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Zoneamento e Unidades de Conservação

Conceito - Usos / Obrigações / Limitação Administrativa / Propriedade Privada

Natureza - Poder de Policia


a) Separar
b) Destinar

Zoneamento
a) Federal
b) Estadual
c) Municipal

Unidade de Conservação 9985/2000

CONCEITO - USOS / OBRIGAÇÕES / LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA / PROPRIEDADE PRIVADA:


O zoneamento é o processo de dividir uma determinada área geográfica em zonas ou regiões distintas, cada uma com
regras, usos permitidos, obrigações e limitações administrativas específicas. Isso é feito para gerenciar o uso do solo e
os recursos naturais de maneira ordenada, garantindo a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. Através
do zoneamento, é possível determinar quais atividades são permitidas em cada área, como construção, agricultura,
indústria, conservação etc.

NATUREZA - PODER DE POLÍCIA:


O poder de polícia é uma atribuição do Estado para regulamentar e controlar as atividades que possam afetar a ordem
pública, o bem-estar social e o meio ambiente. No contexto do zoneamento e das unidades de conservação, o poder
de polícia é exercido para separar e destinar áreas específicas, a fim de garantir a proteção da natureza e o uso
sustentável dos recursos.

A) SEPARAR:
A separação se refere à divisão das áreas em zonas distintas de acordo com critérios específicos, como níveis de
conservação, fragilidade ambiental, usos permitidos etc. Essa separação visa evitar conflitos de interesse entre
atividades incompatíveis e garantir que as áreas sensíveis sejam preservadas.

B) DESTINAR:
A destinação se relaciona com a alocação de áreas para usos específicos, como unidades de conservação, áreas de
proteção ambiental, zonas industriais, zonas urbanas, entre outras. Essa destinação é feita considerando as
características ambientais, sociais e econômicas de cada região.

ZONEAMENTO:
O zoneamento pode ocorrer em diferentes níveis governamentais:

A) FEDERAL: Estabelecido pelo governo federal, geralmente para áreas de grande importância nacional ou
transfronteiriça.

B) ESTADUAL: Realizado pelos governos estaduais para regulamentar o uso do solo dentro de seu território, levando
em conta as características regionais.

C) MUNICIPAL: Conduzido pelos governos municipais, é responsável por definir o zoneamento das áreas urbanas e
rurais de acordo com as necessidades locais.

Unidade de Conservação (Lei 9.985/2000 - Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC):


A Lei 9.985/2000 estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) no Brasil, que é o conjunto de
áreas protegidas com diferentes categorias de conservação. As unidades de conservação são espaços territoriais e
seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente
instituídos pelo poder público com objetivos de conservação e limites definidos.
Conceitos
a) Unidades de Conservação
b) Proteção Integral
c) Zona de Mortecimento
d) Conector Ecológico

Objetivos
Diretrizes
a) Apoio de Entidades Privadas
b) Alocação de Recursos

A) UNIDADES DE CONSERVAÇÃO:
Unidades de Conservação (UCs) são áreas geograficamente delimitadas e legalmente estabelecidas pelo poder
público para proteger a biodiversidade, os recursos naturais e os ecossistemas. Elas podem ter diferentes objetivos,
como a preservação da natureza, o uso sustentável dos recursos naturais, a educação ambiental, a pesquisa científica,
entre outros. As UCs são categorizadas em dois principais grupos: proteção integral e uso sustentável.

B) PROTEÇÃO INTEGRAL:
Essa categoria de unidades de conservação visa a proteção rigorosa dos ecossistemas e da biodiversidade. Nestas
áreas, atividades que possam alterar significativamente o ambiente natural são restritas ou proibidas. O foco é
preservar os processos ecológicos essenciais sem interferência humana direta. Exemplos incluem Estações
Ecológicas, Reservas Biológicas e Parques Nacionais.

C) ZONA DE AMORTECIMENTO:
A zona de amortecimento é uma área de transição localizada ao redor de unidades de conservação de proteção
integral. Ela tem o objetivo de reduzir impactos negativos externos sobre a unidade de conservação e suas atividades,
permitindo atividades humanas regulamentadas que são menos prejudiciais ao ambiente.

D) CONECTOR ECOLÓGICO:
Um conector ecológico é uma faixa de terra ou corredor que liga diferentes áreas protegidas ou fragmentos de habitat.
Eles são importantes para permitir que as espécies se movam entre essas áreas, mantendo a conectividade e
facilitando a migração genética, o que é essencial para a sobrevivência de muitas espécies.

OBJETIVOS E DIRETRIZES DO ZONEAMENTO AMBIENTAL:

PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL: O principal objetivo do zoneamento é assegurar a preservação e conservação


dos recursos naturais, ecossistemas e biodiversidade, evitando a degradação e perda desses elementos.

ORDENAMENTO TERRITORIAL: Direcionar as atividades humanas de forma a minimizar conflitos entre diferentes usos do solo e
garantir um desenvolvimento sustentável que seja compatível com a capacidade de suporte dos ecossistemas.

PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: Ao delimitar áreas para diferentes tipos de atividades, como áreas
urbanas, agrícolas, industriais e áreas de preservação, o zoneamento busca promover um desenvolvimento econômico que
considere a saúde dos ecossistemas.

REDUÇÃO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS: Ao estabelecer limites claros para as atividades, o zoneamento ajuda a evitar
conflitos entre interesses econômicos, sociais e ambientais, promovendo um uso mais equilibrado dos recursos.

PARTICIPAÇÃO E ENGAJAMENTO: A diretriz de envolver a sociedade, incluindo comunidades locais, especialistas e


organizações não governamentais, no processo de zoneamento contribui para a construção de soluções mais abrangentes e
aceitáveis.

