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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – AULA 2


ENGENHARIA CIVIL – CCET – CAMPUS CIDAO
Unidade 2 – Conservação da Biodiversidade, Conceito de Desenvolvimento
Sustentável, Perspectivas para o Futuro
Definições
Relembrando... “Desenvolvimento sustentável é o modelo que prevê a integração entre
economia, sociedade e meio ambiente, é a noção de que o crescimento econômico deve
levar em consideração a inclusão social e a proteção ambiental.”

Tripé da Sustentabilidade (people, planet, profit)


“[...] que considera três pilares de forma integrada, desempenho econômicofinanceiro,
gestão ambiental e responsabilidade social. (ELKINGTON, 1998)”
É proteger o meio ambiente; melhorar a qualidade de vida das pessoas e gerar lucros,
mantendo recursos suficientes para as próximas gerações.

Sustentabilidade Corporativa
Modelo de gestão, em que meio ambiente, sociedade e retorno econômico são
considerados, de forma equilibrada, na tomada de decisões.
Fundamentos:
• Ética;
• Transparência;
• Engajamento dos stakeholders;
• Boas práticas de governança corporativa;
• Prestação de contas; e
• Compliance.
Sustentabilidade não é só:

• Meio ambiente e recursos naturais; ou


• Assistencialismo e filantropia.
Recurso Ambiental
A atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial,
o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

Preservação
Conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo prazo das
espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos,
prevenindo a simplificação dos sistemas naturais;

Extrativismo
Saiba mais... Sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos
naturais renováveis;
• https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
• https://idsc.cidadessustentaveis.org.br/
Restauração O Grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de
unidade de conservação:
Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo
possível de sua condição original. I – Estação Ecológica
II – Reserva Biológica
Recuperação
III – Parque Nacional
Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição IV – Monumento Natural
não degradada, que pode ser diferente de sua condição original. V – Refúgio de Vida Silvestre

I – Estação Ecológica
• Objetivo: a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas.
• É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites
serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei;
• É proibida a visitação pública, exceto quando com o objetivo educacional, de acordo com
o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico;

II – Reserva Biológica
Zoneamento
• Objetivo: a preservação ambiental da biota e demais atributos naturais existentes em
Definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-
e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo
todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz. necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os
processos ecológicos naturais.
Plano de Manejo
• É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites
Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.
de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso • É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com
da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas regulamento específico
necessárias à gestão da unidade.
ICMBio
III – Parque Nacional
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
• Objetivo: a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e
beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento
de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a
natureza e de turismo ecológico.
• É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites
serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.
• A visitação pública está sujeita às normas e restrições no Plano de Manejo da unidade,
às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas
previstas em regulamento.
• As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão
denominadas res...
IV – Monumento Natural UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

• Objetivo: preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica; MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – AULA 4
• Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os
ENGENHARIA CIVIL – CCET – CAMPUS CIDAO
objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos
proprietários. Unidade 3 – Sistema de Gestão Ambiental
• Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não
Definições
havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável
pela administração da unidade para a coexistência do monumento natural com o uso da
propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.
• A visitação pública está sujeita ás condições e restrições estabelecidas no Plano de
Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua
administração e àquelas previstas em regulamento.

V – Refúgio de Vida Silvestre


• Objetivo: proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência
ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou
migratória.
• Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os
objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos
proprietários.
• Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não
havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável
pela administração da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o
uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.

O que é Gestão Ambiental?


Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de
unidade de conservação: Gerir, gerenciar, administrar, organizar, planejar, pensar o processo e ver este processo
de maneira eficiente, do ponto de vista das técnicas das pessoas e do meio ambiente
I – Área de Proteção Ambiental do qual vamos retirar os recursos de natureza que pretendemos transformar em produto
II – Área de Relevante Interesse Ecológico à venda no mercado, ou seja, como fazemos gestão.
III – Floresta Nacional
IV – Reserva Extrativista
V – Reserva de Fauna
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável
VII – Reserva Particular do Patrimônio Nacional

I – Área de Proteção Ambiental


• Área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de
vida e o bem-estar das populações humanas.
• Objetivo: Proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturas;
• Constituída por terras públicas ou privadas;
A Gestão Ambiental no Brasil Elementos de um SGA
As questões são transformadas em arcabouço legal por meio da instituição da:
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), proposta em 1981, que estrutura o Sistema
Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), que abriga o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), pelos órgãos de licenciamento ambiental e pelos órgãos de
observação, de cuidado e de vistoria ambiental em todas as esferas de poder do Estado.

