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Localização geográfica de Moçambique (incluir mapa se possível)


SOBRE MOÇAMBIQUE
Localização geográfica
Moçambique é um país da costa oriental da África Austral que tem como limites: a norte, a
Tanzânia; a noroeste, o Malaui e a Zâmbia; a oeste, o Zimbabué, a África do Sul e a
Essuatíni; a sul, a África do Sul; a leste, a secção do Oceano Índico designada por Canal de
Moçambique.

Mapa de Moçambique dentro do continente africano e bandeira de Moçambique com os


devidos significados da sua composição.

Área total de Moçambique é de cerca de 799 380km²,


A densidade populacional é de cerca de 30 000.000 de habitantes, (censo populacional de
2019).

Fonte:
Contextualização histórica
O primeiro hino nacional de Moçambique
A chegada dos portugueses em Moçambique em 1498, marcou o início da colonização deste
país que durou cerca de meio século, até a proclamação da independência o que veio a
acontecer em 25 de Junho de 1975.
Como está indicado atrás, Moçambique ganhou a sua independência nacional a 25 de de
Junho de 1975, tendo sido proclamado como República Popular de Moçambique. Entre os
grandes símbolos de uma nação incluem-se a Bandeira Nacional, o Emblema Nacional e o
Hino Nacional. O título do Primeiro Hino Nacional “Viva, Viva a FRELIMO” é por si só, um
grande testemunho da libertação do país, que resulta de uma luta política e armada dirigida
pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), mais tarde rebatizada como Partido
FRELIMO. Isto explica, em boa medida, a situação invulgar de um Hino Nacional que
começa por invocar uma força política, uma situação em que é natural existirem outras forças
políticas.

Para a criação do Hino Nacional do Moçambique independente lançou-se um concurso


público através da imprensa pelo qual a FRELIMO, o movimento de libertação nacional que
trouxe a liberdade e a autodeterminação, exortou o povo moçambicano a produzir o seu Hino
Nacional. Vejamos a seguir alguns extratos do artigo contendo as características essenciais
para o hino pretendido conforme se pode ver neste extrato da página 45 da revista Tempo de
26 de Abril de 1975:

A luta vem de longe. Quinhentos anos de opressão e exploração foram-no também de resistência
permanente que confluíram em 10 anos de luta armada. Hoje, o poder é do povo e o povo usa esse poder
para conduzir o país à construção de uma sociedade onde o homem, armado de uma nova mentalidade,
veja finalmente, satisfeitas todas as suas aspirações. Tudo isso o hino deverá cantar. E para exprimir com
realismo o verdadeiro sentir do povo, deverá ser feito pelo povo, numa forma simples, embora dinâmica
e expressiva.
A FRELIMO lança, pois um apelo à capacidade criadora do povo para que, do Rovuma ao Maputo,
usando e adaptando a enorme riqueza da sua cultura musical, todos apresentem composições.
De entre todas a mais bela será escolhida como HINO NACIONAL

(revista Tempo [Maputo] 1975 (232):45)

O Advento da democracia multipartidária e o fim do Primeiro Hino nacional

No ano de 1990, o então Parlamento Moçambicano – a Assembleia Popular – aprovou a nova


constituição da República de Moçambique pondo termo ao regime monopartidário e
instituindo um sistema de democracia multipartidária. Entre os principais frutos desta
importante abertura política, podem-se apontar (1) as negociações entre o Governo de
Moçambique, liderado desde a indepenência nacional pela FRELIMO, depois Partido
FRELIMO, e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), em guerra desde finais da
década de 1970, que culminaram com a assimatura , em Roma, do Acordo Geral de Paz de
1992; (2) o surgimento de muitos partidos políticos em Moçambique, os quais, à semelhança
da RENAMO, se opunham à FRELIMO e pretendiam conquistar o poder político e governar
o país; e (3) a realização das primeiras eleições gerais multipartidárias em 1994.

Num ambiente de semelhante pluralismo político, não era senão natural que cedo se
erguessem vozes a exigir o abandono de um hino nacional que, ao começar por “Viva, Viva a
FRELIMO,” era uma ode a um dos partidos políticos, e substituição do mesmo por um outro
que pudesse ser o manto que cobre todos os moçambicanos, independentemente da sua
filiação político-partidária. Foi assim que pela sua resolução N◦. 26/95, de 13 de Outubro, o
novo Parlamento saído das eleições gerais de 1994 - a Assembleia da República -, foi
constituída a Comissão ad hoc para a Revisão do Hino Nacional, cuja missão era orientar os
esforços para a adequação do Hino Nacional às profundas alterações operadas no cenário
político nacional, a partir da Constituição da República de 1990, entre as quais se destacava o
multipartidarismo. A realização de um concurso de carácter nacional foi o método julgado
mais apropriado para se alcançar tal objetivo. Assim, foi preparado e lançado o Concurso
Nacional para a Revisão do Hino Nacional, cujo âmbito era alterar a letra ou poema do Hino
Nacional, eliminando o que estivesse desajustado da realidade e introduzindo aspetos que
refletiam a realidade presente e futura do país ou apesentar uma letra ou poema
completamente novos, refletindo a nova orientação e objetivos da República de Moçambique.

Quanto à música, o objetivo anunciado era o de manter ou preservar a música do Hino


Nacional em vigor, cuja melodia, no entanto, sofreria ligeiras adaptações para melhor
integração com a letra.

Apesar destes elementos, veio a vencer a corrente que defendia a mudança complete do Hino
Nacional, o qual deveria ter nova música e nova letra! Foi assim que, pela sua resolução
N◦…. /2002, a Assembleia da República veio a aprovar o novo Hino Nacional de
Moçambique, “Pátria Amada,” da autoria do etnomusicólogo Salomão Manhiça,
substituindo, a partir de então o hino “Viva, Viva a FRELIMO,” do Maestro Justino
Chemane.

