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Planejamento Urbano e Regional: Bacias Hidrográficas

Arquitetura e Urbanismo
Universidade São Francisco | USF

SNUC + Unidade de Proteção Integral

Estação
Ecológica
Ana Carolina 001202009170
Derik Pais 001202006002
Giovani Andrey 001201908400 Docente
Mylena Zanesco 001202005576 Décio Luis Pradella
História SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza)

Década de 70

Plano desenvolvido visando conservar a


natureza e introduzindo novas abordagens
não contempladas pelas leis vigentes
1982

O governo sancionou o plano SNUC, mas


faltava apoio legal através de uma nova lei.
~1988

Constituição Federal
(Apoio Legal)

O artigo 225, inciso 1º, abordou a


necessidade de proteger áreas especiais em
todo o território nacional.
2000

Lei 9.985 / 2000

Criado o SNUC oficialmente.


Estabeleceu regras para criar, organizar e
gerir Unidades de Conservação (UC).
O que é?

SNUC
O que é?

Conjunto organizado de áreas


SNUC naturais protegidas, visando a
conservação da biodiversidade e
dos ecossistema

Sistema Nacional de Unidades de Objetiva assegurar a


Conservação da Natureza preservação de diferentes
ambientes naturais e promover
o uso sustentável dos
recursos.
Lei 9.985/ 2000
Como funciona?

SNUC

Gestão Participação
compartilhada Social

Federal Estadual Municipal Conselhos


Como funciona?

SNUC Plano de
Manejo
Regularização
Fundiária de UCs

Penalidades
e sanções

Compensação
Ambiental

Gestão Participação Importância


compartilhada Social de Leis

Federal Estadual Municipal Conselhos Recursos e Pressão


Econômica
Agrupamentos de UCs

Áreas de Proteção Integral:

Buscam a preservação total da


biodiversidade e dos processos
ecológicos.
Agrupamentos de UCs

Áreas de Proteção Integral: Áreas de Uso Sustentável:

Buscam a preservação total da Permitem o uso racional dos


biodiversidade e dos processos recursos naturais, desde que
ecológicos. respeitando os limites ecológicos.
Áreas de Proteção Integral:

Parques Nacionais:
Estações Ecológicas: Reservas Biológicas:
Preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância e beleza cênica. Áreas de natureza intocada, onde intervenções Áreas destinadas à preservação da diversidade biológica,
humanas são extremamente limitadas. sem interferência humana direta.
Podem permitir o turismo, desde que seja controlado
e não prejudique a natureza. Visam à preservação total de ecossistemas e Reservadas para estudos científicos e a
processos naturais. conservação de espécies raras.
Objetivo: Conservar ecossistemas representativos,
possibilitando visitação pública, pesquisa científica e Objetivo: Proteger amostras de ecossistemas Objetivo: Proteger ecossistemas naturais para garantir a
educação ambiental. primitivos e realizar pesquisas científicas sem manutenção de populações de plantas e animais e promover
perturbações. a pesquisa científica.

Monumentos Naturais: Refúgios de Vida Silvestre:


Consistem em elementos naturais singulares, como Tem o objetivo de proteger ambientes naturais
formações geológicas, relevos, cavernas e outras importantes para a preservação da fauna e flora.
belezas naturais.
Não permitem atividades que afetem
São protegidos para preservar sua singularidade. negativamente a biodiversidade.

Objetivo: Salvaguardar feições naturais notáveis e Objetivo: Garantir habitats essenciais para a vida
únicas, promovendo sua conservação e a possibilidade selvagem, promovendo a reprodução e a
de visitação. conservação das espécies.
Unidades de Uso Sustentável:

Reservas de Desenvolvimento Reservas Extrativistas: Reservas de Fauna:


Sustentável: São destinadas a comunidades extrativistas, São unidades voltadas para a proteção de populações de
onde a coleta de recursos naturais é permitida animais silvestres, podendo permitir o manejo sustentável e
São unidades onde moradores tradicionais praticam para subsistência. a pesquisa científica.
atividades sustentáveis em harmonia com a natureza.
São áreas de uso tradicional, visando proteger Objetivo: Conservar a fauna e seus habitats, promovendo a
O uso dos recursos é permitido desde que seja feito de modos de vida e recursos. recuperação de populações de espécies ameaçadas.
forma consciente.
Objetivo: Garantir a exploração sustentável de
Objetivo: Conciliar conservação ambiental com a recursos por comunidades tradicionais, evitando
qualidade de vida das comunidades tradicionais, a degradação dos ecossistemas.
mantendo modos de vida e práticas culturais.