Lei nº 6.938, de 21 de agosto de 1981


Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formação
e aplicação, e de outras providências. 1. Política Ambiental
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e Declaração da organização, expondo suas intenções e princípios, em relação ao seu
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições desempenho ambiental global, que prevê uma estrutura para ação e definição de seus
ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção objetivos e metas ambientais.
da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
• I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio
ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido,
tendo em vista o uso coletivo;
• II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
• Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
• IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
• V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
• VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a
proteção dos recursos ambientais;
• VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
• VIII - recuperação de áreas degradadas;
• IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
• X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio
ambiente. Este é o primeiro elemento do contexto da NBR ISO 14001. Representa o compromisso
da alta administração da empresa com o meio ambiente.
Plano Nacional do Meio Ambiente
A PNMA é a lei ambiental mais importante depois da Constituição Federal. Nela está
traçada toda a sistemática necessária para a aplicação da política ambiental necessária,
como, por exemplo: conceitos básicos, objeto, princípios, objetivos, diretrizes, instrumentos,
etc. • Aperfeiçoar o processo de comunicação interna e externa visando a conscientização
dos colaboradores e de práticas de boa vizinhança;
• Manter um programa interno de treinamento de colaboradores para redução do
desperdício de energia elétrica e do desperdício de água;
• Manter um programa interno de separação de resíduos sólidos, em recipientes nas
cores internacionalmente indicadas para coleta seletiva;
• Manter um local adequado para armazenamento de resíduos sólidos até que sejam
devidamente recolhidos;
• Dispor de créditos específicos para destinação adequada dos resíduos sólidos;
• Manter monitoramento específico sobre consumo de energia elétrica;
2. Planejamento
• É um conjunto de procedimentos importantes para a implementação e operação do
SGA e que completam sua política ambiental, contendo: Identificação dos Aspectos
e Impactos Ambientais da empresa, Indicadores Internos de desempenho e
Elaboração de planos para cumprimento dos Objetivos e Metas.
• Divide-se esta etapa em duas fases: Avaliação Ambiental Inicial e tomada de
decisões.
• O objetivo da análise ambiental é a realização de um inventário e avaliação da
situação ambiental da empresa e seus aspectos e impactos mais relevantes.
• Com base nessa análise, são definidos os objetivos, metas e programas que devem
ser seguidos, devendo as linhas gerais estar definidas na política ambiental.

Aspectos Ambientais
Para planejar e controlar seus impactos ambientais, uma organização tem que saber,
primeiramente, quais são estes impactos, além de saber, também, como eles são
gerados.
O SGA inclui procedimentos para identificar os aspectos ambientais da organização que
ela possa controlar ou sobre os quais ela possa ter influência
Saiba mais...

Requisitos Legais e outros requisitos https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/laf/procedimentos-e-


servicos/arquivos/publicacoes/Estrutura_PGA_Ibama-LAF.pdf
Paralelamente aos aspectos e impactos ambientais, deve-se considerar os diversos
requisitos que são impostos pela legislaão, pelos órgãos públicos e por instituições que
sejam importantes para esta organização.
É importante considerar também que os custos do não cumprimento desses requisitos,
em termos de dinheiro, imagem pública ou danos ao meio ambiente podem ser muito
elevados.

Objetivos e Metas
Os objetivos gerais da política ambiental estabelecem um quadro para as decisões e
ações ambientais no plano executivo. Porém os objetivos são genéricos e para que se
tornem aplicáveis é preciso que sejam convertidos em metas concretas em áreas pré-
definidas pela organização.
Os objetivos e metas tem a função de transformar propostasem ação. São levados em
consideração para a escolha os requisitos legais e outros, aspectos ambientais
relevantes, opções tecnológicas e financeiras, considerações operacionais e de
negócios e nas partes interessadas e afetadas.
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA 4.
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – AULA 5
ENGENHARIA CIVIL – CCET – CAMPUS CIDAO
Unidade 3 – Sistema de Gestão Ambiental
Gestão de Resíduos Sólidos
Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010

Gestão de Recursos Hídricos

Deve articular com outras políticas do Governo:

