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SUMÁRIO
ATOS E FATOS JURÍDICOS............................................................................................................................. 2
FATOS JURÍDICOS ..................................................................................................................................... 2
FATOS DA NATUREZA X FATOS DAS PESSOAS ....................................................................................... 2
ATOS ADMINISTRATIVOS X ATOS DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................ 3
ATOS PRIVADOS ................................................................................................................................... 3
ATOS POLÍTICOS E DE GOVERNO .......................................................................................................... 3
ATOS ADMINISTRATIVOS...................................................................................................................... 3
ATOS ADMINISTRATIVOS ......................................................................................................................... 4
FATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................................................................ 4
SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO..................................................................................................................... 5
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................. 6
ATOS VINCULADOS .................................................................................................................................. 6
ATOS DISCRICIONÁRIOS ........................................................................................................................... 6

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ATOS E FATOS JURÍDICOS


Antes de começarmos a reflexão referente ao Ato Administrativo é importante saber
diferenciar um ATO JURÍDICO de um FATO JURÍDICO.

FATOS JURÍDICOS
Todo e qualquer acontecimento pode ser considerado um fato, porém, em algumas
situações esses fatos interferem nas relações vividas entre as pessoas, gerando necessidade de
regulamentação jurídica, causando então um FATO JURÍDICO. Segundo a doutrina, pode-se
conceituar:
“Todos os acontecimentos suscetíveis de produção, aquisição,
alienação, modificação ou extinção de direitos são caracterizados
como FATOS JURÍDICOS. Tais fatos podem ser provenientes, tanto da
atividade humana como da natureza”.

FATOS DA NATUREZA X FATOS DAS PESSOAS


Os fatos jurídicos podem ser divididos pela Doutrina em “Fatos da Natureza – Strictu
Sensu” e “Fatos de Pessoas”. Os “Fatos de Pessoas” são atos humanos que MANIFESTAM
VONTADE, de forma a interferir no Direito.
FATOS DA NATUREZA – Não têm a intenção de interferir no mundo jurídico,
mas podem interferir por “acidente”.

FATOS DE PESSOAS – ATO humano que MANIFESTA VONTADE, buscando


interferir no Direito.

Um terremoto, acidente, nascimento, morte, em regra, não dependem da vontade das


pessoas, sendo então fatos da natureza, que não tem a intenção de causar efeitos jurídicos.
Porém, um terremoto pode gerar o desabamento de um prédio mal construído que acabe
causando inúmeros danos a um particular, nesse caso há a produção de efeitos jurídicos,
MESMO QUE NÃO HAJA A INTENÇÃO para tal.

De forma resumida temos:


FATO – ACONTECIMENTO

ATO – MANIFESTAÇÃO DA VONTADE

Caso essa manifestação da vontade humana seja voltada para produzir efeitos na seara do
Direito Administrativo, então teremos um ATO ADMINISTRATIVO, em suma, pode-se dizer:
ATO ADMINISTRATIVO – MANIFESTAÇÃO DA VONTADE DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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ATOS ADMINISTRATIVOS X ATOS DA ADMINISTRAÇÃO


Algumas vezes a administração pública atua por meios de outros atos que não sejam
administrativos! Quando a administração atua no Direito Privado, ou no Governo, não está
praticando, em regra, Atos Administrativos e sim Atos da Administração, logo:
IMPORTANTE – Nem todo Ato praticado pela Administração Pública é Ato
Administrativo em espécie.

Dito isso, a doutrina costuma classificar os Atos da Administração em:


 Atos Privados;
 Atos Políticos ou de Governo;
 Atos Administrativos.
IMPORTANTE – Ato da Administração é GÊNERO, do qual Ato Administrativo
é ESPÉCIE, ou seja, o primeiro é MAIS AMPLO que o segundo.

ATOS PRIVADOS
Atos que são regidos pelo DIREITO PRIVADO, onde há uma suposta condição de igualdade
entre a Administração Pública e o Particular. São exemplos:
 Contrato de Locação;
 Venda de um Produto por uma Empresa Estatal;
 Abertura de uma conta corrente em um Banco Público.
LEMBRE-SE – Atos Privados são regidos pelo Direito Privado.

ATOS POLÍTICOS E DE GOVERNO


Exercidos pelo ESTADO no exercício da função política, por intermédio dos membros do
governo, podendo ser praticado por:

 Membros do Executivo – Presidente, Ministros;


 Membros do Legislativo – Senadores, Deputados, Vereadores;
 Membros do Judiciário – Magistrados.
APROFUNDANDO – Por haver discussões sobre a possibilidade de Controle
desses atos, entre outras inconsistências jurídicas, parte da doutrina nem os
considera como Ato da Administração.

ATOS ADMINISTRATIVOS
Foco de nosso estudo! Tratam-se de MANIFESTAÇÃO UNILATERAL DA VONTADE da
Administração Pública, sendo regidos pelo DIREITO PÚBLICO, no exercício da função
Administrativa.
IMPORTANTE – ATO ADMINISTRATIVO = MANIFESTAÇÃO
UNILATERAL DA VONTADE DO ESTADO, REGIDO POR DIREITO PÚBLICO.

