pegar Olive, ele está enganado.

Eu iria atingi-lo sem um segundo pensamento.

"Olive não está falando muito, então você terá que ser o único a me dizer
exatamente o que está acontecendo aqui, Jason. Eu quero ouvi-lo em suas
próprias palavras, não algum discurso que seu pessoal preparou para você."

Eu faço uma careta. "Eu vou lhe dizer qualquer coisa que você queira
saber. Não vou esconder nada de você."

"Essa não é a vibração que eu tenho de Olive. Eu acho que ela estava
tentando compartilhar o menos possível com a gente."

Eu balanço a cabeça e esfrego minha testa. "Isso foi antes."

"E agora? Alguma coisa mudou?"

"Sim." Eu esfrego minha testa um pouco mais. "Sim, tudo mudou."

"Você se casou com Olive, então isso ficaria bom para você, é verdade?"

Eu me encolho. Jesus! Um interrogatório não é o que eu preciso.

 "Sim." Eu suspiro. "Sim, minha publicitária pensou que iria salvar minha
carreira depois de tudo que eu tinha feito. Quando eu vi Olive e agi como... e
então todo mundo nos viu juntos..."

Eu não termino a frase.

"Entendo. E agora? O que é diferente agora?"

Eu levanto minha cabeça e olho em seus olhos. Eu não posso decidir se

ele está zangado comigo ou não, mas eu respondo honestamente. "Eu me
apaixonei por sua filha, senhor." Olhando por cima do meu ombro, dou a Dylan
um duro olhar. "Isso é o que mudou."

"E você acha que minha filha também ama você?"

Quebrando o contato visual com Dylan, eu enfrento ele novamente. "Eu

não sei," eu admito. "Mas eu estou esperando que a resposta seja sim."

"Então por que ela está aqui? Vimos a notícia. Se você está apaixonado
por ela como você diz que está, o que aconteceu?"

Eu digo a ele tudo o que tinha acontecido na noite anterior, exceto a parte
onde meu pau estava rugindo para entrar no corpo apertado de sua filha em
público, é claro. Eu mantenho para mim mesmo.

Quanto mais eu falo e explico tudo - não apenas que minha bebida tinha
sido adulterada - mas tudo o que tinha acontecido entre Olive e eu, mais a
postura de Dylan relaxa e ele se aproxima de nós.

Depois que eu falo, eu nem sei quanto tempo, Logan sorri, bate no meu
ombro, e levanta-se dos degraus.

"Vou deixar vocês dois amigos colocar a conversa em dia. Olive está
dormindo, mas você pode ficar aqui esta noite e conversar com ela de manhã,
Jason. Tenho certeza de que Emily também adoraria te ver."

Parando perto de Dylan, ele acrescenta, "Ela não é mais uma criança
Dylan. Ela é velha o suficiente para decidir sobre Jason. Não interfira."

Quando ele entra e fecha a porta, Dylan pega o lugar do pai.

"Então você realmente a ama, hein? Você disse isso a ela?" Ele pergunta,
soando cansado.

Eu já me sinto cansado.

"Que bom você acreditar em mim agora," eu digo um pouco evidente,

enquanto eu olho para ele. Porra, eu estou muito cansado para brigar com ele se
ele decidisse ser um idiota sobre isso. "Dê-me um tempo. Eu percebi isso hoje. Eu
passei meu dia inteiro tentando descobrir onde ela estava se escondendo."
 "Você parece surpreso cada vez que você diz isso, e você continua dizendo
isso."

"Se você tem um problema comigo estar apaixonado por ela, deixe-a fora
disso. Eu não quero que você diga qualquer coisa que a aborreça," eu digo,
olhando para a casa do outro lado da rua. Eu me perguntava se o Sr. e a Sra.
Kealey ainda moravam lá.

"Você está protegendo minha irmã de mim?"

"Sim," eu digo simplesmente, dando-lhe um olhar firme. "Você nunca

soube manter sua boca fechada com ela. Eu não vou deixar você dizer algo
estúpido e quebrar seu coração. Eu não me importo se você é seu irmão ou não."

Ele arqueia uma sobrancelha e me dá um olhar que eu não posso explicar.

"Huh," ele resmunga.

Ficamos em silêncio por vários momentos.

"O que você está fazendo em San Francisco, afinal?" Eu pergunto quando
o silêncio se torna muito pesado. Eu quero entrar e falar com Olive, mas Logan
tinha dito que ela está dormindo. Ela estava bem? Ela estava com raiva? Triste?
Desapontada comigo?

"A melhor amiga da minha esposa teve bebê. Estamos visitando durante o
fim de semana."

Isso faz sentido.

Mais silêncio.

"Você sentiu alguma coisa por ela quando éramos crianças?" Pergunta
Dylan.

Eu tinha me feito a mesma pergunta uma e outra vez, mas eu ainda não
tinha uma resposta.

