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INSTITUTO ENSINAR BRASIL

FACULDADES UNIFICADAS DE TEÓFILO OTONI

USO DE SOLO-CIMENTO-CAL EM BASE DE PAVIMENTAÇÕES

TEÓFILO OTONI - MG

2018
INSTITUTO ENSINAR BRASIL

FACULDADES UNIFICADAS DE TEÓFILO OTONI

FÁBIO HENRIQUE SOUZA FARIAS

MATHEUS ALMEIDA DIAS

USO DE SOLO-CIMENTO-CAL EM BASE DE PAVIMENTAÇÕES

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de


Engenharia civil das Faculdades Unificadas
de Teófilo Otoni, como requisito parcial
para a aprovação na disciplina TCC I
orientado pelo Prof. Jouséberson Miguel

Área de concentração: Estabilização de solo

TEÓFILO OTONI - MG

2018
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO..................................................................................................4
2 OBJETO DE ESTUDO............................................................................................5
3 HIPÓTESE..............................................................................................................5
4 OBJETIVOS...........................................................................................................6
4.1. OBJETIVO GERAL..................................................................................................6
4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO..........................................................................................6
5 JUSTIFICATIVA....................................................................................................7
6 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................7
6.1 Pavimentação.....................................................................................................7
6.1.1 Classificação da pavimentação....................................................................................7
6.1.2 Camadas de pavimentos......................................................................................................8
6.1.2.1 Subleito...............................................................................................................................8
6.1.2.2 Sub-base.............................................................................................................................8
6.1.2.3 Base....................................................................................................................................9
6.1.2.4 Revestimento.......................................................................................................................9
6.1.2.5 Necessidade de Reforço da Base........................................................................................9
6.2 Tipos de solo e suas Características...........................................................................9
6.2 Estabilização dos solos para pavimentos.............................................................10
6.3.1 Estabilização mecânica...........................................................................................10
6.3.2 Estabilização química........................................................................................................11
6.3.3 Estabilização elétrica.........................................................................................................11
6.3.4 Estabilização granulométrica...........................................................................................11
6.3.5 Estabilização térmica.........................................................................................................12
6.4. MATERIAIS UTILIZADOS NA ESTABILIZACAO DOS SOLOS............................12
6.4.1 CIMENTO PORTLAND........................................................................................12
6.4.1.1 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND................................................................................12
6.4.2 CAL....................................................................................................................................14
6.4.2 Cascalho.............................................................................................................................15
6.1.2.1 Tipos de cascalho.............................................................................................................16
6.1.2.1 Estabilização da base com cascalho.................................................................................16
7 METODOLOGIA.................................................................................................16
7.1 CLASSIFICAÇÕES QUANTO AOS FINS........................................................16
7.2 CLASSIFICAÇÕES QUANTO AOS MEIOS.....................................................17
7.3 TRATAMENTOS DE DADOS.........................................................................17
 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS.......................................................................18
7.3.1 ENSAIOS DO SOLO MODIFICADO......................................................................19

1 APRESENTAÇÃO
Em algumas regiões do Brasil os pavimentos são geralmente construídos com solos
transportados de locais distantes gerando gasto de tempo na movimentação desses solos,
fazendo isso para que o pavimento a ser construído tenha o seu comportamento estrutural
adequado.

A estabilização do solo é definida como um recurso que veio para expandir, de


maneira durável a resistência de um material aos esforços desenvolvidos, efeitos do uso
contínuo, mau tempo e tempo gasto com movimentações.

A estabilização vem sendo feita por meio de tratamentos artificiais, como processos
mecânicos, granulométricos, químicos, elétricos e térmicos, que reestabelecem o solo para a
sua utilização. Muitos solos não têm estabilidade exigida para suportar uma edificação
projetada. Um dos requisitos de análise exigido do solo é quanto à sua resistência, assim,
veem-se a necessidade de correção do solo, por sua substituição, ou por uso de agentes
químicos.

A estabilização Mecânica é um método que sempre é utilizado na execução das


camadas do pavimento. A Granulométrica é um método que constitui no emprego de um
material ou na mistura de dois ou mais materiais, de forma a se comportarem dentro de uma
determinada especificação. A Química tende a melhorar sua resistência ao cisalhamento por
meio de adição de pequenas quantidades de ligantes nos pontos de contato dos grãos. É
comum o acréscimo de agentes químicos. A Elétrica constitui na passagem de uma corrente
elétrica pelo solo a estabilizar. A Térmica é realizada por meio da energia térmica, por meio
de congelamento, aquecimento.

