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GOVERNANÇA

DE ÁREAS DE
CONSERVAÇÃO
MARINHA E
COOPERAÇÃO
TRANSFRONTEIRI
ÇA Carmen dos Santos
Universidade do Namibe (Ex - Academia de
Pescas e Ciências do Mar do Namibe)

Moçâmedes, 18/11/2020
ÍNDICE

1. Conservação Marinha: Conceitos e contextualização;


2. Áreas de conservação Marinhas como instrumento de gestão
ambiental;
2.1 Governança de Áreas de Conservação Marinha;
2.2 Abordagem à gestão transfronteiriça de ACM;
2.3 Instrumentos de gestão transfronteiriça;
3. Cooperação entre países;
4. Mensagem final.

Universidade do Namibe
(Ex - Academia de Pescas e Ciências do Mar do Moçâmedes/2020
Namibe) 2
1. Conservação Marinha
Conceitos e contextualização

O conceito de conservação marinha desenvolve-se devido o uso


compartilhado dos oceanos para o comércio; a necessária soberania dos
países dentro das águas nacionais, os direitos comuns nas águas fora de
jurisdição nacional e o acesso aos recursos naturais em ambos os casos; e a
proteção direta do ambiente marinho e a conservação de suas espécies.

Nos tempos actuais é importante ressaltar as alterações ambientais e a


Conservação
necessidadeMarinha: Conceitos
por mais e contextualização
e novos recursos naturais para enfrentar
economicamente a crescente população mundial põe em causa a
sustentabilidade do planeta.

As áreas marinhas protegidas (AMP) delineiam objectivos em torno


de três domínios:
Biológico-ecológico (B);
Económico-social (E);
Governança-gestão (G).

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1. Conservação Marinha
Conceitos e contextualização

Enquanto abordagem preferencial às AMPs revela-se o domínio da


pesquisa focada biologicamente [B], há uma frequência crescente do uso
de terminologia de governança / gestão na literatura nos últimos 20/25
anos, o que pode ser indicativo de uma mudança no sentido de uma
consideração mais integrada das questões de governança.

Conservação Marinha: Conceitos e contextualização


Em 2016, as Nações Unidas concluíram a primeira Avaliação
Mundial dos Oceanos e esta apontou a urgência em gerir com
sustentabilidade as atividades no oceano. Por isso, em 2017, foi
proclamada a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento
Sustentável, a ser implementada de 2021 a 2030, procurando
cumprir os compromissos da Agenda 2030, com foco no ODS 14 e
correlacionados.

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2. Áreas de conservação Marinhas
como instrumento de gestão ambiental

A implementação de AMP percorreu três domínios ou itinerários a fim de se


inserir na agenda política global, o seguinte: o uso compartilhado dos
oceanos para o comércio; a soberania dos países dentro das águas nacionais,
os direitos comuns nas águas fora de jurisdição nacional e o acesso aos
recursos naturais em ambos os casos; e a proteção direta do ambiente
marinho e a conservação de suas espécies.
Conservação Marinha: Conceitos e contextualização
Consequentemente, cada um desses percursos (e suas respectivas
discussões) levou a acordos internacionais específicos, tais como a
Convenção de Londres e a Convenção de Marpol, no primeiro caso; a
Convenção sobre Direito do Mar, no segundo caso; e a CITES e a
CDB, no terceiro caso.

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2. Áreas de conservação Marinhas
como instrumento de gestão ambiental

Por conseguinte podemos consideraram-se objectivos para a


implementação de uma AMP o seguinte:

• Conservar a composição, a estrutura, a função e o potencial evolutivo


da biodiversidade;
• Contribuir para estratégias regionais de conservação (como reservas-
núcleo, zonas de amortecimento (tampão), corredores, steppingstones
(degraus)
Conservação para espécies
Marinha: migratórias,
Conceitos etc.);
e contextualização
• Manter a diversidade da paisagem ou do habitat, e de espécies e
ecossistemas associados;
• Ter tamanho suficiente para garantir a integridade e a manutenção
das metas de conservação especificadas no longo prazo ou poder
ser aumentada para alcançar esse propósito;
• Manter os valores que lhe foram atribuídos com perpetuidade;

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2. Áreas de conservação Marinhas
como instrumento de gestão ambiental

• Operar sob a orientação de um plano de manejo e de um programa de


monitoramento e avaliação que deem apoio à gestão adaptativa;
• Possuir um sistema de governança claro, eficaz e equitativo.

