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Capítulo 1 - Metodologia Científica ......................................3


Capítulo 2 - Tipos de pesquisa .......................................... 13
Capítulo 3 - Ética na pesquisa ........................................... 15
Bibliografia .......................................................................... 19

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Sempre que o avião aparecer, é fim de capítulo.


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O método científico, também conhecido como processo científico, é


um conjunto de etapas que deve ser seguido para construir uma pesquisa.
Assim como nos esportes, na ciência também há um conjunto de regras e
etapas que devem ser seguidas para se jogar o jogo da maneira correta. São
as etapas necessárias que todos os cientistas devem cumprir para alcançar
uma conclusão sobre determinado fato ou problema, de maneira confiável e
segura.

Sabe de onde veio a metodologia científica? Se


pararmos para pensar, é curioso imaginar em que momento o ser humano

fez a transição de um ser


meramente caçador para
um ser observador e
filosófico, que começou a
dar asas à sua criatividade.
Bem mais tarde, o método
foi constituído. Confira essa
história de curiosidade e
descobertas!
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Passo a passo da Metodologia Científica


Assim como você viu no vídeo, a metodologia científica é dividida em 5
etapas, que a tornam mais didática e simples de ser seguida.

1 Observação
“Curiosidade: instinto que leva alguns a olhar pelo buraco da fechadura,
e outros, a descobrir a América.” - Eça de Queirós
Observação é quando passamos a enxergar a realidade com olhos
mais abertos, curiosos e atentos. É nela que resgatamos o olhar curioso de
uma criança.

A observação, muitas vezes, pode surgir da leitura

de uma notícia, de uma situação cotidiana ou de um problema pelo qual você


ou algum conhecido já passou. Surge também dos seus interesses, daquilo
que te chama a atenção. Você já deve ter ouvido falar de Isaac Newton. Entre
1664 e 1665, ele já se interessava sobre a questão da gravidade. E você, quais
são os seus interesses?

A observação nos leva à definição do problema

da pesquisa e de uma pergunta central, que será respondida nas próximas


etapas.

Exemplo! Seus pais saem para viajar e pedem que você regue as
plantas do jardim. Você esquece de regá-las, e
quando sua mãe está prestes a voltar, você
passa pelo jardim e percebe que diversos vasos
estão com as plantas mortas. No senso comum,
a simples observação de que as plantas
morreram sem água seria suficiente para
comprovar que "plantas precisam de água".
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Mas, na ciência, é preciso ir além! Diante disso, a sua observação


permite criar a seguinte pergunta: As plantas precisam de água para
sobreviver?

2 Pesquisa Bibliográfica
É procurar no conhecimento já existente a base teórica de que
precisamos para formular uma hipótese. É a etapa na qual se busca todo o
conhecimento que já existe na área em questão, construído por outros
cientistas, presentes em livros, artigos, reportagens, dentre outros arquivos.

Sempre. Especialmente depois de

encontrar uma questão de pesquisa que deixe você animado, curioso, ou até
indignado.

É essencial entender bem o problema da

pesquisa e tudo o que a ciência já sabe sobre o assunto. Nos projetos que tem
por objetivo propor uma solução para um problema real, é nessa etapa que se
busca conhecer todas as soluções já propostas, pois isso evita que alguém
crie algo que já existe ou resolva um problema que já tem solução. E mesmo
para os problemas que já possuem solução, é possível desenvolver uma
solução inovadora que seja mais rápida, mais barata, mais sustentável, etc.

Exemplo! Você lê livros e pesquisa sobre o desenvolvimento das


plantas, sobre o que é necessário para a sobrevivência de uma planta. Procura
também se há respostas para esse problema e encontra que seria interessante
se você pudesse pesquisar de maneira experimental quanto tempo as plantas
do jardim da sua casa conseguem sobreviver em restrição hídrica.
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3 Hipótese
“A melhor forma de prever o futuro é inventando-o” - Alan Kay
Depois de fazer a revisão bibliográfica, cria-se uma hipótese, que deve
ser justificada no conhecimento teórico existente. A hipótese é formada por
uma afirmação e com base nela será planejada a metodologia, para verificar
se essa hipótese é verdadeira ou falsa.

Sintetizar o que o cientista pode prever com

base em todo o conhecimento que já existe. A hipótese é a resposta que o


cientista espera encontrar ao final de sua pesquisa.

