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DL 12 - 2016 Altera Rempe
DL 12 - 2016 Altera Rempe
BOLETIM OFICIAL
2 151000 001136
ÍNDICE
ASSEMBLEIA NACIONAL:
Lei n.º 112/VIII/2016:
Altera o Código do Processo Penal, aprovado pelo Decreto-legislativo n.º 5/2015, de 11 de novembro.............. 390
Declaração de retificação:
Retificação à Lei n.º 109/VIII/2016, que estabelece o Regime Jurídico de Fundos Autónomos. ............ 391
Declaração de retificação:
Retificação à Lei n.º 103/VIII/2016, que altera a Lei nº 14/VIII/2011, de 11 de julho, que aprova o Regime
Jurídico das Entidades Reguladores Independentes nos Setores Económicos e Financeiros. ......... 391
CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-lei nº 12/2016:
Altera a Lei n.º 70/VIII/2014, de 26 de Agosto, que define o regime jurídico especial das micro e pequenas
empresas. .............................................................................................................................................. 393
Decreto-lei nº 13/2016:
Institui o Banco de Leite Humano (BLH) e o Posto de Colheita de Leite Humano (PCLH), e visa estabelecer
os requisitos para a sua instalação e funcionamento em todo território nacional, com o objetivo de
garantir a segurança sanitária do leite humano ordenhado. ............................................................ 394
Decreto-lei nº 14/2016:
Regula o processo de elaboração e implementação dos planos de ordenamento da orla costeira e do mar
adjacente. .............................................................................................................................................. 402
Resolução nº 14/2016:
Autoriza a contratação do Senhor João Semedo Silva, aposentado do Ministério da Educação e Desporto,
para exercer o cargo de Coordenador da Educação e Desporto em São Lourenço dos Órgãos, até ao
final do ano letivo 2015/16. .................................................................................................................. 415
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Resolução nº 15/2016:
Autoriza a contratação do Senhor Francisco Pereira Fernandes, aposentado do Ministério da Educação e
Desporto, para exercer o cargo de Delegado da Educação e Desporto em Santa Catarina de Santiago,
pelo prazo de 6 (seis) meses. ................................................................................................................ 415
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DO PLANEAMENTO:
Portaria nº 8/2016:
Autoriza a cedência à Fundação Amílcar Cabral, a título definitivo e gratuito, do prédio urbano registado na Câmara
Municipal da Praia sob a matriz número 16175 e descrito no Registo Predial sob o número 22235. ................. 416
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA:
Portaria nº 9/2016:
Instala a “Casa do Direito” de Achada Grande Frente, na Cidade da Praia – Ilha de Santiago. ......... 417
Portaria nº 10/2016:
Instala a “Casa do Direito” do Bairro da Boa Esperança, sedeada na Cidade de Sal Rei – Ilha da Boa Vista.............. 417
Portaria nº 11/2016:
Instala a “Casa do Direito” de São Filipe, situada na Cidade de São Filipe, Ilha do Fogo.................... 418
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Os órgãos próprios dos fundos autónomos compreendem 1. O Conselho Consultivo é composto por:
um órgão colegial com 3 três membros sendo o Presidente
do órgão de gestão designado de Gestor executivo, e a) Representantes das entidades reguladas ou das
um dos membros técnico do Ministério das Finanças e, organizações representativas das mesmas;
eventualmente, um Conselho Consultivo. b) Representantes dos consumidores ou utilizadores
Deve-se ler: interessados;
Artigo 9º c) Representantes de outros organismos públicos;
Órgãos dos fundos autónomos
d) Eventualmente, técnicos e especialistas independentes.
Os órgãos próprios dos fundos autónomos compreendem
2. O Presidente do Conselho Consultivo é eleito pelos
um órgão colegial com 3 (três) membros sendo o Presidente
membros do Conselho Consultivo.
do órgão de gestão designado de Gestor executivo, e
um dos membros técnico do Ministério das Finanças e, 3. Os restantes membros do Conselho Consultivo são
eventualmente, um Conselho Consultivo. designados pelas entidades referidas nas alíneas a) a c),
Onde se lê: à excepção dos referidos na alínea d), que são designados
pelo Conselho de Administração.
Artigo 17º
4. Nos casos de entidades reguladoras de actividades
(…)
económicas diferenciadas, o Conselho Consultivo pode
Alínea b) e c) ser organizado em secções.
Deve-se ler: 5. O Conselho Consultivo considera-se constituído
Artigo 17º quando tiverem sido designadas, pelo menos, 2/3 das
pessoas previstas no número 1.
(...).
6. A nomeação dos membros do Conselho Consultivo
Alínea a) e b)
é feita para mandatos sem duração fixa, podendo ser
Secretaria-Geral da Assembleia Nacional, na Praia, aos substituídos a todo o tempo, pela entidade representada,
23 de Fevereiro de 2016. – A Secretária-Geral, Libéria não podendo em caso algum exceder dois mandatos, sendo
Antunes das Dores Brito estes nunca superiores a cinco anos.
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de janeiro, que aprova o regime de retenção na fonte para a contratar técnicos de conta, para efeitos fiscais.
as pessoas singulares e coletivas, clarificando a retenção
na fonte, quando são pagos salários em atrasos no próprio 2. (…)
ano, tendo em conta a nova filosofia da retenção na fonte. 3. Sem prejuízo da legislação especial, as empresas
Assim, enquadradas no presente regime devem possuir um livro
de registo de compras e um livro de registo de vendas.