MONITORAMENTO E ATUALIZAÇÃO: O estabelecimento de sistemas de monitoramento ambiental contínuo é fundamental para


avaliar a eficácia das medidas de zoneamento e realizar ajustes sempre que necessário.

OBJETIVOS E DIRETRIZES DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO:

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE: O principal objetivo das Unidades de Conservação é preservar a diversidade biológica,
incluindo espécies vegetais e animais, bem como os ecossistemas naturais e culturais.

PROTEÇÃO DOS ECOSSISTEMAS ÚNICOS: As UCs visam proteger ecossistemas que possuem características únicas,
ameaçadas ou raras, contribuindo para a manutenção da saúde e do equilíbrio dos ecossistemas em escala regional e global.

PESQUISA CIENTÍFICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: As UCs oferecem oportunidades para a realização de pesquisas científicas
que aumentam o entendimento dos ecossistemas e ajudam na tomada de decisões baseadas em evidências. Além disso, elas
podem servir como espaços de educação ambiental.

FOMENTO AO ECOTURISMO E USO SUSTENTÁVEL: Algumas UCs permitem atividades como o ecoturismo, desde que essas
atividades sejam realizadas de forma sustentável e controlada, contribuindo para a geração de renda e conscientização ambiental.

GESTÃO PARTICIPATIVA: Envolver as comunidades locais, povos indígenas e outras partes interessadas na gestão das UCs é
uma diretriz fundamental para garantir a compreensão, aceitação e colaboração em prol da conservação.

RESTRIÇÕES E CONTROLE DE ACESSOS: Definir zonas de uso restrito e controlar o acesso a áreas sensíveis é essencial para
proteger os recursos naturais e minimizar os impactos negativos das atividades humanas.

FISCALIZAÇÃO E COMBATE A ATIVIDADES ILEGAIS: A implementação de medidas de fiscalização e ação contra atividades
ilegais, como caça, pesca predatória e desmatamento, são fundamentais para a eficácia das UCs.

É importante notar que os objetivos e diretrizes podem variar conforme a legislação, as características locais e os objetivos
específicos de cada região ou unidade de conservação.

A) APOIO DE ENTIDADES PRIVADAS:


As unidades de conservação podem receber apoio de entidades privadas, organizações não governamentais,
empresas e comunidades locais para sua gestão, manutenção e atividades de preservação. Isso pode incluir parcerias
para pesquisa, monitoramento, educação ambiental e até mesmo financiamento.

B) ALOCAÇÃO DE RECURSOS:
Para cumprir seus objetivos, as unidades de conservação precisam de recursos financeiros, humanos e técnicos. A
alocação adequada de recursos é fundamental para garantir a eficácia na gestão, fiscalização e conservação das
áreas protegidas. Isso pode envolver investimentos públicos, doações, taxas de visitação e outras fontes de
financiamento.

Proteção Integral
a) Estação Ecológica
b) Reserva Ecológica
c) Parque Nacional
d) Manutenção Natural
e) Refugio da Vida Silvestre
f) Relações de Domínio

A) ESTAÇÃO ECOLÓGICA: Área destinada exclusivamente à pesquisa científica, onde qualquer


interferência humana é proibida, visando a preservação dos processos naturais.

B) RESERVA ECOLÓGICA: Reserva voltada à pesquisa científica e à proteção de espécies raras ou


ameaçadas, permitindo atividades de manejo mínimo.

C) PARQUE NACIONAL: Destinado à visitação pública, pesquisa e educação ambiental, com


regulamentações para equilibrar conservação e uso público.
D) MANUTENÇÃO NATURAL: Objetiva a conservação da diversidade biológica, permitindo a realização
de pesquisas e atividades de educação ambiental, porém com limitações quanto à intervenção humana.

E) REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE: Busca proteger ambientes naturais que abrigam espécies migratórias,
com restrições à intervenção humana, favorecendo a reprodução e a migração das espécies.

F) RELAÇÕES DE DOMÍNIO: Essa categoria não se refere a uma unidade de conservação específica,
mas sim a um conceito que visa reconhecer e regular direitos de posse e uso das populações tradicionais
em áreas de conservação.

Uso Sustentável
a) A PA
b) Área Relevante Interesse Ecológico
c) Floresta Nacional
d) Reserva Extrativista
e) Reserva de Fauna
f) Reserva de Desenvolvimento
g) Reserva Particular

A) ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA): BUSCA harmonizar a conservação com as atividades


humanas, permitindo usos tradicionais, agricultura sustentável e turismo, porém regulamentando para
evitar impactos significativos.

B) ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE): Tem foco na proteção de ecossistemas


específicos de relevância ecológica, permitindo pesquisa científica e educação ambiental, mas restringindo
atividades degradadoras.

C) FLORESTA NACIONAL: Visa o uso sustentável dos recursos florestais, como manejo madeireiro e não
madeireiro, de acordo com princípios de sustentabilidade.

D) RESERVA EXTRATIVISTA: Destinada a comunidades tradicionais que dependem de recursos naturais


para sua subsistência, permitindo o uso sustentável desses recursos.

E) RESERVA DE FAUNA: Protege populações de espécies animais e seus habitats, proibindo caça e
atividades que afetem negativamente as espécies.

F) RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: Busca a conciliação entre a conservação e o


uso sustentável dos recursos naturais, permitindo atividades tradicionais e sustentáveis das comunidades
locais.

G) RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN): Área privada reconhecida pelo poder
público devido a sua relevância ambiental, com uso restrito e foco na conservação.

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