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ATOS ADMINISTRATIVOS
Recapitulando temos que o ATO ADMINISTRATIVO:
 Trata-se da Manifestação da Vontade do Estado;
 Regido pelo Direito Público;
 Finalidade Geral do Ato deve ser a Satisfação do Interesse Público.

Atos Administrativos são então declarações da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (Pelos seu


Agentes), ou de particulares que estejam exercendo funções delegadas (Concessionários,
Permissionários).
IMPORTANTE – Atos Administrativos PODEM ser feitos por Particulares que
estejam exercendo funções delegadas.

FATOS ADMINISTRATIVOS
Também chamados de ATOS MATERIAIS, não são manifestação da vontade, apenas
IMPLEMENTAÇÃO DA MESMA.

Dessa forma, em uma Demolição ordenada pelo Poder Público:

 Ordem de Demolição – ATO ADMINISTRATIVO;

 Demolição em si – FATO ADMINISTRATIVO/ATO MATERIAL.

LEMBRE-SE – Fato Administrativo é a mera IMPLEMENTAÇÃO da vontade do


estado.

O Fato Administrativo então NÃO TEM COMO FINALIDADE A PRODUÇÃO DE EFEITOS


JURÍDICOS!

Mas, leve em conta que apesar de NÃO HAVER A FINALIDADE, por vezes cria efeito
jurídico. Por exemplo, a colisão de um veículo da Administração Pública com um particular!
Nesse caso, não foi vontade do estado a colisão do veículo, porém, essa colisão pode
ensejar a responsabilidade objetiva estatal, ou seja, gerando efeitos jurídicos por
“acidente”.

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SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO
Em linhas gerais, quando a Administração Pública não se manifesta, estamos diante do
silêncio administrativo. Segundo Celso Bandeira de Mello:

“O silêncio que produza efeitos jurídicos, como por exemplo: a


decadência do direito de anular um ato, é um FATO
administrativo”.

Logo, pode-se inferir que, para o nobre estudioso, o silêncio da administração pública não
pode ser considerado um ato, mas sim um fato administrativo.

Porém, a Doutrina Majoritária e o próprio entendimento das provas da CESPE, preceituam


que quando, e apenas quando, haver PREVISÃO LEGAL do silêncio, esse pode ser considerado
ato! Em resumo:
REGRA – O SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO NÃO É ATO ADMINISTRATIVO.

EXCEÇÃO – SE O SILÊNCIO ESTIVER TIPIFICADO EM LEI, SERÁ ATO


ADMINISTRATIVO.

Porém, caso não exista tipificação em lei, e mesmo assim a Administração Pública não se
manifestar, pode-se provocar o poder Judiciário para que encerre a omissão administrativa por
força de decisão judicial. Ou seja:

 Quando TIPIFICADO em LEI ou VINCULADO – O Silêncio Administrativo é ATO.

 Quando NÃO TIPIFICADO em LEI, o Silêncio é DISCRICIONÁRIO – Pode se provocar


o Judiciário para que encerre a omissão por decisão judicial.

As questões abaixo podem ajudar na compreensão desse conceito, vejamos:


CESPE – 2013 - O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação
da administração pública em situações em que ela deveria se pronunciar, somente
produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr.

GABARITO - CERTO

CESPE – 2018 - Nas situações de silêncio administrativo, duas soluções podem ser
adotadas na esfera do direito administrativo. A primeira está atrelada ao que a lei
determina em caso de ato de conteúdo vinculado. A segunda, por sua vez, ocorre no
caso de ato de caráter discricionário, em que o interessado tem o direito de pleitear
em juízo que se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para a administração se
pronunciar, evitando, dessa forma, a omissão da administração.

GABARITO – CERTO

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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


Os Atos Administrativos contam com várias classificações. No momento nos cabe apenas
realizar a diferenciação entre atos VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS.

Importante frisar que a Administração Pública pode fazer apenas o que está previsto em
lei, não podendo agir em sua omissão, dessa maneira, a própria Discricionariedade da
Administração é prevista em lei.

IMPORTANTE – Pela própria Discricionariedade ser prevista em lei, NÃO


EXISTE ATO TOTALMENTE DISCRICIONÁRIO.

ATOS VINCULADOS
Sem margem de liberdade para decisão. Sem apreciação de oportunidade e conveniência.
Dessa forma, a LEI indica o único caminho possível a se seguir diante de cada caso. São
exemplos:
 Licenças (Alvarás, Habilitação de Trânsito);
 Dever de Agir quando verificada infração disciplinar;
 Homologação.
LEMBRE-SE – Atos Vinculados NÃO possuem margem de liberdade de escolha
para o Administrador.

ATOS DISCRICIONÁRIOS
Como citado, a própria legislação concede a Liberdade ou Margem de Escolha possível de
ser apreciada pela Administração por meio do Mérito Administrativo, ou conveniência e
oportunidade. Exemplos:
 Concessão de Licença para tratar de interesses particulares na lei 8112.
 Autorização (Porte de Arma, Serviço de Táxi).
 Permissão (Permissão de Serviços Públicos).

LEMBRE-SE – Nos Atos Discricionários o Administrador pode agir de uma ou


mais maneiras, sempre previstas em lei, baseado na Conveniência e Oportunidade,
ou seja, MÉRITO ADMINISTRATIVO.

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