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Terça-feira, 2 de Julho de 2013


I Série
Número 34

BOLETIM OFICIAL
1 714000 003032

ÍNDICE
ASSEMBLEIA NACIONAL:

Lei nº 32/VIII/2013:

Regula a composição, competência e o funcionamento do Conselho das Comunidades. ...................... 890

CONSELHO DE MINISTROS:

Decreto-Lei n.º 25/2013:

Estabelece a estrutura, a organização e as normas de funcionamento do Ministério da Justiça. ....... 895

Decreto-Lei nº 26/2013:

Estabelece o regime jurídico das deslocações, ajudas de custo e outros abonos a aplicar aos deslocados
em serviço público no território nacional e ao exterior. .................................................................... 911

Resolução nº 79/2013:

Autoriza o Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território a realizar as despesas com


a contratação pública para execução da empreitada de construção de 254 (duzentas e cinquenta e
quatro) unidades de Habitações de Interesse Social em Achada Limpo, Concelho da Praia, Ilha de
Santiago, no montante de 924.827.894$00 (novecentos e vinte e quatro milhões, oitocentos e vinte e
sete mil e oitocentos e noventa e quatro escudos). ............................................................................ 913

Resolução nº 80/2013:

Autoriza o Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território a realizar as despesas com a


contratação pública para execução da empreitada de construção de 310 (trezentas e dez) unidades de
Habitações de Interesse Social em Achada Limpo, Concelho da Praia, Ilha de Santiago, no montante
de 1.237.541.149$00 (um bilhão e duzentos e trinta e sete milhões, quinhentos e quarenta e um mil
e cento e quarenta e nove escudos). ................................................................................................... 914

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890 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

Resolução nº 81/2013:

Autoriza o Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território a realizar as despesas com


a contratação pública para execução da empreitada de construção de 390 (trezentas e noventa) uni-
dades de Habitações de Interesse Social em Palmarejo Grande, Concelho da Praia, Ilha de Santiago,
no montante de 1.537.444.978$00 (um bilhão, quinhentos e trinta e sete milhões, quatrocentos e
quarenta e quatro mil, novecentos e setenta e oito escudos). ........................................................... 914
CHEFIA DO GOVERNO:
Despacho nº 4/2013:
Autoriza o Ministério das Infraestruturas e da Economia Marítima a realizar despesas com a Adenda nº 2 ao
contrato para a execução da empreitada "Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos de Santiago". ..........915
CHEFIA DO GOVERNO, MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E MINISTÉRIO DA JUSTIÇA:
Portaria nº 33/2013:
Altera o artigo 2º e o Anexo I (Tabela de Rateio de Receitas pela Prestação de Serviços na Casa do Cidadão)
da Portaria nº 23/2009, de 6 de Julho ................................................................................................ 915

ASSEMBLEIA NACIONAL Comunidades e das Relações Exteriores e, em


especial, das Missões Diplomáticas e Postos
–––––– Consulares, em matérias relevantes para as
Lei nº 32/VIII/2013 comunidades cabo-verdianas;

de 2 de Julho e) Promover o associativismo e intensificar a


solidariedade entre as diversas organizações
A Assembleia Nacional decreta nos termos da alínea das comunidades cabo-verdianas;
b) do artigo 175º da Constituição, o seguinte:
f) Promover a divulgação do contributo dos cabo-
CAPÍTULO I verdianos para o progresso das sociedades de
Conselho das Comunidades acolhimento e de Cabo Verde;
Artigo 1° g) Emitir parecer, sobre questões de emigração e
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Objecto comunidades sempre que solicitado;

A presente lei regula a composição, competência e o h) Obter do Governo e, em particular, das


funcionamento do Conselho das Comunidades, tal como Missões Diplomáticas e Postos Consulares,
previsto no nº 2 do artigo 258º da Constituição da República. informações sobre quaisquer questões
relacionadas com as comunidades.
Artigo 2º
Natureza e âmbito 2. Compete ainda ao Conselho:

1. O Conselho é um órgão consultivo para os assuntos a) Aprovar o seu regulamento interno;


relativos às comunidades cabo-verdianas no exterior. b) Designar o relator do Conselho e os responsáveis
2. O Conselho debruça-se sobre todas as questões de eventuais grupos de trabalho;
relevantes para a vida dos cabo-verdianos residentes no c) Aprovar o relatório anual de actividades e tudo que
exterior, tanto no domínio da sua integração e desen- for consistente com a sua missão e objectivos.
volvimento nos países de acolhimento, como no da sua
Artigo 4º
relação com Cabo Verde.
Composição
Artigo 3º
Competências 1. Integram o Conselho:
1. Compete ao Conselho: a) O membro do Governo responsável pela pasta
das Comunidades, que preside;
a) Contribuir para a definição de políticas de
protecção e de promoção das comunidades b) O membro do Governo responsável pelas
cabo-verdianas, visando a melhoria de Relações Exteriores;
condições de vida e a integração nas
c) Os Deputados eleitos pelos círculos da emigração;
sociedades de acolhimento;
d) Dois representantes por cada Grupo Consultivo.
b) Contribuir para o reforço dos laços que unem
as comunidades cabo-verdianas entre si e a 2. Integram ainda o Conselho, sem direito a voto:
Cabo Verde;
a) O Director-Geral das Comunidades;
c) Contribuir para o aprofundamento dos direitos
b) O Director-Geral dos Assuntos Consulares;
dos cabo-verdianos e suas famílias nos países
de acolhimento e em Cabo Verde; c) Um alto representante do Ministro da Cultura;
d) Acompanhar o trabalho dos departamentos d) O Presidente da Fundação Cabo-verdiana de
governamentais responsáveis pelas áreas das Solidariedade.

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3. Podem ainda tomar parte nos trabalhos do Conselho, Artigo 9º


a convite do Presidente ou por deliberação do Conselho, Sede
e sem direito de voto:
O Conselho tem a sua sede na Cidade da Praia.
a) Personalidades de reconhecido mérito académico,
empresarial, associativo ou cultural, residentes Artigo 10º
em Cabo Verde ou no estrangeiro; Funcionamento

b) Responsáveis de organismos públicos, privados e 1. O Conselho reúne-se, ordinariamente, pelo menos de


não-governamentais com relação a problemáticas 2 (dois) em 2 (dois) anos e extraordinariamente sempre
específicas das comunidades emigradas. que para tal, for convocado pelo Presidente ou a pedido
Artigo 5º da metade dos seus membros.
Eleição 2. O Conselho reúne-se, alternadamente, em Cabo
Verde ou em algum dos países de acolhimento.
Os cidadãos referidos na alínea d) do artigo 4º são eleitos
a título individual pelos respectivos Grupos Consultivos. Artigo 11º

Artigo 6º Convocatória

Deliberações do Conselho 1. A convocatória para a reunião do Conselho é feita


com pelo menos 2 (dois) meses de antecedência, acom-
1. Têm direito a voto os membros do Conselho referidos panhada da proposta de agenda;
no número 1 do artigo 4º.
2. Os documentos a serem discutidos no Conselho de-
2. O Conselho pode validamente funcionar com a vem ser transmitidos aos membros, com pelo menos 15
presença da metade dos membros referidos no número (quinze) dias de antecedência.
1 do artigo 4º.
Artigo 12º
3. As deliberações do Conselho são tomadas por maioria
Secretariado
simples dos votos dos membros presentes e votantes,
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tendo o Presidente o voto de qualidade. 1. O Secretariado do Conselho é assegurado pelo Ga-


Artigo 7º binete do membro do Governo responsável pela área das
Comunidades.
Presidência
2. O secretariado referido no número anterior, garante
O Conselho é presidido pelo membro do Governo res- a comunicação com todos os membros do Conselho.
ponsável pela pasta das Comunidades, que será coadju-
vado por um vice-presidente e por um secretário, eleitos CAPÍTULO II
na primeira reunião do Conselho.
Grupo Consultivo das comunidades
Artigo 8º
Secção I
Competências do Presidente
Disposições Gerais
Compete ao Presidente do Conselho:
Artigo 13°
a) Convocar e conduzir as reuniões; Natureza e âmbito

b) Submeter a agenda da reunião para aprovação 1. O Grupo Consultivo das comunidades cabo-verdia-
dos membros; nas de um determinado território sob a jurisdição de um
c) Coordenar a execução das deliberações e Posto Consular ou missão diplomática do Estado de Cabo
recomendações; Verde, adiante abreviadamanente designado de “Grupo
Consultivo” é o fórum de diálogo e de concertação per-
d) Coordenar a execução do programa de acção manente, de índole eminentemente consultivo, sobre os
aprovado; assuntos relativos a essas mesmas comunidades.

e) Apresentar o relatório de actividades no final do 2. É criado um Grupo Consultivo em cada circunscrição


ano; consular.

f) Apresentar em cada ano, a proposta do orçamento 3. Os Grupos Consultivos são formalmente reconhe-
bem como o relatório de contas; cidos pelo membro do Governo responsável pela pasta
das Comunidades, com a apresentação dos seguintes
g) Assegurar a representação do Conselho em documentos:
reuniões nacionais e internacionais relevantes;
a) Acta do processo electivo;
h) Fixar as regras de representação dos Grupos
Consultivos, tendo em devida conta o princípio b) Lista nominal dos membros, com a devida
de rotatividade. identificação e contacto.

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Artigo 14° b) 7 (sete) nas comunidades com 5.000 (cinco mil)
Casos especiais a 50.000 (cinquenta mil) indivíduos inscritos;

1. Nos lugares ou regiões de grande concentração de c) 9 (nove) nas comunidades com mais de 50.000
comunidades cabo-verdianas onde não existam Missões (cinquenta mil) indivíduos inscritos.
Diplomáticas ou Postos Consulares, o Presidente do Con-
selho das Comunidades pode tomar medidas específicas, 2. A composição nominal dos Grupos Consultivos deve
aprovadas previamente pelo Conselho das Comunidades, ser objecto de publicação.
para a constituição de Grupos Consultivos e suas repre- Artigo 17º
sentações no Conselho.
Presidência do Grupo Consultivo
2. O Presidente do Conselho pode, após a consulta do
mesmo, apoiar a constituição de Grupos Consultivos O Grupo Consultivo é presidido pelo Chefe da Missão
e suas representações no Conselho em comunidades cabo-verdiana no país de acolhimento do Grupo.
expressivas, vivendo em situações sócio-económicas e Artigo 18º
culturais particulares.
Competências do Presidente
Artigo 15°
Competências Compete ao Presidente do Grupo Consultivo:
1. Compete ao Grupo Consultivo: a) Convocar e dirigir as reuniões;
a) Eleger os 2 representantes para o Conselho das
b) Submeter à aprovação a agenda das reuniões;
Comunidades e os respectivos substitutos;
b) Levar ao Conselho das Comunidades, através c) Coordenar a execução das deliberações e
dos representantes eleitos, as preocupações e recomendações;
problemas específicos do próprio Grupo e da
d) Coordenar a execução do programa de
respectiva comunidade;
actividades;
c) Aconselhar as Missões Diplomáticas ou Postos
Consulares em assuntos ou domínios de e) Apresentar o relatório de actividades no final do
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interesse para as comunidades na área de ano; e


jurisdição; f) Apresentar em cada ano o plano de actividades e
d) Contribuir para o incremento e o aprofundamento o projecto de orçamento.
de laços de solidariedade entre os seus
Secção II
membros e as comunidades cabo-verdianas;
Processo Eleitoral
e) Apoiar as Missões Diplomáticas ou Postos
Consulares no diálogo com as autoridades e Artigo 19°
outros actores sociais relevantes dos países
Elegibilidade
de acolhimento;
f) Facilitar a difusão junto, das comunidades, as Pode ser eleito membro do Grupo Consultivo todo o
informações relacionadas com as instituições cidadão cabo-verdiano ou descendente, maior de 18 anos
dos países de acolhimento e sobre acordos e que reside na respectiva circunscrição consular e que
convenções relevantes; e não esteja abrangido por qualquer impedimento legal
pela legislação cabo-verdiana ou do país de acolhimento.
g) Produzir informações e emitir pareceres,
sobre todas as matérias relacionadas Artigo 20º
com a comunidade e dirigi-las às Missões Direito de voto
Diplomáticas ou Postos Consulares e ou
membro do Governo competente. São eleitores do Grupo Consultivo todos os cidadãos
cabo-verdianos inscritos nos cadernos eleitorais da res-
2. Compete ainda ao Grupo Consultivo elaborar e
pectiva circunscrição consular, até 30 (trinta) dias antes
aprovar o seu regulamento interno.
da data da eleição.
3. O acto de eleição a que se refere a alínea a) do nú-
Artigo 21º
mero 1, deve ser objecto de comunicação ao Presidente
do Conselho. Apresentação das listas
Artigo 16°
1. As listas são apresentadas pelos proponentes ao
Composição Chefe da Missão Diplomática ou Consular da circuns-
1. O Grupo Consultivo é composto pelos seguintes nú- crição até 30 (trinta) dias antes da eleição, devendo ser
meros de membros eleitos pela respectiva comunidade, verificadas e afixadas para divulgação pública.
tomando como base as inscrições consulares:
2. Das listas devem constar elementos de identificação
a) 5 (cinco) nas comunidades com até 5.000 (cinco pessoal, bem como a profissão e a residência dos candi-
mil) indivíduos inscritos; datos e ainda a declaração de aceitação de candidatura.

