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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL


Departamento de Estruturas

EXERCÍCIOS DE TORÇÃO
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II

Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia

Bolsista PAD: Renato Saldanha Victor

Campinas,Novembro - 2009
EXERCÍCIO 1 - Determinar:

Tensão nos tirantes, cisalhamento máximo e o giro da extremidade livre (giro entre B e A).

O binário, causado pelas reações das forças de tração nos tirantes, gera um momento torçor
T no disco: ; onde N é a força normal existente em cada
tirante.
Isso nos leva a uma situação hiperestática. Além do engaste, temos a reação do momento T.
A condição de contorno que usaremos será a relação da deformação dos tirantes com o giro
no ponto C (medido a partir do ponto B, um engaste, que terá variação nula do giro em relação à sua
posição original), conforme a figura:

Assim, temos:
Pela Lei de Hooke:

Giro:

Seção circular cheia:


O exercício nos leva ao seguinte diagrama de momento torçor:

Com o primeiro trecho determinado pela seguinte função: .


E o segundo trecho com a função:

Assim, temos:

Ou seja:

Considerando:

Assim:

Tensão nos tirantes:


Cisalhamento máximo: (seção circular cheia)

Substituindo, nas funções do diagrama de , o valor de encontrado acima, temos:

Assim, temos o momento torçor máximo em todo o trecho .

Giro entre B e A:
EXERCÍCIO 2 - Determinar:

Tensão nos tirantes, cisalhamento máximo

Como no exercício anterior, temos uma situação hiperestática que será contornada
relacionando o giro no ponto B com a deformação dos tirantes.

Assim, temos:

Lei de Hooke:

Giro:

Seção circular cheia:


Diagrama de momento torçor:

Funções dos trechos:


: [kgf.cm]
: [kgf.cm]
Assim, temos:

Portanto:

Como o exercício nos diz que , temos:

OBS: O sinal negativo para o momento torçor, no cálculo do giro, existe apenas para que o
giro encontrado seja no sentido anti-horário (observando de C para A). Sentido da solicitação
(momento de 700kgf.m) e sentido concordante com o das deformações dos tirantes.

Tensão normal nos tirantes:

Cisalhamento máximo: (seção circular cheia)

Substituindo, nas funções do diagrama de , o valor de encontrado acima, temos:

Assim, temos o momento torçor máximo em todo o trecho .


EXERCÍCIO 3 - Determinar:

Giro em A e o cisalhamento máximo.

A viga bi-engastada é hiperestática. Sabemos que, como o giro é nulo nos engastes, o giro
relativo entre os dois engastes também é, necessariamente, nulo. E essa será a condição que
usaremos para contornar a hiperestaticidade.

Considerando as reações como horárias (observando de D para A), temos:

E, assim, temos o diagrama de :


Giro em A:
Para encontrar o giro em A, temos que relacioná-lo com algum ponto fixo (um dos engastes).
No caso, é mais simples calcular o giro entre A e D.

ou

Cisalhamento máximo:

Como não temos uma seção constante, precisamos comparar os valores obtidos para
determinar o máximo.

Assim:

A comparação poderia também ter sido feita da seguinte forma:


Temos três trechos de seção constante e com valores de diferentes. Porém, os dois
últimos ( e ) têm a mesma seção e, assim, podemos apenas comparar o valor de para esses
dois casos. O que nos descarta a possibilidade de que o 2º trecho seja o máximo.
Como os dois trechos remanescentes possuem o mesmo valor de , podemos comparar o
valor de que, por sua vez, é determinado pelo diâmetro (já que as duas seções em questão são do
mesmo tipo - circular cheia). Assim, temos que o cisalhamento máximo ocorre no trecho 3, que tem
diâmetro menor.
EXERCÍCIO 4 - Determinar:

O diâmetro “d” e o giro no ponto A (no centro da viga).

Como no exercício anterior, usaremos o giro entre B e C (que sabemos ser nulo) como
condição de contorno para o problema.

Como a figura acima nos mostra, foi adotado o sentido horário para e anti-horário para
(ambos observando de C para B).
Assim, obtemos o seguinte diagrama de :

Com as seguintes funções para os trechos:


trecho 1:
trecho 2:

Giro entre B e C:
Cisalhamento máximo:

Ocorre no ponto B, C ou A. Porém, todos possuem .

Giro em A:

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