Uma grande preocupação neste trabalho é avaliar Bases de pavimentações que serão
construídas futuramente, para assim atender a resistência dos esforços e evitar patologias
nesses locais. Na construção civil há grandes estudos sobre as pavimentações com solo
cimento e solo cal, e o objeto de estudo de analise deste trabalho é estabilizar a base desses
pavimentos com cascalho, solo cimento e solo cal.

2 OBJETO DE ESTUDO
Alguns solos apresentam em suas características muita plasticidade ou são
excessivamente expansivos, que muitas vezes são removidos, transportados e despejados em
bota foras, e assim são substituídos por solos mais adensáveis e com uma maior resistência.
Geralmente resultantes de empréstimos de solos provenientes de escavações ou
terraplanagem. Sendo assim uma pratica ruim economicamente, podendo causar um impacto
ambiental.

A maioria desses solos podem ser modificados quimicamente com o uso do cimento e
cal, essa prática consiste em misturar em porcentagens diferentes os componentes, para testar
o solo com a adição desses materiais, sendo possível através dessa pratica, analisar e
transformar o solo em um material adequado ao uso e a resistência exigida.

Portanto teremos uma pratica ao analisar o projeto com o uso do cascalho em bases de
pavimentos, e verificar se a adição do cimento e cal no solo possui a resistência exigida para o
uso.

O cascalho é um material natural apresentado em um estado solto e é proveniente da


fragmentação de rochas. O cascalho a ser usado no trabalho será um agregado para uso na
base de pesquisa: O uso de sol-cimento, solo-cal, e cascalho, melhora a resistência da Base
em pavimentações? Com isso, o presente trabalho tem como função responder à questão foco
desta

3 HIPÓTESE
 A utilização do método de estabilização química através da adição do cimento
Portland e da cal em cascalho, apresentará uma maior resistência e uma
melhoria na estabilização da base.

 A estabilização da base em pavimentações com cascalho, cimento e cal pode


evitar a retirada do solo existente, além de proporcionar mais economia na
obra.
 Com a modificação do solo usando cimento e cal em diferentes porcentagens,
proporcionará analise para atingir uma plasticidade mais adequada a ser
trabalhada.

4 OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL


O objetivo geral deste trabalho é verificar a variação da resistência da base com uso de
solo cimento, solo cal e cascalho com diferentes combinações desses aditivos.

4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO


 Analisar se a mistura solo-cimento e solo-cal é um material adequado para compor a
base de um pavimento.
 Relacionar o teor de cimento e cal de uma mistura solo-cimento e solo-cal e o aumento
da resistência quando solicitado por uma carga atuante.
 Averiguar a viabilidade da parte técnica, assim como, a reutilização de solos locais e o
melhoramento das suas características geotécnicas.
5 JUSTIFICATIVA
A partir da década de 40 foi introduzida no Brasil o uso de solos modificados
quimicamente, que foi uma alternativa para estabilizar os solos que não apresentavam a
resistência requerida.

Atualmente a adoção de alguns métodos torna-se de grande valia para ganhar


vantagens na execução e na redução de tempo na obra, consequentemente gerando uma
economia financeira. Muitas vezes o solo encontrado em alguns locais não é de boa
qualidade, e neste trabalho teremos o papel de mostrar alternativas a ser utilizadas para
melhorar esse solo ao invés de fazer grandes movimentações de substituição do material, onde
podemos ter uma opção de estabilização do solo existente.

