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Responsáveis:
Prof. Júlio Silva
Tec. Sabrina Campos (período matutino)
Tec. Adriana Garcia (período vespertino)
Sumário
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS.................................................................................................................... 1
1.1. Segurança no laboratório.......................................................................................................................... 1
1.2. Manuseio, limpeza e esterilização de vidrarias......................................................................................... 2
1.3. Pesagem em balanças analíticas............................................................................................................... 3
1.4. Sugestões de alguns tratamentos químicos para resíduos perigosos......................................................... 3
2. Conteúdo das práticas.................................................................................................................................. 3
3. Medidas de volume..................................................................................................................................... 4
3.1. Unidades de volume................................................................................................................................. 4
3.2. O efeito da temperatura na medida de volumes........................................................................................ 4
3.3. Aparatos para medidas precisas de volume............................................................................................... 4
4. PRÁTICAS................................................................................................................................................. 6
Prática 1: Estatística aplicada à química analítica.................................................................................... 7
Prática 2: Amostragem............................................................................................................................. 12
Prática 3: Determinação Espectrofotométrica de Ácido Acetilsalicílico em Formulações
Farmacêuticas Usando Curva de Calibração............................................................................ 16
Prática 4: Determinação espectrofotométrica de ácido acetilsalicílico em formulações farmacêuticas
usando curva de calibração com adição de padrão.................................................................. 20
Prática 5: Titulação fotométrica - dosagem de Ferro (III) com EDTA.................................................... 22
Prática 6: Estudo espectrofotométrico de uma mistura............................................................................ 24
Prática 7: Determinação Simultânea de Sódio e Potássio em Bebidas por Fotometria de Chama.......... 26
Prática 8: Titulação Potenciométrica de Ácido Fosfórico em suplemento alimentar líquido.................. 28
Prática 9: Determinação da Razão de Distribuição (D) e do Coeficiente de Distribuição (K) do Iodo
em Diferentes Solventes........................................................................................................... 30
Prática 10: Estudo da eficiência de uma resina de troca iônica.................................................................. 32
Prática 11: Estudo da eficiência de separação de uma mistura de Fe(III), Ni(II) e Co(II) por
cromatografia em papel............................................................................................................ 35
Anexo 1: Modelo Relatório A.................................................................................................................. 38
Anexo 2: Modelo Relatório B.................................................................................................................. 41
Anexo 3: Tratamento de dados................................................................................................................. 45
Anexo 4: Tabelas estatísticas................................................................................................................... 47
Anexo 5: Formatação do relatório........................................................................................................... 48
Laboratório de Química Analítica V QUI150 - 1º semestre de 2022
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1. Segurança no laboratório
SEGURANÇA é assunto de máxima importância e especial atenção deve ser dada às medidas de segurança
pessoal e coletiva em laboratório. Embora não seja possível enumerar aqui todas as causas de possíveis acidentes
em um laboratório, existem certos cuidados básicos, decorrentes do uso de bom senso, que devem ser observados:
Banho ácido:
Trata-se de uma metodologia indicada para a limpeza de vidrarias impregnadas pela análise de metais, ou no
preparo de frascos para coleta de amostras para análise de metais. A vidraria e submersa em uma solução de ácido nítrico
1:1, onde permanece por até 12 horas. Outra opção é deixar a vidraria previamente em banho ácido (10% HNO3) por
no mínimo 24 horas antes de ser usada. Não é recomendável expor vidrarias ao banho ácido por períodos
demasiadamente prolongados, devido ao desgaste de marcas e graduações originais.
Manuseio:
Toda vidraria requer um cuidado especial com o manuseio e o transporte. Frascos, béqueres e outras vidrarias
nunca devem ser seguros pela parte superior ou pelo gargalo. O correto é segurar pela lateral e pelo fundo ao mesmo
tempo para dar firmeza.
O transporte em quantidade deve ser feito em bandejas de forma organizada e equilibrada. Para evitar quebras durante
a fixação de materiais de vidro a suportes, o metal não deve entrar diretamente em contato com o vidro, e deve-se tomar
cuidado com a força empregada para não parti-lo ou deixa-lo frouxo. Trabalhos com altas temperaturas devem ser
realizados em vidraria adequada (que suporta variações de temperatura, e que não descalibram), e mesmo assim deve-
se evitar choques térmicos e o aquecimento do vidro vazio. (ref Unesp e Embrapa, Ana Rita)
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OBS: As salas de balanças devem ser mantidas na mais absoluta ordem e limpeza. Os conhecimentos necessários ao
manejo dos diferentes tipos de balanças analíticas serão ministrados pelo responsável ou adquiridos através de consulta
ao manual.
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As práticas abordadas na disciplina são Estatística aplicada à química analítica (prática 1), amostragem (prática
2), determinação espectrofotométrica de ácido acetilsalicílico em formulações farmacêuticas usando curva de calibração
(prática 3), determinação espectrofotométrica de ácido acetilsalicílico em formulações farmacêuticas usando curva de
calibração com adição de padrão (prática 4), titulação fotométrica - dosagem de ferro (III) com EDTA (prática 5), estudo
espectrofotométrico de uma mistura (prática 6), determinação simultânea de sódio e potássio em bebidas por fotometria
de chama (prática 7), titulação potenciométrica de ácido fosfórico em biotônico fontoura (prática 8), determinação da
razão de distribuição (D) e do coeficiente de disttibuição (K) do iodo em diferentes solventes (prática 9), estudo da
eficiência de uma resina de troca iônica (prática 10), estudo da eficiência de separação de uma mistura de Fe (III), Ni
(II) e Co (II) por cromatografia em papel (prática 11).
3. MEDIDAS DE VOLUME
3.1. Unidades de volume
A medida precisa de volumes é tão importante para um método analítico quanto à medida precisa da massa. A
unidade de volume é o litro (L), definido como um decímetro cúbico. O mililitro (mL) corresponde a um milésimo de
um litro (0,001 L) e é usado quando o litro representa uma unidade de volume inconvenientemente grande. O microlitro
(L) é 10-6 L ou 10-3 mL.
Pipetas:
As pipetas permitem a transferência de volumes exatamente conhecidos de um recipiente para outro. Tipos
comuns de pipetas são mostrados na Figura 1; as informações relacionadas ao seu uso são dadas na Tabela 2-2. Uma
pipeta volumétrica ou de transferência (Figura 1-a) dispensa um volume fixo único, entre 0,5 e 200 mL. Muitas pipetas
têm códigos coloridos para cada volume, para conveniência na identificação e manuseio. As pipetas de medida (Figura
1b e c) são calibradas em unidades convenientes para permitir a liberação de qualquer volume até sua capacidade
máxima, variando de 0,1 a 25 mL.
As pipetas volumétricas e graduadas são preenchidas até a marca de calibração pela abertura inferior; a maneira pela
qual a transferência se completa depende do seu tipo específico. Como existe uma atração entre a maioria dos líquidos
e o vidro, uma pequena quantidade de líquido costuma ficar retida na ponta da pipeta após esta ser esvaziada. Esse
líquido residual nunca deve ser assoprado em uma pipeta volumétrica ou em algumas pipetas graduadas; pode ser
assoprado em outros tipos de pipeta (Tabela 1).
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Figura 1. Pipetas típicas: (a) pipeta volumétrica, (b) pipeta de Mohr, (c) pipeta sorológica, (d) micropipeta Eppendorf,
(e) pipeta de Ostwald-Folin e (f) pipeta lambda.
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4. PRÁTICAS
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1.1. Objetivos
Apresentar ao aluno testes de hipóteses estatísticos (teste-t e teste F) utilizados em análises químicas.
1.2. Introdução
Os cientistas empregam cálculos estatísticos para aprimorar seus julgamentos relacionados à qualidade de
medidas experimentais. Várias aplicações dos testes estatísticos no tratamento de resultados analíticos incluem (i) definir
o intervalo numérico ao redor da média de um conjunto de réplicas de resultados analíticos na qual se espera que a
média da população possa estar contida, com uma certa probabilidade. Esse intervalo – chamado intervalo de confiança
(IC) – relaciona-se ao desvio padrão da média, (ii) determinar o número de réplicas de medidas necessário para assegurar
que uma média experimental esteja contida em uma certa faixa, com um dado nível de probabilidade, (iii) estimar a
probabilidade de (a) uma média experimental e um valor verdadeiro ou (b) duas médias experimentais serem diferentes;
isto é, se a diferença é real ou simplesmente o resultado de um erro aleatório (considerar os erros tipo I e tipo II).
Esse teste é particularmente importante para se detectar a presença de erros sistemáticos em um método e para
determinar se duas amostras são provenientes da mesma fonte, (iv) determinar, dentro de um dado nível de
probabilidade, se a precisão de dois conjuntos de resultados é diferente, (v) comparar as médias de mais de duas amostras
para determinar se as diferenças nas médias são reais ou resultado de erros aleatórios. Esse processo é conhecido como
análise de variância e (vi) decidir com uma certa probabilidade se um valor aparentemente crítico, contido em um
conjunto de réplicas de medidas, é o resultado de um erro grosseiro que, portanto, pode ser rejeitado, ou se é parte
legítima de uma população que precisa ser mantida no cálculo da média do conjunto de resultados.
