Quando se pensa na palavra “desporto”, as expressões que surgem
imediatamente na nossa cabeça são algo como “competição”, “exercício”, “jogos”, “ganhar”, entre outras tantas. E no meio de tudo isto, é rara a vez onde a palavra “ética” é incluída. Afinal, o que é que desporto e ética têm em comum? Todos os dias somos confrontados com momentos em que os nossos valores são postos à prova, e o desporto não é uma exceção. Seja uma situação de discriminação, mau perder, violência, utilização de substâncias proibidas que fazem com que o atleta possua uma melhor prestação (dopagem) ou manipulação, todos já assistimos ou presenciámos pelo menos um momento desportivo onde houve falta de fair-play. E nesses momentos, um dos grandes objetivos da prática desportiva, que é o bem estar de quem o pratica, não é cumprido. Deste modo, para mim a ética desportiva tem como objetivo estabelecer regras para o comportamento dos indivíduos que estão envolvidos na atividade desportiva, de modo a torná-la em algo onde o respeito, o bem-estar, a verdade, a cooperação e a justiça prevalecem, abrangendo tanto treinos como jogos, bem como os vários grupos de pessoas envolvidas (árbitros, jogadores e treinadores, tanto os da própria equipa como os da equipa adversária, adeptos e juízes). Além disso, vai prevenir comportamentos como a violência, a discriminação de qualquer tipo, subornos e o doping. Assim, para uma prática desportiva agradável, há que ter sempre em conta estes valores, pois para além de eles tornarem o desporto em si algo mais prazeroso, também contribuem para o desenvolvimento pessoal, fortalecimento de amizades, companheirismo e autoconhecimento.