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Capítulo 1 - Comece com o porquê ......................................3


Capítulo 2 - O que preciso para iniciar um projeto? ............8
Capítulo 3 - Definindo o problema ..................................... 12
Capítulo 4 - Solução ........................................................... 17
Bibliografia .......................................................................... 19

Sempre que um ícone aparecer, há um link para você clicar.

Sempre que o avião aparecer, é fim de capítulo.


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A educação é muito mais prazerosa e efetiva quando nos conectamos


com o porquê das coisas. Vamos falar um pouco do Círculo Dourado?

Grandes líderes inspiram as pessoas a agir deixando claro o porquê, a


causa pela qual lutam, quais são suas motivações. O mesmo vale para vender
algum produto. As empresas mais bem-sucedidas deixam claro qual é a razão
pela qual existem e não o produto que oferecem. Já imaginou que quando
você fala do seu projeto isso ocorre da mesma forma? Somos motivados por
causas, pois todos queremos mudar nossa realidade para melhor e viver uma
vida com mais propósito. Nesse contexto, o Círculo Dourado é uma filosofia
muito efetiva para gerar engajamento, sendo versátil para muitas áreas, seja
em uma venda, em um projeto, na criação de algum produto, etc. e é por isso
que ele está aqui!

Círculo Dourado é uma representação criada por Simon Sinek, que


explica de forma brilhante como é possível cativar as pessoas ao seu redor e
também encontrar motivação dentro de você mesmo. Ele registrou tudo no
livro “Start With Why” (Comece com o
Porquê). O Círculo Dourado é uma
representação em que o porquê está
no centro, pois é a parte mais
importante. Só depois se fala no como
e no o que. Isso também se aplica à
forma como você está engajado na
jornada de ser cientista.
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Este vídeo onde o próprio Simon Sinek explica o Círculo Dourado é


imperdível!

Exemplos do uso do Círculo Dourado!


Para inspirar você ainda mais, vamos utilizar o Círculo Dourado para
lhe contar porque o Cientista Beta existe:

O Cientista Beta surgiu para causar transformação social e


desenvolvimento humano por meio da ciência. Esse é o nosso propósito. É
essa a razão pela qual tanta gente acredita no que estamos fazendo. E quando
você sabe o porquê de você existir, não tem medo de mudar a rota. Não é a
divulgação científica que nos define, nem os textos que publicamos, nem o
Programa Decola Beta; o que nos define é a vontade de mudar o mundo pela
ciência, de transformar a vida de jovens, revelar o potencial escondido em
cada um que chega até nós. Ser cientista é uma maneira de ser, e nós
acreditamos que quando nos enxergamos cientistas, podemos mudar o
mundo!
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A história do atleta Usain Bolt também é


exemplo do uso do círculo dourado como motivação:

É a vontade de se superar que fez com que o


Bolt seja campeão olímpico. Certamente, não é a
vontade simples de mover suas pernas e queimar
algumas calorias. Se você perguntar o porquê dele
treinar todos os dias, ele prontamente diz que quer buscar estar entre os
grandes, entre os semideuses, representar bem seu país e inspirar as crianças.
Há algo maior do que simplesmente correr, algo maior do que uma medalha
em si. O porquê de Usain Bolt vai além do ouro, a medalha é apenas “O que”
ele conquista quando atinge seu “porquê”.

O porquê de fazer pesquisa no ensino médio


Você, mentorado, sabe por que está fazendo um projeto científico? O
que te trouxe para o Programa Decola Beta?

Ao se apropriar da ciência e sentir-se capaz de desenvolver um projeto


científico em uma área que seja do seu interesse, os estudantes desenvolvem
protagonismo, proatividade e responsabilidade com o mundo em que vivem.
Todo jovem que se propõe a resolver um problema real por meio da ciência
redefine seus limites e passa a estar mais capacitado a ser um agente de
transformação, pronto para enfrentar os problemas do mundo contemporâneo.
Além disso, aprende a se comunicar melhor, trabalhar em equipe, desenvolver
disciplina e pensamento crítico, dentre muitos outros benefícios.