Áreas de Proteção Ambiental: Áreas de Relevante Interesse


São áreas onde atividades humanas são compatíveis
Ecológico:
com a conservação da natureza.
São áreas com características naturais importantes, que
Podem abranger zonas urbanas e rurais, promovendo o merecem proteção.
equilíbrio entre desenvolvimento e preservação.
Permitem atividades compatíveis com a conservação e a
Objetivo: Promover o uso sustentável dos recursos educação ambiental.
naturais, com foco na harmonia entre a conservação e
o desenvolvimento humano. Objetivo: Conservar e proteger áreas de importância
ecológica, mantendo seus valores naturais e
possibilitando o acesso público controlado.
Estações Ecológicas
Estações Ecológicas

Objetivo

Preservação da natureza
Realização de pesquisas
científicas
Estações Ecológicas

Objetivo Posse

Preservação da natureza Posse e domínio


Realização de pesquisas públicos,
científicas Áreas particulares
incluídas serão
desapropriadas
Estações Ecológicas

Objetivo Posse Visitação

Posse e domínio públicos, Proibida a visitação


Preservação da natureza
Áreas particulares pública, exceto quando
Realização de pesquisas
incluídas serão com objetivo
científicas
desapropriadas Educacional/Pesquisa
(de acordo com o Plano
de Manejo da Unidade)
Estações Ecológicas

Objetivo Posse Visitação

Posse e domínio públicos, Proibida a visitação


Preservação da natureza
Áreas particulares pública, exceto quando
Realização de pesquisas
incluídas serão com objetivo
científicas
desapropriadas Educacional/Pesquisa
(de acordo com o Plano
de Manejo da unidade)
Pesquisa

Depende de autorização
do órgão responsável
pela unidade
Está sujeita às condições
e restrições
estabelecidas
Estações Ecológicas

Objetivo Posse Visitação

Posse e domínio públicos, Proibida a visitação


Preservação da natureza
Áreas particulares pública, exceto quando
Realização de pesquisas
incluídas serão com objetivo
científicas
desapropriadas Educacional/Pesquisa
(de acordo com o Plano
de Manejo da unidade)
Pesquisa Criação

Depende de autorização Pelo poder Público


do órgão responsável Não exigem estudos
pela unidade técnicos e consulta
está sujeita às condições pública para definir sua
e restrições estabelecidas localização e limites
adequados
Estações Ecológicas

Permissões

Só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no


caso de:

medidas que visem a restauração de ecossistemas


modificados;

manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade


biológica;

coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades


científicas;

pesquisas científicas com impacto ambiental maior (do que a


observação ou coleta controlada), limitadas a 3% da unidade e
até 1.500 hectares.
Estações Ecológicas

Permissões Zoneamento

Só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no Qualquer Unidade no


caso de: grupo de Proteção
Integral é considerada
medidas que visem a restauração de ecossistemas Área Rural para efeitos
modificados; legais
Uma vez definida
manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade formalmente, a zona de
biológica; amortecimento não
coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades
pode ser transformada
científicas; em zona urbana

pesquisas científicas com impacto ambiental maior (do que a


observação ou coleta controlada), limitadas a 3% da unidade e
até 1.500 hectares.
PLANO DE MANEJO

Cumprir Objetivos: Garantir conformidade com metas.

Metas de Manejo: Estabelecer diretrizes específicas.

Desenvolvimento Sustentável: Promover crescimento responsável.

Ações de Manejo: Implementar medidas específicas.

Base no Conhecimento: Guiar-se por informações relevantes.

Zoneamento Protetor: Delimitar áreas de preservação.

Representatividade Reconhecida: Destacar importância no SNUC.

Compatibilizar com Residentes: Conciliar presença humana com objetivos.

Regulação da Ocupação: Controlar uso de recursos.

Integração Comunidades: Incluir populações vizinhas.

Uso de Recursos Financeiros: Direcionar recursos adequadamente.


ZONA DE AMORTECIMENTO

A zona de amortecimento, também chamada "zona-tampão," cerca uma unidade de conservação


(UC) para minimizar impactos humanos. Funções principais:

Proteção da UC: Salvaguarda contra ameaças externas.

Pesquisa e Monitoramento: Facilita estudos comparativos.

Educação Ambiental: Promove conscientização e visitação controlada.

Atividades Sustentáveis: Permite práticas compatíveis com a conservação, como agricultura


e turismo responsável.

ZONA INTANGÍVEL

Preservação Integral: Objetivo é manter o ambiente natural sem interferência humana significativa.

Restrições Severas: Proíbe atividades como construção, exploração de recursos e visitação.

Conservação Pura: Enfoca na proteção máxima do ambiente natural.