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3. O Chefe da Missão notificará os proponentes da lista Artigo 27º


em caso de inelegibilidade ou qualquer outra irregulari- Substituição
dade que deverá ser suprida no prazo máximo de 6 (seis)
dias, sob pena de recusa da lista. A suspensão do mandato do membro eleito determina
a sua substituição pelo candidato que se segue na ordem
Artigo 22°
de precedência.
Eleição
Artigo 28°

1. A eleição dos membros do Grupo Consultivo é feita Perda da condição de membro


por uma assembleia-geral convocada pelo Chefe da Mis-
são Diplomática ou Consular, por indicação do Membro 1. Determinam a perda de mandato:
do Governo responsável pela pasta das Comunidades. a) O falecimento;
2. A convocatória deve ser feita com pelo menos 60 b) A ocorrência superveniente de alguma das causas
(sessenta) dias de antecedência. de incompatibilidade previstas no artigo 31º;
3. Os membros do Grupo Consultivo são eleitos por c) A perda da condição de emigrante ou de residente
sufrágio directo e secreto de todos os eleitores que com- no estrangeiro;
pareçam à convocatória, por listas plurinominais, subs-
critas por pelo menos 50 (cinquenta) cidadãos do mesmo d) A não-aceitação ou renúncia ao mandato;
território consular.
e) A falta injustificada a 3 (três) reuniões seguidas
4. Considera-se eleita a lista que obtiver o maior nú- do Grupo Consultivo.
mero de votos.
2. A perda de mandato é notificada ao interessado pelo
Artigo 23º Presidente do Grupo Consultivo.
Impossibilidade de eleições Secção IV

Deveres, Direitos e Incompatibilidade dos Membros


Na impossibilidade comprovada de realização de
eleições, o membro do Governo responsável pela área Artigo 29º
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das Comunidades pode autorizar a criação de Grupo


Deveres
Consultivo em conformidade com o disposto no artigo 16º.
Artigo 24°
Constituem deveres dos membros do Grupo Consultivo:

Resultados da votação a) Comparecer nas reuniões do próprio Grupo, bem


como nas do Conselho no caso dos membros
1. Os resultados da votação devem constituir objecto eleitos para este órgão;
de uma acta elaborada e assinada por pelo menos 3 (três)
elementos presentes na assembleia-geral a que se refere b) Participar nas deliberações das reuniões
o número 1 do artigo 22º. referidas na alínea anterior;

2. Os resultados do apuramento geral devem ser c) Contribuir para o adequado desempenho das
publicados através da afixação de edital nas Missões competências atribuídas ao Grupo Consultivo
Diplomáticas ou Postos Consulares da respectiva área e ao Conselho;
de jurisdição e nos sítios da internet do departamento d) Ter um comportamento moral e cívico equilibrado
governamental responsável pela área das Comunidades. e adequado às exigências do cargo e à boa
Artigo 25º imagem das comunidades cabo-verdianas.
Artigo 30º
Interpretação e Integração
Direitos
As disposições do presente diploma em matéria rela-
cionada com o processo eleitoral devem ser interpretadas Os membros do Grupo Consultivo gozam dos seguintes
de harmonia com a legislação eleitoral para a Assembleia direitos:
Nacional.
a) Intervir nos debates, apresentar propostas e
Secção III votar;
Mandato b) Solicitar, por escrito, esclarecimentos aos
Artigo 26° titulares das Missões Diplomáticas ou Postos
Consulares da área de jurisdição do Grupo
Duração do mandato Consultivo;
Os membros do Grupo Consultivo são eleitos por um pe- c) Solicitar, por escrito, ao membro do Governo
ríodo de 4 (quatro) anos, não podendo candidatar-se para responsável pela área das Comunidades,
um terceiro mandato nos 5 (cinco) anos imediatamente informações sobre questões relacionadas com
subsequentes ao termo do segundo mandato consecutivo. as comunidades da emigração.

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Artigo 31º CAPITULO III
Incompatibilidades Disposições finais e transitórias

A titularidade do cargo de membro do Grupo Consul- Artigo 36°


tivo ou de membro substituto é incompatível com:
Primeiras eleições

a) O exercício de cargos de representação em A data das primeiras eleições para o Grupo Consultivo
organismos e serviços governamentais cabo- é fixada, em concertação com as Missões Diplomáticas ou
verdianos no estrangeiro; Postos Consulares, pelo membro do Governo responsável
pela pasta das Comunidades.
b) O exercício, em regime de destacamento ou
de requisição, de qualquer actividade Artigo 37°
profissional que se encontre sob jurisdição do
Experiência
Estado Cabo-verdiano.

Secção V
O departamento governamental responsável pela área
das Comunidades em articulação com o departamento
Organização e funcionamento do Grupo Consultivo governamental responsável pela área das Relações Ex-
teriores e as Missões Diplomáticas ou Postos Consulares
Artigo 32° implicadas devem promover a realização de, pelo menos,
duas experiências pilotos de criação de Grupo Represen-
Reunião
tativo, em países escolhidos livremente.
1. O Grupo Consultivo reúne-se ordinariamente de 6 Artigo 38°
(seis) em 6 (seis) meses e extraordinariamente sempre
que para tal for convocado pelo Presidente ou a pedido Financiamento
de 2/3 (dois terços) dos seus membros.
1. Os custos de funcionamento e as actividades do Con-
selho são financiados através de verba inscrita anualmente
2. O Presidente pode convidar individualidades de
como dotação própria do departamento governamental
reconhecida competência e idoneidade a participar nas
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que tutela a área das Comunidades e subsidiariamente


reuniões do Grupo Consultivo independentemente de ser
com o reforço das verbas do Fundo Autónomo de Solida-
cabo-verdiano ou descendente.
riedade das Comunidades (FASC).
3. O Grupo Consultivo designa, de entre os seus mem- 2. O Governo pode apoiar o funcionamento do Grupo
bros, um relator e o respectivo suplente. Consultivo de acordo com a disponibilidade orçamental
Artigo 33º
ou das verbas do FASC.

Dever de participação 3. O Conselho e o Grupo Consultivo podem mobilizar


recursos para os seus financiamentos, incluindo donati-
Sempre que convidados, as Missões Diplomáticas ou vos da cooperação internacional.
Postos Consulares devem participar nas reuniões do Artigo 39º
Grupo Consultivo.
Dever de cooperação
Artigo 34º
Os responsáveis dos diversos serviços dependentes do
Convocatória Estado de Cabo Verde no estrangeiro, inclusive as Mis-
sões Diplomáticas ou Postos Consulares, devem cooperar
1. As convocatórias das reuniões do Grupo Consultivo com os membros do Grupo Consultivo no quadro das suas
devem ser enviadas aos membros com pelo menos 15 competências, particularmente no que diz respeito ao
(quinze) dias de antecedência, acompanhadas da proposta acesso à informação.
de agenda.
Artigo 40º
2. Os documentos a serem discutidos no Grupo Con-
Observância de legislação local
sultivo devem ser transmitidos aos membros, com pelo
menos 8 (oito) dias de antecedência. A eleição e o funcionamento dos Grupos Consultivo
Artigo 35°
devem observar a legislação e os regulamentos do país
de acolhimento, nomeadamente em matéria de direito
Deliberações de reunião.
Artigo 41º
1. As deliberações do Grupo Consultivo são tomadas
por maioria simples dos membros presentes e votantes. Revogação

2. Das reuniões do Grupo Consultivo são sempre ela- É revogado o Decreto-Lei n.º 38/2000, de 4 de Setembro,
boradas actas. e toda a legislação em contrário.

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Artigo 42° de um núcleo mínimo de serviços que lhe assegurem o
Entrada em vigor
apoio técnico e administrativo e por dar aos restantes
organismos o carácter de pessoas colectivas de direito
A presente lei entra em vigor 30 (trinta) dias após a público, cuja autonomia consta ou será definida caso a
sua publicação. caso nos respectivos diplomas orgânicos.

Aprovada em 24 de Abril de 2013. Assim:

O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso No uso da faculdade conferida pelo n.º 1 do artigo 204.º
Ramos da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Promulgada em 18 de Junho de 2013. CAPÍTULO I

Publique-se. Objecto, direcçao e missão

O Presidente da República, JORGE CARLOS DE Artigo 1.º


ALMEIDA FONSECA Objecto

Assinada em 26 de Junho de 2013. O presente diploma estabelece a estrutura, a organi-


O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso zação e as normas de funcionamento do Ministério da
Ramos Justiça, adiante designado por MJ.
Artigo 2.º
––––––o§o–––––––
Direcção
CONSELHO DE MINISTROS
O MJ é dirigido e orientado superiormente pelo Mi-
–––––– nistro da Justiça.
Artigo 3.º
Decreto-Lei n.º 25/2013
Missão
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de 2 de Julho

O Programa do Governo da VIII Legislatura consagra O MJ é o departamento governamental que tem por
a modernização da Administração Pública como um dos missão a concepção, condução, coordenação, execução e
instrumentos essenciais da estratégia de desenvolvi- avaliação da política nacional de justiça e a promoção
mento do país no sentido da promoção da cidadania e dos direitos humanos e cidadania.
qualidade dos serviços públicos, com ganhos de eficiência, Artigo 4.º
simplificação, racionalização e informatização que condu-
zam concomitante à redução do gasto público supérfluo e Atribuições
optimização dos recursos humanos existentes. 1. Na prossecução da sua missão, são atribuições do MJ:
Com esse objectivo, e em especial, no domínio da ra-
a) Definir, promover e executar as políticas do
cionalização das estruturas da administração pública,
Governo em matéria de Justiça, de Cidadania
o Governo aprovou a nova lei das estruturas, resultado
e Direitos Humanos;
do enquadramento estratégico e organizacional da ma-
croestrutura governamental para a nova legislatura. O b) Promover a igualdade de oportunidades de acesso
redesenho e macro-reengenharia organizacional do Es- de todos os cidadãos e empresas à justiça;
tado foram concretizados, por um lado, pela reavaliação
da natureza, relevância e oportunidade das missões e c) Assegurar o funcionamento adequado do
competências públicas e, por outro, pela necessidade de sistema de administração da Justiça no plano
reforço dos recursos orçamentais e financeiros e capaci- judiciário e nos domínios da segurança do
tação do pessoal afecto aos serviços. tráfego jurídico, da prevenção da litigiosidade
e da resolução não jurisdicional de conflitos;
Com a aprovação da Lei orgânica do Governo para a
presente Legislatura fixa-se a estrutura do Ministério d) Organizar e dirigir as actividades relativas
da Justiça, a qual será materializada neste diploma aos registos, notariado e identificação
orgânico, que constitui um instrumento indispensável à civil, medidas tutelares sócio educativas,
materialização, com eficiência e eficácia, do estabelecido reintegração social de jovens e adultos,
no Programa do Governo para o sector do apoio técnico execução de penas e medidas de segurança
ao sistema judicial, pela ordem e segurança pública, dos privativas de liberdade e, bem assim,
registos e identificação dos cidadãos e empresas e rein- assegurar o bom funcionamento dos
tegração dos presidiários do país. respectivos serviços;

Neste contexto, optou-se por uma estrutura desburo- e) Garantir mecanismos adequados de prevenção
cratizada e desconcentrada, traduzida na disposição da e repressão da criminalidade, de investigação
administração directa e indirecta do Ministério da Justiça criminal, em particular a ligada à droga, ao

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crime organizado, à corrupção e à lavagem 3. Incumbe, ainda, ao Ministério da Justiça:


de capitais, de execução das medidas penais
privativas e não privativas de liberdade, a) Propor e executar, em coordenação com o
de medidas tutelares educativas e de Ministro das Relações Exteriores, medidas de
reintegração social; política, acções e programas de planificação
e gestão das relações de Cabo Verde com
f) Gerir os recursos humanos, financeiros e organizações internacionais em matéria de
materiais afectos à administração da Justiça, justiça, de Direitos Humanos, de prevenção
sem prejuízo da competência própria de outros e combate ao tráfico de estupefacientes
órgãos e departamentos administrativos; e substâncias psicotrópicas, lavagem de
g) Assegurar as relações em matéria de justiça, de capitais e outras formas de criminalidade
Direitos Humanos, de prevenção e combate organizada, bem como com as organizações
ao tráfico de estupefacientes e substâncias não-governamentais e internacionais da área
psicotrópicas, lavagem de capitais e outras dos Direitos Humanos; e
formas de criminalidade organizada, com
b) Propor e executar, em articulação com o Ministro
outros governos e organizações internacionais,
das Relações Exteriores, medidas de política,
sem prejuízo das competências próprias do
acções e programas de cooperação jurídica e
Ministério das Relações exteriores;
judiciária com outros países e organizações
h) Preparar, executar e acompanhar, com carácter regionais e internacionais.
prioritário, os programas e projectos, numa
perspectiva de reforma e avaliação contínua Artigo 5.º
do sistema justiça, em ordem à sua adequação Articulações
às necessidades de desenvolvimento do país e
aos progressos da ciência e tecnologia; 2. O MJ articula-se, especialmente, com:
i) Melhorar a qualidade, o rendimento e a
a) O Ministério das Relações Exteriores, no
funcionalidade das instituições da justiça,
cumprimento das decisões judiciais fora do
designadamente, pela introdução de métodos
território nacional e nas acções respeitantes à
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e práticas pedagógicas que favoreçam uma


cooperação internacional no sector da Justiça,
melhor qualidade de serviços.
nomeadamente da prevenção e perseguição
2. Compete, igualmente ao MJ, no domínio específico da criminalidade, protecção de menoridade,
da justiça: defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania,
e ainda na promoção de condições e meios
a) Promover a elaboração e aprovação de legislação
para a realização de actos de registo civil nos
estruturante da ordem jurídica nacional,
consulados de Cabo Verde;
nomeadamente nas áreas do direito comum e
geral, substantivo e adjectivo, administração b) O Ministério da Saúde, em matéria de
da justiça, direitos fundamentais, protecção combate à droga, de política de saúde nos
tutelar e educativa dos menores, registos, estabelecimentos prisionais, de apoio ao
notariado e identificação civil, serviços sistema judicial na realização de perícias
prisionais, reintegração social dos reclusos, médico-legais e na execução de medidas
prevenção e investigação criminal; de segurança aplicadas a inimputáveis
b) Participar na elaboração de diplomas legais da portadores de anomalia do foro psiquiátrico;
competência ou da iniciativa do Governo;
c) O Ministério da Defesa Nacional, em matéria de
c) Promover a investigação e estudos jurídicos, bem segurança nacional;
como medidas susceptíveis de aperfeiçoar o
direito nacional; d) O Ministério das Finanças e do Planeamento em
d) Promover, em articulação com outras entidades matéria de gestão do Cofre Geral de Justiça;
competentes, a protecção e a defesa dos
e) O Ministério da Administração Interna, em matéria
direitos e condição jurídica dos menores;
de prevenção e combate à criminalidade;
e) Promover, em articulação com a Ordem dos
Advogados de Cabo Verde e com outras f) O Ministério da Juventude, Emprego e
entidades competentes, a criação e manutenção Desenvolvimento dos Recursos Humanos e o
das condições de garantia do acesso dos Ministério de Desenvolvimento Social e Família
cidadãos à justiça, especialmente a assistência em matéria de política de menores, reintegração
e o patrocínio judiciário, a informação jurídica e social dos reclusos e combate à droga.
o apoio às vítimas de crimes;
3. O MJ tem ainda por atribuição assegurar as relações
f) Assegurar a formação de quadros necessários do Governo com os Tribunais, o Ministério Público e os
para o exercício de funções específicas da área Conselhos Superiores de gestão das respectivas Magis-
da justiça. traturas.