Fonte: monografia de Feliciano de Castro Comé em Novembro de 2010 com o título


PRIMEIRO HINO NACIONAL DE MOÇAMBIQUE: sua história e análise dos seus elementos
estruturais

Processo de Criação do Hino Nacional Pátria Amada


O Jornal Notícias de 4 de Abril de (2002:4) veiculou a informação da decisão presidencial de
Moçambique no sentido de buscar-se outro Hino que respondesse a realidade do país,
vejamos:
“Em 1984, cumprindo uma decisão tomada pelo Presidente Samora Machel, poetas, musicólogos,
artistas e intelectuais moçambicanos nomeadamente Salomão Manhiça, Albino Magaia, Mia Couto,
José Vedor, Gulamo Khan, Justino Chemane, Professor Yana, Rui Nogar e Calane da Silva juntaram-se
durante um mês para a composição de Hinos e outros símbolos para o país. (…) Nessa altura, Machel
tinha a consciência de que o Hino em vigor Viva, viva a Frelimo era um Hino partidário pelo que, era
imperativo que o país tivesse um Hino que cobrisse todos os Moçambicanos.”

Embora houvesse uma consciência da necessidade da mudança do Hino em Vigor, o


processo da mudança deste foi lento. Novamente, Moçambique se vê mergulhado
numa nova luta armada entre a Frelimo e a Resistência Nacional Moçambicana
(RENAMO), confrontação esta que durou 16 anos, que veio a conhecer o seu fim em !
992, mediante assinatura de acordos de Paz em Roma (Itália), propondo-se eleições
para o ano de 1994.
Mesmo com o multipartidarismo implantado em Moçambique, o Hino continuava
sendo entoando despertando fortes críticas, principalmente por parte das pessoas não
filiadas ao partido no poder.
É neste contexto que, a Renamo (o então maior partido da oposição), propõe
mudanças na constituição que levaram o governo a criar uma comissão para revisão
do Hino Nacional.
Foi criada uma comissão Ad Hoc, que deveria apresentar o resultado do processo da
revisão do hino, num prazo de 1 ano, data a contar a partir de 1 de fevereiro de 1996,
como relata um dos seus membros:

“Os passos seguidos foram a criação da comissão ad hoc com missão de rever o Hino que teve algumas
fases. O que se pretendia inicialmente era uma nova letra metida no Hino anterior. Ora isso também
não foi bom, pois a mudança da letra não teve bons resultados ou sucesso na melodia anterior. Na
segunda fase se abriu espaço para que se fizesse nova música e letra através de um concurso. (…)
Entretanto havia-se criado condições técnicas para corpo técnico composto por um funcionário da
Assembleia e um documentalista contratado para o efeito. Abriu-se espaço para guardar no Banco de
Moçambique aquilo que fossem as propostas de Hino recolhidas em todo o país. E também foi
contratado um assessor da parte técnica portanto, a parte artístico cultural que era uma pessoa “ (expert)
” nessas matérias e em função disso também foi criado um júri. (…) Foi criada uma comissão que
tivesse membros provenientes da Sociedade civil que tinha que analisar as propostas e classificá-las.”

A comissão criada abriu um concurso público para efeitos de candidatura de propostas de hino
Nacional, tal como aconteceu antes da independência. Vejamos o relato de Chitsondzo (membro da
comissão).

“Os passos seguidos foram a criação da comissão ad hoc com missão de rever o Hino que teve algumas
fases. O que se pretendia inicialmente era uma nova letra metida no Hino anterior. Ora isso também
não foi bom, pois a mudança da letra não teve bons resultados ou sucesso na melodia anterior. Na
segunda fase se abriu espaço para que se fizesse nova música e letra através de um concurso. (…)
Entretanto havia-se criado condições técnicas para corpo técnico composto por um funcionário da
Assembleia e um documentalista contratado para o efeito. Abriu-se espaço para guardar no Banco de
Moçambique aquilo que fossem as propostas de Hino recolhidas em todo o país. E também foi
contratado um assessor da parte técnica portanto, a parte artístico cultural que era uma pessoa “ (expert)
” nessas matérias e em função disso também foi criado um júri. (…) Foi criada uma comissão que
tivesse membros provenientes da Sociedade civil que tinha que analisar as propostas e classificá-las.”

Findo o prazo estabelecido para o trabalho desta comissão, nenhum resultado esperado foi alcançado.
Em 1999, tiveram lugar as segundas eleições presidenciais, tendo delas saído um novo governo
pertencente ao partido Frelimo, e com a mudança de governo, dissolveu-se a comissão Ad Hoc.

MAJESCORAL
E uma associação constituída por cerca de 40 membros moçambicanos, virado
essencialmente à Pesquisa e Divulgação da Música e Ritmos de Moçambique, sem fins
lucrativos, que interpreta diversos géneros musicais tais como: tradicional, popular, jazz,
clássico-erudito, folclórico, gospel e outros.
É um grupo coral detentor de uma personalidade jurídica outorgada pelo governo de
Moçambique em 2007 e publicado no Boletim da República (BR, 3º Suplemento, III Série nº
19 de 14 de Maio de 2007)

AINDA EM PROCESSO DE REDAÇÃO


1. O problema de incompatibilidade entre a partitura aprovada e a versão gravada
pelo majescoral em 2002.
Plano de trabalho implementado por mim
 Linguagem musical (matérias e objetivos)
 Ensaios (parciais e coletivos) – objetivos
 Viagem para a gravação e descrição do processo.
Resultado final da gravação

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