A hipótese responde à pergunta feita com base

no problema prévio, mas é a experimentação que confere a certeza da


veracidade ou não dessa hipótese.

Exemplo! Após ler muito sobre botânica, você percebe que diversos
autores afirmam que toda planta precisa de água, e você encontra relatos de
que a espécie que você tem em seu jardim (e que esqueceu de regar) precisa
ser regada de 3 em 3 dias. Então, você pode criar a hipótese de que “a planta
da espécie que há no seu jardim precisa periodicamente de água”.

4 Experimentação
Para testar a hipótese e atingir seu objetivo, desenvolve-se uma
metodologia. A metodologia da pesquisa descreve todos os passos que serão
tomados durante a experimentação.

A metodologia deve ser elaborada com as

etapas necessárias para responder à hipótese.


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Depois de ter uma hipótese, o cientista estuda

métodos já existentes para responder à sua pergunta de pesquisa. Ele pode


seguir uma técnica já utilizada ou desenvolver alguma nova.

Não se faz a experimentação sem antes ter uma

metodologia planejada. Com a metodologia descrita e detalhada dentro do


Plano de Pesquisa, basta pôr a mão na massa e fazer os testes necessários.

Exemplo:

Planeje, primeiro - É preciso definir antes qual será a espécie, em quais


condições será cultivada, quantas plantas serão utilizadas, quantos
tratamentos diferentes, quanto de água elas irão receber e quais serão os
diferentes tratamentos, nos quais o período de aplicação de água varia.

Algo como: Cultivar em temperatura ambiente e na sombra, mudas de


violeta, 5 plantas e 4 tratamentos diferentes (totalizando 20 plantas). O
tratamento 1 receberá água todos os dias, o 2 receberá água a cada 2 dias, o 3
receberá água duas vezes por semana e o 4 receberá água uma vez por
semana.

Depois, execute - e anote todos os parâmetros que você escolheu


acompanhar ao longo do tempo.

5 Resultados
“Existem muitas hipóteses em ciência que estão erradas. Isso é
perfeitamente aceitável, eles são a abertura para achar as que estão
certas.” - Carl Sagan
É a análise dos dados coletados na experimentação, que permite que
cheguemos aos resultados.
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É preciso que os dados sejam avaliados da forma

mais correta possível, considerando todos os fatores envolvidos e com muita


atenção, para evitar interpretações erradas. Resultados geralmente são
descritos na forma de números, de maneira objetiva.

Testar a veracidade da sua hipótese,

buscando responder à questão inicial que motivou a pesquisa.

Exemplo: Você poderia descrever quantas plantas sobreviveram em


cada grupo ao final de seu experimento. Você poderia dizer que 100% das
plantas que receberam água a cada 2 dias sobreviveram ao final do
experimento, enquanto 20% das que receberam uma vez por semana
sobreviveram.

6 Conclusão
É aquilo que os seus resultados permitem que você diga, é a avaliação
e interpretação dos resultados obtidos.

O cientista deve ter criado uma metodologia que

permita ter uma conclusão objetiva. Assim, a conclusão é aquilo que se pode
compreender com base nos resultados encontrados, a partir da execução
dessa metodologia.

Interpretar os resultados, fazendo isso de

acordo com o que podemos afirmar pelos dados, não de acordo com a nossa
opinião. A conclusão permite fazer uma reflexão global sobre o que você
encontrou na pesquisa, verificando a veracidade da hipótese estabelecida lá
no início.
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Exemplo! Na nossa pesquisa sobre a periodicidade com a qual se deve


dar água para as plantas, os resultados permitiram concluir que regar pelo
menos 2 vezes por semana foi essencial à vida das plantas testadas.

Além disso, poderíamos ter um palpite, ao generalizar o resultado e


afirmar que é possível que todas as plantas precisam de água nessa
frequência para sobreviver. Porém, isso não é uma garantia, já que não
avaliamos “todas as espécies de plantas”. Ainda bem, imagine como ficariam
os cactus nessa história?

Concluiríamos que a hipótese de pesquisa é verdadeira, pois a


metodologia utilizada permitiu gerar resultados que validam a afirmação de
que “a planta precisa ser regada periodicamente para que sobreviva”.

