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FOGUETE

COMO FUNCIONA O FOGUETE

O termo foguete aplica-se a um motor que impulsiona um veículo expelindo gases de combustão por queimadores
situados em sua parte traseira. Difere de um motor a jato por transportar seu próprio oxidante, o que lhe permite
operar na ausência de um suprimento de ar. Os motores de foguetes vêm sendo utilizados amplamente em vôos
espaciais, nos quais sua grande potência e capacidade de operar no vácuo são essenciais, mas também podem ser
empregados para movimentar mísseis, aeroplanos e automóveis.
O princípio básico para a propulsão de foguetes é a terceira lei de Newton - para cada ação há uma reação igual e
oposta -, cujo efeito pode ser observado em uma mangueira de água: quando a água escapa com força pelo bocal, a
mangueira é impulsionada para trás. Reduzindo-se o diâmetro de saída, esse empuxo será ainda mais forte. No
foguete, quando os gases queimados escapam em um jato forte através de um bocal comprimido, o engenho é
impulsionado na direção oposta. A magnitude do empuxo depende da massa e da velocidade dos gases expelidos.

Os motores de foguetes podem utilizar combustível sólido ou líquido. Os combustíveis sólidos contém um oxidante
intimamente misturado. O motor consiste em um invólucro e no combustível, com um sistema de ignição para dar
início à combustão e uma cavidade central para assegurar uma queima completa e por igual. Os motores de
combustível líquido são mais complexos, já que o combustível e o oxidante são armazenados separadamente e
depois misturados na câmara de combustão, mas são mais controláveis do que os motores de combustível sólido. O
oxigênio e o hidrogênio liqüefeitos são os combustíveis líquidos mais comuns.
O foguete de vários estágios

A maior parte da estrutura dos veículos espaciais é destinada ao transporte de combustível e oxidante. Acontece
que uma boa quantidade desse propelente é consumida no menor trecho da viagem: aquele feito dentro dos limites
da atmosfera terrestre. De fato, é durante esse percurso que é consumida considerável quantidade de energia,
principalmente para levantar do solo um veículo com o peso de milhares de toneladas.

Assim, vencido esse trecho, o foguete passa a carregar um peso inútil correspondente à estrutura destinada, no
início, ao transporte daquele combustível. Este fato faz logo pensar num sistema que permita abandonar parte dessa
estrutura. Recorre-se então ao sistema de foguete de vários estágios: o veículo é subdividido em dois, três e até
quatro elementos, tendo cada um a propriedade de se destacar do restante do foguete assim que o combustível por
ele armazenado chega ao fim.
Fonte: br.geocities.com

FOGUETE

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE VEÍCULOS PROPULSADOS A MOTOR

FOGUETE

Os veículos propulsados a motor foguete, baseiam-se no príncipio da ação e reação, para movimentar-se.

O motor foguete gera uma força reatora devido à expulsão de gases em altas velocidades e perda de massa,
gerando uma variação de sua quantidade de movimento traduzida na forma desta força reatora denominada
empuxo.

Esta força é, para um motor foguete representada pela seguinte equação:

O motor foguete gera uma força reatora devido à expulsão de gases em altas velocidades e perda de massa,
gerando uma variação de sua quantidade de movimento traduzida na forma desta força reatora denominada
empuxo.

Esta força é, para um motor foguete representada pela seguinte equação:


onde:

F - Empuxo (N)

Ve - Velocidade de ejeção dos gases (m/s)

dm/dm - Vazão mássica dos gases de combustão (Kg/s)

Pe - Pressão na saída do motor (N/m2)

Pa - Pressão ambiente (N/m2)

Ae - Área da secção transversal na saída do motor (m2)

A performance de um motor foguete é medida por um parâmetro denominado impulso específico e é definido pela
seguinte equação:

onde

Isp - Impulso específico (s)

g0 - Aceleração gravitacional ( 9,81 m/s2)

