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Curso Educação de Surdos em Tempos de Pandemia

Atividade 1
Polo:UFSJ
Turma:07

A história vivida pelos surdos é marcada por discriminação por ser visto como
um deficiente incapaz, o que motivou uma constante luta por seus direitos. Em
nossos dias o Bilinguismo e o reconhecimento da identidade surda está recebem
destaque dentre as reivindicações da comunidade surda. A importância de se
comunicar com fluência em sua própria língua, sendo reconhecida e respeitada
como L1, possibilitando o desenvolvimento linguístico e cognitivo durante
desenvolvimento do processo de aprendizagem, e como L2 a língua portuguesa.
Os vídeos nos mostram que a Educação bilíngue permite que o aluno surdo
seja alvo de um processo educacional realizado em Língua de Sinais e que a Língua
portuguesa é garantida como segunda língua pelo Projeto Político Pedagógico
(PPP).
Destaca-se a importância de se conhecer o aluno surdo bem como o
processo que envolve o processo educacional inclusivo dos mesmos. Esta pergunta
é de suma importância, pois tange a irrealidade vivenciada pelos surdos, dentro e
fora do ambiente escolar
A capacitação dos professores para atuarem como docentes de alunos
surdos deve ser constante, partindo do princípio da conscientização básica aos
processos que envolve o ensino dos conteúdos, uma vez que é o professor que
deve ensinar e não o Intérprete de Libras que deve ser considerado com suporte ao
aluno surdo no processo de ensino/aprendizagem.
Não basta ter fluência em Língua Brasileira de Sinais, é necessário que a
metodologia e materiais utilizados estejam adaptados para atingir o nível de
aprendizado do aluno surdo, através da prática do bilinguismo. Respeitando a
individualidade de cada aluno, as disciplinas devem estar alinhadas aos recursos
pedagógicos, práticas pedagógicas adequadas e capacitação constante dos
profissionais da educação, afim de caminhar para o status de escola inclusiva.

Foi possível perceber que bilinguismo é exponencialmente eficaz na


educação do surdo e professores realmente capacitados proporcionam uma real
aprendizagem por parte dos alunos surdos.
Diante da realidade vivenciada pelo intérprete de libras que muitas vezes é
visto como único responsável pelo aprendizado do aluno surdo, além do material
didático não estar disponível em libras, percebe-se que estamos em um patamar
longínquo de um ideal inclusivo. São alunos surdos cujo direito a uma aprendizagem
eficaz tem sido substituído por processos de socialização.
Na minha cidade, é um consenso comum entre os alunos surdos em não
gostar de participar das aulas ministradas nas salas de recurso, uma vez que o
profissional não está devidamente qualificado e/ou habilitado para comunicar nem
tão pouco ensinar utilizando a Libras.
Com o advento da pandemia do Covid-19, novas metodologias foram
implementadas no intuito de se aproximar virtualmente dos alunos, o contato tornou-
se virtual, as atividades desenvolvidas pelos professores são em formato digital,
sendo assim utilizo os meios disponíveis para entrar em contato com meu aluno e
sua família. Faço a adaptação dos PETs que são totalmente desenvolvidos para
alunos ouvintes, sendo necessário que eu intervenha para que o aluno possa
compreender e desenvolver as atividades e cumprir as entregas necessárias. As
intervenções são realizadas através da família, pois o aluno é surdo e autista, e não
compreende o fato de estar afastado da escola, tendo sua rotina diária totalmente
alterada, isso faz com que ele fique muito agitado quando tendo uma interação
através de vídeo chamada como mesmo. Para evitar tal situação, foi acordado com
a família que a minha interação será sempre intermediada pela mãe do aluno.
Diante do exposta, finalizo enfatizando que sempre será necessário
desenvolver estratégias de ensino que tornem o aprendizado inclusivo e eficaz, que
somente será alcançado pelo aluno surdo a partir do momento em que a educação
bilingue for verdadeiramente colocada em prática.

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