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APOSTILA 1
y0 y f
x0 ; y0 f x x0 ; y0 tg
x
x0
f
x x0 ; y0 f y x0 ; y0 tg
y
Uma função de uma variável é diferenciável se sua função derivada existe. Uma função de duas
variáveis é diferenciável se suas derivadas parciais de primeira ordem existem e são contínuas. Neste
caso, podemos calcular a diferencial total da função:
f f
df dx dy.
x y
Por exemplo, a função z x 2 4y 2 , cujo gráfico é a metade superior de uma superfície cônica,
não é diferenciável no ponto (0; 0), pois zx não existe para x y 0 (nem zy).
f
Dû f P ou
P 1 a f x b f y c f z û ( f x î fy ĵ fz k̂ )P ,
û v
P
2
cos(∡(û; f(P))) 1 significa que ∡(û; f(P)) 0º, logo û e f(P) têm mesma direção e sentido.
f P
Assim, a direção na qual obtemos o valor máximo de Dû f P é û .
f P
Quando cos(∡(û; f(P))) 1, obtemos o valor mínimo de Dû f P — valor mínimo da taxa de
variação de f em P, igual a ||f(P)||.
cos(∡(û; f(P))) 1 significa que ∡(û; f(P)) 180º, logo û e f(P) têm mesma direção e sentidos
f P
opostos. A direção na qual obtemos o valor mínimo de Dû f P é û .
f P
Sobre uma curva de nível, no caso de f(x; y), ou uma superfície de nível, para f(x; y; z), a função f
é constante, logo se û é tangente à curva ou à superfície de nível no ponto P, teremos Dû f P 0.
Mas, Dû f P 0 ||f(P)||cos(∡(û; f(P))) 0 ||f(P)|| 0 cos(∡(û; f(P))) 0.
Se ||f(P)|| 0 então f(P) 0 . Todas as derivadas direcionais são nulas em P, ou seja, a
função é constante em uma vizinhança de P.
Se ||f(P)|| 0 e cos(∡(û; f(P))) 0, os vetores û e f(P) são perpendiculares, ou seja, f(P)
aplicado em P é perpendicular à curva ou superfície de nível que passa por P.
Exemplos:
a) Calcule o gradiente da função f: IR2 IR, f(x; y) 6 2x 3y no ponto P(1; 1) e esboce-o no plano,
com origem no ponto (1; 1).
Resolução: Como f é uma função de duas variáveis, f(P) f x î fy ĵ P fx 2; fy 3
f(P) 2î 3ĵ P 2î 3ĵ
O vetor gradiente é constante, ou seja, é o mesmo independente do ponto em que seja calculado. Isto
já era esperado, pois o gráfico de z 6 2x 3y é um plano. Em todos os pontos, a direção da maior
taxa de variação será sempre a mesma, assim como sua taxa de variação máxima, ||f(P)|| 13 .
y
Em marrom, o vetor gradiente f(P) 2î 3ĵ, que
aponta a direção de maior crescimento de f em P e é
perpendicular à curva de nível que passa por P.
b) Dados f: IR2 IR, f(x; y) x2 y2, os pontos P1(0; 0), P2(1; 1), P3(2; 1) e o vetor ûz ĵ, calcule,
em cada
ponto
(i) o gradiente de f ;
(ii) a derivada direcional de f na direção de û;
(iii) o valor máximo da derivada direcional.
Resolução:
P1(0; 0)
(i) f(0; 0) f x î fy ĵ P1 f(0; 0) 2x î 2y ĵ P1 0 î 0 ĵ 0
todas as derivadas parciais são nulas.
(ii) todas as derivadas direcionais são nulas em (0; 0).
(iii) o valor máximo da derivada direcional de f em (0; 0) é ||f(0; 0)|| 0. y
x
P2(1; 1)
3
(i) f(1; 1) 2x î 2y ĵ P2 2 î 2 ĵ
(ii) Dû f (1; 1) (2 î 2 ĵ)( ĵ) 2 (em (1; 1), nesta direção f decresce)
(iii) valor máximo da derivada direcional: ||f(1; 1)|| 2 2 .
P3(2; 1)
(i) f(2; 1) 2x î 2y ĵ P3 4 î 2 ĵ
(ii) Dû f (2; 1) (4 î 2 ĵ)( ĵ) 2 (em (2; 1), nesta direção f cresce)
(iii) valor máximo da derivada direcional: ||f(2; 1)|| 20 2 5 .
A seguir está a representação gráfica dos gradientes.
y