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All content following this page was uploaded by Dayana Aparecida Marques de Oliveira Cruz on 08 July 2020.
1. Introdução.
1Profa. Dra. Dayana Aparecida Marques de Oliveira Cruz - Doutora, mestra e graduada em Geografia pela Universidade
Estadual Paulista (FCT/UNESP). Docente do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH) da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar/Sorocaba). Professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO)
da UFSCar/Sorocaba.
tempo que parte dos estudantes já incorporaram o uso de mapas digitais em atividades cotidianas, a
leitura e interpretação dos mapas na escola ainda é uma problemática.
O uso do Google Earth pode contribuir para diminuir esse descompasso. É importante dizer que
o programa por si só não poderá ter efeitos no processo de ensino-aprendizagem, pois cabe ao
professor incluir no planejamento pedagógico, o uso das ferramentas que forem mais adequadas de
acordo com os objetivos propostos. Com objetivos delimitados, o professor poderá orientar os
estudantes não só para que eles concluam uma determinada atividade, mas que possam assumir o
protagonismo no processo de ensino-aprendizagem, a partir da adoção de uma postura propositiva e
autônoma.
Durante o curso, você aprenderá como utilizar os comandos básicos do Google Earth e poderá
refletir sobre as possibilidades de uso desses comandos no ensino de Geografia. Caso você ainda não
tenha acesso ao programa, o download da versão gratuita para computador do Google Earth Pro é feito
através do link: https://www.google.com.br/intl/pt-BR_ALL/earth/versions/
Antes de utilizar o Google Earth, é necessário conhecer algumas funções básicas da interface
do programa: menu, pesquisar, camadas, barra de ferramentas, lugares.
2.1 Menu
Se por um lado, o menu permite acessar as funções básicas que também podem ser
executadas em qualquer outro programa (abrir, salvar ou imprimir um arquivo), por outro, a partir
dele também é possível acessar recursos específicos do Google Earth. Para isso, recomendamos que
você habilite e desabilite as opções disponíveis em “visualizar”, conforme indicado na Figura 1.
Compare as duas próximas imagens e observe os recursos que foram habilitados.
Figura 1. Visualização do item visualizar e habilitação de recursos.
Faça o mesmo procedimento no seu computador habilitando as seguintes opções: grades, sol,
barra de status, mapa de visão geral (conforme Figura 1).
Durante a elaboração de qualquer atividade no Google Earth, é importante visualizar a
bússola (Figura 3), pois ela permite, por exemplo, alterar a orientação, aproximar ou afastar a
imagem.
Caso a bússola não esteja visível quando o programa for iniciado, é só habilitá-la em “visualizar” -
“mostrar navegação” - “automaticamente”. Utilize o mouse para movimentar o norte da bússola ou
para dar zoom. Veja a Figura 4.
Figura 3. Bússola.
2.2 Pesquisar
No campo “pesquisar” do Google Earth, conforme indicado na Figura 6, é possível incluir as
coordenadas ou o endereço da localização que queremos visualizar. No exemplo a seguir,
pesquisamos por “Aeroporto Viracopos”. Para pesquisar, você pode incluir o endereço completo, o
endereço parcial, o nome do local (praça, teatro, aeroporto, universidades etc.) ou as coordenadas
geográficas.
Figura 6. Visualização do item pesquisar
2.3 Camadas
Em “camadas”, conforme pode ser observado na Figura 7, podemos encontrar informações
gerais sobre os lugares. Essas informações são disponibilizadas previamente pelo programa. No
exemplo do Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado na cidade de Campinas/SP, foram
habilitadas as seguintes camadas: lugares, fotos, estradas, construções em 3D. Com um clique duplo
nos ícones gerados na imagem, é possível visualizar as fotos ou as informações indicadas pelo Google
Earth (veja a Figura 8).
Figura 7. Visualização das camadas.
Para visualizar imagens de um mesmo local tiradas em diferentes períodos, basta clicar no
ícone “mostrar imagens históricas” . A disponibilidade de imagens irá variar de acordo com a
localização. Perceba no exemplo a seguir a mudança na paisagem ocasionada pela expansão do
campus da UFSCar em Sorocaba (Figura 10). A primeira foto é de abril de 2011 e a segunda foto é de
abril de 2020.
No exemplo, a pasta foi nomeada como “UFSCar”. Após ser criada, selecionamos a pasta e
incluímos um marcador. Para criar um marcador, clique no ícone disponível na barra de ferramentas
. Assim que o ícone for clicado, será aberta uma janela com as informações sobre o marcador. O
ícone só poderá ser modificado enquanto a janela estiver aberta. É possível arrastar o marcador pela
imagem com o mouse. Na janela, há possibilidade de modificar o nome do marcador, incluir uma
descrição, alterar o estilo ou a cor, obter informações sobre a altitude (vaja a Figura 12). Aproveite
este momento para conhecer e explorar essa ferramenta.
nos ícones próprios para essas tarefas . Se houver necessidade de incluir qualquer
alteração em um polígono, caminho ou marcador já incluído na imagem, clique com o botão direito e
selecionar “propriedades”. Veja a Figura 13.