As categorias são úteis como padrão global para a definição, o registro e


a comunicação sobre áreas protegidas, e são a base para a inclusão na
lista de Áreas Protegidas da ONU e no Banco de Dados Mundial de
Conservação Marinha: Conceitos
Áreas Protegidas (WDPA), emantido
contextualização
pela UICN e pelo Centro Mundial
de Monitoramento da Conservação do PNUMA (UNEP-WCMC).

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2. Áreas de conservação Marinhas
como instrumento de gestão ambiental

Categorias de áreas protegidas da UICN


Categoria e Nome
Internacional da área Objetivos de Gestão
protegida
Áreas estritamente protegidas, destinadas a conservar a biodiversidade e, possivelmente, características
geológicas/geomorfológicas, onde a visitação, o uso e os impactos humanos são limitados e
Ia – Reserva natural estrita
controlados estritamente para garantir a proteção dos valores de conservação. Servem como áreas de
referência indispensáveis para pesquisa científica e monitoramento.
Áreas grandes, não modificadas ou ligeiramente modificadas, que mantêm seu caráter e influência
Ib – Área silvestre naturais, sem habitação humana permanente ou significativa, protegidas e geridas para preservar sua
condição natural.
Grandes áreas naturais ou quase naturais que protegem os processos ecológicos de grande porte,
Conservação Marinha:juntamente
II – Parque nacional
(proteção de ecossistemas; Conceitos e contextualização
com o complemento de espécies e ecossistemas característicos da área, que também
proporcionam uma base para oportunidades espirituais, científicas, educativas, recreativas e de visita
proteção de valores culturais)
que sejam ambiental e culturalmente compatíveis.

Áreas destinadas a proteger um monumento natural específico, que podem ser um elemento do relevo,
III – Monumento natural uma montanha submarina, uma caverna ou mesmo uma característica viva, como uma mata antiga.
Costumam ser áreas bastante pequenas e ter alto valor de visitação, histórico ou cultural.

Áreas com objetivo específico de conservação de determinadas espécies ou habitats. Muitas áreas
IV – Área de Manejo de
protegidas da Categoria IV necessitam de intervenções de manejo regulares e ativas para cumprir seus
habitats/espécies
objetivos.

V – Paisagem Uma área onde a interação entre pessoas e natureza ao longo do tempo produziu um caráter distinto e
terrestre/marinha valores ecológicos, biológicos, culturais e estéticos importantes, e onde salvaguardar a integridade
protegida dessa interação é vital para conservar a natureza e sustentar outros valores.

Áreas protegidas que conservam ecossistemas e habitats, junto a valores culturais associados e sistemas
VI – Áreas protegidas, com tradicionais de manejo de recursos naturais. Geralmente são grandes, com a maior parte em condição
uso sustentável dos recursos natural e uma parte sob manejo sustentável de recursos naturais. O baixo nível de uso não industrial de
naturais recursos naturais, compatível com a conservação da natureza, é considerado um dos principais
objetivos dessa área protegida.

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2.1 Governança de Área de Protecção
Marinha
O conceito governança refere-se a princípios, políticas e regras sobre a
tomada de decisões – todos claramente relevantes no caso de áreas
protegidas.
Por conseguinte o conceito de Governança, segundo a IUCN, são as
Interações entre estruturas, processos e tradições que determinam como
o poder e as responsabilidades são exercidos, como as decisões são
tomadasMarinha:
Conservação e como cidadãos
Conceitosoue outros interessados diretos manifestam sua
contextualização
opinião.
De acordo com os actores fundamentais, responsáveis pelas
principais decisões de gestão que afetam as áreas protegidas (tais
como criação, definição de seus objetivos de manejo e plano de
zoneamento), a governação das áreas de conservação pode ser de
quatro tipos fundamentais:

