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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC

Relembre: Bobines e condensadores Capacidade em armazenar energia

OBJECTIVO : Quantificar e caracterizar o comportamento das grandezas tensão e corrente


proveniente da libertação de energia a partir destes elementos passivos sobre uma resistência
inserido no circuito.

Configurações típicas Nota: Aquando da libertação de


energia, não existem fontes associadas
aos circuitos.

Leq Ceq + Correntes e tensões geradas


Io R eq Vo R eq
- pela energia libertada

Correntes e tensões dependem


da natureza do circuito

Resposta natural

Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 109


RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta natural de um circuito RL

EXEMPLO Nota: A fonte de corrente é constante (dc) e igual a I.

t=0 O interruptor permaneceu fechado por um período


i de tempo bastante longo.
+
I Ro L R v
I - Antes da abertura do interruptor, apenas existem
correntes dc no circuito.

di
L =0 A bobine comporta-se como curto-circuito
dt

OBJECTIVO: Determinar a tensão e a corrente aos terminais da resistência,


após a abertura do interruptor (t=0).

Cálculo de v(t) e i(t) para t = 0

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta natural de um circuito RL (Cont.)

t=0
i i +
+ t=0
I Ro L R v L I R v
- -

Cálculo de i(t) Lei da tensão de Kirchhoff

Equação diferencial de 1ª ordem Simplificando e dividindo por i


di
L + Ri = 0
dt di R
= − dt Integrando
R e L constantes
i L
di R
dt = − i dt i( t )
dx R
t
dt L
∫ x
= -
L ∫t o
dy
i ( to )

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta natural de um circuito RL (Cont.)


i (t ) t
dx R i(to) à corrente no instante inicial (to)

i(to )
x
=-
L ∫ dy
to

i(t) à corrente no instante (t)

 i (t )  R
ln  = − t i(t) = i (0) e- (R/L)t Com to =0
 i (0)  L

Considerações importantes:

A corrente na bobine antes da abertura do interruptor é igual a I.

Não é possível verificar-se uma variação instantânea da corrente numa bobine.

Imediatamente após a abertura do interruptor a corrente na bobine mantém o valor.

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta natural de um circuito RL (Cont.)

ü Considere-se t = 0- , o tempo imediatamente antes da abertura do interruptor.


ü Considere-se t = 0+ , o tempo imediatamente após da abertura do interruptor.

i +

i(0-) = i(0+) = I = Io L
Io à Corrente inicial na bobine I R v
-

Io e i possuem o mesmo sentido


i(t)
Io

i(t) = Io e- (R/L) t, t ≥ 0

τ t
0

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC
Resposta natural de um circuito RL (Cont.)
Io
i(t)
i(t) = Io e- (R/L) t, t ≥ 0

I0
Expressão da corrente i (t ) = I 0 − t t
para a taxa de τ 0 τ
decrescimento inicial
L
τ= Constante de tempo
i(t) = Io e- t/τ , t = 0 R

Cálculo da tensão, potência e energia

Tensão aos terminais da resistência v = R i = R Io e- (R/L)t = R Io e- t/τ , t = 0

v2
Potência dissipada p = vi = Ri =2
p = R Io2 e- 2t/τ , t ≥ 0
R

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC
Resposta natural de um circuito RL (Cont.)

Energia fornecida à resistência

t t
τ 2 1 2
w = ∫ pdx = ∫ R I 2o e-2 x/τ dx w= RI 0 (1 - e− 2t /τ ) w= LI 0 (1 - e − 2t /τ ) t ≥ 0
0 0
2 2

Nota: É fácil verificar que ao fim de 5τ a corrente


apresenta uma fracção desprezável do seu valor Resposta transitória
inicial. Isto é, a corrente só existe temporariamente
no circuito RL.

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EVOLUÇÃO DA CORRENTE NUM CIRCUITO RL (RESPOSTA NATURAL)

i(t) = Io e- t/τ , t = 0

τ=0.1 seg

τ=0.01 seg

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC
Resposta natural de um circuito RL (Cont.)