Na maioria das situações encontradas em análises químicas, o valor verdadeiro da média µ não pode ser
determinado, porque um número imenso de medidas (aproximadamente infinito) seria necessário. Com a estatística,
entretanto, podemos estabelecer um intervalo ao redor da média determinada experimentalmente (x), no qual se espera
que a média da população µ esteja contida com certo grau de probabilidade. Esse intervalo é conhecido como o intervalo
de confiança (IC) e os limites são chamados limites de confiança.
(eq. 1)
Em alguns casos, o valor conhecido representa o valor verdadeiro ou aceito, que se baseia em conhecimento ou
experiência prévia. Em outras situações, o valor conhecido pode ser um valor previsto por uma teoria ou pode ser o
valor de referência que utilizamos para a tomada de decisões acerca da presença ou ausência de um constituinte. Em
todos os casos, utilizamos um teste de hipótese (sempre em módulo) estatístico para tirar conclusões sobre a média da
população µ e sua proximidade do valor conhecido (µ). Para um número pequeno de resultados, usamos um
procedimento similar ao teste z, exceto que o teste estatístico é o teste-t.
(eq. 2)
Muitas vezes torna-se necessário comparar as variâncias (ou desvios padrão) de duas populações. Por exemplo,
o teste-t normal demanda que os desvios padrão dos conjuntos de dados, que estão sendo comparados, sejam iguais. Um
teste estatístico simples, chamado teste F, pode ser utilizado para avaliar essa consideração sob a condição de que as
populações sigam uma distribuição normal (gaussiana). O teste F também é empregado na comparação de mais de duas
médias e na análise de regressão linear, onde GL1 e GL2 correspondem aos graus de liberdade do numerador e
denominador, respectivamente.
𝑠12
𝐹(𝐺𝐿1,𝐺𝐿2) = 2 (eq. 3)
𝑠2
No caso da comparação de medidas de dois conjuntos de dados experimentais, ambos os conjuntos com poucos
resultados, podemos empregar o teste t com variância agrupada (n1 + n2 – 2 graus de liberdade). Neste caso, porém, é
necessário que não haja uma diferença significativa entre as variâncias (teste F).
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(eq. 4)
(eq. 5)
Porém, se as variâncias dos conjuntos de dados não forem da mesma ordem de grandeza (iguais), então não é
recomendado a obtenção de um desvio padrão global (combinado) a partir dos mesmos. Nesse caso, utilizamos o teste-
t com variância não agrupada:
(eq. 6)
Analistas frequentemente fazem uso de pares de medidas da mesma amostra para minimizar fontes de
variabilidade que não são de interesse. Por exemplo, na comparação de dois métodos (ou laboratórios diferentes,
analistas ou grupos de analistas diferentes) de determinação de um analito, por exemplo, ácido acético (acidez) em
vinagre, o método A pode ser utilizado em amostras escolhidas aleatoriamente a partir de cinco fabricantes e o método
B, em amostras de cinco outros fabricantes. Poderia haver alguma variabilidade, entretanto, devido às diferenças nos
níveis de ácido acético de cada fabricante.
Uma maneira mais adequada de se comparar os métodos seria pelo uso de ambos nas mesmas amostras e,
então, focalizar nas diferenças. O teste-t pareado usa o mesmo tipo de procedimento do teste-t normal, exceto que
analisamos pares de dados. O desvio padrão agora é o desvio padrão da diferença nas médias (sd). Nossa hipótese nula
é H0: µd = 0, em que 0 é um valor específico da diferença a ser testado, frequentemente zero. O valor do teste
estatístico é:
(eq. 8)
em que o somatório da diferença média igual a . A hipótese alternativa (Ha) poderia ser µd ≠ 0, µd 0
ou µd 0.
O teste-Q é um teste estatístico simples, amplamente utilizado para se decidir se um resultado suspeito deve ser
mantido ou rejeitado. Nesse teste, o valor absoluto da diferença entre o resultado questionável xq e seu vizinho mais
próximo xp é dividido pela faixa f do conjunto inteiro para dar a grandeza Q:
(eq. 9)
Essa razão é então comparada com o valor crítico Qcrít, encontrado na Tabela 1. Se Q for maior que Qcrít, o
resultado questionável pode ser rejeitado, com o grau de confiança indicado. Aplica-se este teste da seguinte forma:
1. Colocam-se as medidas obtidas em ordem crescente;
2. Determina-se a diferença entre o menor e o maior valor da série de medidas (faixa);
3. Determina-se a diferença entre o menor valor da série e o valor mais próximo;
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1.3. Procedimento
1.3.1. Comparação de medidas repetidas
a) Preparo das amostras
Transferir 5,00 mL do vinagre 1, com auxílio de uma pipeta volumétrica (ver seção 3.3 – pipetas em 3. Medidas
de Volume), para balão volumétrico de 50,0 mL e completar o volume até a marca de aferição com água destilada
(ajustar menisco com pipeta Pasteur).
b) Titulação volumétrica
Com uma pipeta volumétrica, transfira uma alíquota de 3,00 mL da amostra preparada anteriormente para um
erlenmeyer de 125 mL e dilua aproximadamente a solução até 50,0 mL com água destilada. Adicione 2,00 gotas de
indicador fenolftaleína e titule a solução cuidadosamente com a solução padrão de NaOH ___mol/L até o aparecimento
de uma leve coloração rósea, que persista por 30 segundos. Anote o volume gasto. Repita o procedimento para mais 4
replicatas (Tabela 1).
Tabela 1 - Comparação dos teores de ácido acético (HAc) em % m/v obtidos pelos Grupo A e B após análise
volumétrica* de replicatas de uma (1) amostra de vinagre.
Amostra Grupo A Grupo B**
(Vinagre 1) VNaOH*** [HAc] (% m/V) VNaOH*** [HAc] (% m/V)
1
2
3
4
5
Média - -
Desvio padrão - -
Valor esperado**** - -
*A titulação deve ser feita por diferentes estudantes; **Não há necessidade de refazer os cálculos já feitos pelo “Grupo
B”; *** Volume de titulante gasto na titulação em mililitros (mL); ****Checar o valor no rótulo da amostra escolhida.
Ambos os grupos devem comparar a mesma amostra.
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Tabela 2 – Comparação dos resultados de teores de ácido acético (HAc) em % m/v obtidos pelos grupos A e B após
análise volumétrica* de diferentes amostras de vinagres.
Grupo A Grupo (B)*** Diferença
Amostra
VNaOH*** [HAc] (% m/V) VNaOH*** [HAc] (% m/V) [A] - [B]
Vinagre 1***
Vinagre 2
Vinagre 3
Vinagre 4
Vinagre 5
Desvio padrão (s) - - -
Média da diferença - - - -
Desvio padrão da diferença
- - - -
(sd)
*A titulação deve ser feita por diferentes estudantes; **Não há necessidade de refazer os cálculos já feitos pelo “Grupo
B”; ***Volume de titulante gasto na titulação (mL); ****Usar média Tabela 1.
1.4. Relatório
a) Todos os cálculos devem ser realizados com quatro casas (x,xxxx). O arredamento deve ser feito apenas no valor
final considerando dois (2,0) algarismos significativos. Considerar um nível de confiança de 95% (p = 0,05) para todos
os cálculos. Observar atentamente os valores de acidez nos rótulos das amostras de vinagre. Identificar o tipo de vinagre
usada (maça, balsâmico, álcool, colorido, etc.).
b) Para o procedimento 3.1 determine:
b1) O intervalo de confiança (IC) para a média obtida pelo grupo (n = 5)
b2) O intervalo de confiança (IC) pela média geral (n = 10, grupo A + grupo B). Obs.: Incluir no relatorias as tabelas
com os dados utilizados nos itens (b1) e (b2)
c) Aplicar antes o teste-Q para os dados de concentração de ácido acético calculados no item (b1) e (b2).
d) Para o procedimento 3.1 compare o valor determinado pelo grupo com o estipulado pelo fabricante (rótulo)
empregando o teste-t mais adequado; verifique se os resultados experimentais são ou não diferentes do esperado, num
nível de 95 % de confiança.
e) Para o procedimento 3.1 compare o valor determinado pelo grupo com o determinado pelo outro grupo empregando
o teste-t mais adequado (teste-F); verifique se os resultados experimentais são ou não diferentes do esperado, num nível
de 95 % de confiança.
f) Para o procedimento 3.2 faça a análise de variância (teste F) dos conjuntos de dados e avalie a aplicabilidade do uso
do teste-t pareado para comparar os resultados experimentais do grupo A e do grupo B, num nível de 95 % de confiança.