Princípios:
Fundamentos:
I – a prevenção e a precaução;
II – o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; I – a água é um bem de domínio público;
III – a visão sistêmica;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
IV – o desenvolvimento sustentável;
V – a ecoeficiência; III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano
VI – a cooperação; e a dessedentação de animais;
VII – a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
VIII – o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem
econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
IX – o respeito às diversidades locais e regionais; Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
X – o direito à sociedade à informação e ao controle social;
VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
XI – a razoabilidade e a proporcionalidade.
do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Objetivos: Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos
I – assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em A outorga é um ato administrativo de competência do Secretário dos Recursos Hídricos do
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos. Estado do Ceará, que autoriza nos termos e condições expressas no ato de permitir o uso,
obra ou serviço, sem prejuízo das demais formas de licenciamento ambiental a cargo de
II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário,
instituições competentes.
com vistas ao desenvolvimento sustentável.
Devem solicitar outorga todos os usuários que utilizam a água bruta de rios, lagoas, açudes,
III – a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou
canais, adutoras, poços e nascentes, para qualquer processo produtivo, inclusive
decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
abastecimento humano, bem como outros usos ou interferências que alterem o regime, a
IV – incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais. quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo hídrico.
Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos
hídricos:
Instrumentos:
I – derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo
I – os Planos de Recursos Hídricos; final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II – o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo
água; produtivo;
III – a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos,
IV – a cobrança pelo uso de recursos hídricos; tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;

V – a compensação a municípios; IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;

VI – o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em
um corpo de água.

Unidade de Planejamento:

Cobrança pelo Uso da Água


A cobrança pelo uso dos recursos hídricos tem fundamento legal na lei que institui a política
nacional de recursos hídricos de nº 9.433/97 em seu artigo 5º, inciso IV. No âmbito estadual,
na lei que institui a Política Estadual de Recursos Hídricos de nº 14.844/10, além da
Instrução Normativa da SRH de nº 02/2004.

Saiba mais...
• https://sinir.gov.br/
• https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
• http://appsnis.mdr.gov.br/indicadores/web/residuos_solidos/mapa-indicadores
• http://www.hidro.ce.gov.br/
• https://portal1.snirh.gov.br/ana/apps/webappviewer/index.html?id=ef7d29c2ac754e9890
d7cdbb78cbaf2c
• https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9433.htm
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA Caracterização da Atmosfera
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – AULA 6 O que é Atmosfera?
ENGENHARIA CIVIL – CCET – CAMPUS CIDAO Toda a camada da Terra composta pelo ar e seus gases. É o conjunto de elementos
dispostos na forma gasosa e que envolvem o planeta, sendo mantidos sobre ele apenas
Unidade 4 – Caracterização da Atmosfera, Problemas Ambientais em Escala Global:
em razão da força da gravidade. Além dos gases, também fazem parte da atmosfera os
Destruição da Camada de Ozônio, Chuva Ácida e Efeito Estufa
aerossóis, formados por materiais particulados suspensos.
Definições
De acordo com a Lei nº 6.938 (PNMA):
Composição da Atmosfera
• Degradação Ambiental: Alteração adversa das características do meio ambiente;
É composta por cerca de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e apenas 1% é formado por
• Poluição: A degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
outros gases, tais como o argônio, o dióxido de carbono, o neônio, o ozônio entre muitos
indiretamente: outros.
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
Funções da Atmosfera
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. • Ajuda a proteger a Terra da maioria dos asteroides e corpos sólidos que entram em nosso
ambiente, eliminando-os;
• Contribui para controlar as temperaturas e manter o ambiente propício para a vida;
• Poluidor: Pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou
Em resumo, garantir um ambiente propício para a manutenção da vida.
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.

Camadas da Atmosfera
1. Troposfera
• Camada mais próxima da superfície, estendendo-se até os 12 km de altitude;
• Onde ocorrem todos os fenômenos climáticos e meteorológicos, incluindo as chuvas,
a formação de nuvens, e outros;
• Estão dispostos todos os gases que compõem a atmosfera e, por sofrer mais com os
efeitos da gravidade, acumula em si a maior parte dos gases existentes;
• Suas temperaturas são inversamente proporcionais à altura, em razão da pressão
atmosférica e da proximidade com a superfície, que reflete os raios infravermelhos
emitidos pelo sol.

