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-espectivo espaço, salvo visitas para fins recreativos, 2-A tramitação do expediente da declaração incumbe
?ducatlvose culturais, que podem ser autorizadas, de 5 autoridade ambiental, por iniciativa própria, a pedido
icordo com normas a estabelecer em regulamento de outros departamentos goverparnentais ou de
1~ópn0. particulares, neste ultimo caso; reunindo o pedido um
mínimo de 300 assinaturas.
Artigo 6"
3. A declaração da áreas protegidas é feita por Decreto
Parques Naturais
Regulamentar, que define:
1.Parques naturais são espaços amplhs que contêm a) A categoria e â modalidade apscada;
>redomin&temente sistemas naturais com habitu-at,
:spécies ou mostras representativas da biodiversidade do b ) 'delimitação
~ geográfica da kea;
jaís, onde pode haver popula@io local que aproveite os
C/ O motivo da protecc;'ão,particularmenteno caso
-ecursosvivos segundo as práticas tradicionais.
das reservas,
2. A gestão dos parques naturais deve ser orientada dl Os limites de maneira unívoca em descrição
iemodo a garantir aconservaçãodasespécies, dos habitut literal e ,
:dos processos ecológicos; para a melhoria das condições
ie vida da população local, assim como do acesso das e) Opcionalmente,incluir um croqui cartográfico
)essoas às respectivas áreas, com fins recreativos, da sua localizaçiio e fiçionomia,que terá apenas
:spirituais, educativos~oucientiflcos, tendo em conta os um valor orientador.
tbjectivos da.consemação. 4. A declaração de reservas naturais temporais pode
3.- 0 s parques naturais sobre áreas marinhas podem ser feita por Portariado membro do Governo responsitvel
idop& a denominação de parque marinho. pela área do Ambiente, que concretiza o período de tempo
pelo qual são estabelecidas.
Artigo 7"
5. Na medida em que tecnicamente seja necessázio,
Monumentos Natuais os instrumentos de declaração das áreas protegidas podem
. Monumentos naturais são espaços naturais de incorporar a delimitação, de Zonas Tampão e Normas
iimensão moderada, que contêm um ou mais elementos Adicionais, 'com excepções ou complementos ao regime
iaturais-ou culturais de valor excepcional pela sua geral de protecção, sempre que, pela sua magnitude e
.aridade, singularidade, interesse científico, f u n ~ ã o alcance, não desvirtuem a filosofia da categoria de
~cológicaou cultural, e que são protegidos para perpetua protecção aplicada .
ts referidas características, eliminando qualquer acção
>u actividade que os altere.
Sinalização de áreas protegidas
I.A declaração de áreas protegidas obriga a Autoridade
Paisagens Protegidas Ambienta1 à sya sinalização no terreno por meios de
cartazes e, se for preciso, mediante a uutização de sinais
Paisagens são zonas terrestres ou litorais limite, a aprovar por Portaria do membro do Governo
inde a acção integrada do homem e da natureza tenham responsLve1peta Brea do Ambiente.
:odigucado uma paisagem de qualidade estética ou valor
:ulturaI que merecem conservação, centrando-se a 2. Uma vez sinalizadas as hrea protegidas nos termos
~rotecçãona manutenção e restauração dos rasgos 'do número anterior, ficam as áreas em causa sujeitas a .
3stéticos e c u l t u r ~que
s as dehem. expropriação nos termos da lei.
Artigo 9"
2. Nas áreas protegidas reguladas pelo presente 2. Os usos compativeis com a área, podem ser sujeitos
diploma, os ordenamentos'sectoriais ficam subordinados a autorização directa da administração da mesma e, em
a frndidade de conservação. caso de eventuais autorizações ou licenças provenientes
de outras administraçõessectoriais, estes são submetidos
3. Para efeito do disposto no número anterior: a um parecer obrigatório da administraçáo da área, que
tem carácter vinculativo. .
a) É a extracçã'o comercial de inertes e outros
minerais; 3. Os usos incompatíveis com a finalidade da área
protegida, em cada caso, ficam fora da respectiva
b) E proibida a alteraqão da coberturavegetal sem a ordenação e devem ser eliminados com a urgência que
devida autorização ou sem que a s couher.
cixcunstâncias que o,perrnitem estejam
previstas no respectivo instrumento de gestão. 4. No estabelecimento de zonas tampão ao redor de
uma área protegida, devem ser especificadasas limitações
c) ~ i c &anuladas, ao âmbito da área protegida, as concretas aos usos q'ie tenham um previsivel impacto
Zonas de Reserva e Protecção Turística que negativo sobre a mesma.
possam existir.