Obs.: mesmo que H0 seja rejeitado o teste deve se aplicado.
g) Conclusões a respeito de cada teste estatístico aplicado aos conjuntos de dados (itens a-d).
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1.5. Referências
Harris, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
Miller, J.N.; Miller, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, 4a Ed. Person Education, 2005.
Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J. E Crouch, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson, 2006.
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PRÁTICA 2: Amostragem
Esta prática é uma adaptação de uma proposta da Profa. Suzane Rath, do Instituto de Química da UNICAMP (CANAES,
L.S. et al. Using Candy Samples to Learn About Sampling Techniques and Statistical Data Evaluation. Journal of Chemical
Education, Washington, DC, v. 8, n. 8, p. 1083-1088, ago./2008).
2.1. Introdução
A validade das conclusões derivadas da análise de uma amostra depende, entre outras coisas, dos métodos
empregados na obtenção e preservação da amostra.
Uma análise química é frequentemente realizada em apenas uma pequena fração do material cuja composição
seja de interesse. A composição dessa fração precisa refletir tão proximamente quanto possível a composição total do
material, se for esperado que os resultados tenham algum valor. O processo pelo qual uma fração representativa é
coletada é denominado amostragem. Muitas vezes, a amostragem é a etapa mais difícil de todo o processo analítico e
a que limita a exatidão do procedimento. Essa afirmação é particularmente verdadeira quando o material a ser analisado
for constituído por um grande volume de um líquido não homogêneo, assim como um lago, ou um sólido não
homogêneo, como um minério, um solo ou um pedaço de um tecido animal.
A amostragem, assim como a padronização e calibração, envolve, necessariamente, a estatística, uma vez que
serão tiradas conclusões acerca de uma quantidade muito maior do material a partir de uma análise que envolve uma
pequena amostra de laboratório. As principais etapas na amostragem compreendem (i) identificação da população de
onde a amostra vai ser retirada, (ii) seleção e obtenção da “amostra bruta” e (iii) redução da “amostra bruta” à amostra
laboratorial.
Todas as etapas de preparação, devem ser feitas observando-se técnicas de homogeneização e quarteamento
(processo de redução do tamanho da amostra à pequenas porções representativas da amostra inicial). Para isso, utilizam-
se pilhas (quarteamento manual) e/ou equipamentos (quarteamento mecânico). As pilhas mais empregadas são as dos
tipos cônica (tronco de cone) e alongada (tronco de pirâmide). Na própria preparação de uma pilha cônica, obtém-se
uma boa homogeneização do material. A seguir, divide-se a mesma em quatro setores iguais (Figura 1). O quarteamento
é feito formando-se duas novas pilhas. Caso seja necessário dividir ainda mais a amostra, toma-se uma destas pilhas e
repete-se a operação.
O quarteador de Jones (Figura 2) é constituído por uma série de calhas inclinadas, ora para um lado ora para o
outro. Quanto maior o número de calhas mais confiáveis são as amostras obtidas. As calhas devem ser de aço inoxidável,
com uma inclinação > 45o e não devem possuir ângulos vivos. O número de calhas deve ser par e todas devem ter a
mesma largura, maior que 2d + 5 mm (d = diâmetro da maior partícula). O operador deve colocar a amostra a ser
quarteada sobre o quarteador, de maneira lenta e contínua, para evitar a obstrução das calhas e a emissão de partículas.
Isso pode ser executado com uma pá/colher cuja dimensão seja a mesma da seção longitudinal do quarteador ou com
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um terceiro recipiente coletor da amostra. É necessário que a amostra a ser quarteada esteja praticamente seca. Para
obtenção de amostras de menor massa, repetir a operação com o material contido em um dos recipientes coletores
2.2. Objetivo
O objetivo desta atividade é realizar um plano de amostragem, empregando feijões coloridos, e definir as
condições experimentais para reduzir a amostra bruta para amostra laboratorial.
2.3. Procedimento
Parte A (Individual)
1. Conte o número total de feijões no pote e determine a quantidade por cor. Anote os resultados na Tabela 2 anexa;
2. Transforme todos os resultados do item 1 em porcentagem. Represente o resultado com o número correto de
algarismos significativos;
3. Verifique se o valor obtido para cada cor difere significativamente do valor teórico da Tabela 1 (erro relativo);
Um valor teórico da distribuição média das cores dos feijões por pote é apresentado na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1 - Valores teórico para a distribuição média das cores de feijões para cada pote.
Cor Preto Marrom Vermelho Branco
% 21,53 41,90 21,63 16,92
Parte B
4. Postar na lousa do laboratório um quadro (Tabela 2) contendo todos os resultados de cada grupo. Calcule a média
percentual de todos os resultados da classe (para cada cor);
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Parte C
Coloque todos os feijões em um único recipiente (amostra bruta) e sugira um procedimento de amostragem para
obtenção da amostra laboratorial considerando os resultados a serem obtidos nos itens 8, 9 e 10.
9. Use duas medidas de amostragem (copo pequeno e grande) e verifique se foi possível obter uma amostra
representativa (calcular os erros relativos para cada amostragem);
10. Use a amostragem por quarteamento manual (n = 2) e verifique se foi possível obter uma amostra representativa
(calcular os erros relativos para a amostragem) conforme procedimento abaixo (Figura 3):
10.1. Coloca-se a amostra em cima de um papel perfeitamente limpo e plano, onde não ocorra nenhuma perda
de material (feijões), de modo que as partículas se disponham sob a forma de um cone;
10.2. Com a ajuda de uma espátula e fazendo pressão no vêrtice do cone, tenta-se obter um cone achatado
(tronco de cone);
10.3. Divide-se o tronco de cone em quatro (4) partes iguais;
10.4. Retira-se metade das partes obtidas alternadamente de quartos opostos (1 e 3 ou 2 e 4), misturam-se e
recomeça-se o processo até se reduzir a amostra ao tamanho (peso) desejado.
11. Use a amostragem usando um quarteador mecânico de Jones conforme esquema procedimento abaixo (Figura 4).
11.1. Colocar a amostra no quarteador, distribuindo-a uniformemente ao longo do mesmo, em uma
velocidade tal que permita que a amostra passe livremente através das calhas para os recipientes colocados
abaixo destas;
11.2. Reintroduzir uma porção da amostra em um dos recipientes e repetir o procedimento anterior (11.1) para
reduzir a amostra à quantidade adequada para a avaliação pretendida. A quantidade de amostra não utilizada deve
voltar para o recipiente estoque;
11.3. Verifique se foi possível obter uma amostra representativa (calcular os erros relativos para a
amostragem).
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2.4. Relatório
No relatório os principais pontos a serem abordados são:
a) Apresentar todos os cálculos.
b) Conclusão de cada etapa (A, B e C)
c) Referências
2.5. Referências:
Canaes, L.S., Brancalion, M.L., Rossi, A.V., Rath, S. Using Candy Samples to Learn About Sampling Techniques and
Statistical Data Evaluation. Journal of Chemical Education, Washington, DC, v. 8, n. 8, p. 1083-1088, ago./2008).
SANCHEZ, J.M. An Exercise in Sampling: The Effect of Sample Size and Number of Samples on Sampling Error.
World Journal of Chemical Education, 2016, Vol. 4, No. 2, 45-48
Schwartz, T.A. Teaching Principles of One-Way Analysis of Variance Using M&M’s Candy. Journal of Statistics
Education, Volume 21, Number 1 (2013), 1-13.
GÓES, M.A.C., LUZ, A.B., POSSA, M.V. Amostragem – Capítulo 2. CT2004-180-00: Comunicação Técnica elaborada
para a 4ª Edição do Livro de Tratamento de Minérios, pag. 19 a 51. CETEM, 2004.
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3.1. Introdução
As medidas baseadas na luz ou outras formas de radiação eletromagnética são amplamente empregadas
em química analítica. As interações da radiação com a matéria são o objeto de estudo da ciência da
espectroscopia. Os métodos espectroscópicos de análise são baseados na medida da quantidade de radiação
produzida ou absorvida pelas moléculas ou pelas espécies atômicas de interesse. Podemos classificar os métodos
espectroscópicos de acordo com a região do espectro eletromagnético envolvida na medida. As regiões
espectrais que têm sido empregadas incluem os raios - , os raios - X, ultravioleta (UV), visível (Vis),
infravermelha (IV), micro-ondas (MW) e radiofrequência (RF). Em muitas interações entre radiação e matéria,
é mais útil considerar a luz como constituída por fótons ou quanta. Podemos relacionar a energia de um fóton
com seu comprimento de onda e frequência por “E = h = hc/” em que (h) é a constante de Planck (6,63x10-34
J s). Os tipos de interação mais interessantes em espectroscopia envolvem transições entre diferentes níveis
energéticos das espécies químicas, essas interações da radiação com a matéria podem ser usadas para obter
informações sobre uma amostra (qualitativas ou não).
