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Fundamentos de Mecânica Clássica

José Humberto de Araújo1

1 DFTE-UFRN

22 de outubro de 2020

Humberto (DFTE) Mecânica Clássica 22 de outubro de 2020 1 / 10


Sumário

1 Movimento Unidimensional
Oscilador Harmônico Forçado

Humberto (DFTE) Mecânica Clássica 22 de outubro de 2020 2 / 10


Oscilador Harmônico Forçado

O oscilador harmônico forçado é descrito por uma equação não


homogênea da forma:

mẍ + bẋ + kx = F (t). (1)

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Oscilador Harmônico Forçado

O oscilador harmônico forçado é descrito por uma equação não


homogênea da forma:

mẍ + bẋ + kx = F (t). (1)

Consideremos o caso subcrítico,


k b 2
>( ) (2)
m 2m
com condições iniciais x(0) = x0 e ẋ(0) = v0 .

Humberto (DFTE) Mecânica Clássica 22 de outubro de 2020 3 / 10


Oscilador Harmônico Forçado

O oscilador harmônico forçado é descrito por uma equação não


homogênea da forma:

mẍ + bẋ + kx = F (t). (1)

Consideremos o caso subcrítico,


k b 2
>( ) (2)
m 2m
com condições iniciais x(0) = x0 e ẋ(0) = v0 .
As duas soluções da equação complementar são:

x1 (t) = e−γt cos ω1 t, x2 (t) = e−γt sin ω1 t, (3)


q
b k b 2
onde, γ = 2m e ω1 = m − ( 2m ) .

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Uma solução particular da equação não homogênea pode ser
obtida por:
Solução Particular

xp (t) = u1 (t)x1 (t) + u2 (t)x2 (t) (4)


onde u1 (t) e u2 (t) são tais que:

du1 x2 (t)F (t)/m du2 x1 (t)F (t)/m


=− e = (5)
dt W [t; x1 (t), x2 (t)] dt W [t; x1 (t), x2 (t)]

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Uma solução particular da equação não homogênea pode ser
obtida por:
Solução Particular

xp (t) = u1 (t)x1 (t) + u2 (t)x2 (t) (4)


onde u1 (t) e u2 (t) são tais que:

du1 x2 (t)F (t)/m du2 x1 (t)F (t)/m


=− e = (5)
dt W [t; x1 (t), x2 (t)] dt W [t; x1 (t), x2 (t)]

Na forma de integrais definidas fica:

t t
x2 (t 0 )F (t 0 )/m x1 (t 0 )F (t 0 )/m
Z Z
u1 = − e u2 = (6)
α W [t 0 ; x1 (t 0 ), x2 (t 0 )] β W [t 0 ; x1 (t 0 ), x2 (t 0 )]

onde os extremos inferiores são escolhidos arbitrariamente.

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Como o wronskiano de x1 (t) e x2 (t) é

W [t; x1 (t), x2 (t)] = ω1 e−2γt . (7)

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Como o wronskiano de x1 (t) e x2 (t) é

W [t; x1 (t), x2 (t)] = ω1 e−2γt . (7)

Assim,
t
F (t 0 ) γt 0
Z
−γt
xp (t) = −e cos ω1 t e sin ω1 t 0 dt 0 +
α mω 1
Z t 0)
F (t 0
e−γt sin ω1 t eγt cos ω1 t 0 dt 0 . (8)
β mω1

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Como o wronskiano de x1 (t) e x2 (t) é

W [t; x1 (t), x2 (t)] = ω1 e−2γt . (7)

Assim,
t
F (t 0 ) γt 0
Z
−γt
xp (t) = −e cos ω1 t e sin ω1 t 0 dt 0 +
α mω 1
Z t 0)
F (t 0
e−γt sin ω1 t eγt cos ω1 t 0 dt 0 . (8)
β mω1

Solução geral:

x(t) = C1 e−γt cos ω1 t + C2 e−γt sin ω1 t + xp (t) =


Z t
−γt F (t 0 ) γt 0
=e cos ω1 t(C1 − e sin ω1 t 0 dt 0 ) +
α mω1
Z t
−γt F (t 0 ) γt 0
e sin ω1 t(C2 + e cos ω1 t 0 dt 0 ). (9)
β mω 1