Artigo 15"
d) Não podem ser adquiridas, por silêncio d~
Directrizes de Gestão
Administração, faculdades ou podere
contrários às normas realadoras das área, 1. A administração de uma área .prot&ida deve
protegidas. procurar salvaguardar os valores que motivaram a iua
declaração, manter a qualidade ambienta1 e, na medida
e} As novas construções em parques n a t d s , assim do possível, restaurar o meio.
como as transformações substanciais de
instalaçóes existentes, carecem da ~utorização 2. As espécies catalogadas que se encontrem no interior
da administraçãodo parque. de uma área protegida recebem especial, atençã?, com
vista recuperaçgo'da sua popuIação e eliminação dos
fl A delimaçio de uma área protegida constante do factores de ameaça.
respectivo instrumentò de gestão condiciona,
de forma determinante, a eventual ordenação 3. As variedades de cultivo e espécies de animais
urbanistica. aut6ctones que possam ser -contradas nas áreas
protegidas são consideradas recursos genéticos de
g) São proibidos, nas Reservas Naturais Integrais, interesse para a preservação da bíodíversídade, e são
todo o tipo de aproveitamento dos recursos inventariadas e objecto de atenção especial caso. a sua
naturais, assim como, a ocupação, abandono sobrevivênciaestar ameaçada.
de materiais e produtos, e qualquer actividade
que altere as condições ecológicas do meio. 4. A administraçãoresponsável pela gestão das áreas
protegidas deve proGdenciar para que o aproveitamento
h) Não é permitida, no âmbito das b e a s protegidas, dos recursos naturais, onde sejam autorizados, se faça
novas ocupações aquisitivas de terrenos. de maneira sustentável.
i) Os visitantes e os demais utilizadores das áreas 5. De igual modo, no caso dos parques naturais, a
estão obrigados a respeitar os administração das 5re5 protegidas deve fomentar e apoiar
respectivos valores naturais e culturais, em a s actividades que, sendo compatíveis com a sua
nome do interesse geral. conservação, contribuam para a melhoria de qualidade
de vida da população local.
j) Os residentes numa áreaprotegida ficam obrigados
a manter os respectivos Grédios em devidas 6. A administração da a r e i protk@da e os seus
condições d~ decoração e limpeza; livres de representantes devem gerir a áreaprotegida em estreita
lixos, e a conservá-los segundo as praticas colaboração com a população local.
tradicionais. CAPITULO IV
4. Os instrumentosde declaração das áreas protegidas Instrumentos de gestão
podem incorporar normas adicionais,incluindo regras ou
limitações e excepções ao regime geral, quando tal seja Artigo 16"
justificado por necessidades de protecção ou para facilitar.' Planos directores
a gestão da rirea.
1.Os objectivos de conservação previstos no presente
Artigo 14" diploma podem ser materializados atravbs de um plano
director das áreas protegidas onde se percebe existir tal
Regime de Usos
necessidade e, em qualquer caso, nos Parques Natwais.