A lei de absorção, também conhecida como lei de Beer-Lambert ou somente como lei de Beer, nos
diz quantitativamente como a grandeza da atenuação depende da concentração das moléculas absorventes e da
extensão do caminho sobre o qual ocorre a absorção. A transmitância (T) é a razão da potência (P), de um
feixe de radiação após sua passagem por um meio absorvedor e a sua potência original (P 0); normalmente
expressa em porcentagem: %T = (P/P0) x 100%. A absorbância (A) de uma solução está relacionada com a
transmitância de forma logarítmica, como mostrado na equação: A = - log10T = -P/P0 = -P0/P. As perdas por
reflexão podem ocorrer em todas as fronteiras entre os diferentes materiais (ex. vidro) onde se encontra o meio
material (amostra). Nesse caso a luz passa pelas seguintes fronteiras, denominadas interfaces, ar-vidro, vidro-
solução, solução-vidro e vidro-ar. Para compensar para esses efeitos, a potência do feixe, transmitida através de
uma célula com a solução do analito, é comparada com a potência que atravessa uma célula idêntica contendo
somente o solvente ou o branco dos reagentes. Uma absorbância experimental que se aproxima muito da
absorbância verdadeira da solução é assim obtida; isto é: A = P0/P Psolvente/Psolução. Em relação às análises
quantitativas, de acordo com a lei de Beer, a absorbância é diretamente proporcional à concentração de uma
espécie absorvente (c) e ao caminho óptico (b) do meio absorvente, como expresso pela equação: A = log (P0/P)
= bc. Aqui, () é a constante de proporcionalidade denominada absortividade molar (unidade em L mol-1 cm-
1
quando “c” está em molL-1 e “b” em centímetro).
O ácido acetilsalicílico (AAS), conhecido popularmente como aspirina, é um fármaco da família dos
salicilatos que pode ser utilizado como medicamento para tratar a dor, a febre e a inflamação, devido ao seu efeito
inibidor, não seletivo, da ciclo-oxigenase (Wikipédia). O AAS pode ser seletivamente determinado em formulações
farmacêuticas fazendo-se a complexação de seu produto de hidrólise, ácido o-salicílico, com íons Fe3+. Outros
constituintes de analgésicos tais como o paracetamol, a cafeína e a fenacetina não reagem nessas condições e,
portanto, não apresentam interferência. A Figura 1 apresenta as reações químicas envolvidas nesse processo.
Na determinação de AAS em formulações farmacêuticas empregando espectrometria molecular a
calibração é realizada obtendo-se o sinal de resposta (y), que pode ser a absorbância, altura do pico ou área do
pico, como uma função da concentração conhecida do analito (x). Uma curva de calibração é preparada
colocando-se os dados em forma de gráfico ou ajustando-os por meio de uma equação matemática adequada
(equação de uma linha reta). A análise de regressão estabelece a melhor reta que passa pelos pontos (método
dos mínimos quadrados). No método dos mínimos quadrados (y = mx + b), é obtida a inclinação da reta (m)
e o intercepto (b). A próxima etapa é a previsão, na qual o sinal de resposta obtido para a amostra é usado para
prever a concentração desconhecida do analito a partir da curva de calibração ou pela equação de melhor ajuste.
Então a concentração do analito na amostra original é calculada a partir da aplicação dos fatores de diluição
apropriados decorrentes das etapas de preparação da amostra. Na Figura 2 é mostrado um exemplo de curva
de calibração com a equação da reta e o coeficiente de correlação (R2).
16
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3.2. Objetivo
Determinar, por espectrofotometria no visível, o teor de ácido acetilsalicílico em formulações farmacêuticas usando
curva de calibração.
3.3. Procedimento
3.3.1. Preparo das soluções padrão
a) Preparar um branco de referência (solução 1) e a partir de uma solução padrão de ácido acetilsalicílico 3,00 g/L
preparar uma série de 6 soluções padrão (2 a 7), em tubos de ensaio, de acordo com a Tabela 1:
b) Aquecer as soluções, juntamente com a amostra, em um banho de água fervente (ebulição) durante 15 minutos.
Esfriar as soluções e adicionar 1,00 mL da solução de Fe3+ (0,6 mol L-1 de FeCl3 em H2SO4 1,3 mol L-1) em cada
tubo.
Tabela 3 - Medidas de absorbância das soluções padrão para obtenção da curva analítica do complexo
Padrões/Amostra P1(branco)* P2 P3 P4 P5 P6 P7 A1 A2
[AAS]/mol L-1
Absorbância
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completa. Filtrar a solução fria, em um balão volumétrico de 200,00 mL, desprezando o resíduo. Completar o volume
do balão, com água deionizada, até a marca de aferição. Pipetar uma alíquota de 3,00 mL da solução para um tubo de
ensaio, adicionar 2,00 mL de água deionizada, 9,00 mL da solução de H2SO4 diluído e aquecer em banho fervente por
15 minutos (juntamente com a curva analítica). Esfriar a amostra e adicionar 1,00 mL da solução de Fe 3+ (0,6 mol/L de
FeCl3 em H2SO4 1,3 mol/L). Faça 2 replicatas da sua amostra.
3.4. Relatório
a) Calcule manualmente e automaticamente (usando um programa de interessa, por exemplo, Excel) os parâmetros da
curva analítica de calibração (equação da reta, inclinação, intercepto e o coeficiente de correlação (r2)). Compare os
valores obtidos.
∑𝑖{(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )(𝑦𝑖 − 𝑦̅)}
𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎 (𝑚) =
∑𝑖(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2
∑𝑖(𝑦𝑖 − 𝑦̂𝑖 )2
𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 (𝑅 2 ) = 1 −
∑𝑖(𝑦𝑖 − 𝑦̅)2
b) Determine a concentração de AAS em g L-1, mg L-1 e mol L-1. Determine a massa (mg) do AAS contida no
comprimido e calcule a % m/m, intervalo de confiança (com nível de confiança de 95%) do princípio ativo no
comprimido.
c) Calcule os limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) instrumentais baseados em parâmetros da curva analítica.
Comente os resultados obtidos.
d) Calcule o erro relativo da análise com relação ao valor do princípio ativo fornecido, comente.
e) Compare o valor determinado com o valor de referência empregando o Teste t adequado; verifique se os resultados
experimentais são ou não diferentes do esperado, num nível de 95 % de confiança.
f) Conclusões.
g) Referências.
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3.5. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, 4a ed. Person Education, 2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
Figura 2. Exemplo de uma determinação de ácido acetilsalicílico (AAS) em farmacos usando curva analítica de
calibração e espectrofotometria na região do UV-Vis. ( = 520 nm).
19
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4.1. Introdução
Existem poucas exceções para o comportamento linear entre a absorbância e o caminho óptico a uma
concentração fixa. Contudo, frequentemente observamos os desvios da proporcionalidade direta entre a
absorbância e a concentração, quando o caminho óptico (b) é mantido constante. Alguns desses desvios,
denominados desvios reais, são fundamentais e representam limitações reais da lei de Beer. Outros são
resultantes do método que empregamos para efetuar as medidas de absorbância (desvios instrumentais) ou
resultantes de alterações químicas que ocorrem com a variação da concentração (desvios químicos).
Entre as estratégias utilizadas para reduzir/eliminar interferências (erros sistemáticos) provenientes de
desvios aparentes (desvios reais e químicos) da lei de Beer está o método das adições de padrão. Nesse método
pequenas quantidades conhecidas do analito (padrão) são adicionadas à solução da amostra e as leituras do
instrumento são registradas após uma (método do ponto único) ou mais adições (método das adições
múltiplas). O método das adições de padrão tem a finalidade de compensar as interferências causadas pelos
efeitos de matriz sobre a resposta do analito de interesse. Já o método das adições múltiplas (Figura 1) permite
verificar se existe uma relação linear entre a resposta e a concentração do analito na amostra.
Figura 1. Inter-relação entre os diferentes métodos de construção da curva analítica (RIBANI et al., Quim. Nova, Vol.
27, No. 5, 771-780, 2004)
Como de costume, o sinal é plotado no eixo (y); neste caso, o eixo (x) é graduado em termos das
quantidades de analito adicionadas (como um peso absoluto ou como uma concentração). A linha de regressão
(não ponderada) é calculada da maneira normal, mas há espaço para que ela seja extrapolada para o ponto no
eixo (x) em que (y = 0). Essa interceptação negativa no eixo (x) corresponde à quantidade de analito na amostra
(xE), ou seja, valor xE é dado pela razão entre o intercepto e a inclinação da linha de regressão (x= -b/m ).
Como tanto o intercepto como a inclinação estão sujeitos a erros, a concentração calculada também está
claramente sujeita a erros sendo sxE o desvio padrão para a concentração extrapolada xE. Aumentar o valor de
(n), número de pontos da curva de adição de padrão, melhora a precisão da concentração estimada: em geral,
pelo menos seis pontos devem ser usados em um experimento de adições padrão. Além disso, a precisão é
melhorada maximizando ((xi – x̅)2), de modo que o as soluções de calibração devem, se possível, cobrir uma
faixa considerável. Os limites de confiança para (xE) podem ser determinados a partir dos parâmetros da curva
de adição de padrão (Miller & Miller, 2005).