[Etapa bônus! -] 7 Próximos passos


“A ciência nunca resolve um problema sem criar pelo menos outros
dez.” - George Bernard Shaw

A ciência sempre tem novas questões a serem respondidas. Um


projeto pode gerar uma solução, que abre espaço para que melhorias sejam
feitas; pode gerar uma resposta que gera ainda mais perguntas. Afinal, quando
iniciamos uma pesquisa, temos ideias e hipóteses e não temos como saber os
resultados que virão, já que se pressupõe que a pesquisa sirva justamente
para trazer respostas que ainda não temos.

Quando isso acontece, é natural que o cientista volte alguns passos,


estude mais o assunto, reformule a hipótese (ou crie uma nova), mude sua
metodologia e persista mais uma vez. É assim que se avança.
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Alguns artigos científicos trazem, no final, sugestões de trabalhos


futuros que poderiam ser realizados para avançar em conhecimento na área,
como testar outra planta, conduzir o experimento por mais tempo, repetir no
verão, etc. Esteja atento a isso, também, é uma ótima fonte de ideias para
projetos interessantes.

Contam que Thomas Edison criou a lâmpada elétrica após 10000


tentativas. Quando o método científico não traz uma conclusão desejada,
basta voltar atrás e tentar mais uma vez, de preferência, de um novo jeito.

Outros métodos
Depois de entrar mais a fundo nas etapas do método científico,
podemos fazer uma distinção entre este e o método de engenharia e o método
de ciências humanas!

Enquanto o científico existe para entender e explicar nosso universo, a


partir de uma questão e uma hipótese, o método de engenharia costuma ser
utilizado para criar algo que resolva uma necessidade do mundo real, gerar
inovação ou um produto.

Vamos demonstrar brevemente quais são as etapas que o método da


engenharia segue:

1. Reconhecer necessidades

2. Definir o problema

3. Propor alternativas de solução


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4. Avaliar as alternativas de solução

5. Selecionar a alternativa preferida

6. Especificar a solução e comunicar o projeto

7. Implementar (fabricar e disponibilizar) a solução

8. Testar

9. Analisar

10 .Concluir

Assim, o método de engenharia foca em desenvolver um produto ou


solução para atender à necessidade previamente identificada.

Enquanto as ciências naturais lidam com fenômenos controláveis e


reprodutíveis em laboratório, as ciências humanas e sociais lidam com fatos
irreprodutíveis em laboratório e, muitas vezes, sob os quais não há controle.

O objeto de estudo das ciências sociais é a humanidade e suas


relações. Na visão de um pesquisador de humanas, os fenômenos estudados
advém das relações sociais e sua interface com outros objetos como:
território, economia, ambiente, ecossistemas, etc.

O pesquisador nas ciências humanas é sempre parte do estudo. Aliás,


isso acontece em toda a ciência, não só nas ciências humanas. Newton, por
exemplo, tinha prestígio na ciência, bons recursos, acesso ao conhecimento
acumulado por séculos sobre gravidade, e esses aspectos subjetivos
influenciaram inicialmente seu entendimento, atribuindo a gravidade ao éter e
etc, assim como a aceitação e reconhecimento de suas pesquisas. Em geral,
os artigos de Humanas costumam ressaltar a característica do pesquisador
ser parte da pesquisa. Portanto, a análise é sempre parcial e subjetiva.

O próprio método social pode ser dividido em duas abordagens:


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Qualitativa: Pode ser trabalhada, por exemplo, através de uma


pesquisa de campo, que consiste na coleta de dados necessários para a
confirmação da hipótese. Essa coleta pode ser feita por meio de pesquisas de
opinião, aplicação de questionários, preenchimento de formulários de uma
determinada população.

Quantitativa: Pode ser trabalhada na interface entre ciências humanas


e exatas. "Como assim?". Através de interpretações de dados estatísticos, por
exemplo. Essa abordagem é mais utilizada em ciências sociais aplicadas.

Como os objetivos são diferentes, as etapas


dos processos das três metodologias expostas têm
diferenças também. No universo dos projetos de
pesquisa desenvolvidos por jovens cientistas, essa
divisão nem sempre é clara e, muitas vezes, os
métodos se misturam. E tudo bem!

Você não deve se preocupar em entender as


diferenças, ou tentar se encaixar completamente em
algum padrão, pois muitas vezes as pesquisas transitam entre os diferentes
métodos para gerar uma conclusão.