Contudo, este trabalho apresenta a ideia de estabilizar o solo com aditivos de fácil
acesso, como o cimento e a cal, sendo o primeiro bem mais comum. Portanto, é evidente que
o uso desse método para estabilização do solo poderá nos ajudar nos custos e no tempo gasto
com a substituição do solo existente. O estudo será embasado na confecção deste tipo de solo
modificado quimicamente, visando proporcionar a resistência desejada do tipo de solo
analisado, sem sofrer o processo de substituição.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

6.1 Pavimentação
O Pavimento é um revestimento construído sobre uma superfície terraplanada, e é
formada por diferentes tipos de camadas e de características diversas, que envolve
diretamente o uso dos solos na composição para formação dessas camadas. Essa estrutura se
destina a distribuir os esforços sobre as camadas constituídas, provocadas pelo tráfego de
veículos e do clima, com intuito de oferecer e propiciar uma melhoria nas condições de
rolamento, conforto, e segurança dos usuários. (BERNUCCI, 2007)

6.1.1 Classificação da pavimentação


Os pavimentos são classificados em 3 tipos, sendo eles os rígidos formados por
camadas e possui o seu revestimento de alta rigidez em relação as demais camadas, inferiores,
nela é absorvida a maioria das tensões provocadas pelo carregamento aplicado sobre. (DNIT,
2006).

Segundo (BERNUCCI et al, 2010). Existem várias formas de apresentação desse


pavimento, exemplo de um, é o pavimento de concreto-cimento, no qual seu revestimento é
constituído por uma placa de concreto cimentícia. Baseia-se a espessura desse pavimento em
relação a resistência a flexão das placas de concreto e das subcamadas do pavimento.

De acordo com o próprio autor, essas placas incluem ou não armaduras com barras de
aço em seu desenvolvimento. Temos na figura abaixo um exemplo de pavimento rígido de
concreto-cimento.

Nos Pavimentos semirrígidos é demostrado uma através de uma Base ou sub-base


cimentada quimicamente. Souza (2004) expõe que, este pavimento pode ser desenvolvido
através do reforço da sua camada base com solo-cimento e posterior revestida por uma
camada de material betuminoso.

Nestes mesmos, onde será o foco do estudo deste trabalho, visamos aplicar o uso de
solo cimento e solo cal na camada de Base em Pavimentos com revestimento asfáltico, tendo
em vista o uso destes aditivos, que são materiais que podem proporcionar a absorção de parte
da tração, resistindo de forma razoável esse tipo de esforço através do aumento da rigidez que
estes materiais usados como agregados provoca. Abaixo temos um exemplo de camadas de
um pavimento semirrígido.
Os Flexível são pavimentos onde suas camadas não trabalham a tração, este é feito
geralmente de um revestimento betuminoso de pequena espessura, como expressa
(MARQUES, 2012).

Nestes pavimentos temos como como exemplo o uso de brita (brita graduada,
macadame) ou com pedregulhos para constituir a base deste, assim seguido pelo revestimento
asfáltico. (DNIT, 2006). Como demostrado na estrutura da figura abaixo.
6.1.2 Camadas de pavimentos
As camadas de pavimentos são geralmente denotadas em 4 camadas principais que são:
subleito, sub-base, base e revestimento. Dessa forma, podem ocorrer a ausência de algumas dessas,
pois estas dependem do volume de tráfego e dos materiais. (BERNUCCI et al, 2010).

6.1.2.1 Subleito
O subleito é o terreno de fundação do pavimento, quando sofre um processo
de regularização ou terraplanagem. Quando é fundamental, o subleito obtém reforço
de uma camada com material de resistência superior.

6.1.2.2 Sub-base
A sub-base é uma camada para complementar à base, no qual, por condições
técnico-econômicas não for conveniente construir a base sobre a regularização.
6.1.2.3 Base
A base é a camada determinada a receber e distribuir os esforços provenientes
da circulação sobre que se produz o revestimento. No ponto de vista da estrutura, a
base é a camada mais importante.

6.1.2.4 Revestimento
O revestimento é a camada impermeável que recebe prontamente a ação do
rolamento dos veículos e que é determinada a melhorar, de modo, à utilidade,
segurança e resistência ao desgaste.

6.1.2.5 Necessidade de Reforço da Base

6.2 Tipos de solo e suas Características

Os Solos podem ser divididos conforme sua tipologia, sendo eles, solos residuais e solos
transportados. Um dos destaques dos solos transportados é que esses são geralmente
encontrados como solo fino, o que o torna mais susceptível à estabilização com cal
(AZEVÊDO, 2010). Esses solos resultantes do transporte da decomposição se constituem
através de um agente transportador, sendo eles, rios, chuva, vento, etc. Esses agentes
transportadores não conseguem conduzir material muito graúdo devido ao peso do mesmo,
por isso esses solos são mais finos que os residuais (AZEVÊDO et al, 1998 apud AZEVÊDO,
2010).