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 897

CAPÍTULO II Secção II

Órgãos e Gabinete
Estrutura Orgânica
Artigo 7.º
Secção I
Conselho Consultivo para a Justiça, Direitos Humanos
Estrutura Geral e Cidadania

Artigo 6.º 1. O Conselho Consultivo para a Justiça, Direitos


Humanos e Cidadania (CCJDHC) é o órgão de natureza
Órgãos, Gabinete e Serviços consultiva do Ministro, na definição das linhas gerais de
orientação e na harmonização de estratégias, propostas
1. O MJ compreende os seguintes órgãos e gabinete de de políticas e medidas de política, bem como da activi-
apoio à formulação de políticas: dade do MJ.
a) O Conselho Consultivo para a Justiça, Cidadania 2. O CCJDHC é presidido pelo Ministro e constituído
e Direitos Humanos; pelos seguintes membros:

b) O Conselho Consultivo para a Reintegração a) Bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo


Social e para os Assuntos Prisionais; Verde;

c) O Conselho do Ministério; b) Director de Gabinete do MJ;

c) Director-Geral do Planeamento, Orçamento e


d) O Gabinete do Ministro da Justiça.
Gestão do MJ;
2. O MJ compreende os seguintes Serviços Centrais: d) Presidente da Comissão dos Direitos Humanos
e Cidadania.
a) Direcção-Geral do Planeamento, Orçamento e
Gestão (DGPOG); 4. O Ministro pode, sempre que considerar necessário,
convocar para as reuniões quaisquer outras entidades
b) A Direcção-Geral dos Registos Notariado e
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ou personalidades que entenda útil a sua participação,


Identificação (DGRNI); nomeadamente, representantes das associações sindicais
e dirigentes do MJ.
c) A Direcção-Geral dos Assuntos Judiciais e Acesso
ao Direito (DGAJAD); 5. A organização, competências e o modo do funciona-
mento da CCJDHC são definidos por Portaria do Ministro
d) A Direcção-Geral de Gestão Prisional e da Justiça.
Reintegração Social (DGPRS); e
Artigo 8.º
e) Inspecção-Geral. Conselho consultivo para a Reintegração Social e para os
Assuntos Prisionais
3. O Ministro da Justiça exerce o poder de superior
direcção sobre o Departamento de Inspecção dos Registos, 1. O Conselho consultivo para a Reintegração Social
Notariado e Identificação criada no âmbito do serviço e para os Assuntos Prisionais (CCRSAP) é o órgão de
central de inspecção do Estado. consulta e apoio técnico do Ministro, especificamente, no
exercício das suas competências em matéria de políticas
4. Funcionam ainda no MJ, a nível central, como es- e de concepção, adopção e acompanhamento de medidas
truturas especiais: sócio educativas dos menores de idade compreendida
entre os doze e os dezasseis anos, de reintegração social
a) A Comissão de Coordenação do Combate à Droga dos jovens e adultos e execução nos estabelecimentos
(CCCD); prisionais de penas e medidas de segurança privativas
de liberdade.
b) A Comissão Nacional para os Direitos Humanos
e Cidadania (CNDHC); e 2. O CCRSAP é presidido pelo Ministro da Justiça e
constituído pelo Director Geral da Reintegração Social
c) A Comissão de Programas Especiais de e pelos seguintes membros:
Segurança (CPES).
a) Director do Serviço de Reintegração Social;
5. O Ministro da Justiça exerce o poder de superinten- b) Director do Serviço de Execução das Sentenças e
dência sobre a Unidade de Informação Financeira (UIF) Segurança Prisional
e sobre a Unidade Técnica Operacional e de Gestão da
base de dados nacional da legis-palop (UTO-G). c) Um representante da Procuradoria-Geral da
República;
6. O Ministro da Justiça exerce poder de superior
direcção sobre a Polícia Judiciária (PJ) e o Cofre-Geral d) Um representante do Instituto Cabo-verdiano
de Justiça (CGJ). da Criança e do Adolescente;

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898 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

e) Um representante dos departamentos c) Assegurar a articulação do MJ com as outras


governamentais responsáveis por cada um estruturas governamentais e com entidades
dos seguintes sectores: públicas e privadas, nacionais e estrangeiras,
em assuntos que não sejam de competência
i. Desenvolvimento Social e Família; específica de outro serviço;
ii. Trabalho; d) Organizar as relações públicas do Ministro da
iii. Formação e Emprego; Justiça, designadamente os seus contactos
com a comunicação social;
iv. Educação.
e) Assegurar o expediente e arquivo pessoal, bem
3. A organização, as competências e o modo do fun- como a organização da agenda do Ministro da
cionamento da CCRSAP são definidos por Portaria do Justiça;
Ministro da Justiça, mediante proposta do Director-Geral
f) Assegurar o expediente relativo à publicação
de Reintegração Social.
e distribuição dos despachos, portarias,
Artigo 9.º instruções, ordens de serviço, circulares e
Conselho do Ministério
outras decisões proferidas pelo Ministro da
Justiça;
1. O Conselho do Ministério é o órgão consultivo de na-
tureza técnica e administrativa, integrado pelo Ministro, g) Preparar, prestar apoio logístico e secretariar as
que o preside, pelos dirigentes dos serviços centrais do reuniões convocadas pelo Ministro da Justiça,
Ministério, pelos assessores do Ministro e pelos dirigentes designadamente as dos órgãos consultivos
dos organismos autónomos da administração indirecta previstos neste diploma;
sob a direcção superior do Ministro. h) Proceder a recolha, classificação e tratamento de
informações de interesse para o desempenho
2. O Ministro pode, sempre que considerar necessário,
das actividades do Ministro da Justiça;
convocar para as reuniões do Conselho do Ministério
qualquer funcionário do Ministério. i) Apoiar protocolarmente o Ministro da Justiça.
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3. Compete ao Conselho do Ministério: 3. O Gabinete do Ministro da Justiça é integrado por


pessoas de sua livre escolha, recrutadas externamente
a) Contribuir na definição das orientações que
ou requisitadas de entre o pessoal afecto aos serviços
enformam a actividade do MJ;
do correspondente departamento governamental, em
b) Participar na elaboração do plano de actividades número limitado em função das dotações orçamentadas
do MJ e apreciar o respectivo relatório de para o efeito.
execução; 4. O Gabinete do Ministro da Justiça é dirigido por um
c) Formular propostas e emitir pareceres, Director que é substituído, nas suas ausências e impedi-
nomeadamente sobre questões ligadas à mentos, por quem for designado pelo Ministro.
orgânica, recursos humanos e relações do MJ Secção III
com os restantes serviços e organismos da
Serviços Centrais
Administração; e
Subsecção I
d) Pronunciar-se sobre outras matérias que o
Serviços de apoio ao Planeamento e Gestão
Ministro entender submeter à sua apreciação.
Artigo 11.º
4. O Conselho do Ministério dispõe de regulamento
interno próprio, a aprovar por Despacho do Ministro. Direcção-Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão

Artigo 10.º 1. A DGPOG é o serviço interdisciplinar e de apoio


técnico ao MJ, na formulação e seguimento das políticas
Gabinete do membro do Governo
públicas sectoriais e de apoio técnico e administrativo
1. Junto do Ministro da Justiça, funciona o respectivo na gestão orçamental, recursos humanos, financeiros
Gabinete encarregue de o assistir, directa e pessoalmen- e patrimoniais, bem como na área da modernização
te, no desempenho das suas funções. administrativa.

2. Compete ao Gabinete tratar do expediente pessoal 2. Compete à DGPOG, designadamente:


do Ministro da Justiça, bem como desempenhar funções a) Conceber, estudar, coordenar e apoiar
de informação, documentação e outras de carácter político tecnicamente no domínio do planeamento,
ou de confiança, cabendo-lhe, designadamente: nomeadamente, na preparação dos
a) Assessorar tecnicamente o Ministro da Justiça planos trienais, assegurando as ligações
nos assuntos que este lhe distribua; aos serviços centrais de planeamento no
processo de elaboração dos Planos Nacionais
b) Receber, expedir e registar toda a correspondência de Desenvolvimento e de controlo da sua
pessoal do Ministro da Justiça; execução;

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 899

b) Elaborar e manter actualizado o Quadro de técnico especializado na concepção, planeamento, elabo-


Despesas Sectoriais de Médio Prazo do ração e seguimento das políticas que o MJ deve levar a
MJ, articulando-se com todos os serviços e cabo, designadamente através da recolha, sistematização
organismos, em especial com os serviços do e divulgação de informações sobre matérias relaciona-
departamento governamental responsável das com as finalidades e atribuições do Ministério, e o
pela área das Finanças, em matéria relativa desenvolvimento de programas de reforço e capacitação
à gestão orçamental e financeira; da justiça.
c) Acompanhar a gestão e utilização dos recursos 2. Compete ao SEPC, nas áreas de estudos e planea-
materiais e financeiros e proceder à mento, designadamente:
consolidação dos orçamentos dos serviços e
organismos do Ministério; a) Elaborar os estudos que permitem, de uma forma
sistemática, conhecer a situação dos sectores e
d) Gerir o património do MJ; tornar perceptíveis as tendências e antecipar
e) Assegurar e coordenar a implementação de propostas de solução das dificuldades;
soluções informáticas a nível de todo o MJ, b) Elaborar o plano estratégico compreendendo
privilegiando a instalação e desenvolvimento todos os seus componentes e realizar o
uniformes de aplicações; relatório de avaliação do impacto dos planos
f) Conceber, propor e implementar um sistema de e projectos, em articulação com os outros
acompanhamento e avaliação sistemática, serviços competentes;
visando garantir a articulação coerente
c) Organizar, de acordo com a lei e em coordenação
ao nível da prossecução dos objectivos dos
com os diferentes serviços, organismos do MJ
diferentes sectores do sistema, para efeitos
e com o Instituto Nacional de Estatísticas,
de aferição da qualidade e de comparação; e
a produção e a divulgação dos indicadores
g) Centralizar e sistematizar as informações estatísticos que interessam ao planeamento e
relativas à evolução de todos os projectos seguimento dos sectores;
respeitantes à Justiça bem como ao
seguimento, controlo e avaliação dos mesmos. d) Coordenar as acções de planeamento sectorial
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e regional, preparando e controlando


3. O Director-Geral de Planeamento, Orçamento e Ges- a execução dos planos de investigação,
tão constitui antena focal para a coordenação interna da o plano de actividades e o respectivo
execução das medidas de política para o sector da reforma relatório de execução do MJ e dos serviços
do estado e modernização da administração pública. desconcentrados;
4. Sob a coordenação do Director-Geral de Planeamento, e) Apoiar, incentivar e participar em estudos e
Orçamento e Gestão, funciona a Unidade de Gestão das acções de normalização, relativos a domínios
Aquisições do MJ, adiante abreviadamente designado de específicos da actividade do MJ, conduzidos
UGA, com as competências e atribuições previstas na lei por outros serviços e organismos;
das aquisições públicas e regulamentos, entre as quais:
f) Participar, com outros organismos responsáveis
a) Planear as aquisições do MJ; por acções de formação técnica e profissional
b) Conduzir os processos negociais; exteriores ao MJ, na planificação e na
preparação da política nacional no domínio do
c) Efectuar a agregação de necessidades; planeamento de recursos humanos, de modo a
d) Fazer a monitorização das aquisições. garantir a sua compatibilização e articulação
com o sistema de justiça e serviços prisionais;
5. São serviços internos ao DGPOG com funções de
apoio técnico-administrativo nos domínios do estudo, g) Participar na definição e avaliação da política
planeamento, cooperação, gestão de recursos humanos, nacional de formação e desenvolvimento de
financeiros, patrimoniais e logísticos: recursos humanos;

a) Serviço de Estudos, Planeamento e Cooperação h) Promover e apoiar a realização de congressos,


Institucional; e colóquios e outras reuniões científicas e na
edição de publicações especializadas nas
b) Serviço de Gestão de Recursos Humanos, áreas da justiça e da promoção dos direitos
Financeiros e Patrimoniais. humanos;
6. A DGPOG é dirigida por um Director Geral, provido
i) Organizar um sistema eficaz de informação e
nos termos da lei.
comunicação no seio do Ministério e com a
Artigo 12.º sociedade, em ligação estreita com os demais
Serviço de Estudos, Planeamento e Cooperação Institucional serviços e organismos vocacionados;

1. O Serviço de Estudos, Planeamento e Cooperação j) O que mais lhe for cometido por lei ou pelo
Institucional (SEPC) tem por missão os estudos e o apoio Ministro.

