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A ARTE EGÍPCIA 

Desde a primeira era pré-histórica com o homem presente na terra


(Paleolítico), há vestígios de ocupação humana, o que era de se esperar já que os
primeiros registros homideos são provenientes da África, era uma cultura de
caçadores-coletores (nômades), que depois foi substituída pela de moagem de
grãos. Neste período o clima era de pastagens e florestas, o que foi extremamente
modificado por volta do ano 8 000 a.C., quando o Saara começou a se formar,
fazendo com que estes povos tribais migrassem para o melhor lugar para se viver
na região, o Vale do Nilo, onde graças às cheias do Rio que fertilizavam o solo que
até então era seco demais para o plantio, o homem conseguiu desenvolver uma
economia sedentária-agrícola, não migrando mais e centralizando sua organização
nestas margens. Diversas culturas se desenvolveram de maneira independente, no
alto e baixo Egito coexistindo por mais de dois mil anos, se desenvolvendo como
culturas separadas porém realizando contatos comerciais. Não se sabe como estas
civilizações se tornaram o grande império Egípcio, no entanto um dos primeiros
exemplos de hieróglifos foi encontrado em artefatos de cerâmica datados do ano 3
200 a.C.
Por volta do ano de 3 150 a.C. um rei chamado Mena, fundou um reino
unificado, sendo que este mesmo fundou as dinastias que governariam o Egito
pelos próximos três milênios, inicialmente o Egito era chamado de Tawy, que
significa “duas terras”, e depois de Kemet como já citado. As duas primeiras
dinastias são conhecidas como Império Antigo, datada de aproximadamente
(2.700-2 200 a.C).  
 
Os grandes túmulos e templos
Um dos grandes diferenciais da arte egípcia, é que ela praticamente se
manteve inalterada durante o tempo dos faraós, sua arte nos mostra um pouco
como eles pensavam, por exemplos os grandes templos e túmulos reais nos
mostram o poder e a importância dos faraós e dos Deuses, pelo seu tamanho
exacerbado, e os sistemas de construção, nos mostra como o ambiente os
inspiravam, através das linhas e formas geométricas, o conceito equilíbrio do
ambiente em que viviam, assim como a arte nestes templos e túmulos produzem
uma arte refinada, rica e diversificada, devido a fatores naturais e culturais,
mantendo como base a vida após a morte evidente no mundo do antigo Egito. As
pirâmides de Gizé , por exemplo, são um belo exemplo de como eram construídas
e com que solidez já que a pirâmide de Khufu é a única das sete maravilhas do
mundo antigo que sobreviveu chegando até nós. Nos templos existiam uma série de
capelas, pilones, pátios e templos, assim como outros edifícios também não
relacionados à religião. A escultura da época oferecia um amplo repertório de
temas, e em alguns casos mostravam tríades (Faraó junto com dois Deuses). Já
nos túmulos havia um grande repertório de pinturas e relevos, que retratavam a vida
do morto, sendo que o contorno das figuras era marcado com linhas assim como
muitos desenhos modernos.
O templo de Khonsu 
O Deus Khonsu, morava em um pequeno templo a sudoeste do recinto principal de
Karnak, que começou a ser construído no tempo de Ramses III, sendo concluído
apenas na época ptolomaica, por isso existem em suas paredes marcas da
passagem de diversos faraós em sua construção. Este templo possuía como todos
os templos da época alguns elementos comuns, como, por exemplo, a avenida, que
era o caminho de acesso, cercado por fileiras de esfinges, que tinham como missão
vigiar e proteger o templo. Assim também como a maioria dos templos egípcios,
quanto mais se penetra no templo de Khonsu, menos a luz penetra devido à
elevação do piso e a descida do teto gradual e progressivamente, dando assim um
clima propicio para o recolhimento necessário ao culto, já que nas suas ultimas
salas, o santuário, se encontrava na completa penumbra. O Construtor do templo foi
o Faraó Ramsés III, faraó da XX dinastia egípcia, este faraó mandou construir em
Karnak templos dedicados à tríade tebana que era Amon-rá, Mut e Khonsu. As
paredes do templo de Khonsu mostravam baixos relevos, que mostravam a tríade e
os faraós construtores, possuindo até figuras com atributos de vários Deuses.
As Pirâmides 
No reinado do faraó Djoser os antigos túmulos dos faraós das duas primeiras
dinastias foram substituídos por uma nova construção, a pirâmide. Inicialmente
foram construídos patamares cada qual menor que o outro dando a impressão de
uma escada quadrada, na qual o faraó usaria para ascender aos céus. E assim
seguiram as primeiras pirâmides, já na IV dinastia, apareceu uma pirâmide perfeita.
Assim como as construções modernas à primeira fase de sua construção consistiam
em definir o melhor local para sua construção, depois se decidia a quantidade de
material e pessoal necessário para construí-la. Depois destas fases eram
chamados os sacerdotes que deveriam fazer a cerimônia de nivelamento de terreno
e definir quais os quatro pontos cardeais a serem utilizados na construção, e assim
como os prefeitos de hoje em dia, havia uma cerimônia onde o faraó simbolizava o
início da construção colocando o primeiro tijolo obviamente muito menor que as
pedras utilizadas na construção, já que ele que o modelava no momento da
cerimônia.
O tempo de duração variava de acordo com o tamanho do complexo
funerário, o qual deveria estar concluído para a morte do faraó. As pirâmides não
eram construídas por escravos, já que estes não existiam, aproveitava-se a época
seca quando a terra era infértil e não havia trabalho, os camponeses recebiam um
modesto salário do estado, e eram divididos em grupos de trabalho, Os processos
de construção consistia na extração das pedras, transporte das mesmas para o
local da construção, onde eram encaixadas sem nenhum material para uni-las.
Havia também no campo de trabalho carpinteiros que consertavam e produziam
ferramentas de madeira para uso dos trabalhadores, capatazes que
supervisionavam cada grupo de trabalho, e o Arquiteto que controlava a construção
e verificava o nivelamento da mesma.
A arte Egípcia  

