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A Sociologia Da Saúde No Brasil
A Sociologia Da Saúde No Brasil
08302013 1041
ARTIGO ARTICLE
A sociologia da saúde no Brasil – a construção de uma identidade
Abstract This article analyzes the historical, so- Resumo O artigo analisa na perspectiva de Wolf
cial and cognitive dimensions of the sociology of Lepenies as três dimensões – histórica, social e
medicine in the construction of its identity, from cognitiva – o campo da sociologia da saúde na
Wolf Lepenies’ perspective. It is understood that construção de sua identidade. Entende-se que a
the construction of an identity does not end with construção de uma identidade não se encerra com
the first historical manifestations, but is consoli- as primeiras manifestações históricas, mas se con-
dated when it is institutionalized and structured solida quando se institucionaliza e progressiva-
as a field of knowledge by creating its own forms mente se estrutura como campo do conhecimento
of cognitive expression. The text is divided into criando suas formas próprias de expressão cogni-
three parts: in the first the precursors are pre- tiva. O texto está dividido em três partes: na pri-
sented, highlighting the role played by some trav- meira, são apresentados os precursores, destacan-
elers, naturalists and folklore scholars, followed do o papel desempenhado por alguns viajantes,
by “social physicians-scientists” and the first so- naturalistas e estudiosos do folclore, seguidos pe-
cial scientists (1940-1969). In the second part, los “médicos-cientistas sociais” e pelos primeiros
aspects of the consolidation of the social sciences cientistas sociais (1940-1969); na segunda, aspec-
in health are presented at two significant mo- tos da consolidação das ciências sociais em saúde
ments, namely the 1970s and 1980s. In the third – dois momentos: os anos 70 e os anos 80; na ter-
part, the issues raised by the field are addressed in ceira parte, de forma geral, são abordados os te-
general terms. It is considered that once the main mas tratados pelo campo. Considera-se que, com-
structural stages are in place there is still a need pletadas as principais fases de sua disciplinariza-
for the formation of new generations of social sci- ção há ainda a necessidade de que se estruturem
entists in health. It is also essential to disseminate os canais para a formação das novas gerações de
scientific production and to ensure that the rela- cientistas sociais em saúde, se desenvolvam meios
tions are studied in depth and institutionalized de divulgação da produção científica e se apro-
1
Departamento de Saúde with the sociological matrices on the one hand fundem e se institucionalizem as relações, de um
Coletiva, Faculdade de
and with the field of health on the other. lado, com as matrizes sociológicas e de outro com
Ciências Médicas,
Universidade Estadual de Key words The sociology of health, Historical o campo da saúde.
Campinas. Cidade identity, Social identity, Cognitive identity Palavras-chave Sociologia da saúde, Identidade
Universitária, Barão
Gerado. 13.081-970
histórica, Identidade social, Identidade cognitiva
Campinas SP Brasil.
evernunes@uol.com.br
gia da medicina44 e Guerreiro Ramos, que na dé- pelo processo de institucionalização através do
cada de 1950 procurou “articular problemas so- qual a disciplina procura se estabilizar do ponto
ciais como a mortalidade infantil a uma perspec- de vista de sua organização”47, a sociologia inicia
tiva de desenvolvimento nacional segundo a qual este processo com a criação dos primeiros cur-
a industrialização e o crescimento econômico ala- sos de sociologia (ELSP, 1933, USP, 1944, Univer-
vancados pelo Estado constituíam as principais sidade do Distrito Federal/RJ, criada em 1935 e
vias de transformação das condições sanitárias extinta em 1939), e a saúde coletiva com a criação
do país”45. de uma associação que estatuiu os seus objetivos
O período que estamos analisando em rela- de ensino, pesquisa e extensão, em 1979, criando
ção às ciências sociais em saúde foi pesquisado a Abrasco (Associação de Pós-Graduação em
por Villas Bôas que se dedicou à produção bra- Saúde Coletiva) e, quase vinte anos depois,
sileira das ciências sociais, lato senso, dos anos iniciando a publicação da sua revista – Ciência e
de 1945-1964, onde podem ser distinguidas duas Saúde Coletiva, em 1996 .