Biomas
Um bioma é uma grande comunidade de plantas, animais e outros organismos que
ocupam uma determinada área geográfica sendo caracterizados principalmente por:

Condições Climáticas Tipos de Solo Topografia Tipos de Vegetação

Em outras palavras, um bioma é uma região com características biológicas e ecológicas


distintas, onde as espécies de seres vivos se adaptaram às condições ambientais específicas
desse local.
Amazônia Cerrado Caatinga
Maior floresta tropical do 2° maior bioma do Brasil Encontrado na região nordeste do
mundo; Clima Sazonal; Brasil;
Clima Equatorial; Períodos seco e chuvoso bem Possui um solo raso e pedegroso;
Alta umidade e chuvas intensas; definido; Clima quente e seco;
Floresta densa com árvores de Composto por Savanas e Possui muita diversidade na fauna;
grande porte; Matagais e árvores de clima A flora é adaptada para climas
Desempenha um papel seco extremamente seco e possuem a
importante na regulação Grande biodiversidade e capacidade de armazenamento de
climática global; importante para a conservação água.
É um importante reservatório de da água e do solo.
biosivesidade.
Pantanal Mata Atântica Pampas
Maior planície alagável do Bioma costeiro que abrange Localizado no sul do Brasil, é uma
mundo, localizada no centro- partes do litoral do Brasil; região de campos e pastagens.
oeste do Brasil; Clima Tropical Úmido e Predominância de gramíneas e poucas
Clima tropical sazonal, com Subtropical; árvores.
estação de chuvas e de seca; riginalmente densa floresta Abundância de aves, mamíferos como
Áreas alagáveis intercaladas tropical, agora bastante o veado, e espécies adaptadas à vida
com matas e vegetação de fragmentada e ameaçada pela nas pastagens.
cerrado; urbanização; Importante para a pecuária e abriga
Notável pela diversidade aves e Inclui diversas espécies uma rica biodiversidade adaptada às
animais aquáticos; endêmicas; condições de campos.
Considerado um berçário É uma das regiões mais
natural para várias espécies; ameaçadas do Brasil em termos
de perda de habitat e
biodiversidade
O Brasil conta atualmente com um total de 2.446
Unidades de Conservação, entre unidades de nível
federal, estadual e municipal;

As UC’s cobrem cerca e 26% das áreas


18% de 18% de todo o 26% marinhas
território brasileiro,
somando 1,6 milhão
km²

5,4%

6% 12%
APA
Categorias
Apenas 6% estão em E 12% estão em
com
Unidades de Proteção Unidades de Uso
pouquíssima
Integral Sustentável
s restrições
ambientais
28% 9,5% 8,8% 8,3% 4,6% 3%

Amazônia Mata Caatinga Cerrado Pantanal Pampa


Atlântica
A Estação Ecológica é uma das Unidades de
Conservação Ambiental com mais restrições
ambientais, sendo assim, observa-se que há
pouca distribuição dessa Unidade em relação
à proporção do território brasileiro,
representando:

33 na Mata Atlântica;
19 no Cerrado;
16 na Amazônia;
6 na Caatinga;
2 Em Pampa
1 Em Pantanal;
Estudo de caso 1

Unidade de Proteção Integral

Estação Ecológica de
Taiamã
Informações
Gerais
Localizada no município de
Cáceres/MT
Área: 11.555 ha
Perímetro: 94.894m
Decreto da criação: Decreto Nº
86.061, de 2 de Junho de 1981
Bioma: Pantanal
Fiscalização: Três agentes fazem a
fiscalização de atividades
relacionadas a pesca predatória e
incêndio.
Possui plano de manejo
Influência direta do Rio Paraguai
Localização

Estação Ecológica de Taiamã


delimitada pelo rio Paraguai.
Rio Paraguai se bifurca em dois
canais: Bracinho e Paraguai.
Reencontro dos canais define a área
da unidade de conservação.
A EE de Taiamã é uma ilha fluvial,
principalmente campo inundável.
Contexto
1973 1973 1981

Cria-se o Cria-se o Programa A única


Início dos O objetivo era o
SEMA Estações representante do
conflitos estabelecimento de
(Secretaria Ecológicas (Lei bioma Pantanal
fundiários uma rede de
Especial do 6.902/2002) localizada na
na área reservas em áreas,
Meio A criação de tais Amazônia Legal
(ocupação já de domínio
Ambiente) categorias de criada foi a
não federal, estadual ou
responsável unidades foi Estação Ecológica
autorizada) municipal, que
por iniciar o incluída como de Taiamã;
protegeria amostras
Programa de objetivo específico representativas de
Estações na Política Cria-se a Lei da
todos os
Ecológicas Nacional do Meio EE Taimã.
ecossistemas
Ambiente (Lei brasileiros
6.938/31 de agosto
Legislação

RPPN JUBRAN.