EXEMPLO O interruptor permaneceu na posição


a por um período de tempo longo. No
a b instante t=0, este foi movido para a
t=0
10A posição b. Determine:
100 Ω i 4mH
10mH 8Ω i(t) t = 0.

t=0

Para t < 0 I0 = 10 A i 8Ω 4mH


10mH

10A

100Ω I0
10mH 10A
i 8Ω 2.86mH
−2.8 x10 3 t
i(t ) = −10e , t≥0

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC
Resposta natural de um circuito RC
R1 t=0
a b
vs i(t)
t=0 +
+ C vs C
- R R
-

ü Ao fim de um tempo suficientemente


Qual é o valor da tensão aos
longo o condensador comporta-se como terminais do condensador para t < 0?
um circuito aberto.

Nota: Não se pode verificar uma variação instantânea da tensão aos terminais de um condensador

Vc (0+) = Vc(0-) = Vs

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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC
Resposta natural de um circuito RC (Cont.)

Dedução da expressão da tensão

Uso de nós fictícios Método das tensões nos nós.

i(t)
+ +
vs C
v(t) C
dv v
+ =0 v(t ) = v(0) e− t / RC , t ≥ 0
- R dt R τ = RC
-
v(0+) = v(0-) = V0 = Vs Constante de tempo

v(t ) V0 − t /τ
Corrente i (t ) = = e ,t ≥ 0
R R
v(t)
V02 − 2t /τ
Vo
v(t) = V o e-t/ τ
Potência p (t ) = vi = e ,t ≥ 0
R
V
v(t) = V o - τo t t V02 − 2 x /τ
t
Energia w(t ) = ∫ pdx = ∫ e dx
0 0 R
0 τ t
1
w(t ) = CV02 (1 − e − 2t / τ ), t ≥ 0
2
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RESPOSTA NATURAL DE CIRCUITOS RL E RC
Resposta natural de um circuito RC (Cont.)
Determine:
EXEMPLO a) Valor inicial de v( t).
10KΩ b) Constante de tempo.
t=0
+ c) v(t) para t = 0
15mA
v(t)
60ΚΩ 0.5µF 20ΚΩ
i
a) t < 0
-
Condensador em circuito aberto

Não sei se
Uso do divisor de corrente
percebi isto!
i=
60 K
15 mA = 10 mA v(0 − ) = v(0 + ) = 20K *10x10−3 = 200V
60 K + 30 K
b) τ = RC = 10ms
t=0
+ c) v(t ) = v(0) e − t / RC , t ≥ 0
0.5µF V0 20ΚΩ
v(t ) = 200 e −100t , t ≥ 0
-

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RL


OBJECTIVO: a) Determinar a expressão para a corrente que circula no circuito para t = 0.
b) Determinar a tensão aos terminais da bobine para t = 0.

R
Lei da tensão de Kirchhoff
t=0
+ + di − Ri + Vs − R  Vs 
Vs i L v(t) Vs = Ri + L
di = = i − 
- dt dt L L  R
-

di − R  Vs  Multiplicando por dt
dt =  i − dt
− R  Vs  dt L  R
di =  i −  dt
L  R

di −R dx −R t
∫ L ∫0
i( t )
Separando as = dt = dy
variáveis i − (Vs / R) L I0 x − (Vs / R )

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RL (Cont.)


OBJECTIVO: a) Determinar a expressão para a corrente que circula no circuito para t = 0.
b) Determinar a tensão aos terminais da bobine para t = 0.

Resolvendo os integrais:
Vs  V 
 i( t ) − ( Vs / R )  − R i (t ) − (Vs / R) i( t ) = +  I 0 − s  e −( R / L )t ,t ≥ 0
= e −( R / L ) t R  R
ln = t I 0 − (Vs / R)
 0I − ( V s / R )  L

i(t) Vs
Não existindo energia inicial na bobine, i(t) =
L
t
Vs
R
Vs V - t/ τ
V V i(t) = - s e
i(t ) = s − s e −( R / L ) t , t ≥ 0 Após o interruptor ter sido fechado, a
corrente evolui de zero até ao valor Vs /R 0.632
Vs R R
R R R

A taxa de crescimento é determinada pela constante de tempo do


circuito (τ = L/R) t
0 τ 2τ 3τ 4τ 5τ

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RL (Cont.)


OBJECTIVO: a) Determinar a expressão para a corrente que circula no circuito para t = 0.
b) Determinar a tensão aos terminais da bobine para t = 0.

