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Secretaria de Estado da Educação de Goiás

Coordenadoria Regional de Educação, Cultura e


Esporte de Novo Gama

Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás José de


Alencar - Novo Gama

Educação Física
Professora Vívian Borges

Fair Play nos esportes: a ética no esporte e na vida


No esporte, o conceito de fair play está ligado à ética, ou seja, os praticantes devem
jogar de maneira que não prejudiquem o adversário de forma proposital.
Atualmente essa expressão é empregada em praticamente todos os segmentos da
sociedade, e toma o significado de apresentar uma conduta de acordo com padrões
éticos, sociais e morais.
Jogo limpo ou fair play é um conceito do esporte aplicado no mundo todo de diferentes
maneiras. Na filosofia esportiva, corresponde a uma atitude ética e justa por parte dos
atletas e de todos os envolvidos na competição.
Mas o fair play está além de um simples comportamento esportivo. O próprio Código
de Ética Esportiva, elaborado pelo Conselho da Europa (1996), ressalta que: Fair play
significa muito mais do que o respeito às regras: cobre as noções de amizade, de
respeito pelo outro e de espírito esportivo, ou seja, representa um modo de pensar e
não simplesmente um comportamento.

Mas como surgiu o fair play?

Grécia Antiga
Desde os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga que se espera dos atletas um
comportamento digno, que revele o espírito esportivo e que reconheça a derrota.
Idade Média
Durante a Idade Média, os Torneios de Cavaleiros eram conduzidos por um código
baseado na lealdade e na honestidade dos participantes.
Jogos Olímpicos Modernos
O francês, barão Pierre de Coubertin, pai dos Jogos Olímpicos modernos, preocupou-
se sempre em associar a honra, a lealdade, o respeito pelos outros e por si próprio ao
espírito esportivo e ao ideal Olímpico.

A expressão "Fair Play", nasceu em 1896, durante as primeiras Olimpíadas da Era


Moderna, em Atenas.
O Barão de Coubertin o organizador dos jogos proclamou a frase "Não pode haver
jogo sem fair play"
A expressão "Fair Play" é mundialmente reconhecida como um dos princípios básicos
dos direitos humanos.
FAIR PLAY NO ESPORTE
É ter espírito esportivo, respeitar as regras, participar do jogo de forma justa, sem
trapaças e principalmente sem prejudicar o adversário de forma proposital.
De acordo com o Conselho da Europa (1996), “o fair play significa muito mais do que o
simples respeitar das regras, mas cobre as noções de amizade, de respeito pelo outro,
e de espírito desportivo, um modo de pensar, e não simplesmente um
comportamento”. O conceito também abrange o combate às práticas antidesportivas
como violências física e verbal e a fraude.
O Fair Play no esporte trava uma luta constante contra...

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Um grande exemplo de fair play no esporte aconteceu em uma maratona na Espanha,


em 2012. No final da prova de Cross Country, o atleta queniano Abel Mutai, que
liderava a competição, acabou se confundindo com a linha de chegada e diminuiu o
ritmo antes de cruzá-la. Quem estava a alguns metros atrás, em segundo lugar, era o
espanhol Ivan Fernández Anaya. Percebendo o erro do adversário, Férnandez avisou
o queniano onde era a chegada e o conduziu à vitória. Quando perguntado pela
imprensa por que não se aproveitou para vencer a corrida, o espanhol respondeu:
“Qual seria meu mérito?”.

Doping no Esporte
Corresponde ao uso de substâncias proibidas que estimulam o crescimento muscular
ou melhoram o rendimento e resistência física do atleta, de forma artificial e
passageira, conseguindo melhores resultados no esporte que pratica. Devido ao fato
de as substâncias aumentarem temporariamente e a curto prazo o desempenho do
atleta, é considerada uma prática desonesta, de modo que os atletas que forem
positivos para doping são eliminados da competição.

Para que serve o exame antidoping?