"Eu não sei," eu digo com um suspiro. "Acho que não. Quero dizer, ela era
minha Olive, também, você sabe. Eu era seu amigo, mas eu gostava de estar ao
redor dela tanto quanto eu gostava de estar em torno do seu traseiro
desagradável." Isso o faz rir, então eu relaxo mais. "Mas não. Eu não chamaria
isso de amor. Ela era muito nova. Sim, talvez ela tivesse uma queda por mim,
mas foi provavelmente porque eu era o único garoto que estava por perto. Eu não
acho que foi qualquer coisa grande."

"Você pensaria assim," ele diz enquanto chuta uma pedra pequena com
seu pé.

"O que isso significa?"

 Ele balança a cabeça e esfrega seu rosto. "Foi mais do que apenas uma
queda, cara. Eu estava constantemente a avisando para ficar longe de você sem
ser muito óbvio sobre isso. Você se lembra de uma garota enviando mensagens de
texto para você, antes da sua... antes de você ter que se mudar?"

Eu penso sobre isso, mas eu não consigo me lembrar de nada específico.

"Alguém da nossa turma?"

"Não. Uma garota aleatória."

"Como diabos eu deveria me lembrar disso?"

"Era Olive."

"O quê?" Eu viro minha cabeça para olhar para ele tão rápido que eu ouço
algo estalar. Então eu ri. "Eu acho que eu saberia se Olive me mandasse uma
mensagem. Eu tinha o número dela."

Outro suspiro irritante. "Acho que ela pegou o telefone da sua amiga ou
algo assim. O meu ponto é, ela estava tentando falar com você. Mesmo naquela
época, ela estava assumindo riscos apenas para estar perto de você. Não faço
ideia de qual era seu plano enviar mensagens de texto para você, mas..."

"E você sabe como, de novo?"

"Estou tentando te dizer, seu idiota. Você me disse que estava enviando
mensagens de texto para uma garota, então quando você estava lá embaixo eu
entrei no quarto de Olive para verificá-la e encontrei um telefone em sua cama.
Como não era o próprio telefone dela, verifiquei ele e imagine minha surpresa
quando encontrei suas mensagens."

"O que você fez Dylan?"

"O que você acha que eu fiz? Peguei seu telefone e mandei uma mensagem
para ela."
 Capítulo Trinta e Três

Olive

Quando eu percebi que tinha adormecido, ainda havia luz do dia lá fora e
eu podia ouvir a voz de Dylan gritando vindo do andar de baixo. Ignorando-o, eu
puxo as cobertas sobre a minha cabeça e volto a dormir. Eu não quero fazer mais
nada de qualquer maneira.

A segunda vez, eu acordo porque eu estou sufocando sob as cobertas e

ainda era luz do dia. Mudo para uma coberta mais leve, eu tiro algumas das
minhas roupas, também.

A terceira e quarta vezes foram porque eu estava desconfortável na minha

própria pele. Então eu comecei a virar demais. Eu simplesmente odiava tudo.
Pelo menos estava finalmente escuro lado fora.

A quinta vez... A quinta vez eu acordei porque alguém estava deitando na

cama comigo.

Eu não abro meus olhos, mas eu sei que é Jason; Eu conheço seu cheiro
em qualquer lugar. Meu corpo fica tenso, mas eu tento não tornar isso muito
óbvio e tento ainda mais manter minha respiração sob controle.

Dylan estava chateado o suficiente por toda a família; Ele não o teria
deixado entrar na casa, muito menos subir na cama comigo, então o que ele está
fazendo aqui? Eu não tenho que esperar muito tempo para uma resposta.

"Sua mãe me arrumou o sofá, mas eu escapuli até seu quarto," Jason
sussurrou. "Temos que ficar quietos. Então seu irmão idiota não entrará aqui
tentando proteger minha esposa de mim." Ele pausa. "Você não tem ideia de
como é estranho estar de volta aqui, Olive, mas vir furtivamente para seu quarto
assim... por algum motivo não parece estranho."

Eu não me mexo, mas ele continua.

"Olive..." Há um longo suspiro. "Quando eu comecei a sentir muito a sua

falta, querida? Quando eu..." Outro suspiro. "Eu estava tão preocupado quando
Alvin disse que não sabia onde você estava."

Mais silêncio.

Lentamente, ele puxa as cobertas para baixo, e as pontas dos seus dedos
tocam meu ombro nu.

Droga! Por que eu pensei que era inteligente dormir em uma regata e
minha calcinha? Eu deveria ter me deixado sufocar em paz. Quando seus dedos
chegam ao meu quadril e ele percebe que eu não estou usando muito debaixo das
cobertas, ele suga uma respiração e deixa a coberta descansar em minhas coxas.

Meu coração está batendo na minha garganta, espero para ver qual seria o
próximo passo dele. Talvez ele tivesse vindo dizer que nós tínhamos que fazer o
divórcio? Se estes são os nossos últimos momentos, eu quero saborear cada
segundo.

Eu sei o que você está pensando, mas você ouviu a parte onde eu já
reconheci o fato de que eu sou patética?

"Seu coração ainda está batendo só por mim, Olive?" Ele pergunta
suavemente, sua voz baixa e doce.

Fecho os olhos com mais força.

"Eu me pergunto se você pode sentir meu toque em seus sonhos... se é por
isso que seu coração está batendo tão rápido."