Para um tempo t = τ, após o fecho do Nota: Se a corrente mantivesse o seu


interruptor, a corrente terá atingindo crescimento à taxa inicial, a corrente
cerca de 63% do seu valor
atingiria o seu valor final para o valor τ

i (τ ) =
Vs Vs −1 V
− e ≈ 0.6321 s
Derivando a di V  1 V
expressão = − s  −  e −t / τ = s e − t / τ
R R R da corrente dt R τ L

Se o crescimento da corrente di V Taxa inicial de


( 0) = s
se verificasse a esta taxa dt L variação de i

Vs
i (t ) = t
L

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RL (Cont.)


Determinar a tensão aos terminais da bobine para t = 0.

A Tensão aos terminais da bobine é dada por L di/dt

 − R V 
v(t) = L  I0 − s  e−(R/ L)t = (Vs − I0R) e−(R/ L)t Se I0 = 0 v (t ) = Vs e −( R / L ) t , t ≥ 0
 L  R

Nota: No instante em que o interruptor v


é fechado, a tensão na bobine assume v(0)=Vs Vs
o valor Vs – RI0
R
v = Vs - Vs t
L

0.367 V s
v = Vs e- t/ τ

t
0 τ 2τ 3τ 4τ 5τ

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RL (Cont.)


Processo alternativo
Método das tensões nos nós
t=0
+
+
v 1 t 1 dv v Derivando em
v0 I0 I s = + ∫ vdy + I 0
Is
0= +
R L
v(t) ordem ao tempo
- R L 0 R dt L
Is – I0 - i

Multiplicando por R e dv − R
= v
resolvendo em ordem a dv/dt dt L

dx − R t dv − R
∫v (0) x = L ∫0 dy
v (t )
− ( R / L)t
v (t ) = v (0) e = dt Multiplicando por dt e
separando as variáveis
v L

Tensão inicial aos


terminais da bobine
v( 0 ) = R ( I s − I 0 ) = v 0 v(t ) = (Vs − I 0 R) e −( R / L ) t

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RL (Cont.)

Cálculo da corrente na bobine

1 t
i(t ) = ∫ vdy + I 0
v(t )
ou i (t ) = I s −
L 0 R Substituindo v(t)
pela sua expressão

1 Vs  Vs 
i (t ) = I s − (Vs − RI0 ) e− ( R / L) t i (t ) = −  − I 0  e− ( R / L) t
R R R 

Vs  V 
i (t ) = +  I 0 − s  e −( R / L) t
R  R

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EXEMPLO

Determine: a) iL para t < 0; (b) iL (t) para todo o t após o interruptor ter sido fechado.

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RC : Cálculo da corrente i(t)

R t=0 Lei da tensão de Kirchhoff

vs + +
+ Vc C 1

t Derivando em
- V0 Vs = Ri + idy + vc (0) ordem ao tempo
- C 0
-
i(t)

di i di 1
R + =0 ou + i =0
dt C dt RC

De forma semelhante ao
verificado para os circuitos RL
i(t ) = i (0) e− t / RC Corrente inicial no circuito

Vs − V0
i (0) =
R Vs − V0 −t / RC
i(t ) = e
R

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RC

Cálculo da tensão vc(t) aos terminais do condensador

R t=0
vc (t ) = Vs − Ri Substituindo a expressão
da corrente
vs + +
+ Vc C
- V0
vc (t ) = Vs + (V0 − Vs ) e − t / RC Se a tensão inicial no
- - condensador for zero
i(t)

i(t) vc
Vs

vc (t ) = Vs − Vs e −t / RC R Vs

vc = V - V e- t/ τ
s s
- t/ τ 0.632 Vs
0.367
Vs i(t) = V s e
R R
Vs −t / RC
i(t ) = e
R t
t τ
τ 4τ 2τ 3τ 4τ 5τ
2τ 3τ 5τ
0 0

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RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC

Resposta em degrau de um circuito RC

Processo alternativo
Método das tensões nos nós

t=0
dvc vc
Is
C + = Is Dividindo por C
+ + dt R
R C
V0 Vc
i(t)
- - dvc vc
+
I
= s vc (t ) = RI s + (V0 − RI s ) e − t / RC
dt RC C