No entorno da EE de Taiamã, há
uma RPPN chamada JUBRAN.
A RPPN é uma unidade de
conservação em área privada,
protegida permanentemente.
O objetivo da RPPN é preservar a
diversidade biológica.
A RPPN JUBRAN foi criada em
2001 e possui 5.531 hectares.
Parte dos limites da RPPN se
encontram com a Estação
Ecológica de Taiamã.
A soma das áreas das duas UC
resulta em 47.086 hectares.
Uso do solo

Historicamente, em Cáceres, a
atividade pecuária era a principal
atividade econômica;

Nas fazendas ao redor, a principal


atividade é a criação de gado
extensiva;

Pecuária e agricultura de subsistência


das famílias assentadas ao redor;

Pesca (profissionais e amadores);

Turismo de obsevação da natureza


derivado das hotelarias;
Zoneamento
Zona primitiva
Zona Primitiva tem baixa intervenção humana.
Abriga espécies de flora e fauna importantes para
preservação.
Também inclui fenômenos naturais de alto valor
científico.
Objetivo principal é preservar a integridade do
ambiente natural.

Zona de uso especial

Zona de Uso Especial é para administração,


manutenção e serviços.
Inclui áreas já afetadas pelo ser humano na
UC.
Objetivo é concentrar infraestruturas
administrativas da EE de Taiamã.
Minimizar impacto das atividades humanas
na área natural.
Área de atividades administrativas,
educativas, pesquisa e proteção.
Zona de Amortecimento
Análise considerou:
Conectividade hídrica com áreas
alagadas ao redor.
Incêndios nas propriedades vizinhas.
Áreas de vida de onças-pintadas e
espécies ameaçadas monitoradas via
satélite.
Possibilidade de expandir a unidade
de conservação em áreas públicas.
Pressão do turismo de pesca
próximo à UC.

Limites da zona de amortecimento


propostos:
Incluem limites da IN IBAMA
09/2009, que restringe pesca.
Abordam áreas afetadas por
incêndios florestais.
Incluem pontos de pesca com
potencial de conflito com a gestão da
EE de Taiamã e pescadores.
Aspectos
econômicos
Pesca profissional
A pesca é fundamental para a economia de
Cáceres-MT.
Muitas famílias de baixa renda dependem da
pesca na bacia do alto rio Paraguai.
Criação da Colônia de Pescadores Z-2 de
Cáceres-MT em 1982.
Localizada às margens do Alto Paraguai, na
zona urbana da cidade.
Aproximadamente 800 associados na Colônia.
Um subgrupo pode consistir de cerca de 50
pessoas (dados incompletos).

Turismo
Crescimento do turismo nos últimos anos.
Destaque para a pesca esportiva como
atividade turística.
Localização no corredor fluvial do rio Paraguai
e afluentes.
Geração de emprego e renda em vários
setores econômicos.
Benefícios sociais decorrentes do turismo.
Desafios e problemas ambientais associados à
atividade.
Membro Cargo
Estrutura
organizacional Daniel L.Z. Kantek
Vice Presidente do Conselho Consultivo da
ESEC de Taiamã

Selma S. Miyazaki Analista Ambiental/ICMBio


A Estação Ecológica de Taiamã (EE de
Taiamã) segue o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC).
Possui um Conselho Consultivo para apoio e Thadeu Deluque Costa Pereira Analista Ambiental/ICMBio
consulta na definição das diretrizes de
atuação.
O primeiro Conselho, criado em 2004, Rogério de Oliveira Costa Analista Ambiental/ICMBio
perdeu validade devido à falta de
Regimento Interno e reuniões.
Um novo Conselho foi criado em 2008 pela Elza Bastos Colônia de Pescadores Z-2 de Cáceres-MT
portaria N°19 de 3 de abril de 2008.
O Conselho discute assuntos importantes,
como autorizações, expansão da unidade e Wislene da Silva Souza Instituto GAIA
acordos de pesca.
As decisões do Conselho, embora
consultivas, são sempre respeitadas pelos
gestores da unidade. Alessandra A. E. Tavares Morini UNEMAT

Claumir Cesar Muniz UNEMAT


Fiscalização
Desafios na fiscalização da pesca devido à
frequência constante da atividade.
Necessidade de presença regular dos
servidores da Unidade de Conservação (UC)
para combater a pesca ilegal.
Realização de operações de fiscalização de
duas a três vezes por mês.
Operações preferencialmente ocorrem entre
março e novembro, quando a pesca é
permitida na bacia do rio Paraguai.
Proibição da pesca entre novembro e
fevereiro devido à reprodução das espécies
comerciais durante a piracema.
Unidade de Conservação sem problemas de
regularização fundiária.
Risco de incêndios florestais proveniente de
áreas de fazendas vizinhas.
Extinção de incêndios no bioma Pantanal é
complexa devido à abundância de matéria
orgânica no solo.
Incêndios ocorrem na vegetação e também
de forma subterrânea.
Funcionamento e objetivos
Promover a conservação dos ambientes aquáticos
(rios, lagoas, baías e corixos) e ambientes associados
Garantir a abundância e a diversidade da avifauna,
através da conservação de sítios para a reprodução e
alimentação