1. Os possíveis usos ou actividades numa área 2. O plano diredor referido no numero anterior, deve '
protegída devem ajustar-se ao previsto no presente conter, entre outros:
diploma e. se for o caso, à delimitaçáo da área e &s demais
determinaçoes do plano director. a) Os objectivos de gestão e o seu alcance temporal;
56 I SERIE - No 5 «B. O.» DA R E P ~ L I C ADE CABO VERDE - 24 DE FEVERnIRO DE 2003
b) A classificação da área; com fins científicos ou de gestão, sempre de
forma controlada, com finalidade educativa
c} Os usos que são considerados proibidos e aqueles específica;
submetidos a autorização em função das
necessidades de protecção da áxea, semprejuízo b) Zona de uso moderado, a sua finalidade é a
dos já estabelecidos por este diploma; conservação geral dos recursos de forma
compatível com a livre circulação e recreio das
d) As disposiç6es urbanísticas, normas pessoas, podendo, eventualmente, ser
arquitectónicás e medidas de. protecção
permitida a colheita tradicional de sementes,
complementares, de acordo com o estipulado
frutas e outros produtos vegetais;sempre que
no presente diploma, as quais não exime o
não afecte a flora endémica a ameace a
cumprimento das já existentes;
sobrevivência das plantações naturais;
e) A orientação da gestão dos recursos naturais e as
eventuais medidas de restauração do meio ou c) Zona de uso tradicional, a sua finalidade é permitir
de espgcies ein situagão crítica; as práticas tradicionais de aproveitamento
sustentável dos recursos naturais, que podem
f l As infra-estruturas e medidas de fomento. de ser objecto de reguiamentaçáo própria;
actividades tradicionais e outras nielho~asdas
condições dg-iGdá da pòpirlação local; d) Zona de uso'especial, a sua'fixiafidade é dar
enquadra&$itÓ ao~.~ovoados; casários, infra-
g} O esidema devisitas da zírea, quarido necessári
. 7 4 . , A estruturas *necessárias 'e"di~ectamente
' a'segcirança .'dos:visitantes, os aspectòs de relacionAdas com a gestão da'& e das visitas,
informação e interpretação da natureza e, em assim como as inst+açõeS de jnteress~público
geral, todo o uso'~úblico; que, io&ázõ@it'écnicas, defem estar situadas.
dentro dos limites da área protegida.
.
hJAs iqsr;suaçóes
* _ L , . . . necessánas para
e i6a-estruturas
I )
,, a gestão'ci&área;
,,
2. Os residentes nas áreas protegidas têm direito d e . 1. A responsabilidade civil por danos causados en:
?referência no acesso às concessões de serviços referidos - resultado da violação do disposto no presente diploma 4
no número anterior. qolidária.
Artigo 26" 2. Nas áreas protegidas, a autoridade ambiental
Doagões exerce as mesmas funções em matéria de discipling
urbanística que as conferidas às Câmaras Municipais nos
I. Sem prejuizo dos 'convénios de gestão concertada artigos 107' e 108' das Bases do Ordenamento do
previstos neste diploma, o organismo autónomo d e k e a s Território Nacional e do Planeamento Urbanístico,
protegidas, se existir, pode receber de organismos aprovadas pela Lei n." 85EV/93, de 16 de Julho.
.nternacionais e Estados estrangeir. ajuda económica
~specificapara a gestáo das áreas protegidas. 3. No caso referido no número anterior, a autoridade
2. Os fundos provenientes das entidades referidas no . ambiental deve comunicar a infkacção à Câmara Municipal
número anterior, ficam sob a responsabilidade financeira para que a mesma actue, sem prejuízo de a autòridade
3 administrativa do organismo autónomo, e não podem
ambienta1 poder ackuar se decorrido um mês sobre a data
ser destinados a fins diferentes do acordado, ficando a da comunicaçgo, a câmara Municipal não actuar:
mautilização e aplicação sujeitas a supervisão da entidade Artigo 29"
3u organismo doador.
Dever levantar auto de notícia, ,de deniincla
Artigo 27" e de participação
Âmbito de influência sócio-económica
O pessoal técnico do departamento governamental
1.Consideram-se âmbito de influência sócio-económica responsável pela área do Ambiente, os agentes do corpo
l e -a área protegida o'eventual conjunto de povoados de guarda das áreas protegidas e demais agentes da
gue se encontrem no seu 'interior ou na-sua imediata autoridade devem levantar auto de noticia sempre que
periferia. presenciam a p r q i c a de factos que .qualificados no
.presente diploma como contra-ordenação e,. devem
2. No, âmbito acima referido, a administração ou denunciar ou participar à aiitoridade competente, quanto
s t i d a d e s doadoras podem ~ u b v e n c i o n a r ~ t o t aóu
l tomam conhgcimento da prática de tais factos por outro.
parcialmente a realização de obras de infra-estruturas e
rquipamentos que contribuam para a.melhoria das Artigo 30'
condiçõès de +ida das respectivas populações, ou para
favorecer as possibilidades de acolhimento e estadia de
visitantes e outros serviços. 1. Sem prejuizo do disposto em legislação específica
3. De igual modo, a administração pode conceder de determinadas recufsos naturais, constituem canka-
ajudas aos titulares de terrenos e de outros direitos resiis ordenações:
para a realização de programas de conservação, quando
3s mesmos se encontrem situados num'a área protegida.