categorias de estudos – “científicos” e “ideológi- Podemos dizer que as ciências sociais, de for-
cos”46. Como interpreta a autora, “Produzir co- ma geral, passam a fazer parte da academia no
nhecimento naquele contexto histórico, certa- momento em que o seu ensino é introduzido de
mente significava contribuir para o processo de forma sistematizada nas escolas médicas, na
transformações e consumação de um projeto metade dos anos 60, posteriormente na enfer-
histórico”47. Estas observações não são estranhas magem e, na pós-graduação, nos anos 70. Ao
às ciências sociais em saúde desse período, como mesmo tempo é a partir dos anos 70 que cientis-
visto nos parágrafos anteriores, quando alguns tas sociais defendem suas teses de doutorado com
projetos almejavam contribuir para um proces- temáticas da saúde, em diversas instituições uni-
so de mudanças. versitárias brasileiras como UNICAMP, USP,
O crescente interesse pelas ciências sociais a UERJ, UFMG, dentre outras. Tendo conseguido
partir da metade dos anos 60 e início dos 70 esta- efetivar o seu projeto no campo pedagógico, a
rá associado a um projeto de mudança de cará- sociologia da saúde, no final dos anos 70 e nos
ter institucional – o ensino médico. Como resul- anos 80, estende suas atividades para a esfera das
tado de discussões que ocorreram desde a se- políticas de saúde, num momento em que as pro-
gunda metade dos anos 50, acentuam-se as críti- postas de reforma sanitária brasileira tornam-se
cas aos modelos que estruturavam a educação ponto de referência de médicos, cientistas, políti-
médica na América Latina e que em outros países cos, educadores, como parte do processo de re-
já haviam produzido tentativas de reformas do democratização da política nacional. Muitos dos
ensino, dirigidos à atenção integral aos pacien- sociólogos que participaram desse movimento
tes, assim como à integração dos conhecimentos são os mesmos que haviam participado da in-
biológicos, psicológicos e sociais na compreen- trodução do ensino na área da saúde e continu-
são do processo da doença. Além das questões aram nas décadas de 80 e 90 junto ao movimen-
educacionais contatava-se a presença de preocu- to de formalização da Saúde Coletiva. Sem dúvi-
pantes indicadores de saúde mostrando a alta da, neste campo os cientistas sociais têm sido
mortalidade infantil e o desamparo oficial de ex- protagonistas de vanguarda e a colaboração tra-
tensas camadas da população sem atenção mé- zida, que se iniciara nos cursos de graduação,
dica básica. Os caminhos encontrados: incremen- volta-se novamente para a graduação da saúde
tar estudos que dessem conta dos aspectos soci- coletiva, na formação de sanitaristas, que até en-
ais e coletivos da saúde, formar pessoal especi- tão acontecia somente em cursos de pós-gradua-
alizado quer seja na especialização em saúde pú- ção e especialização.
blica, quer seja nos cursos de pós-graduação e Sem dúvida, o magistério foi a porta de en-
formalizar apoios financeiros para as pesquisas trada do cientista social no campo da saúde, e
em saúde. segundo pesquisa recente a partir de informa-
ções da Plataforma Lattes foram encontrados 238
Identidade social cientistas sociais com atividades no campo da
saúde48, em sua maioria como professores e pes-
Para se entender o momento em que a socio- quisadores.
logia da saúde inicia o estabelecimento de sua A diversificação de atividades é constatada
identidade social, fazemos inicialmente uma re- por Barros49 no estudo sobre a inserção dos ci-
ferência à sociologia e à saúde coletiva no Brasil. entistas sociais na gestão dos serviços de saúde.
Entendendo-se que a identidade social “é forjada Nessa pesquisa foram identificados 31 profissi-
mentares56, análise crítica da medicina preventi- realizadas no âmbito dos cursos de pós-gradua-
va57, mercado de trabalho médico58, emergência ção em saúde coletiva. Predominam temas rela-
da medicina comunitária59, enfermagem como cionados à política e instituições de saúde, saúde
profissão60, origens da medicina social brasileira e sociedade, recursos humanos, planejamento,
e da psiquiatria61, instituições de saúde62, o tra- gestão e avaliação dos serviços de saúde e, logo
balho médico na perspectiva do materialismo abaixo os movimentos sociais e saúde, educação
histórico63, e muitos outros trabalhos. e comunicação em saúde, saúde reprodutiva, se-
Sem dúvida, nos anos 70, o social como ana- xualidade e gênero, teoria e metodologia da pes-
lisou Donnangelo53, referindo-se aos estudos epi- quisa, sistemas terapêuticos ou alternativos de
demiológicos, mas que estendemos aos demais, cura, violência e saúde66.