4.1. Objetivo
Determinar, por espectrofotometria no visível, o teor de ácido acetilsalicílico em formulações farmacêuticas usando o
método de adição-padrão.
4.2. Procedimento
4.2.1. Preparo das soluções padrão
Pipetar 2,00 mL (pipeta volumétrica) da amostra (preparada conforme item 2.4a, da Prática 2) para
cada um dos 6 tubos enumerados de 1 a 6. A seguir proceder da seguinte maneira: em cada tubo contendo
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2,0 mL da amostra, adicionar o volume da solução padrão de ácido salicílico 3,00 g/L, água deionizada e H2SO4 diluído
conforme esquematizado na Tabela 1.
Tabela 1 - Curva analítica com adição de padrão para determinação de ácido acetilsalicílico (AAS).
Volume (mL)
Padrões
Amostra AAS H2O deionizada H2SO4*
P1 (Branco) 0,00 0,00 5,50 9,00
P2 2,00 0,00 3,50 9,00
P3 2,00 1,00 2,50 9,00
P4 2,00 1,50 2,00 9,00
P5 2,00 2,00 1,50 9,00
P6 2,00 2,50 1,00 9,00
P7 2,00 3,00 0,50 9,00
*15 mL do H2SO4 concentrado diluído para 1 L com H2O deionizada.
Aquecer as soluções em um banho de água fervente (em ebulição) durante 15 minutos, esfriar e adicionar 1 mL da
solução de Fe3+.
4.3. Relatório
a) Calcule manualmente e automaticamente os parâmetros da curva de calibração por adição de padrão (equação da reta,
inclinação, intercepto e o coeficiente de correlação (r2)) conforme mostrado na Prática 3. Compare os valores obtidos.
b) Calcular a concentração, intervalo de confiança (IC) do ácido acetilsalicílico na amostra utilizando a equação da reta
obtida da curva de calibração com adição de padrão (item “a”). Considerar n = número de pontos da curva de adição de
padrão.
∑𝑖(𝑦𝑖 − 𝑦̂) 2
𝑖
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 (𝑠𝑟 ) = √
𝑛−2
𝑠𝑟 1 𝑦̅ 2
𝐷𝑒𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 (𝑠𝑥𝐸 ) = √ + 2
𝑚 𝑛 𝑚 ∑𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2
c) Calcular o erro relativo [E(%)] do valor obtido experimentalmente em relação ao valor estipulado pelo fabricante.
d) Calcular o erro relativo [E(%)] do valor obtido experimentalmente em relação ao valor obtido na Prática 3.
e) Conclusões
f) Referências
4.4. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, 4th ed., Person Education, 2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analítica, 1a ed., Thomson,
2006.
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5.1. Introdução
A Farmacopéia Brasileira em sua quarta edição, (1988) descreve apenas os procedimentos de análise
qualitativa e ensaio-limite de Fe3+. Entre os procedimentos analíticos de determinação de Fe3+, encontra-se a
titulação complexométrica com EDTA utilizando-se os indicadores pirocatequina-3,5-dissulfónico ou laranja
de xilenol, com detecção visual do ponto final.
Os métodos espectrofotométricos são amplamente utilizados em análises de grande variedade de
amostras (urina, sangue, alimentos, fármacos, sucos e água); entretanto, apresenta como desvantagem a baixa
frequência de amostragem. A espectrofotometria possui elevada sensibilidade e precisão e pode ser empregada
na detecção do ponto final de uma titulação.
A determinação fotométrica do ponto final de uma análise volumétrica está baseada na diferença das
absortividades molares das várias espécies presentes no meio reacional quando a luz monocromática atravessa
uma solução. A formação ou o desaparecimento de uma espécie que absorve luz no comprimento de onda
selecionado provoca mudança na absorbância dependente da concentração. Assim, numa titulação onde o
titulante, o reagente ou o produto da reação absorve a radiação luminosa, acurva de absorbância contra o volume
de titulante adicionado consistirá, se a reação for completa e a variação de volume for pequena, de duas linhas
retas que se interceptam no ponto final da titulação. A forma da curva de uma titulação espectrofotométrica
depende das propriedades ópticas do reagente, do titulante e dos produtos da reação no comprimento de onda
utilizado. A Figura 1 apresenta alguns gráficos típicos de titulações fotométricas.
5.2. Objetivo
Determinar o teor de Fe(III) em amostra de água empregando uma titulação fotométrica com EDTA
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5.3. Procedimento
a) Preparo da amostra
Num béquer de 50,00 mL adicione 2,0 mL de solução da Amostra de Fe+3, 10 mL de solução de ácido acético 2,50 mol
L-1 (pH ~ 4,0), 5 mL de água destilada e 25 mL de ácido salicílico 0,50%.
Em seguida, pipetar uma alíquota de 5,00 mL desta solução, transferir para um béquer de 100,00 ou 150,00 mL
(contendo um agitador magnético) e completar com aproximadamente 100 mL de água destilada.
b) Leitura da absorbância
Efetuar a leitura em 520-540 nm (dependendo dos resultados obtidos na Prática 2) de uma alíquota da solução de
amostra, em diferentes volumes de titulante (EDTA ~ 0,05 mol L-1), que deve ser adicionado conforme previsto na
Tabela 1.
Observação 1: Adicionar volumes de 0,2 em 0,2 mL até atingir o volume de 1,4 mL. A partir de 1,4 mL, adicionar o
titulante de 0,1 em 0,1 mL.
Observação 2: Os valores de absorbância obtidos devem ser corrigidos, em função da diluição causada pela adição
do titulante. Para isso, pode-se utilizar a seguinte fórmula: Abscorrigida = Abslida x [(Vamostra + Vadicionado)/ Vamostra]
Tabela 1 - Dados experimentais obtidos para a titulação fotométrica de uma Amostra de Fe3+.
VEDTA (mL) Abs VEDTA (mL) Abs
0,0 1,9
0,2 2,0
0,4 2,1
0,6 2,2
0,8 2,3
1,0 2,4
1,2 2,5
1,4 2,6
1,5 2,7
1,6 2,8
1,7 2,9
1,8 3,0
5.4. Relatório
No relatório os principais pontos a serem abordados são:
a) A construção da curva de titulação e a determinação do ponto final da titulação.
b) O cálculo da concentração, em mol/L, do teor de Fe (III) na amostra analisada.
c) Conclusões
d) Referências
5.5. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, fourth edition. Person Education,
2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
PEREIRA, A. V.; VALUS, N.; BELTRAME, F. L.; GARRIDO, L. H. Determinação de ferro (III) em produtos
farmacêuticos por titulação fotométrica. Acta Scientiarum. Health Sciences, Maringá, v. 33, n. 1, p. 65-70, 2011
23
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6.1. Introdução
Quando uma solução contém mais de um composto absorvente, admite-se que as várias espécies comportam-se
independentemente uma das outras e que a absorbância total da solução, para um dado comprimento de onda, é a soma
das absorbâncias dos compostos individuais. Nisso se baseia a análise de misturas de componentes possuindo curvas de
absorbância sobrepostas, com a determinação simultânea dos componentes individuais da mistura.
O caso mais simples é um sistema contendo duas espécies absorventes M e N, bem como o espectro de
absorção da mistura. Como as curvas de absorção dos dois componentes se sobrepõem em toda a faixa espectral
considerada, a absorbância total, para qualquer comprimento de onda, é a soma das absorbâncias dos
componentes M e N. Então, para dois comprimentos de onda A1 e A2, ter-se-ão as seguintes equações,
respectivamente:
A1= absorbância no 1 (nm)
A2= absorbância no 2 (nm)
𝐴1 = 𝜀𝑀1 𝑏𝐶𝑀 + 𝜀𝑀2 𝑏𝐶𝑁 b = caminho ótico (cm)
{
𝐴2 = 𝜀𝑀2 𝑏𝐶𝑀 + 𝜀𝑀2 𝑏𝐶𝑁 1 M1 = absortividade molar (L mol-1 cm-1) no 1
M2 = absortividade molar (L mol-1 cm-1) no 2
CM = concentração da espécie M (mol/L)
CN = concentração da espécie N (mol/L)
Assim a lei de BEER para misturas com mais de uma espécie colorida pode ser aplicada em determinado comprimento
de onda, tendo assim a propriedade da ADITIVIDADE.
6.2. Objetivo
Determinar, simultaneamente por espectrofotometria UV-Vis, a concentração dos íons dicromato e permanganato em
uma amostra desconhecida.
6.3. Procedimento
6.3.1. Preparação de soluções padrão e solução de amostra
a) Usando balões de 25,00 mL prepare 5 padrões de KMnO4 e K2Cr2O7, separadamente, a partir das soluções estoque
de KMnO4 (~ 0,018 mol L-1) e K2Cr2O7 (~ 0,018 mol L-1), respectivamente.
