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– SNUC
REGIMENTO DO PAU-BRASIL (1605)
• Primeira lei de
cunho ambiental
do Brasil;
• Voltado a
proteção das
florestas;
• Foco no controle
do uso de recursos
madeireiros;
• Sem demarcação
de áreas
específicas.
• Em 1844, por ordem de Dom Pedro II houve desapropriação das fazendas de café e replantio de
vegetação nativa na floresta da Tijuca – RJ.
O plano continha objetivos específicos necessários à conservação da natureza no Brasil e propunha novas
categorias de manejo dos recursos naturais, que não eram previstas na legislação da época - Código
Florestal Brasileiro, de 1965 e a Lei de Proteção à Fauna, de 1967.
Uma segunda etapa do plano, elaborada pelo
IBDF, foi sancionada pelo governo em 1982 e
publicada sob o seu nome e siglas atuais - Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza (SNUC).
Uma ONG, a Fundação Pró-Natureza (FUNATRA), com recursos fornecidos inicialmente pela Secretaria
Especial do Meio Ambiente (SEMA) e pelo IBDF, e, após a sua extinção, pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), reuniram um grupo de especialistas a partir de
julho de 1988 visando a revisão e atualização conceitual do conjunto de categorias de unidades de
conservação, incluindo a elaboração de um Anteprojeto de Lei, para dar suporte legal ao Sistema.
Os trabalhos, concluídos ainda em 1989, resultaram em duas versões de Anteprojetos de Lei, que foram
publicados pelo IBAMA e pela FUNATRA.
SNUC é o conjunto de unidades de conservação (UC) Federais, estaduais e municipais. É composto por
12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos
permitidos: aquelas que precisam de maiores cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas
que podem ser utilizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo.
O SNUC foi concebido de forma a potencializar o papel das UC, de modo que sejam planejadas e
administradas de forma integrada com as demais UC, assegurando que amostras significativas e
ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas estejam adequadamente
representadas no território nacional e nas águas jurisdicionais. Para isso, o SNUC é gerido pelas três
esferas de governo (federal, estadual e municipal).
• VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade
biológica e dos ecossistemas;
• IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos
naturais;
• X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais;
• XV - (VETADO)
• XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos
de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para
que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz;
• XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos
gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem
presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas
físicas necessárias à gestão da unidade;
Objetivos do SNUC
• Contribuir para a conservação das variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos no
território nacional e nas águas jurisdicionais;
Estratégias – SNUC
Uma das estratégias adotada para a consolidação do SNUC é o fortalecimento do extrativismo nas
categorias de UCs que envolvem populações tradicionais, em consonância com a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – PNPCT, que tem como um de
seus instrumentos o Plano Nacional de Fortalecimento das Comunidades Extrativistas e Ribeirinhas
(Planafe).
Gestão do SNUC
• Órgão consultivo e deliberativo: representado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), tem a função de acompanhar a implementação do
SNUC;
• Órgão central: representado pelo Ministério do Meio Ambiente, tem a finalidade de coordenar
o SNUC;
• Estação Ecológica
• Reserva Biológica
• Parque Nacional
• Monumento Natural
2. Unidades de Uso Sustentável - concilia a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos
recursos naturais. Uso direto. Esse grupo é constituído pelas categorias:
• Floresta Nacional
• Reserva Extrativista
• Reserva de Fauna
PROTEÇÃO INTEGRA
• ESTAÇÃO ECOLÓGICA
Origem: Secretaria Especial de Meio Ambiente - SEMA (1981)
De posse e domínio público, servem à preservação da natureza e à realização de pesquisas
científicas. A visitação pública é proibida, exceto com objetivo educacional. Pesquisas científicas
dependem de autorização prévia do órgão responsável.
• RESERVA BIOLÓGICA
Origem: Lei de proteção aos animais (1967)
Visam a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites,
sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de
recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e
preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos. O Brasil possui,
aproximadamente 60 reservas biológicas.
A primeira reserva biológica federal, a de Poço das Antas no Rio de Janeiro, foi criada através
do Decreto Nº 73.791, emitido em 11 de março de 1974 por Emílio Garrastazu Médici. Essa
reserva foi criada com o intuito de proteger o mico-leão-dourado.
A criação dessa reserva foi seguida pela do Atol das Rocas em 5 de junho de 1979, no Rio Grande
do Norte, sendo a primeira unidade de conservação federal do bioma marinho... e pela do Jaru,
em 11 de julho de 1979, em Rondônia.
A menor reserva biológica federal brasileira, é a de Saltinho, na Zona da Mata Pernambucana,
com pouco menos de 6 km², enquanto que a maior é a Reserva Biológica do Uatumã, às margens
do Reservatório de Balbina no Amazonas, com mais de 9 mil km².
• PARQUE NACIONAL
Origem: Código Florestal de 1934.
Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em
contato com a natureza e de turismo ecológico.
TOTAL DE 74 PARQUES
• MONUMENTO NATURAL
Origem: SNUC 2000.
Objetivam a preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande
beleza cênica.
USO SUSTENTÁVEL
• ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO
Origem: SEMA, 1984.
Geralmente de pequena extensão, são áreas com pouca ou nenhuma ocupação humana, exibindo
características naturais extraordinárias ou que abrigam exemplares raros da biota regional, tendo
como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso
admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza.
A iniciativa para criação de uma RPPN é ato voluntário de pessoas físicas ou jurídicas proprietárias de
imóveis rurais ou urbanos que demonstram um potencial para a conservação da natureza. Uma vez que
uma área se torna uma RPPN, embora o direito de propriedade se mantenha, ele não pode mais voltar
atrás, o status de área protegida priva é perpétuo.
• RESERVA DE FAUNA
Origem: Lei de Proteção aos Animais (1967) - sob o nome de Parques de Caça. É uma área natural com
populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas
para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.
• RESERVA DE EXTRATIVISTA
Origem: SNUC, 2000. Utilizadas por populações locais, cuja subsistência baseia- se no extrativismo e,
complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, áreas
dessa categoria tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e
assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.
• § 1o (VETADO)
• § 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites
originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo
nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta
estabelecidos no § 2o deste artigo.
• § 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita
mediante lei específica.
Art. 22-A. O Poder Público poderá, ressalvadas as atividades agropecuárias e outras atividades
econômicas em andamento e obras públicas licenciadas, na forma da lei, decretar limitações
administrativas provisórias ao exercício de atividades e empreendimentos efetiva ou potencialmente
causadores de degradação ambiental, para a realização de estudos com vistas na criação de Unidade de
Conservação, quando, a critério do órgão ambiental competente, houver risco de dano grave aos recursos
naturais ali existentes.
Art. 24. O subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem na estabilidade do ecossistema, integram os
limites das unidades de conservação.
Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do
Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores
ecológicos.
Art. 26. Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não,
próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um
mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerando-se os
seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a
valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional.
• Relatórios detalhados sobre a situação das UC, facilitando assim a realização de diagnósticos, a
identificação de problemas e a tomada de decisão;
RESERVA LEGAL
De acordo com a Lei 12.651/2012, todo imóvel rural deve
manter uma área com cobertura de vegetação nativa, a
título de Reserva Legal. Trata-se de área localizada no
interior de uma propriedade ou posse rural, com a função
de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos
recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação
e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a
proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Sua
dimensão mínima em termos percentuais relativos à
área do imóvel é dependente de sua localização.