Você está na página 1de 91

GALPÃO COMPOSTO POR

ESTRUTURAS TRELIÇADAS
Prof. Alberto Leal, MSc.
Grupo HCT
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 2

Objetivo
• Apresentação dos critérios para dimensionamento de chapas gusset

• Apresentação das características das estruturas de fechamento lateral,


fechamento no plano da cobertura e fechamento de extremidade.

• Apresentação do projeto final do curso, incluindo a definição dos


carregamentos e dos esforços solicitantes atuantes sobre as treliças.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 3

CAPÍTULO 01
Chapas Gusset

1.1 Considerações inicias


1.2 Características gerais
1.3 Procedimentos usuais de cálculo
1.4 Esforços combinados
1.5 Comportamento à tração
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 4

1. Chapas Gusset
1.1 Considerações iniciais

• As ligações entre elementos estruturais treliçados podem ser realizadas de formas


distintas. Em treliças constituídas por cantoneiras, por exemplo, é usual o emprego
de chapas gusset para conexão entre os componentes.

• No presente curso, o comportamento estrutural e os critérios de dimensionamento


das chapas gusset parafusadas serão enfatizados ao longo da apresentação.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 5

1. Chapas Gusset
1.1 Considerações iniciais

• É importante ressaltar, no entanto, que existem diversas outras alternativas para


garantira solidarização entre elementos constituídos por cantoneiras metálicas.

• Em sistemas treliçados de cobertura, presentes em algumas regiões dos Estados


Unidos, por exemplo, é usual adotar ligações soldadas diretamente entre as as abas
das cantoneiras.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 6

1. Chapas Gusset
1.1 Considerações iniciais

• Outro tipo de ligação que tem sido observado em galpões construídos nos Estados
Unidos, por exemplo, pode ser caracterizado pelas extremidades “amassadas” das
diagonais (cantoneira simples).

• Neste tipo de ligação, as diagonais geralmente são soldadas aos perfis dupla
cantoneira que compõem os banzos superior e inferior.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 7

1. Chapas Gusset
1.1 Considerações iniciais

• Embora seja enfatizado, no presente trabalho, sistemas treliçados compostos por


cantoneiras, é válido destacar a representatividade de outros tipos de treliça como,
por exemplo, aquelas constituídas por perfis tubulares.

• A ligação entre os elementos estruturais tubulares geralmente é realizada através de


soldagem entre os componentes.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 8

1. Chapas Gusset
1.1 Considerações iniciais

• O comportamento estrutural e o dimensionamento das ligações entre os referidos


elementos tubulares podem ser observados em diversas recomendações normativas
e literaturas técnicas (nacionais e internacionais).

• Destaque especial, em cenário nacional, pode ser dado à norma brasileira ABNT
NBR 16.239:2013 e ao livro “Projeto de estruturas de edificações com por perfis
tubulares de aço”, publicado pela Vallourec.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 9

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• O comportamento estrutural das chapas gusset não é trivial e pode ser estudado
através de diversas alternativas como, por exemplo, Método dos Elementos Finitos
(MFE).

• No âmbito de pesquisas científicas, esta opção geralmente é adotada no intuito de


permitir uma avaliação mais precisa da distribuição de tensões ao longo da área de
superfície da chapa de aço.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 10

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• Em muitos casos, os pesquisadores costumam utilizar as ferramentas


computacionais, bem como análises experimentais, para calibragem de metodologias
mais adequadas para o desenvolvimento de projetos.

• Outra justificativa para os estudos através do MEF é para permitir estudos de


ligações não usuais e com distribuição mais complexa de tensões
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 11

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• A figura acima descrita retrata a distribuição de tensões normal e de


cisalhamento atuantes em algumas seções da chapa gusset. Observe, por
exemplo, que a seção “c” evidencia distribuição de forças internas fortemente
afetada pela concentração de tensões no entorno dos furos.

• Na seção “d”, pode-se observar a distribuição de tensões normais produzidas por


forças axiais e binários atuantes naquele plano.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 12

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• As seções “a” e “b”, por sua vez, permitem avaliar a distribuição de tensões de
cisalhamento em regiões de área transversal sem a presença de furos e com a
presença de furos, respectivamente.

• Diante do exposto, será que a avaliação das diversas particularidades que


envolvem a distribuição de tensões em chapas gusset é facilmente aplicável aos
projeto estruturais?
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 13

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• Outros tantos questionamentos, neste sentido, podem ser idealizados. Por


exemplo: Será que existem soluções analíticas para a simplificação das atividades
de projeto?