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Impondo as condições iniciais:
0
F (t 0 ) γt 0
Z
x0 = C1 − e sin ω1 t 0 dt 0
α mω1
0
F (t 0 ) γt 0
Z
v0 = −γx0 + ω1 (C2 + e cos ω1 t 0 dt 0 . (10)
β mω1

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Impondo as condições iniciais:
0
F (t 0 ) γt 0
Z
x0 = C1 − e sin ω1 t 0 dt 0
α mω1
0
F (t 0 ) γt 0
Z
v0 = −γx0 + ω1 (C2 + e cos ω1 t 0 dt 0 . (10)
β mω1

Assim obtem-se,
α
F (t 0 ) γt 0
Z
C1 = x0 − e sin ω1 t 0 dt 0
0 mω1
β
F (t 0 ) γt 0
Z
γx0 + v0
C2 = + e cos ω1 t 0 dt 0 (11)
ω1 0 mω1

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Portanto, a solução que satisfaz as condições iniciais é:
Solução

F (t 0 ) γt 0
α
Z
−γt
x(t) = e cos ω1 t(x0 − e sin ω1 t 0 dt 0 − (12)
0 mω1
Z t
F (t 0 ) γt 0
e sin ω1 t 0 dt 0 ) +
α mω 1
F (t 0 ) γt 0
Z β
γx0 + v0
+e−γt sin ω1 t( + e cos ω1 t 0 dt 0 +
ω1 0 mω 1
Z t
F (t 0 ) γt 0
e cos ω1 t 0 dt 0 ).
β mω 1

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Usando as propriedades do seno da soma,
γx0 + v0
x(t) = e−γt (x0 cos ω1 t + sin ω1 (t)) + (13)
ω1
Z t
F (t 0 ) −γ(t−t 0 )
+ e sin [ω1 (t − t 0 )]dt 0 .
0 mω1

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Usando as propriedades do seno da soma,
γx0 + v0
x(t) = e−γt (x0 cos ω1 t + sin ω1 (t)) + (13)
ω1
Z t
F (t 0 ) −γ(t−t 0 )
+ e sin [ω1 (t − t 0 )]dt 0 .
0 mω1

Para x0 = 0 e v0 = 0.
Z t
F (t 0 ) −γ(t−t 0 )
x(t) = e sin [ω1 (t − t 0 )]dt 0 . (14)
0 mω1

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Exemplo: se F (t) = F0 , x0 = 0 e v0 = 0,

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Exemplo: se F (t) = F0 , x0 = 0 e v0 = 0,
A solução fica,
Z t
F0 0
x(t) = e−γ(t−t ) sin [ω1 (t − t 0 )]dt 0 (15)
mω1 0

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Exemplo: se F (t) = F0 , x0 = 0 e v0 = 0,
A solução fica,
Z t
F0 0
x(t) = e−γ(t−t ) sin [ω1 (t − t 0 )]dt 0 (15)
mω1 0

Como,
eax (a sin bx − b cos bx)
Z
eax sin bxdx = (16)
a2 + b 2

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Exemplo: se F (t) = F0 , x0 = 0 e v0 = 0,
A solução fica,
Z t
F0 0
x(t) = e−γ(t−t ) sin [ω1 (t − t 0 )]dt 0 (15)
mω1 0

Como,
eax (a sin bx − b cos bx)
Z
eax sin bxdx = (16)
a2 + b 2
Assim,
F0 1
x(t) = [e−γt (−γ sin ω1 t − ω1 cos ω1 t) + ω1 ]. (17)
mω1 γ + ω12
2

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Exemplo: se F (t) = F0 , x0 = 0 e v0 = 0,
A solução fica,
Z t
F0 0
x(t) = e−γ(t−t ) sin [ω1 (t − t 0 )]dt 0 (15)
mω1 0

Como,
eax (a sin bx − b cos bx)
Z
eax sin bxdx = (16)
a2 + b 2
Assim,
F0 1
x(t) = [e−γt (−γ sin ω1 t − ω1 cos ω1 t) + ω1 ]. (17)
mω1 γ + ω12
2

k
Como γ 2 + ω12 = m, tem-se

F0 F0 −γt
x(t) = − e (cos ω1 t + sin ω1 t). (18)
k k

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x(t)

F
k

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