Suas palavras suaves num sussurro na minha pele, eu deixo suas pontas
de dedos rastejar cada centímetro do meu corpo, seduzindo meu coração antes
que minha mente pudesse pôr fim a isso.

"Senti sua falta, querida. Se eu te beijar, Olive..." Eu sinto o toque de seus

lábios quentes no meu ombro logo antes dele se aproximar. Um arrepio percorre
minha espinha e é tarde demais para segurar meu pequeno suspiro. Jason
continua como se ele não tivesse me ouvido. "Se eu te beijar você vai acordar e
brincar comigo? Eu quero sentir o seus lábios, Olive. Por favor, pare de fingir que
está dormindo, querida?”

Ele sabe que eu estou acordada. Demasiada cansada para jogos, eu abro
meus olhos para um quarto escuro. "O que você está fazendo aqui, Jason?" Eu
sussurro depois de algum tempo.

"Você vai olhar para mim, querida? Por favor."

Eu me viro para encará-lo, mas estamos um pouco perto demais para meu
conforto, meu leito de infância sendo pequeno demais para manter uma distância
respeitável entre nós. Ainda assim, eu me afasto até que eu estou bem na borda
da cama.

Eu mantenho meus olhos nos lençóis.

"Posso contar a você o que eu me lembro de ontem à noite? Você vai me

ouvir?"

"Tenho outra escolha? Você está na minha cama e não tenho outro lugar
para correr."
 Eu mal posso ver com a única luz vindo de fora, mas ele ainda levanta
meu queixo para que eu possa olhar nos olhos dele. Eu me concentro na sua leve
barba.

Porque eu sou rebelde assim.

"Eu não quero que você fuja de mim novamente, pequena. Se o fizer,
sempre irei atrás de você. Eu quero que você se lembre disso. Dito isso, eu nunca
vou lhe dar uma razão para fugir de mim também."

Mais uma vez, fico em silêncio.

"A última coisa que eu me lembro de ontem à noite é ir até as salas

privadas com você e tentar descobrir o que eu poderia dizer para convencê-la a
deixar eu tê-la lá em cima."

Suas pontas de dedos tocam meus lábios e eu me encolho. Ele ignora e

acaricia suavemente meus lábios.

"Então eu te beijei, Olive, não foi? Eu sempre me lembro de te beijar."

Eu nunca iria esquecer como é sentir seus lábios nos meus também.
Sempre ficaria comigo.

Que droga essas lágrimas escorrendo dos meus olhos!

"Eu também me lembro de conversar com Lucy e Lily, mas depois disso
não me lembro de nada, Olive." Ele faz uma pausa por um minuto. "Você sabe
onde eu acordei esta manhã?"

Eu me encolho novamente e me preparo, mas em vez de continuar com

sua história, ele afasta meu cabelo.

"Você está tremendo, querida... Gostaria que você se aproximasse para

poder te aquecer."

Eu não me movo. Quando ele está satisfeito com a posição do meu cabelo,
ele suspira e continua de onde ele tinha parado. "Eu acordei na suíte do hotel de
Devlin. Alvin também estava lá. Eles pensam que alguém adulterou minha bebida
porque eu estava agindo estranho, e quando eu acordei não podia nem lembrar
onde você estava."

Eu fico tensa.

"Você vai se aproximar para eu poder te abraçar? Você está prestes a cair,
e eu tenho medo que Dylan vá entrar para protegê-la de mim."

"Ele sabe que você está no meu quarto?"

"Ainda não, e eu gostaria de manter assim."

 Ele liga a mão dele com a minha e dá um leve puxão. Relutantemente, eu
me movo para frente. Quando eu estou perto o suficiente, sua mão esgueira-se
em volta da minha cintura e ele me puxa contra seu peito, descansando sua
cabeça em cima da minha enquanto eu respiro discretamente seu cheiro.

Seu longo suspiro soa como se está aliviado.

"Eu não sei como vou fazer você acreditar em mim, Olive, mas eu espero
que você acredite. Enquanto eu estava dormindo e desligado, Devlin questionou
toda a sua equipe, mas, além daquela bebida, eu não tive nada. Ninguém poderia
ter deslizado qualquer coisa na minha bebida porque o garçom preparou na sala,
você mesma viu."

Em algum lugar da casa, alguém abre uma porta e ficamos em silêncio, os

nossos corpos tensos com a interrupção. Alguns segundos mais tarde, a porta do
banheiro abre e fecha.

Quando podemos falar novamente, ele continua, falando em voz baixa.

"Eu levei Alvin comigo e fui para seu apartamento procurar Lucy, mas ela não
estava lá. Quando eu encontrei Lily, eu meio que perdi os sentidos. Eu devo tê-la
assustado um pouco, mas valeu a pena porque ela admitiu ter mexido com a
minha bebida com Charlotte. De acordo com Lily, a ideia de Charlotte era tirar
fotos de mim para a imprensa. Eu não sei quanto disso é mentira, exceto o que
ela ia fazer com isso."