A tabela abaixo apresenta alguns valores típico de impulsos específicos para alguns tipos de motores:

TIPO DE MOTOR IMPULSO


APLICAÇÃO "STATUS"
FOGUETE ESPECÍFICO (S)

motor com propelente Fogos de artifício, Operacional


60 a 100
sólido (pólvora negra) espaçomodelismo (arcaico)

motor com propelente mísseis, veículos


sólido compósito ou base 150 a 280 lançadores, foguetes Operacional
dupla experimentais

mísseis, veículos
motor com propelente lançadores, foguetes
250 a 350 Operacional
líquido experimentais e
espaçonaves
motor com propelente mísseis, veículos
híbrido lançadores, foguetes
200 a 300 Experimental
experimentais e
(sólido + líquido) espaçonaves

motor nuclear
600 a 1000 espaçonaves Experimental
(reator de fissão)

Baseado no princípio da conservação da quantidade de movimento, a equação da velocidade de um veículo


propulsado a motor foguete, livre de qualquer ação de força externa (arrasto aerodinâmico, forças gravitacionais,
etc), é representada por:

onde:

V - Velocidade do veículo (m/s)

m0 - massa inicial do veículo (Kg)

mf - massa final do veículo (Kg)

obs.: ln ( ) é o logarítimo natural

Outro parâmetro importante neste estudo é o impulso total fornecido por um motor foguete. O impulso total é
representado pel seguinte equação:

onde:

IT - Impulso total (N.s)

tq - Tempo de funcionamento do motor foguete

Elementos Básicos de um Foguete

Um foguete é constituído básicamente pelos seguintes elementos básicos:


 Carga Útil;
 Reservatório de Propelente;
 Câmara de Combustão;
 Tubeira (Bocal DeLaval).

Carga Útil

A carga útil é o elemento pelo qual o foguete é lançado, pode ser por exemplo um experimento científico, cargas
militares (explosivos, etc) e tripulantes humanos ou animais. Esta carga útil pode ser lançada em trajetória balística,
ou pode ser lançada para entrar em órbita da terra ou num trajetória interplanetária, conforme as necessidades da
missão.

Reservatório de Propelente

O reservatório de propelente tem por objetivo armazenamento do propelente a ser convertido em gases de
combustão. Normalmente o reservatório de propelente se confunde com a fuselagem do foguete.

Convém ressaltar que num motor foguete a propelente líquido temos distinção entre os reservatórios de propelente e
câmara de combustão enquanto que num motor foguete a propelente sólido a câmara de combustão e o reservatório
de propelente se confundem.

Câmara de Combustão

Na câmara de combustão temos a conversão do propelente, normalmente sólido ou líquido, em gases, por uma
reação de combustão. O propelente é formado por substâncias oxidantes e redutoras. Numa câmara de combustão
temos gases formados à elevadas pressões e elevadas temperaturas e baixas velocidades subsônicas, por exemplo
nos motores do ônibus espacial mais especificamente nos SSME, cujo propelente é o oxigênio líquido e hidrogênio
líquido, temos uma pressão da ordem de 200 atm e temperatura de 3500 oC .

Tubeira (Bocal DeLaval)

A tubeira converte e direciona os gases de combustão gerados à uma alta temperatura, alta pressão e baixa
velocidade, através de uma expansão isoentrópica, num fluxo de gases à temperatura e pressão mais baixa e à
elevadas velocidades supersônicas.

Na entrada da tubeira, região convergente, temos os gases de combustão numa condição próxima da estagnação,
na região denominada garganta, onde temos a menor área de secção transversal, os gases atingem velocidade
sônica local, número de Mach igual a um, e na região divergente temos escoamento supersônico com número de
Mach maior que um.
Região Convergente Garganta Divergente

Número de Mach <1 =1 >1

Escoamento Subsônico Sônico Supersônico

Fonte: www.foguete.org

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