O método científico não é uma mera formalidade: ele é um processo de


organização do trabalho e do pensamento científico, que otimiza o caminho
para que as conclusões sejam atingidas com maior facilidade. Pense e
organize sua pesquisa seguindo o método científico, caso contrário, você corre
o risco de estar fazendo um projeto legal, mas que não é científico!
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Existem diversos tipos de pesquisa que todo o jovem cientista pode


desenvolver. É importante salientar que, assim como na distinção entre
método científico e de engenharia, que falamos agora há pouco, em alguns
casos pode não haver uma fronteira bem definida entre os tipos de pesquisa.
Ou mesmo uma pesquisa envolver mais de um tipo para conseguir responder
à pergunta central.

Descubra quais são os tipos de pesquisa, conforme os classificadores,


e encontre aquele que melhor cabe na sua pesquisa.

Conforme o objetivo:
Exploratória - possui o objetivo de compreender determinado
fenômeno;

Descritiva - aquela que descreve características e dados referentes ao


objeto de estudo;

Explicativa - investiga por que algumas coisas contribuem para ou


determinam o acontecimento de algum fenômeno.

Conforme o procedimento:
Bibliográfica - realiza o levantamento de materiais já produzidos,
conecta informações e fornece uma explicação.

Experimental - onde, na prática, são controladas situações e variáveis


e estudadas o efeito de cada uma.
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Ex-post-facto - avalia e fundamenta as possíveis causas de um


fenômeno que já aconteceu.

De campo - se inserir em um meio de estudo, observar e compreender


determinados fatores-alvo.

Não existe um tipo certo ou errado, nem um tipo que é mais utilizado e
preferido pelos cientistas. O responsável por definir qual o melhor tipo de
pesquisa a ser adotado é o tema da pesquisa e o problema que ela está se
propondo a resolver. Lendo trabalhos de assuntos similares será possível você
encontrar um padrão de como essas pesquisas são conduzidas. Seu
orientador e seu mentor também podem trazer um auxílio!

Para saber mais sobre o assunto, recomendamos os livros:

Iniciação Científica para Jovens Pesquisadores - Fábio Ribeiro Mendes

Metodologia Científica ao Alcance de Todos - Celicina


Borges Azevedo. (Disponibilizamos o arquivo do livro em PDF para
download!)
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Toda a pesquisa científica, independente de ser realizada por


pesquisadores de nível médio, graduação ou pós-graduação e independente
do local, deve seguir princípios éticos na sua execução.

Os impactos das novas descobertas nem sempre são favoráveis ao


bem-estar dos seres humanos, de outros seres vivos e do meio-ambiente.
Exemplos são a bomba atômica, o uso abusivo de agrotóxicos, ou a tentativa
de clonar seres humanos. É justamente para tentar evitar resultados deste tipo
que a reflexão ética é necessária nas instituições ligadas à ciência.

A ética na pesquisa é um conjunto de práticas que tem como objetivo


preservar a integridade do pesquisador e do objeto de pesquisa (aqui entram
pessoas, animais, estrutura onde a pesquisa é desenvolvida, etc).

Quem? Comitês
O Comitê de Ética da escola, universidade, instituição ou do local onde
a pesquisa é desenvolvida avalia os projetos antes de a parte experimental ser
iniciada. Esse comitê solicita documentos e faz a conferência para garantir a
boa execução da sua pesquisa, para que nenhum envolvido corra nenhum tipo
de risco.

O Comitê de Revisão Científica, que é diferente do Comitê de Ética, é


organizado conforme demanda, por exemplo, na ocasião de alguma feira
interna ou outra necessidade de revisar os projetos ali desenvolvidos para a
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apresentação em algum evento. Ele avalia e seleciona os projetos, após a


parte experimental. A finalidade é avaliar se os projetos foram realizados
conforme princípios éticos estipulados.

As feiras de ciência também possuem Comitês de


Ética para a seleção dos projetos que irão integrar o evento.
A finalidade destes comitês é verificar se a pesquisa foi
conduzida dentro dos princípios éticos e também garantir
que, durante a pesquisa, nenhuma pessoa esteja exposta a
riscos. Muitos jovens levam até o seu estande elementos
utilizados na pesquisa e, se ele representar algum risco, o
comitê solicita que não seja levado até a feira. É o caso, por exemplo, de
pesquisas desenvolvidas com bactérias ou fungos nocivos, plantas que
produzem toxinas, aparelhos que emitem algum tipo de som… enfim, o comitê
irá zelar pelo bom andamento da exposição dos projetos na feira.