Eu nem sequer tinha percebido que eu estou chorando até que Jason
levanta a mão para limpar suavemente minhas lágrimas.

"Como se elas não tivessem feito bastante dano, um delas também

chamou os tabloides como uma fonte anônima para dizer que nosso casamento
era falso."

Perplexa, balanço a cabeça. "Não pode ser Lily, eu nem a conheço muito
bem. Mas eu juro a você, que eu não contei a Charlotte também. Só a Lucy sabe."

"Está tudo bem querida, não importa. Megan puxou algumas cordas e eles
não vão levar a denúncia à sério." Seus lábios tocam minha testa e em vez de
afastar, ele fica assim.

"Eu trouxe seu telefone comigo. Por que não ligamos para Lucy e você
pode ouvir dela, também," ele sussurra.

Alcançando para trás, ele tira algo do bolso de trás e me entrega. Meu
telefone. Eu mal tinha bateria restante.

Disco o número de Lucy.

"Lucy? Oi."

"Ei, querida. Como você está?"

 "Não deveria ser eu quem está perguntando isso? Como está Jameson?"
Eu tento falar o mais quietamente possível.

"Ele está acordado agora. Ele já está fazendo minha vida miserável.
Francamente, estou mais preocupada com você agora. Você prometeu que me
ligaria quando voltasse para casa."

"Sim, desculpe. Quando eu vi meu pai, eu só..."

"Tudo bem, Olive, eu entendo. Estou supondo que o garoto apaixonado

chegou aí e é por isso que você está ligando."

Meus lábios se contraem, mas isso é tudo o que eu consigo.

"Eu não sei exatamente o que ele lhe disse, mas ele está dizendo a
verdade, minha pequena Olive Verde. Eu falei com Charlotte há algumas horas,
ou mais como briguei com ela. A noite em que te trouxe para o apartamento e
Marcus te levou para o quarto dele, bem, é aparentemente quando ela percebeu
que Marcus a deixaria cair como uma batata quente no momento em que você
quisesse voltar com ele. Acho que foi por isso que ela te disse que tinha ficado
com Marcus enquanto vocês ainda estavam juntos. Se você me perguntar, eu
tenho minhas dúvidas sobre isso depois de tudo o que aconteceu desde ontem."

Quanto mais Lucy fala, mais confusa eu estou ficando. Batizar a bebida
de alguém era um jogo ruim totalmente diferente, em seguida, apenas trair, ou
enganar, ou o que quer que seja. Inferno onde ela tinha encontrado uma pílula
que iria desestabilizar Jason assim?

"A minha opinião é que ela lhe falou sobre a traição para que você não
voltasse para Marcus, e ela mexeu com Jason para que você não pudesse tê-lo
também. O pior de tudo é que ela fez soar como ela te fez um favor porque estava
‘Prestes a acontecer de qualquer maneira’. A cadela não tem ideia de que Jason
está apaixonado por você."

"Você é a única que pensa isso."

"Oh, por favor, é só você que não acha isso."

"Minha bateria está acabando, eu tenho que ir, Lucy. Posso te ligar
amanhã?"

Ela faz um som que claramente significa que está irritada comigo. "Bem,
ligo mais tarde. Não seja estúpida sobre isso, Olive. É melhor ter boas notícias
para mim amanhã. E tente perguntar o que ele acha sobre me adotar. Ele fica
ainda mais quente quando está muito irritado. Seja uma boa amiga de uma vez e
pergunte a ele."

Ela desliga enquanto eu ainda estou sacudindo a cabeça.

Empurro meu telefone debaixo do travesseiro.

 "Então?" Jason pergunta no silêncio. "Você acredita em mim?"

"Eu não tenho que ligar para Lucy para confirmar o que você disse Jason.
Eu acredito em você. Este tipo de drama estúpido é suposto acontecer com a co-
estrela você está trabalhando. É suposto eu odiar Lindsay, não sermos melhores
amigas. Ela é suposta a se apaixonar por você e depois mexer com o nosso
casamento."

"Isso é o que deveria acontecer?" Ele murmura, um pequeno sorriso

aparece em seus lábios.

"Sim," eu digo miseravelmente. "Isso é o que acontece nos livros. Há

sempre uma co-estrela ou uma ex. Não deveria acontecer assim. Eu realmente
sinto muito pelo que meu-"

Seus lábios chocam-se contra os meus e os anjos começam a cantar

acima de nós.

Com seu inesperado movimento, eu engasgo em sua boca; Ele se certifica

de aproveitar essa abertura e enfia a língua dentro. Aperto sua camisa e puxo-o
para perto de mim, seus dedos apertando minha carne, mas quando eu estou
aprofundando o beijo, ele se afasta.

"Isso é tudo o que eu queria ouvir," diz ele bruscamente, sua respiração
quente se misturando com a minha.

Eu lentamente relaxo meus dedos, solto sua camisa, e respiro fundo para
limpar minha mente.

"Isso não é mais um jogo, não é?" Pergunto.

"Eu pensei sobre isso no meu caminho até aqui. Eu não tenho certeza se
alguma vez foi querida."

"E o que acontece agora?"