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2.1 Governança de Área de Protecção
Marinha
• Governança pelo Governo (em diferentes esferas);
• Governança Compartilhada (isto é, governança conjunta entre diversos
titulares de direitos e partes interessadas);
• Governança Privada por indivíduos ou organizações, e
• Governança por Povos Indígenas e/ou Comunidades Locais

Efectivamente podem identificar-se, segundo a IUCN, importantes níveis de


governança:
Conservação Marinha: Conceitos e contextualização
• Global: por meio de acordos globais, como a CDB, a Convenção
sobre Espécies Migratórias, a Convenção sobre Zonas húmidas de
Importância Internacional (Convenção de Ramsar), a Convenção
sobre Patrimônio Mundial, o Programa da UNESCO para o
Homem e a Biosfera, e várias convenções sobre questões de
comércio global, incluindo a CITES. A governança global também
opera onde as decisões são tomadas por ONGs que atuam em
escala global;

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2.1 Governança de Área de Protecção
Marinha

• Multilateral/transnacional/regional: por meio de acordos entre um


número limitado de países, como a Convenção da Corrente de
Benguela;
• Bilateral: através de acordos feitos entre dois países, por exemplo,
para áreas de conservação transfronteiriças ou acordos mais amplos,
como o Acordo China-Austrália sobre aves migratórias;
• Nacional: através de leis e políticas elaboradas por governos
Conservação Marinha: Conceitos e contextualização
nacionais, e poderes de tomada de decisões de órgãos executivos;

• Sub-nacional: através de legislação e políticas em vigor em


níveis territoriais, provinciais, municipais e em setores
específicos de governo (por exemplo, as unidades de gestão
descentralizadas para Departamentos de silvicultura, agricultura,
pesca, energia ou oceanos, que podem não coincidir com
unidades administrativas);

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2.1 Governança de Área de Protecção
Marinha
• Sistema de áreas protegidas: por agências nacionais e sub-nacionais,
conselhos ou organismos e autoridades ad hoc de gestão de recursos
• Sistema de áreas protegidas: por agências nacionais e sub-
naturais;
nacionais, conselhos ou organismos e autoridades ad hoc de
gestão• de
Área protegida:
recursos por um ou mais entre os detentores de direitos e
naturais;
• Áreainteressados
protegida: por diretos
um ou pertinentes,
mais entre osedetentores
geralmente
de incluindo gestores
profissionais,
direitos e interessadospessoal técnico ee geralmente
diretos pertinentes, operacional, financiadores e
investidores,
incluindo gestores autoridades
profissionais,locais, comunidades,
pessoal técnico e etc.;
operacional, financiadores
• Sub-unidades de euma
investidores, autoridadeszonas
área protegida: locais,ecológica e/ ou
comunidades, etc.; coerentes ou características de paisagem terrestre ou
socialmente
• Sub-unidades de uma
marinha dentro deárea
umaprotegida: zonas ecológica
área protegida e/ oumas cruciais para
ou fora dela,
socialmente coerentes ou
sua conservação, porcaracterísticas
exemplo, por de paisagem
causa da conectividade.
terrestre ou marinha dentro de uma área protegida ou fora
dela, mas cruciais para sua conservação, por exemplo, por
causa da conectividade.

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2.2 Abordagem à gestão transfronteiriça
da AMP
Gestão... está relacionada a... – o que se faz em busca de determinados objetivos
– os meios e ações para alcançar esses objetivos
Governança… está relacionada a... – quem decide quais são os objetivos, o que
fazer para atingi-los, e com que meios – como essas decisões são tomadas – quem
detém o poder, a autoridade e a responsabilidade – quem deve (ou deveria)
prestar contas.

Conservação Marinha: Conceitos e contextualização


• Governança transfronteiriça (sistemas formais entre um ou
mais Estados ou Territórios soberanos)
Tipo B. • Governança colaborativa (através de várias maneiras em
Governança que os diversos atores e instituições trabalham juntos)
compartilhada
• Governança conjunta (conselho pluralista ou outro órgão
de governança envolvendo várias partes)

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2.2 Abordagem à gestão transfronteiriça
da AMP
As áreas protegidas transfronteiriças são uma forma particularmente
importante de governança compartilhada, envolvendo dois ou mais
governos e, possivelmente, outros atores locais.