Contribuir para proteção de populações viáveis das


espécies da flora e fauna,

Proteger a formação vegetal monodominante


“Abobral” (Eritryna fusca), a qual é única nessa
magnitude no Pantanal

Estimular o desenvolvimento da pesquisa na EE de


Taiamã e região, contribuindo para a geração de
conhecimento para conservação das espécies e
ecossistemas pantaneiros;

Valorizar os usos tradicionais no entorno através do


incentivo à organização dos setores relacionados à
pesca
Estudo de caso 2

Unidade de Proteção Integral

Estação Ecológica de
Castanhão
Informações gerais

Localizada nos municípios de


Jaguaribara , Iracema e Alto Santo/
CE.
Área: 13.032 ha
Decreto da criação: Decreto s/no
de 27 de setembro de 2001
Bioma: Caatinga
Fiscalização: Um funcionário
destinado somente a gestão.
Não possui plano de manejo
Localização
Porcentagem do
Área da E.C. dentro Porcentagem da
Município município ocupada
do município (ha) E.C. no município
pela E.C.

Jaguaribara 10.695,67 82,7% 15,99%

Iracema 2.000,82 15,35% 2,44%

Alto Santo 335,98 2,58% 0,25%


Contexto PORTARIA N°
Decreto de 433, DE 11 DE
Origem 2001 MAIO DE 2020

A Estação Sua obra Diversas famílias Cria-se uma Cria-se a Institui o


Ecológica do causou tiveram de ser nova sede da Estação do Núcleo de
Castanhão foi grandes realocadas cidade de Castanhão Gestão
criada como transformaç devido às Jaguaribara através do Integrada -
forma de ões no inundações para o Decreto de 27 ICMBio
compensação ambiente, causadas pela reassentament de setembro Mossoró, que
dos danos gerando Barragem, além o das milhares de 2001 engloba 3
ambientes impactos de que todo o de famílias (Decreto sem UC’s, dentre
causados pela sobre o patrimônio atingidas número) essas 3, a
construção da meio físico, histórico hoje se Estação do
Barragem do biótico e o encontra Castanhão.
Açude social embaixo d’água
Legislação
Resolução No 10 do Conselho Nacional de
Meio Ambiente (CONAMA): diz acerca da
necessidade da criação de uma ESEC
(Estação Ecológica)
MMA- Ministério do Meio Ambiente
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade
Desde a construção da Barragem do Açude,
em parceria com Instituto de
Desenvolvimento Agrário do Ceará (IDACE) e
Instituto de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA) entre outros órgãos envolvidos,
foram desenvolvidas obras de assentamentos
e reassentamentos de famílias atingidas pela
barragem.

Núcleo de Gestão Integrada - ICMBio


Mossoró
Uso do Solo
Os principais impactos na Estação do
Castanhão é a agropecuária, extração
da cobertura vegetal, caça e a presença
de estradas como fatores limitantes a
conservação da unidade.

36% da área é usada para


agropecuária
18,2% contém vegetação
conservada
15,7% apresenta solo desprovido
de cobertura vegetal
Proposta de Zoneamento
Zona Intangível
Zona mais restritiva, não tolera qualquer alteração
humana, tem o objetivo de firmar o mais alto grau de
preservação
Zona Primitiva

Na Zona Primitiva são permitidas as atividades de


pesquisa, monitoramento ambiental, a visitação e a
fiscalização, desde que não comprometam a
integridade dos recursos naturais
Zona de uso extensivo

É aquela constituída em sua maior parte por áreas


naturais, podendo apresentar
algumas alterações humanas.
Zona de recuperação

Esta zona deve ter caráter provisório, e uma vez


restaurada, deve ser incorporada novamente a
uma das zonas 85 permanentes
Zona de Amortecimento
Zona de Amortecimento

As Estações Ecológicas devem ter


estabelecidas a Zona de
Amortecimento, onde as atividades
humanas estão sujeitas a normas e
restrições específicas

A Zona de Amortecimento da ESEC


Castanhão estabelecida pelo MMA
segundo Resolução 428, de 17 de
dezembro de 2010, foi definida por um raio
de 3km a partir do limite do polígono caso
não seja prevista por um plano de manejo.