Quando falamos de arte egípcia, estamos falando da arte desenvolvida e aplicada


no antigo Egito, arte esta que foi aplicada e desenvolvida em 3000 anos de
civilização, demarcada por diferentes épocas separadas para melhor estudo como
período Arcaico, Império Antigo, Império Médio, Império Novo, Época Baixa e
Período ptolématico, classificado assim pelas diferentes variedade estilísticas
adotadas, tendo vários períodos intermediários entre estes, que são mais curtos
caracterizados pela turbulência e obscuridade tanto social como artística e política,
apesar desta arte manter algumas coisas em comum, podendo se afirmar que se
manteve praticamente inalterada na época dos faraós tendo como principal tema, a
vida após a morte. No século XIX muito desta arte foi descoberta, mesmo com o
tempo e com os acontecimentos históricos que ocorreram em torno destes 19 mil
anos em que esta civilização “caiu”. Desde o momento em que começaram a ser
desvendado o Hieróglifo através da Pedra de Roseta, começou a ser possível
caminhar com maior segurança no entendimento do modo de vida, da cultura, da
história e naturalmente da motivação artística dos antigos egípcios. 
Pintura Egípcia
Quando se fala de 7 pintura Egípcia obviamente já nos vem em mente
homenzinhos pintados de diferentes cores com seu corpo mostrando seu aspecto
frontal e suas cabeças em perfil, e obviamente isto está correto, assim como a
palavra hieróglifos também aparece vagando na mente até mesmo do homem mais
desinformado. Estes aspectos estão corretos, já que o estilo egípcio de desenho era
exatamente este, e os hieróglifos eram verdadeiras obras de arte, rico em
desenhos, mote este que será aprofundado em capítulos posteriores. Através das
pinturas os faraós contavam a história do Egito, fazia homenagens aos Deuses, e
em seus túmulos retratavam a própria vida, através destas pinturas podemos saber
mais sobre a vida deles, por exemplo, o faraó Ramsés II, que através de textos se
descobre que teve oito esposas principais, entre as quais duas eram suas filhas e
uma sua irmã, além de um numeroso harém, porém havia uma preferida que se
chamava Nefertari. Vale comentar sobre os gansos de Meidum, que mostra a
incrível habilidade dos artistas egípcios na pintura, essas pinturas se encontravam
na mastaba de Nefermaat e Atet, que fazem parte da IV dinastia. Os gansos de
Meidum chamam a atenção pelo seu aspecto realista, o que não era muito comum
no antigo Egito, eles significavam aves em hieróglifos, e religiosamente mantinham
o simbolismo de afastar o mal, e evocar o renascimento.
  
Escultura 
Assim como quase toda a arte egípcia, a razão das esculturas era a eterna busca
da vida eterna, sendo uma arte tipicamente religiosa. A representação de um faraó
era como um substituto físico do defunto, ou mesmo uma maneira de eternizar o
rosto, por isso o realismo utilizado pelos escultores egípcios, do Antigo Império,
vindo a seguir o exemplo da pintura posteriormente trazendo algumas estilizações.
Havia também estatuetas mortuárias pequenas, que se acreditava que iriam se
levantar para ajudar o defunto, nos afazeres após a morte, já as grandes estátuas
mortuárias de templos e palácios surgiu a partir da XVIII dinastia, integrando como
parte da arquitetura, havendo modificações com os reis ptolemaicos, sofrendo
grande influência grega em suas técnicas. Inicialmente as esculturas eram um
privilégio apenas de faraós e sacerdotes, porém com o tempo se estendeu para
alguns membros da sociedade, como os escribas, dos retratos reais mais populares
destacam-se os dois bustos de Nefertiti, que é considerada uma das mulheres mais
belas da história, sendo ambos de autoria de um dos poucos artistas egípcios
conhecidos.
O escultor Thutmosis, e se encontram no museu do Cairo e de Berlim.
Também vale lembrar as obras de ourivesaria Egípcia a qual temos um belo
exemplo na imagem ² relacionada ao jovem faraó Tutankamon (Capitulo 2.1), onde
se fazia esculturas em ouro, sendo o Egito repleto de artistas que produziam obras
belas e sustentavam a ostentação e elegância das cortes egípcias, as pequenas
jóias tinham sempre funções especificas, como talismãs, normalmente usavam
ouro, prata (material raro no Antigo Egito) e pedras preciosas.

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