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
Artigo 32.º
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º (…)
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uma solução, cujo valor foi testado em vários países da c) Aliquotagem: retirada da amostra;
Europa e da América Latina, desde as primeiras décadas
d) Ambientes críticos: ambientes onde existe risco
do século atual.
aumentado de contaminação de indivíduos,
O BLH é um serviço especializado, responsável por ações alimentos ou produtos, em função da realização
de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno de procedimentos invasivos, procedimentos
e execução de atividades de colheita do excedente da assistenciais em pacientes imunodeprimidos
produção láctica de nutrizes. ou portadores de doenças infetocontagiosas e
manipulação assética de produtos ou alimentos;
É também o serviço responsável pelo processamento
e controlo de qualidade do leite humano ordenhado, e) Ambientes não críticos: ambientes onde o risco
assim como sua posterior distribuição, sob a prescrição de contaminação de indivíduos, de alimentos
de médicos ou nutricionistas. ou de produtos é semelhante ao observado em
ambientes não assistenciais;
Os BLH têm-se configurado como um dos mais
importantes elementos estratégicos da política pública f) Ambientes semicríticos: ambientes onde são
a favor da amamentação. realizados procedimentos não invasivos ou com
baixo risco de contaminação de indivíduos, de
Da experiência verificada e comprovada em outras alimentos ou de produtos, excluídos os ambientes
latitudes, fica claro, também por razões óbvias que se críticos;
prendem com a qualidade e segurança nutricionais,
que a instalação e o funcionamento dos BLH inspiram g) Armazenamento do leite humano ordenhado:
cuidados, a fim de serem evitados fatores de risco à saúde conjunto operações que visam a conservação
dos latentes e das mães, pedindo uma normatização do leite humano ordenhado;
técnica adequada das fases de colheita, processamento,
h) Área de higiene e paramentação: ambiente para
armazenamento, distribuição, controlo de qualidade do
a paramentação de trabalhadores, doadoras e
alimento e das condições físicas e higiénicossanitárias
demais usuários, servindo de barreira (controlo
dos estabelecimentos.
de entrada e saída) à entrada nos ambientes
Assim, de colheita e de processamento;
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No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do i) Banco de Leite Humano (BLH): serviço especializado,
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: responsável por ações de promoção, proteção
e apoio ao aleitamento materno e execução
CAPÍTULO I de atividades de colheita da produção láctica
DISPOSIÇÕES GERAIS da nutriz, do seu processamento, controlo de
qualidade e distribuição;
Artigo 1.º
j) Banco de Leite Humano de referência: banco de
Objeto
leite humano responsável pela implementação de
O presente diploma institui o Banco de Leite Humano ações estratégicas estabelecidas para sua área
(BLH) e o Posto de Colheita de Leite Humano (PCLH), de abrangência, com atribuição de desenvolver
e visa estabelecer os requisitos para a sua instalação e educação permanente, pesquisas operacionais
funcionamento em todo território nacional, com o objetivo de e prestar assessoria técnica;
garantir a segurança sanitária do leite humano ordenhado.
k) Boas práticas de manipulação do leite humano
Artigo 2.º ordenhado: procedimentos necessários para
Âmbito garantir a qualidade do leite humano ordenhado
desde sua coleta até a distribuição;
O presente diploma aplica-se a todos os serviços de saúde
públicos e privados que realizam atividades relacionadas l) Cadeia de frio: é a condição em que os produtos
ao BLH e ao PCLH. são mantidos sob refrigeração ou congelamento
desde a coleta até o consumo com o objetivo de
Artigo 3.º
impedir alterações químicas, físico-químicas,
Definições microbiológicas e imunológicas;
Para efeitos do presente diploma entende-se por: m) Colheita: refere-se à extração da secreção láctica
da nutriz;
a) Acidez Dornic do leite humano: acidez titulável
do leite humano ordenhado expressa em Graus n) Conformidade do leite humano ordenhado:
Dornic; atendimento aos requisitos de qualidade do
leite humano ordenhado;
b) Aleitamento materno ou amamentação: é uma
forma inigualável de fornecer alimentação o) Conservação do leite humano ordenhado: conjunto
ideal para o crescimento e desenvolvimento de procedimentos que visam à preservação
saudável dos latentes, como também uma das caraterísticas químicas, físico-químicas,
parte integrante do processo reprodutivo com imunológicas e microbiológicas do leite humano
implicações importantes para a saúde da mãe; ordenhado;
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Garantia
d) Paramentar as doadoras e os profissionais;
1. É garantido ao LH colhido, a segurança e a qualidade
e) Executar as operações de controlo clínico da doadora;
do leite, de modo a prevenir qualquer tipo de contaminação.
f) Receber, colher, selecionar, classificar, processar,
2. Deve ser assegurada a rastreabilidade do LH, desde
armazenar e distribuir o LHO e o LHOP;
a doadora até o recetor.
g) Promover ações de sensibilização e incentivo à
CAPÍTULO III
dádiva de leite materno;
ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS
h) Estabelecer ações que permitam a rastreabilidade
Artigo 9.º do LHO;
Requisitos de funcionamento dos serviços dos Bancos do
Leite Humano e dos Postos de Colheita do Leite Humano i) Registar as etapas dos processos;
1. O funcionamento do BLH e do PCLH obedece aos j) Dispor de um sistema de informação que assegure os
seguintes requisitos: dados de receção, triagem e registros, relativamente
às doadoras, recetores e produtos, tanto do BLH
a) O BLH deve estar vinculado a um hospital com como dos PCLH adstritos ao mesmo.
assistência materna e/ou infantil;
2. Os dados referidos na alínea j) do número anterior,
b) O PCLH deve estar vinculado tecnicamente a um podem ser disponibilizados às autoridades competentes, sem
BLH e administrativamente a um serviço de prejuízo do sigilo e privacidade, reservados aos mesmos.
saúde e/ou ao próprio BLH;
3. Incumbe, em especial, ao BLH:
c) A disponibilidade de instalações, meios materiais
e técnicos; a) Responder tecnicamente pelo processamento e
controlo de qualidade do LHO, procedente do
d) A existência de pessoal técnico, com formação e PCLH a ele vinculado;
competência na matéria;
b) Realizar o controlo de qualidade dos produtos e
e) O BLH e o PCLH devem possuir licença de processos sob sua responsabilidade.
funcionamento em estado de validade, emitida
pelo órgão competente. 4. Incumbe, em especial ao PCLH, colher, armazenar
e enviar o LHO para o BLH ao qual está vinculado.