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900 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

3. Compete ao SEPC, na área de cooperação institucio- e) Promover a elaboração de estudos e propostas


nal proceder à articulação e coordenação das acções da com vista à definição dos meios informáticos
incumbência do MJ, em geral, com os órgãos e serviços mais adequados aos serviços;
dos departamentos governamentais com funções afins ou
complementares e, em especial, com o Conselho Superior f) Estudar, submeter à superior aprovação e
da Magistratura Judicial e com o Conselho Superior do acompanhar a aplicação de normas de
Ministério Público. controlo, de coordenação e de interligação dos
sistemas informáticos existentes ou a criar
4. O SEPC coordena ainda funções especializadas e nos serviços do MJ, tribunais e Ministério
de articulação transversal dos serviços centrais do MJ: Publico;

a) Na área de comunicação e imagem; g) Identificar e planear as necessidades de acções


de formação nas tecnologias de informação, a
b) Na área da informatização e governação integrar no plano de formação;
electrónica.
h) Promover as providências necessárias para
5.Compete ao SEPC, na área de comunicação e ima- a utilização adequada das tecnologias da
gem: informação pelos serviços externos e para a
eficácia do seu funcionamento;
a) Dotar o MJ de um sistema de comunicação
interna que propicie um fluxo regular e i) Instalar, gerir e administrar em articulação com
actualizado de informações susceptíveis de os serviços concernentes, redes informáticas
contribuir para a melhoria da qualidade de e bases de dados gerais e sectoriais do MJ,
intervenções dos serviços; tanto a nível interno e externo, como a nível
dos seus serviços autónomos;
b) Participar na organização das relações públicas
j) Instalar e gerir em articulação com os serviços
do Ministro;
concernentes, nos termos definidos em
c) Preparar, elaborar e divulgar publicações, diploma próprio, as redes informáticas,
estatísticas e informações relativas aplicativos e bases de dados destinados aos
aos programas de desenvolvimento e serviços judiciais, do Ministério Público;
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modernização do MJ nas suas diversas k) Emitir informações e pareceres sobre matérias


vertentes, em ligação com todos os serviços relativas aos sistemas informáticos;
do MJ e especialmente com as Casas do
Direito, os tribunais e secretarias judiciais e l) Propor a aquisição e substituição do material
do ministério público; informático.

d) Apoiar na organização de conferências, fóruns 7. O SEPC é dirigido por um Director de Serviço, pro-
e outras actividades, visando a divulgação e vido nos termos da lei.
a análise de informações sobre assuntos que Artigo 13.º
relevam das atribuições do MJ; Serviço de Gestão de Recursos Humanos, Financeiros
e Patrimoniais
e) Apoiar na coordenação e consolidação das acções
de planeamento sectorial, comparticipando na 1. O Serviço de Gestão de Recursos Humanos, Finan-
programação anual para a concretização das ceiros e Patrimoniais (SGRHFP) tem por missão o apoio
diferentes actividades previstas pelo MJ; e relativo a administração, finanças e património do Mi-
nistério da Justiça.
f) O mais que for determinado superiormente.
2. Compete ao SGRHFP, designadamente:
6. Compete ao SEPC, na área de informatização e
a) Desempenhar funções de natureza
governação electrónica:
administrativa e financeira de carácter
a) Promover e difundir a utilização das tecnologias comum aos diversos serviços do Ministério da
de informação, bem como promover Justiça, em coordenação com os mesmos;
concursos destinados à aquisição do material b) Apoiar a definição das principais opções em
informático; matéria orçamental;
b) Promover as acções tendentes à adequada gestão c) Assegurar a elaboração do Orçamento de
e conservação do equipamento informático; funcionamento do Ministério da Justiça,
em articulação com os demais serviços e
c) Propor a definição dos objectivos e a calendarização organismos desconcentrados e autónomos,
das diversas fases de desenvolvimento das bem como acompanhar a respectiva execução;
aplicações informáticas;
d) Promover e organizar o expediente relativo à
d) Apoiar os serviços externos na definição das realização das despesas de funcionamento e
suas necessidades de informação e analisar a investimento, em coordenação com os demais
possibilidade do seu tratamento informático; serviços e organismos do Ministério da Justiça;

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 901

e) Assegurar as operações de contabilidade b) Implementar o estudo, a análise e a definição de


financeira e a realização periódica dos perfis profissionais, com vista ao desempenho
respectivos balanços e a guarda e boa de novas funções requeridas pela evolução
conservação do arquivo de todos os da acção da justiça, dos registos e serviços
documentos e outros suportes contabilísticos; prisionais;

f) Assegurar as operações de contabilidade geral, c) Articular com os serviços desconcentrados da


prestação de contas e balancetes; Justiça as necessidades de formação inicial,
contínua e especializada dos recursos
g) Articular-se, em especial, com os serviços humanos na área de administração, direcção
competentes do departamento governamental e gestão;
responsável pela área das finanças, em
matérias relativas a gestão financeira; d) Colaborar com os serviços desconcentrados do MJ
na programação e orientação das operações
h) Gerir o património do Ministério em articulação relativas ao registo de cidadãos e empresas,
com os diversos serviços do Ministério da nos seus aspectos de gestão e funcionamento;
Justiça e a DGPE do Ministério das Finanças;
e) Proceder ao tratamento dos dados relativos
i) Assegurar a manutenção e conservação dos
às áreas de competência destes serviços
edifícios e garantir a segurança de pessoas e
desconcentrados;
bens;
f) Dar parecer sobre projectos de diplomas que
j) Promover os expedientes relativos às aquisições
versem matérias de administração de pessoal
dos bens para os serviços, em coordenação
ou do âmbito do procedimento administrativo
com os demais serviços e organismos do
ou contencioso na área da sua competência;
Ministério;
g) Assegurar o relacionamento com as organizações
k) Propor as alterações orçamentais e os reforços de
representativas do pessoal do MJ, dentro
verbas julgados convenientes, sem prejuízo
dos limites fixados na lei sobre o direito de
das competências atribuídas aos dirigentes
negociação da Administração Pública;
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nos serviços centrais e dos serviços e fundo


autónomo; h) Promover e assegurar o recrutamento e a
mobilidade do pessoal entre sectores do MJ e
l) Assegurar a coordenação do processo de execução
inter-departamentalmente;
de receitas e de despesas, garantindo a
necessária transversalidade, nomeadamente i) Desencadear os procedimentos para as Juntas de
a integração e consolidação das contas e Saúde competentes promoverem a avaliação
promovendo a articulação entre as diversas dos processos relativos ao pessoal do
etapas do processo de execução; ministério e dos estabelecimentos de justiça;
m) Assegurar o auto controlo no âmbito do j) Promover o apoio necessário ao processo de
controlo interno ou concomitante do processo descentralização e aplicação do regime de
de execução orçamental de receitas e de autonomia dos estabelecimentos de justiça na
despesas; gestão dos seus próprios recursos humanos;
n) Participar na elaboração dos planos anuais de k) Harmonizar a política geral da função pública
aquisição e quadros de despesas de médio com as medidas a adoptar em sede das áreas
prazo, assim como em negociações visando a do ministério e dos tribunais e secretariais
fixação de plafonds anuais para as respectivas judiciais e do ministério público; e
áreas de jurisdição;
l) Monitorizar e avaliar a qualidade do desempenho
o) Elaborar relatórios de seguimento e avaliação;
organizacional resultante das políticas
p) Assegurar a preparação dos pedidos de expressas nas alíneas anteriores.
realimentação do fundo de maneio; e
4. O SGRHFP é dirigido um Director de Serviço, pro-
q) O que mais lhe for conferido por lei ou pelo Ministro. vido nos termos da lei.
Subsecção II
3. Compete ainda ao nível de gestão dos recursos
humanos: Serviços de Concepção de Estratégia, Regulação
e Coordenação de Execução
a) Conceber as políticas de desenvolvimento
relativas aos recursos humanos do MJ, em Artigo 14.º
particular as políticas de recrutamento e Direcção-Geral dos Registos, Notariado e Identificação
selecção, de carreiras, de remunerações, de
reclassificação ou reconversão profissional, 1. A Direcção Geral dos Registos, Notariado e Identifi-
disciplinar e de avaliação de desempenho; cação, adiante designada DGRNI, é o serviço encarregado

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902 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

de conceber, elaborar, propor, executar e fazer executar, l) Organizar e manter actualizada uma base de
coordenar, acompanhar, avaliar e fiscalizar a execução dados dos RNI;
das políticas, medidas de política e estratégias do MJ
relativas aos registos, notariado e identificação civil e m) Promover a coordenação de todas as actividades
criminal, bem como de zelar pelo cumprimento das nor- de investigação científica e tecnológica no
mas legais nessas matérias. país, em matéria de registos, notariado e
identificação;
2. Compete à DGRNI:
n) Elaborar e manter actualizado o inventário do
a) Apoiar o Ministro da Justiça na formulação potencial científico e tecnológico nacional, em
e concretização de políticas relativas à matéria de registos, notariado e identificação;
identificação civil e criminal, aos registos e ao
notariado, bem como a execução das medidas o) Elaborar estudos e propor políticas de
delas decorrentes; desenvolvimento, formação e gestão de
recursos humanos de nível superior, em
b) Assegurar a direcção, orientação, coordenação, articulação com os demais serviços e
controlo técnico, avaliação e o funcionamento organismos vocacionados, em matéria de
dos serviços dos registos, notariado e registos, notariado e identificação;
identificação civil e criminal;
p) Mobilizar financiamentos para os programas de
c) Promover estudos na área dos registos, notariado desenvolvimento dos RNI;
e identificação, em articulação com a DGPOG
e demais estruturas competentes, destinados q) Coordenar a execução da política, em matéria de
à racionalização e modernização dos serviços; registos, notariado e identificação;

d) Conhecer, nos termos da lei, dos recursos r) Exercer outras funções que lhe sejam
hierárquicos interpostos de decisões dos determinadas por lei ou superiormente.
Conservadores, Notários e funcionários
responsável a nível nacional para a 3. A DGRNI integra os seguintes órgãos e serviços:
Identificação Civil e Criminal, relativos
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a actos e processos por eles praticados no a) Conselho Técnico dos Registos, Notariado e
exercício das respectivas funções; Identificação;

e) Promover a recolha, tratamento e a divulgação b) Arquivo Nacional de Identificação Civil e


da documentação e da informação técnico- Criminal;
jurídica relevantes para os serviços dos
c) A Conservatória dos Registos Centrais;
registos, notariado, identificação civil e
nacionalidade; d) As Conservatórias dos Registos;
f) Uniformizar procedimentos e esclarecer dúvidas
e) Registo Nacional de Firmas;
suscitadas pelos respectivos serviços com
relação a interpretação e aplicação das leis e f) Os Cartórios Notariais;
regulamentos em vigor incluídos no âmbito
das suas competências; g) As Delegações dos Registos e do Notariado; e

g) Centralizar, organizar e remeter mensalmente h) Os postos de registo civil.


à DGPOG, os dados estatísticos relativos aos
serviços sob a sua dependência; 4. A Direcção Geral dos RNI é dirigida por um Direc-
tor-Geral, nos termos da lei do pessoal dirigente e do
h) Apresentar directamente ao Ministro da Justiça diploma orgânico e do pessoal dos registos, notariado e
propostas de mobilidade do pessoal do quadro identificação.
privativo dos Registos, do Notariado e de
Identificação (RNI) e proceder, nos mesmos Artigo 15.º
termos, à sua execução, mediante prévia Organização, competência e funcionamento dos serviços
articulação administrativa e financeira à
DGPOG e com demais entidades que couber; Sem prejuízo no disposto neste diploma, os serviços
que integram a DGRNI têm organização, competência
i) Assegurar o planeamento da formação,
e funcionamento definidos nos termos do seu diploma
qualificação e capacitação de quadros de nível
orgânico e demais legislação aplicável.
superior;
Artigo 16.º
j) Promover as condições para o desenvolvimento
do sistema dos RNI; Conselho Técnico dos Registos, Notariado e Identificação

k) Articular-se com as Casas do Cidadão, sem 1. O Conselho Técnico dos Registos, Notariado e
prejuízo das autonomias destas; Identificação (CTRNI) é um órgão colegial de consulta e

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 903

apoio técnico do Director-Geral dos Registos, Notariado b) Emitir os bilhetes de identidade;


e Identificação no exercício das suas funções, integrado
pelos seguintes dirigentes: c) Efectuar os registos ou averbamentos que, nos
termos da lei, devem ser feitos nos boletins de
a) O Inspector dos Registos, Notariado e Identificação; registo criminal;
b) O Conservador dos Registos Centrais; d) Emitir os certificados de registo criminal;
c) O Director do Arquivo Nacional de Identificação
Civil e Criminal; e) Articular-se com os arquivos policiais,
designadamente os da Polícia Judiciária e
d) O Dirigente do Registo Nacional de Firmas; da Polícia Nacional, e com os dos serviços
competentes em matéria de processo eleitoral;
e) Dois Conservadores-Chefes eleitos pelos seus pares;
f) Dois Notários-Chefes eleitos pelos seus pares; e f) Organizar em banco de dados, especialmente
os informáticos, todo o cadastro registral no
g) Um Dirigente representante do Departamento âmbito das suas atribuições; e
Governamental responsável pela área das
Relações Exteriores. g) O mais que lhe for cometido por lei ou
superiormente.
2. Pode o Director-Geral dos Registos, Notariados e
Identificação, sempre que o entender conveniente, con- 2. O ANICC, com sede na cidade da Praia e jurisdição
vidar, para participarem nos trabalhos do CTRNI, sem sobre todo o território nacional, organiza-se e funciona
direito a voto, outros conservadores notários. autonomamente e por forma mais adequada, visando
3. O CTRNI é convocado e presidido pelo Director-Geral garantir a maior eficácia e celeridade de procedimentos.
Registos, Notariados e Identificação.
3. O ANICC é dirigido por um director, equiparado a
4. Ao CTRNI incumbe: director de serviço, ou por um oficial conservador ou ofi-
cial notário, nos termos do respectivo estatuto de pessoal.
a) Recolher elementos de informação sobre o estado
de organização e funcionamento dos serviços, Artigo 18.º
1 714000 003032

tendo em vista a orientação, a articulação e o


aperfeiçoamento dos mesmos; Conservatória dos Registos Centrais

b) Assessorar o Director-Geral dos Registos, 1. À Conservatória dos Registos Centrais (CRC) com-
Notariado e Identificação no conhecimento pete centralizar a prática e os registos dos factos e actos
das reclamações e dos recursos hierárquicos que lhe forem cometidos por lei nos domínios de registos,
que lhe sejam submetidos para apreciação; notariado e nacionalidade que não sejam da competência
reservada dos outros serviços que integram a DGRNI, á
c) Assegurar a inspecção dos serviços centrais e
qual, em especial, compete efectuar, designadamente:
de base territorial dos registos, notariado e
identificação; a) O registo central da nacionalidade e respectivo
d) Verificar o cumprimento das disposições gerais e contencioso;
especiais que regulam a actuação dos serviços;
b) O registo central do estado civil;
e) Proceder a estudos que visem o aperfeiçoamento
dos serviços; c) O registo central de escrituras e testamentos;

f) O mais que lhe for cometido por lei ou por decisão d) O registo de nascimento ou óbito de cidadãos
superior. cabo-verdianos ocorrido no estrangeiro;
5. O CTRNI dispõe de regulamento interno próprio, e) O registo de nascimento e óbito ocorrido em
aprovado por despacho do Ministro, mediante proposta viagem, a bordo de navio ou aeronave cabo-
da DGRNI. verdianos;
Artigo 17.º
f) O registo de casamento celebrado no estrangeiro, se
Arquivo Nacional de Identificação Civil e Criminal
algum dos nubentes for cidadão cabo-verdiano;
1. O Arquivo Nacional de Identificação Civil e Criminal,
(ANICC) é o serviço central encarregado de centralizar, g) O registo de administração de bens, delegação de
organizar e manter actualizado, a nível nacional, os registo poder paternal, tutela, curatela ou curadoria,
em matéria de identificação civil e criminal e de velar pelo se o menor, interdito, curatelado ou ausente
cumprimento das normas e princípios legais estabelecidos tiver nascido no estrangeiro;
nessa matéria, ao qual compete, designadamente:
h) O registo de todos os factos a isso sujeitos e
a) Superintende nas conservatórias dos registos não especificados nas alíneas anteriores,
e delegações dos registos e notariado em respeitantes a cabo-verdianos, quando
matéria de identificação civil e criminal; ocorridos no estrangeiro;