• Os coeficientes de ponderação usualmente recomendados pelas normas técnicas


são adequados para garantia da segurança estrutural?
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 14

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• Em resposta ao questionamento da existência de expressões analíticas que


facilitem a etapa de dimensionamento estrutural, pode-se afirmar que diversos
pesquisadores e engenheiros têm proposto, ao longo dos anos, procedimentos
para simplificação do problema.

• A figura acima retrata os estudos realizados por Sheld, em 1934, sobre a


distribuição de forças internas em chapas gusset com banzos descontínuos.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 15

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• Estudos realizados por Whitmore, em 1952, visavam estabelecer um comparativo


entre análises experimentais e analyses baseadas nas formulações clássicas de
barras.

• Concluiu-se que os valores das forças internas reais foram levemente inferiors às
forças calculadas pela formulação clássica. Em relação à tensão de cisalhamento,
os valores calculadores foram cerca de 20% maiores que resultados reais.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 16

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• Os estudos realizados por Struik, em 1972, estabeleceram um comparativo entre


a distribuição de tensões obtida via MEF e através das formulações clássicas de
vigas.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 17

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• As conclusões foram similares àquelas mencionadas por Whitmore (1952). A


distribuição simplificada difere significativamente do comportamento real, mas
não apresentam resultados desfavoráveis à segurança.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 18

1. Chapas Gusset
1.2 Características gerais

• As conclusões foram similares àquelas mencionadas por Whitmore (1952). A


distribuição simplificada difere significativamente do comportamento real, mas
não apresentam resultados desfavoráveis à segurança.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 19

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

• Dentre os procedimentos usuais para o dimensionameno e verificação estrutural


das chapas gusset, pode-se destacar aquele baseada na análise de tensões
atuantes em seções críticas. A escolha dos planos mais críticos depende do
julgamento e da experiência do engenheiro responsável pelo projeto.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 20

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

• A figura acima apresenta, através das linhas tracejadas destacadas em


vermelho, os planos críticos para alguns tipos de ligações com chapas gusset
usualmente adotadas em projetos.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 21

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

• As equações utilizadas para determinação das tensões máximas normal e de


cisalhamento são descritas por:
σmáx = NΤA + MΤW τ = VΤA
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 22

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

σmáx = NΤA + MΤW

τ = VΤA

• Antes de utilizar o procedimento simplificado de cálculo para verificação das


tensões atuantes em chapas gusset, é preciso enfatizar alguns detalhes adicionais.

• A distribuição de tensões normais e de cisalhamento, em vigas com elevada razão


entre altura e vão livre, pode variar significativamente em relação às previsões
através da teoria clássica de barras.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 23

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

σmáx = NΤA + MΤW

τ = VΤA

• A figura acima evidencia a distribuição de tensões numa viga com relação unitária
entre altura e vão livre. As tensões normais máximas reais são 90% maiores se
comparadas àquelas previstas pela formulação clássica.

• A etapa de dimensionamento deve ser cuidadosamente avaliada neste sentido,


especialmente em casos onde haja susceptibilidade à fadiga.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 24

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

• No entanto, as formulações clássicas, aplicáveis às chapas gusset sujeitas a


carregamentos estáticos, têm sido adequadas para a grande maioria das
situações de projeto.

• Outro aspecto importante refere-se à presença de tensões residuais. A figura


destacada à direita retrata a distribuição de forças internas em chapas com
extremidades cortadas.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 25

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

• As tensões residuais são “auto equilibrantes” e produzidas por atividades de


fabricação e usinagem das peças. Estão presentes em quase todos os elementos
estruturais de aço em função do resfriamento não uniforme após a laminação,
das atividades de soldagem e de corte de chapas com maçaricos.

• Muitos pesquisadores afirmam que a magnitude das tensões residuais é próxima


à tensão limite de escoamento da maioria dos aços utilizados na construção.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 26

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

• Diante do exposto, será que as verificações devem ser realizadas com base na
tensão limite de escoamento?

• Embora o dimensionamento baseado nas tensões limites de escoamento tenha


sido empregado de maneira segura no passado, a presença de tensões residuais e
imperfeições construtivas tornam difícil uma previsão do estado de tensões exato
das chapas gusset.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 27

1. Chapas Gusset
1.3 Procedimentos usuais de cálculo

• No ponto de vista de projeto, deve-se adotar procedimentos seguros e que, ao


mesmo tempo, sejam de simples utilização. Neste contexto, as verificações das
chapas gusset geralmente levam em consideração a possibilidade de plastificação
total das seções.

