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TEÓFILO OTONI - MG
2018
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
TEÓFILO OTONI - MG
2018
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO..................................................................................................4
2 OBJETO DE ESTUDO............................................................................................5
3 HIPÓTESE..............................................................................................................5
4 OBJETIVOS...........................................................................................................6
4.1. OBJETIVO GERAL..................................................................................................6
4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO..........................................................................................6
5 JUSTIFICATIVA....................................................................................................7
6 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................7
6.1 Pavimentação.....................................................................................................7
6.1.1 Classificação da pavimentação....................................................................................7
6.1.2 Camadas de pavimentos......................................................................................................8
6.1.2.1 Subleito...............................................................................................................................8
6.1.2.2 Sub-base.............................................................................................................................8
6.1.2.3 Base....................................................................................................................................9
6.1.2.4 Revestimento.......................................................................................................................9
6.1.2.5 Necessidade de Reforço da Base........................................................................................9
6.2 Tipos de solo e suas Características...........................................................................9
6.2 Estabilização dos solos para pavimentos.............................................................10
6.3.1 Estabilização mecânica...........................................................................................10
6.3.2 Estabilização química........................................................................................................11
6.3.3 Estabilização elétrica.........................................................................................................11
6.3.4 Estabilização granulométrica...........................................................................................11
6.3.5 Estabilização térmica.........................................................................................................12
6.4. MATERIAIS UTILIZADOS NA ESTABILIZACAO DOS SOLOS............................12
6.4.1 CIMENTO PORTLAND........................................................................................12
6.4.1.1 TIPOS DE CIMENTO PORTLAND................................................................................12
6.4.2 CAL....................................................................................................................................14
6.4.2 Cascalho.............................................................................................................................15
6.1.2.1 Tipos de cascalho.............................................................................................................16
6.1.2.1 Estabilização da base com cascalho.................................................................................16
7 METODOLOGIA.................................................................................................16
7.1 CLASSIFICAÇÕES QUANTO AOS FINS........................................................16
7.2 CLASSIFICAÇÕES QUANTO AOS MEIOS.....................................................17
7.3 TRATAMENTOS DE DADOS.........................................................................17
CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS.......................................................................18
7.3.1 ENSAIOS DO SOLO MODIFICADO......................................................................19
1 APRESENTAÇÃO
Em algumas regiões do Brasil os pavimentos são geralmente construídos com solos
transportados de locais distantes gerando gasto de tempo na movimentação desses solos,
fazendo isso para que o pavimento a ser construído tenha o seu comportamento estrutural
adequado.
A estabilização vem sendo feita por meio de tratamentos artificiais, como processos
mecânicos, granulométricos, químicos, elétricos e térmicos, que reestabelecem o solo para a
sua utilização. Muitos solos não têm estabilidade exigida para suportar uma edificação
projetada. Um dos requisitos de análise exigido do solo é quanto à sua resistência, assim,
veem-se a necessidade de correção do solo, por sua substituição, ou por uso de agentes
químicos.
Uma grande preocupação neste trabalho é avaliar Bases de pavimentações que serão
construídas futuramente, para assim atender a resistência dos esforços e evitar patologias
nesses locais. Na construção civil há grandes estudos sobre as pavimentações com solo
cimento e solo cal, e o objeto de estudo de analise deste trabalho é estabilizar a base desses
pavimentos com cascalho, solo cimento e solo cal.
2 OBJETO DE ESTUDO
Alguns solos apresentam em suas características muita plasticidade ou são
excessivamente expansivos, que muitas vezes são removidos, transportados e despejados em
bota foras, e assim são substituídos por solos mais adensáveis e com uma maior resistência.
Geralmente resultantes de empréstimos de solos provenientes de escavações ou
terraplanagem. Sendo assim uma pratica ruim economicamente, podendo causar um impacto
ambiental.