2. A emissão da licença de funcionamento do BLH
e PCLH referida na alínea e) do número anterior é da 5. O BLH e o PCLH devem, no exercício das suas
competência do departamento governamental responsável atribuições e atividades, implementar as boas práticas
pela área da Saúde. definidas no manual técnico.
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3. Sem prejuízo da responsabilidade técnica do Diretor de 2. Os exames recomendados têm caráter preventivo, de
Serviço, as equipas do BLH e do PCLH, estão dependentes rastreamento e diagnóstico precoce de agravos à saúde,
de um responsável médico, cuja principal atribuição é inclusive de natureza subclínica, além de constatar a
a validação médica, mediante protocolos devidamente existência de doenças profissionais ou danos irreversíveis
definidos no manual técnico, dos critérios clínicos de à saúde do trabalhador.
doação de leite da doadora, após os procedimentos de Artigo 14.º
controlo clínico da mesma. Conduta do Pessoal
4. A função de Diretor de Serviço do BLH, é exercida 1. O acesso às áreas de manipulação do LH deve ser
em comissão de serviço ou contrato de gestão, sendo o restrito ao pessoal diretamente envolvido.
mesmo recrutado por concurso interno, de entre indivíduos
com formação específica e especializada na sua área 2. Os profissionais e doadoras devem estar devidamente
de intervenção, comprovada experiência profissional, paramentados de acordo com as orientações definidas no
competência técnica e idoneidade moral. manual técnico.
3. Os profissionais e doadoras devem ser orientados
5. A função de responsável técnico do PCLH é exercida
tanto na forma verbal como escrita das práticas de
por um enfermeiro, recrutado por concurso interno,
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higienização e antissepsia.
com formação específica e especializada na sua área de
intervenção, e experiência de, pelo menos, 8 (oito) anos 4. Fica vedado ao profissional, durante a realização
de serviço efetivo no BLH, ou em outro serviço da área do processamento do LHO, a atuação simultânea em
materno-infantil de uma estrutura de saúde. outros setores.
6. As equipas do BLH e do PCLH são formadas por CAPÍTULO V
enfermeiros, médicos, nutricionistas, biólogos, engenheiro
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
alimentar, dentre outros profissionais, preferencialmente,
com formação específica e especializada na sua área de Artigo 15.º
atuação. Instalações
7. O pessoal, que constitui as equipas acima referidas, é 1. A localização do BLH e PCLH devem ser distantes
provido nos termos da lei e regulamentos das estruturas de qualquer dependência que possa comprometer a
de saúde na qual se encontrem inseridos. qualidade do produto processado ou armazenado, sob o
ponto de vista químico, físico-químico e microbiológico.
8. O regulamento dos concursos referidos nos n.ºs 4
e 5 é aprovado por Portaria dos membros do governo 2. O BLH deve se situar o mais próximo possível de
responsáveis pelos setores da Saúde e da Administração um serviço de neonatologia.
Pública. 3. O BLH e o PCLH devem obedecer a um layout, que
Artigo 12.º permita bom fluxo operacional, evitando cruzamentos, e
que facilite a sua higienização.
Responsabilidades
4. O BLH deve dispor das seguintes instalações:
Aos responsáveis técnicos do BLH e do PCLH, incumbem,
especialmente, as responsabilidades de planear, implementar a) Sala para receção, registro e triagem das doadoras;
e garantir a qualidade dos processos, incluindo: b) Área para armazenamento de leite cru colhido;
a) O planeamento e a gestão de recursos humanos, c) Área para arquivo das fichas das doadoras;
materiais e equipamentos, necessários ao
d) Sala para ordenha;
cabal desempenho de suas atribuições, em
conformidade com a legislação vigente; e) Sala para processamento;
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Disposições gerais
e) Manter registos das manutenções preventivas e
corretivas disponíveis durante a vida útil do 1. O LHO deve obedecer as caraterísticas e normas de
equipamento ou instrumento. qualidade definidas no manual técnico do BLH.
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2. Qualquer LHO que não esteja apto para fins nutricionais b) Data e hora da primeira colheita;
e terapêuticos deve ser adequadamente inutilizado,
devendo ser registado o motivo da inutilização. c) Volume;
Rotulagem
1. O LHOP deve ser de elevada qualidade não podendo
ser veículo de propagação de doenças, para tal o BLH e o
1. O LHOC e o LHOP devem obrigatoriamente ser rotulados PCLH devem possuir um sistema de controlo de qualidade
com informações que permitam a sua rastreabilidade e que incorpore:
sua adequada e segura utilização.
a) Documentação de boas práticas de manipulação
2. Os rótulos das embalagens de LHOC devem conter do LHO;
no mínimo as seguintes informações:
b) Programa de controlo interno da qualidade,
a) Identificação da doadora; documentado e monitorado.
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especificações diversas referidos no presente diploma, é conjunto de reformas estruturais com vista a maximização
aprovado por Portaria do membro do Governo responsável das potencialidades do país e do crescimento económico
pela área da Saúde. sustentável, dinâmico, competitivo e inovador.