• Esta premissa tem sido utilizada tanto para avaliação da capacidade resistente ao
cisalhamento, quanto para a capacidade resistente às forças normais.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 28

1. Chapas Gusset
1.4 Esforços combinados

• Diversas teorias e formulações têm sido propostas para avaliação de elementos


estruturais sujeitos a estado multiaxial de tensões.

• O Critério de Von Mises, por exemplo, estabelece uma tensão efetiva a ser
comparada com a tensão limite de escoamento do material. A referida tensão
efetiva é dada em função das tensões normais e de cisalhamento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 29

1. Chapas Gusset
1.4 Esforços combinados

• A tensão efetiva é dada pela


𝜎𝑒 é a tensão efetiva a ser comparada com a tensão
expressão descrita abaixo: limite de escoamento.

𝜎𝑥 , 𝜎𝑦 representam as tensões nas direções x e y.


𝜎𝑒 = 𝜎𝑥2 + 𝜎𝑦2 + 𝜎𝑥 ∙ 𝜎𝑦 + 3τ2
τ é a tensão de cisalhamento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 30

1. Chapas Gusset
1.4 Esforços combinados
4
2
𝑉
𝑀 𝑃 𝑉𝑃
+ + 2 ≤ 1,0
𝑀𝑝 𝑃𝑦 𝑃
1−
𝑃𝑦

𝑀𝑃 , 𝑉𝑃 representam o momento e esforço cortante


de plastificação total.

𝑃𝑦 representa o esforço normal de plastificação total.

M, P e V representam os esforços solicitantes.

• Caso a tensão efetiva seja superior à tensão limite de escoamento, o elemento


estrutural excedeu o limite elástico.

• A capacidade plástica de uma seção transversal retangular, sujeita à ação de


momentos fletores, esforços axiais e esforços de cisalhamento pode ser
estimada através da expressão proposta por Neal, em 1961.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 31

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração

• O comportamento das chapas gusset, sujeitas exclusivamente aos esforços de


tração, devem ser avaliadas em 3 (três) aspectos:

 Escoamento da seção bruta;


 Ruptura da seção líquida efetiva;
 Ruptura em bloco;
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 32

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração

• O comportamento das chapas gusset, sujeitas exclusivamente aos esforços de


tração, deve ser avaliado em 3 (três) aspectos:

 Escoamento da seção bruta;


 Ruptura da seção líquida;
 Ruptura em bloco;
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 33

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração
 Escoamento da seção bruta;
 Ruptura da seção líquida;
 Ruptura em bloco;

• Para as verificações relativas ao Estado Limite Último (ELU) de escoamento da


seção bruta e rupture da seção líquida, deve-se levar em consideração o
Conceito de Whitmore.

• Na metodologia proposta por Whitmore, considera-se um ângulo de


espraiamento de 30o, conforme pode ser observado na figura acima.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 34

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 35

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 36

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 37

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração

• Um dos modos de ruptura que deve ser avaliado em regiões de ligação é o


“cisalhamento em bloco”.

• Ocorre a falha de um segmento da estrutura, ligada por conectores, envolvendo


cisalhamento e tração, atuantes em planos paralelos e perpendiculares,
respectivamente, à linha de ação da força.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 38

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração

• A força resistente de cálculo para o Estado Limite Último – Colpaso por


rasgamento pode ser avaliada a partir da seguinte expressão (ABNT NBR
8800:2008):
1 1
Ft,Rd = (0,60 ∙ fu ∙ Anv + Cts ∙ fu ∙ Ant ) ≤ (0,60 ∙ fy ∙ Agv + Cts ∙ fu ∙ Ant )
γα2 γα2
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 39

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração

𝐴𝑛𝑣 , 𝐴𝑔𝑣 são as áreas líquida e bruta sujeitas ao cisalhamento,


respectivamente.

𝐴𝑛𝑡 é a área líquida sujeita à tração.

𝐶𝑡𝑠 é dado em função da distribuição de tensões de tração na área líquida.