"Amanhã, vou levá-la para casa comigo."

"E depois? Agimos como se nada tivesse acontecido?" Eu me afasto dele e

me jogo de costas. "Não sei se..."

"Não termine essa frase. Sim, agiremos como se nada tivesse acontecido
porque nada aconteceu. Você é minha esposa, Olive. Você já cometeu o erro de
dizer sim, e eu não vou deixar isso passar. Você não pode voltar atrás."

Veja se eu estou deixando você ir, amigo.

Na minha próxima respiração, Jason está em cima de mim e está fazendo

um lugar entre as minhas pernas.
 Quando sinto sua ereção, ofego. "O que você está fazendo?" Eu pergunto
em pânico, olhando para a porta por cima do ombro dele.

"Apaixonando-me por você."

"Agora mesmo? Você está se apaixonando por mim neste momento?

Certo."

Mergulhando a cabeça, ele gentilmente mordisca meus lábios.

"Não, sua espertinha. Eu já me apaixonei - um pouco demais se você me

perguntar. Agora é sua vez."

"Minha vez de quê?"

"Para dizer que você me ama para que eu possa fechar os olhos e me
apaixonar por completo."

"Eu não ouvi exatamente você dizer que você me ama, então por que estou
dizendo isso? Acho que você deveria dizer primeiro."

Ele inclina a cabeça e, desta vez, abaixa lentamente, dando-me a opção de

detê-lo. Quando nossos lábios estão apenas se tocando, ele murmura, "Beije-me,
Olive."

Sem querer, levanto a cabeça e gentilmente beijo seus lábios. O bastardo

está brincando comigo. "O que há com o pedido de repente?"

"Cale a boca e me beije, mulher."

"Eu pen-"

Ele me cala e me beija, durante vários minutos - vários minutos gloriosos.

Quando termina, estamos ambos sem fôlego. "Diga. Por favor," ele murmura
novamente, fantasiando pequenos beijos em meus lábios.

"Eu amo você, Jason Thorn," eu admito.

Eu amei você por um tempo inconvenientemente longo.

Meu coração está ficando louco. As borboletas que ele tinha despertado
em mim no primeiro dia em que eu o vira estavam se multiplicando, e me sinto
zonza.

E vulnerável.

E esperançosa.

Muito esperançosa.
 Seus olhos se fecham e então ele descansa sua testa na minha. "A noite
em que eu fui ao bar e vi você cantando com sua amiga... foi quando eu comecei
a me apaixonar por você."

"Você pode dizer as palavras?" Eu pergunto.

Ele sorri para mim. "Eu te amo, minha linda Olive. Minha esposa."

Inspire.

Expire.

Continue repetindo isso. Você pode fazer isso!

"Ok. Isso está bom," eu digo, acariciando-o no ombro e mal impedindo um

ataque cardíaco.

Ele ri baixinho. "Então meu amor é aceitável?"

Eu faço um som sem compromisso. "Eh, claro. Por que não?"

Ele começa a beijar meu pescoço enquanto ele ainda está rindo, então eu
fecho meus olhos para manter minha sanidade. "Você está há mais de dez anos
atrasado, mas maldição se não é bom ouvir essas palavras neste quarto," eu
sussurro silenciosamente.

Sua mão se esgueira debaixo da minha regata e ele começa a acariciar

minha cintura, movendo lentamente para cima. "O quê mais você queria ouvir ou
fazer neste quarto? Eu estou pronto para tornar seus sonhos em realidade."

De repente, a porta do meu quarto se abriu e eu vi o ombro de Dylan. Ele

estava tentando não espiar.

"Você está aqui há uma hora, seu filho da puta. Você acha que eu não iria
notar? O que você acha de tirar sua bunda do quarto da minha irmã e nós temos
uma conversinha legal, seu pedaço de merda!" Dylan sussurra furiosamente e
fecha a porta sem esperar resposta. Nem um segundo tinha passado quando ele
abre novamente. "Eu estou esperando por você!"

Enterrando minha testa contra o pescoço de Jason, eu ri.

Quando a porta se abriu pela primeira vez, sua mão congela em minha
pele, todo seu corpo estava tenso, mas assim que Dylan fechou a porta, ele
começa a acariciar novamente e suspira.

"Eu acho que eu não fui tão sorrateiro como eu pensei."

"Eu acho que não," eu digo e começo a rir novamente.

"Ele não vai fazer isso fácil para mim, não é?"
 Deixei cair minha cabeça no travesseiro e olho para seu belo rosto. "Parece
que não."

"Eu pensei que ficaria mais feliz de vê-lo, e por um segundo eu pensei que
estava, mas parece que eu estava errado," diz ele com outro suspiro pesado. "Pelo
menos não foi seu pai quem nos pegou. Graças a Deus."

Sorri sem dizer nada.

Ele fica em silêncio, também, e sorri de volta para mim.

"Eu te amo muito, Jason," eu digo, tendo dificuldade em esconder isso.

Seu sorriso cresce.

"Ah essa covinha," eu murmuro, estendendo a mão com meu dedo para
tocá-la.

"Você gosta?" Ele pergunta com a voz rouca.