A maioria desses solos podem ser modificados quimicamente com o uso do cimento e
cal, essa prática consiste em misturar em porcentagens diferentes os componentes, para testar
o solo com a adição desses materiais, sendo possível através dessa pratica, analisar e
transformar o solo em um material adequado ao uso e a resistência exigida.
Portanto teremos uma pratica ao analisar o projeto com o uso do cascalho em bases de
pavimentos, e verificar se a adição do cimento e cal no solo possui a resistência exigida para o
uso.
3 HIPÓTESE
A utilização do método de estabilização química através da adição do cimento
Portland e da cal em cascalho, apresentará uma maior resistência e uma
melhoria na estabilização da base.
4 OBJETIVOS
Contudo, este trabalho apresenta a ideia de estabilizar o solo com aditivos de fácil
acesso, como o cimento e a cal, sendo o primeiro bem mais comum. Portanto, é evidente que
o uso desse método para estabilização do solo poderá nos ajudar nos custos e no tempo gasto
com a substituição do solo existente. O estudo será embasado na confecção deste tipo de solo
modificado quimicamente, visando proporcionar a resistência desejada do tipo de solo
analisado, sem sofrer o processo de substituição.
6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 Pavimentação
O Pavimento é um revestimento construído sobre uma superfície terraplanada, e é
formada por diferentes tipos de camadas e de características diversas, que envolve
diretamente o uso dos solos na composição para formação dessas camadas. Essa estrutura se
destina a distribuir os esforços sobre as camadas constituídas, provocadas pelo tráfego de
veículos e do clima, com intuito de oferecer e propiciar uma melhoria nas condições de
rolamento, conforto, e segurança dos usuários. (BERNUCCI, 2007)
De acordo com o próprio autor, essas placas incluem ou não armaduras com barras de
aço em seu desenvolvimento. Temos na figura abaixo um exemplo de pavimento rígido de
concreto-cimento.
Nestes mesmos, onde será o foco do estudo deste trabalho, visamos aplicar o uso de
solo cimento e solo cal na camada de Base em Pavimentos com revestimento asfáltico, tendo
em vista o uso destes aditivos, que são materiais que podem proporcionar a absorção de parte
da tração, resistindo de forma razoável esse tipo de esforço através do aumento da rigidez que
estes materiais usados como agregados provoca. Abaixo temos um exemplo de camadas de
um pavimento semirrígido.
Os Flexível são pavimentos onde suas camadas não trabalham a tração, este é feito
geralmente de um revestimento betuminoso de pequena espessura, como expressa
(MARQUES, 2012).
Nestes pavimentos temos como como exemplo o uso de brita (brita graduada,
macadame) ou com pedregulhos para constituir a base deste, assim seguido pelo revestimento
asfáltico. (DNIT, 2006). Como demostrado na estrutura da figura abaixo.
6.1.2 Camadas de pavimentos
As camadas de pavimentos são geralmente denotadas em 4 camadas principais que são:
subleito, sub-base, base e revestimento. Dessa forma, podem ocorrer a ausência de algumas dessas,
pois estas dependem do volume de tráfego e dos materiais. (BERNUCCI et al, 2010).
6.1.2.1 Subleito
O subleito é o terreno de fundação do pavimento, quando sofre um processo
de regularização ou terraplanagem. Quando é fundamental, o subleito obtém reforço
de uma camada com material de resistência superior.
6.1.2.2 Sub-base
A sub-base é uma camada para complementar à base, no qual, por condições
técnico-econômicas não for conveniente construir a base sobre a regularização.
6.1.2.3 Base
A base é a camada determinada a receber e distribuir os esforços provenientes
da circulação sobre que se produz o revestimento. No ponto de vista da estrutura, a
base é a camada mais importante.
6.1.2.4 Revestimento
O revestimento é a camada impermeável que recebe prontamente a ação do
rolamento dos veículos e que é determinada a melhorar, de modo, à utilidade,
segurança e resistência ao desgaste.