O solo Residual é um material formado proveniente da degradação de rochas


apresentando propriedades semelhantes à rocha de origem. (AZEVÊDO et al, 1998 apud
AZEVÊDO, 2010). Esses solos são encontrados no local da rocha matriz, e é um material
apresentado em uma camada que faz a transição do solo até a rocha (CAPUTO, 2007). Deste
material origina-se o cascalho, que será o solo estudado nesta pesquisa. O cascalho pode ser
definido como partículas sedimentares de rocha e são apresentadas segundo
(WIKIPEDIA.ORG) em variações de tamanho que fica entre 4 a 75 milímetros.
6.2 Estabilização dos solos para pavimentos

Em algumas pavimentações existem patologias que muitas vezes são devidas a falta de
estabilização das camadas de solo, como a camada de base. Então há uma necessidade de criar
uma estabilização dessa camada, estudando a utilização de métodos para tornar a base mais
adequada para a construção do pavimento, ou seja, adequar a base com a estabilização correta
deste material.

Segundo (SENÇO,2001 apud SARTORI, 2015), modificar e estabilizar um solo


proporciona a ele condições de resistir as deformações e ruptura enquanto no período em que
sua função exija atender a tais características. O autor ainda fala que a resistência ao
cisalhamento e a deformação são as principais características que um solo estabilizado deve
apresentar, para que, quando aplicado a tensões, estes resistam sem que se rompam.

Existem vários tipos de estabilização para solos e aqui exemplificamos 5 (cinco)


formas de estabilização. Contudo, usaremos para este trabalho 1 (um) tipo de estabilização
que será a modificação e reforço do cascalho através da estabilização química, que será
apresentada logo abaixo.

6.3.1 Estabilização mecânica


A estabilização mecânica é o processo de mais utilização na construção de
estradas, trata-se de uma melhoria proveniente das mudanças no sistema trifásico, ou seja,
alterações na proporção das partes sólidas, líquidas e gasosas. Pode ser realizada por
compactação, procedimentos que alteram apenas o arranjo das partículas do solo; ou por
correção da granulometria, que é a adição ou retirada de partículas do solo (MEDINA et al.,
2005; LIMA et al., 1993).

Fazendo a aplicação de uma energia externa de compactação aplicada ao solo, para


possibilitar a diminuição dos números de vazios do solo, desta forma, conseguindo inibir a
percolação da água e a erosão provocada por ela, aumentando a densidade, a durabilidade, a
compacidade, e consequentemente, a resistência mecânica do solo. Com a estabilização por
compactação é proporcionado uma melhoria da estabilidade mecânica de maior parte dos
solos existentes, no entanto, existem casos em que a compactação sozinha não é suficiente, e
passa a ser usada em conjunto com outros métodos de estabilização (LITTLE, 1995;
MEDINA et al., 2005; SANTOS, 2012).

6.3.2 Estabilização química

No processo de estabilização química o solo tem sua estrutura modificada, passando a


apresentar maior resistência, menor permeabilidade e compressibilidade do que o solo em seu
estado natural. Adicionando estabilizadores a este solo natural, ocorrem reações químicas que
auxiliam na obtenção da resistência exigida em projeto, promovendo a umidade ideal para
uma boa compactação do solo, o preenchimento dos poros, e assegurando a melhoria das
propriedades físicas e mecânicas. Os estabilizantes utilizados neste processo podem ser:
Cimento Portland; Cal; Betumes; Pozolana; Resinas e produtos industrializados. (MAKUSA,
2013; MEDINA, 1987).

Nos solos granulares aplicando a Estabilização Química buscamos principalmente


uma melhora na resistência ao cisalhamento por meio de adição de pequenas quantidades de
ligantes nos pontos de contato dos grãos. (LEMOS GOULARTE; DA SILVA PEDREIRA,
2009). Os ligantes que serão usados para o estudo, são o Cimento Portland e a Cal.