Atente-se para o fato de que para o KMnO4 a faixa de concentração irá de ~ 0,72.10-4 a 5,8.10-4 mol/L e para o
K2Cr2O7 a concentração irá de ~ 5,76.10-4 a 2,88 x 10-3 mol/L. Prepare um ensaio em branco para cada curva de
calibração.
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Tabela 1 - Concentrações dos padrões de KMnO4 e K2Cr2O7 nas curvas de calibração e alíquotas das soluções estoque.
Analitos
Padrões KMnO4 K2Cr2O7
Alíquota (mL) [KMnO4] / mol L-1 Alíquota (mL) [K2Cr2O7] / mol L-1
P1 (Branco) --- ---
P2 0,10 0,80
P3 0,20 1,60
P4 0,40 2,40
P5 0,60 3,20
P6 0,80 4,00
Obs.: preparar as curvas de MnO4 e Cr2O7 separadamente.
b) Tome uma alíquota de 2,00 mL da amostra e transfira para um balão volumétrico de 10,00 mL. Complete o balão
com água deionizada. Faça duas soluções iguais (replicatas autênticas).
Tabela 2 - Absorbâncias das soluções padrão para o cálculo das constantes abrostividade molar () e absorbância das
soluções de amostra nos mesmos comprimentos de onda de 460 e 520 nm.
MnO4- Cr2O72-
Padrões
= 460 nm = 520 nm = 460 nm = 520 nm
P1 (Branco)
P2
P3
P4
P5
P6
= 460 nm = 520 nm
AMOSTRA – replicata 1
AMOSTRA – replicata 2
b) Determine a concentração de MnO4- e Cr2O72- na amostra expressando a média com o desvio padrão obtido.
6.4. Relatório
No relatório os principais pontos a serem abordados são:
a) Apresentar todos os cálculos (usar planilhas eletrônicas para a construção das curvas de calibração).
b) O cálculo da concentração, em mol/L, do teor de MnO4- e Cr2O72- na amostra analisada.
c) Determine o intervalo de confiança para a média obtida pelo grupo num nível de 95 % de confiança.
d) Conclusões
e) Referências
6.5. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, 4th ed., Person Education, 2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
25
Laboratório de Química Analítica V QUI150 - 1º semestre de 2022
7.1. Introdução
A espectroscopia atômica baseia-se em métodos de análise de elementos de uma amostra, geralmente
líquida, que é introduzida em uma chama, na qual ocorrem fenômenos físicos e químicos, como evaporação,
vaporização e atomização. Um esquema dos fenômenos que ocorrem na chama é apresentado na Figura 1. Para
que todos esses processos possam ocorrer em tempos de residência tipicamente inferiores a 5 min, é necessário
que amostras líquidas sejam convertidas em um aerossol líquido-gás com partículas inferiores a 5 - 10 µm para
introdução na chama.
Átomos na fase gasosa podem ser excitados pela própria chama ou por uma fonte externa. Se forem
excitados pela chama, ao retornarem para o estado fundamental, liberam a energia na forma de radiação
eletromagnética (RE). Essa é a base da espectrometria de emissão atômica que, antigamente, era conhecida
como fotometria de chama e é utilizada largamente em análises clínicas, controle de qualidade de alimentos,
além de inúmeras outras aplicações, para averiguar a quantidade de íons de metais alcalinos e alcalino-terrosos,
como sódio, potássio, lítio e cálcio.
Esses elementos emitem radiação eletromagnética na região do visível em uma chama ar-gás
combustível (GLP), que opera em uma temperatura entre 1700 e 1900 oC. Dessa forma, a energia fornecida é
baixa, porém suficiente para excitar Na, K, Li e Ca e, consequentemente, gerar a emissão de linhas atômicas
características para cada elemento. A intensidade de cada linha emitida depende da concentração da espécie
excitada e da probabilidade de ocorrência da transição eletrônica. Os valores de energia da primeira ionização
para Li, Na, K e Ca são, respectivamente, 520, 497, 419 e 590 kJ mol de átomos-1, enquanto os valores de
energia de excitação são, respectivamente, 173, 203, 154 e 280 kJ mol de átomos-1.
Frente a outras técnicas de emissão atômica (emissão atômica em plasma indutivamente acoplado,
emissão óptica em arco ou centelha elétrica e, fluorescência atômica), a principal característica da fotometria de
chama é que uma chama é utilizada como atomizador e, por isso, o termo “chama” como parte do nome.
7.2. Objetivo
Determinar os teores dos elementos Na e K em uma amostra de bebida usando fotometria de chama.
7.3. Procedimento
7.3.1. Preparo das soluções padrão de Na+, K+, utilizando Li+ como padrão interno
A partir das soluções padrão estoque de _____mg L-1 de K+, Na+ e Li+ preparar uma série de 6 soluções
padrão, em balões de 50 mL, de acordo com a Tabela 1:
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Laboratório de Química Analítica V QUI150 - 1º semestre de 2022
Tabela 1 - Concentrações teórica e lida experimentalmente para cada solução padrão e amostra
Volume (mL) Concentração (mg L-1)
Padrão Li+ Na+ K+
Li+ Na+ K+ Balão
Teórico Lido Teórico Lido Teórico Lido
Branco 2,50 0,00 0,00 50,00
1 2,50 2,50 0,50 50,00
2 2,50 5,00 1,50 50,00
3 2,50 7,50 2,50 50,00
4 2,50 10,00 3,50 50,00
5 2,50 12,50 4,50 50,00
6 2,50 15,00 5,50 50,00
7.2.5. Limpeza
Ao fim do experimento: deixe passar água deionizada pelo queimador por 5 minutos, fechar o bujão, a válvula
de gás no fotômetro e somente depois, desligar o compressor e o equipamento
7.3. Relatório
a) Construir uma curva da [Na+] lida/[Li+] lida versus [Na+] teórica/[Li+] teórica. Usar planilha eletrônica
b) Construir uma curva da [K+] lida/[Li+] lida versus [K+] teórica/[Li+] teórica.
c) Calcular a “concentração teórica” de Na+ e K+ na amostra usando as curvas analíticas com padrão interno.
d) Calcular o desvio padrão e o intervalo de confiança para Na e K em nível de 95 % de confiança.
e) Calcular o erro relativo entre as concentrações calculadas no item c e as concentrações fornecidas pelo fabricante.
f) Calcular o erro relativo entre as concentrações de Na+ e K+ obtidas sem padrão interno (visor do fotômetro) e as
concentrações fornecidas pelo fabricante.
g) Compare o valor determinado com padrão interno com o valor do rótulo (referência) empregando o Teste t adequado.
Verificar se os resultados experimentais são ou não diferentes do esperado, em um nível de confiança de 95 %.
h) Compare o valor determinado sem padrão interno (visor do fotômetro) com o valor do rótulo empregando o Teste t
adequado. Verificar se os resultados são ou não diferentes em um nível de confiança de 95 %.
i) Calcule os limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) do método.
j) Conclusões
7.4. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, fourth edition. Person Education,
2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
27
Laboratório de Química Analítica V QUI150 - 1º semestre de 2022
8.1. Introdução
A determinação de ácidos, como o ácido fosfórico, em amostras coloridas pode ser feita por meio de
uma titulação ácido-base desde que o pH do titulado seja medido com o auxílio de um pHmetro, não sendo
necessário o uso de indicadores visuais, cuja mudança de cor poderia ser de difícil percepção.
Este tipo de titulação é chamada de Titulação potenciométrica e o pH (ou o potencial) do titulado é medido a
cada incremento de titulante adicionado. Nesse procedimento, a titulação é finalizada quando o pH tiver variado
significativamente, em relação ao pH inicial e, o ponto final (PF)é determinado matematicamente com base na curva de
titulação, construída usando os dados experimentais.
Um dos métodos bastante utilizados para este fim é o emprego das curvas de 1ª ou 2ª derivada (da curva de
titulação) versus o volume de titulante. No caso do uso da 1ª derivada, o PF coincide com o volume de titulante que
corresponde ao ponto de máximo, enquanto no uso da 2ª derivada, o PF corresponde ao volume em que a 2ª derivada é
igual a zero.
8.2. Objetivo
Determinar o teor de ácido fosfórico em suplemento alimentar líquido por meio de titulação potenciométrica.
8.3. Procedimento
8.3.1. Calibração do Eletrodo de Vidro
a) Ligar o pHmetro e a aguardar 10 min para estabilização;
b) Lavar o eletrodo de vidro com água destilada e secar com papel absorvente;
c) Selecionar o modo de calibração (cal);
d) Mergulhar o eletrodo na solução tampão pH 7,00 e aguardar a estabilização;
e) Lavar o eletrodo de vidro com água destilada e secar com papel absorvente;
f) Mergulhar o eletrodo na solução tampão pH 4,01 e aguardar a estabilização;
g) Lavar o eletrodo de vidro com água destilada e secar com papel absorvente.
