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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Polimeros
POLÍMEROS

A palavra polímero é originada do grego, cujo significado é


’ ’mu itas partes ’ ’(poli: m u itas, m ero: partes). Esta
denominação foi dada às grandes moléculas formadas por
unidades quím icas sim ples repetitivas. As unidades
simples foram definidas como monômeros.
POLIMERIZAÇÃO

O conjunto de reações através das quais os monômeros


reagem entre si, formando u ma macromolécula
polimérica, é chamada polimerização.
São denominados polímeros as moléculas relativamente
grandes (macromoléculas), de pesos moleculares da
ordem de 103 a 106 , e m cuja estrutura se encontram,
repetidas unidades químicas conhecidas como MEROS.
O rendimento, a velocidade de reação e os seus
mecanismos dependem de vários fatores sendo os
principais a temperatura, pressão e tempo.
REAÇÕES DE POLIMERIZAÇÃO

Exemplo: etileno - hidrocarboneto alceno mais simples da


família das olefinas, constituído por dois átomos de carbono
e quatro de oxigênio(C 24 ). Existe u ma ligação dupla entre os
dois carbonos. A existência de u ma ligação dupla significa
que o etileno é u m hidrocarboneto insaturado.
HISTÓRICO

PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX – TEORIA DA FORÇA


VITAL: Berzelius (químico sueco) lançou a idéia de que
somente os seres vivos possuiriam uma “força vital” capaz
de produzir os compostos orgânicos; e m outras palavras,
criava-se a idéia de que substâncias orgânicas jamais
poderiam ser sintetizadas, isto é, serem preparadas
artificialmente num laboratório ou numa indústria.
Até o século XIX somente era possível utilizar polímeros
produzidos naturalmente, pois não havia tecnologia
disponível para promover reações entre os compostos de
carbono. Isso caracteriza a 1ª FASE da história dos
polímeros.
HISTÓRICO

2ª FASE – Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, derruba a


teoria da Força Vital. As pesquisas sobre química orgânica se
multiplicam.

1883 - Charles Goodyear descobre a vulcanização da


borracha natural.

1860 - moldagem industrial de plásticos naturais reforçados


com fibras, como a goma-laca e a gutta-percha.

1910 - começa a funcionar a primeira fábrica de rayon nos


EUA.

1924 - surgem as fibras de acetato de celulose.


HISTÓRICO

3ª Fase – Henri Victor Regnault polimeriza o cloreto de vinila com


auxílio da luz do sol, EINHORN & BISCHOFF descobrem o
policarbonato.

1970 - BAEKELAND sintetiza resinas de fenol-formaldeído. É o


primeiro plástico totalmente sintético que surge em escala comercial.

1920 a 1950 - decisivo para o surgimento dos polímeros modernos.


Década de 1960 - surgem os plásticos de engenharia.
Na década de 1980 observa-se um certo amadurecimento da
Tecnologia dos Polímeros:o ritmo dos desenvolvimentos diminui,
enquanto se procura aumentar a escala comercial dos avanços
conseguidos.
HISTÓRICO

Década de 1990 - os catalisadores de metaloceno, reciclagem


e m grande escala de garrafas PET, biopolímeros, uso e m larga
escala dos elastômeros termoplásticos e plásticos de
engenharia. A preocupação com a reciclagem torna-se quase
uma obsessão, pois dela depende a viabilização comercial dos
polímeros.

Final da década de 1990 - novas técnicas de polimerização


começam a ser investigadas, onde se consegue ter u m grande
controle da massa molecular e do índice de polidispersividade
do polímero. Assim, começam a ser conhecidas as técnicas de
polimerização radicalar controlada, como a RAFT, a NMP e a
ATRP (Polimerização de Radical por Transferência de Átomo).
APLICAÇÃO DOS POLÍMEROS
● Fibras Rayon
● Nylon® – meias /Rayon seda /paraquedas

● Tergal® – P E T

● Acrílica – PAM
● Tintas Resinas Alquídicas
● Óleos + secantes /óleo + Breu (Copal)

● Plásticos PMMA “Plexiglass®” /vidros aviões

● Baquelite – materiais elétricos isolantes

● P E – Embalagens plásticas
● Aglomerantes Resinas fenólicas – Aglomerante de areia para fundição

● Aglomerante para abrasivo lixas /

● F órmica®

● Celeron®
CLASSIFICAÇÃO DOS
POLÍMEROS
Quanto à origem
● Naturais
Os polímeros originados da natureza, como celulose,
amido, proteínas do leite, lignina, são classificados como
polímeros naturais.

A borracha natural (C 5 H 8 ) n é um polímero natural.


● Sintéticos
● Os polímeros sintéticos são obtidos através de reações
(polimerizações) de moléculas simples (monômeros)
fabricados comercialmente. Exemplos: polipropileno,
polietileno, poliestireno, as resinas epóxi, fenólicas e
outras.

Polímeros sintéticos são utilizados na fabricação de brinquedos.