Artigo 35.º Nesse contexto, não pode deixar de se considerar
Entrada em vigor as questões associadas ao litoral, que é um espaço de
articulação e de junção do interface mar-terra-ar, frágil
O presente diploma entra em vigor 90 dias após a data e rico, com especificidades ecológicas muito vincadas, e
da sua publicação. muito diversificado quanto aos setores de atividades que
Aprovado em Conselho de Ministros de 7 de janeiro o utilizam, requerendo assim um planeamento e gestão
de 2016. integrados dos seus recursos, usos, ocupação, utilizações
e transformação.
José Maria Pereira Neves - Cristina Isabel Lopes da
Silva Monteiro Duarte - Maria Cristina Lopes Almeida O programa “Coastal region and Small Island” da
Fontes Lima UNESCO (1996) defende que a “coastal zone” corresponde
ao espaço onde a terra encontra o mar e onde a água
Promulgado em 24 de fevereiro de 2016
doce e água salgada se misturam, realizando a função de
Publique-se. tampão e de filtro entre a terra e o mar”. Esta definição de
litoral sublinha o seu caráter de lugar privilegiado para
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
situações de conflito, de fruição e de interações setoriais
ALMEIDA FONSECA
e políticas, mas pode acentuar também o seu caráter de
ANEXOS ente territorial distinto que decorre de ser o interface
mar-terra, que varia no espaço e no tempo em função de
ANEXO I
fatores naturais e humanos.
(a que se refere o n.º 2 do artigo 24.º)
Caraterísticas físico-químicas e organoléticas do Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Leite Humano Ordenhado Cru Económico (OCDE), “o eixo mar-terra pode, do lado terrestre,
abranger apenas uma pequena faixa ou estender-se à área
Caraterística Parâmetro aceitável das bacias hidrográficas, pois os limites da zona costeira
dependem dos objetivos visados, pelo que a extensão desta
Acidez Dornic Menor ou igual a 8º D
zona será determinada em função da natureza do problema
Off-flavor Ausente e dos objetivos dessa gestão”.
Sujidade Ausente
A má gestão do litoral resulta, muitas vezes, de
Cor (vermelho/marrom) Ausente
problemas relacionados com uma informação insuficiente ou
Crematócrito Maior ou igual a 250 Kcal/L inadequada sobre o estado das zonas costeiras e o impacte
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sobre as mesmas das atividades humanas, económicas e portaria referida no artigo 24.º, na aplicação do presente
não económicas, e ainda de uma coordenação insuficiente diploma são assumidos os conceitos técnicos e as respetivas
entre os diferentes níveis e setores da Administração, definições seguintes:
bem como entre as respetivas políticas, e finalmente, de
uma participação quase inexistente dos interessados. a) «Área costeira» qualificação conferida ao solo
quando aplicada no âmbito da elaboração dos
O Programa do Governo para a VIII Legislatura 2011 – planos urbanísticos;
2016, prevê no âmbito da Agenda Verde que se desenvolvam
b) «Áreas de risco» as áreas específicas incluídas
esforços para criação de uma atitude mais respeitadora da
nas faixas de risco definidas para litorais de
natureza e do ambiente, desenvolvendo-se esforços de promoção
arriba e litoral baixo e arenoso, as quais devem,
da biodiversidade marinha e proteção das costas.
sempre que possível, ser assinaladas como áreas
Nesse âmbito, previu-se o desenvolvimento de continuados de perigo ou zonas interditas, correspondendo:
esforços na área do planeamento e definição de regras i. Em litoral de arriba, às áreas existentes na base
claras de uso e transformação das áreas costeiras, e no topo das arribas com evidências localizadas e
preservação e reabilitação das praias e proteção da vida potencial de instabilidade elevados, onde, no curto
marinha, incluindo plantas marinhas, corais e espécies prazo, é expetável a ocorrência de movimentos
ameaçadas de extinção como as tartarugas. de massa de vertente;
Estes objetivos só são passíveis de se atingir com ii. Em litoral baixo e arenoso, às áreas que apresentem
a definição de regulamentação aplicável ao litoral, suscetibilidade elevada ao galgamento, inundação
nomeadamente aprovando o regime jurídico de elaboração, costeira ou a outros fenómenos hidrodinâmicos
aprovação e implementação dos planos de ordenamento extremos com perigosidade associada.
da orla costeira e do mar adjacente, cumprindo os
objetivos de preservação ambiental sem comprometer o c) «Domínio público marítimo» a área marítima que
sustentado desenvolvimento socioeconómico nacional e compreende:
local, só passível de ser alcançado com a adopção de regras i. As águas interiores e as águas arquipelágicas;
jurídicas que promovam o equilíbrio entre a preservação
e conservação da natureza com o desenvolvimento de ii. O mar territorial, seus leitos e subsolos;
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ocupação disciplinada, usos e atividades na orla costeira. iii. Os direitos de jurisdição sobre a zona económica
exclusiva e a plataforma continental, seus solos
Assim,
e subsolos;
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do iv. Todos os recursos vivos e não vivos existentes
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: nos espaços referidos nas subalíneas anteriores;
CAPÍTULO I v. A orla marítima, compreendendo as praias e os
terrenos das costas, enseadas, baías contíguas
DISPOSIÇÕES GERAIS à linha do máximo preia-mar numa faixa de
Artigo 1.º
80 (oitenta) metros de largura, salvo se a lei
estabelecer uma extensão da disciplina jurídica
Objeto para limites diferentes, desde que justificados
e devidamente fundamentados;
O presente diploma regula o processo de elaboração e
implementação dos planos de ordenamento da orla costeira vi. As zonas dos portos e respetivos cais, docas,
e do mar adjacente, adiante designados por POOC_M. acostadouros, terraplenos e outras obras e
construções marítimas neles existentes de
Artigo 2.º abrigo ou proteção ou destinadas especialmente
Âmbito de intervenção
às operações de exploração comercial e às
necessidades de tráfego;
A área de intervenção dos POOC_M incide sobre a orla
vii. As obras de construções marítimas afetas
costeira e compreende:
ao amparo das águas, ao serviço de polícia, à
a) Do lado de terra, uma zona designada por «zona conservação das vias marítimas e às necessidades
terrestre»; de navegação existentes nas zonas de domínio
público marítimo;
b) Do lado do mar, uma zona designada por «zona viii. As obras e construções fixas executadas pelos
marítima adjacente». concessionários, a partir do momento em que as
Artigo 3.º concessões forem revogadas, declaradas caducas
ou extintas.