Problemas Ambientais 2. Estratosfera


A degradação ambiental é analisada de acordo com o elemento do meio natural em que ela Essa camada estende-se até os 50 km de altitude, agrupando o ozônio e a fina camada
acontece e com a maneira como as alterações se desenrolam. por ele composta, cuja função é proteger o planeta da radiação solar. As temperaturas
podem variar de -5 ºC a 70 ºC.
São tipos de degradação ambiental:
3. Mesosfera
• Poluição do ar ou poluição atmosférica;
• Poluição hídrica; É a mais fria das camadas de ar, em razão da ausência de gases que retêm o calor
• Poluição dos solos; advindo dos raios solares. Sua extensão vai até os 80 km de altitude. Nas áreas próximas
• Lixiviação dos solos; à Termosfera e à Estratosfera ocorrem trocas de calor, provocando o fenômeno da
• Desmatamento; aeroluminescência.
• Queimadas;
• Intensificação do efeito estufa.
4. Termosfera/Ionosfera 8. Poluentes Climáticos de Vida Curta (PCVC)
É a mais quente das camadas atmosféricas, com temperaturas que podem atingir os Poluentes que tem vida relativamente curta na atmosfera (de alguns dias a algumas
1000ºC, em razão do acúmulo de gases que absorvem o calor, incluindo o oxigênio décadas), apresentam efeitos nocivos à saúde, ao ambiente e também agravam o efeito
atômico. Sua altitude alcança os 500 km. estufa. Os principais PCVC são o carbono negro, o metano, o ozônio troposférico e os
hidrofluorcarbonetos (HFC).
5. Exosfera
• Fontes: Queima ao ar livre de biomassa, motores a diesel e a queima residencial de
Camada basicamente composta por gás hélio e hidrogênio, dispostos em baixa
combustíveis sólidos (carvão, madeira). As fontes de metano antropogênicas são
quantidade. É nessa área que se instalam os satélites que orbitam o planeta. Como ela
sistemas de óleo e gás, agricultura, criação de animais, aterros sanitários e
está entre os 500 km e 800 km de distância da superfície, a gravidade não possui
tratamentos de esgotos. Com relação aos HFCs seu uso ocorre principalmente em
qualquer efeito sobre essa camada.
sistemas de ar condicionado, refrigeração, supressores de queima, solventes e
aerossóis.
• Efeitos: Os PCVCs têm efeitos negativos sobre a saúde humana, sobre os
ecossistemas e sobre a produção agrícola O carbono negro é um dos componentes
do material particulado, o qual apresenta efeitos nocivos sobre os sistemas
respiratório e sanguíneo, podendo levar a óbito O metano tem grande potencial de
aquecimento global, além de ser precursor na formação do ozônio troposférico Os
HFCs assim como o metano, também apresentam grande potencial de aquecimento
global.

Consequências da Poluição Ambiental


A poluição é responsável por provocar diversos danos aos ecossistemas, provocando
alterações que afetam diretamente todos os seres vivos que ali se desenvolvem.
Dentre algumas das consequências da poluição, podemos citar:
• Redução da biodiversidade;
Poluentes da Atmosfera • Aquecimento global e mudanças climáticas;
1. Aldeídos • Eutrofização1 dos corpos d’água;
• Desenvolvimento de uma série de doenças nos seres humanos e outros animais;
Compostos químicos resultantes da oxidação parcial dos álcoois ou de reações • Chuvas ácidas;
fotoquímicas na atmosfera, envolvendo hidrocarbonetos. • Impacto negativo na economia de uma região.
• Fontes: Emitidos na queima de combustível em veículos automotores, principalmente
nos veículos que utilizam etanol.
• Efeitos: Irritação das mucosas, dos olhos, do nariz e das vias respiratórias em geral e Como Reduzir a Poluição Ambiental?
podem causar crises asmáticas, são ainda compostos carcinogênicos potenciais. Dentre as medidas que podemos tomar para reduzir a poluição, destacam-se as ações de
educação ambiental:
• Reduzir o uso de automóveis;
• Reciclar, reaproveitar e reutilizar sempre que possível;
• Repensar nossos hábitos de consumo;
• Separar o lixo e não descartá-lo em locais impróprios;
• Não realizar queimadas;
• Ensinar outras pessoas a respeito de se combater a poluição do meio ambiente.