6.3.3 Estabilização elétrica

A Estabilização Elétrica e feita a partir de passagem de uma corrente elétrica pelo solo
a estabilizar. Essas descargas são aplicadas sucessivamente com alta tensão, e são usadas no
adensamento de solos arenosos saturados. As de baixa tensão contínua são manipuladas em
solos argilosos, empregando os fenômenos de eletrosmose, eletroforese e consolidação
eletroquímica. Esse método não tem sido utilizado em pavimentos. (LEMOS GOULARTE;
DA SILVA PEDREIRA, 2009)
6.3.4 Estabilização granulométrica

A correção granulométrica consiste na combinação e mistura de dois ou mais solos


com diferentes tamanhos de partículas em proporções adequadas, visando produzir um
material homogeneizado, bem graduado, com as propriedades de engenharia desejadas. A
finalidade desse processo é garantir a estabilidade do solo e o aumento da resistência
mecânica, possibilitada pelo encontro entre os grãos das partículas maiores com os grãos das
partículas mais finas, sendo este o responsável pelo preenchimento dos vazios (VILLIBOR,
1982).

6.3.5 Estabilização térmica

A Estabilização Térmica é feita através do congelamento, aquecimento ou termosmose


aplicada por meio do emprego da energia térmica. A solução do congelamento normalmente é
temporária, modificando a textura do solo. O aquecimento busca reajustes na rede cristalina
dos minerais constituintes do solo. A termosmose é uma técnica de drenagem onde se
promove a difusão de um fluido em um meio. Não é utilizada em pavimentos. (LEMOS
GOULARTE; DA SILVA PEDREIRA, 2009)

6.4. MATERIAIS UTILIZADOS NA ESTABILIZACAO DOS SOLOS


Os materiais a serem usados para a estabilização do solo são apresentados como ligantes,
materiais que proporcionam liga e consequentemente resistência a tração. Os materiais que
podem propiciar a estabilização do solo a ser usado na base da pavimentação será o cimento
Portland e a cal

6.4.1 CIMENTO PORTLAND


O cimento Portland é um dos materiais mais utilizados na construção civil e um dos
materiais ênfase deste trabalho.
6.4.1.1 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
O cimento Portland tem-se evoluído com o passar do tempo, e uma das principais
evoluções foi o emprego de aditivos para melhorar suas características podendo ter uma
variedade ao uso destes nas construções, onde são mostrados e regidos todos por sua NBR
especifica. De acordo com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), há
diferentes tipos de cimentos disponíveis no Brasil conforme descritos abaixo, sendo eles

Cimento CP-I (NBR 5.732) ou Cimento Portland Comum: esse tipo de cimento tem
esse nome, pois não apresenta nenhum aditivo no mesmo, apenas o gesso, que tem o encargo
de tardar o início de pega do cimento para ocasionar mais tempo da aplicação. Esse tipo de
cimento tem o custo mais alto e menos resistência.
Cimento CP-II (NBR 11.578) ou Cimento Portland Composto: é conhecido assim,
pois há adição de outros componentes na mistura, que observam a este cimento um calor de
hidratação inferior, ou seja, ele libera menos calor quando vai a contato com água.
Cimento CP-III (NBR 5.735) ou Cimento Portland de Alto-forno: há na sua
composição de 35% a 70% de escória de alto-forno. Mostra uma maior durabilidade e
impermeabilidade, além de baixo calor de hidratação e, mostra ser resistente a sulfatos. É
mais duradouro e menos poroso.
Cimento CP-IV (NBR 5.736) ou Cimento Portland Pozolânico: na sua composição
tem de 15% a 50% de material pozolânico. Com isso, assegura solidez no uso com agregados
reativos e em ambientes de ataque ácido, especialmente de ataque por sulfatos. Há um baixo
calor de hidratação, dessa forma é recomendável na concretagem de grandes volumes e de
temperaturas elevadas.
Cimento CP-V ARI (NBR 5.733) ou Cimento Portland de Alta Resistência Inicial: há
uma alta reatividade nas primeiras horas de aplicação, gerando resistências elevadas em pouco
tempo. Quando finalizam os 28 dias de cura, atinge, também, resistências elevadas dos
cimentos convencionais. Recomenda-se apenas para a fabricação de concretos.
Cimento RS (NBR 5.737) ou Cimento Portland Resistente a Sulfatos: esse tipo de
cimento é recomendado para construções em redes de esgoto, ambientes industriais e água do
mar, pois, são nesses lugares que estão presentes os materiais sulfatados.
Cimento Branco (NBR 12.989) ou Cimento Portland Branco (CPB): a principal
característica desse tipo de cimento é a cor branca, onde é obtida por meio de matérias-primas
com um pequeno teor de manganês e ferro.
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) / (NBR 13.116): com esse tipo
de cimento, há a propriedade de tardar o desprendimento de calor nas peças de massa de
concreto, impedindo o surgimento de fissuras de origem térmica durante a hidratação do
cimento.