Definições
d) «Faixas de risco» as faixas paralelas ao litoral,
Sem prejuízo de outras definições constantes de leis em identificadas nos POOC_M, destinadas à
vigor, nomeadamente, nos domínios do urbanismo e do salvaguarda das áreas sujeitas aos fenómenos
ordenamento do território, bem como das mencionadas na erosivos em litoral de arriba e arenoso face
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à ocupação humana existente, bem como à 3. Sem prejuízo das especificidades de regime definidas
prevenção desses impatos na evolução global pelo presente diploma, aos POOC_M, enquanto planos
dos sistemas costeiros; especiais de ordenamento do território, são aplicáveis:
e) «Linha de costa» – a fronteira entre a terra e o mar, a) A Diretiva Nacional de Ordenamento do Território
assumindo-se como referencial para a delimitação (DNOT);
da área de intervenção dos POOC_M o zero
b) As Bases do Ordenamento do Território e
topográfico;
Planeamento Urbanístico (LBOTPU);
f) «Litoral» – o termo genérico que descreve as porções
c) O Regulamento Nacional do Ordenamento do
de território que são influenciadas direta e
Território e Planeamento Urbanístico (RNOTPU);
indiretamente pela proximidade do mar;
d) Regime jurídico de identificação, gestão, monitorização
g) «Orla costeira» a porção do território onde o mar, e classificação das zonas marítimas balneares.
coadjuvado pela ação eólica, exerce diretamente
a sua ação e que se estende, a partir da linha de Artigo 5.º
costa até aos 1.500 (mile e quinhentos) metros, Elaboração, gestão e execução dos planos de ordenamento
no mínimo, para o lado de terra e, para o lado da orla costeira e do mar adjacente
do mar, até às 3 (três) milhas náuticas; 1. A elaboração, gestão e execução dos POOC_M
h) «Orla marítima» as áreas que compreendem as constituem atribuições e competências do departamento
praias e os terrenos das costas, enseadas, baías governamental responsável pelas áreas das infraestruturas
contíguas à linha do máximo preia-mar numa e do mar, sendo-lhe facultada a possibilidade de delegar
faixa de 80 (oitenta) metros de largura, sem essas mesmas competências em qualquer entidade do setor
prejuízo do disposto na subalínea v) da alínea c); público que melhor apresente condições para prosseguir
com o desenvolvimento, a valorização e a defesa dos
i) «Perigosidade» o perigo potencial associado à interesses públicos presentes na orla costeira.
ocorrência de fenómenos naturais suscetíveis de
causar danos a pessoas e bens, correspondendo 2. Os poderes de delegação referidos no número anterior
a produtos entre a sua intensidade e a sua são exercidos na Portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 24.º.
probabilidade de ocorrência; 3. Para o exercício das competências referidas no n.º 1,
2 151000 001136
j) «Plano de praia ou plano da zona marítima balnear» o departamento governamental responsável pelas áreas
o instrumento de ordenamento do território e das infraestruturas e do mar deve considerar o modelo
gestão da praia, que representa o conjunto de de governança a ser definido pela Estratégia Nacional
medidas e ações a realizar na praia marítima; para o Mar de Cabo Verde e o Cluster do Mar.
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e) A consideração da especial vocação da orla costeira de outros princípios de ordenamento a serem observados
para as atividades de recreio e lazer, turismo e na ocupação, uso e transformação da zona terreste da orla
piscatórias e outras atividades conexas; costeira e que devem enquadrar a elaboração dos POOC_M.
f) A consideração da identidade cultural como fator Artigo 8.º
de diferenciação e de especificidade de cada ilha. Objetivos gerais e específicos
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f) Porto Vale de Cavaleiro a Ilha do Fogo; 3. Os POOC_M que integrem uma ZDTI na sua área de
intervenção devem, no respetivo processo de elaboração, ser
g) Porto do Tarrafal na ilha de São Nicolau: compatibilizados com os objetivos que fundamentaram a
h) Porto da Furna na ilha da Brava; constituição dessa ZDTI, prevalecendo, nestes casos o regime
específico da mesma, salvo o disposto no número seguinte.
i) Porto Inglês na ilha do Maio;
4. O regime definido no âmbito dos POOC_M só prevalece
j) Terminais de pesca dos portos da Praia, Mindelo sobre o regime das ZDTI nas áreas afetas ao domínio
e Vale de Cavaleiros. público marítimo e outras áreas integradas na Zona A.
Artigo 13.º Secção III
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2. As áreas de risco, enquanto áreas onde é expetável Áreas Protegidas da Conservação da Natureza
a ocorrência de desmoronamentos ou queda de bloco no e da Biodiversidade
curto prazo, ou com suscetibilidade elevada ao galgamento, Artigo 21.º
inundação ou outros fenómenos hidrodinâmicos extremos,
devem, sempre que possível, ser sinalizadas no local como Função e regime
zonas de perigo ou zonas interditas.