1Surgimento de corpos vegetais devido à incapacidade solar de fazer uma varredura das bactérias nos corpos
d’água.
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA Extinção de Espécies Animais
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – AULA 7 • Perda de biodiversidade e extinção de muitas espécies animais. Devido á destruição
de seu habitat, cerca de 11 mil espécies animais estão sendo ameaçadas de extinção
ENGENHARIA CIVIL – CCET – CAMPUS CIDAO
nas próximas décadas;
Unidade 4 – Caracterização da Atmosfera, Problemas Ambientais em Escala Global: • Expulsão de indígenas e posseiros;
Destruição da Camada de Ozônio, Chuva Ácida e Efeito Estufa • Inundações de partes da mata e expulsão de indígenas e de populações ribeirinhas
devido à construção de hidrelétricas, que formam enormes represas no vale aplainado;
Outros Problemas Ambientais
• As grandes queimadas provocam aumento da quantidade de CO 2 na atmosfera;
Efeito Estufa: O efeito estufa é um fenômeno natural, que consiste no aquecimento térmico • Empobrecimento dos solos pela exposição direta à erosão pluvial;
da Terra. É responsável pela manutenção da vida e desenvolvimento das espécies, • Alterações climáticas.
garantindo uma boa temperatura do planeta. Entretanto, o aumento da concentração de
gases poluentes tem potencializado o efeito estufa, aumentando o aquecimento global.
O efeito estufa acontece quando os raios solares atingem a Terra, sendo parte deles
absorvida e transformada em calor, enquanto a outra parte é refletida e direcionada para o
espaço na forma de radiação infravermelha
Aproximadamente 35% da radiação é refletida para o espaço, enquanto 65% ficam retidos
na superfície terrestre por causa da ação refletora dos gases estufa. Essa camada de gases
age como isolante, absorvendo parte da energia irradiada pelo Sol e retendo o calor na
atmosfera.
Os principais gases que fazem parte do efeito estufa são dióxido de carbono (CO 2), óxido
nítrico (N2O) e metano (CH4). Nas últimas décadas, a concentração desses gases na
atmosfera aumentou muito, devido à ação humana, tais como o desmatamento, a queima
de combustíveis fósseis e a ação industrial.