CLASSIFICAÇÃO

Quanto à composição

Quando o polímero é formado por um único
tipo de monômero, é chamado de
Homopolímero.

Quando é formado por dois ou mais
monômeros, é chamado de Copolímero.
CLASSIFICAÇÃO

● Quanto ao comportamento
TERMOPLÁSTICOS
Podem ser amolecidos, o que permite a deformação desses a
partir da aplicação de pressão;
Quando resfriados retomam a sua rigidez inicial.
Viabiliza a produção em larga escala de artefatos através de
meios como a extrusão e a moldagem por injeção.
Podem ser reciclados a partir de rejeitos e refugos, já que são
facilmente remodelados através da aplicação combinada de
pressão e temperatura.
TERMOPLÁSTICOS
(POLÍMEROS DE ADIÇÃO)

● P E T – Poliéster saturado – Embalagens, carpetes, monofilamento etc.


● P V C – Policloreto de Viníla – Tubos, Isolação de cabos elétricos, filmes de revestimento
● P E – Polietileno – Filmes para Embalagens, artigos domésticos.
● P P – Polipropileno – Filmes para Embalagens, artigos domésticos, indústria
automobilística.
● A B S – Acrilo Butadieno Estirenoeletrodomésticos, indústria automobilística
● PMMA – Polimetil metacrilato ou Acrílico – Polímero cristalino usado em várias
aplicações
● P C – Policarbonato – Vidros blindados, Faróis de automóveis, indústria aeronáutica.
● PA – Poliamidas – “Nylon” – Plástico de engenharia – Alta resistência mecânica e à
temperatura.
● POM – Poliacetal – “Delrin” – Plástico de engenharia – características lubrificantes
● P T F E – Politetrafluoretileno – “Teflon” – Baixas características mecânicas, elevada
resistência térmica e características lubrificantes.
CLASSIFICAÇÃO

TERMOFIXOS
Podem ser conformados plasticamente apenas em um estágio
intermediário de sua fabricação;
O produto final é duro e não amolece com o aumento da temperatura;

São insolúveis e infusíveis;

Mais resistentes ao calor que os termoplásticos;

Completamente amorfos;

Possuem uma estrutura tridimensional em rede com ligações


cruzadas.
TERMOENDURECÍVEIS
(TERMOFIXOS) (POLÍMEROS DE CONDENSAÇÃO)

● Poliéster Insaturado – Plástico reforçado com fibra de vidro


● Epóxi – Plástico reforçado com fibra de vidro
● Fenólicas – Adesivos para abrasivos e rebolos, resinas para
fundição, espumas isolante antichama, Bakelite®.
● Melamínicas – Laminados decorativos, Tintas de alta
resistência.
● Poliuretanos – Espuma isolante, revestimentos anticorrosivos.
● Poliisocianurato – Espumas isolantes
ELASTÔMEROS
(BORRACHAS) (COPOLÍMEROS)

ELASTÔMEROS
Na temperatura ambiente podem ser alongados até duas
ou mais vezes seu comprimento;
Retornam rapidamente ao seu comprimento original ao se
retirar a pressão;
Possuem a propriedade da elasticidade.

APLICAÇÕES: pneus, vedações, mangueiras de borracha.


ELASTÔMEROS
(BORRACHAS) (COPOLÍMEROS)

Borracha natural

Classificado como polímero natural

Obtido a partir da extração da seiva da seringueira – Hevea
brasiliensis

A extração até então no sistema extrativista, hoje já é
cultivada comercialmente

Maior consumo em pneus e sistemas de amortecimento –
coxins e amortecedores

Outra aplicação bastante importante é na forma de látex na
fabricação de luvas cirúrgicas e preservativos
RECICLAGEM

Casos de reciclagem economicamente viáveis

Garrafas PET (Polietilenotereftalato)


- Produção de fibras para tecidos
- Produção de fibras para Carpetes e Forrações.
- Produção de cintas de arqueamento para embalagens.

Peças e m PMMA (polimetilmetacrilato)


- Único polímero que sob calor, retorna a form a de
monômero, sendo polimerizado novamente.
RECICLAGEM

Embalagens de PE - Filmes
-Coletadas, moídas, lavadas e granuladas para sopro de
sacos de lixo e embalagens de segunda linha.
Sobra de processo de transformação
-Os polímeros são separados na própria máquina de
processamento, moídos e injetados novamente com cerca
de 10% no material virgem.
- Problemas com materiais carregados ou reforçados.
PRINCIPAIS APLICAÇÕES DOS
POLÍMEROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

● O PVC é um polímero extremamente versátil e tem


aplicações bastante diversas. É usado na construção
civil em tubulações, revestimentos, esquadrias, forros.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS


Instalações hidráulicas prediais de água, esgoto
sanitário e captação e condução de águas
pluviais.
– PVC (poli cloreto de vinila) (água fria)
(20ºC)
– CPVC (poli cloreto de vinila clorado)
(água quente)(70º a 80ºC).