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904 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

i) A transcrição de actos de registo realizados no e demais pessoas colectivas, velando pelo


estrangeiro perante autoridades locais e respeito pelos princípios e normas legais
referentes a cidadãos estrangeiros; estabelecidos para as firmas;

j) A transcrição das decisões relativas ao estado ou b) Emitir, nos termos e condições da lei, os
capacidade civil dos cidadãos cabo-verdianos certificados de admissibilidade de firma;
proferidas pelos tribunais estrangeiros,
depois de revistas e confirmadas pelo c) Atribuir o inerente direito de uso exclusivo da
Supremo Tribunal de Justiça, salvo convenção firma, bem como declarar a perda do mesmo
internacional em contrário; direito;

d) Propor e promover, em coordenação com as


k) A integração no respectivo livro dos assentos
demais entidades competentes, as medidas
correspondentes aos factos previstos nas
necessárias à manutenção e desenvolvimento
alíneas d), f) e h), quando previamente
da lealdade da concorrência, no que esta
lavrados pelos agentes diplomáticos ou
depende do registo e composição das firmas;
consulares de Cabo Verde no estrangeiro;
e) Aplicar coimas ou promover o procedimento
l) O registo prévio e por meio de assento dos adequado, nos termos das disposições legais
actos relativos ao estado civil lavrados no aplicáveis;
estrangeiro perante as autoridades locais,
que tenham que ser averbados a assentos f) Criar e manter actualizada uma base de dados
existentes em livro das conservatórias do de firmas constituídas por expressões de
registo civil; fantasia previamente aprovadas;

m) Em geral, o registo de todos os factos a ele g) Criar e manter actualizada uma base de dados
sujeitos ou admitidos, par o qual não seja com estatutos diversificados de sociedades
competente nenhuma outra conservatória comerciais, de modelo aprovado pelo Director-
dos registos; Geral dos registos, Notariado e Identificação;

n) A organização da estatística anual geral dos h) O mais que lhe for cometido por lei ou decisão
1 714000 003032

actos dos registos e do notariado; superior.

o) Articular-se permanentemente com as 3. O Registo Nacional de Firmas é dirigido pelo Con-


conservatórias dos registos, os cartórios servador de Registos da Conservatória de Registos da
notariais, o arquivo nacional de identificação Praia que se encarrega do Registo Comercial, em regime
civil e criminal e os serviços diplomáticos de acumulação de serviços.
e consulares cabo-verdianos sediados no Artigo 20.º
estrangeiro;
Direcção-Geral dos Assuntos Judiciais e Acesso ao Direito
p) O mais que lhe for cometido por lei.
1. A Direcção-Geral dos Assuntos Judiciais e Acesso
2. A CRC é única, com jurisdição em todo o território ao Direito (DGAJAD) tem por missão conceber, elaborar,
nacional, tem a sua sede na cidade da Praia e organiza-se propor, executar e fazer executar, coordenar, acompa-
e funcionam autonomamente e por forma mais adequada, nhar, avaliar e fiscalizar a execução das políticas, medi-
visando garantir a maior eficácia e celeridade de proce- das de política e estratégias do MJ relativas à cooperação
dimentos. internacional, legislação e acesso ao Direito.

2. A DGAJAD integra os serviços de Cooperação In-


3. A CRC é dirigida por um oficial conservador ou oficial
ternacional e Legislação, de Revisão e Acompanhamento
notário, nos termos do respectivo estatuto de pessoal.
Legislativo e de Acesso ao Direito;
Artigo 19.º
3. Os dirigentes dos serviços integrados na DGAJAD
Registo Nacional de Firmas são providos pelo membro do Governo responsável pela
área da Justiça, mediante comissão de serviço, podendo
1. O Registo Nacional de Firmas é o serviço central da ainda, sempre que se mostrar útil e necessário, criarem-
área dos registos e do notariado encarregado de assegurar se equipas de trabalho nos termos da lei.
a centralização, a nível nacional, dos registos relativos à
identificação de empresas e de outras pessoas colectivas Artigo 21.º
e o respeito pelos princípios e normas legalmente esta- Serviço de Cooperação Internacional e Legislação
belecidos a respeito das mesmas.
1.Incumbe ao Serviço de Cooperação Internacional e
2. Compete ao Registo Nacional de Firmas, designa- Legislação (CIL), em matéria de cooperação internacional,
damente: o seguinte:

a) Estudar, planear e coordenar as tarefas a) Estudar as possibilidades, modalidades e vias de


necessárias à identificação das empresas promoção e desenvolvimento da cooperação

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 905

com outros países e com organismos c) A identificação das necessidades legislativas na


estrangeiros ou internacionais, no sector área da administração da justiça;
da justiça, centralizando a informação
necessária para a preparação, seguimento, d) A observação permanente do desempenho
controlo e avaliação dos programas e projectos dos operadores do direito e, bem assim, do
de assistência técnica e financeira externa; impacto junto dos cidadãos e das empresas
no quotidiano das relações jurídicas que
b) Contribuir para a definição de objectivos anuais estabelecem entre si sobre a qualidade
ou plurianuais em matéria de cooperação e validade económica e social das regras
e estabelecer estratégias de acção tendo em jurídicas vigentes, com vista à promoção do
conta os países e organizações considerados seu aperfeiçoamento; e
prioritários e os meios necessários;
e) A recolha de elementos relativos à legislação,
c) Representar ou assegurar as relações do MJ doutrina, jurisprudência e outra
com entidades estrangeiras ou organismos documentação científica e técnico-jurídica,
internacionais, em matéria de cooperação, em tanto nacionais, como estrangeiros de
articulação e coordenação com o ministério interesse para estudo e modernização do
responsável pelas relações externas; ordenamento jurídico nacional, em particular
em matérias que respeitem às atribuições do
d) Promover, coordenar e apoiar em articulação
Ministério da Justiça.
com os serviços competentes do departamento
governamental, responsável pelas relações Artigo 22.º
externas, as medidas de cooperação jurídica
e judiciária com outros Estados; Serviço de Revisão e Acompanhamento Legislativo

e) Organizar e manter actualizado, em parceria 1. O serviço de Reformas e Acompanhamento Legis-


com outros organismos públicos que lidam lativo (SRAL) é um serviço constituído por uma equipa
com a matéria, designadamente o serviço do de técnicos superiores, sob a direcção da DGAJAD, de
departamento governamental responsável reconhecida idoneidade e competência técnica, designa-
1 714000 003032

pelas relações exteriores, um quadro temático dos pelo tempo e consoante a natureza e necessidades
de Convenções Internacionais, Regionais, da prossecução das atribuições do MJ, em matéria de
no quadro da Comunidade Económica dos feitura de leis.
Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), e
organizacionais, no quadro da Comunidade 2. Podem ser atribuídas ao SRAL, designadamente, as
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e seguintes tarefas:
respectivos Protocolos, subscritas por Cabo
Verde, bem assim os Acordos, Multilaterais e a) A concepção e elaboração de projectos e
Bilaterais e respectivos Protocolos Adicionais propostas de diplomas legais, no âmbito da
ligados à justiça; administração da justiça;

f) Preparar a participação do MJ nas reuniões b) O acompanhamento e a avaliação da aplicação


das comissões mistas previstas no quadro dos diplomas legais referidos na alínea
de convenções ou acordos de que Cabo Verde antecedente;
seja parte;
c) A identificação das necessidades legislativas na
g) Proceder periodicamente à avaliação e à área da administração da justiça;
informação sobre o estado da cooperação do
MJ, favorecendo a introdução de medidas d) A recolha de elementos relativos à legislação,
correctoras e ou dinamizadoras dessa doutrina, jurisprudência e outra
cooperação; e documentação científica e técnico jurídico,
tanto nacionais, como estrangeiros de
h) Exercer as demais competências e atribuições interesse para estudo e modernização do
que lhe forem cometidas por lei ou por decisão ordenamento jurídico nacional, em particular
superior. em matérias que respeitem às atribuições do
2. Incumbe à CIL, em especial, em matéria de legis- Ministério da Justiça.
lação:
3. Os membros do SRAL são recrutados em regime
a) A concepção e elaboração de projectos e de contrato de prestação de serviço dentre profissionais
propostas de diplomas legais, no âmbito da não vinculados ou que não se encontrem na situação de
administração da justiça; efectividade na Administração Pública e por funcionários
nomeados em comissão de serviço ou requisitados para
b) O acompanhamento e a avaliação da aplicação o desempenho de tarefas em regime de acumulação com
dos diplomas legais referidos na alínea as do respectivo cargo, neste último caso, com direito a
antecedente; senhas de presença pelas reuniões em que participarem.

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906 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013


Artigo 23.º 4. A DGPRS integra ainda os serviços de base territo-
Serviço de Acesso ao Direito
rial compreendendo as cadeias centrais e regionais e os
estabelecimentos tutelares sócio educativos dos menores.
1. Incumbe ao Serviço de Acesso ao Direito (SAD):
5. No exercício das suas respectivas competências,
a) Administrar e dirigir os serviços técnicos das cada um dos serviços da direcção geral, referidos nas
Casas do Direito; alíneas a) a c) do n.º 3, articula-se obrigatoriamente e
em permanência com os demais da mesma Direcção
b) Elaborar e submeter à aprovação do Ministro da Geral e coordena com estes todas as acções que em con-
Justiça os regulamentos internos das Casas creto estejam ou devam ser executados quer no interior
do Direito e as suas alterações; quer no exterior dos estabelecimentos prisionais, com
c) Elaborar e submeter à aprovação do Ministro vista à reintegração social dos reclusos e à execução das
da Justiça o Regulamento de Encargos sentenças penais condenatórias em penas ou medidas
relacionados com a prestação de serviços nas privativas da liberdade.
Casas do Direito; 6. Os dirigentes da DGPRS e dos serviços centrais neles
integrados são providos nos termos da lei.
d) Aprovar uma lista aberta de Mediadores das
Casas do Direito, de conformidade com a lei; 7. A designação dos dirigentes dos serviços de base ter-
ritorial é estabelecida nos respectivos diplomas orgânicos.
e) Promover o estudo da Mediação e a formação dos
Mediadores; Artigo 25.º

Serviço de reintegração social e execução de medidas sócio


f) Promover a divulgação da Arbitragem e a criação educativas
de Centros de Arbitragem;
1. O Serviço de Reintegração Social e Execução de Me-
g) Estabelecer, nos termos do presente diploma, didas Sócio Educativas (SEMSE) tem por missão a exe-
relações de cooperação com outras instituições cução de medidas reintegração social e sócio-educativas
de Mediação, Conciliação e Arbitragem aplicadas pelos tribunais aos menores, de idade compre-
estrangeiras; endida entre os doze e os dezasseis anos em cumprimento
de penas privativas de liberdade, aplicadas em processo
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h) Promover e acompanhar as actividades


penal incumbindo-lhe, designadamente:
referentes à assistência judiciária na vertente
do patrocínio. a) Definir, executar, acompanhar e avaliar, em
articulação com outros serviços competentes,
2. Sem prejuízo do disposto no presente diploma, a
estratégias, provisão dos meios e actividades
organização, competência e funcionamento das casas do
relativos a medidas tutelares sócio educativa
direito são regulados por diploma próprio.
que em concreto tenham sido aplicadas pelos
Artigo 24.º tribunais aos menores;
Direcção-Geral de Gestão Prisional e Reintegração Social b) Prestar assessoria técnica aos tribunais de
execução das penas, no âmbito das atribuições
1. A Direcção-Geral de Gestão Prisional e Reintegração
que prossegue;
Social (DGPRS) é o serviço do Ministério da Justiça res-
ponsável pela promoção da definição e pela execução da c) Efectuar estudos e investigações referentes ao
política do Governo em matéria de reintegração social dos tratamento e reintegração social de reclusos,
jovens e adultos em cumprimento de sentenças penais inimputáveis perigosos e de jovens internados
e, bem assim, da execução das medidas sócio educativas em estabelecimento prisional e propor as
aplicadas pelos tribunais aos menores de idade compre- correspondentes medidas;
endida entre os doze e os dezasseis anos.
d) Desenvolver programas de reintegração social
2. Constitui, igualmente, incumbência da DGPRS a que impliquem o envolvimento da família,
gestão do sistema prisional, assegurando a administra- da comunidade, dos municípios, organizações
ção dos estabelecimentos prisionais e a execução das não-governamentais, empresas e entidades
sentenças penais de condenação em penas e medidas de com escopo ou propensão para a realização de
segurança privativas de liberdade, em condições de vida fins de solidariedade social;
compatíveis com a dignidade humana e da preservação
e) Desenvolver programas de formação profissional
da segurança, da paz e da tranquilidade da comunidade.
e de emprego em concertação com os serviços
3. A DGPRS integra os seguintes serviços: competentes do departamento governamental
responsável pela área da formação profissional
a) Serviço de reintegração social e execução de e emprego;
medidas sócio educativas;
f) Propor a criação e coordenar e superintender na
b) Serviço de execução das sentenças e de segurança gestão dos centros sócio-educativos;
prisional; e
g) Prestar assistência técnica aos centros sócio-
c) Serviço de gestão dos estabelecimentos prisionais. educativos, tendo em vista assegurar a ligação