O processo consiste em encontrar um assunto que seja de seu


interesse, receber auxílio de um professor orientador e de um mentor, aprender
com os conteúdos do Decola Beta, utilizar os espaços da escola e institutos de
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pesquisa, interagir e aprender nas feiras de ciências. A experiência é cheia de


altos e baixos, desafios, dúvidas, inseguranças. Não há uma resposta prévia.
Sabemos de onde partimos, mas não há como prever onde iremos chegar. Na
zona de conforto não há risco, por consequência, não há crescimento. É por
isso que a essa vivência é tão significativa e proporciona tanto crescimento,
porque tira o estudante de sua zona de conforto.

O resultado é o desenvolvimento de um projeto científico. Além disso,


o jovem talvez conquiste prêmios, reconhecimentos e até mesmo bolsas em
universidades.

O porquê de você ter escolhido fazer pesquisa deve estar bem claro,
pois é a sua motivação intrínseca que irá levar tudo adiante, mesmo que você
esteja enfrentando a maior das adversidades. Desenvolver um projeto é belo e
recompensador, nós garantimos. Mas para que isso aconteça, o passo inicial é
que você saiba por que quer ser um jovem cientista. Uma vez que isso esteja
claro, você estará pronto para prosseguir e encontrar o porquê do projeto que
irá desenvolver.

Encontrando o porquê do seu projeto


É claro que um dos muitos porquês de desenvolver um projeto é
acreditar que a ciência é transformadora e que pode ser algo revolucionário.
Esse é o porquê geral. E o porquê do seu projeto? Já parou para pensar nisso?

O Círculo Dourado é uma forma de agir, pensar e comunicar. Assim,


vemos que os projetos científicos podem ter a sua motivação guiada pelo
porquê. A maioria deles, atualmente, é apenas um o que, para o qual há vários
comos. Trouxemos alguns exemplos para você ver como o Círculo pode ser
aplicado na sua jornada de pesquisa:
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O quê? Um método de detectar um agrotóxico na água e nas frutas.

Como? Por meio de um procedimento químico que envolve diferentes


colorações.

Por quê? Esse agrotóxico é cancerígeno para seres humanos e vem sendo
aplicado em larga escala na agricultura.

Gabriela Delela - Mentora em 2017.

O quê? Uma órtese robotizada de mão que permite que deficientes físicos
executem o movimento de pinça.

Como? Com um equipamento personalizado, escaneamento e impressão 3D.

Por quê? Não existe equipamento semelhante no mercado, os deficientes


devem usar adaptadores.

Lucas Kehl - Mentor em 2017

O quê? Substituição de adoçante artificial em produtos de panificação diet.

Como? Extraindo os fruto-oligossacarídeos da batata Yacon.

Por quê? Cerca de 10% da população mundial possui diabetes e consomem


uma grande quantidade de adoçantes artificiais que fazem mal a saúde.

Andrey Morawski - Mentorado em 2016

Afinal, pra que serve o círculo dourado? Para convencer os outros da


importância da minha pesquisa? Para conquistar ajuda? Mais do que isso,
meus caros! Você precisa encontrar o seu “porquê” pois é isso que lhe move!
Quando você tem claros os motivos que te levam a fazer pesquisa, você se
mantém firme nessa jornada, sem risco de ficar à deriva. Desistir torna-se
uma opção menos atraente quando você tem a clareza do seu “porquê”.
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Todo o projeto precisa de um problema, que irá nortear das ações.

Um problema pode aparecer como uma pulga atrás da orelha, ou a


partir de algo que você leu ou ouviu de alguém… No entanto, apenas ter um
problema não é suficiente. É preciso avaliar se isso gera um bom tema de
pesquisa, e estudar tudo o que há a respeito disso atualmente para ter certeza
de que você não estará “reinventando a roda” com a sua pesquisa. Qual é a
pergunta que te move? Qual é o problema que você quer resolver? Qual o seu
propósito?

“Se eu tivesse uma hora pra resolver um problema e minha vida


dependesse dessa solução, eu passaria 55 minutos definindo a pergunta
certa a se fazer” - Albert Einstein

Por que devo começar pelo problema?