“não aparece sob a forma de uma variável adici- No início dos anos 2000 a diversidade temá-
onada ao elenco de fatores causais da doença, tica continua presente; além dos temas anterio-
mas como um campo estruturado no interior res consolidam-se aqueles voltados para o estu-
do qual a doença adquire um específico signifi- do social da ciência e da técnica, políticas públi-
cado social”. As pesquisas realizadas abriam um cas e de saúde, racionalidades e práticas em
caminho e demarcavam um campo que nas dé- medicina(s) e saúde, subjetividade e cultura, gê-
cadas seguintes seria amplamente desenvolvido. nero e saúde. Outros temas como avaliação de
Assim, um estudo de uma amostra da pro- políticas de saúde e programas, comunicação e
dução nos anos 90 evidencia o interesse em se redes de informação, violência e saúde e constru-
“pensar a área”64, reafirmando as amplas possi- ção social da saúde e da doença aparecem em
bilidades das análises sociológicas, em diversos menores proporções67.
temas, mas com poucos trabalhos de caráter epis- A partir de 2000, diversos trabalhos procura-
têmico, em que as questões teóricas estejam pre- ram mapear a produção científica de diversas
sentes de forma detalhada. maneiras sendo que a análise de artigos aparece
Ao longo dos anos o campo foi se estrutu- em diversos deles. Em uma análise de 411 artigos
rando em vertentes teóricas, situando-o no mes- e 87 resenhas de sete periódicos da área da saúde
mo nível de outros campos de interesse da socio- coletiva, período de 1997-2007, que se autorreferi-
logia, antropologia e ciência política. Nesse senti- ram como pesquisa qualitativa não foram encon-
do, trava-se um debate frente à crise dos mode- tradas marcantes diferenças com as pesquisas já
los das grandes explicações, totalizantes, o que realizadas. Sobre as temáticas, em ordem decres-
conduz à percepção da necessidade de se traba- cente pelo volume da produção, os destaques são
lhar os micros aspectos sociais, a subjetividade, a para políticas e instituições de saúde, saúde e do-
questão da construção das identidades coletivas, ença, gênero e saúde, violência e saúde, velhice e
com a utilização de conceitos que permitissem a envelhecimento, recursos humanos, profissões e
mediação entre estrutura e ação social. Também formação, estudos sociais das ciências e das técni-
critica-se o caráter restritivo que ocorreu na aná- cas e educação e comunicação em saúde68.
lise das relações do Estado com as políticas de Nesta cartografia do campo, a pesquisa de
saúde quando da utilização de uma perspectiva Deslandes e Iriart69 em 266 artigos publicados
estrutural. Novamente, volta-se a comentar a em três periódicos (Ciência e Saúde Coletiva,
necessidade de se articular as dimensões macro e Cadernos de Saúde Pública e Interface), selecio-
micro, associadas ao resgate dos atores coleti- nados a partir da leitura de 1.128 resumos como
vos. De outro lado, a doença passa a ser estuda- pertencentes ao campo das ciências sociais e hu-
da em seus aspectos simbólicos, por meio das manas encontrou alguns dados que são de inte-
próprias narrativas dos sujeitos adoecidos. As resse para a nossa apresentação. Segundo os au-
trajetórias profissionais irão acrescentar ao cam- tores, “Um total de 124 artigos (46,6%) define
po dos estudos das profissões de saúde, especial- claramente sua filiação a um referencial teórico
mente a médica, uma nova perspectiva, comple- metodológico”, procedentes de uma grande vari-
tando os aspectos histórico-sociais que já vinham edade de perspectivas das diversas disciplinas das
sendo objeto de investigação, numa vertente de ciências sociais e humanas. Evidenciam que os
pesquisas qualitativas extremamente originais65. estudos utilizam diferentes definições de repre-
A década de 90 seria um momento de conso- sentações sociais, das abordagens hermenêuti-
lidação das pesquisas em ciências sociais, ampli- cas, construtivistas/construcionistas e das mais
ando temáticas, incluindo novas; é também o diversas correntes teóricas como estudos cultu-
momento em que há um movimento ascendente rais, interacionistas simbólicos, materialismo his-
de pesquisas fora do campo exclusivo daquelas tórico, etc. Chamam a atenção que do ponto de
Como mostramos em outros trabalhos e de, se ampliem e se criem novos meios de divul-
neste artigo, a identidade da Sociologia da Saúde gação da produção científica e se aprofundem e
está sendo construída e passada a “fase heróica” se institucionalizem as relações, de um lado com
enfrentada pelos primeiros cientistas sociais. As- as matrizes sociológicas e de outro, com o cam-
sim, compreendemos que há a necessidade de po da saúde. O presente estudo é parte do Projeto
que se formalizem os canais para a formação História da Sociologia da Saúde, Bolsa de Produ-
das novas gerações de cientistas sociais em saú- tividade IA, CNPq.
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