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 907

dos menores sujeitos a medidas tutelares provenientes de condenações por sentenças


sócio educativas de internamento e a ligação penais dos tribunais judiciais, transitadas
deles com o meio social, especialmente com em julgado, nos termos das leis do processo
as famílias a escolas e os estabelecimentos de penal;
ensino profissional, de forma a facilitar a sua
c) Assegurar o cumprimento nos estabelecimentos
reintegração social;
prisionais das medidas, provisórias, privativas
h) Promover o planeamento da formação, de liberdade, aplicadas aos arguidos em
qualificação e capacitação do quadro do processo penal, pelas autoridades judiciais
pessoal pertencente aos centros sócio- nos termos das leis do processo penal;
educativos, especialmente dos que a direcção
d) Promover e assegurar a dignificação e
do estabelecimento e o acompanhamento sócio
humanização das condições de vida nos
educativo tutelar dos menores aí colocados;
estabelecimentos prisionais;
i) Programar as necessidades de instalações dos e) Garantir, em articulação com os demais serviços
centros sócio - educativos e colaborar com a da DGPRS, a realização e a execução de
DGPOG no planeamento e na execução das programas, actividades e medidas nas áreas
respectivas obras de construção, remodelação de prestação de cuidados de saúde, ensino,
e conservação; educação, formação profissional, trabalho,
j) Programar e promover o fornecimento e a iniciativas de carácter cultural e desportivo,
manutenção do mobiliário e do equipamento bem como programas formativos e de
e dos bens destinados ao desempenho das interacção com a comunidade, que permitam
atribuições que por lei ou por decisão das o desenvolvimento da personalidade do
autoridades judiciais competentes sejam recluso e visem a sua reintegração social;
incumbidos aos centros sócio educativos; f) Centralizar e manter actualizado os processos
k) Recolher, tratar e divulgar os dados estatísticos individuais, o cadastro e o registo biográfico
respeitantes às medidas tutelares sócio dos indivíduos sujeitos a penas de prisão ou
educativas aplicadas aos menores e aos medidas de segurança privativas de liberdade;
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centros sócio – educativos em articulação com g) Instruir os processos relativos à execução das
a DGPOG; medidas privativas de liberdade que sejam
l) Promover as medidas necessárias da segurança da competência da DGPRS;
dos centros sócio – educativos, designadamente h) Informar as autoridades judiciais sobre a
dos menores nele submetidos a medida necessidade de manutenção ou suspensão
tutelar sócio educativo de internamento; da execução de medidas de segurança e de
internamento em relação aos indivíduos a
m) Assessorar e apoiar tecnicamente as autoridades
elas sujeitos;
judiciais, no exercício das suas atribuições
na organização dos processos e na tomada de i) Recolher, tratar e remeter mensalmente à
decisões em matéria tutelar sócio-educativa; e SEPC as informações estatísticas relativas à
execução das penas de prisão e medidas de
n) Exercer outras funções que lhe sejam cometidas
segurança privativas de liberdade;
por lei ou determinadas superiormente.
j) Coordenar e desenvolver, em coordenação com outras
2. A SEMSE é dirigida por um Director de Serviço, entidades públicas e privadas, as actividades
provido nos termos da lei. económicas dos estabelecimentos prisionais com o
Artigo 26.º objectivo de alcançar designadamente a formação
Serviço de Execução das Sentenças e de Segurança Prisional profissional, a empregabilidade e a reintegração
profissional dos reclusos, quer durante o
1. O Serviço de Execução das Sentenças e de Segurança cumprimento da medida privativa da liberdade,
Prisional (SESSP) tem por missão a gestão da população quer na vida livre;
prisional, execução nos estabelecimentos penitenciários
das penas de prisão aplicadas em processo criminal k) Centralizar e manter actualizados os processos
pelos tribunais judiciais e pela segurança, a disciplina e individuais, o cadastro, o registo biográfico
ordem nos estabelecimentos prisionais, incumbindo-lhe dos reclusos;
designadamente: l) Organizar e manter actualizada uma base de
dados dos serviços prisionais;
a) Assegurar a gestão da população prisional,
designadamente promovendo a sua afectação m) Estudar e propor alterações ao regime legal de
aos estabelecimentos prisionais, nos termos execução de medidas privativas de liberdade;
da lei;
n) Informar as autoridades judiciais sobre a
b) Assegurar a execução nos estabelecimentos necessidade de manutenção ou suspensão de
penitenciários das penas de prisão e das medidas de segurança de internamento em
medidas de segurança privativas de liberdade, relação aos indivíduos a ela sujeitos;

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908 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

o) Prestar as informações legalmente exigíveis a DGPOG no planeamento e na execução das


acerca da situação jurídico-penal dos reclusos respectivas obras de construção, remodelação
às entidades com legitimidade jurídica, e conservação;
designadamente aos tribunais e aos advogados
e) Promover o fornecimento e a manutenção do
relativamente aos seus constituintes;
mobiliário e do equipamento destinados ao
p) Promover as condições para o desenvolvimento apetrechamento e adequado funcionamento
do sistema de segurança prisional; dos estabelecimentos prisionais e bem assim
do fardamento e utensílios necessários ao
q) Elaborar e propor superiormente os planos
regular desempenho das actividades das
de segurança geral do sistema prisional
autoridades e dos guardas prisionais;
e os planos específicos de segurança das
instalações prisionais, e assegurar a f) Promover e assegurar o permanente e adequado
respectiva execução; aprovisionamento dos estabelecimentos
prisionais em bens, em especial alimentares,
r) Elaborar e propor superiormente o plano de
de higiene, sanitários e de outros destinados
emergência nacional a accionar em situações
ao sustento alimentar e ao albergue dos
de emergência nacional e em situações de
reclusos com dignidade humana e de acordo
crise e activar os meios nele preconizados em
com as possibilidades que os recursos
caso de alerta ou de distúrbios que ponham
económicos do País consentem;
em risco a ordem e segurança dos serviços
prisionais; g) Promover junto dos serviços de Saúde
s) Coordenar os procedimentos de segurança, competentes, à assistência médica,
articular e agir com outros serviços e forças medicamentosa e hospitalar dos reclusos, nas
de segurança na custódia dos reclusos condições em que o Estado suporta similar
por ocasião da sua remoção ou diligências tratamento em situações de prestações sociais
que devam ocorrer fora dos respectivos não contributivas;
estabelecimentos de reclusão; h) Superintender na gestão dos refeitórios, cantinas e de
t) Promover a aquisição e proceder à distribuição quaisquer actividades geradoras de rendimentos
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pelos estabelecimentos prisionais, em dentro dos estabelecimentos prisionais;


articulação com a Direcção Nacional da Polícia i) O mais que for cometido por lei ou por decisão do
Nacional, o material, e o equipamento de Ministro.
segurança, incluindo armamento e munições,
entendidos como necessários à segurança e 2. O SGEP é dirigido por um Director de Serviço, pro-
vigilância e garantir a sua manutenção; e vido nos termos da lei.
Sub-secção III
u) Promover a afectação e transferência do pessoal
do corpo de guarda entre os estabelecimentos Serviços de Inspecção
prisionais.
Artigo 28.º
2. O SESSP é dirigido por um Director de Serviço, Serviços de Inspecção-Geral
provido nos termos da lei.
1. O Serviço de Inspecção-Geral, adiante designado por
Artigo 27.º
SIG, é o serviço do Ministério da Justiça com a missão
Serviço de Gestão dos Estabelecimentos Prisionais de fiscalizar a conformidade da prática administrativa
1. O Serviço de Gestão dos Estabelecimentos Prisionais e disciplinar nos serviços nos centrais do Ministério da
(SGEP) é o serviço encarregado da gestão de todos os Justiça, incumbindo-lhe designadamente:
recursos humanos e materiais e dos estabelecimentos a) Assegurar a inspecção dos serviços dos registos,
prisionais destinados à execução das penas de prisão e notariado e identificação;
de medidas de segurança, no âmbito das competências
da DGPRS, designadamente, incumbindo-lhe: b) Proceder à avaliação dos estabelecimentos dos
registos, notariado e identificação, velando
a) Coordenar a organização e superintender na pela qualidade do serviço, e salvaguardando
administração e no funcionamento dos os interesses legítimos de todos os que o
estabelecimentos prisionais; integram e dos respectivos utentes;
b) Assegurar o controlo técnico, bem como a
c) Verificar o cumprimento das leis, regulamentos
fiscalização e a inspecção dos estabelecimentos
e instruções administrativas que regem a
prisionais e organismos neles integrados;
administração pública nos serviços.
c) Promover o planeamento da formação,
d) Fiscalizar a aplicação eficaz, eficiente económica
qualificação e capacitação do quadro do
dos dinheiros públicos nos termos da lei e
pessoal pertencente aos serviços prisionais.
de acordo com os objectivos definidos pelo
d) Programar as necessidades de instalações dos governo e avaliar os resultados obtidos em
estabelecimentos prisionais e colaborar com função dos meios disponíveis;

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 909

e) Elaborar os relatórios das inspecções realizadas, 2. A organização, competência e o modo de funciona-


participando e ao Ministro e ao responsável mento da CCCD são estabelecidos em diploma próprio.
do serviço inspeccionado, das ilegalidades Artigo 31.º
e/ou irregularidades detectadas, propondo
a realização de inquérito, sindicância ou Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania
processo disciplinar; 1. A CNDHC é um organismo encarregado da protecção
f) Instruir os processos de inquérito, sindicância ou e promoção dos Direitos Humanos, Cidadania e do Direito
disciplinar determinados pelo Ministro Internacional Humanitário em Cabo Verde, funcionando
também como órgão consultivo e de monitoramento das
g) Apresentar ao Conselho Técnico dos Registos, políticas públicas nesse domínio.
Notariado e Identificação e ao Ministro, o
relatório anual sobre as suas actividades; 2. A organização, competência e o modo de funciona-
mento da CNDHC são estabelecidos em diploma próprio.
h) Efectuar estudos e elaborar pareceres
respeitantes às matérias compreendidas na Artigo 32.º
área da sua intervenção; Comissão de Programas Especiais de Segurança
i) Propor medidas tendentes à uniformização de
1. A CPES é o serviço a quem incumbe estabelecer
procedimentos e à melhoria dos serviços;
e assegurar a efectivação dos programas especiais de
j) O mais que lhe for cometido por lei ou segurança definidos nos termos da lei de protecção de
superiormente. testemunhas e outros intervenientes em processo penal.
2. O SIG é dirigido por um Inspector-Geral, nomeado 2. A organização, competência e o modo de funciona-
nos termos da lei. mento da CPES é definido em diploma próprio.
3. O SIG organiza-se em gabinetes funcionais para as CAPITULO IV
áreas de Registo, Notariado e Identificação, e áreas de
Recursos humanos, financeiro e patrimonial. Serviços e fundos autónomos
Secção IV Artigo 33.º
Serviços de base territorial Polícia Judiciária
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Artigo 29.º
1. A Polícia Judiciária (PJ) é o órgão de polícia criminal
Enumeração que tem por missão coadjuvar as autoridades judiciárias
São serviços de base territorial do MJ: na investigação criminal, promover e desenvolver as ac-
ções de prevenção e de investigação da sua competência
a) Os centros sócio-educativos de acolhimento de e das que, nos termos da lei, lhe forem cometidas por
menores sujeitos a medidas de internamento, outras autoridades competentes.
definidas por lei;
2. A PJ está organizada hierarquicamente na depen-
b) Os estabelecimentos prisionais destinados à
dência do Ministro da Justiça, regendo-se por legislação
execução das penas e medidas de segurança
própria que define o seu regime, designadamente quanto
privativas de liberdade de jovens e adultos
à organização, competência, o modo de funcionamento e
condenados por sentença judicial e à prisão
estatuto do seu pessoal.
preventiva decretada pelas autoridades
judiciais, nos termos das leis do processo penal; Artigo 34.º

c) As Casas do Direito; Cofre-Geral de Justiça

d) As Conservatórias dos Registos; 1. O CGJ é o fundo autónomo do MJ que tem por função
gerir e arrecadar as receitas que lhe sejam atribuídas
e) Os Cartórios Notariais;
e assegurar a realização de despesas que lhe forem
f) O Arquivo de Identificação Civil d Criminal; incumbidas, de harmonia com critérios de gestão admi-
g) As Delegações dos Registos e do Notariado; e nistrativa, orçamental e financeira, estabelecidas por lei.

h) Os Postos de Registo Civil. 2. A competência, organização e o modo de funciona-


mento do CGJ são estabelecidos em diploma próprio.
CAPÍTULO III
3. Junto do CGJ pode funcionar um serviço social dos
Estruturas especiais
funcionários e pessoal da justiça, mediante regulamentação
Artigo 30.º aprovado por Portaria do titular da pasta da justiça.
Comissão de Coordenação do Combate à Droga
Artigo 35.º
1. A CCCD é um órgão interministerial que funciona Unidade de Informação Financeira
junto do Ministro da Justiça e sob a sua presidência, com
atribuições em matéria de prevenção e combate ao tráfico 1. A UIF é um serviço de informação financeira que fun-
de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, lavagem ciona como centro nacional de recolha, análise e difusão
de capitais e outras formas de criminalidade organizada, de informação relativa a eventuais actividades de bran-
assim como o tratamento de toxicodependentes. queamento de capitais ou financiamento de terrorismo.

