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Lucrécia conta como surgiu o movimento artístico em Moçambique e como iniciou sua carreira
na arte. Como citado, anteriormente a desvinculação do país da metrópole (Portugal), deu
início a essas ações, a partir disso iniciaram-se a formação de grupos artísticos polivalentes
incentivados pela política de homem novo criada pelo governo que visava a construção de uma
consciência cultural, o que impactou diretamente na arte. O povo que antes era reprimido
passou a ter liberdade de se expressar, inclusive Lucrécia Paco que se tornou adepta ao
movimento, mas após esse breve período iniciam-se conflitos internos que colocou tudo a
perder.Percebe-se a influência também do cinema na carreira de Lucrécia uma vez que havia
uma grande importação de filmes socialista soviéticos para Moçambique, como ela conta que
assistia frequentemente essas obras despertou ainda mais a vontade de ser atriz aos 12 anos
de idade.O teatro Moçambicano como apresentado anteriormente falava dos assuntos
pertinentes à seu contexto histórico-social, logo na época em que surgiu haviam vários
movimentos em exaltação a independência, que eram veiculados por meio do teatro
Moçambicano com isso os idealizadores dessa arte criaram o personagem chamado Chico
Nhoca “uma figura de anti-herói” como conta a atriz, que representasse o povo Moçambicano,
similar ao Mucunaíma, personagem que representa o povo brasileiro.(FABRÍCIO)
Nesse contexto o teatro se baseia na identidade dessa nação, o que é ser Moçambicano, fazer
críticas e conscientizar o povo. Ainda sobre a visão de Lucrécia, ela conta que os grupos que
faziam teatro trabalhavam nas fábricas – anos 80 e que já existia teatro antes desse, porém não
tratavam da realidade de Moçambique. Ela também foi uma das fundadoras de um dos
principais grupos de teatro, o Muntubela Gogo, quando Manuela Soeiro a convidou para
compor o grupo em 1984.Surgem além do Muntubela Gogo vários outros grupos artísticos,
mas que encontravam problemas quanto a sua manutenção e continuidade, em relação a
Muntubela a diretora do grupo, Manuela Soeiro, teve a ideia de montar uma padaria para
manter o grupo. Lucrécia conta que ao mesmo tempo em que havia participantes do grupo
ensaiando para às peças haviam outro fazendo pão e que gostava de ensaiar sentindo o aroma
do pão.Referente ao Muntubela Gogo, o teatro é fortemente ligado à oralidade, ou seja, o
grupo artístico se baseava em obras, contos e crônicas de escritores como Mia Couto, e
adaptava para a sua realidade, reescrevendo o texto. Lucrécia conta que o grupo também
trabalhou com improvisação e depois com dramatização e cita que no período de guerra
fizeram uma adaptação de Lisistrata que originalmente conta a história de mulheres que
fizeram greve de sexo para acabar com a guerra, só que mais uma vez foi referente a realidade
do país, elas fizeram uma pesquisa com mulheres que trabalhavam no mercado, e com os
resultados alteraram o final da peça para que não houve a greve, como conta nomearam a
pessoa de “O Amor Vem” que coincidiu com o momento em que se discutiam acordos de paz
Como funcionava a escolha das obras dos escritores para as adaptações? Isso depende da obra
e o contexto que ela aborda, por exemplo, a primeira obra de Mia Couto que o Muntubela
Gogo adaptou era uma forte crítica ao sistema burocrático e à corrupção em Moçambique. Ela
conta que ao assistirem a peça os políticos riram muito, afinal, a peça se tratava de uma sátira.
Além desta Lucrécia Paco também realizou a peça Voo dos Flamingos que abordava o mesmo
tema.Falando especificamente sobre Lucrécia Paco, no final da sua entrevista à revista O
Menilick 2⁰Ato, ela conta sobre seu intercâmbio no Brasil com o grupo teatral paulista Cia As
Capulunas e sua inspiração no projeto Pé no Quintal desse grupo pata a criação do seu projeto
Palco Aberto que visa levar o teatro para onde as pessoas não têm acesso.O teatro
Moçambicano usa de todos os artifícios que tem a sua disposição, seja a escrita, a oralidade,
gestos, danças, improvisação, entre outros, para compor suas apresentações, por exemplo,
quando recorrem a elementos culturais do país como a dança Mapiko, o Muntubela Gogo
recolhe tudo que pode ser usado no teatro e faz acontecer!(GUILHERME)
HINO DE MOÇAMBIQUE
Pátria Amada é o hino nacional de Moçambique. Antes deste, logo após a conquista da
independência, o país adotou seu primeiro hino, "Viva, Viva a FRELIMO".Em 1992, Em 1992, a
letra da música foi retirada, com as alterações políticas que então tiveram lugar. O parlamento
então fez um concurso para a escolha de uma letra. O resultado é o hino atual, Pátria Amada
[nota 1] Com a volta do pluripartidarismo, na década de 1990, a letra foi retirada, e em 2002, a
Assembleia da República adotou o "Pátria Amada". Apesar da criação do novo hino ser um
trabalho de uma equipa de nove pessoas, a Assembleia da República reconheceu em 2013 a
Salomão J. Manhiça como autor do novo hino, [1], apesar de haver fontes que atribuem a letra
e a melodia a Justino Sigaulane Chemane [2] e Mia Couto.