Cálculo da corrente

dvc  − 1  − t / RC   V 
i (t ) = C = C   0
(V − RI ) e  i(t ) =  I s − 0  e−t / RC
s
 R
dt  RC  

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RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo

v OBJECTIVO:
+ ic iL
Cálculo das tensões e correntes nos ramos em paralelo,
V0 C
I0 L iR R resultantes da libertação de energia armazenada nos
elementos L e/ou C.
-

Método das tensões nos nós É óbvio

v 1 t dv
+ ∫ vdy + I o + C =0
R L 0 dt

1 dv v d 2v
Derivando em + +C 2 = 0 Dividindo por C
ordem ao tempo R dt L dt

d 2 v 1 dv v Equação diferencial de segunda ordem


+ + =0 com coeficientes constantes
dt 2 RC dt LC

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RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

d 2 v 1 dv v
+ +
dt 2 RC dt LC
=0 Qual a solução? v = A e st ?

A, s à incógnitas
As st A st
As 2 est + e + e =0
RC LC

Se A = 0 v = 0 ; solução impossível
 s 1 
Ae st  s 2 + + =0
 RC LC  s 1
s2 + + =0 Condição a verificar
RC LC
2
1  1  1
Equação característica s1 = − +   −
2 RC  2RC  LC
Soluções
2
1  1  1
s2 = − −   −
2RC  2RC  LC
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RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

1  1 
2
1 v 1 = A1 e s1t
s1 = − +   −
2 RC  2RC  LC
v = A e st
1  1 
2
1 v 2 = A2 e s 2t
s2 = − −   −
2RC  2RC  LC

v(t ) = v1 (t ) + v2 (t ) = A1e s1t + A2 e s2t Também é solução?


=0

Cálculo das 1ª e 2ª derivadas


st 1 1  s t 2 1 1 
A1e 1  s12 + s1 +  + A2e 2  s2 + s2 + =0
 RC LC   RC LC 
dv
= A1 s1 e s1t + A2 s2 e s2t =0
dt
v(t ) = A1e s1t + A2 e s2t
d 2v
2
= A s
1 1
2 s1t
e + A 2 s 2t
2 2e
s Substituindo na
equação diferencial
dt Solução
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RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

v(t ) = A1e s1t + A2 e s2t Natureza das raízes s1 e s2

Dependem de α e ω 0
Constantes calculadas por forma
a satisfazer as condições iniciais.
Se ω 02 < α 2 Raízes reais e distintas

Grandezas auxiliares
Resposta em tensão sobreamortecida

α=
1 ω0 =
1
Se ω02 > α 2 Raízes complexas e conjugadas
2 RC LC

Resposta em tensão sobamortecida

s1 = −α + α 2 − ω02
Se ω 02 = α 2 Raízes reais e iguais

s 2 = −α − α 2 − ω02 Resposta em tensão com amortecimento crítico


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RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

Raízes da equação característica:


Resposta sobreamortecida
reais e distintas.

Cálculo das incógnitas A1 e A2 v(t ) = A1e s1t + A2 e s2t

Valor inicial da tensão (ou corrente) Valor inicial da 1ª derivada da tensão (ou corrente)

dv
v v ( 0) = A1 + A2 = V0 ( 0) = s1 A1 + s2 A2
? dt
+ ic iL
V0 C L iR R Método das tensões nos nós
I0
- V0 V I
dv ou dv
+ I 0 + C ( 0) = 0 (0) = − 0 − 0
R dt dt RC C

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RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

dv
( 0) = s1 A1 + s2 A2
dt V0 I 0 v ( 0) = A1 + A2 = V0
− − = s1 A1 + s 2 A2
RC C
dv V I
(0 ) = − 0 − 0
dt RC C

V0 s2 + (1 / C )[V0 / R + I 0 ]
A1 =
s2 − s1

V0 s1 + (1 / C )[V0 / R + I 0 ]
A2 =
s2 − s1

Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 136


EXEMPLO
Considerando que a energia inicial armazenada no condensador é zero e a
energia inicial na bobine é 10A, determine v(t).