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 40

1. Chapas Gusset
1.5 Comportamento à tração
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 41

1. Chapas Gusset
1.6 Comportamento ao cisalhamento

• O comportamento das chapas gusset, submetidas ao efeito de esforços


cortantes, deve ser avaliado em 2 (dois) aspectos:

 Escoamento por cisalhamento da seção bruta;


 Ruptura por cisalhamento da seção líquida;
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 42

1. Chapas Gusset
1.6 Comportamento ao cisalhamento

• As expressões que definem a capacidade resistente de cálculo de uma seção


sujeita ao cisalhamento direto são dadas por:

VRd = 0,60 ∙ fy ∙ Ag Τγα1 60% ∙ fu e 60% ∙ fy representam as


tensões limites última e de escoamento
VRd = 0,60 ∙ fu ∙ An Τγα2 ao cisalhamento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 43

1. Chapas Gusset
1.6 Comportamento ao cisalhamento
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 44

1. Chapas Gusset
1.6 Comportamento ao cisalhamento
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 45

1. Chapas Gusset
1.7 Comportamento à compressão

• O comportamento das chapas gusset sujeitas à compressão envolve uma


complexa distribuição de tensões e condições de contorno.

• Na ausência de critérios mais rigorosos, pode-se utilizer as recomendações do


AASHTO LRFD Articles 6.9.2.1 e 6.9.4.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 46

1. Chapas Gusset
1.7 Comportamento à compressão

• A largura efetiva pode ser determinada a partir do critério estabelecido por


Whitmore, apresentado no subitem relativo ao comportamento de chapas sujeitas
à tração.

• O comprimento efetivo, por sua vez, pode ser idealizado a partir do comprimento
médio entre L1 , L2 e L3 (conforme apresentado acima).
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 47

1. Chapas Gusset
1.7 Comportamento à compressão
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 48

1. Chapas Gusset
1.7 Comportamento à compressão
Exemplo de verificação
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 49

CAPÍTULO 02
Contraventamento vertical

2.1 Considerações inicias


2.2 Contenção nodal e relativa
2.3 Dimensionamento estrutural
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 50

2. Contraventamento vertical
2.1 Considerações iniciais

• As estruturas de contraventamento são fundamentais para a estabilidade dos


pilares principais “fora do plano” e para o enrijecimento do galpão na direção
longitudinal. Geralmente, os esforços lateral atuantes nas faces posterior e
anterior são transmitidos à fundação através do contraventamento vertical.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 51

2. Contraventamento vertical
2.1 Considerações iniciais

• O contraventamento do galpão na direção longitudinal pode ser feito através de (a)


diagonais simples compostas por perfis tubulares. (b) seções tubulares em
dispostas em formato “K” e (c) seções esbeltas dispostas em format “X”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 52

2. Contraventamento vertical
2.1 Considerações iniciais

• A diagonais simples compostas por seções tubulares vazadas são eficientes em


termos estruturais e apresentam adequada capacidade resistente à compressão.
Neste sentido, não é necessário o emprego de diagonais dispostas em formato “X”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 53

2. Contraventamento vertical
2.1 Considerações iniciais

• Em casos onde haja impossibilidade de utilização das diagonais de


contraventamento, uma alternativa interessante é especificar pilares com maior
rigidez na direção longitudinal. Tal medida pode ser feita através da rotação dos
pilares de extremidade ou ainda através de seções compostas.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 54

2. Contraventamento vertical
2.2 Contenção nodal e relativa

• Durante etapa de projeto e dimensionamento dos elementos de


contraventamento, é usual considerer duas situações distintas: (a) contenção
nodal e (b) contenção relativa.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 55

2. Contraventamento vertical
2.2 Contenção nodal e relativa

• A contenção nodal é caracterizada pelo travamento de um ponto da estrutura


através da fixação num apoio externo, podendo ser rígido ou não. Por sua vez, a
contenção relativa é aquela onde os dois pontos conectados fazem parte da
estrutura a ser contraventada.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 56

2. Contraventamento vertical
2.3 Dimensionamento estrutural

• Segundo Pfeil (2009), o dimensionamento do contraventamento pode ser realizado


através do critério da resistência e rigidez desenvolvido por Winter (1960). As
formulações baseiam-se no diagrama de corpo livre de um pilar imperfeito e
travado na região central por um apoio com rigidez k.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 57

2. Contraventamento vertical
2.3 Dimensionamento estrutural
σ 𝑀𝐴 = 0

𝐹𝑏𝑟 = 𝑘 ∙ 𝛿 𝑁 ∙ 𝛿 + 𝛿0 − 𝐹𝑏𝑟 ∙ 𝑙𝑏 = 0

𝛿0 = 0 ∴ 𝑘𝑖 = 𝜋 2 𝐸𝐼 Τ𝑙𝑏3

Para pilares sem


imperfeição, a rigidez ideal
para que o elemento atinja
a força crítica de Euler é
dada pelo termo 𝑘𝑖 acima
descrito.