Eu balanço a cabeça.

"Há muitas coisas que eu gosto em você, também, esposa."

"Como o quê?" Eu pergunto sem fôlego enquanto eu me perco um pouco

mais em seus olhos.

"Como aquela pequena marca de nascimento que você tem em sua

cintura," ele murmura, a ponta dos seus dedos encontrando-a no escuro como se
ele tivesse pintado ali. "Como aquele pequeno sorriso que você sempre tem em
seus lábios quando está escrevendo e você acha que ninguém está olhando para
você."

Há uma batida grosseira na porta e Jason suspira.

"Você sabe o que mais eu descobri hoje?" Jason pergunta conversando

quando ele se levanta com um suspiro. "Descobri que você me enviou mensagens
de texto quando eu tinha dezoito anos, fingindo ser outra pessoa."

Eu fico sem respirar e meu sorriso se derrete em meu rosto. "Qu-quê?"

"Interessante não é? Porque eu certamente pensava assim. E sabe de uma

coisa? Aparentemente, enviei uma mensagem de texto para você dizendo que a
irmã do meu amigo estava sendo pegajosa, ou algo assim."

Naquela altura, ele já havia saído da minha cama e está de pé enquanto

eu seguro as cobertas num aperto de morte em minhas mãos.

"Você sabe por que eu não consigo lembrar quais foram minhas palavras
exatas? Porque - espere por isso - não fui eu quem as escreveu. Hilário, não é?"
 "O quê?" Eu repito. "O que quer dizer, não foi você quem escreveu?"

"Oh, você não sabia? Foi seu irmão amoroso tentando protegê-la de mim.
Ou talvez foi por outra coisa, quem sabe o que se passou com ele."

"Você não pode estar falando sério."

"Oh, mas eu estou querida. Eu estou."

Eu jogo as cobertas para longe a saio da minha cama. "Eu vou matá-lo!"

Eu só consigo dar dois passos e então Jason me puxa de volta contra seu
peito.

"Calma aí tigresa. Podemos matá-lo juntos, mas primeiro vista uma calça
para que ele não tenha uma razão legítima para me matar primeiro."

Eu me viro em seus braços, me levanto na ponta dos pés e beijo-o

apaixonadamente até que suas mãos estão emoldurando meu rosto e inclinando
minha cabeça para o lado. Eu poderia ter desmaiado com a intensidade.

"Eu não sou pegajosa?" Eu pergunto uma vez que eu posso encontrar a
força de vontade para parar.

"Eu amava você. Você era minha pequena. Eu nunca chamaria você de
pegajosa. E..." Ele solta meu rosto e subitamente me levanta em seus braços.
"Agora que você está crescida, eu não me importaria de você ser pegajosa. De
fato, eu não posso esperar para chegar em casa para que você possa ficar toda
pegajosa em cima de mim, querida."
 EPÍLOGO

Jason

"Jason!" Levanto minha cabeça e vejo minha esposa correndo em minha

direção.

Meu ritmo cardíaco aumentando, eu a encontro na metade do caminho.

"O que há de errado, Olive? O que aconteceu?"

Ela segura seu peito e tenta recuperar o fôlego. "Como poderia... como
você poderia não me contar sobre... apenas um segundo, acho que estou tendo
um ataque cardíaco." Ela se abaixa e descansa suas mãos em seus joelhos.

Eu a agarro pelos ombros e endireito suas costas. "Olive, fale comigo, o

que há de errado?"

Ela acena sua mão desdenhosamente. "Dê-me um minuto, estou zangada

com você."

"Por que diabos?"

"Como você não pode me dizer que Adam Connor, o Adam Connor se
mudou para a porta ao lado? Por que eu ouvi de Lucy em vez de você? Eu confiei
em você, droga!"

Eu pisco. "Querida, eu não fico de olho nos vizinhos. Eu não sabia que
Adam estava se mudando para aporta ao lado tanto quanto você.

Seus olhos se arregalam lentamente, fazendo com que ela pareça cômica
quando ela olha para mim. "Você o conhece? Você disse Adam, como se você
realmente o conhecesse," ela gemeu. "Você conhece Adam Connor?"

Ela está tentando o ato patético comigo. Novamente.

Eu inclino minha cabeça e lhe dou um olhar aguçado. "Tente não

desmaiar sobre outro cara na frente do seu marido, pequena. Não é bom para
você."

Seus pequenos dedos seguram ao redor de meus ombros e ela inclina sua
testa contra meu peito. Levando vantagem, eu imediatamente envolvo meus
braços em volta dela e a puxo para mais perto.

Usando um sorriso pateta, ela olha para mim. "Você vai nos apresentar?
Quero dizer, eu? E sim, talvez, Lucy, também? Nós duas? Para Adam Connor?
Para o Adam Connor que vai morar ao lado de nós com seu adorável garoto? Você
vai, não vai? Ah, eu sabia que te amava por uma boa razão!"
 "Olive," eu suspiro. "Seu marido também é uma estrela de cinema,
mulher. Quão rápido você está chutando-me para o meio-fio por outro. Você não
me vê correndo para encontrar outras autoras."