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8.4. Relatório
a) Inserir todas reações de equilíbrio envolvidas na titulação ácido-base;
b) Construir e mostrar o gráfico pH versus volume de titulante;
c) Calcular a 1ª derivada para a curva obtida, e construir um gráfico de dpH/dV versus volume de titulante;
d) Calcular a 2ª derivada para a curva obtida, e construir um gráfico de d2pH/dV2 versus volume de titulante;
e) Determinar, graficamente, o 1º e o 2º pontos de equivalência para a titulação utilizando a curva da 1ª e 2a derivada;
f) Calcular a concentração de ácido fosfórico no Biotônico Fontoura, em mol L-1 e em mg L-1, para ambos os pontos de
equivalência e determinar qual deles confere um valor mais exato (comparando com o valor esperado – rótulo);
g) Indicar o erro relativo para a concentração obtida em “d” e comentar se houve diferença significativa entre o uso do
1º e do 2º ponto de equivalência.
h) Conclusões
i) Referências
8.5. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, fourth edition. Person Education,
2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
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PRÁTICA 9: Determinação da razão de distribuição (D) e do coeficiente de distribuição (K) do iodo em diferentes
solventes
9.1. Introdução
O iodo molecular é apenas levemente dissolvido em água (1,3 x 10-3 moL/L à 20C), mas sua solubilidade é
aumentada pela complexação com iodeto, conforme a reação:
O coeficiente de distribuição (K) fornece informação quanto ao particionamento de uma substância dissolvida
entre duas fases líquidas. A razão de distribuição (D) fornece informação quanto à distribuição de uma espécie entre as
duas fases, sendo utilizado quando se trata de uma espécie que tem mais de uma forma química.
9.2. Objetivo
Verificar o melhor solvente para extrair iodo de uma solução aquosa.
9.3. Procedimento
1) Ligar a capela e transferir para o funil de separação 5,00 mL da solução de iodo, utilizando pipeta volumétrica.
Adicionar 5 mL de solvente (éter, diclorometano ou tetracloreto de carbono), utilizando uma pipeta volumétrica. Na
capela, agitar o funil para que as fases entrem em contato, tomando cuidado com a tampa e abrindo a torneira algumas
vezes para eliminação do excesso do gás. Depois disso, deixar o funil em repouso para separação das fases, que deve
ocorrer em cerca de 10 min.
2) Enquanto ocorre a separação, proceder à titulação de 5,00 mL da solução de iodo para a determinação da concentração
total (CT) com tiossulfato de sódio ~ 0,100 mol/L (verificar a concentração exata), usando amido com indicador (~ 5
gotas). Proceder em triplicata (n=3).
3) Após a separação, retirar a fase aquosa (que nem sempre será a de baixo) e titular a mesma para a determinação da
concentração de iodo na fase aquosa.
Dados:
D = (Conc. da fase orgânica) = CT – Conc. fase aquosa
Conc. da fase aquosa Conc. da fase aquosa
9.4. Relatório
a) A partir dos valores encontrados nas titulações, calcular a razão de distribuição (D), coeficiente de distribuição (K),
a porcentagem de extração (E%) para cada um dos solventes.
b) Mostrar os valores para os parâmetros calculados e concluir, dentre os solventes testados, qual deles é o mais indicado
para extrair iodo de uma fase aquosa.
c) Calcular “teoricamente” o número de etapas necessárias para obter E% que 95%. Fazer esse cálculo apenas para o
melhor extrator de acordo com o item “b”.
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a) Conclusões
9.5. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, fourth edition. Person Education,
2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
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10.1. Introdução
A troca iônica é um processo pelo qual os íons presos em um sólido poroso e essencialmente insolúvel
são trocados por íons presentes em uma solução que é levada ao contato com o sólido. As propriedades de troca
iônica de argilas e zeólitas têm sido reconhecidas e estudadas por mais de um século. As resinas sintéticas
trocadoras de íons foram inicialmente produzidas em 1935 e desde essa época encontraram ampla aplicação no
amolecimento de água, na desionização de água, na purificação de soluções e na separação de íons para
finalidades analíticas.
As resinas sintéticas trocadoras de íons são polímeros de alto peso molecular que contêm um grande
número de grupos funcionais iônicos por molécula. As resinas trocadoras de cátions contêm grupos ácidos,
enquanto as resinas trocadoras de ânions possuem grupos básicos. Os trocadores do tipo ácido forte apresentam
grupos ácidos sulfônicos (-SO3-H+) ligados à matriz polimérica (Figura 1).
Figura 1 – Estrutura de uma resina trocadora de cátions contendo grupos ácidos sulfônicos (-
SO3-H+)
De forma similar, os trocadores de ânions tipo base forte possuem grupos amínicos quaternários
[-N(CH3)3+OH-]. A troca de cátion é ilustrada pelo equilíbrio
Assim, pode-se fazer um paralelo entre o experimento a ser realizado (separação por troca iônica) e o
que acontece na técnica de cromatografia líquida, como pode ser na Figura 2. Nesta última, a amostra interage
com a fase estacionária de uma coluna (como a resina usada aqui), sendo a amostra carreada por uma fase móvel
(como a água destilada que elui a solução de NaCl). A presente prática envolve uma troca iônica entre os íons
Na+ (de uma solução de estudo) por íons H+ (presentes na superfície da resina de troca iônica Amberlite IR-
120®) utilizando um sistema semelhante ao usado na cromatografia líquida.
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Figura 1 – Ilustração de uma coluna de separação por troca iônica (SBQ – http://qnint.sbq.org.br)
10.2. Objetivos
Entender o fenômeno da troca iônica e calcular a eficiência da resina catiônica Amberlist IR120® para a extração
de Na+ de uma solução de NaCl.
a) (Caso necessário) Vedar a extremidade inferior de uma coluna (pode ser uma bureta) de 25 mL, com lã de vidro e, a
partir desta vedação, medir com uma régua uma a altura de aproximadamente 20 cm e marcar com uma caneta.
b) Inclinar a coluna, ligeiramente e introduzir a mistura “pastosa” da resina em HCL 6 mol/L de forma que a quantidade
de resina alcance a marcação de 20 cm, na bureta. Para isso, o excesso do líquido na mistura “pastosa” deve ser retirado
abrindo-se a torneira da bureta.
c) Vedar a extremidade superior com algodão e adicionar água destilada até que o excesso de ácido seja removido. Para
verificar o pH do eluato (líquido que sai da coluna) usar papel tornassol azul (fica rosa em pH ácido e se mantém azul
em meio alcalino). Em seguida, manter uma pequena quantidade de água na parte superior da resina de modo a evitar a
formação de bolhas, no leito da resina.
10.3.2. Determinação da eficiência da coluna empregando uma solução de NaCl ~ 2,85 mol/L
a) Tomar 1,00 mL da solução de NaCl 2,85 mol/L e transferir para o interior da coluna. Adicionar água destilada
continuamente, eluindo a amostra diretamente em um balão de 100 mL. Não permitir que a parte superior da resina
resseque durante a eluição.
b) Recolher o eluato da coluna, que é o ácido formado pela troca (Na+/ H+) até que o mesmo não esteja mais ácido. Para
isso, testar de 5 em 5 mL, uma gota do eluato com papel indicador de pH.
c) Quando não houver mais formação de ácido, interromper a saída da coluna e completar o volume do balão com água
destilada.
d) Titulação: Tomar uma alíquota de 10,00 mL da solução do eluato diluído (balão de 100 mL após ter completado com
água destilada) e titular com NaOH ~ 0,100 mol/L (verificar a concentração exata no rótulo), usando fenolftaleína como
indicador, até o aparecimento da coloração rosa, que persista por 30 cerca de segundos.
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10.4. Relatório
a) O cálculo da concentração de HCl liberado pela resina na solução diluída (presente no balão de 100 mL).
b) O cálculo do número de mols de Na+ trocado pela resina e, a partir deste, calcular a eficiência da coluna de troca
iônica.
c) Conclusões.
d) Referências.
10.5. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, fourth edition. Person Education,
2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
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PRÁTICA 11: Estudo da eficiência de separação de uma mistura de Fe (III), Ni (II) e Co (II) por cromatografia
em papel
11.1. Introdução
A Cromatografia em papel é uma técnica de separação usada para análises quali e quantitativas e que pode ser
aplicada tanto para identificar espécies orgânicas (como contraceptivos, por exemplo) quanto espécies inorgânicas
(como íons metálicos).
O princípio da técnica é a interação diferenciada das substâncias depositadas sobre o papel (que suporta um
filme líquido de água) com um eluente (que permeia a o papel).
Nesta técnica, a água suportada no papel atua como uma fase estacionária e o eluente, que “carrega” as
substâncias pelo papel, atua como fase móvel. Assim, a distância percorrida pelas diferentes substâncias em relação à
distância percorrida pelo solvente chama-se fator de retenção (Rf). O Rf é diferente para substâncias diferentes.