A Z.M do Castanhão é formada


principalmente por assentamentos rurais e
por pequenas aglomerações populacionais
e não há presença de nenhum centro
urbano.
zona de recuperação, zona de uso especial
zona de amortecimento
Aspectos Econômicos
Jaguaribara Iracema Alto Santo

O nome tem origem de uma tribo Nome em homenagem à PIB: serviços (60%),
de índios que habitavam a região. Iracema, personagem do seguido da agricultura
Etimologicamente significa romance de José de Alencar
moradores do rio das onças a maior parte do território da
(28%) e indústria
Com a construção do açude ESEC Castanhão é composta (12%).
Castanhão, a cidade teve de ser pela Serra da Micaela Agricultura: algodão
deslocada para dar lugar a um PIB composto por: setor de arbóreo e herbáceo,
espelho d’água. serviços (75%), seguido da caju, arroz, milho e
PIB composto por: serviços com agricultura (14,5%) e indústria feijão.
participação de 57,7%, (10%).
agropecuária com 24,9% e a Agricultura: arroz, milho e feijão
indústria com 17,4%. Pecuária: bovino, suíno e avícola
Agricultura: feijão e o milho.
Extração Vegetal: lenha, em
seguida fibra de carnaúba e
carvão vegetal.
Aquicultura: criação de tilápia
Fiscalização e estrutura organizacional

A ESEC Castanhão ainda não possui plano de manejo e infraestrutura própria que atenda as necessidades da
administração;
Existe atualmente somente um funcionário do ICMBio na equipe destinada a gestão da Unidade e, o que
inviabiliza a sua implantação frente a dimensão da área (uma das maiores Unidades de Caatinga no Estado)
Em 2020 houve a implementação do Núcleo de Gestão Integrada - ICMBio Mossoró que visa a gestão do
Castanhão
Vetores de Impacto

Ocupações Agropecuária Estradas

Locais previamente Ocorre o predomínio Fragmentação das áreas


ocupados antes da da pecuária extensiva Risco de atropelamento de
demarcação não tiveram a em todo o perímetro espécies locais.
situação fundiária da ESEC Castanhão e O gado se espalha pela área
regularizada no seu entorno. através das estradas locais.
As atividades econômicas A atividade é feita de
desenvolvidas pelos forma inadequada, os
assentamentos rurais são animais tem acesso a
alguns dos principais maior parte da área, o
impactos na ESEC pisoteio do gado
ocasiona compactação
do solo.
Funcionamento e objetivos
(proposta)

Formalização e fiscalização Sinalização Infraestrutura


Realizar o plano de manejo e Aquisição de placas de Adoção de infraestrutura
viabilizar a efetividade do sinalização nos limites da necessária as ações
mesmo; ESEC na BR-116 e nas determinadas para este tipo de
Fiscalização das atividades principais categoria,
de caça e retirada da estradas não pavimentadas no que diz respeito à
cobertura vegetal; e placas de advertência administração, pesquisa,
Firmar plano de ação com a sobre a proibição de caça de educação ambiental, tais como
polícia ambiental; animais e a coleta de plantas escritório, alojamento,
Regularização da situação dentro dos limites da ESEC; laboratório, posto de
fundiária em caráter de fiscalização, auditório etc.;
urgência;
Funcionamento e objetivos
(proposta)
Educação ambiental Identidade Parcerias
Firmar parcerias com
Elaboração de programa Conhecer a
universidades e institutos de
de educação ambiental, percepção ambiental
pesquisa para execução da
com metodologias das comunidades do
pesquisa científica;
participativas entorno para servir
Realizar pesquisas
desenvolvidas a médio e de ferramenta de
envolvendo levantamentos
longo prazo e de forma reconhecimento e
faunísticos e fitossociológicos
permanente; identidade da
contribuindo para o
Realização de seminários unidade;
conhecimento da
de conscientização sobre a
biodiversidade da Caatinga
existência, a importância,
a localização, a relevância,
o papel conservacionista
da ESEC.
Estudo de caso 3

Unidade de Proteção Integral

Estação Ecológica
Mico-Leão-Preto
Informações gerais
Bioma: Floresta Mata Atlântica
Estado: São Paulo

MS
Municípios:
Euclides da Cunha Paulista (SP)
Marabá Paulista (SP)
Presidente Epitácio (SP)
Teodoro Sampaio (SP).