Se o seu interesse também é salvar uma imagem no formato .jpg e incluir elementos como
título, fonte, escala, legenda e orientação, basta clicar no ícone da barra de ferramentas. Habilite
as opções que você quer que apareça na imagem, modifique o tamanho dos elementos em
“direcionamento” e escolha o estilo da imagem – essa opção permitirá salvar a imagem em tons de
cinza, por exemplo. Ao concluir as indicações para o layout da imagem, clique em “salvar” (Figura 15).
um passeio, basta selecionar o caminho a partir do qual você deseja criá-lo e clicar no ícone .
O Google Earth gravará automaticamente um percurso pelo caminho indicado. Para salvá-lo
clique no ícone , conforme indicado na Figura 18, que aparecerá no canto inferior direito da
imagem e indique o nome do passeio criado.
Aparecerá um gráfico na imagem, conforme pode ser observado na Figura 22. O gráfico
contém as indicações de elevação do terreno. Ao movimentar o mouse no gráfico, observe a seta
vermelha indicada no caminho. Utilize essa ferramenta em caminhos com terrenos de diferentes
níveis de declividade e compare os gráficos apresentados.
Dica de vídeo!
Recomendamos como subsídio o uso do material audiovisual produzido por Ernesto
Carvalho em 2016, denominado “Nunca é noite no mapa”. Para acessar, CLIQUE AQUI!
5. Considerações finais.
Por meio do Google Earth é possível propor e desenvolver atividades que auxiliem no processo
de alfabetização cartográfica (RICHTER, 2010; CASTELLAR, 2017; SIMIELLI, 2009) e na compreensão de
noções básicas de cartografia. Por exemplo: Visualização de um mesmo objeto em diferentes
perspectivas (vertical, oblíqua e horizontal), indicação do papel da orientação, desenvolvimento das
noções de lateralidade e alteração da escala cartográfica no mapa, utilizando os recursos disponíveis na
bússola – Street View e Zoom; Visão bidimensional e tridimensional dos objetos espaciais através da
visualização das “Construções em 3D”; Seleção e Organização do conteúdo da legenda e de outros
elementos básicos de uma representação cartográfica (título, orientação, escala, fonte) através de
“opções do mapa”. Auxilia também na compreensão sobre o sistema de coordenadas ao habilitar as
“grades”, permite simular através da ferramenta “sol”, a variação de luz de acordo com o movimento de
rotação da Terra, ajuda na compreensão sobre o perfil de elevação do terreno a partir da qual podem
ser trabalhadas as curvas de nível e temas relacionados à geomorfologia e ao planejamento urbano.
6. Referências.
CALLAI, H. C. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. In:
Caderno Cedes. Campinas, vol. 25, n. 66, 2005, p.227-247.
CARVALHO, E. Nunca é noite no mapa. 2016. Disponível em: <https://vimeo.com/175423925>. Acesso
em 24 abr. 2020.
CASTELLAR, S. M. V. Cartografia escolar e o pensamento espacial fortalecendo o conhecimento
geográfico. In: Revista Brasileira de Educação em Geografia. Campinas, v. 7, n.13, 2017, p. 207-232.
HARLEY, B. Mapas, saber e poder. In: Confins [Online], n. 5, 2009. Disponível em:
<https://journals.openedition.org/confins/5724>. Acesso em 01 abr. 2020.
PASSINI, E. Y. Alfabetização cartográfica. In: PASSINI, E. Y (org.). Prática de ensino de geografia e estágio
supervisionado. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2013, p. 143-155.
PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, I. T.; CACETE, N. H. Para ensinar e aprender geografia. 3. ed. São Paulo:
Cortez, 2009.
RICHTER, D. Raciocínio geográfico e mapas mentais: a leitura espacial do cotidiano por alunos do ensino
médio. Presidente Prudente: Universidade Estadual Paulista. 320 f. Tese (Doutorado em Geografia),
2010.
SIMIELLI, M. E. R. Cartografia e ensino. São Paulo. Tese (Livre Docência em Geografia). Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), 1996.
SIMIELLI, M. E. O mapa como meio de comunicação e alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, R. A (org).
Cartografia escolar. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009, p. 71-93.
SOUSA, I. B. Geotecnologias aplicadas ao ensino de cartografia: experiência com o Google Earth e o GPS
no ensino fundamental II. In: Pesquisar. Florianópolis: UFSC, v.5, n.7, 2018, p. 1-17
STRAFORINI, R. Ensinar geografia nas séries iniciais: o desafio da totalidade mundo. Dissertação
(mestrado em Geografia). UNICAMP. Instituto de Geociências. 150 f. Campinas: s.n., 2001.
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