EDUARDO MODLANE
MARXISTA-LENISTA
Concepção científica do mundo que desvenda a origem das desigualdades sociais e, a partir
desse ângulo, (concepção científica do mundo que desvenda a origem das desigualdades
sociais e, a partir desse ângulo, classifica-se como uma avançada teoria do pensamento social,
pois representa e defende os interesses da maioria, traçando o caminho para se chegar a um
sistema sem exploração(AKGUPEM)
Moçambique: Cinema
O Cinema de Moçambique tem crescido nos últimos anos e, embora seja um mercado
extremamente difícil, está tem uma grande explosão de produção nos últimos anos que tem
chamado a atenção por suas características únicas. Sua produção é tamanha que já lhe rendeu
o apelido de "Globowood", por ser considerada a primeira maior indústria de produção de
cinema em Moçambique, e que a Globowood pretende ser a quarta maior indústria
cinematográfica do mundo, atrás apenas de Nollywood, Hollywood e Bollywood. O volume de
produção que a Globowood estima por ano e de 500 filmes ao ano, todos filmados e
distribuídos em Moçambique e no resto do mundo dublados em diferentes idiomas.Muitas
ações já têm sido feitas relacionadas com esta área, como o do ciclo de cinema
Para além de um ciclo de cinema, Cineastas de Moçambique entre eles dois realizadores de
cinema, Natércia Chicane e Júlio Silva, lançaram no clube C&C, o livro do investigador
etnomusicólogo, produtor e realizador Júlio Silva “Instrumentos Tradicionais de Moçambique”.
O ciclo de cinema, inaugurou com o filme de Mickey Fonseca e Pipas Forjaz, “O lóbulo”. Este
ganhou em Março de 2011, o prêmio Especial do Jury no 22º Festival Panafricano de Cinema e
Televisão na cidade de Ouagadougou.Embora o cinema esteja a crescer muitos cineastas
reclamam políticas para o apoio desta área cultural-profissional, Pedro Pimenta lamenta a falta
de reconhecimentos dos fazedores da sétima arte no país. Para o cineasta nomeado para
Academia do Óscar, nos EUA, Moçambique precisa de políticas que fomentem a produção do
cinema.O filme Xilunguine – A Terra Prometida.(
Foi premiado com a Menção Honrosa no Festival do Filme Etnográfico do Recife no Brasil e já
passou por festivais como o IndieLisboa – Festival do cinema Independente de Lisboa 2017 em
Portugal e IDFA-Festival Internacional de documentários de Amsterdã na Holanda, Festival
onde o filme fez a sua estreia Mundial. foi premiado com a menção honrosa no festival.A curta-
metragem ‘DINA’ consolida-se como o filme Moçambicano de ficção com mais prêmios
internacionais ao vencer a categoria Prix de l’Organisation Internationale de lá Francophonie du
meilleur court-métrage, Afrique Connexion, no Festival Internacional de Cinema Vues d
´Afrique.
Nos últimos anos vem aparecendo uma nova geração de cineastas e os mais proeminentes são
os Afro Cinemakers, uma incubadora de filmes que produz mais de 20 curta-metragens por ano
de variados cineastas. O filme Ontogenesis realizado por J Nota, foi selecionado em vários
festivais.Com essas todas dificuldades e sucessos narrados pelos cineastas moçambicanos de
acordo com os criadores da Globo, Wood terço o seu fim e Moçambique a partir de 2019 vai
viver seus novos momentos no mundo da sétima arte.
Em 1984, aos vinte anos de idade, Isabel Noronha inicia o seu percurso de cineasta no Instituto
Nacional de Cinema, onde trabalha como assistente de produção, assistente de realização,
continuísta, diretora de produção e finalmente realizadora, aprendendo cinema com
realizadores e técnicos moçambicanos, na prática do Kuxa kanema ( jornal cinematográfico de
atualidades), documentários e filmes de ficção produzidos nesta instituição. Aí realiza os seus
dois primeiros documentários em película: Hosi Katekisa Moçambique e Manjacaze
(documentário de guerra).
Victor Lopes