Os Solos podem ser divididos conforme sua tipologia, sendo eles, solos residuais e solos
transportados. Um dos destaques dos solos transportados é que esses são geralmente
encontrados como solo fino, o que o torna mais susceptível à estabilização com cal
(AZEVÊDO, 2010). Esses solos resultantes do transporte da decomposição se constituem
através de um agente transportador, sendo eles, rios, chuva, vento, etc. Esses agentes
transportadores não conseguem conduzir material muito graúdo devido ao peso do mesmo,
por isso esses solos são mais finos que os residuais (AZEVÊDO et al, 1998 apud AZEVÊDO,
2010).
Em algumas pavimentações existem patologias que muitas vezes são devidas a falta de
estabilização das camadas de solo, como a camada de base. Então há uma necessidade de criar
uma estabilização dessa camada, estudando a utilização de métodos para tornar a base mais
adequada para a construção do pavimento, ou seja, adequar a base com a estabilização correta
deste material.
A Estabilização Elétrica e feita a partir de passagem de uma corrente elétrica pelo solo
a estabilizar. Essas descargas são aplicadas sucessivamente com alta tensão, e são usadas no
adensamento de solos arenosos saturados. As de baixa tensão contínua são manipuladas em
solos argilosos, empregando os fenômenos de eletrosmose, eletroforese e consolidação
eletroquímica. Esse método não tem sido utilizado em pavimentos. (LEMOS GOULARTE;
DA SILVA PEDREIRA, 2009)
6.3.4 Estabilização granulométrica
Cimento CP-I (NBR 5.732) ou Cimento Portland Comum: esse tipo de cimento tem
esse nome, pois não apresenta nenhum aditivo no mesmo, apenas o gesso, que tem o encargo
de tardar o início de pega do cimento para ocasionar mais tempo da aplicação. Esse tipo de
cimento tem o custo mais alto e menos resistência.
Cimento CP-II (NBR 11.578) ou Cimento Portland Composto: é conhecido assim,
pois há adição de outros componentes na mistura, que observam a este cimento um calor de
hidratação inferior, ou seja, ele libera menos calor quando vai a contato com água.
Cimento CP-III (NBR 5.735) ou Cimento Portland de Alto-forno: há na sua
composição de 35% a 70% de escória de alto-forno. Mostra uma maior durabilidade e
impermeabilidade, além de baixo calor de hidratação e, mostra ser resistente a sulfatos. É
mais duradouro e menos poroso.
Cimento CP-IV (NBR 5.736) ou Cimento Portland Pozolânico: na sua composição
tem de 15% a 50% de material pozolânico. Com isso, assegura solidez no uso com agregados
reativos e em ambientes de ataque ácido, especialmente de ataque por sulfatos. Há um baixo
calor de hidratação, dessa forma é recomendável na concretagem de grandes volumes e de
temperaturas elevadas.
Cimento CP-V ARI (NBR 5.733) ou Cimento Portland de Alta Resistência Inicial: há
uma alta reatividade nas primeiras horas de aplicação, gerando resistências elevadas em pouco
tempo. Quando finalizam os 28 dias de cura, atinge, também, resistências elevadas dos
cimentos convencionais. Recomenda-se apenas para a fabricação de concretos.
Cimento RS (NBR 5.737) ou Cimento Portland Resistente a Sulfatos: esse tipo de
cimento é recomendado para construções em redes de esgoto, ambientes industriais e água do
mar, pois, são nesses lugares que estão presentes os materiais sulfatados.
Cimento Branco (NBR 12.989) ou Cimento Portland Branco (CPB): a principal
característica desse tipo de cimento é a cor branca, onde é obtida por meio de matérias-primas
com um pequeno teor de manganês e ferro.
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) / (NBR 13.116): com esse tipo
de cimento, há a propriedade de tardar o desprendimento de calor nas peças de massa de
concreto, impedindo o surgimento de fissuras de origem térmica durante a hidratação do
cimento.