Assim, Rf = (dsoluto/dsolvente); onde d é a distância percorrida (pelo soluto ou pelo solvente) após a corrida
cromatográfica
11.2. Objetivo
Identificar a presença de íons metálicos de Fe, Ni e Co em uma amostra de água utilizando a cromatografia em papel.
11.3. Procedimento
a) (Se não estiver pronto) Preparar soluções padrão de Ferro (III), cobalto (II) e níquel (II), em concentração aproximada
de 0,01 g do cloreto correspondente por mL de HCl 6 mol/L.
c) Picotar as bordas da extremidade inferior das tiras, marcando com um lápis uma linha de origem onde serão
depositadas a amostras e os padrões para comparação.
d) Com o auxílio de tubos capilares, depositar em uma das tiras quatro gotas da amostra e quatro gotas de cada um dos
seguintes padrões: ferro e cobalto, identificando (com lápis) os pontos de aplicação de cada padrão e amostra. Da
mesma forma, depositar na outra tira quatro gotas da amostra (novamente) e quatro gotas do outro padrão (níquel). Em
seguida, colocar em uma cuba previamente saturada com um sistema de solventes formado por: 8 partes de HCl 6 mol/L,
87 partes de acetona e 5 partes de água, perfazendo 100 volumes de fase móvel (eluente).
f) Após o tempo de 30 min, retirar as tiras da cuba e medir, imediatamente, a distância percorrida pela fase móvel (pois
a marca “desaparece” conforme o papel seca) e, depois, deixar secar à temperatura ambiente por pelo menos 5 minutos.
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f.1) Revelar uma das replicatas com NH4SCNsat/acetona para identificar o ferro e o cobalto;
f2) Revelar a outra replicata com a solução amoniacal de dimetilglioxima o níquel. Se necessário, expor a tira
a vapores de amônia.
Após cada revelação, medir a distância percorrida pelo soluto (região central das manchas) e preencher a
Tabela 1.
Frente da FM
dr
RF =
dm
onde:
dm
dr R F= fator de retenção
dr = distância de migração do soluto
dm= distância de migração da FM
Linha de Aplicação
da Amostra
Tabela 1 - Distâncias percorridas pelos solutos e solvente para os padrões e amostras.
Analitos Distância percorrida pelo soluto Distância percorrida pelo solvente
Fe
Padrão Co
Ni
Fe
Amostra Co
Ni
Observações:
• Para traçar as linhas de aplicação e de chegada da FM, e para marcar o contorno da banda e frente da FM,
use sempre grafite (lápis ou lapiseira). Nunca faça os traços à caneta: os componentes da tinta serão arrastados
pela FM, manchando o papel.
• Para a obtenção de melhores resultados na aplicação da solução de corante sobre o papel, certifique-se que
a ponta do capilar seja uniforme. Caso a ponta do capilar seja irregular, lixe-a cuidadosamente e lave o capilar
com água destilada antes do uso. Caso tenha dificuldade em obter uma mancha estreita e uniforme, treine a
aplicação sobre um pedaço de papel.
• Não use um mesmo capilar com diferentes corantes: para cada corante, tenha um capilar próprio.
• Evite ao máximo abrir a cuba cromatográfica durante a corrida. Isto pode dificultar a obtenção de manchas
simétricas, e provocará irregularidade no fluxo de FM pelo papel.
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• Caso obtenha manchas muito deformadas ou excessivamente largas, repita o cromatograma aplicando uma
quantidade menor de pigmento. Em alguns casos, a deformação pode ser resultado de excesso de corante, o que
satura o papel; em outros, a presença de manchas assimétricas é característica do sistema corante/FM em estudo.
De qualquer modo, isto deve ser confirmado.
• Para melhor resultado, as manchas dos corantes suspeitos não devem ficar muito próximas das bordas do
papel.
11.4. Relatório
d) Conclusões.
e) Referências.
11.5. Referências
HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa, 7ª ed, Rio de Janeiro: LTC, 2008, 886p.
MILLER, J.N. e MILLER, J.C. Statistics and Chemometrics for Analytical Chemistry, fourth edition. Person Education,
2005.
SKOOG, D.A., WEST, D.M., HOLLER, F.J. e CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson,
2006.
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TURMA X
Nome
Nome
Nome
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1.1) CÁLCULOS
1.2) CONCLUSÕES
2) REFERÊNCIAS
Fonte: XXXX
Fonte: XXXX
Figura XX
Fonte: XXXX
Obs.: Texto justificado, fonte (Arial ou Times New Roman), espaçamento simples ou 1,5.
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TURMA A
Nome...
Nome...
Nome...
AULA PRÁTICA N° 10
Estudo da eficiência de separação de uma mistura de Fe(III), Ni(II) e Co(II) por cromatografia em papel.
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1. Objetivos:
Esta prática tem como objetivo identificar a presença dos íons Fe(III), Ni(II), e Co(II) em uma amostra, através da
análise cromatográfica em papel.
2. Resultados e discussões:
Para identificar os íons presentes na amostra, levaremos em consideração o fator de retenção (Rf), que é único
para cada íon. O (Rf) seria a razão da distância percorrida pelo soluto, e pela distância percorrida pelo solvente.
𝑅𝑓 = 𝑑(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜) ÷ 𝑑(𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒)
Através da cromatografia em papel, foram obtidas as distâncias percorridas pela amostra e pelo padrão. Essas distâncias
estão na tabela abaixo:
Observando o papel de cromatografia no qual foi adicionado o padrão de cobalto (II), notou-se a ausência desse íon na
amostra.
Fe (III);
𝑅𝑓 = 8,5 ÷ 8,75 = 0,97
Co (II);
𝑅𝑓 = 3,5 ÷ 8,5 = 0,41
Ni (II);
𝑅𝑓 = 0,80 ÷ 8,0 = 0,1
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Fe (III);
𝑅𝑓 = 8,0 ÷ 8,75 = 0,91
Co (II);
Não tem na amostra.
Ni (II);
𝑅𝑓 = 0,80 ÷ 8,0 = 0,1
3. Conclusão:
Na prática relativa à identificação de íons em uma amostra, utilizando como técnica a cromatografia em papel,
foi possível determinar de forma clara, que na amostra utilizada havia a presença dos íons Fe (III) e Ni (II), e que não
há Co (II). Essa técnica se mostrou muito eficiente na análise qualitativa desses íons, além de ser fácil a sua operação.
A análise qualitativa é feita analisando os valores de Rf, sendo que cada íon tem um Rf associado.
4. Referências:
5. Exercícios:
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Algarismos significativos
O algarismo zero é significativo quando se encontra no meio de um número ou no final do número, do lado
direito da vírgula decimal.
Adição e subtração
A soma ou diferença deverá conter tantas casas decimais quantas existirem no componente com menor número
de casa decimais. Já o número de algarismos significativos poderá ser maior ou menor.
Multiplicação e adição
A resposta limita-se ao número de dígitos contidos no número com menos algarismos significativos
Estes erros se manifestam na forma de pequenas variações nas medidas de uma amostra, feitas em sucessão
pelo mesmo analista, com todas as precauções necessárias e em condições de análise praticamente idênticas.
Não podem ser controlados.
São erros em que se pode conhecer a sua fonte. São independentes das leis do acaso e produzem-se sempre no
mesmo sentido, podendo ser anulados ou corrigidos. Exemplos incluem balança mal calibrada, deficiência de
funcionamento, erros de operação, etc.
Erro absoluto
𝐸 = 𝑥𝑖 − 𝜇
Erro relativo
𝑥𝑖−𝜇
𝐸(%) = ( ) × 100
𝜇
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Precisão
Grau de concordância entre resultados de medição obtidos sob as mesmas condições: reprodutibilidade
Exatidão
Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro do mensurando: proximidade
do “real”
Média
∑𝑁
𝑖=1 𝑥𝑖
𝑥̅ =
𝑁
Desvio-padrão
∑𝑵 ̅) 𝟐
𝒊=𝟏(𝒙𝒊 − 𝒙
𝒔=√
𝑵−𝟏
𝒔
𝑪𝑽(%) = ( ) × 𝟏𝟎𝟎
̅
𝒙
Distribuição Gaussiana
Se um experimento é repetido várias vezes, e os erros são puramente aleatórios, então os resultados tendem a
se agrupar simetricamente em torno de um valor médio. Quanto mais vezes o experimento é repetido, mais os
resultados se aproximam de uma curva idealmente suave, chamada distribuição gaussiana
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4) Orientação: Retrato
5) Tamanho: A4
9) Equações: Usar “equation” quando possível. Sempre centralizada e enumerada, exemplo: eq. 1, equação 1, e. 1 ou
apenas “1”.
10) Cálculos que envolvam resultados maiores que 1000 (x103) ou menores que 0,001 (X10-3) usar notação científica.
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