1. A conservação da natureza e a declaração e proteção
3. Independentemente da utilização das zonas marítimas das áreas protegidas regem-se pelos princípios de ação
balneares e demais zonas da orla costeira, para a prática pública constantes da legislação específica em vigor neste
balnear ou para recreio e lazer, os utentes devem respeitar domínio.
a sinalética colocada que contenha, nomeadamente, a
2. Os princípios referidos no número anterior visam a
indicação de perigo de desmoronamento ou queda de
salvaguarda dos espaços naturais, paisagens, monumentos
blocos de arribas ou a indicação de zona interdita.
e lugares que, pela sua relevância para a biodiversidade,
4. Os utentes das zonas balneares referidas no número pelos recursos naturais em presença, pela sua função
anterior ficam ainda proibidos de transpor as barreiras ecológica e pelo seu interesse sócioeconómico, cultural,
de proteção existentes, nomeadamente aquelas que visem turístico ou estratégico, determinem a necessidade de uma
2 151000 001136
impedir o acesso a zonas sinalizadas com sinalética de proteção especial, que justifique a respetiva integração na
perigo ou interdição. Rede Nacional das Áreas Protegidas, contribuindo, assim,
para a conservação e o desenvolvimento autossustentado
5. É proibido destruir, danificar, deslocar ou remover a de Cabo Verde.
sinalética ou as barreiras de proteção existentes nas praias
e demais zonas da orla costeira, incluindo dunas e arribas. 3. As áreas afetas à proteção da natureza e da
biodiversidade integram a Rede Nacional de Áreas
6. Compete à AMP promover a identificação dos locais Protegidas e ficam sujeitas ao regime nelas estabelecido,
a sinalizar com os diferentes modelos de placas, cabendo nomeadamente quanto:
à câmara municipal com jurisdição na área proceder à
respetiva instalação. a) Ao regime de usos e proteção;
1. Nas zonas assinaladas como «zonas interditas», 2. O conteúdo material dos POOC_M observa o disposto
nomeadamente devido ao risco de desmoronamentos no Anexo II, que faz parte integrante do presente diploma.
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constar:
infraestruturas, do mar, do ambiente e do ordenamento
a) A identificação da área de intervenção do POOC_M; de território.
b) As linhas de orientação, princípios, objetivos gerais 4. Concluída a elaboração do POOC_M, a entidade pública
e específicos a atingir; responsável pela respetiva elaboração deve promover um
processo de concertação da proposta final com as entidades
c) Os interesses públicos prosseguidos;
que, no âmbito da CMC, hajam formalmente discordado
d) O âmbito territorial do POOC_M com identificação das orientações e disciplina definidas no POOC_M.
expressa da ilha abrangida e dos municípios que Artigo 26.º
a integram e que devem intervir no processo
de elaboração; Participação
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2. O período de discussão pública referido no número 2. A gestão da orla costeira referida no número anterior
anterior não deve ter uma duração inferior a 30 (trinta) deve ser realizada em consonância com o modelo de
dias, devendo ser publicitado com uma antecedência governança a ser estabelecido pela Estratégia Nacional
mínima de 8 (oito) dias em relação à data do respetivo para o Mar de Cabo Verde.
dia de início.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, a
3. A entidade pública responsável pondera as reclamações, competência pela execução e gestão do POOC_M é nos
observações, sugestões e pedidos de esclarecimento termos definidos no artigo 5.º realizada sob coordenação
apresentados pelos particulares, ficando obrigada a do membro do Governo com competência na área das
emitir uma resposta fundamentada perante aqueles que infraestruturas e do mar.
invoquem, designadamente:
4. A gestão e execução do POOC_M devem ser articuladas
a) A desconformidade com outros instrumentos de com a Estratégia Nacional para o Mar de Cabo Verde.
gestão territorial eficazes;
Artigo 30.º
b) A incompatibilidade com planos, programas e
Outras entidades envolvidas
projetos que deveriam ter sido ponderados no
âmbito do processo de elaboração do POOC_M; 1. Para efeitos do número anterior, devem também
ser envolvidas na gestão e execução do POOC_M as
c) A desconformidade com disposições legais e
entidades seguintes:
regulamentares aplicáveis;
d) A eventual lesão de direitos subjetivos. a) Agência Marítima Portuária:
Regras Gerais
1. Nos termos da lei em vigor, a gestão da orla costeira
é da responsabilidade do departamento governamental Artigo 31.º
com competências na área das infraestruturas e do mar,
Dinâmica
sem prejuízo das competências específicas atribuídas às
câmaras municipais e a outros setores da administração 1. Os POOC_M só podem ser objeto de alteração,
pública, com competências na área das pescas, as áreas correções materiais, de retificação, de revisão antecipada
protegidas ou o turismo, entre outras. e de suspensão.
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situações de natureza análoga a estas, podem ser retificadas sejam conformes, adequar-se aos mesmos no prazo de 3
nos termos da lei. (três) anos, contado da publicação em Boletim Oficial,
segundo o regime de revisão simplificada.