6.4.1.2 ESTABILIZAÇÃO DA BASE COM ADIÇÃO DE CIMENTO

6.4.2 CAL
A cal, também conhecida como cal viva, óxido de cálcio ou cal virgem é um sólido
branco e alcalino obtida pela decomposição térmica de calcário. A mesma pode ser usada na
construção civil para a composição de argamassas, preparação dos processos de pintura e
também no uso para estabilização de pavimentos. (SOUSA, 2013)

6.4.2.1 TIPOS DE CAL

Os tipos mais comuns de cal usadas na construção civil são a virgem e a hidratada
A cal virgem inicia-se com o calcário sendo retirado de rochas, depois sendo
selecionado e moído sujeitando-se a altas temperaturas em fornos industriais. O processo
referido dá-se o nome de calcinação, e dá origem a cal virgem, dividindo em 2 (dois) tipos: a
cal virgem comum e a cal virgem especial.
A cal hidratada se consegue ao adicionar água na cal virgem. A qualidade depende das
propriedades da rocha de origem e das impurezas que se encontra nela. Essa cal é bastante
fina e leve e, tem uma enorme eficácia de reter água. Além de, ter uma compatibilidade
química com o cimento, o que aumenta as reações entre os dois materiais. Esse tipo de cal
divide-se em 3 (três) tipos, diferindo às suas composições: grau de pureza alto, grau de pureza
intermediário e grau de pureza baixo.
Existem algumas características especificas que afetam as reações entre os solos e a
cal são: a granulometria, a superfície específica, a reatividade, o peso específico, a
solubilidade e o teor em cálcio (SILVA, 2010).

6.4.2.2 ESTABILIZAÇÃO DA BASE COM ADIÇÃO DE CAL

6.4.2 Cascalho
O cascalho é referido como lascas de pedras. São pedras neutras consumidas
pela ação dos rios. O cascalho é uma rocha sedimentar, de variantes tamanhos. Pela geologia,
o cascalho é uma rocha que tem pelo o menos 2 (dois) milímetros, não mais que 75 (setenta e
cinco) milímetros.

6.1.2.1 Tipos de cascalho


São 4 (quatro) os tipos de cascalho, sendo eles: cascalho natural, seixo preto,
rosa shasta e cascalho ervilha.
O cascalho natural tem seu formato adequado por fontes naturais e então, são
colhidas. As pedras são lisas por causa dos anos de erosão hídrica. O seixo preto é um arranjo
de pedras de diversas cores e padrões. Esse tipo de cascalho é útil para abranger a
aglomeração de água e liberar a drenagem do quintal. O cascalho rosa shasta é visto em
diversos tons de rosa. É conhecido por diminuir a erosão do solo, contribuindo as fronteiras da
paisagem. O cascalho ervilha é amarelo, cinza, bege e branco. É regularmente encontrado
como cobertura de solo.

6.1.2.1 Estabilização da base com cascalho


7 METODOLOGIA

7.1 CLASSIFICAÇÕES QUANTO AOS FINS

O presente trabalho se classifica como explicativo, pois através dos estudos


desenvolvidos, queremos avaliara utilidade do uso de solo cimento e solo cal em bases de
pavimentações podendo assim ter um desenvolvimento do estudo da base.
Frisando também a contextualização sobre o assunto, como a definição dos materiais,
caracterização e classificação destes, assim como a sua distribuição e empregabilidade no solo
a ser melhorado.