. a) A moditicação da realidade física e biológica de
. uma área protegida ou dos seus produtos
próprios, mediante a sua ocupação,
desbravamento, corte, arranque, extiacção de
minerais ou outras acções não permitidas;
Artigo 28"
b) A lesão das condições ecológicas, mediante a
Responsabilidade utilização de produtos químicos, substâncias ou
1.As acçoes ou omisCies que inçinjam o previsto no elementos biológicos, do fogo, ou vazamento
presente diploma acarretam responsabilidades de de resíduos e escombros ou acções análogas. .
natureza administrativa, sem prejuízo da responsabilidade
c) O Incumprimento das proibições previstas no
civil, ou de outra ordem, exigivel, nos termos da lei.
presente diploma ou nas normas de protecção
2. Sem prejuízo das sanções administrativas ou de da área ou no respectivò plano director;
outra natureza aplicáveis em cada caso, o infractor deve
reparar o dano causado. A realização de actividades sem a permissão ou
autorização estabelecldapelo presente diploma
3. A reparação relenda n o número anterior tem por ou nas normas es,pecíficas da área ou no
objectivo conseguir, na medida do possível, a restauração respectivo plano director;
do meio. liaturd ao seu estado anterior a produção do
dano. e) A violação do estabelecido nas autorizações;
4. Se não for possível a reparação, esta é substituída fl A destruição ou alteração dos sinais ou limites das
por uma indemnização, fixada mediante o acordo prévio áreas protegidas;
do infractor, n a proporção do, dano causado ao meio
natural, ou com prévia avaliação contraditória, quando o g) A alteração dos valores naturais de uma área
ag~eLenão concorde com o montante da indemnização protegida para promover a sua
fixado. descaracterização.
ABO VERDE - 24 DE FEVEREIRO DE 2003 59
3. As contra-ordenaçõesprevistas nas allneas a), b) e 2. Para efeitos do disposto na lei sobre impacto
g); são punidas com coima de 3.000$00 a 250.000$00, e de- ambienta1;os parques, reservas e monumentos naturais
300.000$00 a 2.000.000$00, consoante o infractor seja integrados na Rede Nacional de Áxeas Protegidas, são-
uma pessoa singular ou uma pessoa colectiva.
consideradas zonas particularmente vulneráveis.
4. Nos restantes casos a s contra-ordenação sãc
punidas com coima de 3.000$00 a.300.000$00, e de 3. O organismo autónomo das áreas protegidas emite
300.000$00 a 1.000.000$00, consoante o infractor seja parecer sobre os estudos de impacto ambierital de
uma pessoa singular ou unia pessoa colectiva. 'projectos e actividades que tenham lugar no âmbito
territonal das áreas protegidas, antes da sua submissão
5. As contra-ordenaçãoprevistas no presente diploma ao organismo competente para a respectiva -alíação.
prescrevem nos prazos gerais previstos no regime geral
das contra-ordenações Artigo 34"
Artigo
.. 35"
(Remissão)
Formação
As contra-ordenações previstas no presente diploma
aplica-se o disposto para as contra-ordenações previstas O Governo promove a formação de funcionários
nas Bases da Política do Ambiente e no Demetc+Legislativo técnicos e guias em matéria de conservação da natureza,
n." 14/97, de 3. de Julho. gestão de, áreas protegidas e acompanhamento dos
visitantes, dando preferência aos residentes nas áreas
protegidas.
~ i s ~ o s i ~ transitórias
ôeç e finais
Artigo 336
Artigo 3S0
Entrada em vigor
Administração e fiscalização provisórias de áreas
protegidas
O presente diploma entra em vigor no dia imediato a o
1.Enquanto não for criado o organismo autónomo de da sua publicação.
áreas protegidas, a a-dministração das mesmas cabe .ao
depadamento governamental responsável pela área do Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
Ambiente.
José Maria pereira Nevei- Maria Madalena Brito -
2. Enquanto não for criado o corpo de guarda de áreas I\reves.
protegidas, essas'funções podem ser exercidas pelos
agentes florestais que tenham recebido formação Promulgado em 17 de Fevereiro de 2003.
complementar em matéria de gestão de áreas protegidas.
Publique-se.
Artigo 33'
ANEXO
REDE NACIONAL F C I A L DE ÁREM PROTEGIDAS