Como proceder?
Cabe ao aluno e ao orientador a tarefa de verificar a existência de
comitê de ética na instituição, quais são as regras e quais são as medidas a
serem tomadas. Para que seu projeto seja avaliado pelo comitê é necessário o
envio de alguns documentos que expliquem a ideia do projeto e as técnicas
utilizadas para a sua realização. Entre esses documentos, destacamos:

Plano de pesquisa; Contrato de convivência, responsabilidade e


publicidade: deve ser preenchido por um participante do projeto e é
geralmente exigido nas Feiras de Ciências com o intuito de garantir que os
alunos estão cientes das regras da feira e das regras básicas de convivência.
O contrato também autoriza a organização do evento a utilizar fotos, resumos,
entrevistas ou outras informações para publicação em meios de comunicação;

Formulários: Existem formulários gerais, de preenchimento obrigatório,


e também formulários específicos, conforme os materiais utilizados e os
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procedimentos realizados e cada pesquisa. Eles são padronizados para as


feiras brasileiras e seguem padrões de feiras internacionais.

Os formulários estão disponíveis junto às instituições ou aos


organizadores de feiras. Um exemplo é o setor de Regras de Segurança da
FEBRACE.

Confira quais formulários e documentos você deve preencher, quando


estiver escrevendo o Plano de Pesquisa e antes de iniciar a parte experimental
do projeto. Converse com o seu mentor e com o seu orientador sobre isso.
Também tenha estes formulários preenchidos e aprovados para que possa
inscrever o projeto em feiras. Você não deve se expor a riscos desnecessários,
oferecer risco a outras pessoas ou desenvolver um projeto que está em
desacordo com os Direitos Humanos ou que fere animais sem necessidade.
Para isso servem os formulários: garantir que você realizou seu projeto
prezando pela ética.

A ética na pesquisa serve para regular diversos fatores que envolvem o


projeto. Alguns exemplos:

As relações entre pesquisador, orientador, instituição e o local de


pesquisa (que também pode ser em uma universidade, ou pode exigir saídas
para coletas de dados e visitas);

As práticas realizadas no projeto, como o uso de animais, que deve


observar a biossegurança e as leis que regulam essas atividades, uso de
substâncias químicas com restrições legais ou nocivas à saúde, emprego de
máquinas e equipamentos perigosos;
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A ética na prática, com relação a seguir adequadamente a metodologia


proposta, não realizar fraudes científicas, plágio, uso de trabalho de terceiros
como sendo seu, falsificação de dados e de assinaturas.

Pode parecer muito complicado ou difícil de imaginar, mas a ética é


muito mais palpável do que se imagina. Além de inúmeros formulários,
contratos e comitês, a ética é feita por pessoas. Jamais se esqueça disso.

Por mais que a sua intenção seja boa, você deve prestar atenção para
desenvolver o projeto seguindo o que é ético, sem oferecer riscos aos outros
ou agindo incorretamente.

Uma leitura fortemente recomendada é a do texto “Razões


definitivas para você ser o maior crítico de você mesmo”, publicado no blog do
Cientista Beta. Nele, aproximamos o jovem cientista do conceito de ética em
situações comuns que todos já devem ter passado ou irão passar.
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DA DAMATTA, ROBERTO. Relativizando: uma introdução à antropologia social. 1981.

FEBRACE. ÁPICE – Metodologia Científica. Disponível em:


<http://apice.febrace.org.br/cursos/Metodologia-Cient%C3%ADfica/>. Acesso em:
abril de 2017.

FEBRACE. Metodologia de Engenharia. Disponível em:


<http://febrace.org.br/projetos/metodologia-de-engenharia/#.WQdlW_nyvIW>.
Acesso em: abril de 2017.

FIOCRUZ. Ética em pesquisa. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/etica-em-


pesquisa>. Acesso em: abr 2018.

MARTINS, Roberto de Andrade. A maçã de Newton: história, lendas e tolices. Estudos


de História e Filosofia das Ciências: subsídios para aplicação no ensino. São Paulo:
Livraria da Física, p. 167-89, 2006.

SOUZA, Dalva Inês de et al. Manual de orientações para projetos de pesquisa. Novo
Hamburgo: FESLSVC, 2013.

SOUZA, Dalva Inês de. Classificação da pesquisa. In: Projeto pesquisa: iniciação à
metodologia científica e método de engenharia. Disponível em: <
http://2014.febrace.org.br/arquivos/site/_conteudo/pdf/dicas-de-metodologia-de-
pesquisa.pdf>. 2008.

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