Ela acaricia minha bochecha e suspira. "Você pode nos apresentar logo?
Eu não quero encontrar Lucy escondendo nos arbustos tentando dar uma olhada
nele sobre o muro."

Eu balanço a cabeça e a faço se virar. "Vamos, está na hora."

Ela bufa, mas começa a andar na minha frente.

"Diga-me novamente por que eu tenho que ser parte desta brincadeira que
todos vocês estão fazendo com Lindsay?"

"Porque você é útil assim?" Eu estou levando-a para o nosso trailer, onde
as meninas de maquiagem vão colocar uma peruca nela então ela pode ficar
parecida com Lindsay. O que ela não sabe, entretanto, é que a brincadeira é
realmente para ela.

"Quando vocês estão filmando a última cena?" Ela pergunta enquanto

desliza sua mão na minha. "Eu quero estar lá para assistir isso. Eu quero ouvir
Tanner gritar: ‘Isso é tudo, pessoal’!"

"Começaremos logo depois da brincadeira."

"E quando você vai compartilhar o que a brincadeira é realmente? Eu vou

usar uma peruca e fazer o que exatamente? Pular nela ou algo assim?"

Meu pequeno foguete impaciente. "Você não tem que fazer nada querida,
só estar lá será o suficiente para que a brincadeira funcione." Levanto sua mão e
beijo o dorso dela.

Não era como se eu estivesse mentindo para ela de qualquer maneira;

Tudo o que ela tinha a fazer era ficar em cima de um X e fazer uma coisa simples.
Ela me dá um olhar de lado, mas entra no trailer cooperativamente quando eu
dou um pequeno empurrão em sua bunda. Eu não posso esperar para levá-la
para casa naquela noite.

Meia hora depois, o sol tinha desaparecido, e está completamente escuro

lá fora quando saímos do trailler. Eu a levo de volta ao estúdio onde a última
cena de seu filme seria filmada.

"As pessoas estão me dando olhares engraçados, Jason," ela sibila,

inclinando-se mais perto de mim. "Eu pensei que você disse lá que teria outras
pessoas parecendo Lindsay."

"Vai ficar tudo bem querida," eu asseguro a ela.

 Quando Tanner nos vê, ele faz um gesto para que eu continue
caminhando. Do que eu posso ver, todos estão exatamente onde devem estar e
estão esperando por nós.

"Eu tenho uma surpresa para você, querida," eu digo, uma vez que
estamos em pé sobre o X gravado no chão.

"Jason o que está acontecendo?" Ela pergunta urgentemente quando a

equipe acende as luzes baixas e nós somos o centro das atenções.

"Estamos filmando a última cena."

Suas sobrancelhas se levantam, ela puxa a minha mão, mas eu não estou
deixando ela ir a lugar algum, não novamente. "O que você quer dizer com
estamos filmando a última cena?" Ela pergunta preocupada.

"Eu amo você, Olive," eu digo, tendo prazer em ver seu coração brilhar em
seus olhos. Ela fazia isso a cada vez que eu dizia a ela que a amava, e eu disse a
ela o quanto eu a amava tantas vezes quanto possível.

Eu sou tão patético quanto ela.

"E eu amo você," ela diz de volta.

"Esta foi a nossa história desde o início, pequena. Se você não tivesse
escrito este livro, eu nunca teria encontrado você, inferno, talvez estivesse escrito
que éramos feitos um para o outro desde o primeiro dia em que nos conhecemos,
mas me levaria muito tempo para encontrá-la por conta própria." Eu beijo seu
nariz. "Então, obrigado por me encontrar. Obrigado por escrever você mesmo o
nosso inevitável final feliz." Eu a beijo novamente. "Eu pedi a Tanner para me
deixar filmar esta cena com você. Todo mundo vai pensar que é Lindsay, mas
quando nós assistirmos juntos pela primeira vez, nós saberemos que estou
beijando a mulher que amo e ninguém mais."

"Jason! Prepare-se. Vamos começar com a câmera dois para a primeira

tomada!" Tanner grita para nós.

O rosto de Olive se suaviza e seus olhos se enchem de lágrimas. "Você vai

me beijar? Na frente das câmeras?"

Eu empurro seu cabelo atrás de sua orelha. Não está tão macio quanto o
seu próprio cabelo bonito, mas teria que servir. "Você diz isso como se eu nunca
te beijasse, esposa."

"Você não me beija quase o suficiente," ela murmura contra meus lábios.
Ela não está lutando contra minha atração ou tentando escapar mais, então eu a
puxo mais firmemente contra meu peito.
 Eu estou sorrindo quando eu murmuro, "Estou tentando fazer o meu
melhor, mas eu continuo não fazendo o suficiente aparentemente. Talvez você
devesse lidar com esse problema."

Tanner dá seu último aviso e o estúdio fica em silêncio.

"O que agora?" Olive sussurra. Ela está tendo dificuldade em ficar parada.

"Agora," eu digo, enquadrando seu rosto com minhas mãos para que a
câmera não pudesse pegar as pequenas diferenças entre minha Olive e Lindsay.

