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1) A partir de 2001, o mercado imobiliário dos Estados Unidos passou por uma fase de
expansão acelerada.
2) Com a ajuda do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), que passou a reduzir
a taxa de juros, a demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores.
3) Ao mesmo tempo, com os juros baixos, cresceu o número de pessoas que hipotecavam
seus imóveis, a fim de usar o dinheiro da hipoteca para pagar dívidas ou consumir.
6) Ao mesmo tempo, esses títulos lastreados em hipotecas eram vendidos a outros investidores, que, por sua
vez, também emitiam seus próprios títulos, igualmente lastreados nos subprime, passando-os, a seguir, para
frente.
7) Todos se esqueceram, no entanto, de que se o primeiro tomador do empréstimo não consegue pagar sua
dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento, de tal maneira que todo o mercado passa a ter
medo de continuar emprestando dinheiro ou comprando novos títulos subprime.
8) A partir de 2006, os juros, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram os
compradores de imóveis. Como a oferta começou a superar a demanda, o valor dos imóveis passou a cair.
9) Com a subida dos juros, as dívidas ficaram mais caras (e também as prestações das hipotecas), o que
aumentou a inadimplência, fazendo com que a oferta de crédito também diminuísse.
10) Sem oferta de crédito, a economia dos EUA se desaqueceu, pois, se há menos dinheiro disponível,
compra-se menos, o lucro das empresas diminui e empregos não são gerados.
11) Preocupado com os pagamentos de créditos subprime nos EUA, o banco BNP Paribas congelou cerca
de 2 bilhões de euros de alguns fundos.
12) O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o ciclo de empréstimos sobre empréstimos havia
sido congelado. Começaram a surgir os pedidos de concordata.
13) A crise passou a afetar todo o sistema bancário, afinal, as instituições financeiras apostavam nos
títulos subprime. Várias instituições se viram à beira da falência. E se descobriu que, com a globalização,
o sistema financeiro internacional estava contaminado e sofreria graves consequências.
14) Instalou-se, assim, uma crise de confiança e os bancos pararam de emprestar, congelando a
economia, reduzindo o lucro das empresas e provocando desemprego.
15) Muitos países entraram em recessão, e seus respectivos governos têm, desde então, tomado
diferentes medidas para aquecer a economia e, ao mesmo tempo, garantir que o sistema financeiro volte
a emprestar.
Desdobramentos da Crise nos EUA
- Crise Grega:
Dificuldades de sanear as finanças
evasão fiscal + endividamento externo
desconfiança do mercado = elevado risco país
Medidas de austeridade (aumento de imposto + contenção de gastos
públicos) = recessão
Greves e manifestações públicas
Queda dos premiês: Berlusconi e Papandreau
Expõe a vulnerabilidade do EURO
Fundo de Resgate/Aumento da liquidez bancária
A Crise Grega
Crise Europeia
Crise de Crédito liga a perda de liquidez do sistema bancário e o enfraquecimento do EURO
tendo como origem o descompasso das contas públicas dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália,
Grécia, e Espanha)!
Alguns Desdobramentos
França
Impacto da crise econômica: plano econômico que prevê corte de 30 bilhões de euros
em impostos
Governo François Hollande: Impopularidade, escândalos pessoais
Espanha
Separatismo Catalão
Movimento Indignados
Elevado Desemprego e medidas de austeridade
EUA
Economia dos EUA cresce 2,4% em 2015
• Em dólares, PIB do país alcançou US$ 17,9 trilhões.
No quarto trimestre, crescimento da economia perdeu fôlego.
O resultado veio abaixo da última estimativa do FMI, de 2,6%.
O crescimento no ano passado foi puxado pelo pela maior expansão nos
gastos dos consumidores em uma década, com uma alta de 3,1% (só
perde para o crescimento de 3,5% em 2005). Houve aceleração
também nos gastos residenciais fixos (8,7%) e nos gastos dos governos
estaduais e locais (1,4%).
Na contramão, ajudaram a conter a alta do Produto Interno Bruto (PIB)
a desaceleração das exportações (1,1%, abaixo da taxa de 3,4% do ano
anterior) e a aceleração das importações (alta de 5%), além de uma
pequena queda nos gastos do governo federal (-0,3%).
Sete anos após congelar os juros perto de zero, o Federal Reserve (banco
central dos Estados Unidos) iniciou um temido e esperado ciclo que
pode causar abalos nos mercados globais, e elevou a taxa – no piso
histórico desde 2008 – para entre 0,25% e 0,5%.
o efeito positivo da elevação dos juros nos EUA é a confirmação de que a
maior economia do mundo se recuperou e a política monetária do país
pode normalizar
• Juros negativos existem quando o retorno para investir é menor que o
dinheiro aplicado. Com juros perto de zero e alguma inflação, o ganho
real é negativo. Isso acontece em economias consideradas
extremamente seguras como os EUA (livres de calotes), quando o
investidor prefere “perder dinheiro” em troca dessa segurança.
• a volatilidade dos mercados mundiais é possivelmente o efeito mais
imediato da decisão do Fed.
Por que os juros dos EUA estavam próximos a zero?
A taxa básica de juros dos EUA (equivalente à Selic brasileira) vinha sendo
mantida no piso histórico desde o final de 2008. Naquele ano, a
economia dos EUA passava pela crise mais grave desde 1929, por conta
do estouro da bolha imobiliária.
A estratégia do Fed, então, foi incentivar a economia colocando mais
dinheiro no mercado. Isso aconteceu diretamente e por meio da
redução da taxa de juros para entre 0 e 0,25%.
Esses juros são pagos como recompensa – os chamados yields – a
investidores que aplicam seu dinheiro em títulos do Tesouro norte-
americano (a dívida do governo). Se os juros são muito baixos, não há
incentivo para deixar o dinheiro "parado" nesse tipo de aplicação, o que
estimula o consumo e o investimento em produção
Por que o Fed decidiu subir os juros?
Há alguns meses, o BC dos EUA vem comunicando que a economia norte-
americana deu sinais de recuperação, o que justificaria uma elevação
das taxas. O crescimento da economia dos EUA foi revisado para um
ritmo anual de 1,5% no terceiro trimestre.
O resultado ficou abaixo do trimestre anterior, quando chegou a 3,9%,
mas a demanda doméstica sólida continuou a alimentar a expectativa
de que o Fed pudesse elevar a taxa em dezembro. Ao longo do ano,
também ajudaram o aumento das exportações, dos gastos dos governos
locais e estaduais, dos investimentos residenciais e a desaceleração das
importações. Os gastos dos consumidores também cresceram e o
mercado de trabalho fortaleceu-se.
Como a decisão do Fed pode afetar a economia global?