Uma área protegida marinha transfronteiriça (AMTP) é “uma área de


terra e/ou mar que atravessa uma ou mais fronteiras entre Estados,
unidades sub-nacionais, como províncias e regiões, áreas autônomas
Conservação Marinha:
e/ou áreas Conceitos
que vão além dose contextualização
limites da soberania ou da jurisdição
nacionais, cujas partes integrantes são voltadas especialmente à
proteção e à manutenção da diversidade biológica e dos recursos
culturais nacionais e associados, e geridas de forma cooperativa por
meios jurídicos ou outros que sejam eficazes”.

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2.2 Abordagem à gestão transfronteiriça
da AMP
Os desafios de governança específicos das AMTPs incluem:
• A necessidade de conciliar leis e políticas diferentes (às vezes,
conflituantes), o que pode reduzir a eficácia da cooperação;
• Barreiras linguísticas, diferenças culturais e/ou religiosas e até mesmo
diferentes escalas de mapas básicos que podem causar mal-entendidos
(mas também podem trazer maior diversidade de capacidades e recursos);

Conservação Marinha:
• Diferentes Conceitos erecursos,
capacidades, contextualização
compromisso ou autoridade de
instituições e pessoal de áreas protegidas em cada lado da fronteira
podem levar a relações do tipo dominante/fraco;

• Falta de paridade no que diz respeito à ratificação de protocolos e


convenções internacionais, o que pode impedir seu uso para a
cooperação transfronteiriça;
• Hostilidades ou tensão política entre os países, que podem
tornar a cooperação difícil ou até impossível.

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2.2 Abordagem à gestão transfronteiriça da AMP

Matriz de interacção de áreas protegidas

Categorias Governança
de gestão/Tipo de Governança Governança por governos
compartilhada
Um Conselho Consultivo tem
um papel consultivo geral e
Ministério da Cultura Turismo e um Conselho Científico é
Ambiente designa a AMP encarregado de prestar
II – Parque nacional assessoria sobre o plano
Ministério da Cultura Turismo e
(proteção de quinquenal de operação, que
Conservação Marinha:
ecossistemas; Conceitos
proteção de IMBAC:e contextualização
Ambiente delega a gestão ao
coordenação,
inclui todos os projetos
aprovados (ou seja, o
valores culturais) planeamento, financiamento, Conselho Científico pode
operação, monitoramento e tentar interromper iniciativas
avaliação. nocivas de desenvolvimento).

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2.3 Instrumento de gestão
transfronteiriça
Os instrumentos de gestão das AMP constituem assim os instrumentos,
a considerar:
• Leis, convenções, normas e melhores práticas internacionais para a
conservação em geral e de áreas protegidas em particular, principalmente
convenções internacionais que tenham sido ratificadas nacionalmente;
• Legislação, políticas, estratégias, acordos e planos nacionais – da
constituição nacional às leis para sectores específicos, e do direito
Conservação Marinha:aceito
consuetudinário Conceitos e contextualização
até os objetivos de conservação relacionados às
áreas protegidas estabelecidas;

• Planos de manejo e regulamentos formais, por exemplo, para


estabelecer prioridades e um sistema de zoneamento, planear o
momento de uso de um recurso, abrir ou fechar o acesso a uma
área e permitir ou não uma determinada actividade ou tecnologia,
e acordos, como memorandos de entendimento juridicamente
vinculantes;

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2.3 Instrumento de gestão
transfronteiriça
• Regras e planos rotineiros e locais, incluindo sistemas tradicionais de
acesso e uso de recursos regulados por instituições locais e que dependam
de conhecimentos e habilidades locais;
• Assessoria técnica e de outra natureza sobre quais tipos de decisões
podem ser eficazes, desejáveis, adequados, viáveis e compensadores em
termos de custos, etc., inclusive por meio de comitês consultivos e forças-
tarefa; Marinha: Conceitos e contextualização
Conservação
• Incentivos e desincentivos sociais, como reconhecimento e estima
sociais, prêmios e recompensas (por exemplo, para as ações de
gestão ambiental), ostracismo por comportamento destrutivo ou
descuidado, etc.;