1
α= = 3.5( s − 1 )
2 RC
1
6Ω F
7H Io 42 s1= -1 (s-1) s2= - 6 (s-1)

Assim,
v( t ) = A1e − t + A2 e −6 t

Cálculo de A1 e A 2 (Condições iniciais)

v(0) =0 v( 0 ) = A1 + A2 = 0 A1 = 84

dv
( 0 ) = − A1 − 6 A2
dv i ( 0 ) i( 0 ) iR ( 0 ) 10
(0 ) = c = + = = 420 V / s
A2 = −84
dt dt C C C C

v( t ) = 84 e −t − 84 e −6 t V

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Representação gráfica

v( t ) = 84 e − t − 84 e −6 t V

v( t ) = 84 e −t V

v( t ) = 84 e −6 t V

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RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

Raízes da equação característica:


Resposta sobamortecida
complexas e conjugadas.

ω 02 > α 2
s1 = −α + − (ω02 − α 2 ) s1 = −α + j ω 02 − α 2

v(t ) = A1e s1t + A2 e s2t s1 = −α + jω d coeficiente de


amortecimento

s2 = −α − j ωd Frequência de
amortecimento
v(t ) = A1e( −α + jωd ) t + A2e − (α + jωd ) t

Usando a identidade de Euler

v(t ) = A1e −αt e jω d t + A2 e −αt e − jωd t


e ± jθ = cos θ ± j sin θ
Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 139
RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

Resposta sobamortecida

v(t ) = e −αt ( A1 cos ωd t + jA1 sin ω d t + A2 cos ω d t − jA2 sin ωd t )

v(t ) = e −αt [( A1 + A2 ) cos ωd t + j( A1 − A2 ) sin ωd t ]

B1 = A1 + A2 B2 = j ( A1 − A2 )

v(t ) = B1 e −αt cos ωd t + B2 e −α t sin ωd t


Cálculo de B1 e B 2
Com,

1
α= ω d = ω02 − α 2 Condições iniciais
2 RC
Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 140
RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

Resposta sobamortecida Cálculo de B1 e B 2

Valor inicial de v Valor inicial da 1ª derivada (dv/dt)


v(0) = B1 = V0
dv
= e −αt (ωd B2 − α B1 ) cos ω d t − e −αt (ω d B1 + α B2 ) sin ω d t
dt
v Para t = 0,
+ ic iL
dv
(0) = ω d B2 − α B1 V0 I 0
V0 C
I0 L iR R dt ω d B2 −α B1 = − −
RC C
-
α 1  V0  α
B2 = V0 −  + I 0= (V0 + 2I 0 R )
ωd ωd C  R  ωd
dv V I
(0) = − 0 − 0 −αt α
dt RC C v(t ) = V0 e cos ω d t − (V0 + 2 I 0 R ) e −α t sin ωd t
ωd
Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 141
RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em paralelo (Cont.)

Resposta com amortecimento crítico Raízes da equação característica:


reais e iguais.

ω 02 = α 2 ω0 = α
1
s1 = s2 = −α = −
v(t ) = A3 e −αt v(t ) = ( A1 + A2 ) e −αt 2 RC

E agora?
Fácil!
−αt −α t
v(t ) = D1t e + D2 e
dv
= e −αt [(1 − αt ) D1 − αD2 ]
dt
1  V0 
v( 0) = D2 = V0 D1 = α V0 -  + I0 
Para t = 0 C R 
dv 1V 
(0) = D1 − αD2 = -  0 + I 0  D1 = −α (V0 + 2 I 0 R)
dt C R 
Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 142
RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta em degrau de circuito RLC em paralelo

t=0 v
OBJECTIVO
I + ic iL
Cálculo das tensões nos ramos em paralelo
V0 C L iR R e/ou das correntes, resultantes da aplicação
I0 de uma fonte de valor constante (dc).
-
Nota: pode ou não existir energia
armazenada nos elementos L e/ou C, no
Cálculo de IL(t) instante em que a fonte é aplicada.