Identificar a presença de substâncias no sangue de atletas que possam aumentar a
força e a resistência muscular, interferindo diretamente no seu desempenho, como é o
caso da eritropoetina, furosemida, energéticos e anabolizantes. O exame antidoping é
sempre feito em competições para verificar se houve alguma fraude que possa ter
interferido no resultado final, podendo ser feito antes, durante ou após a competição.

Normalmente, os vencedores precisam fazer o exame antidoping para comprovar que


não usaram substâncias ou métodos considerados doping. Além disso, os exames
também podem ser feitos fora do período de competição e sem aviso prévio, sendo os
atletas escolhidos através de sorteio.

Como é feito o exame antidoping


O exame pode ser feito por meio da coleta e análise de uma amostra de sangue ou de
urina, que são avaliadas tendo com o objetivo identificar a presença ou ausência de
substâncias proibidas. Independentemente da quantidade da substância, se for
identificada alguma substância proibida circulante no organismo, é considerado doping
e o atleta é penalizado. É também considerado doping, de acordo com a Autoridade
Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a fuga ou recusa para realizar a coleta de
amostra, posse de substância ou de método proibidos e fraude ou tentativa de fraude
de qualquer etapa do processo de doping.

Substâncias mais usadas


As substâncias mais utilizadas e que são consideradas doping são aquelas que
aumentam a força e resistência muscular, diminuem a dor e a sensação de fadiga.

Eritropoetina (EPO): ajuda aumentar as células que carregam oxigênio no sangue,


melhorando o desempenho.
Em pessoas saudáveis o EPO aumenta o número de hemácias no sangue, acima do
número normal, aumentando assim o fornecimento de gás oxigênio aos músculos.
Isso aumenta a capacidade de realizar um metabolismo aeróbico e diminui a
necessidade de realizar o metabolismo anaeróbico em atividades físicas de longa
duração.
Corredores de provas de Atletismo de longa duração, Ciclistas, Nadadores de longa
distâncias e outros esportivas envolvidos em atividades aeróbicas podem tirar proveito
dos efeitos do EPO durante o período de treinamento e competições. O incremento do
metabolismo aeróbico providencia maior rendimento dos músculos e aumenta a
resistência a fadiga muscular, fazendo que os atletas se recuperem rapidamente.

Furosemida: potente diurético que ajuda a diminuir o peso rapidamente, usado


principalmente por atletas de luta com categorias de peso. Também ajuda a diluir e
esconder outras substâncias proibidas na urina.

Anabolizantes: hormônios utilizados para aumentar a força e a massa muscular, sendo


o mais frequentemente utilizado a testosterona. Algumas substâncias podem também
imitar o efeito dos anabolizantes, como é o caso do ostarina, que imita a ação da
testosterona e, por isso, também é proibidos.
Os atletas e sua equipe recebem uma lista com recomendações e medicamentos que
não podem ser usados durante os treinos por conterem substâncias consideradas
ilegais no esporte.
É preciso estar atento mesmo durante tratamentos de doenças ou condições comuns
como gripes, menstruação, colesterol alto ou problemas de pele, pois mesmo sem a
intenção de doping, esses medicamentos podem conter uma pequena quantidade das
substâncias proibidas, o que pode fazer com que o atleta seja eliminado da
competição.
Por que o doping ajuda os atletas?
Usar substâncias químicas que não são naturais ao corpo ajuda a melhorar o
desempenho geral do atleta, trazendo vantagens como:

Aumento da concentração e melhora das capacidades físicas.


Alivia as dores dos exercícios e diminuir a fadiga muscular.
Aumenta a massa e a força muscular.
Relaxa o corpo e melhora a concentração.
Ajuda a perder peso rapidamente.

Assim, tomar essas substâncias faz com que o atleta tenha resultados mais rápidos e
melhores do que conseguiria apenas através dos treinos e da dieta, e por isso elas
são proibidas no esporte.

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