Artigo 33.º
Artigo 36.º
Revisão antecipada
Articulação
1. Os POOC_M podem ser objeto de revisão antecipada
1. O POOC_M deve respeitar o regime jurídico dos solos
desde que:
em vigor bem como as regras definidas pelas LBOTPU.
a) Fique demonstrada a necessidade da respetiva
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior bem como
adequação à evolução, a médio e a longo prazo,
do estatuído nos Esquemas Regionais de Ordenamento do
das condições económicas, sociais, culturais e
Território e nos Instrumentos de Planeamento Territorial,
ambientais que determinaram a elaboração
os princípios de ordenamento a serem observados na
do POOC_M, tendo em conta os relatórios de
ocupação e uso e transformação do solo na orla costeira
avaliação e execução relativos aos mesmos;
são os definidos no Anexo II, que faz parte integrante do
b) Fique demonstrada a necessidade de suspensão presente diploma.
do POOC_M, ou de determinadas áreas
3. Na área de intervenção do POOC_M sempre que
circunscritas deste, decorrentes de exigências
existam planos urbanísticos em vigor estes devem adequar-se
de interesse público nacional ou local que as
ao regime definido pelo POOC_M, conforme definido no
possam determinar.
n.º 3 do artigo anterior.
2. A revisão referida na alínea a) do número anterior Artigo 37.º
obedece à regra fixada no n.º 2 do artigo 32.º, devendo ser
Regime excecional
fundamentados os motivos que a justificam.
Artigo 34.º 1. Na área de intervenção do POOC_M sempre que não
existam planos urbanísticos em vigor aplica-se o regime
Suspensão
definido pelo POOC_M.
1. A suspensão, total ou parcial, de um POOC_M decorrente 2. Na área de intervenção do POOC_M e em caso
de exigências de interesse público nacional ou local só de conflito com o regime previsto nos instrumentos de
pode ser declarada por Portaria conjunta do membro do planeamento territorial em vigor, prevalece o regime
Governo responsável pelas áreas das infraestruturas e do definido pelo POOC_M.
mar e dos membros do Governo responsáveis pela tutela
de interesses protegidos ou das atividades disciplinadas 3. Nos casos referidos no número anterior quando não
pelo POOC_M, tendo em consideração o disposto no artigo 5.º se verifique a existência de conflito de regimes a aplicação
e no n.º 1 do artigo 24.º destes é feita cumulativamente.
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3. O incumprimento das disposições regulamentares do 3. Os anexos referidos nos números anteriores podem
POOC_M constitui contraordenação punível com coima. ser alterados a todo o tempo por portaria do membro do
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b) Deve evitar -se a abertura de estradas paralelas 4. Caraterização da área de intervenção quanto à
à costa; dinâmica costeira, nomeadamente:
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5. Caraterização da área de intervenção (à escala de possam constituir áreas de planeamento a ser objeto de
1:25.000 ou superior) quanto à situação atual, com base em planos específicos, com indicação de quais daqueles planos
levantamentos sistematizados da utilização do espaço e da devem ser considerados prioritários.
situação prevista com base em planos de âmbito regional,
municipal ou setorial, que atenda aos seguintes aspetos: 15. Definição das linhas gerais orientadoras do ordenamento
da área objeto do plano e proposta e identificação técnica
a) Levantamento e caraterização da situação atual de eventuais ações e medidas de emergência para as áreas
do solo e caraterização da ocupação prevista; identificadas como críticas.
b) Levantamento da ocupação do domínio público 16. Proposta de requalificação de áreas degradadas
marítimo; inseridas em núcleos urbanos com o objetivo de valorizar o
núcleo existente e a paisagem e na perspetiva de privilegiar
c) Levantamento e caraterização das infraestruturas
o uso público da faixa do domínio público marítimo,
ligadas aos portos comerciais, à pesca, ao desporto e
prevendo o eventual recuo controlado de edificações e de
recreio náutico e outras infraestruturas (existentes,
frentes urbanas e reordenamento urbanístico.
em curso e programadas);
17. Proposta de intervenção de defesa costeira, manutenção
d) Levantamento e caraterização das obras de defesa
e recuperação de obras existentes.
costeira existentes.
6. Caraterização socioeconómica. 18. Estudo prévio de ordenamento e definição de
programas base necessários à elaboração dos planos das
7. Caraterização dos núcleos urbanos existentes zonas marítimas balneares identificados como prioritários.
(dimensão, integração no meio, etc.).
19. Elaboração do projeto do plano e definição de um
8. Identificação e caraterização das principais fontes plano de intervenções.
poluidoras.
20. Elaboração dos projetos dos planos de zona marítima
9. Identificação e caraterização das situações críticas/ balnear.
risco (instabilidade, tipo de ocupação, etc.).
ANEXO III
10. Caraterização dos acessos existentes à faixa costeira.
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O Estatuto de Aposentação e de Pensão de Sobrevivência, A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
aprovado pela Lei n.º 61/III/89, de 30 de dezembro, que no ao da sua publicação e produz efeitos a partir do dia 18
seu artigo 15.º, disciplina as incompatibilidades referentes de junho 2015.
ao exercício de funções públicas por aposentados na
Administração Pública, foi alterado pela Lei n.º 39/VIII/2013, Aprovada em Conselho de Ministros de 4 de
de 17 de setembro, que por seu turno, estabelece excepções fevereiro de 2016.
à norma proibitiva de exercício de funções públicas por
aposentados. O Primeiro-ministro, José Maria Pereira Neves
num momento coincidente com a preparação do ano exercício de funções públicas remuneradas na Administração
letivo 2015/2016, que é um momento crucial e definidor Pública quando há lei especial que o permita, ou, quando,
do sucesso ou insucesso escolar; por razões de excecional interesse público, seja autorizado
Considerando a premente necessidade de manter por Resolução fundamentada do Conselho de Ministros,
algum equilíbrio na gestão pedagógica do Concelho de mediante proposta também fundamentada dos membros
São Lourenço dos Órgãos; do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da
Administração Pública.