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2.3 Instrumento de gestão
transfronteiriça
• Incentivos e desincentivos financeiros, como taxas, pagamentos por
gestão e incentivos fiscais a proprietários de terra para que promovam
ações de conservação, e taxas e impostos para dissuadi-los de ações
contrárias à conservação;
• Investimentos financeiros, como os feitos por meio de projetos,
programas e infraestrutura;
• Investimentos de tempo e trabalho, por exemplo, para proprietários
Conservação
privadosMarinha: Conceitos
ou membros e contextualização
de comunidades voluntariamente engajados em
atividades de restauração ou vigilância;
• Fornecimento de informações e recursos para se reunir,
comunicar, discutir e negociar, incluindo apoio a fóruns e
plataformas ad hoc ou permanentes, fornecimento de locais para
reuniões, transporte e instalações telefônicas e de informática, etc.;

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2.3 Instrumento de gestão
transfronteiriça
• Fornecimento de programas educacionais, incluindo educação básica e
especializada, por exemplo, cursos reconhecidos em áreas acadêmicas
ou profissionais;
• Fornecimento de salários, apoio material ou administrativo para
atender às necessidades das áreas protegidas;
• Iniciativas de pesquisa e programas de formação (incluindo
equipamentos),
Conservação Marinha:que ajudem eacontextualização
Conceitos entender e responder aos problemas de
gestão;
• Investimentos adequados em actividades de monitoramento e
avaliação, incluindo as relacionadas à governança;
• Fornecimento de fiscalização activa para evitar violações às regras.

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3. Cooperação entre países

A governança colaborativa é uma forma de governança


compartilhada em que a autoridade para tomar decisões e a
responsabilidade são de uma agência, mas esta deve, em função de
leis ou políticas, informar ou consultar os demais detentores de
direitos e interessados diretos no momento de planejar ou
implementar iniciativas.
A governança
Conservação Marinha:compartilhada
Conceitos e deve ter três aspectos obrigatórios:
contextualização
• um processo de negociação;
• um acordo de cogestão (por exemplo, um acordo que descreva
funções, responsabilidades e benefícios, e contribuições que se
esperam de diferentes partes);
• uma instituição de governança formada por várias partes.

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3. Cooperação entre países

Do ponto de vista da governança territorial a governança em rede ou em


parceria é a única que permite um eficaz e permanente contacto entre
todos os parceiros. Trabalhando em rede o papel das políticas de
cooperação transfronteiriça são mais visíveis sobretudo no que diz
respeito à criação de infra-estruturas.

Do ponto de vista do trabalho a desenvolver acredita-se que apenas o


Conservação
trabalhoMarinha: Conceitos
em parceria e contextualização
permitirá ultrapassar os obstáculos existentes na
implementação de políticas públicas de cooperação transfronteiriça
para a implementação de áreas marinhas protegidas.

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4. Mensagem final

“Não existe nenhum “arranjo de governança ideal” para todas as


áreas protegidas, nem um padrão com o qual se possam comparar
modelos de governança, mas existe um conjunto de princípios de
“boa governança” que podem ser utilizados para qualquer área ou
sistema de áreas protegidas. Esses princípios indicam como um
Conservação
arranjoMarinha: Conceitos
de governança e contextualização
pode promover ou prejudicar a conservação,
o uso sustentável e os direitos e valores de populações e países
envolvidos.”

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5. Referências Bibliográficas

1. Borrini-Feyerabend, G., N. Dudley, T. Jaeger, B. Lassen, N. Pathak Broome, A.


Phillips e T. Sandwith (2017). Governança de Áreas Protegidas: da
compreensão à ação. Série Diretrizes para melhores Práticas para Áreas
Protegidas, No. 20, Gland, Suiça: UICN. xvi + 124pp. ISBN: 978-2-8317-
1854-5.
Conservação Marinha: Conceitos e contextualização

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OBRIGADA
Conservação Marinha: Conceitos e contextualização

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