• Considere uma barra com imperfeição inicial 𝛿0 e submetida ao efeito de forças


axiais. Observando o diagrama de corpo livre do segmento inferior da barra, pode-
se determinar a força atuante na mola.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 58

2. Contraventamento vertical
2.3 Dimensionamento estrutural
σ 𝑀𝐴 = 0

𝐹𝑏𝑟 = 𝑘 ∙ 𝛿 𝑁 ∙ 𝛿 + 𝛿0 − 𝐹𝑏𝑟 ∙ 𝑙𝑏 = 0

𝛿 = 𝛿0 ∴ 𝑘 = 2 ∙ 𝑘𝑖

Se for preciso contraventar


um pilar engastado na
base e livre no topo para
alcançar 95% da força
crítica, a rigidez deve ser
de 5 ∙ 𝑘𝑖 . (PFEIL, 2009)

• Em casos de pilares imperfeitos, os deslocamentos observados na vizinhança da


força crítica são bastante elevados. Uma alternativa usualmente adotada é
admitir que o deslocamento 𝛿 = 𝛿0 .
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 59

2. Contraventamento vertical
2.3 Dimensionamento estrutural
σ 𝑀𝐴 = 0
𝐹𝑏𝑟 = 𝑘 ∙ 𝛿 𝑁 ∙ 𝛿 + 𝛿0 − 𝐹𝑏𝑟 ∙ 𝑙𝑏 = 0

𝛿 = 𝛿0 ∴ 𝑘 = 2 ∙ 𝑘𝑖

Se for preciso contraventar


um pilar engastado na
base e livre no topo para
alcançar 95% da força
crítica, a rigidez deve ser
de 5 ∙ 𝑘𝑖 . (PFEIL, 2009)

• Segundo Pfeil (2009), um pilar sem imperfeição com n pontos de contenção lateral
igualmente espaçados atinge a força crítica para rigidezes das molas variando
entre 2𝑘𝑖 e 4𝑘𝑖 . O comprimento entre contenções é dado por 𝑙𝑏 = 𝑙Τ(𝑛 + 1).

• No caso de uma contenção (𝑛 = 1), a rigidez necessária é 2𝑘𝑖 . Para os demais


casos, deve-se utilizar uma rigidez igual a 4𝑘𝑖 .
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 60

2. Contraventamento vertical
2.3 Dimensionamento estrutural
σ 𝑀𝐴 = 0
𝐹𝑏𝑟 = 𝑘 ∙ 𝛿 𝑁 ∙ 𝛿 + 𝛿0 − 𝐹𝑏𝑟 ∙ 𝑙𝑏 = 0

𝛿 = 𝛿0 ∴ 𝑘 = 2 ∙ 𝑘𝑖

Se for preciso contraventar


um pilar engastado na
base e livre no topo para
alcançar 95% da força
crítica, a rigidez deve ser
de 5 ∙ 𝑘𝑖 . (PFEIL, 2009)

• Segundo ABNT NBR 8800:2008, os elementos que garantem contenção nodal


devem ser dimensionados para uma força correspondente a uma imperfeição de
𝑙𝑏 Τ200 e dada por:
OBS: 𝛾𝑟 é o fator de
segurança da rigidez,
𝐹𝑏𝑟 = 0,010 ∙ 𝑁𝑠𝑑 𝑘 = 2 ∙ (4 − 2Τ𝑛) ∙ 𝑁𝑆𝑑 Τ𝑙𝑏 ∙ 𝛾𝑟 dado por 1,35.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 61

2. Contraventamento vertical
2.3 Dimensionamento estrutural
σ 𝑀𝐴 = 0
𝐹𝑏𝑟 = 𝑘 ∙ 𝛿 𝑁 ∙ 𝛿 + 𝛿0 − 𝐹𝑏𝑟 ∙ 𝑙𝑏 = 0

𝛿 = 𝛿0 ∴ 𝑘 = 2 ∙ 𝑘𝑖

Se for preciso contraventar


um pilar engastado na
base e livre no topo para
alcançar 95% da força
crítica, a rigidez deve ser
de 5 ∙ 𝑘𝑖 . (PFEIL, 2009)

• No caso de contenções relativas, por sua vez, as expressões que definem a força
necessária e a rigidez requerida são dadas pelas expressões a seguir:

OBS: 𝛾𝑟 é o fator de
segurança da rigidez,
𝐹𝑏𝑟 = 0,004 ∙ 𝑁𝑠𝑑 𝑘 = 2 ∙ 𝑁𝑆𝑑 Τ𝑙𝑏 ∙ 𝛾𝑟 dado por 1,35.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 62

CAPÍTULO 03
Contraventamento de cobertura

3.1 Considerações inicias


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 63

3. Contraventamento de cobertura
3.1 Considerações iniciais

• A estrutura de contraventamento disposta no plano de cobertura tem como


finalidade principal:
▪ Transmitir as forças dos pilares de fechamento para o contravent. vertical.
▪ Transmitir forças de atrito produzidas pelo vento para o contravent. vertical.
▪ Garantir rigidez necessária para que as terças de cobertura possam ser consideradas
como travamento lateral das vigas principais.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 64

3. Contraventamento de cobertura
3.1 Considerações iniciais

• Em construções modernas, segundo Koschmidder e Brown (2012), tubos


circulares têm sido implementados para esta finalidade, atuando tanto como
elemento tracionado, bem como elemento comprimido.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 65

3. Contraventamento de cobertura
3.1 Considerações iniciais

• Um detalhe de projeto que tem sido adotado ultimamente é a fixação dos tubos
circulares nas vigas principais através de chapas gusset ou cantoneiras. Neste
caso, a ligação pode ser feitas mediante soldagem ou parafusamento na alma do
perfil principal.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 66

CAPÍTULO 04
Fechamento frontal

4.1 Considerações inicias


4.2 Pilares de fechamento
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 67

4. Fechamento frontal
4.1 Considerações iniciais

• A estrutura de fechamento frontal é constituída de pilares, vigas e diagonais


dispostos em função dos esforços solicitantes atuantes.

• Existem características adicionais importantes a serem mencionadas. A estrutura


de fechamento pode ser detalhada de duas formas distintas: pilares com, ou sem,
finalidade de sustentação da viga principal de cobertura.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 68

4. Fechamento frontal
4.1 Considerações iniciais

• Os pilares, em casos onde haja possibilidade de expansão futura, geralmente não


são dimensionados com finalidade de sustentação da viga de cobertura. Desta
maneira, a retirada dos mesmos em obras futuras não afeta a estabilidade
estrutural do galpão.

• Em situações onde os pilares são destinados ao suporte, usualmente utilizam-se


elementos de contraventamento vertical adicionais e as vigas de cobertura
possuem menor dimensão.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 69

4. Fechamento frontal
4.2 Pilares de fechamento

• Em ambos os casos, os pilares de fechamento devem ser dimensionados para


atuarem como elementos sujeitos à flexão simples e com vão livre compreendido
entre a base da estrutura e a viga de cobertura.

• No topo dos pilares de fechamento, as reações horizontais são absorvidas pelo


contraventamento de cobertura. Em seguida, as forças são transmitidas para a
estrutura de contraventamento vertical.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 70

4. Fechamento frontal
4.2 Pilares de fechamento

• As forças atuantes na estrutura de fechamento frontal podem ser de sobrepressão


ou de sucção, variando em função da direção de atuação do vento.

• O efeito de sucção é geralmente considerado a partir da avaliação da direção e


sentido do vento em duas situações, conforme pode ser observado na figura acima
descrita.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 71

4. Fechamento frontal
4.2 Pilares de fechamento

• Caso haja efeito de sobrepressão, considerando inclusive os coeficientes de pressão


interna, a mesa interna dos pilares de fechamento estará comprimida. No intuito de
garantir um dimensionamento otimizado, pode-se adicionar “mãos francesas” para
travamento lateral do bordo comprimido.

• Caso as forças resultantes indiquem sucção externa, a mesa externa estará


comprimida, porém existe travamento nesta região dada pelas vigas de fechamento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 72

CAPÍTULO 05
Projeto Final

5.1 Considerações inicias


5.2 Pré dimensionamento
5.3 Estimativa – Consumo de aço
5.4 Carregamentos
5.5 Combinações
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 73

5. Projeto Final
5.1 Considerações iniciais

• O galpão a ser adotado para o projeto final do curso é composto por vigas e
pilares principais laminados (alma cheia).