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910 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

2. A UIF goza do estatuto de autoridade administra- Artigo 38.º


tiva independente, tem personalidade jurídica própria Criação, integração, reestruturação de serviços, fusão
e autonomia administrativa, financeira e patrimonial e extinção

3. A organização, competência e o modo de funciona- 1. São criados os seguintes serviços:


mento da UIF são estabelecidos em diploma próprio.
a) A Direcção-Geral dos Assuntos Judiciais e
Artigo 36.º
Acesso ao Direito;
Unidade Técnica Operacional e de Gestão da Base de Dados
Nacional da Legis-Palop b) A comissão de programa especiais de segurança;
e
1. A UTO-G é um serviço de administração da base de
dados nacional da legislação, doutrina e jurisprudência c) Serviço de Inspecção-Geral.
dos países africanos de língua portuguesa.
2. São integrados no MJ os seguintes serviços:
2. A competência, organização e o modo de funciona-
mento da UTO-G são estabelecidos em diploma próprio. a) Unidade de Informação Financeira;

CAPITULO V b) Unidade Técnica Operacional e de Gestão da


Base de Dados Nacional da Legis-Palop.
Disposições transitórias e finais
3. São objecto de reestruturação os seguintes serviços:
Artigo 37.º

Atribuições transitórias do MJ em matéria de gestão dos a) A Direcção Geral de Planeamento, Orçamento


recursos materiais e humanos da incumbência dos Conselhos e Gestão que integra o ex-Gabinete de
Superiores das Magistraturas Estudos e Planeamento e Gabinete de
Estudos, Documentação e Legislação, que
Enquanto o Conselho Superior da Magistratura Ju-
passa a denominar-se Serviço de Estudos,
dicial e o Conselho Superior do Ministério Público não
Planeamento e Cooperação e a Direcção de
estiverem suficientemente apetrechados de meios ma-
Administração e Finanças e a Direcção de
teriais e humanos que os habilitem ao pleno e efectivo
Serviço de Recursos Humanos que se fundem
1 714000 003032

desempenho das atribuições que lhes estão conferidas


no serviço de gestão de recursos humanos,
em sede de gestão dos recursos humanos, financeiros e
financeiros e patrimoniais; e
materiais dos tribunais e do Ministério Público e, bem
assim, dos recursos humanos das secretarias judiciais e b) A Direcção-Geral de Gestão Prisional e
do Ministério Público, nos termos do n.º 1 e n.º 2, alínea Reintegração Social, que resulta da fusão das
b) do artigo 223.º e do nº. 5 do artigo 226.º, ambos da respectivas direcções.
Constituição da República, compete ao MJ, através dos
competentes serviços da DGPOG, em estreita e obrigató- 2. São extintos sendo objecto de fusão os seguintes
ria concertação prévia com aqueles Conselhos Superiores: serviços:

a) Assegurar, em colaboração com o Cofre Geral da a) A Unidade de Coordenação e Gestão das Casas
Justiça, e articulação com os demais serviços do Direito que passa a departamentalizar-
e organismos do Ministério, a elaboração do se no serviço de Acesso ao Direito no âmbito
Orçamento de funcionamento dos Conselhos da Direcção Geral dos Assuntos Judiciais e
Superiores da Magistratura Judiciária e do Acesso ao Direito;
Ministério Público, bem como acompanhar a
respectiva execução; b) Conselho Técnico dos Assuntos penitenciários;

b)Assegurar a manutenção e a conservação dos c) A Inspecção dos Registos e Notariado.


edifícios e a segurança das pessoas e bens Artigo 39.º
afectados aos tribunais, Ministério Publico e
respectivas secretarias; Referências legais

c) Apoiar os conselhos superiores na concepção e As referências legais feitas aos serviços e organismos
execução das políticas de desenvolvimento objecto de extinção, fusão e reestruturação referidos no
dos recursos materiais, financeiros e artigo anterior, consideram-se feitos aos serviços ou orga-
humanos dos tribunais, do Ministério Público nismos que passam a integrar as respectivas atribuições
e das respectivas secretarias, em particular sendo os encargos financeiros resultantes suportados por
as de recrutamento e selecção, de carreiras, reafectação de verbas do Orçamento do Estado.
de remunerações, de reclassificação ou Artigo 40.º
reconversão profissional;
Quadro de pessoal
d)Promover e organizar o expediente relativo
à realização de despesas referentes à O quadro do pessoal do MJ e o da respectiva gestão
remuneração do pessoal afecto aos Tribunais, previsional devem ser aprovados no período de 6 (seis)
Ministério Público e respectivas secretarias. meses, após a publicação do presente diploma.

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 911


Artigo 41.º departamento, quando não podendo sê-lo com recursos a
Produção de efeitos novas tecnologias de informação e comunicação. De igual
modo, impõe-se rentabilizar a utilização das representações
1. Os órgãos, gabinete e serviços centrais do MJ de Cabo Verde no exterior nos eventos internacionais em
consideram-se instalados como centro de custos e respon- que o país deve fazer-se representar.
sabilidade com a entrada em vigor do presente diploma
ou dos respectivos diplomas orgânicos. Nesta óptica, alarga-se o âmbito de aplicação do presente
diploma à Administração indirecta, aos militares e civis das
2. As Direcções de Serviços previstas no presente Forças Armadas e ao sector empresarial do Estado.
diploma serão instaladas na sequência da adequação
do quadro de gestão previsional do pessoal aos índices Visando um maior rigor na gestão dos recursos públi-
de tecnicidade minimamente exigidos, de acordo com a cos, as deslocações ao exterior de funcionários públicos,
seguinte tabela: militares e civis das Forças Armadas, pessoal dirigente
e do quadro especial e titulares de órgão de direcção de
a) Até 10 funcionários – 75%; institutos públicos e empresas públicas fazem-se na clas-
b) De 11 a 15 funcionários – 60%; se económica, excepto em casos devidamente autorizados.

c) De 16 a 25 funcionários – 55%; Assim:

d) De 26 a 40 funcionários – 45%; e No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do


artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte
e) Mais de 40 funcionários – 35%.
Artigo 1.º
3. As comissões de serviço dos titulares dos cargos de Objecto
direcção vigentes podem manter-se até a aprovação do
quadro de gestão previsional. O presente diploma estabelece o regime jurídico das
deslocações, ajudas de custo e outros abonos a aplicar
Artigo 42.º
ao pessoal deslocado em serviço público no território
Norma revogatória nacional e ao exterior.
É revogado o Decreto-Lei n.º 7/2002, de 25 de Fevereiro. Artigo 2.º
1 714000 003032

Artigo 43.º Âmbito de aplicação pessoal

Entrada em vigor O presente diploma aplica-se ao pessoal do quadro


O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao especial, do quadro dirigente, aos funcionários da ad-
da sua publicação. ministração directa do Estado e, independentemente do
seu grau de autonomia, ao pessoal titular dos órgãos de
Aprovado em Conselho de Ministros de 11 de direcção e aos trabalhadores dos institutos públicos, das
Outubro 2012. empresas públicas, dos projectos financiados no âmbito
da cooperação internacional e aos militares e civis das
José Maria Pereira Neves - José Carlos Lopes Correia
Forças Armadas.
Promulgado em 20 de Junho de 2013 Artigo 3.º
Publique-se Pressupostos de deslocações em serviço

O Presidente da Republica, JORGE CARLOS DE AL- 1. As deslocações em serviços são realizadas quando os
MEIDA FONSECA objectivos prosseguidos não possam ser alcançados atra-
vés da utilização das novas tecnologias, designadamente
–––––– videoconferência, videochamada ou correio electrónico.
Decreto-Lei n.º 26/2013 2. Exceptuam-se do disposto no número anterior as
de 2 de Julho deslocações que:
O regime jurídico relativo ao abono de ajudas de custo a) Sejam necessárias para concretizar os resultados
em deslocações em serviço público está fixado nos artigos esperados dos serviços, tratando-se de
196.º a 202.º do vetusto Estatuto do Funcionalismo Ultra- actividades relacionadas com as suas funções
marino, e no Decreto-Lei n.º 204/91, de 30 de Dezembro. principais, designadamente inspecções,
auditorias, fiscalizações, visitas domiciliárias;
Sendo assim, está manifestamente desactualizado esse
ou
regime, impondo-se introduzir aspectos consentâneos
com a actual realidade do país. b) Se justifiquem por imperativos legais, acordos,
protocolos, representação, obrigações internas
A gestão dos recursos relativos à deslocação em serviço,
ou externas.
no território nacional e ao exterior, deverá orientar-se
por princípios de rigor e eficiência, visando a redução dos 3. Nas situações referidas no número anterior, o
custos e a maximização dos resultados. Neste contexto, número de elementos e os dias de estadia da comitiva
as deslocações devem limitar-se ao estritamente necessá- devem ser reduzidos ao mínimo indispensável para o
rio à prossecução do plano anual de actividades de cada cumprimento da missão.

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912 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013


Artigo 4.º 3. Nas deslocações em conjunto, em que numa mis-
Autorização e comunicação de deslocação são se integre pessoal do quadro especial ou dirigente,
militares e civis das Forças Armadas e funcionários de
1. Toda a deslocação em serviço ao exterior deve diversas categorias e que devam instalar-se no mesmo
efectuar-se mediante autorização Membro do Governo estabelecimento hoteleiro, o valor das respectivas ajudas
competente ou, se a duração da mesma for por tempo de custo é idêntico ao auferido pelo integrante de mais
superior a 15 dias, do Primeiro-Ministro. elevada categoria.
2. Na deslocação que dê direito a ajuda de custo, de- Artigo 8.°
vem os serviços interessados apresentar ao Ministério Garantia de alojamento e alimentação
das Finanças e Planeamento, em relação a cada missão,
1. O alojamento e a alimentação só são garantidos nas
proposta, devidamente fundamentada, referindo, nomea-
seguintes situações:
damente, o despacho de autorização, o objecto, a duração,
os encargos financeiros e o respectivo enquadramento a) Deslocações de individualidades em representação
orçamental. do respectivo Membro do Governo, ou em
serviço público cuja excepcionalidade esteja
3. Exceptuam-se do disposto nos números anteriores, devidamente justificada e reconhecida por
as deslocações do pessoal titular dos órgãos de Direcção Despacho conjunto dos membros do Governo
e dos funcionários das empresas públicas. responsáveis pelas áreas das Finanças e
4. A deslocação em serviço ao estrangeiro do pessoal Planeamento e do respectivo serviço;
titular dos órgãos Direcção das empresas públicas é b) Deslocações de membros dos gabinetes, do pessoal
previamente comunicada, em regra, com a antecedência do quadro especial, do quadro dirigente e
de pelo menos 48:00 horas (quarenta e oito horas), ao titular dos órgãos de Direcção dos institutos
Membro do Governo que assegure a sua relação com o públicos e empresas públicas em acções
Governo. oficiais em que participem representantes
5. Por Despacho do Ministro da Defesa Nacional são estrangeiros e das quais resulte diferença de
determinadas as situações em que, excepcionalmente, as tratamento.
deslocações ao exterior dos militares e civis das Forças 2. O alojamento faz-se em estabelecimento hoteleiro
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Armadas podem ser autorizadas pelo Chefe do Estado de nível nunca superior a 3 (três) estrelas, desde que
Maior das Forças Armadas. apresente condições mínimas face ao tipo de missão,
Artigo 5.º
designadamente por razões de segurança e dos fins a
prosseguir com a deslocação.
Direito ao abono de ajudas de custo e transporte
Artigo 9.º
1. O pessoal referido no artigo 2.º, quando deslocado do Deslocação ao exterior
seu domicílio necessário por motivo de serviço público,
tem direito ao abono de ajudas de custo e transporte, 1. O pessoal que se desloque ao exterior por motivo de
conforme as tabelas em vigor e de acordo com o disposto serviço público tem direito a seguro de viagem, seguro
no presente diploma. de saúde e seguro de bagagem de viagem.
2. A deslocação, por via aérea, é feita na classe eco-
2. Sem prejuízo do disposto em lei especial, para efeitos
nómica.
do número anterior, considera-se domicílio necessário a
área do concelho do domicílio profissional. 3. Exceptua-se do disposto número anterior, podendo
a deslocação ser feita na classe executiva, mediante Des-
Artigo 6.º
pacho fundamentado do membro do Governo responsável
Atribuição de abono de ajudas de custo pelo respectivo serviço, se for intercontinental e durar
mais de 10:00 horas (dez horas).
1. As ajudas de custo são atribuídas por cada dia de
deslocação. 4. Para o cálculo do limite de horas a que se refere o nú-
mero anterior releva a duração dos percursos contínuos,
2. Nas deslocações diárias que não implicarem per- sendo excluídos os tempos de escala e devendo realizar-se
noitar fora do domicílio necessário, abona-se metade da na classe económica os percursos complementares não
ajuda de custo diária. intercontinentais.
Artigo 7.°
5. Na aquisição de bilhetes de viagem deve ser obser-
Ajudas de custo em caso de abonação de alojamento vado o princípio da alternância no relacionamento com
e alimentação as agências de viagens, cabendo aos responsáveis pela
gestão orçamental dos diferentes serviços assegurar o
1. Nas deslocações em que sejam garantidos oficial-
cumprimento desta disposição.
mente alojamento e alimentação, abona-se um terço da
totalidade da ajuda de custo diária. Artigo 10.º
Pessoal das missões no exterior
2. Quando é garantida apenas uma das prestações
referidas no número anterior, abona-se dois terços da As condições especiais a que eventualmente deve ficar
totalidade da ajuda de custo diária. sujeito o pessoal em serviço nas missões no exterior são