Inversão Térmica: Acontece quando o ar frio, que é mais denso, não consegue circular
devido ao impedimento causado pela camada de ar quente, que é menos densa e fica por
cima do ar frio.
Isso acaba provocando uma alteração na temperatura. Além disso, a camada de ar frio
acaba sendo retida próxima à superfície terrestre, contendo uma grande concentração de
poluentes. Como o ar frio não consegue circular, esses gases tóxicos são impedidos de
dispersar, tornando o ar acinzentado e prejudicial.
Ações de Educação Ambiental UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
Lei nº 9.795/1999: Política Nacional de Educação Ambiental MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – AULA 8
Entendem-se por educação ambiental: os processos por meio dos quais o indivíduo e a ENGENHARIA CIVIL – CCET – CAMPUS CIDAO
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
Unidade 5 – Desertificação, Variações Climáticas
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Desertificação
1. Crie Projetos de Educação Ambiental Definição
Para promover a educação ambiental, uma ideia é criar um ou mais projetos que possam A desertificação é um fenômeno de origem antrópica, caracterizado pela perda da fertilidade
ser focados inicialmente apenas no ambiente interno, entre os colaboradores ou a do solo de maneira muito acentuada. Esse processo gera, mediante mudanças nas
empresa pode ampliar a ideia para as famílias e a comunidade onde ela está inserida características ambientais e pedológicas do meio, a perda da qualidade do solo. Portanto,
através das suas redes. há nesse fenômeno a transformação de solos saudáveis em ambientes áridos e inférteis.
Por exemplo, você pode ensinar seus colaboradores a montar uma horta, uma A desertificação, apesar de seu aspecto natural atrelado às zonas quentes e áridas do
composteira. Aqui, o céu é o limite! planeta, é prioritariamente um fenômeno antrópico dos solos em razão do estabelecimento
de atividades humanas.
Em algumas empresas, já há inclusive o conceito de voluntariado empresarial, em que
os colaboradores podem definir as causas que mais se identificam e participam
ativamente das ações.
2. Realize Campanhas de Conscientização
Educar exige envolver e isso pode ser obtido através de campanhas de conscientização.
A sua empresa pode fazer isso promovendo reuniões para discutir quais boas práticas
podem ser aplicadas, bem como campanhas que devem ser inseridas. É possível, por
exemplo, estimular:
• o uso de copos ou canecas, eliminando os descartáveis;
• o envio de e-mails entre os setores, para reduzir impressões;
Exemplos de desertificação: Bioma de Caatinga
• o reuso de materiais do expediente, sempre que for possível;
• o descarte correto dos resíduos; Essa porção natural do território brasileiro, localizada nos estados da região Nordeste do
• a disposição de coletores de resíduos diferentes, uma para orgânicos e outra para os Brasil e no extremo norte de Minas Gerais, possui condições físicas e humanas que
recicláveis; propiciam a ocorrência da desertificação.
• o uso consciente da água e energia elétrica; Fatores que influenciam:
• a utilização da luz natural;
• pedaladas ou caronas coletivas, para chegar ao ambiente de trabalho; • O clima semiárido;
• parcerias com fornecedores, que também usam práticas sustentáveis, e etc. • Desmatamento;
• Agropecuária.
Faça uma pesquisa interna e busque com seus colaboradores que tipo de
conscientização é mais importante. Além disso, envolve-los vai facilitar muito o
engajamento de todos! Causas da Desertificação
Prioritariamente ligadas às ações humanas. A transformação do meio natural pelas
atividades produtivas, em especial em ecossistemas frágeis, gerou profundas mudanças
nas características e funcionalidades do meio, cenário que implica alterações nos aspectos
paisagísticos.
Portanto, destaca-se as causas antrópicas como as principais causadoras da
desertificação, em razão da sua capacidade em promover a transformação do meio, com
destaque para os aspectos pedológicos e ambientais do espaço.
Sendo assim, são atividades humanas que contribuem diretamente para a ocorrência da Causas Antrópicas
desertificação:
• Queima de combustíveis fósseis, o que emite à atmosfera gases de efeito estufa;
• A supressão da vegetação devido á ocorrência de desmatamentos e queimadas; • Aumento do desmatamento, ou seja, da retirada da cobertura vegetal;
• O uso inapropriado do solo para o desenvolvimento de atividades humanas; • Emissão de gases poluentes à atmosfera por indústrias e automóveis;
• A ocorrência de práticas agropecuárias impróprias para a conservação do solo; • Poluição do solo e dos recursos hídricos, o que altera o equilíbrio ambiental.
• A intensificação do processo de erosão gerada pela apropriação indevida do solo;
• A expansão de atividades produtivas, como a mineração, em áreas naturais;
• E outros produtos que contaminam o solo. IPCC
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é um órgão criado com o
objetivo principal de fazer avaliações a respeito das mudanças climáticas, sendo ele
Como ocorre a Desertificação?
encarregado de criar documentos que mostrem o que de fato está ocorrendo com o planeta,
nosso papel nesse processo e as perspectivas futuras desse impacto. Sua criação, em
1988, ocorreu em um momento em que ficava cada vez mais claro o papel do homem no
que diz respeito ao aumento da temperatura da Terra.

Mudanças Climáticas e Impactos Ambientais


• Aumento do nível do mar, que ocorre em virtude do degelo das geleiras;
• Grandes secas, que afetarão ativamente a agricultura, ocasionando diversos problemas
em relação à produção de alimentos;
• Sofrimento com segurança ambiental, ou seja, com o acesso a alimentos de qualidade,
em quantidade suficiente e permanente;
• Aumento de focos de incêndio e com a escassez de água;
• Aumento exagerado das chuvas, causando inundações e deslizamento de terras em
áreas com grande quantidade de pessoas;
Como Evitar a Desertificação? • Gerará a extinção de uma grande quantidade de espécies, diminuindo-se, assim, a
biodiversidade.
• Tomada de medidas drásticas que combinem a preservação ambiental com o manejo
adequado do solo em zonas ocupadas pelo homem.
• São alternativas que combatem e minimizam os efeitos da desertificação: a manutenção
Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009
e o reflorestamento da vegetação nativa. As árvores possuem uma capacidade singular
de contribuir para a conservação dos nutrientes e de proteger as camadas constituintes Para alcançar os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), o País
do solo. adotará, como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das emissões de
• Há ainda métodos alternativos de agropecuária e extrativismo que permitem uma gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões
conciliação entre a atividade econômica e o espaço natural com menores prejuízos ao projetadas até 2020.
ambiente.
Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC e dá outras previdências.
O Projeto de Lei nº 6.539, de 2019 gerou uma alteração nessa lei.
Saiba mais...

• https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13153.htm
• https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12187.htm

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