Totalmente inserida na Bacia


Hidrográfica do Pontal do
Paranapanema

Esfera administrativa: Federal


Unidade de Proteção Integral

PR
Criação: Decreto (16/07/2002)
Localização
UC dividida em quatro glebas
Aprox. 4.250 hectares

Dentro da Reserva do Pontal de


Paranapanema

Abriga fragmentos
remanescentes da Mata Atlântica

Relação quase direta com o ná


r a
Morro do Diabo Pa
Rio

Rio Para
n apanem
a
Contexto
1856 1922 1941 1950's 1970's 1980's

Início dos Chegada dos Primeira Rápido Construção Demissões


conflitos trilhos da medida de processo de de usinas (hidrelétrica),
fundiários Estrada de Conservação invasão das hidrelétrica surgimento
na área Ferro (Criação da reservas s e expansão de
(ocupação (trazendo o Reserva florestais da da cultura de movimentos
não desenvolvim Florestal do região cana-de- sociais pela
autorizada) ento da Morro do (ferrovias e açúcar. reforma
região) Diabo) extração de agrária e
madeira) maior
enfoque na
conservação
ambiental
Contexto

Reserva do Pontal de Paranapanema


Proximidade tem importância estratégica para
políticas de conservação
Assentamentos Rurais (MST e outros)
Grandes Proprietários de Terra
Pecuária e Monocultura
ONGs ativistas
Legislação
Decreto de criação 16/07/2002
Decreto de alteração de limites
14/05/2004
Instrução Normativa de 02/10/2008
estabelece normas de pesca no
período de reprodução natural dos
peixes no Rio Paraná
Instrumento de Proteção- Plano de
Manejo: Portaria n° 64 de setembro
de 2008
Criação do Conselho Consultivo da
Estação Ecológica Mico-Leão-
Preto/SP: Portaria n° 26 de 17 de
fevereiro de 2002.
Uso do solo
Nos municípios da região, destaca-se
a pecuária de corte, que é
responsável por 72% do cultivo de
pastagens;

A cana-de-açúcar destinada à
indústria responde por 6% da área;

As culturas anuais ainda têm pequena


participação com 2,5% na área total.

Água Sumida Tucano Santa Maria Ponte Branca

Agricultura
Pastagens
Uso do solo

A presença de vias cortando e


contornando as UCs contribuem para a
degradação e falta de preservação, visto
os riscos que podem causar

Riscos principais:
Queimadas Florestais
Atropelamento de animais
Zoneamento
Zona Primitiva
Composta, principalmente, de matas maduras e em estágio avançado de
regeneração, encontradas nas áreas centrais da UC’s, tem o objetivo de
preservação e propiciar o desenvolvimento da pesquisa científica.
Zona de Recuperação

Contem áreas consideravelmente antropizadas e situadas nas bordas ou


onde existiram estradas nas glebas. Tem como objetivos gerais de
manejo deter a degradação dos recursos, restaurar a estrutura e os
processos naturais do ecossistema e desenvolver pesquisas científicas.
Zona de uso extensivo

É Constituída por áreas em diferentes níveis de degradação tem como


objetivos específicos de manejo a realização de atividades educativas
associadas à manutenção e / ou restauração do ecossistema.
Zona de uso especial

Localiza-se em área degradada à margem da Rodovia SP-613, na gleba


Tucano. Tem como objetivo de manejo abrigar as estruturas necessárias
à gestão da Unidade, minimizando os impactos das construções ao
ambiente da UC.
Zoneamento
Zona de uso conflitante
Se localiza na porção Noroeste da gleba Ponte Branca, por onde passa
uma linha de transmissão energética. Tem como objetivos gerais
contemporizar os objetivos de gestão da Unidade com a situação
existente.

Cada zoneamento possui uma norma de manejo específica,


bem detalhada, para que todas as diretrizes sejam
implementadas de forma eficaz e assim se alcance os
objetivos gerais proposto para a ESEC.
Zona de amortecimento
Tem como objetivo geral minimizar os
impactos negativos sobre a Unidade e propiciar
a melhoria da conectividade entre fragmentos
da região.

Os limites foram definidos de acordo com


os seguintes critérios:
Possibilidade de conectar fragmentos à
ESEC.
Complementariedade e não sobreposição
Facilidade para identificação e fiscalização
em campo

Possui uma área de 40.239,2 hectares.


Aspectos
econômicos
Euclides da Cunha Pta. Marabá Paulista Presidente Epitácio Teodoro Sampaio

Agropecuária: Agropecuária: Agropecuária: Agropecuária:


20,18% 33,22% 5,11% 10,92%

Indústria: Indústria: Indústria: Indústria:


0,54% 18,35% 34,97% 49,37%

Construção Civil: Construção Civil: Construção Civil: Construção Civil:


2,16% 6,12% 1,17% 0,17%

Comércio: Comércio: Comércio: Comércio:


5,95% 2,81% 21,06% 10,33%

Serviços: Serviços: Serviços: Serviços:


71,17% 39,50% 37,69% 29,22%
Estrutura
organizacional

Para atendimento das emergências e denúncias, conta-se com o Escritório Regional do IBAMA, com as
Polícias Ambientais de Teodoro Sampaio e de Presidente Epitácio.

