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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


CAMPUS SÃO BERNARDO

RESUMO ANALÍTICO
MÍDIA-EDUCAÇÃO: CONCEITOS, HISTÓRIA E PERSPECTIVAS

GOIÂNIA
2021
RESUMO ANALÍTICO
MÍDIA-EDUCAÇÃO: CONCEITOS, HISTÓRIA E PERSPECTIVAS

Trabalho apresentado a Universidade Federal


do Maranhão, como requisito parcial para
elaboração da nota de Tecnologias da
Informação Aplicadas ao Ensino, da N1 6º
Período.

Orientadora:Sousa

GOIÂNIA
2021
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O artigo em análise ressalta as pesquisas de duas estudiosas no assunto


Evelyne Bévort de nacionalidade francesa, diretora-adjunta, com o pelouro da
cooperação internacional, do CLEMI (Centre de Liaison de l’Enseignement et des
Moyens d’Information), do Ministério francês da Educação e Maria Luiza Belloni,
brasileira e socióloga que coordenou e atualmente integra como pesquisadora o
grupo de pesquisa COMUNIC (www.comunic.ufsc.br) que estuda as inter-relações
entre as mídias e os processos educacionais.
O artigo se divide em conceitos, história e perspectivas da mídia-educação no
mundo, suas ações e relevâncias buscando contribuir para um melhor entendimento
de sua trajetória. Os destaques abordam a declaração de Grünwald que foi
aprovada unanimemente pelos representantes de 19 nações durante o Simpósio
Internacional sobre Educação para as Mídias organizado pela UNESCO, na cidade
de Grünwald, na então República Federal da Alemanha, em 22 de Janeiro de 1982.
A educação para mídia é alvo da atenção das pesquisadoras como mesmo
relatado no artigo que se justifica pela base científica, mais com uma expressa
militância que reivindica a necessidade de inserir os novos meios de forma
pedagógica no ensino-aprendizagem, onde o foco principal são os jovens que se
torna o alvo principal das tecnologias que permeia sua vida. Onde se busca a
clareza das ideias de um olhar crítico, de maneira reflexiva e combativa.
Desde os anos 60 muitos encontros como, colóquios e convenções voltados
para o tema já foram realizados. Entretanto, as mudanças desejadas quanto às
políticas públicas, currículos pedagógicos e práticas midiáticas não ocorreram de
forma tão contundente quanto o esperado, falta o interesse político esse de certa
forma influenciado por Redes Corporativas privadas com insignificantes interesses
em cooperar para dar destaque na solução desses entraves.
Ainda há dificuldades em delimitar termos e processos de trabalho que se
voltam para essas práticas, como os mais recorrentes, mídia-educação e
alfabetização midiática buscando compreender as conjunturas do conceito de mídia-
educação.
As inquietações giram em torno das melhorias e aperfeiçoamentos dos
processos pedagógicos, no sentido de assimilar as mídias dentro da sala de aula,
auxiliando o ensino, onde a comunicação se torne um eixo central na educação para
educar através dela. O sentido é capacitar os estudantes, a compreender como a
mídia funciona e assim praticar com mais posse nas mídias. Mas fica claro no texto
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das pesquisadoras de que o foco está em uma metodologia da educação, voltada


aos meios, na ideia de repensar práticas de sala de aula que contemplem a mídia e
sua utilização por professores e alunos. Cabe também evidenciar que os objetivos,
em sua visão, direcionam o olhar para os educadores e para a forma como lidam
com as influências da mídia, relacionando diretamente esses estudos com os de
recepção e identificar novas formas de ensinar e aprender costuma espelhar sobre a
educação formal, muito mais do que sobre os conceitos da comunicação, voltando
suas pesquisas para as maneiras de ensinar através da mídia.
Como destacado pelas autoras “A Passagem do século: Internet e
Novíssimas TIC”, a mídia-educação é importante porque vivemos num mundo onde
as mídias estão propagadas de maneira globalizada, com o advento do
neoliberalismo, sobressai uma possível intenção do mercado sobre as querelas de
sua força exercida no meio social, minando a clareza de ideias da grande massa. É
preciso considerar sua importância na vida social, particularmente no que diz
respeito aos jovens, em especial relacionadas à educação, objetivando mudanças
nos hábitos diários, com isso as novas TIC representam, evidentemente, novos
desafios para a mídia-educação, que deve aprender a lidar com uma cultura
midiática.
Ocorreram muitas mudanças ao longo dos anos nos contextos da civilização,
sendo transversalizado por práticas digitais presentes no dia a dia das pessoas
portanto, a escola ao acompanhar estas transições, permite conhecer novas
perspectivas de socialização, revertendo assim novos valores, estimulando um
descentramento da cultura.
A robustez das identidades culturais são originados com base nas fortes
influências da globalização, o que contribui para esse descentramento cultural,
levando o homem independentemente de estar geograficamente no mesmo local, a
não ocupar os mesmos espaços.
As tecnologias e as mídias são consequências da ação dos seres humanos e
até hoje, nenhum sistema educativo integrou oficialmente a mídia-educação como
uma prioridade ou conseguiu difundir seu espírito e sua importância entre os
educadores em geral. No exercício da política e da cidadania é preciso conhecer o
significado desses instrumentos, para que os mesmos contribuem assim, de forma
crítica, na organização da sociedade.
As pessoas precisam compreender que o uso dos recursos tecnológicos em
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sala de aula não devem ser vistos como um mero instrumento técnico, mas sim
como algo de suma importância pedagógica e que contribui com a qualidade
educacional, a partir de encaminhamentos metodológicos, que visem a
aprendizagem. Como retratada no texto “A Agenda de Paris reafirma, com muita
ênfase, a necessidade da mídia-educação”, formando uma geração de indivíduos
mais ativos e críticos podendo viabilizar a democratização e contribuir para
diminuir as desigualdades sociais, intelectuais e culturais, contidos na Convenção
Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, adotada pela UNESCO
em 1989.
A aplicabilidade, dessa nova forma de direcionar os processos de ensino e de
aprendizagem através dos recursos midiáticos, é importante evitar sua
magnificência, assumir a capacidade crítica, abandonar práticas puramente
instrumentais, excluir a visão apocalíptica que propicia a passividade e não a
reflexão.

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Referências

BEVORT, E. ; BELLONI, M. L. Mídia-educação: conceitos, história e


perspectivas. Educ. Soc., Campinas, v. 30, n. 109, p. 1081-1102,  dez.  2009.
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
73302009000400008&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em  27  fev.  2021. 
https://doi.org/10.1590/S0101-73302009000400008.

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