A magia da ciência está em utilizar conhecimento para resolver
questões que, de alguma forma, representam uma adversidade para
determinada parcela da população e do ambiente em
questão. Por isso, nós acreditamos que a sua intenção
sempre deve estar focada em problemas reais.
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É importante falarmos em começar pelo problema pois, para muitas


pessoas, isso pode não ser tão trivial. É comum encontrar casos em que a
ideia do projeto é estabelecida primeiro e o pesquisador fica tão apaixonado
que o foco acaba sendo desviado do propósito principal. É como se você
começasse ao contrário, a partir do resultado que se deseja encontrar.

Agora no início, pense só em problema! Qual é o problema? Não pense


ainda em como isso pode ser resolvido!

O problema como oportunidade


A palavra “problema” pode assustar. Mas quem não gosta de
desafios? Fazer pesquisa é abraçar desafios e causar transformação real no
mundo.

Então, depois de pensar em algum problema que é relevante para você


e para a sociedade, você deve estudá-lo e planejar uma pesquisa que
contribua com o aprofundamento do conhecimento já existente. Alguns
exemplos!

1) Para encontrar a cura para um tipo de câncer, primeiro você deve


conhecer muito bem e saber quais os caminhos do desenvolvimento dessa
doença. Só assim será possível criar e testar medicamentos mais eficazes.
Aqui, é possível desenvolver inúmeros estudos que visem gerar esse
conhecimento tão necessário.

2) Você acredita que o ensino atual é ruim e precisa mudar mas, antes
de propor uma solução, precisamos conhecer o problema. Neste caso, é
fundamental uma pesquisa que reúna os depoimentos sobre as insatisfações
de alunos e professores, além de dados como desempenho escolar em provas
seriadas e etc.
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O problema deve ser formulado em uma frase. Você verá mais sobre
isso nos próximos capítulos. O problema do projeto do Andrey (que será
utilizado nos materiais como exemplo) era “É possível substituir os adoçantes
artificiais em produtos de panificação diet utilizando os fruto-oligossacarídeos
oriundos da batata Yacon?”

Temos também que ter em mente que nem todo projeto surge para
resolver um problema, diretamente. Há os que surgem para responder novas
perguntas, gerando novos conhecimentos. São pesquisas direcionadas para
descobrir algo até então desconhecido. Se você se questiona frequentemente
"por que isso acontece assim?", "como isso acontece?", "por que se repete
dessa forma?" pode ser que seu caminho seja esse. Então, podemos dizer que
o seu problema é justamente a ausência de uma resposta ou
explicação à uma pergunta. Alguns exemplos de perguntas: “Por que
sentimos dor após o exercício físico?”, “Uma célula da pele pode se tornar
um neurônio?”, “Como se desenvolve o câncer?”

Nunca perca o questionamento principal do seu projeto. Além disso,


tenha a certeza de que você fez a sua parte colaborando com um tijolinho para
que o grande objetivo fosse atingido.

Entendendo o problema
O jovem cientista deve ser o maior entendedor do assunto que se
propõe a estudar. Para isso pesquise. Pesquise muito. Não se preocupe em
escolher um problema que começa com uma grande questão. Você não
precisa tentar acabar com a fome do mundo sozinho em um ano. Pois não é
isso o que realmente importa. O importante na verdade é que o seu
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conhecimento sobre a questão escolhida seja suficiente e bem embasado,


independente de ser um problema pontual ou um grande problema.

Use o guia de pesquisa bibliográfica para entender como você pode


ficar por dentro de tudo sobre o problema e encontrar um ponto que pode ser a
oportunidade da sua pesquisa!
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Agora que você já sabe como encontrar informações sobre o problema


que você quer resolver e já sabe tudo sobre ele, é hora de delimitar o tema da
sua pesquisa.

A pesquisa deixa qualquer um empolgado, com vontade de salvar o


mundo e gerar a paz mundial. No entanto, é necessário reduzir a questão a ser
estudada até um ponto em que a realização seja viável. Isso não significa
realizar uma pesquisa insignificante, muito pelo contrário! Se considerarmos
todos os jovens de ensino médio que fazem pesquisa ao longo do planeta
inteiro, todas essas microrrevoluções se somam, se potencializam e criam
uma rede de transformação que pode sim salvar o mundo!