Em cada fragmento existem colaboradores, que prontamente informam qualquer irregularidade, sejam eles
fazendeiros (Ponte Branca), a Destilaria Alcídia, assentados e órgãos públicos que prestam assistência aos
assentados lindeiros dos fragmentos Santa Maria, Tucano (ITESP) e Água Sumida (INCRA)
Funcionamento e objetivos
Visitação Conservação Parcerias

A visitação pública só é O principal objetivo é a Parcerias entre órgãos


permitida para fins preservação do habitat governamentais,
educacionais. do mico-leão-preto, bem organizações não
como de outras espécies governamentais (ONGs),
A realização de pesquisas da fauna e flora da Mata instituições de
científicas dependerá de Atlântica. pesquisa e a
autorização. comunidade local para
a área abriga uma rica garantir o sucesso dos
Presença de turismo diversidade de espécies esforços de
irregular e não de animais e plantas, preservação.
autorizado muitos dos quais também
estão ameaçados de
extinção.
Funcionamento e objetivos

Projetos Recuperação e
proteção Ambiental
Projeto Abraço Verde
Projeto Corredores Recuperar espécies em Extinção
Agroflorestais Proteger e isolar as bordas degradadas
Projeto "As águas vão rolar" Recuperação de mata-ciliares
Projetos Viveiros Restaurar áreas de Reservas Legais
Comunitários Produzir mudas de espécies florestais
Projeto Pontal Verde para assentados
Projeto Café com Floresta Recuperar a qualidade da água e
Fóruns participativos ("eco- conectividade da paisagem
negociações")
Pesquisa - Funcionamento

Conhecimento Instituições Afeto

Dúvidas sobre a área, se Algum conhecimento Valores afetivos


é reserva legal, fazenda sobre projetos de associados à ESEC:
particular ou área instituições como a Expressões como "cartão
governamental. Polícia Florestal e o IPÊ. postal", "qualidade de
vida", "beleza" e
"proteção" foram usadas.
Fiscalização Índice de Efetividade de 56,40% (2022, SAMGE)

Definição os pontos prioritários para fiscalização e recursos para sua execução

Realizar, a cada seis meses, sobrevôo para fiscalização e monitoramento da ESEC e de sua
ZA

Apoiar a instrumentalização dos órgãos de fiscalização e controle ambiental.

Elaborar e implantar programa de prevenção e controle de situações emergenciais na


ESEC.

Advertir os funcionários e usuários em geral sobre animais peçonhentos, recomendando


o uso restrito das trilhas e caminhos, orientando-os nos casos de acidentes congêneres.

Realizar vistorias periódicas às cavidades naturais para verificar possíveis impactos e


evolução.
Fontes de Pesquisa
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28223-o-que-e-o-snuc/
https://www.icmbio.gov.br/esectaiama/
https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-protecao-ambiental/incendios-florestais/servicos/arquivos/planos_operativos/48-
estacao_ecologica_mico_leao_preto-sp.pdf
https://conservationcorridor.org/cpb/Lontra-et-al-2007.pdf
https://uc.socioambiental.org/pt-br/noticia/170395
http://samge.icmbio.gov.br/
http://www.klimanaturali.org/2010/12/estacao-ecologica-mico-leao-preto-sp.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ecol%C3%B3gica_Mico-Le%C3%A3o-Preto
https://oeco.org.br/colunas/27007-coracoes-ideias-e-bracos-para-proteger-o-mico-leao-preto/
https://oeco.org.br/dicionario-ambiental/28223-o-que-e-o-
snuc/#:~:text=Institu%C3%ADdo%20pela%20Lei%209.985%2F2000,das%20unidades%20de%20conserva%C3%A7%C3%A3o%20nacion
ais.
https://www.conjur.com.br/2019-ago-31/ambiente-juridico-sistema-nacional-unidades-conservacao-natureza
https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/areasprotegidasecoturismo/sistema-nacional-de-unidades-de-conservacao-da-natureza-snuc
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm
https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/blogdodesenvolvimento/detalhe/Unidades-de-Conservacao-os-diferentes-tipos-e-suas-contribuicoes-
para-o-desenvolvimento/
https://wwfbr.awsassets.panda.org/downloads/factsheet_uc_tema03_v2.pdf
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/unidade-de-conservacao/unidades-de-biomas/mata-atlantica/lista-de-ucs/esec-
mico-leao-preto/arquivos/esec_mico_leao_preto.pdf

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