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 913

fixadas por Despacho dos membros do Governo responsá- Artigo 15.°


veis pelas áreas das Finanças e Planeamento e Relações Revogação
Exteriores.
Ficam revogados o Decreto-Lei n.º 204/91, de 30 de
Artigo 11.° Dezembro, e todas as disposições legais e regulamenta-
Fixação dos montantes das ajudas de custo res que contrariem o disposto no presente diploma, sem
prejuízo do disposto no artigo anterior.
1. Os montantes das ajudas de custos são fixados por Artigo 16.º
Portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas das Finanças e Planeamento e da Administração Entrada em vigor
Pública, sendo periodicamente actualizados. O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
da sua publicação.
2. A Portaria a que se refere o número anterior entra
em vigor com o Orçamento do Estado de 2014. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de
16 de Maio de 2013.
Artigo 12.º
José Maria Pereira Neves - Maria Cristina Lopes
Programas de fidelização de companhias aéreas
Almeida Fontes Lima - Cristina Isabel Lopes da Silva
1. Nas deslocações oficiais ao exterior suportadas pelos Monteiro Duarte - Jorge Homero Tolentino Araújo - Jorge
orçamentos do sector público, administrativo ou empre- Alberto da Silva Borges - Marisa Helena do Nascimento
sarial, não é permitido o uso, pelos abrangidos no âmbito Morais - José Carlos Lopes Correia - Sara Maria Duarte
pessoal deste diploma, em seu proveito ou de terceiros, Lopes - Janira Isabel Fonseca Hopffer Almada
de programas de fidelização de acumulação de pontos e/ Promulgado em 28 de Junho de 2013
ou milhas de quaisquer companhias de aviação.
Publique-se.
2. Os pontos ou milhas acumulados nas deslocações
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE AL-
oficiais ao exterior revertem-se a favor do Ministério
MEIDA FONSECA
responsável pela Solidariedade Social, para a aquisição
de bilhetes de viagem destinados a doentes carenciados ––––––
1 714000 003032

que devam ser evacuados para tratamento no exterior,


nos termos a fixar por Despacho dos membros do Governo Resolução n.º 79/2013
responsáveis pelas Finanças e Planeamento e Solidarie- de 2 de Julho
dade Social.
A construção das habitações de interesse social está
Artigo 13.º enquadrada no Programa Casa para Todos, no âmbito do
projecto habitar Cabo Verde, e tem como meta contribuir
Responsabilidade
significativamente para habitações próprias e condignas
1. O pessoal que receber ajudas de custo diárias e que, no país, a preços acessíveis aos mais carenciados.
por qualquer motivo, não realizar a missão ou regressar O Governo de Cabo Verde declarou o ano de 2009 como
ao seu domicílio necessário antes do prazo previsto para ano da Habitação e lançou o programa Casa para Todos,
o termo da missão, fica obrigado à restituição integral ou cujo objectivo é a construção de cerca 8.500 (oito mil e
parcial do montante recebido, no prazo de 5 (cinco) dias. quinhentos) fogos para habitar Cabo Verde com mais
dignidade. Para conseguir este propósito, o Ministério
2. O pessoal que tenha recebido indevidamente quais-
do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território
quer abonos de ajudas de custo ou utilizado, em proveito
terá despesas com a contratação pública da execução da
próprio ou de terceiros, pontos ou milhas acumulados
empreitada de construção das Habitações de Interesse
nas deslocações oficiais ao exterior, fica obrigado à sua
Social em Achada Limpo, município da Praia, Ilha de
reposição, independentemente de outra responsabilidade
Santiago.
que no caso lhe couber.
Tendo sido adjudicados os trabalhos de Construção
3. Ficam solidariamente responsáveis pela restituição de 254 (duzentas e cinquenta e quatro) Habitações de
das quantias indevidamente recebidas os dirigentes Interesse Social em Achada Limpo, município da Praia,
do serviço que autorizarem o pagamento de ajudas de Ilha de Santiago, na sequência do concurso público sob
custo quando se verifique, pelos elementos levados ao denominação PRAIA 8.1 – 11/ST/2012 realizado para
seu conhecimento ou por si conhecidos, que não havia o efeito, torna-se necessário proceder aos desembolsos
justificação para essa autorização. contratuais para a realização das obras.
Artigo 14.° Assim:
Disposição transitória Ao abrigo do disposto na alínea e) do n.º 1 do artigo 42.º
do Regulamento da Lei das Aquisições Públicas, aprovado
Enquanto não for emitida a Portaria a que se refere o
pelo Decreto-Lei n.º 1/2009, de 5 de Janeiro; e
artigo 11.º, mantêm-se em vigor os montantes das ajudas
de custo constantes das tabelas anexas ao Decreto-Lei Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
n.º 204/91, de 30 de Dezembro. Governo aprova a seguinte Resolução:

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Documento descarregado pelo utilizador albertina (10.72.84.122) em 13-10-2015 09:43:04.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

914 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013


Artigo 1.º contratação pública para execução da empreitada de cons-
Autorização trução de 310 (trezentas e dez) unidades de Habitações
de Interesse Social em Achada Limpo, Concelho da Praia,
É autorizado o Ministério do Ambiente, Habitação e Ilha de Santiago, no montante de 1.237.541.149$00 (um
Ordenamento do Território a realizar as despesas com bilhão e duzentos e trinta e sete milhões, quinhentos e
a contratação pública para execução da empreitada quarenta e um mil e cento e quarenta e nove escudos).
de construção de 254 (duzentas e cinquenta e quatro)
Artigo 2.º
unidades de Habitações de Interesse Social em Achada
Limpo, Concelho da Praia, Ilha de Santiago, no montante Entrada em vigor
de 924.827.894$00 (Novecentos e vinte e quatro milhões,
oitocentos e vinte e sete mil e oitocentos e noventa e A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
quatro escudos). ao da sua publicação.
Artigo 2.º
Aprovada em Conselho de Ministros de 13 de
Entrada em vigor Junho de 2013.

A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
ao da sua publicação.
––––––
Aprovada em Conselho de Ministros de 13 de
Junho de 2013. Resolução n.º 81/2013
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves de 2 de Julho

–––––– A construção das habitações de interesse social está


Resolução n.º 80/2013 enquadrada no programa Casa para Todos, no âmbito do
projecto habitar Cabo Verde, e tem como meta contribuir
de 2 de Julho significativamente para habitações próprias e condignas
no país, a preços acessíveis aos mais carenciados.
A construção das habitações de interesse social está
1 714000 003032

enquadrada no programa Casa para Todos, no âmbito O Governo de Cabo Verde declarou o ano de 2009 como
do projecto habitar CV, e tem como meta contribuir sig- ano da Habitação e lançou o programa Casa para Todos,
nificativamente para habitações próprias e condignas no cujo objectivo é a construção de cerca 8.500 (oito mil e
país, a preços acessíveis aos mais carenciados. quinhentos) fogos para habitar Cabo Verde com mais
O Governo de Cabo Verde declarou o ano de 2009 como dignidade. Para conseguir este propósito, o Ministério
ano da Habitação e lançou o programa Casa para Todos, do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território
cujo objectivo é a construção de cerca 8.500 (oito mil e terá despesas com a contratação pública da execução da
quinhentos) fogos para habitar Cabo Verde com mais empreitada de construção das habitações de interesse
dignidade. Para conseguir este propósito, o Ministério do social em Palmarejo Grande, município da Praia, Ilha
Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território terá de Santiago.
despesas com a contratação pública da execução da em-
Tendo sido adjudicados os trabalhos de construção de
preitada de construção das habitações de interesse social
390 (trezentas e noventa) Habitações de Interesse Social
em Achada Limpo, município da Praia, Ilha de Santiago.
em Palmarejo Grande, município da Praia, Ilha de San-
Tendo sido adjudicados os trabalhos de construção de tiago, na sequência do concurso público sob denominação
310 (trezentas e dez) Habitações de Interesse Social em PRAIA 10 – 12/ST/2012 realizado para o efeito, torna-se
Achada Limpo, município da Praia, Ilha de Santiago, na necessário proceder aos desembolsos contratuais para a
sequência do concurso público sob denominação PRAIA realização das obras.
8.2 – 13/ST/2012, realizado para o efeito, torna-se ne-
cessário proceder aos desembolsos contratuais para a Assim:
realização das obras.
Ao abrigo do disposto na alínea e) do n.º 1 do artigo 42.º
Assim: do Regulamento da Lei das Aquisições Públicas, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 1/2009, de 5 de Janeiro; e
Ao abrigo do disposto na alínea e) do n.º 1 do artigo 42.º
do Regulamento da Lei das Aquisições Públicas, aprovado Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
pelo Decreto-Lei n.º 1/2009, de 5 de Janeiro; e Governo aprova a seguinte Resolução:
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o Artigo 1.º
Governo aprova a seguinte Resolução:
Autorização
Artigo 1.º
É autorizado o Ministério do Ambiente, Habitação e
Autorização
Ordenamento do Território a realizar as despesas com
É autorizado o Ministério do Ambiente, Habitação e a contratação pública para execução da empreitada de
Ordenamento do Território a realizar as despesas com a construção de 390 (trezentas e noventa) unidades de

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I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013 915

Habitações de Interesse Social em Palmarejo Grande, conta o incremento dos serviços prestados e a necessidade
Concelho da Praia, Ilha de Santiago, no montante de de garantir uma maior capacidade de resposta às deman-
1.537.444.978$00 (um bilhão, quinhentos e trinta e sete das cada vez crescentes dos serviços da Casa do Cidadão.
milhões, quatrocentos e quarenta e quatro mil, novecen-
Neste contexto, torna-se crucial a revisão das diferentes
tos e setenta e oito escudos).
legislações que regulamentam o funcionamento e a
Artigo 2.º prestação de serviços da Casa do Cidadão, bem como os
Entrada em vigor Acordos de Níveis de Serviços assinados com diferentes as
Orgânicas/Instituições, de modo adequar as disposições
A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte à real situação. Assim, faz-se necessária a alteração da
ao da sua publicação. Portaria 23/2009, de 6 de Julho que fixa os emolumentos
Aprovada em Conselho de Ministros de 13 de pelos serviços prestados bem como o regime de rateio das
Junho de 2013. receitas provenientes dos serviços prestados pela Casa
do Cidadão.
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
Assim,
––––––o§o––––––
Ao abrigo do artigo 9º do Decreto-Lei n.º 35/2007, de 29
CHEFIA DO GOVERNO de Outubro, em conjugação com o artigo 26º do Decreto-
Lei n.º 43/2007, de 5 de Dezembro e os artigos 26º e 28º
–––––– do Decreto-Lei n.º 9/2008, de 13 de Março e no uso da
faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205º e pelo
Gabinete do Primeiro-Ministro
n.º 3 do artigo 264º da Constituição;
Despacho nº 4/2013
Manda o Governo, pelo Ministro da Reforma do Estado,
Ao abrigo e nos termos da alínea d) do nº 1 do artigo 42º pela Ministra das Finanças e pelo Ministro da Justiça,
do Regulamento da Lei das Aquisições Públicas, aprovado o seguinte:
pelo Decreto-Lei nº 1/2009, de 5 de Janeiro, autorizo o Artigo 1º
Ministério das Infraestruturas e da Economia Marítima
a realizar despesas com a Adenda nº 2 ao contrato para a Alteração do artigo 2º e ao Anexo I da Portaria nº 23/2009,
de 6 de Julho
execução da empreitada “Gestão Integrada dos Resíduos
1 714000 003032

Sólidos de Santiago” na ilha de Santiago, no montante de É alterado o artigo 2º e o Anexo I (Tabela de Rateio de
43.645.203$00 (quarenta e três milhões, seiscentos e qua- Receitas pela Prestação de Serviços na Casa do Cidadão)
renta e cinco mil, duzentos e três escudos), IVA não incluído. da Portaria nº 23/2009, de 6 de Julho, que fixa os emo-
lumentos pelos serviços prestados pela Casa do Cidadão
Gabinete do Primeiro Ministro, na Praia, aos 3 de Junho
bem como o regime de rateio das receitas provenientes da
de 2013. – O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
prestação dos referidos serviços a que se refere o anexo I
––––––o§o–––––– do diploma, que passa a ter a seguinte redação:
“Artigo 2º
CHEFIA DO GOVERNO, MINISTÉRIO
Serviços prestados
DAS FINANÇAS E MINISTÉRIO
DA JUSTIÇA 1. Os serviços prestados pela Casa do Cidadão Objeto
da presente portaria são:
––––––
a) […]
Gabinete dos Ministros
b) […]
Portaria n.º 33/2013
c) […]
de 2 de Julho
d) […]
Preâmbulo
e) […]
Desde a sua constituição tem-se verificado que a Casa
do Cidadão é hoje, sem dúvida nenhuma, uma referência f) […]
positiva na Administração Pública cabo-verdiana. Isso g) Certificado de Registo Criminal.
reflecte-se no grau de satisfação global dos utentes em
relação aos serviços prestados pela Casa do Cidadão e a 2. […]
qualidade dos serviços que é considerada boa pela grande Artigo 2º
maioria dos utentes que utilizam esses serviços; o índice de Entrada em vigor
satisfação do público é elevadíssimo atribuindo a Casa do
Cidadão credibilidade, transparência, eficácia e rapidez. A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
da sua publicação.
Tendo completado recentemente quatro anos da sua
institucionalização e da criação da Unidade de Gestão Gabinetes do Ministro da Reforma do Estado, da Ministra
como uma unidade de missão, inicia-se nesse momento das Finanças e do Ministro da Justiça, na Praia, aos 19
a discussão e análise de um novo modelo organizacional de Junho de 2013. – Os Ministros, José Maria Pereira
para o funcionamento da Casa do Cidadão, isso tendo em Neves - Cristina Duarte - José Carlos Lopes Correia

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916 I SÉRIE — NO 34 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 2 DE JULHO DE 2013

ANEXO I
Tabela de rateio de receitas pela prestação de serviços na Casa do Cidadão

Rateio das Receitas


Preço
Repartição
Serviços do pacote Balcão CASA
DGRNI de Finanças INCV
único DO CIDADÃO
(DGCI)
1. Empresa no dia

1.1. CAF – Certificado de Admissibilidade de Firma, 600$00 300$00 300$00


via portal da Casa do Cidadão
1.2. Pedido de Nome Próprio via portal da Casa do Cidadão 600$00 300$00 300$00

1.3. Constituição da Empresa no Dia 10.000$00 3.000$00 2.500$00 4.500$00

2. Certidões On-line

2.1. Emissão de Certidões On-line 150$00 90$00 60$00

3. Declaração de Dívida

3.1. Emissão de Declaração de Dívida Fiscal 600$00 300$00 300$00

4. Certificado de Registo Criminal

4.1. Emissão de Certificado de Registo Criminal 350$00 175$0 175$00

5. NIF – Número de Identificação Fiscal

5.1. Emissão da Declaração de NIF 600$00 400$00 200$00

Os Ministros, José Maria Pereira Neves - Cristina Duarte - José Carlos Lopes Correia
1 714000 003032

I SÉRIE

BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001

Endereço Electronico: www.incv.cv

Av. da Macaronésia,cidade da Praia - Achada Grande Frente, República Cabo Verde


C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: kioske.incv@incv.cv / incv@incv.cv

I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.

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