▪ Vão livre: 25.000 mm. ▪ Ligações flexíveis entre pilares e fundações


▪ Altura livre: 6.000 mm. ▪ Ligações flexíveis entre treliças e pilares
▪ Espaçamento entre pórticos: 6.000 mm ▪ Velocidade básica de vento: 35 m/s
▪ Inclinação do plano de cobertura: 10% ▪ Espaçamento entre terças: 2.500 mm
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 74

5. Projeto Final
5.2 Pré dimensionamento

• Na etapa de pré dimensionamento estrutural, uma das alternativas sugeridas na


literatura técnica é a determinação dos pilares principais com base nas tabelas e
ábacos do manual de galpões laminados da Gerdau. Tendo em vista que a
velocidade básica do vento é de 35 m/s e espaçamento entre pórticos de 6.000
mm, a estrutura está enquadrada no estágio de ações Q5.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 75

5. Projeto Final
5.2 Pré dimensionamento
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 76

5. Projeto Final
5.2 Pré dimensionamento

• Observando a tabela apresentada anteriormente, nota-se que os pilares devem ser


compostos por perfis W410x53,0, respectivamente.

• Uma importante ressalva a ser mencionada refere-se à condição de contorno


adotada no manual para a base dos pilares, diferentes daquela prevista no projeto
em questão.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 77

5. Projeto Final
5.2 Pré dimensionamento

• Em relação à treliça principal, será adotada neste projeto uma relação entre
altura e vão livre de 1/25. Esta definição pode ser alterada durante o
desenvolvimento das verificações estruturais no intuito de otimização no
consumo de aço.

• Para estimativa do peso total do galpão, pode-se utilizar tabelas descritas no livro
“Edifícios industriais em aço”, publicado pela Pini.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 78

5. Projeto Final
5.3 Estimativa – Consumo de aço

• Após a realização dos projetos, um importante balizador relativo ao consumo de


materiais refere-se à tabela apresentada no livro “Edifícios industriais em aço”,
publicado pela Pini.

• É possível, a partir das informações presentes na tabela, verificar se o


dimensionamento está coerente com consumes médios retratados na literatura.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 79

5. Projeto Final
5.4.1 Ação Permanente
Peso Próprio – Estrutura........0,15 kN/m2
Peso Próprio – Telhas.............0,05 kN/m2

• As ações permanentes foram definidas para este projeto com base numa
estimativa de peso dos elementos de contraventamento, telhas metálicas e
consumo de aço da cobertura.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 80

5. Projeto Final
5.4.2 Ação Variável

• A ação variável foi considerada com base nos requisitos estabelecidos pela ABNT
NBR 6120:1980 para sobrecargas sugeridas para coberturas. Neste sentido,
admite-se que a intensidade do carregamento é de 0,25 kN/m2, distribuído
uniformemente ao longo da área de superfície das telhas.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 81

5. Projeto Final
5.4.3 Ação de vento
Fator S1: terreno plano ou fracamente acidentado
(S1 = 1,0)

Fator S3: edificações para comércio e indústria


com alto fator de ocupação (S3 = 1,0)

Fator S2:

Classe C: edificação com maior dimensão superior


a 50 m.
Categoria III: terreno plano com cota média dos
obstáculos igual a 3,0 m.

𝑧 = 3,0 m → 𝑆2 = 0,81
𝑝
𝑆2 = 0,93 ∙ (𝑧Τ10)
𝑧 = 7,5 m → 𝑆2 = 0,90

• Na definição das forças de vento atuantes sobre a estrutura, é importante a


caracterização da velocidade básica do vento. No projeto em questão, foi admitido
um valor de 35 m/s.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 82

5. Projeto Final
5.4.3 Ação de vento
Fator S1: terreno plano ou fracamente acidentado
(S1 = 1,0)

Fator S3: edificações para comércio e indústria


com alto fator de ocupação (S3 = 1,0)

Fator S2:

Classe C: edificação com maior dimensão superior


a 50 m.
Categoria III: terreno plano com cota média dos
obstáculos igual a 3,0 m.

𝑧 = 3,0 m → 𝑆2 = 0,81
𝑝
𝑆2 = 0,93 ∙ (𝑧Τ10)
𝑧 = 7,5 m → 𝑆2 = 0,90

• Tendo em vista os resultados apresentados para os coeficientes S1, S2 e S3,


pode-se determinar a velocidade características e a pressão básica de vento:
2
𝑉𝑘1 = 𝑆1 ∙ 𝑆2 ∙ 𝑆3 ∙ 𝑉𝑜 = 28,35 𝑚/𝑠 𝑞1 = 0,613 ∙ 𝑉𝑘1 = 492,68 𝑁/𝑚2
2
𝑉𝑘2 = 𝑆1 ∙ 𝑆2 ∙ 𝑆3 ∙ 𝑉𝑜 = 31,50 𝑚/𝑠 𝑞2 = 0,613 ∙ 𝑉𝑘2 = 608,25 𝑁/𝑚2
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 83