Na pesquisa, não dê um passo maior do que a própria perna. Um


passo de cada vez, sendo um passo bem dado, irá levar você muito
longe.

Menos é mais
Para ilustrar, trazemos uma história que vai mostrar que não só
o conteúdo de determinada questão é importante, mas também aquilo
que você decide retirar dela. Definir o escopo da pesquisa é importante
e tão importante quanto isso é definir o que é o não-escopo.
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Michelangelo, ao ser perguntado sobre como


havia feito a escultura de Davi (com quase 4,5 metros
em um só bloco de mármore, guardada na academia
Artes de Florença), disse:

Foi fácil, fiquei um bom tempo olhando o mármore,


até nele enxergar o Davi. Então, peguei o martelo e
o cinzel, e tirei tudo o que não era Davi!
Ou seja, Michelangelo foi capaz de construir
uma belíssima obra como a estátua de Davi apenas
retirando aquilo que não era necessário. Menos é mais.
Retire de forma inteligente o que não agrega à sua
pesquisa, aquilo que só iria gerar confusão. Foque no
que é essencial e naquilo que você é capaz de entregar.

Imagine que o tema que você escolheu é o uso de adubos orgânicos


como uma alternativa aos produtos químicos utilizados na agricultura. Esse é
um tema muito amplo, concorda? Existem inúmeras possíveis formulações de
adubos orgânicos atualmente, além da possibilidade de a pesquisa
desenvolver uma nova formulação. O termo agricultura também é bastante
abrangente, pois inclui todas as variedades cultivadas. O trabalho, agora, é
estudar a melhor forma de deixar o tema específico a ponto de ser possível de
ser empregado em uma pesquisa.

Como um bom problema deve ser


O problema deve ser formulado como pergunta. Transforme o
problema em uma questão, assim, o direcionamento da sua pesquisa
é responder a essa questão. Exemplo: A batata Yacon pode substituir
adoçantes artificiais em receitas de alimentos?

O problema deve ser claro, preciso e bem delimitado. Deve ser


informado o foco, o local e o tempo a que se refere à pesquisa.
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O problema deve ser empírico. Deve ter fatos verificáveis na prática e


não percepções pessoais.

O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável. Exemplo de


problema com dimensão inviável: “O que pensam as pessoas idosas?” Isto dá
margem a um campo muito amplo. Problema formulado, para dimensão viável:
“O que pensam as pessoas de 70 a 80 anos sobre a influência do uso da
tecnologia na velocidade do raciocínio dos jovens de 13 a 18 anos?“

O problema deve envolver as variáveis de estudo. Deve expressar a


relação entre duas ou mais variáveis. A pesquisa possui variáveis
independentes (aquela que você controla e varia conforme quiser; que é fator
determinante para que ocorra um determinado resultado; é o estímulo que
condiciona uma resposta) ou variáveis dependentes (é o resultado de algo que
foi estimulado; não é manipulada, mas é o efeito observado como resultado da
manipulação da variável independente). Exemplo! Na pesquisa "Como o stress
afeta a frequência cardíaca em humanos", a variável independente será o
stress e a variável dependente será a frequência cardíaca.

A questão estará bem formulada se, após a formulação da pergunta,


for possível ter respostas para algumas perguntas, como as abaixo:

Questão da pesquisa - Qual a influência de um adubo orgânico


produzido a partir do material “X” no crescimento da alface tipo americana, na
zona urbana de São Paulo, no inverno?

▪ O que vai ser medido, avaliado (variável dependente)?


Crescimento da alface

▪ Em função de quê (variável independente)? Adubo orgânico X


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▪ Sei o que será feito? Plantação da alface usando o adubo X e


avaliação do seu crescimento.

▪ Está delimitado? Especificação: crescimento da alface em


função do adubo “X”

▪ Onde? Zona urbana de São Paulo.

▪ Quando? No inverno.

Veja como o problema levantado inicialmente, sobre o uso de


orgânicos na agricultura, se torna agora bem mais palpável e com cara
de projeto científico.