Lei da corrente de Kirchhoff Por questões de simplicidade considere-se


nula a energia inicial armazenada no circuito

v dv
iL + iR + iC = I iL + +C =I
R dt
di d 2iL 1 diL iL I
v=L L + + =
dt dt 2 RC dt LC LC
L diL d 2i L
dv d 2 iL iL + + LC 2 = I
=L 2 R dt dt
dt dt
Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 143
RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta em degrau de circuito RLC em paralelo

Cálculo da tensão Processo de análise alternativo

v dv 1 t v dv
L ∫0
iL + + C =I v dy + + C =I Derivando em ordem t
R dt R dt

v 1 dv d 2v ou d 2v 1 dv v
Representação de
+ +C 2 = 0 + + =0
IL em função de v. L R dt dt dt 2 RC dt LC

Solução para v.
v(t ) = A1e s1t + A2 e s2t
Função das raízes da
equação característica v(t ) = B1 e −αt cos ωd t + B2 e −αt sin ωd t

v(t ) = D1t e −αt + D2 e −α t

Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 144


RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta em degrau de circuito RLC em paralelo

v(t ) = B1 e −αt cos ωd t + B2 e −αt sin ωd t

v(t ) = A1e s1t + A2 e s2t v(t ) = D1t e −αt + D2 e −αt


v dv
iL + +C =I
R dt

iL (t ) = I + A e + A e
' s1t ' s2 t iL (t ) = I + D1't e −α t + D2' e −α t
1 2

iL (t ) = I + B1' e−αt cos ωd t + B2' e −αt sin ω d t


Componente de
Componente resposta natural
forçada

Nota: A1’, A2’, B1’, B2’, D1’, D2’ são constantes arbitrárias,
as quais são determinadas a partir de i L(0) e diL(0)/dt.

Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 145


EXEMPLO

Considere o seguinte circuito. Determine: (a) O valor da resistência R1 de modo que a


resposta do circuito seja criticamente amortecida; (b) R2 por forma a que v(0) = 100V;
(c) v(t) para t= 1 ms.

a) t ≥ 0

ω0 = α 1 1 L 4
2 RC
=
LC
R2 = =
4 C 4 x10 −6
= 10 6 R1 = 1 kΩ
b) t<0
100
i1 = = 0 .1 A
+ i1 1k 100
i2 R2 = = 250Ω
100 V 0 .4
i2 = 0.5 − 0 .1 = 0.4 A
-

Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 146


RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em série

R L OBJECTIVO:
Io
+V Cálculo da corrente que percorre os elementos do
C o
i - circuito, resultantes da libertação de energia armazenada
nos elementos L e/ou C.

Lei da tensão de Kirchhoff

di 1 t
Ri + L + ∫ idy + V0 = 0 di d 2i i ou d 2 i R di i
R +L 2 + =0 + + =0
dt C o dt dt C dt 2 L dt LC

Derivando em R 1 Equação semelhante às


s2 + s+ =0 verificadas nos circuitos
ordem ao tempo L LC
em paralelo

2
Equação característica R  R  1
s1, 2 = − ±   − s1, 2 = −α ± α 2 − ω02
2L  2 L  LC

Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 147


RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta natural de circuito RLC em série (Cont.)


1 Frequência de
Natureza das raízes s1 e s2 ω0 = rad / s
LC ressonância

Dependem de α e ω 0 R coeficiente de
α= seg −1 amortecimento
2L
Se ω 02 < α 2 Raízes reais e distintas

Resposta em corrente sobreamortecida i (t ) = A1e s1t + A2 e s2t

Se ω02 > α 2 Raízes complexas e conjugadas


i (t ) = B1 e−αt cos ω d t + B2 e−αt sin ω d t
Resposta em corrente sobamortecida
i (t ) = D1t e −αt + D2 e−αt
Se ω02 = α 2 Raízes reais e iguais

Resposta em corrente com amortecimento crítico Cálculo da tensão para cada elemento

Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 148


RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC

Resposta em degrau de circuito RLC em série (Cont.)

v
R
vL Por questões de simplicidade considere-se
nula a energia inicial armazenada no circuito
t =0
R L
+
V + C vc
- i - Lei da tensão de Kirchhoff

di
V = Ri + L + vc
dt
d 2vc R dvc vc V
Dividindo por LC + + =
dt 2 L dt LC LC dvc
i=C di d 2 vc
=C 2
dt dt dt
Solução para vc.
vc (t ) = V + A1'e s1t + A2' e s2t
Função das raízes da
equação característica vc (t ) = V + B1' e −αt cos ωd t + B2' e −αt sin ωd t

vc (t ) = V + D1't e −αt + D2' e −αt


Circuitos Eléctricos -Jaime Santos 149

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