5. Projeto Final
5.4.3 Ação de vento 2h ou bΤ2 (menor
entre os dois)
VENTO 0𝑜

bΤ3 ou aΤ4 C1 C2
(maior entre os C
dois, porém 2h) A1 B1

A2 B2 A B
VENTO 90 𝑜

A3 B3
D1 D2
D

• Sabendo que a relação 𝑎Τ𝑏 = 2,4, Vento 0𝑜 Vento 90𝑜


pode-se determinar os coeficientes
de pressão externa sobre as paredes 𝐴1 e 𝐵1 = −0,8 𝐶 = +0,7 𝐶1 e 𝐷1 = −0,9 𝐴 = +0,7
em função do ângulo de incidência 𝐴2 e 𝐵2 = −0,4 𝐷 = −0,3 𝐶2 e 𝐷2 = −0,5 𝐵 = −0,5
do vento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 84

5. Projeto Final
5.4.3 Ação de vento

• Os coeficientes retratados na tabela


acima referem-se à pressão externa
na cobertura com declividade de
10%.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 85

5. Projeto Final
5.4.3 Ação de vento

• A ação de vento descrita acima evidencia as forças atuantes no galpão para um


ângulo de incidência de 90o, isto é, perpendicular à maior dimensão em planta
(impermeável).

• Segundo a ABNT NBR 6123:1988, em casos onde haja duas faces opostas de igual
permeabilidade, deve ser adotado um coeficiente de pressão interna mais
desfavorável entre o valor nulo e uma sobrepressão interna de -0,30.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 86

5. Projeto Final
5.4.4 Força nocional

• As forças nocionais foram definidas a partir das recomendações da ABNT NBR


8800:2008. A intensidade do carregamento, com valores característicos, foi
admitido como 0,3% do carregamento gravitacional total atuante sobre o pórtico.

𝐹𝑛𝑜𝑐 = 0,3% ∙ 𝑁𝑐,𝑆𝑘


𝐹𝑛𝑜𝑐 = 0,10 𝑘𝑁
𝐹𝑛𝑜𝑐 = 0,3% ∙ 33,75 kN
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 87

5. Projeto Final
5.5.1 Combinação-01

• A combinação no 01 de ações para efeito do Estado Limite Último (ELU) consiste


na majoração dõs carregamentos permanente e variável (sobrecarga) através dos
coeficientes 1,35 e 1,50, respectivamente.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 88

5. Projeto Final
5.5.1 Combinação-01

• A figura acima ilustra os esforços normais atuantes nos elementos estruturais.


Note que a treliça metálica apresenta forças de compressão no banzo superior e
tração no banzo inferior.

• As diagonais mais próximas à região central apresentam esforços solicitantes de


pequena magnitude. O dimensionamento de tais elementos deve, portanto, estar
condicionado à esbeltez.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 89

5. Projeto Final
5.5.2 Combinação-02

• A combinação no 02 de ações para efeito do Estado Limite Último (ELU) consiste


na majoração do carregamento de vento, através do coeficiente 1,40. A ação
permanente, por sua vez, está associada ao coeficiente unitário, tendo em vista
que provoca redução da sucção externa.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 90

5. Projeto Final
5.5.2 Combinação-02

• É evidente, através do Diagrama de Esforços Normais, que há inversão de tensões


entre os banzos superior e inferior. Observe que, nesta combinação, a compressão
está associada à região inferior da treliça metálica.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO TRELIÇADO 91

Referências bibliográficas
• Koschmidder, D.M. Brown, D.G. Elastic Design
of Single-Span Steel Portal Frame Buildings to
Eurocode 3. The Steel Construction Institute SCI
P397, 2012.

• Salter, P.R. Malik, A.S. King, C.M. Design of


Single Span Steel Portal Frames to BS 5950-
1:2000. The Steel Construction Institute SCI
P252, 2004.

• King, C.M. In-plane Stability of Portal Frames


to BS 5950-1:2000. The Steel Construction
Institute SCI P292, 2001.

• Muir, L.M. Thornton, W.A. Steel Design Guide


Series 29. Vertical Bracing Connections –
Analysis and Design. American Institute of Steel
Construction AISC, 2014

Você também pode gostar