"A cortina!" Tanner grita; Segundos depois uma falsa chuva fria começa a
cair em nossa pele, fazendo Olive gritar alto.

"Jason! Eu vou te matar!"

Não soltando seu rosto, eu sorrio para ela.

"Você está se tornando uma assassina, querida. Eu pensei que uma

amante de chuva como você apreciaria isto. É uma pequena mudança no seu
livro, mas eu pensei..."

"É perfeito," ela diz, inclinando a cabeça para trás e rindo. "Eles estão nos
encharcando com água, mas eu vou aceitar isso. Você realmente é meu?"
Pergunta ela, quando ela tem cabelo em toda a face.

"Ação!"

"Eu sou, querida," eu sussurro contra seus lábios enquanto meu peito se
aperta. "Eu te amo tanto, Evie," eu digo, sabendo que Tanner iria pegar nossas
palavras e usá-las quando ele estivesse montando tudo junto.

Chuva falsa derramando sobre nós, eu a beijo suavemente e lentamente, e

inúmeras vezes. Em um ponto, Tanner troca as câmeras, mas não há ninguém
que possa tirar Olive de mim. Ela é minha. Eu não deixaria ninguém levá-la
embora, não as pequenas abelhas e, certamente, não Adam Connor.

Toda vez que paramos para respirar, eu sussurro o quanto eu a amo e o

quanto eu quero entrar em suas calças quando chegássemos em casa. Assim que
ela está sorrindo, eu a beijo ternamente, bebendo sua felicidade.

Quando seu corpo começa a tremer contra o meu, eu a abraço mais forte.

"Eu mantive minha promessa a você," eu digo, beijando as bordas de sua

boca enquanto ela respira fundo. O mundo desaparece e é apenas os dois de pé
no meio de uma estrada falsa. "Eu disse a você que eu nunca te esqueceria, Olive
Thorn, e parece que o meu coração nunca o fez, querida," eu puxo uma mecha de
seu cabelo, o gesto familiar fazendo seus lábios vacilarem. "Meu mundo é um
lugar menos assustador com você nele, querida. Vou beijar você mil vezes todos
os dias, se é o que é preciso para mantê-la apaixonada por mim para o resto dos
nossos dias."

Suas lágrimas misturam-se com a chuva, mas ela ainda está sorrindo
para mim quando ela diz, "Você roubou meu pequeno coração com apenas uma
covinha, seu ladrãozinho furtivo. Eu nunca deixei de me apaixonar por você
depois disso. Eu não acho que eu sei como."

"Eu nunca quero que você aprenda. Eu vou te dar tantos orgasmos
quanto você quiser junto com os beijos."

Eu a beijo.

"Por que eu sinto que você está tentando se vender para mim? Eu poderia
considerar levá-lo se você prometer que você vai me fazer na sala de projeção em
sua casa. Talvez possamos fazer isso enquanto estamos assistindo algo? Ou
ouvindo? E eu quero fazê-lo na piscina pelo menos duas vezes. Então eu quero
fazê-lo no clube de Devlin, em uma daquelas salas privadas. E talvez possamos..."

Eu a beijo novamente. "Eu vejo que você vai me fazer trabalhar como um
escravo. Você sabe que eles estão nos filmando, não é?"

Seus olhos se arregalam em choque e ouço algumas risadas vindas dos

membros da equipe.

"Me mate. Alguém me ataque com um relâmpago falso, qualquer coisa,

por favor. Isso vai parecer perfeito para o filme. A autora morreu enquanto
filmava a última cena. Pense nos números de bilheteria ou em qualquer outro
lugar..."

Eu ri e aproximo de seus lábios novamente quando Tanner muda de

ângulo e nos diz para continuar.

Inclinando-me em seu ouvido, eu sussurro, "Vou fodê-la em qualquer

lugar e a qualquer hora que você quiser Olive. Balance seu pequeno dedo para
mim, e eu vou tomá-la em um segundo, querida."

"Jason, me dê outro beijo e vamos terminar isso. Segure seu rosto em

suas mãos e vá para isso," A voz de Tanner ecoa para nós.

"Estes lábios?" Eu toco seu lábio inferior com meu polegar. "Eu nunca
quero que você sinta os lábios de outra pessoa contra o que é meu. Eu sou para
você, Olive, o único, o certo - o que quer que você queira chamá-lo, eu sou isso."

"Ação!"

Beijo-a um pouco mais, tomando meu tempo e inclinando sua cabeça em

minhas mãos, afundando-me nela até que eu não sei se é ela respirando em mim
ou se é eu sendo ganancioso e levando tudo o que ela está me dando tão
livremente.
 Quando eu termino de beijá-la, eu sei que minhas mãos não estâo
tremendo por causa do frio.

"Eu te amo, pequena," eu sussurro, sem fôlego finalmente.

"Surpreendentemente, você tem sido o melhor tipo de dor de cabeça,

Jason Thorn." Ela sorri contra meus lábios gananciosos.

E tudo está perfeito de uma maneira que nunca tinha sido antes.

"Isso é tudo, pessoal!"

FIM