7.2 CLASSIFICAÇÕES QUANTO AOS MEIOS

A metodologia apresentada será embasada através de pesquisas e análises experimentais


realizadas em laboratório, onde serão analisadas as propriedades mecânicas do solo
quimicamente modificado e dos materiais usados para a combinação da mistura. Explorando o
uso do cimento, da cal e do cascalho, expondo uma perspectiva para o reforço da base com o
solo quimicamente modificado, destacando assim, os principais aspectos na caracterização
dos traços e a ação dos agregados usados para a execução do reforço da base.
Para isso, teremos uma fase onde forneceremos uma visão mais clara para o leitor,
exposto em forma de uma revisão bibliografia, através de estudos aprofundados sobre o
assunto em artigos, livros, sites, entre outros. Logo após analisaremos o estudo da
empregabilidade do solo cimento e solo cal junto ao cascalho par fins usados como reforço
em bases de pavimentações.
A análise será desenvolvida no laboratório do campus da faculdade Doctum,
localizada no município de Teófilo Otoni-MG, onde teremos um reconhecimento da coleta de
dados realizado através de ensaios específicos junto ao orientador, avaliando as propriedades
físicas e mecânicas dos materiais e identificando as informações que serão utilizadas na
elaboração do projeto, com ajuda de pesquisas bibliográficas.
7.3 TRATAMENTOS DE DADOS

O trabalho contará com duas etapas experimentais diferentes. Na primeira será realizada
a caracterização dos materiais com a finalidade de adquirir resultados que proporcionará
maior confiança ao uso desses agregados, gerando segurança no estudo da estabilização do
solo.

Na segunda, serão avaliadas as propriedades do solo modificado com intuito de


determinar a eficiência da estabilização e desempenhar o reforço da base com a realização dos
ensaios feitos em laboratórios. A finalidade deste trabalho é fazer a aplicação do solo
quimicamente modificado para produzir o solo e ter uma base com a resistência pretendida.

 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS

A caracterização dos materiais é necessária para termos um melhor estudo de caso do


projeto em tese. Com ela teremos uma maior confiabilidade em realizar os ensaios e
determinar os índices de materiais a serem misturados para atingir a resistência da base do
pavimento.

O solo a ser empregado no preparo do solo-cimento e solo cal será o cascalho, que deverá
ser examinado através dos ensaios de caracterização, com a finalidade de verificar se estão de
acordo com o projeto de mistura e as tolerâncias especificadas, quanto à granulometria, ao
limite de liquidez e ao índice de plasticidade. Seguindo as normas apresentadas na tabela
abaixo:

NORMAS REFERENTES AOS ENSAIOS DE


CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS
ENSAIO NORMA ABNT
Preparação das Amostras de Solo NBR 6457/86
Limite de Liquidez NBR 6459/84
Limite de Plasticidade NBR 7180/84
Granulometria NBR 7181/84
Outro material a ser analisado e estudado é o cimento, um dos componentes que
agregado com o solo poderá estabelecer uma maior resistência ao solo através da sua
característica como ligante. Entretanto, qualquer cimento a ser empregado como agregado
para reforçar a base da pavimentação, deverá estar em conformidade com o prescrito na
(ABNT NBR 5732:1991).

O cimento antes de ser usado em mistura ou no espalhamento na base para o reforço


do pavimento a ser construído, deverá ser feito na obra ou em laboratório os ensaios de
determinação de finura (ABNT NBR 16372:2015), com intuito de verificar se o cimento
não está empedrado. Os testes sempre serão feitos quando houver dúvidas sobre a
sanidade do cimento.

Também teremos um estudo de caracterização da cal outro material usado como


ligante na base da pavimentação, analisando

A cal deve ser controlada o teor de cal solúvel (CaO+CaOH2), determinado conforme
NBR 6473, que deve atender a NBR 7175.

7.3.1 ENSAIOS DO SOLO MODIFICADO


 Ensaio de Compactação
 Localização da amostra do solo ensaiado
REFERENCIAS

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/16327/16327_3.PDF

https://www.abms.com.br/links/bibliotecavirtual/geors2009/2009-goularte-pedreira.pdf

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/estabilizacao-de-solos

http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/normas/especificacao-de-servicos-es/dnit142_2010_es.pdf

http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/PDF/pdf_Pavimentacao/ES-P14-05Solo-cal-cimento.pdf

http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/6415/1/21041437.pdf

https://www.passeidireto.com/arquivo/22474035/solo-cal-e-solo-cimento

ftp://ftp.sp.gov.br/ftpder/normas/ET-DE-P00-005_A.pdf

http://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/2100/1/DM_NunoPinto_2009_MEGG.pdf
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