Se no seu projeto você ainda não tiver resposta para alguma destas
perguntas, releia o material, anote suas dúvidas e converse com o seu mentor
e o seu orientador. Eles estarão à sua disposição para auxiliar neste tema. Não
hesite em pedir ajuda, pois escolher a pergunta certa a se fazer é a parte mais
importante de uma pesquisa (já disse Einstein).

O fator novidade
Além de ser viável e responder a todas as perguntas acima, é
necessário que o problema que você escolheu apresente algum tipo de
novidade e que seja relevante. Colocamos algumas reflexões que você deve
fazer:

Você sabe quantas pessoas se importam ou são afetadas pelo


problema escolhido e qual o grau de comprometimento que esse problema
causa a elas? É por isso que os projetos do Programa de Iniciação Científica
Decola Beta costumam tratar, por exemplo, de temas relacionados à saúde,
meio ambiente, transformação social, desenvolvimento de um produto…
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Se a resposta for não, você possui um campo de estudo inteiro para


explorar uma solução.

Se o problema já for resolvido de alguma forma,


você precisa garantir que estará fazendo algo diferente
daquilo que já existe. Neste caso, você possui mais
material para trabalhar, pois algumas pessoas já
pesquisaram sobre o tema, tentaram soluções e você
consegue identificar o que não dá certo, o que dá certo e
o que pode ser otimizado. Qual é o “furo”, a falha, que as
soluções atuais apresentam?
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Não temos!

Não há uma receita mágica que você deve seguir para chegar à solução
perfeita para o problema que você escolheu. Cada caso é único, cada
pesquisador é único. Se houvesse uma receita mágica, tenha certeza de que
nós traríamos ela aqui para você. Apesar de não termos uma receita mágica,
temos dicas!

Grandes hipóteses e, em função disso, grandes descobertas, foram


estruturadas a partir das mais simples situações do dia-a-dia. Assista aos
exemplos que Adam Savage traz nesse vídeo (ative as legendas!).

Nem sempre a primeira ideia que você


tem para solucionar o problema é, de fato, a
melhor solução que pode criar. Nosso cérebro
precisa ser alimentado com muita informação
sobre o assunto, e só então, estaremos aptos a
criar uma ideia que faça sentido (na teoria). Apenas uma pesquisa
bibliográfica com bastante empenho poderá determinar.

Entendendo com isso é resolvido atualmente


Além de saber tudo sobre o problema que você escolheu como tema
da pesquisa, é fundamental saber se esse problema é resolvido, atualmente.
Então, é uma tarefa do jovem pesquisador encontrar todas as formas de
resolução que já existem, para ver se alguém já teve antes a ideia que você
teve.
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Se você conseguir entender como essas soluções funcionam, poderá


ter ainda mais ideias para a sua pesquisa. Veja onde essas soluções são
falhas, quais os aspectos do problema que elas não atendem, quais os seus
lados bons e lados ruins: coloque tudo em uma balança. Ligue os pontos e
veja se formando, na sua frente, a imagem da hipótese e da pesquisa que você
irá desenvolver.

Qual é o meu diferencial?


Não importa se existem muitos estudos no seu campo de atuação. A
ciência é muito ampla e existem muitas pessoas além de você pesquisando,
no mundo todo. O que deve estar claro é aquilo que irá definir o que
diferencia a sua pesquisa das demais.

Alguns exemplos: você resolve o problema de maneira mais rápida?


Mais barata? De forma mais amigável ao meio ambiente? Com um processo
que é mais eficiente? Em uma região onde isso nunca foi feito? Em um grupo
onde isso nunca foi avaliado?

Isso precisa estar bem definido e também é um dos critérios de


avaliação do seu projeto em qualquer feira. Não faça mais do mesmo, não
tente reinventar a roda. Deixe a sua marca única na ciência!
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PORVIR. Aprendizagem baseada em projetos. Disponível em: <


http://porvir.org/especiais/maonamassa/aprendizagem-baseada-em-projetos/>.
Acesso em: abril de 2017.

SINEK, Simon. Start with why: How great leaders inspire everyone to take action.
Penguin, 2009.

SOUZA, Dalva Inês de et al. Manual de orientações para projetos de pesquisa. Novo
Hamburgo: FESLSVC, 2013.

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