Considerando, ainda, a necessidade de se aproveitar
a sua vasta experiência e o seu conhecimento profundo Pela presente Resolução procede-se à autorização para
desse território, resulta claro que estão reunidas as razões contratação do Senhor Francisco Pereira Fernandes,
de interesse público excecional para a contratação do funcionário aposentado do Ministério da Educação e
aposentado acima mencionado. Desporto, em outubro de 2014.
Assim, Considerando que o desligamento, por aposentação,
Ao abrigo dos artigos 15.º e 15.º-A da Lei n.º 61/III/89, do Senhor Francisco Pereira Fernandes ter sido dado à
de 30 de dezembro, na redação que lhe foi dada pela Lei estampa num momento de implementação de algumas
n.º 39/VIII/2013, de 17 de setembro; e medidas de política para o Setor da Educação;
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o Considerando a premente necessidade de se garantir a
Governo aprova a seguinte Resolução: continuidade e a estabilidade na implementação daquelas
Artigo 1.º medidas;
Autorização Considerando, ainda, a necessidade de aproveitar a
É autorizada a contratação do Senhor João Semedo sua vasta experiência e conhecimento, aliados ao seu
Silva, aposentado do Ministério da Educação e Desporto, forte engajamento neste processo, resulta claro que estão
para exercer o cargo de Coordenador da Educação e reunidas as razões de interesse público excecional para
Desporto em São Lourenço dos Órgãos, até ao final do a contratação do aposentado acima mencionado.
ano letivo 2015/16.
Assim,
Artigo 2.º
Remuneração Ao abrigo dos artigos 15.º e 15.º-A da Lei n.º 61/III/89,
de 30 de dezembro, na redação que lhe foi dada pela Lei
Pela prestação de serviços é atribuído ao aposentado n.º 39/VIII/2013, de 17 de setembro; e
contratado nos termos do artigo anterior, um abono de
remuneração de 1/3 (um terço) do valor ilíquido do salário Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
correspondente ao cargo acima mencionado. Governo aprova a seguinte Resolução:
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A Direção-Geral do Património e da Contratação Pública A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
fica incumbida de elaborar o auto de cedência nos termos da sua publicação.
do artigo 105.º do Decreto-Lei n.º 2/97, de 21 de janeiro. Gabinete do Ministro da Justiça, na Praia, aos 18 de
Artigo 5º fevereiro de 2016. – O Ministro da Justiça, José Carlos
Lopes Correia
(Reversão)
––––––
O prédio reverter-se-á a favor do Estado de Cabo Verde,
caso houver desvio do fim que o justificou. Portaria nº 10/2016
Artigo 6º de 1 de março
(Entrada em vigor)
O Decreto-Lei n.º 62/2005, de 10 de Outubro, criou as
“Casas do Direito”. As casas do Direito são estruturas
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao vocacionadas para promover o acesso à justiça e ao direito
da sua publicação. e são pontos de encontro do cidadão, abertas a todos e
entregues à comunidade, a fim de promover a cultura de
Gabinete da Ministra das Finanças e do Planeamento, paz e garantir o pleno exercício da cidadania e ainda com
2 151000 001136
aos 24 Fevereiro de 2016. – A ministra, Cristina Duarte o objectivo, entre outros, de promover o conhecimento dos
direitos humanos e cívicos bem como as regras do Direito
––––––o§o––––––
vigente em Cabo Verde. De harmonia com o disposto no
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Decreto-Lei nº 31/2005, de 9 de Maio, que regula o uso
da Mediação, na resolução dos conflitos, podem ainda
–––––– as Casas do Direito funcionar como centro de mediação,
enquanto meio alternativo não judicial de composição dos
Gabinete do Ministro litígios, baseados na voluntariedade e acordo das partes;
Portaria nº 9/2016 Tendo em atenção o disposto no artigo 16º do Decreto-
Lei n.º 62/2005, de 10 de Outubro, que Cria as “Casas
de 1 de março
do Direito”;
O Decreto-Lei n.º 62/2005, de 10 de Outubro, criou as No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205º
“Casas do Direito”. As casas do Direito são estruturas e pelo n.º 3 do artigo 264º da Constituição;
vocacionadas para promover o acesso à justiça e ao direito
e são pontos de encontro do cidadão, abertas a todos e Manda o Governo da República de Cabo Verde, pelo
entregues à comunidade, a fim de promover a cultura de Ministro da Justiça, o seguinte:
paz e garantir o pleno exercício da cidadania e ainda com Artigo 1.º
o objectivo, entre outros, de promover o conhecimento dos Instalação
direitos humanos e cívicos bem como as regras do Direito
É instalada a “Casa do Direito” do Bairro da Boa Esperança,
vigente em Cabo Verde. De harmonia com o disposto no
sedeada na Cidade de Sal Rei – Ilha da Boa Vista.
Decreto-Lei 31/2005, de 9 de Maio, que regula o uso da
Mediação, na resolução dos conflitos, podem ainda as Artigo 2.º
Casas do Direito funcionar como centro de mediação, Produção de efeitos
enquanto meio alternativo não judicial de composição dos
A presente portaria produz efeitos desde 10 de julho
litígios, baseados na voluntariedade e acordo das partes;
de 2013.
Tendo em atenção o disposto no artigo 16º do Decreto- Artigo 3.º
Lei n.º 62/2005, de 10 de Outubro, que Cria as “Casas Entrada em vigor
do Direito”;
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205º da sua publicação.
e pelo n.º 3 do artigo 264º da Constituição;
Gabinete do Ministro da Justiça, na Praia, aos 18 de
Manda o Governo da República de Cabo Verde, pelo fevereiro de 2016. – O Ministro da Justiça, José Carlos
Ministro da Justiça, o seguinte: Lopes Correia
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I SÉRIE
BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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