6.4.2 CAL
A cal, também conhecida como cal viva, óxido de cálcio ou cal virgem é um sólido
branco e alcalino obtida pela decomposição térmica de calcário. A mesma pode ser usada na
construção civil para a composição de argamassas, preparação dos processos de pintura e
também no uso para estabilização de pavimentos. (SOUSA, 2013)
Os tipos mais comuns de cal usadas na construção civil são a virgem e a hidratada
A cal virgem inicia-se com o calcário sendo retirado de rochas, depois sendo
selecionado e moído sujeitando-se a altas temperaturas em fornos industriais. O processo
referido dá-se o nome de calcinação, e dá origem a cal virgem, dividindo em 2 (dois) tipos: a
cal virgem comum e a cal virgem especial.
A cal hidratada se consegue ao adicionar água na cal virgem. A qualidade depende das
propriedades da rocha de origem e das impurezas que se encontra nela. Essa cal é bastante
fina e leve e, tem uma enorme eficácia de reter água. Além de, ter uma compatibilidade
química com o cimento, o que aumenta as reações entre os dois materiais. Esse tipo de cal
divide-se em 3 (três) tipos, diferindo às suas composições: grau de pureza alto, grau de pureza
intermediário e grau de pureza baixo.
Existem algumas características especificas que afetam as reações entre os solos e a
cal são: a granulometria, a superfície específica, a reatividade, o peso específico, a
solubilidade e o teor em cálcio (SILVA, 2010).
6.4.2 Cascalho
O cascalho é referido como lascas de pedras. São pedras neutras consumidas
pela ação dos rios. O cascalho é uma rocha sedimentar, de variantes tamanhos. Pela geologia,
o cascalho é uma rocha que tem pelo o menos 2 (dois) milímetros, não mais que 75 (setenta e
cinco) milímetros.
O trabalho contará com duas etapas experimentais diferentes. Na primeira será realizada
a caracterização dos materiais com a finalidade de adquirir resultados que proporcionará
maior confiança ao uso desses agregados, gerando segurança no estudo da estabilização do
solo.
O solo a ser empregado no preparo do solo-cimento e solo cal será o cascalho, que deverá
ser examinado através dos ensaios de caracterização, com a finalidade de verificar se estão de
acordo com o projeto de mistura e as tolerâncias especificadas, quanto à granulometria, ao
limite de liquidez e ao índice de plasticidade. Seguindo as normas apresentadas na tabela
abaixo:
A cal deve ser controlada o teor de cal solúvel (CaO+CaOH2), determinado conforme
NBR 6473, que deve atender a NBR 7175.
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/16327/16327_3.PDF
https://www.abms.com.br/links/bibliotecavirtual/geors2009/2009-goularte-pedreira.pdf
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/estabilizacao-de-solos
http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/normas/especificacao-de-servicos-es/dnit142_2010_es.pdf
http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/PDF/pdf_Pavimentacao/ES-P14-05Solo-cal-cimento.pdf
http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/6415/1/21041437.pdf
https://www.passeidireto.com/arquivo/22474035/solo-cal-e-solo-cimento
ftp://ftp.sp.gov.br/ftpder/normas/ET-DE-P00-005_A.pdf
http://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/2100/1/DM_NunoPinto_2009_MEGG.pdf
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/6672/1/CM_COECI_2015_2_13.pdf
http://www1.dnit.gov.br/normas/PAV%20Flexiveis%20-%20Base%20de%20Solo-Cimento
%20_09_09.pdf
http://www.arteris.com.br/wp-content/uploads/2018/07/ARTERIS-ES-005.Solo-Cal-SCAL-REV-0.pdf
https://pt.slideshare.net/sheyqueiroz/nbr-573291-eb1-cimento-portland-comum
BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M.; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B.. Pavimentação Asfáltica:
Formação Básica
para Engenheiros. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ. 2006.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cascalho
BUSINESS-INTELLIGENCE. Cal hidratada ou virgem: conheça os diferentes tipos de cal. Disponível em:
<https://cimentomaua.com.br/blog/cal-hidratada-ou-virgem-conheca-os-diferentes-tipos-de-cal/ > Acesso em: 05
de nov. de 2018.