Fatores determinantes para a escolha do tipo de material de tubos e
conexões a serem utilizados na obra:
● a necessidade;

as características do projeto;
● a disponibilidade na sua região;

o custo-benefício.

Para o construtor ou o empreendedor
● qualidade, baixo custo, facilidade de execução e manutenção.
● Para o usuário final
● suprir as suas necessidades com baixo custo, durabilidade,
manutenção fácil e barata.
PVC RÍGIDO

O PVC rígido é muito utilizado na indústria
química, devido à sua elevada resistência à
produtos corrosivos. Também é amplamente
utilizado na construção civil, por ser muito
resistente às intempéries e por ter boa
resistência a chamas. É usado em tubulações,
esquadrias e revestimentos.
PVC SOLDÁVEL E ROSCÁVEL
Os diâmetros mais comuns das tubulações de
PVC são 20mm, 25mm, 32mm, 40mm, 50mm,
60mm, 75mm, 85mm e 110mm.
PVC FLEXÍVEL
● isolamento elétrico,
● revestimento de cabos,
● Mangueiras,

filmes para embalagens de alimentos,

substituto aos elastômeros vulcanizados,
porém com menor resistência mecânica e
térmica.
CPVC

são tubos e conexões de alta resistência
mecânica e à corrosão.

a instalação é feita por juntas soldáveis com
utilização de adesivo.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Eletrodutos para a passagem de fios e cabos,
internamente às paredes das construções;

destinados ao alojamento e proteção dos fios
elétricos;

podem ser rígidos ou flexíveis

Eletroduto flexível corrugado Eletroduto corrugado flexível


20mm 25mm Eletroduto roscável P V C 1”
● possuem elevada resistência à compressão, o que
permite que sejam embutidos em lajes, paredes e
pisos.
● não sofrem corrosão e são imunes às composições
das argamassas e concretos.

Para instalações enterradas: eletrodutos de P V C Para instalações embutidas em lajes, pisos e


rígido envelopado em concreto paredes: eletrodutos de P V C rígido

perfis para instalações elétricas aparentes; fios
e cabos com isolamento; e componentes
terminais da instalação (caixas, espelhos,
tomadas, interruptores e outros).
CPVC

são tubos e conexões de alta resistência
mecânica e a corrosão.

a instalação é feita por juntas soldáveis com
utilização de adesivo.
FECHAMENTO DE FACHADAS

Janelas
● para o arquiteto e projetista representa u m elemento que
corta a fachada, interrompe sistemas de divisórias ou tetos
e requer detalhamento especial de suas interfaces e m
conjunto com estes sistemas.

Na opinião do construtor, a janela é u m elemento onde o
funcionamento de vários materiais e componentes devem
estar e m harmonia.

na opinião d o usuário, a janela tr az luz natural, ar fre sco e
uma vista d o exterior.

Portas

facilidade de limpeza,
● instalação e funcionamento, cujas
funções são dividir e decorar os
ambientes,
● Quando re colhidas ocupa m pouco
espaço e podem ser insta ladas e m
parede s que já recebera m
acabam e nto.
FECHAMENTO DE COBERTURAS

Telhas de PVC rígido: translúcidos ou opacos,
c o m grande resistência química e boa absorção
acústica.

telhas de fibra de vidro (fiberglass ou vitrofibra)
(GRP)(RP): baixo peso, perm itindo fácil
manuseio na aplicação e econom ia no
transporte; alta resistência mecânica; boa
resistência química; menor custo de
acabamento; boa resistência a fortes
intempéries, facilidade de reparos e dispensa
m anutenções .

Telhas de polipropileno (PP) : nova tecnologia
que está sendo produzida e m coberturas a
partir de polímeros, e que consiste num sistema
de módulos com encaixes.
● Acrílico (polimetacrilado de metila): excelente transparência
(90% da luz incidente), boa resistência a intempéries, não
estilhaça, é brilhante e apresenta coeficiente de dilatação
elevado. Entretanto apresenta combustibilidade.

Policarbonato(PC): ótim a resistência m ecânica a
fluência e ao impacto (250 vezes maior que o vidro
e 30 vezes maior que o acrílico) boa resistência à
deformação, mesmo com altas temperaturas (até
140°C), bom isolamento elétrico, não propaga
chama, e boa resistência química.
PISOS

Os pisos vinílicos são m ateriais produzidos a
partir do PVC e apresentados no m ercado
através de placas, pisos semiflexíveis ou
mantas que são adaptados para aplicação e m
qualquer ambiente interno de residências.

Piso Vinílico Paviflex Natural Piso Vinílico Residencial em Manta


FORRO

Nos painéis para forro de teto podemos
destacar a instalação mais limpa e eficiente, a
facilidade de limpeza, a baixa densidade, o
ótimo isolamento acústico e elétrico, e u m bom
desempenho térmico devido às cavidades
internas que formam vazios de ar.
REVESTIMENTOS

Os papéis de parede confeccionados em PVC tem
como características mais importantes a
capacidade de suportar a lavabilidade, a
estabilidade da cor, e a instalação fácil, rápida e
econômica.

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